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RELAÇÃO, TEORIA E PRÁTICA DE SALA DE AULA

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2
pedagogia
BRENDA SUELEN DA CRUZ
MARIA JOSÉ MENDES DE LIMA
SILVIA CARLA SOBRAL DO NASCIMENTO
RELAÇÃO, TEORIA E PRÁTICA DE SALA DE AULA.
TORITAMA/PE
2020
BRENDA SUELEN DA CRUZ
MARIA JOSÉ MENDES DE LIMA
SILVIA CARLA SOBRAL DO NASCIMENTO
RELAÇÃO, TEORIA E PRÁTICA DE SALA DE AULA.
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia para a obtenção de pontos nas disciplinas do semestre: Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da EducaçãO, Educação Formal e Não Formal Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula
Tutor à Distância: Maria Madalena Peres Sanches.
Tutor Presencial: Laudenice Maria Silva Santos.
TORITAMA/PE
2020
Sumário
INTRODUÇÃO	4
DESENVOLVIMENTO TEXTUAL.	6
1-	A RELAÇÃO TEÓRICA E A PRÁTICA DA APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO.	6
1.1 – Educação tradicional.	7
1.2 – Abordagem de ensino Tradicional.	9
2-	FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.	10
2.1 – O Professor diante dos desafios da educação contemporânea.	11
2.2 – Uso de tecnologia na educação.	12
3-	RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA EM SALA DE AULA.	13
3.1- Prática pedagógica enquanto práxis.	14
4-	CONCLUSÃO	16
5-	REFERÊNCIAS	17
INTRODUÇÃO
A Prática escolar se dá na caracterização de condições que assegurem a realização do trabalho docente. Essas condições não se reduzem exclusivamente ao pedagógico, vez que a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade e que por vezes, apresentam-se como constituídas por classes sociais com interesses incompatíveis.
Neste Portifólio, o que iremos abordar é a relação teórica e a pratica na aplicação dos métodos de ensino. Vale salientar que nossa pesquisa será baseada em referência teórica de estudos de caso em sala de aula que dá embasamento não apenas das perspectivas epistemológicas como também ressaltam as práticas presentes no dia a dia escolar.
O Presente trabalho irá relatar as diversas tentativas de processar a alfabetização, nos chamados métodos tradicionais de ensino, quais as vantagens e desvantagens desses métodos e qual a necessidade de haver um método mais especifico para o ensino ou não.
Temos como objetivo analisar a importância da educação nas vidas dos alunos a partir do ensino clássico tradicional e a partir de metodologias de ensino teóricos, cabendo a este, construir a importância das concepções entre a teoria e a prática sobre as perspectivas das necessidades dos alunos que frequentam o ensino fundamental nas escolas regulares, narrando os fatos principais que podem estimular a educação de nosso país.
O saber docente não é constituído apenas da prática, sendo também nutrido pelas mais diversas teorias da educação. Mediante tal afirmativa, fica claro que, a teoria tem sua importância fundamental, pois ao nos apropriarmos de fundamentação teórica nos beneficiamos de vários pontos de vista para uma tomada de decisão dentro de um plano de ação contextualizado, adquirindo assim perspectivas de julgamentos para compreensão dos diversos contextos do cotidiano, pois as interpretações entre os saberes gera o desenvolvimento de uma prática pedagógica autônoma e emancipatória.
É importante lembrar que um bom mestre não é formado apenas de teoria, embora tenha valorosa importância. Mais um bom professor vai se moldando junto com o conjunto teoria e prática, pois é a partir da conjuntura dessas duas ações e da reflexão que o professor constrói enquanto individuo pleno o seu estado de mudança.
Disso podemos absorver que o desenvolvimento e a transformação do mundo somente serão possíveis, quando os educadores tiverem a mais plena consciência de seu papel perante a sociedade e da importância de valorizar o aluno como um todo.
	
DESENVOLVIMENTO TEXTUAL.
1- A RELAÇÃO TEÓRICA E A PRÁTICA DA APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO.
 A educação vem ao longo dos anos, sendo alvo de intensas discussões e debates. O sistema se ensino, diante de dados de pesquisas nacionais e internacionais vem sendo imensamente criticados em razão do baixo nível de qualidade que vem sendo apresentado. Afinal de contas, o que está acontecendo com o processo de ensino e de aprendizagem? Será que os mais diversos problemas de ensino, são por conta dos métodos de ensino?
