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PLANO DE LAVRA_MM

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1 
 
Resumo 
O presente documento é um plano de exploração de pedra para construção, não emergente da 
licença de prospecção e pesquisa, Distrito da Namaacha, província de Maputo. O Plano é 
elaborado como parte da exigência da legislação mineira e ambiental em vigor no País. 
Para cumprir com os requisitos vigentes da lei de Minas nº 14/2002, de 26 de Junho e respectivo 
(Decreto nº 62/2006 de 26 de Dezembro) que declaram a necessidade da submissão de um estudo 
de viabilidade para a obtenção de concessão mineira com respectiva aprovação do plano de gestão 
ambiental para inicio da exploração mineira envolvendo equipamento mecanizado de exploração, o 
peticionário contratou um consultor para a elaboração de um plano de lavra e Plano de Gestão 
Ambiental (PGA), conforme o disposto na Lei-quadro do Ambiente nº 20/97, de 1 de Outubro e no 
Decreto nº 45/2004, de 29 de Setembro, que regula o processo de Avaliação de Impacto Ambiental 
(AIA) para projectos susceptíveis de provocar impactos consideráveis sobre o meio ambiente e 
ainda no disposto do Artº 1 nº 2 e do Art º11 do Regulamento Ambiental para a Actividade Mineira 
em Moçambique (Decreto nº 26/2004, de 30 de Junho) e Regulamento de Segurança técnica para 
Operações Geológicas Mineiras (Decreto nº62/2006 de 26 de Dezembro). 
O presente projecto encontra-se estruturado de modo seguinte: 
O primeiro capítulo é dedicado á aspectos introdutórios, onde é esboçado o plano de lavra da 
pedreira. 
O segundo capítulo trata de demonstração financeira do projecto e terceiro capítulo trata do plano 
de gestão ambiental do projecto, trabalho realizado em concordância com a legislação mineira e 
ambiental em vigor e outra aplicável no País. Bem como do plano de responsabilidade social do 
requerente. 
. 
 
 
3 
 
ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4 
1.1. Localização, Superfície e População ........................................................................................ 5 
1.2. Clima e Hidrografia .................................................................................................................. 7 
1.3. Geomorfologia, Relevo e Solos ................................................................................................ 7 
1.4. População .................................................................................................................................. 7 
2. GEOLOGIA LOCAL .................................................................................................................. 8 
2.1. Cálculo de Reservas ................................................................................................................ 11 
2.2. Materiais a Produzir ................................................................................................................ 12 
2.3. Recomendações ...................................................................................................................... 12 
3. PLANO DE LAVRA ................................................................................................................. 12 
3.2. Estrutura da produção ............................................................................................................. 12 
3.3. Desenvolvimento do Pedreira e Abertura ............................................................................... 12 
3.4. Homogeneidade da formação ................................................................................................. 12 
3.5. Infra – Estruturas .................................................................................................................... 13 
3.6. Método de Extracção .............................................................................................................. 13 
3.7. Perfuração e Fogo ................................................................................................................... 13 
3.8. Carregamento e Transporte ..................................................................................................... 14 
3.9. Processamento ........................................................................................................................ 14 
3.10. Serviços ............................................................................................................................... 16 
3.11. Início da Produção Comercial ............................................................................................. 17 
3.12. Higiene e Segurança Técnica .............................................................................................. 17 
4. ANALISE FINANCEIRA ......................................................................................................... 17 
5. PROJECTO DE ASSISTENCIA SOCIAL ............................................................................... 19 
5.1. Introdução ............................................................................................................................... 19 
5.2. Áreas de Intervenção .............................................................................................................. 20 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
O plano é pertença da Empresa M.M. Pedra & Areia Construções, S.A pretendendo fazer a 
exploração de Pedra para fins de construção de infra-estruturas públicas e de habitação, nesse 
âmbito solicitou a elaboração do plano de lavra, estudo de viabilidade técnica-económica e o 
respectivo plano de gestão ambiental para servir de suporte técnico para o pedido de concessão 
mineira junto do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) nos termos de 
Licenciamento Mineiro em vigor no país. 
Para cumprir com os requisitos vigentes na lei de Minas nº 20/2014, de 18 de Agosto e respectivo 
Regulamento (Decreto nº 31/2015 de 31 de Dezembro) que declaram a necessidade de obtenção de 
uma licença Ambiental para actividades minerais em Pedreiras ou de extracção de outros recursos 
minerais para a construção, envolvendo equipamento mecanizado de exploração, o peticionário, 
contratou um consultor para elaboração do plano de Gestão Ambiental (PGA) do pedreira, 
conforme o disposto na Lei-quadro do Ambiente nº 20/97 de1 de Outubro e no Decreto nº 45/2004, 
de 29 de Setembro, que regula o processo de avaliação de Impacto Ambiental (AIA) para projectos 
susceptíveis de provocar impactos consideráveis sobre o meio ambiente, e ainda, no disposto do 
Artº 1 n º 2 e do Artº11 do Regulamento Ambiental para Actividade Mineira em Moçambique 
(Decreto nº 26/2004 de 30 de Junho) e o Regulamento de Segurança Técnica para actividades 
Geológicas e Mineiras (Decreto 61/2006 de 26 de Dezembro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1.1. Localização, Superfície e População 
A área a requerer localiza-se no Distrito de Namaacha situado no sudoeste da Província de Maputo 
a 76 Kms da cidade de Maputo, fazendo fronteira a Oeste com a República da África do Sul e o 
reino da Swazilândia, a Norte com o Distrito de Moamba, a Este com o Distrito de Boane e a Sul 
com o Distrito de Matutuíne. (Ministério da Administração Estatal, 2005). 
A área para o certificado mineiro encontra-se delimitada pelo polígono de 6 vértices em unidades 
cadastrais, conforme indicam as respectivas coordenadas geográficas. 
 
