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A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO NA UTILIZAÇÃO DE TELHADOS VERDES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO

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A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO NA UTILIZAÇÃO DE TELHADOS VERDES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA
Mateus Roso[1: Acadêmico do Curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, campus de Frederico Westphalen – RS. (mateusroso@outlook.com)]
Deise Flores Santos[2: Arquiteta e Urbanista - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS - São Leopoldo – RS. Especialista em Projetos Arquitetônicos - FORMA MODERNA - UPC - Barcelona – Espanha. Pós-graduada em Arquitetura de Interiores - Universidade de Passo Fundo – UPF – RS. ]
RESUMO: Utilizados na Babilônia, no século VI a.C., e também na Escandinávia, os telhados verdes, como o próprio termo explicita, são coberturas em que há a alocação de vegetação. Os estudos, acerca da sua aplicação, iniciaram-se somente em 1950, na Alemanha. Anos mais tarde, após diversas pesquisas sobre quais materiais poderiam ser utilizados, sem que houvesse o comprometimento da estrutura em que estariam alocados o solo vegetal e a vegetação, cientistas propuseram a divulgação da técnica em todo o globo terrestre, não visando somente a elite e muito menos o embelezamento de determinado local, mas sim a Sustentabilidade. A partir daí embates como o da relação custo/benefício, afloraram. Além disso, fatores como o clima e a política adotada a respeito do tema meio ambiente, foram decisivos ante a aplicação das coberturas verdes. 
Palavras-chave: Sustentabilidade, Telhados Verdes, Arquitetura Bioclimática, Meio Ambiente.
Introdução
A discussão do tema “Sustentabilidade”, iniciou-se em 1987 após a publicação, por parte da Organização das Nações Unidas (ONU), da definição do termo desenvolvimento sustentável, o que, de acordo com Baldessar (2012), faz referência à análise de ações necessárias que são tomadas no presente, e que não comprometerão, em hipótese alguma, o futuro das próximas gerações. A partir da formulação desta acepção, diversos encontros afloraram na agenda de líderes mundiais, dentre os mais importantes, destaca-se o Protocolo de Kyoto, firmado em 1997, no Japão, e que determinava um pacote de metas para a redução de gases geradores do efeito estufa. Vale-se ressaltar que os Estados Unidos da América, sendo considerado, na época, o país que mais emitia gases intensificadores do efeito estufa, posicionou-se contrário à assinatura do protocolo. 
Além do Protocolo de Kyoto, diversos eventos como a Rio +10, ocorrida em Johannesburg, e a Rio +20, no Rio de Janeiro, contribuíram para o aparecimento da Arquitetura Bioclimática, a qual visa, em seu preâmbulo, o aproveitamento dos recursos naturais de forma sustentável, e a análise dos possíveis impactos ecológicos que poderão ocorrer a partir da construção de novas edificações. 
A utilização de telhados verdes, por exemplo, insere-se diretamente no conjunto de soluções formuladas por arquitetos que objetivam fazer jus às propostas embutidas dentro da Arquitetura Bioclimática. Vale-se observar que em países como o Brasil, que é atingido frequentemente por enchentes, sendo estas em razão da impermeabilização da água das chuvas, a utilização de green roofs faz-se de extrema importância. Além disso, estes estão ligados diretamente à redução de energia elétrica gasta com ar-condicionado no verão escaldante e, em localidades meridionais do país, com o aquecimento na estação fria. Outrossim, reduzem o efeito provocado pelas ilhas de calor que se formam através da agremiação da luz solar em materiais de cores escuras, como o asfalto.[3: Green roof, do inglês “telhado verde”, é uma extensão do telhado existente que permite que haja a permeabilização da água das chuvas. Além disso, possuí um sistema repelente de raiz que auxilia na proteção da estrutura que fora utilizada para a alocação de plantas.]
História
	Procurando conforto e, principalmente, segurança, a espécie Homo sapiens vem desenvolvendo, ao longo dos milênios, diversos métodos de construção que estejam em concomitância ao desenvolvimento tecnológico. Se o ser humano pré-histórico buscava refúgio de animais selvagens em cavernas, o moderno busca abrigo, da agitação urbana, em casas formuladas a partir de tijolos, de madeira auto clavada de reflorestamento (como é o caso da empresa curitibana fundada em 2009, por arquitetos e engenheiros), ou até mesmo fazendo uso de containers. 
