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A UTILIZAÇÃO DO TELHADO VERDE COMO UMA ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
 CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
ASSIS CHATEAUBRIAND FRANCISCO DA SILVA 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
A UTILIZAÇÃO DO TELHADO VERDE COMO UMA ALTERNATIVA 
SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2018 
 
 
2 
 
 
ASSIS CHATEAUBRIAND FRANCISCO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
A UTILIZAÇÃO DO TELHADO VERDE COMO UMA ALTERNATIVA 
SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Graduação de Engenharia Civil do Centro 
Universitário Maurício de Nassau do estado de 
Pernambuco, como pré-requisito para obtenção de 
nota da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, 
sob orientação do professor João Paulo Barbosa e 
Coorientação do Engenheiro Civil David Melo da 
Silva. 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2018
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a Deus, com todo meu amor e 
gratidão, por tudo que já fez ao longo da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meus pais, Sr. Vicente e D. Maria, que sempre me 
apoiou, não somente, na execução deste, mas em todo 
caminho percorrido durante a faculdade; Desejo ter sido 
merecedor do esforço dedicado por vocês em todos os 
aspectos, especialmente quanto à minha formação; 
A minha irmã Anna Paula e aos meus grandes amigos 
David Melo e Gustavo Magalhães, por todo apoio e 
entendimento nesse percurso. 
A todos que colaboraram com o desenvolvido do 
trabalho.
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço, primeiramente, a Deus, sem ele nada seria possível; 
Ao Centro Universitário Maurício de Nassau, por toda estrutura oferecida. 
Aos meus amigos, colegas e professores da Universidade Maurício de Nassau, que 
me ajudaram no desenvolvimento do trabalho; 
Ao meu mentor e orientador, professor João Paulo Barbosa; 
A todas as pessoas que de alguma forma, direta ou indiretamente, colaboraram 
para a conclusão deste projeto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O que for a profundeza do teu ser, assim será 
teu desejo. 
O que for o teu desejo, assim será tua vontade. 
O que for a tua vontade, assim serão teus atos. 
O que forem teus atos, assim será teu destino.” 
 
 
Brihadarabyaka Upanisha
 
 
RESUMO 
 
 
Os centros urbanos estão vivenciando um acelerado processo de crescimento 
populacional, e consequente impermeabilização do solo. Observa-se que sistemas 
de drenagem das águas pluviais se tornam cada vez mais insuficientes devido ao 
aumento do escoamento superficial, elevados picos de vazão e falta de manutenção 
das galerias. Soma-se ainda, questões relacionadas às ilhas de calor que se 
multiplicam pelas cidades, gerando o surgimento de microclimas. Na tentativa de 
minimizar os problemas que norteiam esse tema, buscam-se alternativas a partir de 
técnicas construtivas, que são incentivadas em diferentes escalas, nas quais se 
destaca o uso de telhados verdes em áreas urbanas. Esse estudo visa à análise da 
potencialidade da cobertura verde como um instrumento no combate dos efeitos 
negativos causados pela ocupação antrópica nos grandes centros urbanos. 
Sabendo-se que a arquitetura bioclimática proporciona grandes benefícios na 
solução de problemas urbanos, foi feito um estudo da técnica construtiva de 
telhados verdes que se caracteriza pela aplicação de cobertura vegetal nos telhados 
das edificações. Para tanto, foram coletadas informações técnicas e históricas nas 
áreas urbanas pertinentes ao tema estudado, que foram devidamente sintetizadas e 
correlacionadas às coberturas convencionais. Como resultado são apresentadas as 
vantagens da referida técnica sobre as coberturas convencionais, como diminuição 
do escoamento superficial das águas, melhoria nas condições de conforto ambiental 
das edificações e visual paisagístico. No Brasil o sistema telhado verde 
corresponde, ainda a menos de 1% das coberturas dos imóveis, entretanto, em 
países europeus como a Alemanha, 15% dos imóveis tem a cobertura verde. O uso 
da técnica de telhados verdes se apresenta como grande potencial no combate dos 
problemas supracitados, além de funcionar como instrumento no combate dos 
efeitos negativos causados pela ocupação antrópica, nos grandes centros urbanos. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Cobertura verde. Telhado verde. Urbanização. Ilha de calor. 
Escoamento superficial. Sustentabilidade.
 