	Ao questionarmos sobre o sistema de ensino do país se faz necessário em primeiro lugar entender as metodologias e a forma de passar os conteúdos em sala de aula. Vale observar que as redes de ensino tradicionais são bastante rigorosas em seus ensinamentos e seguem currículos rígidos. Porém, cabe ao educador fazer ligações entre os textos e a realidade da sociedade, trabalhando contexto, a história e os costumes da comunidade pra assim, fazer sentido o que se ensina ao aluno e não simplesmente passar mais um conteúdo que ira servir para a prova do final do semestre.
	Os métodos e equipamentos de ensino, vão muito mais além das salas de aula, engloba família, sociedade, currículos escolas, ministérios, ou seja, exige o reconhecimento e o vinculo das relações existentes entre educação, sociedade e teorias pedagógicas. Portanto, a temática do presente texto refere-se as especificidades relacionadas a teoria e a prática de aplicação de métodos de ensino no âmbito escolar.
	Quando o docente se empossa do conhecimento e se beneficia das contribuições teóricas referentes às compreensões de aprendizagem, escolhe as melhores formas de trabalho, vence dificuldades e vê com clareza as novas possibilidades de uma atuação com a qualidade. Assim, as probabilidades de reflexão e crítica sobre as práticas pedagógicas surgem com maior coerência. 
	Ao analisarmos os fundamentos da educação através de disciplinas é fundamental para a articulação e a teoria com a prática pedagógica a reflexão sobre tais práticas educativas e as relações entre os sujeitos dessas práxis no seu processo de construção de conhecimento, pois evidência o despertar da vontade de promover as transformações necessárias para que essa atuação venha contribuir positivamente na vida e na formação de novos sujeitos.
1.1 – Educação tradicional.
	O ensino tradicional surgiu no século XVII, como uma forma alternativa á escola medieval, de base religiosa e foi considerado ultrapassado nos anos 60 e 70, pois o ensino foi reformulado após o golpe militar de 1964 e enraizado na sociedade de classe escravista da idade antiga, onde era destinada a uma pequena minoria. A educação tradicional começou declinar no movimento renascentista, mas ela sobreviveu até hoje. É um estilo de educação caracterizada pela transmissão dos conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo dos tempos.
	Segundo Freire (MIZUKAMI, 1986, apud p. 10) pode-se entender que a abordagem tradicional se aproxima do sistema de ensino que se baseia na “educação bancária”, ou seja, é um sistema no qual os conhecimentos, informações, dados e fatos são “depositados” no aluno. Para Freire (1970), a educação bancária mantém e estimula a contradição:
“O educador é o que educa os educando, os que são educados; o educador é o que sabe, os educando, os que não sabem; o educador é o que pensa, os educando, os pensados; o educador é o que diz a palavra, os educando, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina, os educando, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção, os educando, os que seguem a prescrição; o educador é o que atua, os educando, os que têm a ilusão de que atuam, na atuação do educador; o educador escolhe o conteúdo programático, os educando, jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educando, estes devem adaptar se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo, os educando, meros objetos” (FREIRE, 1970, p. 59).
Essa missão do professor segundo, Mizukami (1986, p17Apud), é considerada "caquética e unificadora da escola”, envolve “programas minuciosos, rígidos e coercitivos. Exames seletivos, investigativos de caráter sacramental".Com pilares no método socrático e na tradição eclesiástica, através de sermões e preleções dos padres católicos e pastores protestantes, esse tipo de aula tem sido alvo de intensas e variadas criativas que denunciam seu caráter reprodutivo, opressivo e indutor da submissão, forma exemplar da “educação bancária”, do ensino tradicional, tão questionado pelas pedagogias emancipatórias pautadas no construtivismo.
Hoje em dia podemos observar que educar estar além de depositar conteúdos nos alunos. Os princípios basilares do ensino tradicional é a predominância da expressão do educador, na transmissão oral dos saberes que adquiriu através dos livros. O mestre, deve ser rigoroso na tarefa de direcionar, punir, treinar, vigiar, organizar conteúdos, avaliar e julgar as produções e comportamentos que garantam a aprendizagem.