 Tabela.1 coordenadas geográficas da área de estudos 
 
LatD LatM LatS LongD LongM LongS 
-26 4 20 32 14 0 
-26 4 40 32 14 0 
-26 4 40 32 14 30 
-26 4 50 32 14 30 
-26 4 50 32 14 40 
-26 4 20 32 14 40 
 
 
 
6 
 
 
Figura 1 – Mapa de localização geográfica da área requerida (Adaptado de shapfiles da DNG, 2011 
7 
 
1.2. Clima e Hidrografia 
De acordo com a classificação Köppen, o clima de Namaacha é Tropical Húmido (AW), 
modificado pela altitude. A Norte e Leste, o clima é “Seco de Estepe (BS)”. Predominam 2 
estações: a quentee de pluviosidade elevada, entre Outubro e Abril; e a fresca e seca, entre Abril a 
Setembro. 
O clima é ameno, com uma temperatura média anual de 21° C e a precipitação média anual é de 
751.1 mm (751mm em Goba, 680 mm em Changalane), ocorrendo cerca de 60% desta precipitação 
entre Novembro e Março. O distrito beneficia das águas dos rios Movene, Mabenga, Calichane, 
Impaputo e Umbelúzi, bem como das reservas da albufeira dos Pequenos Libombos. (Ministério da 
Administração Estatal e MÉTIER, 2005). 
 
1.3. Geomorfologia, Relevo e Solos 
O distrito pode ser dividido de acordo com as seguintes unidades geomorfológicas: 
-Terras altas – o Complexo da Cadeia dos Libombos; 
-Planaltos médios – adjacentes ao primeiro; 
-Encostas; e 
-Pequenas planícies de 100 – 200 m nos vales aluvionares ao longo dos rios. 
É marcado pela cordilheira dos Libombos, que se estende no sentido Norte-Sul, tendo o seu ponto 
mais alto a cerca de 800 m, no monte Mponduíne. 
A superfície de aplanação desce para Leste, com vários rios a cortar as montanhas no sentido Oeste-
Este. Nestas superfícies os solos são basálticos avermelhados e pretos com profundidades variáveis. 
(Ministério da Administração Estatal e MÉTIER, 2005). 
 
