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LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 Conforme explicado em seu Art 1º, que diz: Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) baseia-se em quatro princípios, sendo eles: planejamento, controle, transparência e responsabilidade. Desta forma, a referida Lei tem como objetivo direcionar a Administração Pública a executar trabalhos de forma mais responsável, buscando utilizar os instrumentos de planejamento público e de forma transparente, assim buscando um equilíbrio nas contas, visando cumprir metas e resultados entre receitas e despesas, controlando e expondo a cercar todos os atos e fatos interligados à arrecadação de receitas e à execução de despesas pelo poder público. Ademais, a LRF tornou-se o código de conduta para os administradores públicos de todo o país. Sendo assim, os gestores da administração pública são responsáveis por suas gestões e estão sujeitos a sanções caso não observem os princípios do equilíbrio das contas públicas, da gestão orçamentária e financeira responsável, eficiente e eficaz, sobretudo, transparente. (CAVALCANTE, 2013) Para os gestores públicos a presente lei impacta diretamente em suas decisões e posicionamentos, porque passam a ser obrigados a serem transparentes e seguirem um planejamento que objetiva o equilíbrio das contas, sendo assim não cumprindo as exigências da lei será passível de punição. A administração pública é todo o serviço público prestado pela administração ou por seus delegados, sob normas e condutas voltadas para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples convencionais do Estado. (Meirelles, 1989). Desta forma os gestores precisam observar com bastante ênfase a respeito do cumprimento de planos dentro dos limites estabelecidos, devem deter uma análise crítica mais apurada sobre os planejamentos e suas respectivas execuções. Além disso, no Art. 37 da Constituição é especificado que: "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência." http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#titulovicapituloii Em geral, as leis administrativas são de ordem pública e não podem ser descumpridas, nem mesmo por acordo de vontades de aplicador e destinatário, uma vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrenunciáveis pelos agentes públicos. (MEIRELLES, 2003, p. 87). O orçamento público surgiu, como instrumento administrativo, na Inglaterra no ano de 1822. Constituía-se num modo da sociedade impor uma limitação aos gastos públicos, evitando os sucessivos e crescentes aumentos de tributos. Por isso, é natural que o orçamento esteja ligado ao controle sobre a ação administrativa e a definição da responsabilidade fiscal. (Kalife, 2004) Em fim, o Orçamento Público passou a ser uma ferramenta ainda mais importante, porque além de objetivar um melhor desempenho, com a LRF ele aumentou a transparência e controle das contas públicas. Em minha opinião, os Gestores Públicos cumprem a LRF com ressalvas, ou seja, o orçamento, os planejamentos e ações que vão executar precisam ser limitados a um determinado valor e isso é algo necessário para aprovação, então deve ser cumprido nessa questão. Porém quando voltamos para o lado da transparência podemos observar muita dificuldade em conseguir documentos para que a população possa verificar mais o fundo sobre essas questões e observar também que muitas vezes são documentos relativamente complexos. Concluindo, acredito que a LRF é sim cumprida sobre um olhar superficial. REFERÊNCIAS SILVA FILHO, B. B.; SILVA, R. B.; VILAR, V. C. A lei de responsabilidade fiscal como instrumento para uma gestão fiscal responsável. CAVALCANTE, Maria do Socorro Moraes. Importância da Lei De Responsabilidade Fiscal para o controle dos gastos na Gestão Pública. 2013. Equipe Âmbito Jurídico. A lei de responsabilidade fiscal como instrumento gerencial para a administração pública. 2014 MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro, 14 ed. São Paulo: RT, 1989. MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 28. ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2003. Kalife, M. A. Administração pública: lei de responsabilidade Fiscal e a controladoria. Revista Eletrônica de Contabilidade, Curso de Ciências Contábeis UFSM. VOLUME I. N.1 SET-NOV/2004
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