	Citados por Eduardo Spohr em “A Batalha do Apocalipse”, e por tantos outros escritores que buscaram restaurar, através de suas obras, o período babilônico, os Jardins Suspensos da Babilônia (Figura 1), construídos no século VI a.C. a mando do rei Nabucodonosor, representavam, em seu conceito primordial, uma técnica de embelezamento que fora também utilizada no norte europeu. Spohr, através da personagem Shamira, cita os quão dignos de respaldo eram os jardins ornamentais:
“Da janela avistou os jardins suspensos nos pátios laterais, logo abaixo, concluindo que aquele era o terceiro andar dos seis que completavam o zigurate. Esticando ainda mais o pescoço, viu parte do segundo andar, abaixo. Duas vezes mais largo do que a área do terceiro nível, seu jardim tinha vegetação menos densa, com plantas coloridas dividindo espaço com altas palmeiras reais”. (SPOHR, Eduardo. No mundo sem cor. In: SPOHR, Eduardo. A Batalha do Apocalipse. 46. ed. Campinas, SP: Verus Editora, 2013. p. 56.)
Figura 1 –Jardins Suspensos da Babilônia. Fonte: Cruz e Leone (2008).
	Séculos mais tarde, na Escandinávia, começou-se a fazer-se uso de lama na cobertura de edifícios, o que, com o passar do tempo, favoreceu a germinação de vegetação. Os escandinavos perceberam então que a cobertura verde, empregada ao acaso, favoreceu a perda de calor no verão e a retenção no inverno.
	A partir de 1950, na Alemanha, iniciaram-se os estudos acerca da relação custo/benefício para a implantação de coberturas verdes. Exemplos como o da Babilônia e da Escandinávia, tornaram-se base para o trabalho que almejava, em um futuro próximo, difundir a técnica em todo o globo terrestre. Em 1970, com a publicação das pesquisas que haviam iniciado há 20 anos, cientistas propuseram a arquitetos a difusão dos telhados verdes, não objetivando somente a elite, como fora feito pelo arquiteto Le Corbusier que, em 1920, utilizou o método de forma sistemática. 
Contudo, de acordo com Martins (2010), a implantação das coberturas verdes enfrentou empecilhos, como o clima e as políticas ambientais adotadas por cada país. Nos Estados Unidos, por exemplo, esta fora feita a partir de razões econômicas. Já na Noruega, os telhados verdes receberam olhares favoráveis da população e tornaram-se patrimônio nacional, explicitando assim a tênue linha entre os sentimentos noruegueses e a natureza.
Componentes de green roofs
Classificados, de acordo com Kibert (2008), em extensivos e intensivos, os telhados verdes exigem dos arquitetos, ante à aplicação, uma prévia análise acerca da vegetação e dos materiais que poderão ser utilizados. Além disso, aspectos relativos ao material da camada filtrante e da drenante, por exemplo, são observados previamente para que problemas tardios não venham a ocorrer e, em decorrência, comprometer tanto a estrutura do imóvel, quanto o da cobertura verde.
Cantor (2008), na tentativa de exprimir ao leitor uma melhor compreensão acerca da estrutura (Figura 2) de uma cobertura verde, relaciona a mesma à disposição dos componentes de um sanduíche, em que a superfície superior é a vegetação, a inferior a laje, e o recheio, composto, respectivamente, por: substrato, camada filtrante, camada drenante, manta geotêxtil, manta impermeabilizante e pavimento e impermeabilização.
Figura 2 – Estrutura de um telhado verde. Fonte: Knopik (2014).
3 .1. Vegetação
	Além de bloquear a poluição dos grandes centros urbanos, a vegetação, presente em green roofs, promove o “sequestro” de gás carbônico através da fotossíntese, processo em que “a energia solar é convertida em energia química e confinada nas substâncias orgânicas, ao passo queparte do oxigênio é liberado no ar para ser novamente assimilado por outras plantas e animais, no processo da respiração” (BALDESSAR, 2012). Em decorrência disso, torna-se (vegetação) uma aliada diante dos efeitos climáticos que vem se agravando nas últimas décadas, dentre outros motivos, em razão do desmatamento, o qual, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2004, foi responsável, no período compreendido entre os séculos XVI e XXI, pelo “desaparecimento” de aproximadamente 93% da vegetação da mata atlântica.