 
ABSTRACT 
 
 
Urban centers are experiencing an accelerated process of population growth and 
consequent soil sealing. The rainwater drainage system become insufficient, due to 
increased runoff, flow peaks and lack of maintenance of the galleries, the heat 
islands multiply the cities generating micro climates. To mitigate these problems, the 
use of construction techniques are being encouraged at different scales. Accordingly 
green roofs are indicated as an alternative. This paper presents a literature review on 
green roofs, which is characterized by the application of vegetation cover in buildings 
and emerge as an alternative coverage can provide several advantages over 
conventional roofing. Can be mentioned: reduction of runoff water, improving the 
environmental comfort conditions of the buildings, the landscape and visual 
increasing vegetated areas in cities, also contributing on issues related to global 
warming, adding solutions to various problems urban agglomerations, making grow 
its use in large centers. The bioclimatic architecture provides great benefits, green 
cover stands out as one of the ecological techniques indicated to minimize urban 
problems such as heat islands and increased runoff. In Brazil, the green roof system 
corresponds, still to less than 1% of the housing cover, however, in European 
countries like Germany, 15% of the buildings, has the green coverage. To try to 
understand this unfavorable scenario, we collected technical, historical and urban 
information, which sought to analyze the potential of green cover as a tool in 
combating the negative effects caused by human occupation in large urban centers. 
 
KEYWORDS: green cover. Green roof. Urbanization. heat island. Surface runoff. 
Sustainability.
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Telhado verde plano – Nova Iorque, EUA .................................................. 17 
Figura 2:Telhado verde inclinado – St André de Corcy, França ................................ 17 
Figura 3: Estrutura típica de um telhado verde simples ............................................ 18 
Figura 4:Exemplo de telhado verde intensivo em Londres, Reino Unido .................. 21 
Figura 5: Exemplo de telhado verde extensivo no aeroporto de Ibiza, Espanha. ...... 22 
Figura 6: Exemplo de telhado verde semi-intensivo .................................................. 23 
Figura 7: Jardim vertical Oásis de Aboukir em Paris, França .................................... 24 
Figura 8: Parede verde próxima ao Minhocão em São Paulo, SP. ........................... 25 
Figura 9:Telhado verde do Empresarial Charles Darwin em Recife, PE ................... 28 
Figura 10: Alguns benefícios dos telhados verdes .................................................... 31 
Figura 11: Telhado verde do edifício da Softex, Recife. ............................................ 33 
Figura 12: Diferença de temperatura entre telhado verde e telhado convencional. .. 35 
Figura 13: Esquema de águas precipitada e drenada no telhado verde ................... 37 
Figura 14: Alagamento na rua da Conde da Boa Vista, Recife-PE ........................... 39 
Figura 15: Gráfico mostrando as variações das temperaturas nos tipos de cidades. 41 
Figura 16: Valores estatísticos da temperatura na superfície (mínimo, máximo, média 
e moda), para os dias 10/061984 e 29/08/2007, da cidade do Recife. ..................... 43 
Figura 17: Em (a) Morfologia urbana da ilha de calor noaeroporto internacional do 
Recife, em (b) imagem termal com destaque para ilha de calor ............................... 44 
Figura 18: Em (a) Morfologia urbana da ilha de calor em trecho da Avenida Caxangá, 
Recife-PE, em (b) imagem termal com destaque para ilhas de calor. ....................... 44 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Valores estatístico da temperatura na superfície (mínimo, máximo, média 
e moda), para os dias 10/06/1984 e 29/08/2007, da cidade do Recife. .................... 42 
Quadro 2: Vantagens da utilização do telhado .......................................................... 47 
Quadro 3: Desvantagens da utilização do telhado .................................................... 48 
 
 
 
