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PRÁTICA DE REGÊNCIA II REGÊNCIA DE BANDAS SINFÔNICAS

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Débora Cristina Ildêncio 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Instituto 
Alpha - FACEC para a disciplina de 
PRÁTICA DE REGÊNCIA II – 
REGÊNCIA DE BANDAS 
SINFÔNICAS 
 
Prof. Esp. Maestro Roberto Farias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURMA DE REGÊNCIA 2021/2 
 
 
 
 
A formação do regente vai muito além de uma formação acadêmica, o fato de frequentar 
uma instituição não é a garantia de uma formação de um bom regente. Sua construção como 
profissional é acima de tudo intelectual, cultural e claro, musical! 
A diferença está nos detalhes, não é mesmo! E por isso, é basilar que o bom regente seja 
capaz de interpretar os detalhes de uma partitura e se preciso for utilizar ferramentas para um 
melhor aproveitamento. Para um bom resultado final de execução musical, existem ainda três 
fases para o domínio de uma partitura: o primeiro é o estudo para aprofundamento e 
compreensão dos aspectos da obra musical, em segundo ponto, o treino para uma execução 
precisa das técnicas e em terceiro lugar e não menos importante, a aplicação que é o ponto onde 
o músico e ou regente está pronto para a interpretação da obra. 
Entender a obra vai muito além de sua execução, sua singularidade e complexidade estão 
além da dificuldade técnica, seja no ponto de vista melódico, rítmico ou harmônico, e isso, vai 
além do autor ou do período estético, é necessário olhar para dentro, para o contexto e tudo que 
cerca esta obra, é necessário entender o discurso musical, 
É necessário ainda uma avaliação mais intimista, sair dessa superficialidade que 
normalmente é comum, avaliar uma música vai além de sua armadura de clave que por muitas 
vezes não define a sua real tonalidade ou ainda, se é tonal ou atonal. Segundo Carvalho, citado 
por FARIAS (2021, p.7) “o bom regente é aquele que é capaz de ouvir com os olhos e ler com 
os ouvidos”. O que nos leva a entender que ao ler uma partitura é importante ouvir como soa a 
obra, para que seja possível enxergar o que está escrito, é algo além da matemática, é se permitir 
experimentar e vivenciar a obra de forma plena. Outro detalhe importante para um bom regente 
é a sua atuação na redução de uma partitura para um aprendizado coeso e verdadeiro, permitindo 
assim a distinção do que é música e o que é o verdadeiro processo de orquestração de uma obra. 
O preparo ainda de um bom regente requer domínio pleno, segundo MORAES (2021) 
“O trabalho do regente começa na escrivaninha”. Por isso, o estudo da obra e o domínio das 
claves por exemplo é fundamental, pois, por muitas vezes é necessário permear pelos 
instrumentos transpositores e não-transpositores. O vocabulário do regente, carece ainda, de 
amplitude, no entanto, é necessário que seja capaz de suscitar o interesse do grupo, sendo 
preciso e compreendido imediatamente. 
Após esta experiência de vivenciar a obra musical, o bom regente estará disponível para 
a condução dos demais músicos, por isso, o repertório de gestos deverá ser formado e 
desenvolvido independentemente da partitura, experimentando assim cada gesto de cada som 
que será transmitida pelo conjunto vocal e ou orquestra, baseando-se em elementos importantes 
como a intensidade, a articulação o fraseado e a afinação. 
O regente ainda deve ter a capacidade de induzir os músicos, e a imprevisibilidade 
também pode ser aplicada, mas com bom senso e cautela. A partir do momento que os músicos 
conseguem antever cada gestual do regente, afinal o simples objetivo de marcar o tempo é muito 
pouco para a justificativa do regente no pódium. 
Os gestos aplicados podem ser classificados ainda como ativo, passivo, súbito-ativo e 
ainda semi-súbito-ativo e devem em qualquer situação serem empregados com clareza, pois, o 
trabalho de um bom regente não deve ter como objetivo o exibicionismo. A clareza nos gestos 
e aplicações são fundamentais, e hoje mais do que nunca, definir a escola de regência como por 
exemplo: italiana, francesa, alemã, etc., é algo sem muita relevância. Claro que são importantes 
no contexto histórico e de conhecimento, e ainda reúnem seguidores em todo mundo, no 
entanto, um bom regente não deve se prender a isso, a regência é algo muito mais ampla e 
requer empenho e estudo. 
Por isso, p regente deve sempre buscar a excelência artística, o cuidado para que o 
repertório seja verdadeiramente compatível com o nível técnico do conjunto que tem a seu 
cargo, mas isso, não impede de que ele possa ousar, mas é importante ressaltar que ousadia não 
tem a ver com irresponsabilidade. O regente precisa ver além, precisa antever, fugir de vias 
fáceis e sempre optar pela via segura. 
É necessário ainda uma observação mais profunda, que vai além da obra. É fundamental 
saber se o regente está pronto para exercer seu papel, o planejamento sobre o ensaio, permitirá 
melhores resultados e evitará exaustão, claro que a exigência é importante, porém o equilíbrio 
e a cordialidade fazem parte dos pilares para um melhor resultado. Além disso, a forma de se 
portar perante o grupo faz toda a diferença, não somente no ensaio, mas no resultado final de 
todo o trabalho. Por isso, o equilíbrio entre o seu poder e seu comando é algo extremamente 
relevante e de total interferência positiva para os demais. Claro que há uma hierarquia musical 
naturalmente estabelecida entre os músicos e o regente, no entanto, isso não significa 
autoritarismo. Há um trabalho em equipe que requer empenho de todos cada um com seu papel 
fundamental, como uma engrenagem que para funcionar com precisão precisa que tudo esteja 
em total harmonia, afinal, todos estão a serviço da Música. 
 
Referências: 
 
FARIAS, Roberto. A Arte da Regência. Instituto ALPHA- FACEC. Pós-Graduação 
em Regência. 2021.