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Filosofia (resumo1)

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Maria Isabel Mendes – m.isabellmendes@gmail.com 
Richardson Silva - richardson.sds@gmail.com 
 
Imagina você como membro de uma das primeiras civilizações, que tinha 
conhecimentos extremamente leigo das coisas. Caia água do céu, mas você não tinha 
nenhuma ideia do porquê isso acontecia. Também sem que fosse percebido, você via as 
estrelas dançarem no céu, ou melhor, as estrelas mudando de lugar, dia após dia, ou o sol 
se erguendo pela manhã, brilhante, e a lua dominava o horizonte. Até que um dia você se 
perguntou: "Quem sou eu? O porquê disso? O que faço?" 
Não é fácil reagir a uma pergunta como esta, quando você não tem conhecimento 
nenhum dos fenômenos considerados anormais; que não tinham uma explicação 
plausível, apenas aconteciam. Porém hoje é considerado algo totalmente normal e 
principalmente, lógico. 
É muito mais difícil (para seres conscientes como nós) viver sem entender o mundo 
ao nosso redor. Nem todo ser humano é um questionador natural, mesmo assim surgiram 
tais questionamentos. Nesse mar de incertezas, não demorou muito para alguém (um 
curioso, um contador de histórias) começasse a “esclarecer” os fenômenos naturais. 
O modo que se encontrou explicações à época para tais questionamentos, foram a 
partir dos mitos: as ações dos deuses explicavam o funcionamento das coisas (dia e noite, 
sol e chuva, estações do ano etc.) 
Tudo ia muito sereno e tranquilo, sempre os deuses ou explicações sem fundamento 
nenhum que confortavam a sociedade e a causa dos acontecidos, até que... 
Surge a filosofia, que trouxe consigo explicações racionais da realidade e assustou muita 
gente com essa quebra drástica de raciocínio, pois algumas pessoas se recusavam a 
acreditar nas explicações mitológicas e começaram a procurar explicações racionais. 
 
A FILOSOFIA está condicionada ao ato de pensar, mas não só a esse quesito que 
ela está interligada, e sim a vida; quando refletimos sobre algo, quando vivemos um 
momento ou quando fazemos questionamentos sobre o mundo ao nosso redor. Isso 
também é filosofia. 
 
Devido à longa tradição que possui o saber filosófico é difícil estabelecer uma 
única definição de filosofia. 
 
 A filosofia é uma área do conhecimento dedicada a investigar questões 
fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente e linguagem. 
Porém na filosofia não importa só o tema, importa como eles são abordados. Assim a 
abordagem é essencial para a construção de um saber filosófico. 
 
 
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Maria Isabel Mendes – m.isabellmendes@gmail.com 
Richardson Silva - richardson.sds@gmail.com 
 
 Onde surgiu? A filosofia nasceu na Grécia antiga no início do século VI a.C. 
Como? Os pensadores de Jônia (cidade origem da Filosofia) fizeram 
explorações racionais nos países ocidentais pela primeira vez buscando a 
origem do universo em oposição aos mitos. O que eles estavam fazendo era 
chamado de Cosmologia. 
Por quê? Num dado momento da cultura grega as explicações mitológicas 
tornaram-se insuficientes e o homem sente a necessidade de buscar 
respostas mais racionais para questões que o afligem diversas 
transformações, o âmbito da cultura grega contribuíram para o surgimento do 
pensamento filosófico, tais como a redescoberta da escrita, o surgimento da 
moeda a formulação da lei escrita, a consolidação da democracia, entre outros. 
 
A partir dessas transformações, puderam surgir no século VI a.C. os primeiros 
filósofos, que ficaram conhecidos como filósofos pré-socráticos. Esses primeiros 
pensadores se interessavam em descrever a natureza (physis) sem apelas para 
seres sobrenaturais e para figuras mitológicas. Sua grande tarefa era explicar a 
natureza a partir de elementos naturais. 
Explicação racional da realidade e da origem do mundo; 
Filosofia da Physis; 
Início da ciência antiga; 
Cosmos; 
Lógos; 
Arché – princípio originário; 
Razão. 
 