15 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12 
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 14 
2.1. Objetivos gerais .............................................................................................. 14 
2.2. Objetivos específicos ...................................................................................... 14 
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 15 
3.1.1. O que é telhado verde? .............................................................................. 15 
3.1.2. Composição e Estrutura ............................................................................. 18 
3.1.1.1. Vegetação .................................................................................................. 19 
3.1.1.2. Substrato .................................................................................................... 19 
3.1.1.3. Filtro.............................................................................................................19 
3.1.1.4. Drenagem ................................................................................................... 20 
3.1.1.5. Impermeabilização ...................................................................................... 20 
3.2. TIPOS E VARIAÇÕES DE TELHADOS VERDES .......................................... 21 
3.2.1. Intensivos ................................................................................................... 21 
3.2.2. Extensivos .................................................................................................. 22 
3.2.3. Semi-intensivos .......................................................................................... 23 
3.2.4. Paredes Verdes .......................................................................................... 24 
3.3. LIMITAÇÕES ................................................................................................... 26 
3.3.1. Limitações econômicas .............................................................................. 26 
3.3.2. Limitações técnicas .................................................................................... 26 
3.5. LEI N° 18.112/2015 ......................................................................................... 27 
4. METODOLOGIA ............................................................................................. 30 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 31 
5.1. Estético, lazer e social .................................................................................... 32 
5.2. Vida útil do telhado e valorização dos imóveis ............................................... 33 
5.3. Conforto Térmico ............................................................................................ 34 
5.4. Isolamento acústico ........................................................................................ 35 
5.5. Qualidade do ar .............................................................................................. 36 
5.6. Retenção de água e benefícios hidrológicos .................................................. 36 
5.7. Reutilização da água da chuva ....................................................................... 39 
5.8. Redução do efeito das ilhas de calor .............................................................. 40 
5.9. Economia de energia ...................................................................................... 45 
5.10. Vantagens e Desvantagens ............................................................................ 46 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 49 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 50 
 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente, é inevitável que vários centros urbanos se tornem megalópoles 
sem que necessariamente tenham sido planejados para esse fim, enfrentando 
assim, os impactos ambientais da concentração de milhões de habitantes, o que 
resulta na degradação da natureza e como também da própria estrutura urbana. 
Desses impactos, vários são devidos à intensa impermeabilização, causando 
excessivo escoamento superficial e aumentos significativos na temperatura. 
O intenso processo da pavimentação e construção acarreta o aumento 
excessivo da temperatura, formando as chamadas “ilhas de calor”, tal como ocorre 
em Tóquio (OOKA et al., 2004), já as superfícies porosas, como cobertura vegetal, 
ao contrário, absorvem e retêm parte da chuva, reduzindo o escoamento superficial e 
liberando volume líquido infiltrado por mais tempo (COSTA et al., 2011; MOURA, 
2008 apud LOUREIRO; FARIAS, [2009-2010]); Além desses aumento, a biomassa 
vegetal, a umidade do solo e a inércia térmica ambiental (e o conforto térmico). 
Para tanto, é requerido um planejamento urbano que implante estruturas ou 
benfeitorias de baixo impacto ambiental, cuja instalação e uso não aumentem os 
impactos negativos causados ao meio, como a adoção de solos, ruas e calçadas 
permeáveis. Também funcionam dessa forma as superfícies drenantes com 
vegetação sobre base permeável, sejam elas jardins, parques ou canteiros sobre 
lajes e telhados que representam o interesse deste trabalho. 
 “Telhado verde”, cobertura verde, teto verde, telhado vivo, eco telhado ou 
telhado ajardinado, dentre outras expressões encontradas na literatura, é uma 
técnica arquitetural que consiste em aplicar solo e vegetação sobre estruturas de 
cobertura impermeáveis, em diversos tipos de edificações. Telhados verdes existem, 
ou existiram, em regiões diversas, tais como Alemanha, Argentina, Tanzânia e 
Islândia, e em diversas fases históricas, (LAGS- TRÖM, 2004). 
 Porém, suas qualidades e benfeitorias foram reconhecidas mais amplamente 
no meio técnico há apenas alguns anos, ampliando os estudos sobre este tipo de 
telhado. 
De fato, além dos benefícios hidrológicos, Lagström (2004) relata que 
coberturas verdes sobre contêineres experimentais reduzam pressões sonoras 
internas de 30 a 50%. No aspecto recuperação da umidade urbana, telhados verdes 
 
13 
 
podem evaporar milhares de vezes mais, em dia quente, que telhados 
convencionais, (RO - BINETTE, 1972, apud MINKE, 2005). Além disto, a plantação 
da vegetais em grande escala sobre uma área urbana pode contribuir para 
sequestro de CO2, coibindo o aumento no efeito estufa. Dentre tais benefícios, são 
os estudos térmicos e os hidrológicos que mais se destacam. 
Com a urbanização e consequentemente, com as áreas impermeáveis, o 
volume de chuva que precipita nas cidades é retido superficialmente e escoado por 
meio de equipamentos do sistema de drenagem. 
Dessa forma, o telhado verde atua como técnica compensatória auxiliar para o 
sistema de drenagem urbana, uma vez que pode promover a retenção de parte da 
água pluvial precipitada, reduzindo o escoamento superficial e diminuindo a 
descarga de água que chega às galerias de drenagemdas cidades, que muitas 
vezes são mal dimensionadas ou encontram-se obstruídas, provocando inundações. 
Outro ponto importante está relacionado à questão climática dos centros 
urbanos que sofrem do efeito de ilhas de calor, devido à presença de edificações 
com materiais de alta absorção e radiação, redução de áreas verdes, poluição do ar, 
entre outros. 
Os telhados verdes contribuem como área verde, reduzindo esses efeitos e 
melhorando na qualidade de vida das cidades, o que promove um clima mais 
agradável, poluição do ar reduzida e consequente a melhora do conforto térmico e 
acústico dos ambientes internos das edificações, além disso, existe a possibilidade 
da captação da chuva para fins não potáveis como limpeza de áreas comuns e 
irrigação de jardins, uma vez que os telhados verdes são formados por camadas que 
funcionam como filtros, melhorando a qualidade de água captada. 
Dessa forma, é possível gerar economia de energia, em virtude do sistema de 
resfriamento dos ambientes internos serem facilitado, e de água, graças à captação 
dá água pluvial No Brasil, são poucos os edifícios que apresentam o uso dessa 
técnica, e dentre eles está o terraço Jardim do Palácio Gustavo Campanema 
localizado na cidade do Rio de Janeiro (SILVA, 2011). Em Pernambuco, os projetos 
envolvendo a tecnologia também não são muito populares, porém a nova Lei 
Municipal 18.112/2015, de janeiro de 2015, obriga a instalação de telhados verdes 
nas cobertas dos edifícios com mais de 4 andares na cidade. 
 