1.4. População 
Com uma superfície de 2.196 km2 e uma população recenseada em 1997 de 31.441 habitantes e 
estimada à data de 1/1/2005 em cerca de 45.020 habitantes, o distrito da Namaacha tem uma 
densidade populacional de 21 hab/km2. A relação de dependência económica potencial é de 
aproximadamente 1:1.5, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 15 pessoas em idade activa. 
A população é jovem (40%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de 
masculinidade de 50%) e de matriz rural (taxa de urbanização de 28%). (Ministério da 
Administração Estatal, 2005). 
8 
 
2. GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL 
A área requerida (fig.2) está enquadrada geologicamente no Jurássico especificamente na 
Formação de Movene, contendo os Basaltos (JrM) e Rolitos dos Pequenos Libombos. 
Segundo GTK, 2006a os níveis coalescentes de riólitos e basaltos que ocorrem nesta área anunciam 
a instalação das lavas basálticas da Formação de Movene* (JrM). Esta formação é caracterizada por 
vulcanitos de composição máfica, mas está associada com vulcanitos riolíticos subordinados (JrMr), 
como por exemplo os tufos do Membro dos Pequenos Libombos, evidenciando o carácter 
geoquímico bimodal deste conjunto. Os basaltos de Movene (JrM) são dominantemente 
subalcalinos. 
Na área de estudos foram também mapeados sedimentos de idade quaternária (Qt). Este tipo de 
depósitos pode ser visto ao longo do rio Save perto Zimuala e Mahave Jofane, Os terraços fluviais 
são formados por areias finas a medias, castanhas escuras a negras, areias argilosas com alto teor de 
argila. Em alguns lugares, os terraços fluviais foram erodidos pelos processos de progressão e 
regressão do rio. 
A área requerida para a implantacao do projecto Mineira encontra-se coberta pelas litologias 
seguintes: 
 JrM- Basalto; e 
 JrMr- Membro dos Pequenos Libombos, riolitos. 
 
 Diques gabróicos (Jrgd) 
Um dique máfico proeminente, com orientação a NNE, com mais de 100 m de espessura, corta um 
espesso fluxo de lava basáltica da Formação de Movene, perto da barragem de Pequenos 
Libombos (folha 2632) 
*O dique acastanhado com textura granular média possui uma grande quantidade de fracturas 
orientadas aleatoriamente, preenchidas por calcedónia. 
Os afloramentos individuais de rochas basálticas são por vezes difíceis em termos da origem da 
rocha, já que o núcleo de um fluxo espesso de lava basáltica pode petrograficamente assemelhar-se 
a gabro com textura granular média ou dique máfico. 
**A título de exemplo, ocorre rocha gabroica maciça, com textura granular média, a sul da cidade 
de Boane. 
9 
 
*Do ponto de vista da composição, é bastante básica e compreende uma grande quantidade de 
piroxena. 
*Um outro exemplo próximo tem cristais de plagioclase cuja dimensão pode atingir os 5 mm, com 
textura dibásica. Supõe-se que estas duas rochas sejam diques, e não basaltos. 
 
 Basalto (JrM) 
As lavas basálticas da Formação de Movene apresentam fracos afloramentos em comparação com 
as rochas vulcânicas félsicas. A maior parte dos afloramentos localizam-se em rios ou nas margens 
de rios. Alguns afloramentos encontram-se também em locais topograficamente mais elevados, 
cobertos por unidades de riólitos mais resistentes. 
*Os afloramentos de campo de basaltos apresentam tipicamente propriedades características de 
fluxos de pahoehoe insuflados: um núcleo de fluxo maciço e crustas inferior e superior altamente 
amigdalóide. Estas vulcânicas máficas apresentam um aspecto de campo afírico, embora também se 
observem com frequência tipos porfiríticos de plagioclase. 
*A espessura de cada unidade de fluxo varia desde <1 m até ~10 m. A crusta inferior altamente 
amigdalóide é vítrea, com uma espessura habitual < 0,5 metros e pode conter amígdalas tubulares. 
Estes são trilhos fossilizados com ~1cm de espessura e 10–50 cm de comprimento de bolhas de 
vapor ascendentes que se formaram durante a instalação do fluxo de lava. 
*As amígdalas tubulares estão habitualmente inclinadas na direcção do fluxo de lava. Observam-se 
direcções do fluxo tanto para leste como para oeste, o que pode reflectir a topografia local do 
campo do fluxo de lava e não centros eruptivos distintos. 
*O núcleo maciço do fluxo de unidades de lava pahoehoe insuflada, relativamente espessas (>1 
m) não contém ou contém poucas amígdalas e apresenta tipicamente uma meteorização esferoidal. 
**O núcleo do fluxo de lava pode conter cilindros de amígdalas sub-verticais e, mesmo por baixo 
da crusta superior, lençóis de amígdalas sub-horizontais. 
**Cada unidade de fluxo de pahoehoe insuflada tem uma crusta superior espessa (~1/3 – 1/2 da 
espessura do fluxo) com grande abundância de amígdalas redondas cujo diâmetro é habitualmente 
de ~1 cm mas pode atingir ~1 m (geóides). 
**As amígdalas e os geóides estão preenchidos sobretudo com ágata, quartzo, carbono e zeólito. 
**Camadas de ágata em amígdalas parcialmente preenchidas constituem um instrumento útil para 
estabelecer o basculamento pós-magmática dos fluxos de lava. 
10 
 