	Nesse viés, Freire (1979) refere-se que.
"O educador, que aliena a ignorância, se mantém sempre em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processo de busca”. ( FREIRE,1979, p 03)
Desta feita, se percebe que educação formal proporciona ao educando, uma opressão e alienação. Permitindo de tal modo uma apreensão do conhecimento, valorização do trabalho individual e cidadãos passivos e obedientes.
Essa tendência predominante hoje nas escolas (SAVIANE,1991),se implantou nos sistemas de ensino e foi criada a partir de meados do século passado, no momento em que, consolidado o poder burguês, aciona-se a escola redentora da humanidade, universal, gratuita e obrigatória como um instrumento de consolidação da ordem democrática.
O ensino clássico está intensamente impregnado ao longo dos vários anos em que os docentes em formação, na posição de alunos, acompanharam as atuações de seus mestres. Convêm salientar no desenvolvimento desses profissionais um enfoque no ensino, visando importância das metodologias e teorias.
1.2 – Abordagem de ensino Tradicional.
	No inicio do século XX surgiram os sistemas nacionais de ensino e se embasavam em dizer que a educação é direito de todos e dever do estado. Não devemos nos enganar com o que diz a lei, pois sabemos que para coloca-la em prática, há uma demanda de esforços de toda a sociedade e essa participação popular está longe de acontecer. Todavia, ao analisarmos a legislação e a compararmos com o que ocorreu, podemos enxergar alguns avanços significativos bem como retrocessos.
Educação tradicional foi a base da educação escolar por mais de quatro séculos, mantendo-se sua influenciada até os dias de hoje.
No conservadorismo o professor fala e o aluno ouve; o professor dita e o aluno escreve; o professor decide o que fazer e o aluno executa, o professor ensina e o aluno aprende (BECKER, 1994, p.89). Pode-se perceber que este método está baseado no conhecimento do mestre/professor, em um caráter "magistrocêntrico", isto é, o professor tem toda a autoridade, pois é ele quem detém o conhecimento, e cabe a ele transmiti-lo aos alunos.
No padrão de ensino clássico os alunos são meros ouvintes e sua maior função é a memorização. Ele seria o que chamamos de recipiente de informações. A memorização, é adquirido mediante as repetições acerca de datas e de nomes de grandes heróis e seus feitos, na qual, segundo Brodbeck (2009, p.10) ficara marcado por uma aprendizagem de fatos históricos pontuais e centralizados em personagens e símbolos nacionalistas. Com isso podemos notar que os conhecimentos são transmitidos por um professor que não se preocupa com o aluno e sim com a matéria repassada.
 O ensino tradicional é marcado por imposição, os conteúdos são valores acumulados com o tempo, e tem por finalidade prepara-los para a vida independente da experiência do aluno e sua realidade social
2- FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
A tese do desenvolvimento docente vem surgindo cada vez mais como uma das temáticas mais pesquisadas no âmbito da educação. A nova configuração para esta abordagem sugere concepções que a compreendam em sua complexidade, como uma construção social.
Nesta perspectiva, em um contexto anterior ao nosso, o professor era aquele que transmitia e ensinava um conhecimento, estando para isso em uma posição privilegiada, em relação aos seus alunos, o que por consequência se estabelecia uma determinada hierarquia entre eles: o aluno era o aprendiz tendo a obrigação de ouvir, aprender e copiar. Já o professor era o mestre, que fala e ensinada tudo que sabia.
Inicialmente, as escolas surgiram para atender aos interesses da aristocracia. Só mais tarde, quando se impuseram politicamente, é que as camadas médias das sociedades conseguiram desfrutar dos benefícios da escola. Atualmente, em função da difusão do ideal democrático e das pressões sociais dos trabalhadores, as classes baixas passaram também a frequentar as escolas. A democratização da estrutura social, tornando menores as barreiras entre as classes sociais, contribuiu para a democratização dos sistemas escolares. (OLIVEIRA, 1993. p.34). 
Partido desta realidade, é importante pensar na formação dos professores em um contexto anterior ao nosso e como se deu esse percurso em meio as diferentes teorizações. O professor era apenas um executor de sua função e quando esse professor começava a ter vez e voz ele torna-se parte de sua formação.