14 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivos gerais 
 
Este trabalho visa apresentar as funções e os benefícios do uso do sistema de 
telhados verdes, mostrando a redução dos impactos causados ao meio ambiente e à 
sociedade, decorrente do processo de urbanização e sua contribuição no 
desenvolvimento sustentável dos grandes centros. 
 
2.2. Objetivos específicos 
 
• Realizar o levantamento de dados sobre o sistema de telhados verdes 
• Descrever tipos e variações de telhados verdes 
• Ressaltar benefícios e limitações da técnica construtiva 
• Analisar a lei N° 18.112/2015; 
 
15 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
As características do uso do solo das grandes cidades como Recife, 
apresentam um elevado percentual de áreas cobertas por asfalto e concreto, as 
quais são superfícies capazes de converter e armazenar radiação solar incidente em 
maior grau do que as áreas vegetais, esse modelo construtivo, influência no 
aparecimento de um gradiente horizontal de temperatura conhecido como o 
fenômeno da ilha de calor urbana. (STULL,1993). 
Considerando que torna a superfície impermeável, o escoamento superficial 
das águas da chuva se torna mais intenso, ocasionando alagamentos em diversos 
pontos da cidade. 
A utilização de coberturas verdes em edificações é uma solução sustentável 
que contribui para minimizar alguns problemas causados pela ação do homem em 
centros urbanos, além de ser uma técnica compensatória que dentro do contexto de 
planejamentos urbanos, tem papel importante na contribuição para o desenvolvi- 
mento sustentável de uma cidade. 
3.1. SISTEMA DE TELHADOS VERDES 
De acordo com o site de infraestrutura urbana da PINI (2011), por Rodnei 
Corsini, sistema de telhados verdes é um sistema construtivo caracterizado por uma 
cobertura vegetal feita com grama ou plantas. 
É instalado em lajes ou até mesmo sobre telhados convencionais e consiste em 
camadas de impermeabilização e de drenagem, as quais recebem o solo e a 
vegetação indicada para o projeto. 
3.1.1. O que é telhado verde? 
 
O termo telhado verde refere-se basicamente a um sistema de telhado que usa 
solo e vegetação sobre uma camada impermeável como cobertura ao invés de 
materiais convencionais de proteção. Apesar de ser muito antigo, atualmente esse 
sistema tem se tornado uma alternativa popular ao telhado comum, não só pela sua 
beleza, mas também por ser prático, por suavizar o ambiente e por proporcionar 
benefícios ambientais (KLINKENBORG, 2009). 
 
16 
 
Os telhados verdes antigos consistiam, na verdade, por cavernas cobertas por 
solo e plantas utilizados para a agricultura, contudo não possuíam capacidade de 
impermeabilização. 
Esses abrigos tinham a função de proteger os habitantes de animais selvagens 
e das ações climáticas. Basicamente, durante o período do inverno eles 
proporcionavam isolamento térmico contra o frio e a neve, e no verão funcionavam 
como ambientes mais frescos. 
O desenvolvimento dos telhados verdes mais modernos teve início nos anos 60 
na Alemanha com o objetivo de criar tecnologias para os telhados. 
 A invenção das membranas impermeáveis facilitou projetar os telhados que 
podem capturar águas pluviais para irrigação, permitir drenagem, suportar os 
substratos e os que podem resistem a invasões das raízes das plantas 
(KLINKENBORG, 2009). 
Com o tempo, houve a necessidade de criar telhados mais leves e de menor 
custo para incentivar ainda mais seu uso. 
Geralmente, a instalação dos telhados depende do tipo de vegetação e função 
desejada, da inclinação da coberta, da localização, do clima da cidade, dos custos e 
da capacidade estrutural da construção. 
Eles podem ser implantados sobre lajes de concreto, mas também podem ser 
instalados sobre outros materiais. As figuras 1 e 2 mostram como os telhados verdes 
podem ser usados tanto em coberturas planas quanto inclinadas, respectivamente 
(SAVI,2012). 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Figura 1: Telhado verde plano – Nova Iorque, EUA 
 
Fonte: Greenroofs (2018) 
 
 
Figura 2:Telhado verde inclinado – St André de Corcy, França 
 
Fonte: Vegetal I.D. (2018) 
 
De acordo com a IGRA (2018), International Green Roof Association, os 
telhados verdes são caracterizados em três diferentes tipos: intensivos, extensivos e 
semi-intensivo. 
 