O termo filosofia advém do grego e tem como significado “amor ao conhecimento”. 
Ela surge da necessidade de explicar o mundo de um novo modo. Os filósofos 
buscam encontrar respostas racionais para a origem das coisas, dos fenômenos da 
natureza, da existência e da racionalidade humana. 
 
Bertrand Russel, na introdução do seu livro História da Filosofia Ocidental, observa 
que a filosofia abarca os campos da ciência e da teologia, procurando aplicar a razão 
humana à especulação em áreas nas quais ainda não se alcançou um conhecimento 
definitivo. O fascinante é que, à medida que o conhecimento vai se ampliando, as 
interrogações permanecem. 
Tudo bem, pois nada melhor que um pouco de saudáveis especulações, desde que 
estejamos bem-informados. 
 
 
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Didaticamente a Filosofia está dividida em 4 períodos: 
Filosofia Antiga; 
Filosofia Medieval; 
Filosofia Moderna; e 
Filosofia Contemporânea. 
 
A filosofia tem menos a ver com as respostas obtidas para as questões e mais com 
o PROCESSO para se tentar obter tais respostas (uso da razão). 
 
FILOSOFIA ANTIGA 
 
CARACTERÍSTICAS 
Séc. VII a.C. – VI d.C. 
Viagens marítimas 
Moeda 
Cidades 
Escrita 
Política 
 
A filosofia antiga é o período compreendido entre o surgimento no século VII, antes 
de Cristo e a queda do Império Romano. Marca a primeira forma de pensamento filosófico 
existente; originou-se na Grécia, região da Jônia, onde hoje localiza-se a Turquia. 
A princípio, a filosofia estava intimamente relacionada com a religião: mitos, crenças, 
deuses etc. Durante a transição do pensamento mítico para o racional, os filósofos 
acreditavam conseguir transmitir a mensagem dos deuses. Os deuses e as entidades 
mitológicas serviam de inspiração para a filosofia nascente. 
No início do século VII, as cidades desta região tinham o comércio aquecido pelas 
embarcações que traziam mercadorias através do Mar Mediterrâneo. Essa movimentação 
provocava uma grande concentração de intelectuais, que costumavam expor suas 
reflexões. 
A filosofia antiga está dividida em 3 períodos: 
Período Pré - Socrático (Século VI – V a.C.); 
Período Socrático (Século V – IV a.C.); 
Período Helenístico (Século IV – VI d.C.) 
 
Período Pré-Socrático: 
Cronologicamente antecedem as ideias propostas por Sócrates. Primeiro período da 
Filosofia Antiga, também conhecido como cosmológico, reúne as teorias apresentadas 
pelos primeiros filósofos do Ocidente. Nessa fase da Filosofia Antiga, os filósofos tinham 
os mesmos objetivos: descobrir a verdadeira origem do universo utilizando como base a 
PENSADORES DA ÉPOCA 
Platão 
Sócrates 
Aristóteles 
Sofistas 
 
 
 
 
 
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observação da natureza. Em outras palavras, eles tentavam responder a grande pergunta: 
“Afinal, para que serve tudo isso?” 
Destacaram-se os seguintes pensadores: 
TALES DE MILETO, ANAXIMANDRO, ANAXÍMENES, PITÁGORAS, XENÓFANES, HERÁCLITO, 
PARMÊNIDES, ANAXÁGORAS, EMPÉDOCLES E PROTÁGORAS. 
Período Socrático: 
O segundo período da Filosofia Antiga também pode ser conhecido como período 
clássico ou antropológico. Nesta fase, os pensamentos envolvem questões relacionadas 
ao ser humano. De forma mais sistemática, assuntos que envolviam a ética e a política 
eram predominantes. Foi durante essa época, na Grécia, que se estabeleceu o conceito de 
democracia. 
Destacaram-se os seguintes pensadores: 
SÓCRATES, PLATÃO e ARISTÓTELES. 
Período Helenístico: 
O último período da Filosofia Antiga foi marcado pela expansão da cultura grega em 
toda a região do mediterrâneo e o surgimento da civilização romana. Os temas 
relacionados à natureza e ao homem prevalecem e a ênfase é dada pelas diferentes formas 
de busca pela felicidade. 
Destacaram-se os seguintes pensadores: 
ZENÃO DE CÍTIO, CLEANTES, CRISIPO, SÊNECA, EPICTETO e MARCO AURÉLIO. 
 