	De acordo com Kibert (2008), a escolha das espécies de plantas que irão compor a cobertura verde, depende, essencialmente, do modelo de green roof adotado. Hipoteticamente falando, se acaso um morador, com orçamento limitado, do munícipio de Jaicós (Piauí) decidisse implantar a cobertura verde em sua residência, aconselhar-se-ia, por meio do prévio conhecimento acerca das constantes secas que atingem a região nordestina e do orçamente deste indivíduo, optar pelo modelo extensivo que, ao contrário do intensivo, faz uso de plantas nativas, possuí baixa manutenção e exige pouca ou nenhuma irrigação.
A empresa inglesa Vella Ltd., especialista na fabricação de materiais para posterior utilização na montagem de coberturas verdes, no Reino Unido, dispõe, em seu site (http://www.greenrooftops.co.uk/), diversas informações quando a dúvida do consumidor é referente a escolha da vegetação. Possuindo aproximadamente 15 amostragens de plantas, a corporação exemplifica, através de imagens e tópicos, o preço de cada material e como deve ser feita a manutenção das coberturas.
3 .2. Substrato
	Além de permitir o desenvolvimento da vegetação escolhida para o telhado verde, através dos nutrientes que o compõe, o substrato desenvolve um papel essencial quando o assunto é permeabilidade.
	Snodgrass e Macintyre (2010), reiteram que o substrato e o solo vegetal, apesar de muitas vezes serem associados de forma unívoca, possuem diversas diferenças, dentre elas, características físicas que dificultam ou facilitam a permeabilidade, já que o solo, ao contrário do substrato, torna-se lamacento e pegajoso após umidificação. Além disso, substratos não se compactam por seu próprio peso, garantindo assim a facilidade na passagem da água. Já os solos, em decorrência de possuírem partículas finas, assentam-se com o tempo, e contribuem para a impermeabilização. Em resumo, substratos, para posterior utilização em coberturas verdes, devem possuir características que lhes garantam, principalmente, resistência à decomposição e boa drenagem, para que assim a água não absorvida pelas plantas, escoe e não embargue o desenvolvimento das mesmas.
	Cantor (2008), considera que substratos inorgânicos são os mais recomendados para aplicação em telhados verdes, em razão de que substratos locais, isto é, de origem orgânica, são úteis somente para o desenvolvimento de plantas nativas. 
	Materiais de origem vulcânica e agregados de argila expandida, são os mais utilizados na contemporaneidade, todavia os dois produtos não são eximidos de prévia análise, em razão de exigirem do consumidor atenção após a aplicação, e, em um dos casos, investimentos maiores para a aquisição. 
	Apesar de serem os mais recomendados, materiais de origem vulcânica não são produzidos no Brasil, o que se torna um empecilho para muitos clientes que possuem um orçamento limitado, já que custos com transporte encarecem o produto. Todavia a situação pode ser contornada fazendo-se uso da vermiculita, um mineral que possuí elevada retenção de água e porosidade. Já os agregados expandidos, como o xisto e a ardósia, não são recomendados para tal fim, justamente por esses demandarem de muita energia para o processamento, o que os torna arbitrários quando o objetivo de determinada ação é a Sustentabilidade.[4: Mineral semelhante à mica. É formada por silicatos hidratados de alumínio e magnésio. “O mineral comercializado na forma expandida apresenta propriedades como baixos valores de massa específica aparente e de condutividade térmica. Essas características, associadas à granulometria, tornam o produto de vermiculita bastante atrativo para sua utilização em diversas áreas, dentre as quais, na construção civil, na agricultura, nas indústrias química, de tintas, etc.” (UGARTE; SAMPAIO; FRANÇA, 2005)]
3 .3. Camada filtrante
	Localizada entre o substrato e a camada de drenagem, e com o objetivo de reter os nutrientes presentes no substrato, além de eventuais partículas que possam vir a danificar todo o sistema, a camada filtrante, fabricada a partir de materiais geotêxtis, deve garantir a permeabilidade quando em contato com água. Além disso, uma elevada resistência é fundamental, já que é exposta a ações mecânicas que podem danificar, com o tempo, o produto.
3 .4. Camada drenante
	Tendo por finalidade o desenvolvimento da vegetação imantada à cobertura verde, a camada de drenagem, composta por materiais sintéticos, ou até mesmo de origem mineral, facilita o escoamento da água que não fora absorvida pelas plantas, e nem pelo substrato. Pouey (1998), considera que quando a declividade do telhado verde for superior a 5º, e a espessura da vegetação não exceda o valor de vinte e cinco centímetros, não se faz necessária, em sistemas extensivos, a camada que contribuí, também, para o direcionamento da água até uma cisterna, por exemplo.