18 
 
Eles divergem por apresentar diferentes características, como tipos de 
vegetação e largura dos substratos distintos. Além dessa classificação, os telhados 
podem ser divididos em acessíveis, quando as pessoas podem fazer o uso do 
telhado, e inacessíveis os quais não são abertos ao uso das pessoas. 
3.1.2. Composição e Estrutura 
Os profissionais da área de construção e pesquisadores referem-se ao telhado 
verde mais simples composto por cinco camadas as quais são: vegetação, 
substrato, camada filtrante (geotêxtil), drenagem e impermeabilização, como mostra 
a figura 3 (MARTIN, 2008). Outras camadas também podem ser acrescentadas a 
estrutura do telhado, como, por exemplo, camadas protetoras e isolantes térmicos. 
Figura 3: Estrutura típica de um telhado verde simples 
 
 
Fonte: Earth Pledge (2015) 
 
19 
 
3.1.1.1. Vegetação 
A cobertura vegetal está relacionada à estética do telhado pelo fato de ser 
a camada superficial. Em conjunto com as outras camadas, a vegetação 
proporciona a redução da variação da temperatura das construções, ajudando 
a diminuir os custos com energia. Além disso, as plantas protegem a cobertura 
dos edifícios contra ações climáticas e ruídos e também filtram o ar (JOBIM, 
2013). 
A cobertura vegetal depende do clima do local onde o telhado será 
instalado. A vegetação também tem a função de interceptar parte das águas 
pluviais, bloqueando a água de chegar ao solo. 
A evapotranspiração, que é responsável por enviar água para a 
atmosfera, ajuda a expandir a capacidade do substrato de reter água. Esse 
processo atrasa o escoamento superficial, pois ele só passa a acontecer 
quando a camada de substrato alcança a saturação (TASSI et al., 2014). 
 
3.1.1.2. Substrato 
O substrato é a camada que proporciona fixação e manutenção às 
plantas, fornecendo nutrientes e água a elas. A composição dessa camada 
pode ser bem extensa, então é de grande importância saber o tipo de 
vegetação que será instalada no telhado, para escolher em seguida o substrato 
que se adequará melhor ao telhado verde (SAVI,2012). 
Além disso, a profundidade do substrato deve serotimizada para manter o 
peso do sistema dentro dos limites estruturais dos edifícios (MARTIN, 2008). 
3.1.1.3. Filtro 
Essa camada é instalada entre o substrato e a camada de drenagem para 
impedir que o substrato penetre no sistema de drenagem. É importante 
minimizar as erosões causadas pelas perdas de sedimentos por escoamento 
para que a espessura de substrato seja mantida. 
O custo para repor os substratos perdidos pelo escoamento é alto 
(MARTIN, 2008). O material mais usado para essa camada é o geotêxtil, 
composto de poliéster ou polipropileno. 
 
20 
 
3.1.1.4. Drenagem 
A presença da camada de drenagem tem por objetivo evitar possíveis 
alagamentos, provocando a saturação do solo. Parte das águas pluviais 
também é retida por essa camada para eventualmente ser usada pelas plantas 
na época de estiagem (TASSI et al, 2014). 
A camada de drenagem pode ser formada por diferentes tipos de material 
como sintético, mineral granulado como argila vermiculita ou expandida, ou 
tecidos porosos (JOBIM, 2013). 
3.1.1.5.Impermeabilização 
Essa camada é imprescindível pelo fato de evitar o contato da água e da 
vegetação com a estrutura do telhado. Além disso, para que a vegetação não 
penetre nessa camada ou a desintegre, é recomendado que ela seja de 
material inorgânico apropriado (MARTIN, 2008). De acordo com Baldessar 
(2012), a manta asfáltica é o material mais usado na camada de 
impermeabilização
 
21 
 
3.2. TIPOS E VARIAÇÕES DE TELHADOS VERDES 
 
Segundo a IGRA (2018), há 2 formas principais de utilizar os telhados 
verdes, as quais fornecem uma ampla extensão de benefícios. É fundamental 
que a escolha do tipo de telhado que será utilizado seja realizada com 
antecedência no projeto. Além dos 2 tipos de telhados, os intensivos e 
extensivos, existem ainda os semi-intensivos. 
3.2.1. Intensivos 
Esses telhados são geralmente mais complexos e pesados e precisam de 
mais investimento. Segundo Martin (2008), os telhados verdes intensivos 
(figura 4) apresentam a camada do substrato mais espessa, permitem plantas 
maiores, consequentemente, necessitam de um maior suporte estrutural. O 
autor também afirma que os telhados intensivos podem ser abertos ao uso de 
público, similares aos jardins localizados no nível do solo. 
 