Afinal, para que serve tudo isso? 
Ambrose Bierce,Epigramas, afirma que “Todo mundo é doido, mas 
aquele que consegue analisar o próprio delírio é chamado de filósofo”. 
Você concorda, discorda ou não tem nada a declarar? 
 
 
A história da Grécia compreende o estudo dos GREGOS. Os Gregos 
estabeleceram tradições de justiça e liberdade individual, que viriam a 
se estabelecer como as bases da democracia contemporânea. A sua arte, 
filosofia e ciência tornaram-se fundamentos do pensamento e da cultura 
ocidentais. 
 
 
 
 
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Os gregos da 
antiguidade 
chamavam a si 
próprios de helenos 
(todos que falavam 
grego, mesmo os que 
não vivessem na 
Grécia), e davam o 
nome de Hélade à 
sua terra. Os que não 
falavam grego eram 
chamados de 
bárbaros. Durante a 
antiguidade, nunca 
chegaram a formar 
um governo 
nacional, ainda que 
estivessem unidos 
pela mesma cultura, 
religião e língua. 
 
DEMOCRACIA ATENIENSE 
Antes da implementação da democracia, Atenas era controlada por uma elite 
aristocrática oligárquica (os Eupátridas ou bem-nascidos), que detinham o poder político 
e econômico. Com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, proprietários de 
terra, artesãos, camponeses etc.) que pretendiam participar da vida política, os 
aristocratas liderados por Clístenes (Pai da Democracia) fizeram uma revolta popular 
contra o tirano grego Hípias. 
Como forma de garantir o processo democrático, Clístenes adotou o “ostracismo” 
(exílio de 10 anos e suspensão de direitos políticos). Era uma forma de governo surgida 
na Grécia (Séc. VI a.C). O termo “Democracia” é formado pelo radical grego “demo” (povo) 
e “krátia” (poder), significando “poder do povo”. A participação era direta, contudo, 
envolvia pequena parcela da população. Pois só participavam os cidadãos livres e com 
direitos políticos. 
O modelo ateniense baseava-se na democracia direta, ou seja, as decisões relativas à 
coisa pública eram tomadas pelo grupo de cidadãos que pertencia à pólis. 
Tais decisões eram debatidas em espaços públicos, como a ágora. Por isso, havia diálogo 
e debates dos diferentes projetos e propostas e nesta sociedade a oratória era uma 
habilidade bastante útil. 
Este modelo se difere bastante do nosso modelo de democracia moderna, pois os 
cidadãos tinham poder de decidir e deliberar sobre os assuntos públicos. Por isso é 
caracterizada como uma democracia direta. Já no modelo moderno as democracias são 
representativas, e elegem-se representantes que façam valer as posições dos cidadãos. 
 
 
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Outra diferença fundamental está no entendimento de cidadão. 
Em Atenas eram considerados cidadãos apenas os homens gregos e livres, ou 
seja, uma minoria da população era efetivamente cidadã. Não se tratava de 
uma democracia da maioria, apesar de direta. Nesta sociedade a democracia era 
um valor que regulava a vida em comunidade. 
Acredita-se que apenas 30% da população adulta poderia participar do processo 
eleitoral. A liberdade e a igualdade constituíram a essência dessa democracia expressa 
através de 3 princípios básicos: 
Isocracia - (igualdade de acesso aos cargos políticos); 
Isonomia - (igualdade perante as leis); 
Isegoria - (igualdade de direito ou de tempo no uso da palavra numa assembleia). 
 
O sistema de funcionamento do governo democrático ateniense pode ser dividido em 6 
partes: 
Eclésia - (decisões legislativas, executivas e de política exterior); 
Bulé - (assembleia encarregada de elaborar projetos de lei); 
Arcontes - (eram os magistrados que tinham a função de legislar); 
Estrategos - (general do exército na antiga Atenas (Grécia), eleito magistrado 
anualmente); 
Tribunal 1 - Aerópago (tribunal de justiça que funcionava a céu aberto em Atenas); 
Tribunal 2 - Helieia (era o tribunal supremo da Atenas antiga). 
 