Grub (1986), após especificação de que a altura da camada drenante possuía valores variáveis, elaborou um estudo relacionando a vegetação à espessura da camada de drenagem, como mostra a Tabela 1:
Tabela 1 – A vegetação em função da espessura da camada drenante.
	Vegetação Espessura (mm)
	Grama
	70 mm
	Vegetação rasteira e arbustos de até 3 metros
	100 mm
	Arbustos de até 6 metros
	150 mm
	Arbustos de até 10 metros
	350 mm
	Arbustos de até 15 metros
	500 mm
	
	
Além disso, de acordo com Willes (2014), uma camada alternativa para retenção de água, composta por recipientes com capacidades volumétricas, poderá ser acoplada a esta, fazendo com que o liquido armazenado seja utilizado na umidificação do substrato.
3 .5. Camada anti-raízes
Utilizada principalmente em modelos intensivos e composta por membranas termoplásticas, a camada anti-raízes, em suma, previne danos, como vazamentos, que poderão ser acarretados pelo desenvolvimento das raízes. Baseando-se nos estudos de Baldessar (2012), Willes (2014) afirma que “através de um estudo aprofundado sobre a seleção de plantas e a camada de substrato, tem-se a possibilidade de minimizar a penetração de raízes”. Além disso, de acordo com o mesmo, “a Europa possuí um número considerável de informações sobre as suas plantas e comumente se utiliza deste método para aplicar em seus telhados verdes”.
Contudo, conforme Cantor (2008) e Baldessar (2012), alguns sistemas, na composição desta camada, fazem uso de membranas a base de cobre e produtos químicos, o que, de acordo com códigos ambientais da construção civil, além de contaminar a água, não contribuí, em hipótese alguma, com o quesito Sustentabilidade. 
3 .6. Camada impermeabilizante 
	A camada impermeabilizante, composta, na maioria das vezes, por manta asfáltica, faz-se necessária em modelos extensivos e intensivos, já que, no caso da ocorrência de uma infiltração, a camada protegerá a estrutura do imóvel e impedirá a redução da vida útil da mesma.
	3 .7. Camada isolante
	O uso de materiais isolantes em estruturas verdes, é optativo, em razão de algumas localidades possuírem climas que não exigem os mesmos. De acordo com Baldessar (2012), o uso da camada isolante é apropriado para regiões frias, em que há a necessidade de conservar o calor. Além disso, materiais leves e que estejam isentos de compressão, como o poliestireno expandido (conhecido popularmente como isopor), são os mais recomendados.
	3 .8. Pavimento
	 Comumente projetados em pavimentos de concreto armado ou em lajes pré-fabricadas,os telhados verdes refletem, sobre determinada área, um peso que varia de acordo com o modelo de cobertura verde escolhido, isto é, extensivo ou intensivo. Com o aprimoramento de estudos acerca da utilização em green roofs, obteve-se a possibilidade de aplicação da técnica “em madeira compensada ou pranchas de madeira” (BALDESSAR, 2012). 
Telhados verdes: classificação
Apesar da técnica ser utilizada, preferencialmente, em telhados planos, o plantio de vegetação também pode ser feito em coberturas inclinadas, contudo devem-se tomar cuidados quanto às plantas escolhidas e a quantidade de solo vegetal empregada. Em razão disso, em 1976, na Alemanha, o Laboratório de Investigação de Construção Experimental, da Universidade de Kassel, publicou um estudo acerca da quantidade adequada de substrato para cada situação. A partir daí, pensou-se na hipótese de classificar os telhados verdes, o que, conforme Johnston E Newton (1991) e Kibert (2008), poderia ser feito através de duas categorias que contemplassem quesitos como a profundidade da camada de solo utilizada, e as espécies verdes que seriam alocadas. Surgiram então os modelos extensivo e intensivo, os quais possuem características em comum, como o tratamento especial dado à impermeabilização e a barreira anti-raízes. 
4 .1. Cobertura Extensiva
	Possuindo o maior número de recomendações, o modelo extensivo, também chamado de “ecológico”, ao contrário do intensivo (4.2), de acordo com Pouey (1998), possuí camada vegetal inferior a 20 cm, já que sobre a mesma estão alocadas, na maioria das vezes, plantas nativas de pequeno porte que, em decorrência de estarem em conformidade com o clima, exigem pouca manutenção. Além disso, para implantar uma mesma área de telhado verde, o gasto total com a primeira cobertura citada, é muito inferior a segunda, podendo, se acaso não houver a necessidade de reforçar a estrutura previamente, reduzir-se a 80%. Conforme Martins (2010), após a implantação de telhados extensivos, há uma primeira etapa em que se deve haver irrigação e observação, para garantir que as plantas se adaptem ao solo. Contudo, após essa fase primária, duas ou três inspeções anuais são suficientes para garantir o desenvolvimento da cobertura verde.