Figura 4:Exemplo de telhado verde intensivo em Londres, Reino Unido 
 
Fonte: ZINCO (2018)
 
22 
 
Nesse sentido, os telhados intensivos necessitam de grandes 
quantidades de água e adubo, e também precisam de maiores cuidados com a 
manutenção (LAAR et al, 2001). 
É importante destacar que além de abrigar plantas pequenas e árvores 
frutíferas, esse telhado fornece proteção à cobertura dos raios ultravioletas, 
aumentando sua vida útil dos telhados (SILVA, 2011). 
 
 
3.2.2. Extensivos 
 
São mais leves comparados aos telhados intensivos e, geralmente, as 
plantas que compõem esse sistema suportam climas rigorosos, como secas e 
geadas. Podem apresentar sistema de irrigação, no caso de a vegetação 
passar por longa estiagem (TASSI et al., 2014). 
Os telhados verdes extensivos, exemplificados na figura 5, podem ser 
instalados em telhados com inclinação de até 20º e em grandes áreas. Apesar 
de os custos para implementar esses telhados serem menores, possuem 
variedade limitada de plantas para escolha e não são usados para recreação 
(JOBIM, 2013). 
Figura 5: Exemplo de telhado verde extensivo no aeroporto de Ibiza, Espanha. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ZINCO (2018) 
 
23 
 
3.2.3. Semi-intensivos 
 
Também conhecidos por alguns autores como semiextensivos, os 
telhados semi-intensivos (figura 6), são considerados uma classificação mais 
recente (VARE- LA, 2011). 
Em relação às características, o telhado verde semi-intensivo é um tipo 
intermediário entre o intensivo e o extensivo, que necessita de maiores 
cuidados com manutenção. Possui alto custo e é mais pesado comparado ao 
extensivo (IGRA, 2018) 
 
Figura 6: Exemplo de telhado verde semi-intensivo 
 
Fonte: ZINCO (2018). 
 
24 
 
3.2.4. Paredes Verdes 
 
Paredes verdes são elementos verticais internos ou externos que 
sustentam uma cobertura de vegetação enraizada tanto em vasos quanto 
esteiras de crescimento. A técnica das paredes pode ser usada em residências 
como parte do aperfeiçoamento da estética, para melhorar o clima global das 
moradias individuais e no tratamento de águas residuais. 
Todavia, podem ser incorporados à estratégia de refrigeração de uma 
casa com um tipo de ar condicionado evaporativo (DOWNTON, 2013). 
Os jardins verticais proporcionam a criação de ambientes urbanos mais 
agradáveis por serem visualmente refrescantes e tranquilos como mostra a 
obra do botânico Patrick Blanc, localizada em Paris (figura 7). 
As paredes verticais também ajudam a balancear as temperaturas 
internas dos edifícios e melhoram o consumo de energia (SUSTENTARQUI, 
2013), além de promoverem efeitos terapêuticos comprovados. Tais como a 
diminuição da ociosidade e aumento de produtividade (DOWNTON, 2013). 
 
Figura 7: Jardim vertical Oásis de Aboukir em Paris, França 
 
Fonte: Sustentarqui (2013) 
 
25 
 
No Japão, essa técnica tem sido adotada como uma solução simples e 
ecológica para combater as mais altas temperaturas da história do país em 23 
cidades. O acidente nuclear da Usina de Fukushima provocou a redução da 
geração de energia. 
Por essa razão os japoneses não usaram sistemas de refrigeração no 
período de altas temperaturas (SILVA, 2011). Em estudos feitos no Japão, foi 
verificado que na porção do edifício com parede verde a temperatura era de 
32,9º e na parte sem parede verde, 40,5º (JORNAL NACIONAL, 2011). 
No Brasil, o Edifício Santa Cruz localizado em São Paulo possui sua 
fachada coberta com 561 m² de vegetação (figura 8), sendo a segunda parede 
vertical próxima ao elevado presidente Costa e Silva, o minhocão. 
O Jardim visa melhorar a qualidade ambiental do local, fazendo parte da 
proposta do “corredor verde” no minhocão que inclui a implantação de 8 mil m² 
de vegetação na região (LEITE, 2018). 
 
Figura 8: Parede verde próxima ao Minhocão em São Paulo, SP. 
 