CLASSES SOCIAIS EM ATENAS: 
Eupátridas: grandes proprietários de terra, que tinham acesso à cidadania e ocupavam os 
principais cargos políticos e administrativos; eram aqueles considerados bem-nascidos 
(eu = Bom, pátrida = parido), ou seja, filhos da elite. 
Georgoi: pequenos proprietários e camponeses que viviam em péssimas condições; seu 
papel político é secundário; 
Thetas: grupo intermediário que arrendava terras; alguns deles enriqueceram, dedicando-
se ao comércio, artesanato ou carreira militar, e tornaram-se pessoas de prestígio 
conhecidas. 
Demiurgos: participavam da vida política da cidade; 
Metecos: estrangeiros que viviam em Atenas, dedicando-se sobretudo ao comércio; não 
tinham acesso à cidadania; 
Escravos: base da mão-de-obra ateniense; ocupados em todas as atividades sem direito à 
cidadania. 
 
 
 
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A democracia ateniense foi uma forma de governo que privilegiava apenas 
a aristocracia de Atenas, seu apogeu foi durante o século V a.C. 
 
COMO ERA DEFINIDA A SOCIEDADE: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADÃOS 
➢ Homens maiores de 18 anos; 
➢ Participavam do governo e tinham muitos direitos; 
➢ Podiam ter propriedade; 
➢ Pagavam impostos; 
➢ Não trabalhavam. 
MULHERES 
➢ Algumas livres outras não; 
➢ Não podiam participar da política; 
➢ Sempre deviam obediência a um homem (pai, marido); 
➢ As ricas não trabalhavam, as pobres trabalhavam; 
ESTRANGEIROS 
➢ Eram livres, mas não participavam da política; 
➢ Pagavam impostos e serviam ao exército; 
➢ Não podiam ter propriedade; 
➢ Geralmente trabalhavam no comércio; 
ESCRAVOS ➢ Não eram livres; 
➢ Eram propriedade de algum cidadão; 
➢ Eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos; 
➢ Trabalhavam na agricultura e/ou no serviço doméstico. 
 
A democracia ateniense não era para todos 
 
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A democracia ateniense era direta: todos os cidadãos podiam participar da 
assembleia do povo (Eclésia), que tomava as decisões relativas aos assuntos 
políticos, em praça pública. 
Quem era considerado cidadão 
na democracia ateniense? 
 
Os cidadãos tinham três direitos essenciais: liberdade individual, igualdade com 
relação aos outros cidadãos perante a lei e direito a falar na assembleia. 
A filosofia surge como uma Cosmologia, ou seja, uma explicação racional sobre a 
origem do mundo e sobre as causas das transformações e repetições das coisas. 
 
Filósofos 
Cada filosofo tinha algo particular, uma verdade única. Cada um pensava de 
forma singular em determinados assuntos, carregavam consigo questionamentos 
que só eram sanados quando obtinham uma resposta concreta, ou algo 
extremamente aproximado com a realidade, ou seja, com a razão. Eles estudaram e 
aprimoraram muitos elementos que hoje usamos no nosso dia a dia, como por 
exemplo o relógio ou a matemática. 
Cada um com sua particularidade, tinha como base ou representação de seus 
pensamentos e atitudes filosóficas alguns elementos, como mostra a tabela abaixo: 
 
Tales de Mileto (324-546 a.C.) é 
considerado o filósofo. Ele foi 
capaz de explicar e prever um 
eclipse solar, sem nenhum 
instrumento. Entre as descobertas 
que ele fez revolucionárias da 
época na astronomia, Tales 
também realizou grandes 
descobertas na matemática e 
engenharia, que ocasionou ao 
mundo o pensamento filosófico. 
Deixando assim para a 
posterioridade não apenas 
conclusões sem fundamento, mas 
o PENSAR RACIONALMENTE. 
 