Não podemos afirmar que o desenvolvimento profissional do professor se deve unicamente ao desenvolvimento pedagógico, ao conhecimento e compressão de si mesmo, ao desenvolvimento cognitivo ou teórico. Ele é antes, decorrência de tudo isso.
Imbernón diz que:
[...] a profissão docente desenvolve-se por diversos fatores: o salário, a demanda do mercado de trabalho, o clima de trabalho nas escolas em que é exercida, a promoção na profissão, as estruturas hierárquicas, a carreira docente etc. e é claro, pela formação permanente que essa pessoa realiza ao longo de sua vida profissional. (IMBERNÓN, 2002. p.43).
Desse modo, acreditava-se que investigar o trabalho docente, requer compreender os professores como atores sociais que constroem nessa atividade sua vida e sua profissão.
Nesse mister, a formação inicial também é o ponto de partida de um longo percurso de aprendizagem profissional que não pode encerrar-se ao termino do curso de graduação, com a obtenção do diploma, deve-se estender por uma trajetória longa, intensa e incansável de estudos.
2.1 – O Professor diante dos desafios da educação contemporânea.
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. (BRANDÃO, 1985, p.07)
Tendo em vista que a pedagogia é a ciência da educação e ocorre em todos os espaços, pois é fruto da socialização, diariamente a educação escolar se torna pauta em diversas rodas de conversas. Pensamos educação escolar como um processo de construção que integra, simultaneamente, diversos conhecimentos e promove o desenvolvimento intelectual e moral dos indivíduos, sendo construído, culturalmente a partir da base familiar e social.
O tutor, diante desses novos paradigmas, numa sociedade em constante processo de transformação, é o profissional que, cada dia mais, se enquadra para exercer a função de transmissão do conhecimento, “ocorrendo em muitos lugares, institucionalizados ou não, sob várias modalidades.” (LIBÂNEO, 2004, p. 26). Portanto, ele precisa estar preparado para os desafios do mundo contemporâneo, sobretudo com as mudanças bruscas do sujeito social motivadas pelo surgimento das novas tecnologias e pelos efeitos da economia.
Para isso, é necessário que haja um melhor preparo na formação dos professores, sobretudo nos cursos de Pedagogia. É preciso que as instituições de ensino comecem a discutir o diálogo entre os currículos do curso que preparam os futuros profissionais e as exigências da sociedade contemporânea.
Hoje,é preciso pensar, a todo o momento, que o profissional que se forma e que irá trabalhar em uma sociedade de mudanças rápidas esteja preparado para entender a educação como um fenômeno, portanto, é preciso abordar as questões referentes ao campo de estudo da Profissional, à identidade professor e ao sistema de formação de pedagogos ainda no curso.
As melhorias na formação e no desenvolvimento profissional do educador devem estar relacionadas às políticas educativas, às tendências e às propostas de inovação, em estabelecer caminhos para a conquista de melhorias pedagógicas, para que novas formas de atuação sejam incorporadas à prática, havendo assim, um melhor engajamento do grupo profissional, no intuito de estimular a liberdade e a emancipação dos sujeitos.
Para entender e mudar esse quadro de tantos conflitos, é preciso sair da zona de conforto que nos paralisa e reivindicar mudanças no processo de formação, o que é possível por meio de um diálogo aberto com instituições de ensino. É preciso, portanto, que a principal mudança comece em nós, com as nossas atitudes.
2.2 – Uso de tecnologia na educação.
	Os meios de comunicação digitais já são os mais utilizados pela população mundial, que dedica e eles mais horas semanais do que a televisão, radio, jornais, cinema, livros e etc.
A realidade dos avanços tecnológicos, aliada às mudanças dos paradigmas econômicos e produtivos, leva-nos a um amplo questionamento educacional, que envolve questionar não somente as instituições como também as práticas de ensino. A visão educacional historicamente consolidada, baseada no conceito-chave de que o professor transmite um conjunto fixo de informações aos estudantes, tem sido substituída por um enfoque educacional voltado aos processos de construção, gestão e disseminação do conhecimento, com ênfase no “aprender a aprender” e no aprendizado ao longo da vida (DUDZIAK, 2003).