Fonte: G1 (2018)
 
26 
 
3.3. LIMITAÇÕES 
 
Os telhados verdes proporcionam muitos benefícios, mas possuem 
algumas limitações. 
3.3.1. Limitações econômicas 
A implantação inicial de um telhado verde é mais cara comparada à de 
um telhado convencional devido à necessidade de ajustes na construção como 
redimensionar a laje. 
Entretanto, depois de instalado e funcionando normalmente, após um 
certo tempo o investimento no telhado verde é reembolsado e ainda um custo 
adicional é recuperado pela economia de energia (VARELA, 2011). 
3.3.2. Limitações técnicas 
Para instalar esse sistema de telhados, deve ser considerado o índice 
pluviométrico do local onde será posicionado, uma vez que pode ser 
necessária a integração de um esquema de irrigação de acordo com o volume 
de chuva. 
Outro fator importante é verificar as condições estruturais do edifício para 
saber se é possível utilizar a vegetação de grande porte (AECWEB, 2018). 
3.4. CUSTO 
Embora os tipos de telhados verdes apresentem materiais em comum, 
não há padrão de custo determinado para a sua implementação (PECK e 
KUHN, 2000). O custo de um telhado verde varia de acordo com seus 
componentes, tais como os tipos e quantidade de plantas, o uso de cercas e 
grades, o sistema de drenagem e o substrato (EPA, 2008). 
O custo inicial para um sistema simples de telhado extensivo de 0.09 m² é 
de $10,00 dólares (R$35,00 reais), e de $25,00 dólares (R$ 87,50 reais) para 
um telhado intensivo. 
Enquanto na Alemanha, onde os telhados verdes prevalecem, os custos 
variam entre $8 dólares (R$ 28 reais) e $15,00 (R$ 52,50) por 0.09 m² (EPA, 
2008). No Brasil, os custos podem variar entre R$ 80,00 e R$ 120,00 por m² 
 
27 
 
dependendo da área ou dos módulos pré-elaborados (SILVA, 2011). 
3.5.LEI N° 18.112/2015 
 
Em 13 de janeiro de 2015, foi sancionada a Lei Municipal nº 18.112/2015 
na cidade do Recife que solicita a implantação de árvores, gramas, hortaliças e 
arbustos nas lajes dos edifícios residenciais e não residenciais da cidade que 
possuem mais de 4 pavimentos e mais de 400 m² de área. 
A proposta da lei é de aumentar as áreas verdes na cidade, reduzir o 
efeito das ilhas de calor e, consequentemente, proporcionar outros benefícios 
já descritos neste trabalho. A lei também exige a instalação de reservatórios de 
acumulo de águas pluviais em edifícios residenciais e comerciais que possuam 
mais de 500 m² de área e mais de 25% de área impermeabilizada no lote 
(ECOD, 2015). 
A aplicação dessa lei pode ajudar na economia de água na cidade, que 
consequentemente, pode ser usada para regar plantas e para limpeza de 
calçadas, por exemplo. A mesma contribui para o sistema de drenagem da 
cidade devido ao retardo da liberação da água nas galerias, reduzindo 
alagamentos nas ruas (CICLOVI - VO, 2015). 
A lei 18.111/2015 também foi sancionada na cidade e prevê o aumento de 
vegetação nos arredores das 340 praças e parques com a implantação das 
áreas verdes nos primeiros dois metros da parte frontal das edificações 
(ECOD, 2015). 
Por ser uma lei recente, de acordo com pesquisas feitas na literatura, 
ainda não é observada uma quantidade significativa de edifícios que a estão 
seguindo. Há muitos edifícios na cidade em processo de construção, mas como 
seus projetos antecedem a lei, não foram adaptados a ela ainda. 
Um dos poucos exemplos encontrados na cidade é o Edifício Empresarial 
Charles Darwin da Rio Ave, mostrado na figura 9. O edifício possui três níveis 
de cobertura verde, o maior com 2,5 mil metros de área. 
Além do paisagismo criado, o telhado vai contribuirá para amenizar as 
temperaturas e possui um sistema de irrigação e pode armazenar 75 mil litros 
de água e absorver cerca de 11 toneladas de CO2 por ano (LAGO, 2015). 
 
28 
 
 
Figura 9:Telhado verde do Empresarial Charles Darwin em Recife, PE 
Fonte: Sustentarqui (2014) 
 
Além disso, a água das chuvas será captada pelo telhado e armazenada 
em um reservatório inferior que passará por um processo de filtração para ser 
reutilizada na irrigação. Fabian Bezerra, gerente de projetos da Rio Ave, afirma 
que a proposta é criar um ciclo fechado com algumas perdas com a 
evaporação, mas o sistema será reabastecido após as chuvas. 
A questão estrutural também é importante para esse telhado que contém 
apenas 7 centímetros de camada de substrato, gerando pouca sobrecarga na 
estrutura. 
Este telhado verde vai reduzir a reflexão de calor para a atmosfera, vai 
contribuir na duração da impermeabilização da laje proporcionar uma melhoria 
na qualidade do ar da cidade, a medida que a vegetação aprisiona os 
poluentes do ar. Somando a isso, a absorção de calor pelo telhado, reduzira a 
transmissão de calor para o pavimento inferior, assim o uso de ar-condicionado 
será menor, reduzindo o consumo de energia e de água (LAGO, 2015). 
Com a aplicação da lei em Recife, além da instalação das coberturas 
verdes nos novos edifícios da cidade, haverá também incentivo para a 
 