 
 
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OBRAS PLATÔNICAS 
Platão 427-347 a.C. 
Jovem ateniense de família influente. 
Interessou-se, como outros jovens de sua classe e de sua 
época, por esportes e política. 
Discípulo de Sócrates. 
Escreveuos diálogos socráticos, as principais fontes de 
conhecimento sobre os pensamentos de seu professor. 
Fundou a Academia, instituição de ensino de Filosofia e 
Política para os jovens atenienses. 
Escreveu A República, primeira grande utopia política 
ocidental; 
Considerado um idealista, fundou uma teoria em que o conhecimento mais 
verdadeiro seria o conhecimento das Ideias puras, eternas e imutáveis. 
 
Quem foi PLATÃO? 
Platão é uma das personalidades que mais influenciou – e influência até hoje – todo 
o pensamento ocidental, desde a matemática até a política. Mas é na filosofia que ganha 
destaque, sendo parte da tríade das origens filosóficas: Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Ele era de uma família politicamente influente na Grécia (descendente de Sólon, um 
dos legisladores de maior destaque). Existiu por volta de 428 a 347 a.C. em Atenas, na 
Grécia Antiga. Por pertencer a uma família de posses, pôde dedicar-se aos estudos de 
Filosofia. Sócrates foi o seu mestre, mentor intelectual e amigo. 
Onze anos após a morte de Sócrates, Platão fundou a Academia, um local de estudos 
da escola filosófica. Também era um lugar onde os jovens reuniam-se para discutir 
política e praticar exercícios físicos. Vivenciou o período em que o regime democrático 
ateniense se tornou uma tirania oligárquica nos modelos espartanos. 
 
Qual a relação entre Sócrates, Platão e Aristóteles? 
Platão foi discípulo de Sócrates e a relação entre eles era tão estrita que na maior parte 
dos textos de Platão há simulações de diálogos com Sócrates. Sócrates não deixou 
escritos, mas sabe-se de sua filosofia por meio de Platão, quem deu continuidade a seu 
pensamento. 
Platão, por sua vez, foi mestre de Aristóteles, outro componente do trio mais famoso 
da filosofia. Contudo, Aristóteles seguiu por outra linha filosófica, se distanciando das 
ideias de Platão e fundado o Liceu – escola que seguia sua própria linha de pensamento. 
 
https://beduka.com/blog/materias/filosofia/principais-ideias-de-socrates/
https://beduka.com/blog/exercicios/questoes-sobre-aristoteles/
 
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Quais as principais ideias de Platão? - Citaremos apenas as mais relevantes: 
Mundo das ideias: Platão achava que existia uma realidade abstrata dentro da realidade 
material. Essa realidade abstrata seria o Mundo das Ideias, que é o responsável por dar 
forma a tudo que nós conhecemos no mundo material. O Mundo das Ideias seria o lar de 
todas as ideias primordiais, ou seja, é apenas lá que se pode encontrar as ideias imortais 
e perfeitas. Tudo o que vemos aqui é apenas uma sombra do que realmente existe lá. Além 
disso, uma das principais ideias de Platão relacionava este universo à razão. Só assim, por 
meio da razão, e não dos sentimentos, é que se pode garantir que alcançaremos 
corretamente os objetivos. 
Mundo sensível: Este universo representaria a realidade material na qual vivemos. De 
acordo com Platão, ele nada mais é do que uma cópia do Mundo das Ideias. Por isso, ele 
é imperfeito e mortal, tendo um “prazo de validade”. Platão acreditava que o Mundo 
Sensível está em constante movimento e mudança (algo que não ocorreria no Mundo das 
Ideias, que é eterno). Dessa forma, este mundo está suscetível a errar e a ser falho, ao 
contrário da realidade abstrata. 
Dialética platônica: era uma técnica de extração de uma conclusão (síntese) com base em 
duas ideias opostas (tese e antítese). 
Idealismo platônico: baseava-se na noção de que o conhecimento das Ideias (formas 
puras das coisas) eram imutáveis e perfeitas, e era o único conhecimento verdadeiro. O 
conhecimento sobre a matéria, obtido pelos sentidos, era enganoso. 
Política: existem três tipos de caráter que moldam as almas das pessoas. Cada tipo deveria 
ocupar um cargo na sociedade, a fim de formar uma perfeita harmonia na pólis: Caráter 
concupiscível (ligado à liberdade, aos desejos, ao trabalho manual e artesanal), Caráter 
irascível (ligado aos impulsos de raiva e aptos ao serviço militar) e Caráter racional (mais 
próximo da racionalidade, da justiça e da capacidade de governar, ou seja, de atuar na 
política). 
Quais as principais obras de Platão? 
 A maior parte dos escritos de Platão é composta pelos diálogos socráticos, em que 
Sócrates, é a figura central. Os diálogos se baseiam em um tema, mas podem se desdobrar 
em outros assuntos, à medida que o raciocínio flui. Hoje, conhece-se 35 diálogos. 
 