4 .2. Cobertura Intensiva
	O modelo intensivo (Figura 3), de acordo com Pouey (1998), além de fazer uso de uma maior quantidade de substrato, com uma camada superior a 15 cm de espessura, possuí condições favoráveis ao desenvolvimento de vegetações de grande porte, como árvores. Além disso, torna-se, em razão da possibilidade de alocação de uma diversidade de plantas, um atrativo visual. Todavia, em contrapartida, exige um alto custo, tanto para a implantação, já que requer uma prévia revisão do imóvel onde será instalado, além da compra de grandes quantidades de materiais e de um sistema de irrigação, quanto para as decorrentes manutenções que deverão, obrigatoriamente, serem feitas, como podas regulares, para assim garantir a qualidade da cobertura verde. 
Figura 3 – Exemplo de cobertura verde intensiva. Fonte: Fund. Calouste Gulbenkian.
Conforme Martins (2010), “o peso da camada de terra vegetal e da camada de vegetação, (a considerar nos cálculos de estabilidade), pode ser superior a 1,2 kN/m²”. Em razão disso, a cobertura intensiva apresenta mais uma desvantagem, pois gera um grande carregamento para a estrutura que, com o passar dos anos, irá necessitar de reformas na base estrutural.
O custo suprimido pelos benefícios
Contrariada por diversos filósofos e sociólogos, como o alemão Karl Marx, em razão das condições econômicas e insalubres impostas aos (as) trabalhadores (as), a Revolução Industrial se deu, de acordo com Azevedo e Seriacopi (2005), a partir de diversos fatores, como a transição da manufatura à maquino fatura, e também em decorrência da invenção da máquina a vapor, em 1769, por James Watt. Além disso, com o aparecimento das fábricas, uma nova classe social, denominada burguesia, ascendeu ao poder e aplicou o sistema econômico baseado no capital, o qual se fundamenta na propriedade privada.
As Grandes Navegações, iniciadas no século XV, e a divisão social do trabalho, compreendida ao período da Primeira Revolução Industrial, são responsáveis pelo surgimento do processo de integração denominado globalização, que, de acordo com Bauman (1999), é dirigente da produção de tecnologias que visam, em primeiro plano, a garantia de lucros para um limitado grupo de pessoas:
“Infelizmente, a tecnologia não causa impacto nas vidas dos pobres do mundo. De fato, a globalização é um paradoxo: é muito benéfica para muito poucos, mas deixa de fora ou marginaliza dois terços da população mundial” (BAUMAN, Zygmunt. Depois da Nação-estado, o quê? A hierarquia global da mobilidade. In: BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 1999. p. 69. Tradução de: Marcus Penchel. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/4302170/bauman-zygmund-globalizacao---as-consequencias-humanas-globalizacao->. Acesso em: 22 jul. 2015.).
	Deixando-se a Filosofia e a Sociologia de lado e, voltando-se ao meio científico, pode-se afirmar que a Revolução Tecnológica, ocorrida na década de 70, nada mais é do que fruto da globalização. 
	O desenvolvimento industrial, a robótica, o surgimento dos mais variados meios de comunicação, dentre eles a internet, que conecta pessoas no globo terrestre, e, especificamente, a poluição, seja ela sonora, térmica ou atmosférica, são algumas das consequências do efeito tecnológico. 
	Dentre as poucas vantagens e desvantagens expostas anteriormente, vale-se ressaltar que a poluição cria desequilíbrios que, de acordo com Martins (2010), acentuam-se cada vez mais a medida que há, por exemplo, o incremento de superfícies rígidas, impermeáveis e reflexivas no ambiente que anteriormente era composto por vegetação. Além disso, o constante aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, preocupa não somente os cientistas que compõe o Painel Intergovenamental de Mudanças Climáticas (IPCC), mas também nações governamentais que começam a fazer valer os acordos internacionais sobre meio ambiente, como o Protocolo de Kyoto (FRANCE PRESSE, 2015).
	Medidas, como o incremento de coberturas verdes, tornam-se necessárias tanto para a redução dos efeitos climáticos causados pela ação antrópica, quanto para o próprio conforto de seres humanos em suas residências, já que, no caso deste último item, o telhado verde pode atuar como isolante térmico, reduzindo assim o consumo de eletricidade gasta com ar-condicionado e, por conseguinte, gerando uma economia de dinheiro. 