*As medições obtidas, embora esparsas, mostram invariavelmente um ângulo de inclinação de 6 – 
8° para ESE. 
*Algumas das unidades de fluxo de pahoehoe possuem um topo de fluxo brechificado característico 
por cima da crusta superior amigdalóide. 
*A brecha é constituída por elementos quebrados de lava pahoehoe (Pequenos Libombos), que é 
uma característica típica dos fluxos de pahoehoe. 
*As lavas de pahoehoe não foram anteriormente reportadas da Formação de Movene ou da Grande 
Província ígnea do grande Karoo (GTK, 2006). 
 
 Membro de Riólito dos Pequenos Libombos (JrMr) 
(Membro de Riólito de Pequenos Libombos) 
Uma crista riolítica proeminente dos Pequenos Libombos, na parte sul da folha cartográfica 2532 e 
na parte norte da folha 2632, compreende uma sucessão de fluxos de cinza vulcânica soldados de 
várias formas na parte superior da Formação de Movene, a norte e leste da barragem dos Pequenos 
Libombos. 
As interestratificações de riólito com orientação a norte pode ser acompanhada durante mais de 65 
km ao longo da direcção, sendo a sua largura máxima de cerca de cinco quilómetros. 
*A espessura máxima estimada desta sucessão, conhecida anteriormente como Camadas de Sica 
(Cleverly et al., 1984) varia de algumas dezenas de metros, na área do Monte Portela, a algumas 
centenas de metros a leste do Monte Sica e do próprio Monte Pequenos Libombos. 
*A unidade, que se destaca como uma cobertura resistente dentro do terreno do Basalto de Movene, 
é cortada por várias falhas e fracturas com orientação a NO-SE, enquanto uma falha de 
desligamento com movimento sinistrógiro e orientação a NO-SE separou a crista em duas partes 
principais.*A evidência da instalação piroclástica do Riólito de Pequenos Libombos é dada pela sua transição 
graduada de um tufo-brecha basal fracamente soldado e uma zona litofísica ascendente para uma 
rocha reomórfica tipo lava progressivamente de fluxo bandado e fluxo dobrado. 
**O contacto inferior da unidade de riólito aflora numa barreira de estrada no topo da crista dos 
Pequenos Libombos, onde uma zona de cor castanha na parte superior do basalto subjacente pode 
representar um horizonte de paleo-laterito alterado hidrotermicamente. 
11 
 