A sala de aula como conhecida há anos atrás não e mais tão eficaz para os alunos da contemporaneidade. É essencial que as instituições se atualizem e saibam como devem se adaptar as novas necessidades. Porém a inovação pode acontecer a partir do próprio professor. É essencial que o professor entenda isso e deixe que o aluno tenha a sua própria forma de aprender e estudar.
	Isso nos leva a entender que as mídias, o uso de computadores é algo realmente decisivo na vida da sociedade e todos que estão ligados a educação, sendo assim, é necessário inserir-se nesse processo para alcançar sucesso e atenção dos alunos no ambiente escolar. Sabemos que não é uma tarefa fácil esse engajamento, mas as palavras de (Tajra:2001,127) incentivam a buscar essa transformação em nossas vidas:
O aprender é um processo de mudança continua; o indivíduo é um sujeito inacabado que está sempre aprendendo e se transformando. A sua transformação deve ir além de suas alterações internas, mas transcender externamente. Se o indivíduo consegue transformar, significa que ele conseguiu aprender e formulou um novo conhecimento a partir de suas interconexões biológicas, psicológicas e históricas, sociais e culturais. (Tajra:2001,127).
Sendo assim, o professor deve aperfeiçoar-se, pesquisar, buscar informações relevantes e trazer mudanças a seus hábitos e dos alunos. As cadeiras escolares não atraem os alunos, portanto é necessário abrir portas ao mundo digital.
3- RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA EM SALA DE AULA.
Ao abordamos a prática pedagógica estamos nos referindo a todas as circunstancias da atuação docente que envolve os espaços escolares, como a organização escolar, as expectativas dos docentes e quais as técnicas didáticas são utilizadas no processo de formação com impacto social e cultural no processo de ensino.
O que notamos claramente, é que muitos docentes encontram grandes dificuldades em exercer sua docência. Portanto, para uma boa prática é preciso um planejamento, onde é avaliado e executado um plano de ação pedagógico.
Segundo Ostetto (1997), o ato de planejar ajuda a estar atentos à realidade, pois o educador aprende e exerce a sua capacidade de ver as necessidades das crianças dentro da sala de aula. Com isso percebemos que o planejamento deve ser previamente elaborado e objetivar o aprendizado dos alunos e principalmente, tal planejamento não deve ser feito de forma superficial e descontextualizada, pois o mesmo necessita garantir aspectos que são de suma importância para o estágio em que cada criança se encontra a fim de contribuir de forma satisfatória para o desenvolvimento. Com isso a pratica pedagógica se faz pela reflexão, pois o planejamento necessita da relação dialética entre teoria e prática.
A prática pedagógica constitui-se num espaço, tempos em que diversas histórias formam relações de conflitos encontros e desencontros. Nesse interim surge a possibilidade de construir a capacidade humana mediada por relações dialógicas. Conforme coloca Freire (1986, p. 125), “A educação dialógica é uma posição epistemológica [...]”, onde se faz necessário o papel diretivo do educador que interessado num objeto de conhecimento, faz com que o aluno crie interesse por tal conhecimento também. Caldeira e Zaidan (2010, p. 21) esse contexto de práxis pedagógica constituísse “sua experiência, sua corporeidade, sua formação, condições de trabalho e escolhas profissionais” enfatizam os seguintes aspectos marcam as particularidades do professor no contexto geral da prática pedagógica levando o professor a refletir sobre seus conhecimentos e a sua prática.
Assim, historicamente a prática pedagógica tem o desafio de responder às demandas dos contextos sociais em que vivemos.
3.1- Prática pedagógica enquanto práxis.
	Segundo Gadotti,
A pedagogia da práxis pretende ser uma pedagogia para a educação transformadora. Ela radica numa antropologia que considera o homem um ser incompleto, inconcluso e inacabado e, por isso, um ser criador, sujeito da história, que se transforma na medida mesma em que transforma o mundo. Toda pedagogia refere-se à prática, pretende se prolongar na prática. Não tem sentido sem ela, pois é ciência da educação. Mas não só. Fazer pedagogia é fazer prática teórica por excelência. É descobrir e elaborar instrumentos de ação social. Nela se realiza de forma essencial a unidade entre teoria e prática. A pedagogia como teoria da educação não pode abstrair-se da prática intencionada. A pedagogia é sobre tudo teoria da práxis (GADOTTI, 1992, p. 34).