5 .1. Qualidade do ar
	O desmatamento, assim como a combustão incompleta de motores à base de combustíveis fosseis, libera, na atmosfera, dióxido de carbono (CO2), um gás que corrobora com o efeito estufa e, evidentemente, para com o aquecimento terrestre que, de acordo com Favaretto e Mercadante (1999), terá, até 2100, um aumento pertinente entre 1ºC e 3,5ºC. A partir de estudos realizados por cientistas de mais de 120 países que compõe o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, pode-se afirmar que o aumento da temperatura, propiciará o derretimento das geleiras e, em razão disso, o aumento dos níveis marítimos e oceânicos. Conforme suposição da revista brasileira Exame (2013), com base no relatório publicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), denominado Perspectivas do Meio Ambiente no Horizonte 2050, a cidade estadunidense Miami, poderá, até o final do século XXI, tornar-se, conforme a revista, a “Atlântida americana”, já que o nível do mar deve ter um aumento de 1,2 metros até 2030, sendo que a cidade está aproximadamente dois metros acima. Contudo, essa e outras situações, como é o caso do litoral carioca, no Brasil, poderão ser contornadas, caso sejam formulados acordos entre os países para que seja reduzida, de forma drástica, a emissão de gases intensificadores do efeito estufa, em especial, do dióxidode carbono. Além disso, deve-se haver um maior apoio a atitudes sustentáveis que venham a contribuir para essa redução. A utilização de telhados verdes, por exemplo, pode ser uma boa sugestão, já que as plantas podem realizar o “sequestro” de CO2, isto é, podem, de acordo com Renner (2004), através da fotossíntese, absorver o dióxido de carbono presente no ambiente, e convertê-lo em gás oxigênio, essencial para os seres vivos. 
	Além disso, de acordo com Martins (2010), o aquecimento de superfícies como o asfalto, produz ondas térmicas verticais que auxiliam na movimentação de partículas de poeira, e sua eventual dispersão no ar, contribuindo, conforme publicação do Congresso Internacional de Tecnologias Para O Meio Ambiente (2012), para constantes irritações nasais e, nos casos mais avançados, para a formação de câncer na faringe e na laringe. Contudo, com a aplicação de coberturas verdes, há o bloqueio da circulação de pequenas impurezas. Além disso, as mesmas diminuem a temperatura nos locais em que são alocadas, interferindo assim, na circulação de poeira e de sujidades presentes no solo. 
5 .2. Isolamento térmico
A redução no consumo de energia elétrica, tanto no verão, quanto no inverno, reitera a ideia de que com a aplicação do telhado verde, não é necessária a utilização do ar-condicionado para esfriar ou aquecer determinado cômodo, já que as várias camadas utilizadas na composição do mesmo, dão-lhe característica de isolante térmico.
Martins (2010), ressalva que ao ser feita a cobertura da edificação com a vegetação, o calor, no Verão, é impedido de chegar ao revestimento e, durante o Inverno, é impedido de sair. Contudo, o autor salienta que durante a escolha das plantas, que irão compor a cobertura verde que será utilizada como isolante térmico, deve se ter muito cuidado para não se optar pela vegetação que, durante os meses frios, perde suas folhas.
5 .3. Ilha de calor
	O meio urbano, caracterizado pelo grande número de construções, influí diretamente no fenômeno conhecido como ilha de calor. O termo, usado pela primeira vez em 1958, por Gordon Manley, faz referência a considerável diferença de temperatura entre o centro de determinada cidade, e a sua periferia, composta, na maioria das vezes, por faixas de vegetação. Como fora salientado anteriormente, a incidência de raios solares sobre superfícies rígidas, como o asfalto, provoca o acréscimo da temperatura no local e, evidentemente, a movimentação de partículas de poeira, por exemplo, através de ondas térmicas verticais. A ilha de calor, é um efeito parecido com o citado, justamente em razão dos centros urbanos conterem grandes levas de materiais de cores escuras, o que, com a incidência solar, torna-se facilita a absorção de calor e não a reflexão. Em razão disso, a temperatura urbana, de acordo com Martins (2010), possuí aproximadamente 8ºC a mais do que seu entorno. 