**A mesma zona de contacto castanha aflora numa antiga pedreira a norte da Crista Sica, onde 
abundantes amígdalas de ágata esverdeada, com diâmetros que podem chegar aos 5 cm, estão 
preservadas na camada superior oxidada. 
**A meteorização e outras alterações de rochas nas zonas de contacto dificultam o estudo de 
estruturas vulcânicas na base do fluxo riolítico. 
**Horizontes de fluxos de cinzas vulcânicas mal soldados ou depósitos de chuvas de cinzas 
ocorrem na zona basal do (mais baixo). 
*Noutros locais, a base do fluxo caracteriza-se por tufos-brechas caóticos com chips ou fragmentos 
líticos deformados plasticamente ou por aglomerações de litofisas, variando a dimensão das litofisas 
arredondadas desde pequenos esferulitos até litofisas com 10-15 cm de diâmetro. Em algumas 
grandes litofisas, a textura semelhante a cebola está bem desenvolvida. 
*As variedades densamente soldadas de fluxos de cinza vulcânica riolíticos, consolidados por 
cristalização em fase de vapor, constituem a principal litologia do Membro dos Pequenos Libombos 
da Formação de Movene, que aflora na maior parte das pedreiras de agregados da área. 
**Rocha de tom vermelho acastanhado escuro, com textura granular fina, apresenta muitas vezes 
bandado de fluxo distinto, com fluxo dobrado a distorcer localmente o ângulo de basculamento 
regional suave dos fluxos. 
**A rocha de bandado de fluxo compreende lâminas de cor verde escura e castanha clara a 
avermelhada, com uma espessura de <1 a 2 mm, com abundância de pequenas (< 0,5 mm) esférulas 
e fenocristais de quartzo e feldspato, provavelmente em resultado de cristalização em fase de vapor. 
**Apenas em zonas onde a intensidade do fluxo reomórfico não foi completa, é possível discernir 
finamente do tipo chama e vesículas redondas a lenticulares. 
*No topo da montanha, a sudeste do Monte Muguene, ocorrem duas estruturas de forma circular, 
com 6-7 m de diâmetro, que podem representar ventilações de erupção para fluxos de riólitos a 
rodear estas estruturas. Fluxos de inclinação acentuada para o exterior apresentam bandado de fluxo 
distinto e abundância de fragmentos de pomito distorcidos (?) e cavidades de gás (GTK, 2006). 
 
 
12 
 
 
Figura_2 Mapa geológico da área requerida (Adaptado a partir de shapfiles da DNG)
11 
 
2.1. Cálculo de Reservas 
No cálculo das reservas foi aplicado o método de blocos e volume. A definição dos blocos de 
reservas baseou-se na situação geológica das camadas, fez-se os contornos dos blocos e a partir da 
extrapolação dos dados geológicos disponíveis, as reservas foram classificadas em categoria C3. 
Constituem material estéril todo material sedimentar de cobertura, a rocha alterada ou outra que não 
possuem qualidade para pedra de construção. 
 
2.1.2. Parâmetros Para o Calculo de Reservas 
Os dados naturais com que se baseiam o cálculo das reservas foram obtidas a partir das medições no 
terreno e extrapolação de dados geológicos. 
Para calcular as reservas disponíveis actualmente, considerou-se os seguintes parâmetros e cálculos 
matemáticos: 
, C = Designação do Blocos de Reservas 
 S = Superfície do Bloco de Reservas (m²); 
 H = Possança do Bloco de Reserva (m); 
 V1 = (SxV) = Volume da Massa Total do Bloco de Reserva (m³); 
 M = factor do material estéril (+ ou - 40 %) 
 E = V x M = Volume do material estéril (m³); 
 V2 = V1-E = Volume do material útil no Bloco de Reservas (m³); 
 N= número de blocos 
 R = N1+N2… = Reservas Económicas Totais Disponíveis (m³); 
 P= 60 000 m³/ ano (média 5 000 m³/ mês) - produção média anual prevista. 
 
 RESERVAS TOTAIS: 
Categoria C3= 2 500 000 m
3 
ESTIMATIVA DE VIDA ÚTIL DO JAZIGO: 
Categoria C3 = 42 anos 
 
 
 
12 
 
2.2. Materiais a Produzir 
Na pedreira será extraída pedra de construção. A formação é homogénea nas suas características 
petrografia e possui qualidades físico químicas e mecânicas para ser aplicado em obras de 
construção civil em geral. 
 
2.3. Recomendações 
A pedreira tem oportunidades de ser num futuro breve, uma das principais fontes de inertes para a 
construção na região Sul do país, quer em termos de reservas minerais quer na qualidade do 
material. Do ponto de vista económico-social, o funcionamento do projecto tem impacto positivo e 
significativo na região. 
 