OBRA RESUMO 
 
 
Apologia de Sócrates 
O texto narra os últimos momentos de Sócrates, 
escrito logo após sua morte. Ele foi acusado de 
corrupção da juventude de Atenas, e na obra 
narra-se como foi julgado e condenado à morte. 
Platão defende sua inocência e seus 
ensinamentos. 
 
Láques, ou Da coragem 
Antes, os cidadãos gregos estavam habituados à 
concepção de coragem heróica relacionada a 
Aquiles e Ulisses. Agora, a concepção de 
heroísmo ganha uma conotação de ação 
moralmente equilibrada e justa, pautada na ética. 
 
 
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Cármides, ou da 
sabedoria 
Traz uma concepção ética ao anunciar a 
sabedoria como norte moderador da vida 
cotidiana. 
 
Hípias menor 
 
Diálogo em que é discutida a questão da mentira, 
da verdade e do caráter. 
 
Hípias maior 
 
As concepções estéticas sobre o belo e as artes 
ganham vez neste texto. Contudo, em A 
República, serão rechaçadas pelo filósofo e 
retiradas de seu modelo ideal de cidade. 
Górgias Disserta sobre a retórica, tomando como 
interlocutores principais Sócrates e o sofista 
Górgias. 
 
Protágoras 
 
Nesse livro, a figura de Protágoras, o principal 
sofista do período helênico, é exposta em diálogo 
com Sócrates, que denuncia ao leitor as farsas 
sofísticas para enganar as pessoas. 
 
Fédon 
 
Diálogo em que Platão expõe a sua concepção de 
alma e de assuntos em relação à constituição 
metafísica do homem. 
 
O Banquete 
 
Neste livro, o bem e o amor ideal são o tema 
central, utilizando da figura de Sócrates. 
 
A República (livro I a X) 
 
Fala sobre o seu modelo ideal de política e gestão 
da cidade. 
 
Parmênides 
 
Diálogo sobre epistemologia no qual o filósofo 
fala sobre o conhecimento das Formas e 
essências. 
 
Teeteto 
 
Diálogo sobre as ciências e o conhecimento 
científico. 
 
O Sofista 
 
Texto em que Platão expõe de vez a sua 
condenação à arte sofística. 
 
Timeu 
 
Texto em que Platão fala sobre a natureza e a sua 
constituição. 
 
“A REPÚBLICA” no original grego, o livro é chamado de POLITEIA. Escrito há mais de 
300 anos antes de Cristo, especificamente em 380 a.C, ele é rico principalmente em 
temas políticos, filosóficos e sociais, com destaque para o termo “justiça”: 
 
• Livros I e II 
 
Nos dois primeiros livros, o texto tem como principal objetivo definir qual é o 
conceito da aplicação da justiça em uma determinada sociedade. O diálogo se dá início 
com Adimanto e Gláucon, definindo exatamente o conceito de governar. Além disso, 
 
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ele explica que a justiça é sempre superior à injustiça, e que é melhor sofrer com ela 
do que praticá-la. Onde tem justiça, por sua vez, tem também felicidade. 
 
• Livros II a V 
Nessas obras, o diálogo evolui para definir quais são os princípios da justiça, ou seja, 
os motivos pelos quais ela deve ser aplicada de forma correta e verdadeira. Seus 
principais princípios seriam: solidariedade social, desprendimento, necessidade de 
criar uma classe social distinta de várias atividades do setor econômico, felicidade do 
estado e dos guardiões da justiça. A classe deveria ser realizada entre mulheres e 
homens nas mesmas condições, sem qualquer direito à riqueza ou desigualdade entre 
esses grupos. 
 