	Ao se abordar o conceito de teoria e prática, pensamos em práxis pedagógicas que é uma das maiores dificuldades da docência. De acordo Paulo Freire (1987), a práxis faz parte do processo pedagógico onde a teoria está vinculada à prática, onde ambas são inseparáveis, fazendo com que o sujeito se torne crítico e reflexivo.
	Paulo Freire (2002), nos trás que a teoria não dita á prática, em vez disso, a teoria matem a prática ao alcance, a fim de formar, mediar e compreender criticamente a práxis necessária para atender as necessidades especificas do ambiente de sala de aula e seus educandos. Nesse prisma a ação transformadora que se renova na prática e na teoria, requere o desenvolvimento dessa consciência crítica, ou seja, para o exercício da ação docente é necessário a preparação e a reflexão.
	Pimenta (2005) explica o conceito de práxis, em sua dimensão política, ou seja, a relação teoria e prática é uma atividade humana em transformação da natureza e a sociedade. Sendo assim, a práxis se caracteriza como ação humana diante do mundo. A formação docente nesse sentido requer um preparo nos cursos de formação teórica e a prática é fundamental para uma práxis transformadora. A práxis nesse contexto “insere na atividade do docente quanto à prática social” (KOWARZID, 1983 apud MACHADO; VIEIRA, 2006, p.133), se caracterizando um posicionamento político.
Assim, como pontua Paulo Freire (2002, p.12), “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção” que se faz mediante a reflexão ativa da realidade onde se desenvolve a prática pedagógica.
4- CONCLUSÃO
	A formaçãodo docente inicial como contínua e precisa constituir-se crítica e reflexivamente, onde a teoria e a prática no contexto de reflexão fornecem subsídios para o desenvolvimento pedagógico.
	Como pôde-se observar a escola enquanto lócus das práticas pedagógicas para transformação de vidas, exige uma reflexão teórica e prática desde a formação do docente.
	Os pedagogos em seu posicionamento reflexivo e crítico é capaz de desenvolver a práxis necessária tanto para educação quanto para sociedade, pois as práticas pedagógicas procuram atender intencionalmente as expectativas educacionais de cada comunidade social.
	Assim sendo, a construção das mais diversas práticas é determinada pelos valores que advém de pactos sociais, negociações e deliberações que são impostas por um coletivo de pessoas. Por isso, essas formas de concretizações das práticas possuem diversas facetas que determinam a pedagogia.
	O presente portifólio considera a pedagogia e suas práticas como fundamentais para uma boa docência, pois elaboram a realidade, relacionada aos aspectos das várias realidades que encontramos na busca da construção histórica dos sujeitos, individuais e coletivos. Nesse mister, é preciso que as práticas pedagógicas se reorganizem na medida em que a vida, o cotidiano, a existência o invadem e a reflexão sobre esses aspectos são fundamentais para construção da práxis pedagógica.
5- REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1990.
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
SAVIANE,D.et.al. O Legado Educacional do século XX no Brasil. Campinas : Autores associados ,2004.(Coleção Educação Contemporânea).
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Autores associados. São Paulo, 2009.
CORTELLA, Mario Sérgio. Característica Ensino Tradicional Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/escola_moderna.htm> acesso 09/05/2020.
FC, Noticias Educação tradicional Disponível em:<http://www.fcnoticias.com.br/educacao-tradicional/#ixzz3AIkEDlcn > acesso em 09/05/2020.
COVER, I. A relação teoria e prática no processo de formação docente. In: MÜHL, Eldon Henrique; SARTORI, Jerônimo; ESQUINSANI, Valcir Antonio (Org.). Diálogo, ação comunicativa e práxis pedagógica. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2011, p. 68-81.
MACHADO, L. P; VIEIRA, F. M. S. Formação do formador de professores: no contexto da educação. In: histedbr. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/5QUqhI9C. pdf. Acesso em: 111/05/2020.
LIBÂNEO, J. C. Didática. Campinas; SP. Ed. Papirus, 2001
BERBEL, N. A. N. Didática e Práxis. In: II Jornada de didática e I Seminário de pesquisa CEMAD. ISBN: 978-85-7846-211-6. Disponível em: www.uel.br/.../jornadadidatica/.../III%20Jornada%20de%20Didatica%20.../DIDATIC. Acesso em: 11/05/2020.

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