3. PLANO DE LAVRA 
3.2. Estrutura da produção 
A organização da estrutura produtiva enfatiza a manutenção de uma produção contínua, tendo como 
objectivo a minimização dos tempos mortos entre as etapas do processo produtivo, com vista a 
diminuição dos custos de produção e aumento da efectividade da utilização das máquinas e força de 
trabalho. 
3.3. Desenvolvimento do Pedreira e Abertura 
O aproveitamento e a exploração de jazigo para a produção de matérias de construção para fins 
industriais são caracterizados por um trabalho muito dispendioso na sua fase de desenvolvimento, 
pois são jazigos com características e parâmetros muito limitados para o seu processamento, sendo 
de destacar principalmente o seguinte: 
 
3.4. Homogeneidade da formação 
 Quantidade e grau de material alterado (material argiloso) assim como sua disposição. 
 Quantidade espessura e distribuição do material de cobertura. 
 Disposição morfológica do afloramento, importante para a preparação e abertura das frentes 
produtivas. 
 Produtividade de Jazigo; 
13 
 
 Nível freático; 
 Localização em relação as vias de acesso. 
Estes parâmetros, maioritariamente físicos, determinam as características básicas do equipamento e 
dos métodos de extracção a utilizar durante a fase de desenvolvimento e expansão da exploração. 
Para a produção de pedra, o nível freático das águas subterrâneas joga um papel importante, pois 
quando existente a pouca profundidade, pode aumentar significativamente os custos de produção 
com aumento do consumo de combustíveis e diminuição das horas efectivas de produção. 
Este aspecto tem também a sua importância na estabilidade do terreno, tanto para a movimentação 
da maquinaria pesada como na manutenção das frentes produzidas, assim como aumento das horas 
efectivas de trabalho, mesmo durante época chuvosa. 
Importa referir que pedra similar à deste jazigo já foi aplicada para a construção e já provou possuir 
boas qualidades para a construção de estradas e utilização como balastro nas vias férreas. 
Actualmente pedra com características geológicas semelhantes, produzida na região, foi aplicada 
em grandes obras públicas. 
 
3.5. Infra – Estruturas 
No empreendimento serão implantados dois contentores para servir de oficina e escritório com duas 
divisões e uma casa de banho completa, uma oficina, dois armazéns, instalações para os operários 
com balneários e um local equipado com frigorífico onde se guardam e preparam as refeições. 
Existira também uma guarita para o pessoal de segurança. 
 
3.6. Método de Extracção 
O método de extracção em vista é de céu aberto em forma de bancadas múltiplas e configuração de 
cogumelo em expansão. O Sistema será perfuração através dum rockdriller com compressor de ar 
acoplado, o enchimento da carga explosiva será manual e mecânico, arrebatamento e escoamento. 
 
3.7. Perfuração e Fogo 
 A preparação de furos é feita através da perfuradora Tamrock Ranger 700, o diâmetro dos furos é 
de 63mm e 75mm, a profundidade varia entre 6,9 e 12 metros, o espaçamento entre os furos seráde 
1,5m*1,5m, para 63mm e 2m*2m 3, para 75mm. Esta variação de furos para corrigir os 
14 
 
desnivelamentos topográficos da área e permitir a limpeza da superfície e remoção do estéril e 
ganga. 
O explosivo será ANFO, granulado intercalado com buster, a parte final da boca do furo numa 
profundidade de 0,5m a 1m e enchida de areia, para iniciar o fogo. 
A fragmentação da pedra depende em grande medida da pressão de gás, produzido pela carga 
explosiva, um dos factores que influem na pressão de gás produzida num determinado meio é a 
mistura química do explosivo e o coeficiente de enchimento, com vista a garantir a maior pressão 
dos explosivos utiliza-se a iniciação com retardamento mil segundos. 
Um paiol será construído para o armazenamento das substâncias explosivas no lado oposto as 
frentes de extracção, a sua construção vai obedecer as conduções de segurança standard o efeito. 
3.8. Carregamento e Transporte 
Seguindo a fragmentação da pedra no seu lugar de origem esta é carregada através da escavadeira 
para camiões basculantes (dumper), que a transportam até a boca de alimentação de britadeira e 
depois para o stock pile (pilha de material) e de ai ao mercado. Este método oferece múltiplas 
vantagens desde o ponto de vista técnico, económico e de segurança na execução dos trabalhos, 
concretamente na garantia de uma maior produtividade ao permitir um grande avanço por unidade 
de tempo, ao evitar grandes percas de quantidades durante o processo de extracção, os custos de 
extracção por este método são relativamente baixos e oferece maior segurança durante a realização 
dos trabalhos. 
 