• Livros VI e VII 
Essas duas obras tratam, especificadamente, da justiçaem si. Aqui, uma das mais 
famosas e conhecidas alegorias de “A República” é criada, envolvendo a era das 
cavernas. Nessas obras, Sócrates procura mostrar que a verdade absoluta só é possível 
por meio do conhecimento. 
 
• Livros VIII e IX 
Quase chegando ao fim, a antepenúltima e penúltima obras são aquelas que tem como 
assunto principal a decadência das cidades – o diálogo assume que isso ocorre por 
conta do surgimento da tirania e da própria concentração de poderes em oligarquias. 
 
• Livro X 
Por fim, o último livro critica a poesia como um método educativo. O diálogo de 
Sócrates nos dá a entender que ela deve ser substituída, o quanto antes, pela filosofia, 
já que só ela é capaz de diferenciar o que é realidade e o que não é. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aristóteles – 384-322 a.C. 
 
 
O pensador grego Aristóteles entrou para a história da 
filosofia como um mestre na arte do pensamento. Na 
teoria sobre ato e Potência ele foi o pioneiro em 
estabelecer para "O ato" aquilo "que é", enquanto para "a 
potência" ele formulou a categorização do que "poderia 
vir a ser" 
 
 
Aristóteles é autor da frase: O HOMEM É UM ANIMAL 
POLÍTICO e um dos maiores filósofos gregos, o homem é 
um sujeito social que, por natureza, precisa pertencer a uma coletividade. 
Somos, portanto, animais comunitários, gregários, sociais e solidários. E, como temos o 
dom da linguagem, somos também seres políticos, capazes de pensarmos e realizarmos 
o bem comum. 
 
No livro IX da obra Ética a Nicômaco, Aristóteles começa fazendo um elogio à amizade e 
a vida comunitária. 
O filósofo parte do pressuposto que todos nós precisamos viver em sociedade e logo 
desemboca na seguinte conclusão: 
Não menos estranho seria fazer do homem feliz um 
solitário, pois ninguém escolheria a posse do mundo inteiro sob 
a condição de viver só, já que o homem é um ser político e está 
em sua natureza o viver em sociedade. Por isso, mesmo o 
homem bom viverá em companhia de outros, visto possuir ele as 
coisas que são boas por natureza (Aristóteles, 1973, IX, 9, 1169 b 
18/20). 
 
Segundo o pensador, a partilha social é essencial para espécie humana, e a felicidade está 
intimamente ligada à convivência com os outros homens. 
Sociedade e homem mantêm, portanto, relações indissociáveis: o homem precisa da 
sociedade e a sociedade precisa do homem. 
A concepção de que o homem é um animal político em Aristóteles possui duas acepções. 
Na primeira delas podemos interpretar que, para o pensador, ao dizer que o homem é um 
animal político significa que somos seres que precisamos de uma coletividade, da vida 
comunitária, de uma vida partilhada na polis. 
 
A importância da linguagem 
Por outro lado, ao afirmar que o homem é um animal político, Aristóteles também levanta 
a tese de que o ser humano é o único ser com capacidades discursivas. 
Dono da palavra (logos), o homem é capaz de, através de uma linguagem complexa, 
transmitir aos outros homens aquilo que pensa para alcançarem objetivos comuns. 
 
 
 
 
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Maria Isabel Mendes – m.isabellmendes@gmail.com 
Richardson Silva - richardson.sds@gmail.com 
 
Segundo o filósofo: 
A razão pela qual o homem é um animal político em grau mais elevado do que 
as abelhas ou qualquer outro animal, é clara: a natureza, como dissemos, não 
faz nada em vão, e o homem é o único animal que tem palavra (logos); —a 
voz (fone) expressa a dor e o prazer, e os animais também possuem, já que sua 
natureza vai até aí— a possibilidade de sentir dor e o prazer e expressá-los 
entre si. A palavra, porém, está destinada a manifestar o útil e o nocivo e, em 
consequência, o justo e o injusto. E esta é a característica do homem diante dos 
demais animais: — possuir, só ele, o sentido do bem e do mal, do justo e do 
injusto, etc. É a comunidade dessas coisas que faz a família e a cidade. 
(Aristóteles, 1982, I, 2, 1253 a, 7-12).

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