	Em seu estudo acerca dos efeitos decorrentes das ilhas de calor, Lucena et al. (2011), fazendo uso do Rio de Janeiro como objeto de pesquisa, infere que as temperaturas elevadas dos centros urbanos, aumentam a possibilidade de chuva e de temporais com alta severidade. Martins (2010), confirma a tese baseando-se na cidade alemã Colónia, que recebe aproximadamente 27% a mais de chuva, se comparada às áreas circundantes. Todavia, coberturas verdes tornam-se aliadas na redução das implicações causadas por tal fenômeno, já que reduzem a temperatura que fora aumentada pela ilha de calor, e em decorrência, dispensam o uso do ar-condicionado para o resfriamento do ambiente.
5 .4. Filtração de águas pluviais
	Conforme Martins (2010), a água carrega metais pesados como o cádmio, principal componente de baterias de celulares, o chumbo e o cobre. Contudo, esses compostos químicos podem ser retidos pelo telhado verde que, além de regular a temperatura do solvente universal, também é utilizado como filtro de impurezas, principalmente em razão do substrato.
Empecilhos
Após a divulgação de estudos acerca da utilização de telhados verdes, em 1970, barreiras como a da relação custo/benefício, além da falta de incentivos à implantação dos mesmos, instauraram-se diante da técnica que objetivava beneficiar o meio ambiente.
De acordo com Martins (2010), a falta de conhecimento foi o primeiro fator que influenciou na construção dessa barreira, já que em muitos locais, não só da Europa, mas do globo terrestre, o termo “cobertura verde” ainda era desconhecido (em razão disso, para o decorrente estudo acerca da utilização de telhados verdes, desenvolvemos uma pesquisa, que está disposta no item 8, para descobrir se os termos telhado verde, cobertura verde e/ou green roof são conhecidos pela população brasileira). 
 O autor destaca ainda, que dúvidas relativas a infiltrações e sistemas de irrigação, que se ligam diretamente ao bolso do cliente, são as principais afugentadoras de possíveis residências que poderiam dispor de coberturas verdes. Para saciar indagações como essas, Martins (2010) cita que se deve difundir “conhecimentos amplos sobre os muitos benefícios das coberturas verdes, como os benefícios econômicos e outros como: melhoria da gestão das águas pluviais; melhoria da qualidade do ar; redução de gases do efeito estufa; aumento do espaço de recreio/lazer; melhoria da produção alimentar local; criação de empregos/oportunidades; e benefícios econômicos”.
O subsídio dado pelo governo alemão entre a década de 80 e 90, além do movimento populacional em prol da Sustentabilidade, foram os principais fatores que influenciaram na implantação, em larga escala, de coberturas verdes na Alemanha. Além disso, a cidade de Mannheim, local em que fora desenvolvida a precursora da bicicleta, em 1817, por Karl Drais, destaca-se, em âmbito nacional, pela aplicação da lei criada em 1988, e que reitera às construtoras a aplicação de coberturas verdes em edifícios “com área superior a 20 m², com um declive inferior a dez graus” (MARTINS, 2010).
No Brasil, assim como em Portugal, não se há muitos incentivos quanto à aplicação de telhados verdes. As poucas e tímidas iniciativas que existem, concentram-se em grandes polos urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Contudo, cidades como Curitiba, pretendem adotar uma política que obrigue a aplicação de coberturas verdes em novos edifícios. Conforme Martins (2010), a falta de informações científicas sobre os benefícios da implantação de green roofs, é uma das razões para a falta de apoio governamental.
A utilização de green roofs no globo terrestre
Encurraladas por efeitos causados pela poluição do meio ambiente, muitas cidades, de diversos países, optaram pela aplicação de coberturas verdes, objetivando os resultados implícitos em estudos alemães divulgados em 1970. Chicago, nos Estados Unidos da América, e Berlim, na Alemanha, são dois exemplos que se desenvolveram ao entorno da causa sustentável. 
7 .1. Alemanha
Berlim: capital federal alemã e sede de diversos eventos históricos, como o ocorrido em nove de novembro de 1989, que pôs fim à barreira física que separava a Alemanha Oriental (socialista) da Ocidental (capitalista). Além disso, a megalópole, na atualidade, é centro de diversas pesquisas inovadoras no âmbito da Arquitetura Sustentável, o que a torna, de acordo com Martins (2010), “o oásis de urbanismo verde”. O autor salienta que a congratulação se deve ao Programa de Paisagem de Berlim, implantado em 1984 e finalizado dez anos depois, o qual definiu eixos temáticos e planos diretores que beneficiavam, estritamente, a natureza.