3.9. Processamento 
O processamento consistirá de vários estágios de redução e separação granulométrica, o método 
tradicional de processamento consiste da britadeira primária, intermédia ou secundária e diversas 
fases de crivagem. 
A britadeira primária é seleccionada em conformidade com a capacidade de produção desejada da 
mina e/ou pedreira por quanto passa por ela toda a pedra extraída. A britadeira secundária tem como 
função processar todo material ou parte da produção proveniente da britadeira primária, pode ser o 
último estágio de redução ou intermediário. 
15 
 
A capacidade da britadeira secundária não tem que ser obrigatoriamente igual à da britadeira 
primária porquanto nem todo material saído da britadeira primária passa obrigatoriamente pela 
britadeira secundária. 
Em função da tendência do mercado, serão produzidos os seguintes tipos de materiais 
(granulometria). 
Pó de pedra 
Bago de arroz 
Brita 1 
Brita 2 
Brita 3 
Brita 4 
Toutvenat 1 
Toutvenat 2 
Rochão 
Balastro enrolado 
 
A seguir se apresenta o fluxograma do processo de produção da pedra a ser usado no presente 
projecto: 
16 
 
 
 Fig.3 Fluxograma do processo productivo. 
 
3.10. Serviços 
 Água 
Existe um rio que se localiza na zona da área pretendida, e considerando que este possui caudal 
estável durante todas as estacões do ano, poderá ser uma vantagem em termos de necessidades de 
água para o projecto. 
A água necessária para diversas utilidades da pedreira que inclui injeção no processo de britagem 
para reduzir a emissão de poeiras para atmosfera, serviço de limpeza de equipamento, escritórios 
será bombeada a partir do rio próximo da área do projecto. 
 Energia 
Muito próximo da área requerida existe uma linha de alta tensão que abastece a região e as 
pedreiras em funcionamento, esta linha irá servir a pedreira. Contudo o projecto da pedreira poderá 
funcionar com geradores sempre que se figurar necessário. 
 
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3.11. Início da Produção Comercial 
O início das actividades de produção e comercialização está previsto para 3 meses depois da 
obtenção da licença ambiental, visto que grande parte das condições necessárias para dar o arranque 
das operações já estão criadas, faltando apenas a demarcação da área, compra de alguns materiais e 
celebração de contratos para prestação de serviços entre outras actividades preparatórias. O quadro 
do pessoal que vai tomar parte nas operações já foi contactado e a maior parte do equipamento já 
foi negociado com os respectivos proprietários, faltando apenas a compra do material complementar 
depois da emissão da licença. 
A capacidade de produção na fase experimental está estimada em cerca de 80 % da produção 
projectada. 
 
3.12. Higiene e Segurança Técnica 
Em todas suas etapas de trabalho adota-se a política de segurança contendo os procedimentos 
corporativos com padrões específicos de segurança. De forma a preservar a higiene segurança 
técnica durante a realização dos trabalhos serão observadas as seguintes medidas: 
o Os trabalhadores serão munidos de equipamentos de proteção individual (EPIs) e proteção 
coletiva (EPC) em todas as fases do trabalho, fardamento, cascos, botas entre outros. 
o Treinamentos periódicos sobre medidas de higiene e segurança 
o Delimitar e sinalizar as zonas de perigo. 
o Colocação de aviso de alerta em lugares vulneráveis a acidentes. 
o Entre outras. 
 
4. ANALISE FINANCEIRA 
Baseando-se na procura de inertes para a construção nas cidades de Maputo, Matola, Vila de Boane 
e outras em franco crescimento. O projecto pretende contribuir com a satisfação da demanda cada 
vez crescente do mercado de matéria para a construção e reabilitação da rede ferroviária. Os 
proponentes são cientes de que o actual preço da pedra pode vir a sofrer um ligeiro aumento 
resultante do custo de insumos para a produção e conjuntura geral caracterizada por aumentos de 
preço dos produtos. 
 
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Processo Produtivo 
Este projecto considera 26 dias de trabalho mensal e 8 horas dia, para além de horas extra para 
cobrir paragens derivadas de avarias de equipamento, no total são 312 dias de trabalho produtivo. 
 
Mercado 
A pedra será vendida em toda região Sul entre as províncias de Maputo e Gaza, como inerte para a 
construção de obras públicas e privadas, , linhas ferreas, estradas, edifícios entre outros. 
 
Investimento 
O Investimento inicial que deverá ser realizado durante a fase de implantação do projecto é de cerca 
de 228.000 dólares americanos (USD), o qual na sua maioria, será direcionado ao equipamento 
produtivo em cerca de 205.000 USD americanos, a ser adquirido na vizinha República da África do 
Sul (RSA). 
 
Receitas 
A receita será proveniente da venda da pedra de diversas categorias numa primeira fase, porém no 
futuro poder-se-á decidir pelo fabrico de objectos de arte para aproveitar o material com pouca 
saída e diminuir-se deste modo a acumulação de stocks (pilhas). 
 
Custos 
A estrutura dos custos é consubstanciada por despesas relativas aos equipamentos, insumos e 
construção de infra-estruturas. 
Os custos de operação serão constituídos pelas despesas de salários, materiais, impostos, 
consumíveis, entre outros. Os custos de operação tendem a elevar-se à medida que os anos vão 
passando uma vez o equipamento torna-se obsoleto com o tempo, requerendo desse modo maior 
consumo de materiais e reparações de manutenção. 
 
Preços 
Os preços aplicáveis são bastante realísticos e são aplicados actualmente na região em várias 
pedreiras com uma pequena oscilação em função de factores diversos (qualidade, localização da 
mina, custos de produção, etc.) 
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Tabela2. Preços 
Produto U/M Valor (MT) Valor (USD) 
Brita 1 M3 450,00 7,50 
Brita 2 M3 480,00 8,00 
 
Resultados 
Tomando em conta o montante dos lucros apoios a deduções de todos os impostos tabela, análise 
financeira (em anexo), considera-se o projecto financeiramente viável, nota-se que a produção 
planificada, baseia-se num pressuposto muito pessimista e esta longe do que normalmente se pode 
extrair. 
Tabela3. Resultados 
Taxa de Actualização Valor (USD) % 
Valor Actual Líquido 397 009,23 - 
Taxa Interna de Retorno - 49,37 
 
Fluxo de Caixa 
A tabela de fluxos financeiros (em anexo), mostra-nosuma evolução positiva do fluxo de caixa, o 
que nos permite concluir desde já que o projecto é viável. 
 
5. PROJECTO DE ASSISTENCIA SOCIAL 
5.1. Introdução 
Para manter um ambiente são no que concerne a relação proponente - comunidade a partir deste 
projecto está previsto desembolsar no primeiro ano um valor de 1400.000,00 Mt para desenvolver 
acções de responsabilidade social. Depois do início da produção e comercialização, prevê-se que 
3% dos lucros sejam destinados ao cumprimento da responsabilidade social do requerente. Após a 
atribuição do Certificado Mineiro e início do projecto vai se realizar encontros com a comunidade a 
fim de se definir as áreas prioritárias para a intervenção, não obstante a Empresa apresenta neste 
projecto algumas áreas de intervenção. 
 
20 
 
5.2. Áreas de Intervenção 
A empresa proponente pretende criar um ambiente são com as comunidades circunvizinhas ao 
projecto, e espera que esta seja absorvida como massa laboral, sendo que para tal brindará com 
cursos técnicos de modo a capacita-los profissionalmente. 
Sendo assim, no âmbito da sua responsabilidade social, a requerente prevê desenvolver as seguintes 
intervenções: 
 Abertura de furos de água para beneficiar as comunidades locais; 
 Abertura de mais vias de acesso e melhoramento das existentes; 
 Promoção de actividades culturais, desportivas e recreativas; 
 Identificar e facilitar oportunidades de emprego, formação e relações comerciais, 
directamente através de empreiteiros e fornecedores de serviços; 
 
Numa primeira fase prevê-se que o investimento seja feito de acordo ao cronograma seguinte: 
 
 
Tab 2. Cronograma de implementação do Plano de Responsabilidade Social 
Orde
m 
Actividades Meses 
Fases 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
1a Abertura de furos de água para beneficiar as 
comunidades locais 
 
2a Melhoramento das vias de acesso. 
3a Promoção de actividades culturais, desportivas e 
recreativas 
 
4 a Criação de oportunidades de emprego, formação e 
relações comerciais, directamente através de 
empreiteiros e fornecedores de serviços 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos 
 
Estudo de Viabilidade Técnica-Económica

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