Conforme Martins (2010), problemas como a impermeabilização do solo e o excesso de aquecimento do ar, além da falta de umidade, levaram o governo alemão ocidental a implantar, em 1980, o Fator Área Biótopo (FAB), o qual, além de ser semelhante a um programa que visa interinamente o planejamento urbano, contribuiu, principalmente, para o melhoramento do microclima. 
Em 1970, em concomitância à divulgação dos estudos acerca das coberturas verdes, cidadãos alemães iniciaram um movimento ambientalista queobjetivava obter maior apoio governamental para a difusão da técnica em todo o país, o qual foi concedido entre a década de 80 e 90, quando fora posto em funcionamento um programa que subsidiava e reembolsava aproximadamente metade dos gastos com a implantação de telhados verdes. Conforme Martins (2010), cerca de 65.750 m² de coberturas verdes foram construídas nesse entremeio de tempo.
7 .2. Estados Unidos
Assim como a alemã, a história estadunidense permeia-se diante de acontecimentos importantes que modificaram, psicologicamente, a formação de cada cidadão e cidadã que compõe os Estados Unidos. Um, por exemplo, é o ataque terrorista ocorrido em 11 de setembro de 2001, em que houve a destruição das torres gêmeas do World Trade Center, vitimando, de acordo com Azevedo e Seriacopi (2005), cerca de 2,7 mil pessoas. 
O país que se destaca entre as 10 nações mais ricas do planeta, de acordo com levantamento da Global Finance Magazine, realizado em 2015, destaca-se também, conforme pesquisa realizada em 2011, pelo Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR), entre os três países que mais emitem dióxido de carbono, um dos principais contribuintes para o aumento do efeito estufa. 
Se Denver (capital do Colorado), conforme estudo realizado em 2011, pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, é uma das cidades estadunidenses que mais poluí, Chicago, ao contrário, é uma das mais preocupadas com as consequências da poluição. Em razão disso, em 2001, foi aprovado o Código de Conservação de Energia, o que, de acordo com Martins (2010), objetivava a promoção de coberturas verdes e, em decorrência, a melhora na qualidade do ar, e a redução dos efeitos promovidos pelas ilhas de calor.
Em 2003, o Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Chicago (CDPD), elaborou uma campanha de incentivo à implantação de telhados verdes em edifícios, a qual contou com eventos, como seminários, direcionados ao setor privado. Na contemporaneidade, de acordo com dados do CDPD, há, na cidade, cerca de 93.000 m² de coberturas verdes. 
Pesquisa
Com o objetivo de descobrir o percentual de indivíduos brasileiros que conhecem termos como telhado verde, cobertura verde e/ou green roof, desenvolveu-se uma pesquisa, através da ferramenta Online Pesquisa, entre as vinte e duas horas do dia 27 de julho de 2015, e as doze horas do dia seguinte. A análise reuniu cento e noventa e dois brasileiros na faixa etária de 16 a 40 anos, sendo que 3,1% (seis participantes) eram da região Centro-oeste, 4,7% (nove participantes) do Sudeste, 6,3% (doze participantes) do Norte, 6,3% (doze participantes) do Nordeste e 79,7% (cento e cinquenta e três participantes) do Sul. 
Composta por duas perguntas principais, sendo que uma delas era sobre a região em que o indivíduo residia, a pesquisa buscou, através da segunda pergunta, descobrir se termos como telhado verde, cobertura verde e/ou green roof, eram conhecidos por quem estava respondendo. A investigação mostrou que 67,2% dos participantes (cento e vinte e nove pessoas) já tinham ouvido falar, principalmente através de programas televisivos (34%), contudo 32,8% dos participantes (sessenta e três pessoas) responderam que não haviam escutado os termos até o momento.
Conclusão
A partir das respostas obtidas com a pesquisa, e também com o estudo acerca da utilização de telhados verdes, pode-se concluir que, no Brasil, há falta de incentivo governamental quanto a aplicação de técnicas que venham a contribuir para o meio ambiente.
Vale-se ressaltar que, de acordo com o levantamento feito em 2000, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 81,25% da população brasileira, reside em centros urbanos, contribuindo para efeitos como a ilha de calor, evidenciada a partir de grandes conglomerações em locais que não há vegetação. Em razão disso, torna-se necessária a aplicação de leis, como a de Mannheim, na Alemanha, para que haja a fomentação de telhados verdes em cidades brasileiras, cooperando para a diminuição da concentração de dióxido de carbono, a qual afeta diretamente o efeito estufa, e o consequente aumento da temperatura terrestre.
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