29 
 
implantação desses telhados em construções mais antigas. 
Para que os resultados da lei sejam satisfatórios, o secretário do 
desenvolvimento e planejamento urbano afirma que a partir dos projetos até a 
liberação das documentações, as construções serão acompanhadas em todas 
as etapas e também ocorrera a fiscalização após a implementação do telhado. 
A secretaria do Meio Ambiente, Cida Pedrosa, destaca que a cidade do 
Recife precisa de mudanças e que os donos dos edifícios antigos se 
sensibilizem com a nova lei (SINDUSCON PE, 2015). 
Para incentivar o uso dos telhados verdes e de tecnologias sustentáveis, 
o poder público tem um papel importante. Em Guarulhos, a prefeitura criou o 
projeto IPTU verde que oferece desconto de até 20% para edifícios que 
aderirem as técnicas sustentáveis, como reutilização de água, aproveitamento 
de águas pluviais e outros (MOURA, 2015). Essas são sugestões que 
poderiam ser aplicadas em Recife para ampliar o uso de sistemas sustentáveis. 
Segundo Santos (2015), a lei dos telhados verdes foi criticada pelos 
profissionais da construção civil quando implantada, com a justificativa de que 
o custo das obras aumentaria. A prefeitura do Recife, porém, espera que a 
população aceite a ideia a longo prazo. 
 O autor entrevistou o arquiteto e urbanista João Domingos Azevedo, este 
acredita que a sociedade vai aceitar os telhados verdes e que mesmo 
criticando esta nova proposta, os técnicos da área da construção debatem 
tópicos importantes sobre o tema. 
De acordo com Vanderlei (2015), o efeito causado pelos telhados verdes 
é pequeno na cidade do Recife. Ele afirma que a cidade não é de edifícios 
horizontais e que a lei não contribui significativamente para tornar a cidade 
sustentável. 
Em seu exemplo, o autor considera uma lâmina de 400 m² por andar, 20 
m x 20 m. O prédio possuindo 4 fachadas com 90m de altura e 20m de largura, 
resultando numa área de 7200 m² de fachada. Ele diz que, mesmo com os 400 
m² de telhado verde que equivalem a 5,26% da área do prédio, os 7200 m² da 
fachada continuariam emitindo calor, ou seja, 94,74% da área. 
 
30 
 
4. METODOLOGIA 
 
4.1. Coleta de Informações 
Para atingir o objetivo desta pesquisa, diversas etapas de trabalho foram 
necessárias: pesquisas dos efeitos de calor, que teve como fontes 
informações do instituto nacional de pesquisas espaciais, artigos científicos 
publicados pela Universidade Federal de Pernambuco, pesquisas dos efeitos 
do aumento do escoamento superficial, com informações da agência 
pernambucana de climas. 
Além disso, houve um levantamento de dados sobre as funções e 
benefícios da implantação dos telhados verdes nos centros urbanos, baseado 
em pesquisas sobre o tema em publicações, teses e dissertações de 
mestrado e doutorado e trabalhos de final de curso. 
Basicamente, o método utilizado é o uso de referências da literatura para 
sintetizar um material, mostrado no âmbito internacional e nacional como está 
técnica tem proporcionado melhorias ao ambiente urbano construído. 
 
4.2. Análise das Informações 
Para este trabalho, foi feito um levantamento bibliográfico sobre os 
telhados verdes utilizando o que há disponível na literatura. Foram feitas 
pesquisas sobre a origem dos tetos verdes e quando eles começaram a ser 
utilizados, assim como seus conceitos e composição. 
Também foi objetivo da pesquisa, definir e mostrar os principais tipos e 
variações existentes de telhados e suas características. Além disso, foram 
abordados os benefícios destes telhados, mostrando como eles vêm sendo 
adotados ao redor do mundo e no Brasil, onde também pode ser observado 
alguns exemplos dos telhados em Recife. 
Por fim, foi abordada através de pesquisas a lei 18.112/2015 dos 
telhados verdes na cidade do Recife. Foi possível obter informações 
explicando o propósito da lei e como vem sendo aceita ou seguida na cidade 
pela população e profissionais da construção civil. 
 
31 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
As questões ambientais têm sido destacadas e discutidas cada vez mais 
nos dias atuais, principalmente devido aos problemas causados pelo processo 
de urbanização. 
Como foi visto, a crescente pavimentação consequente do 
desenvolvimento dos centros urbanos tem provocado situações problemáticas 
para o meio ambiente e para a população. Com isso, há a diminuição das 
áreas verdes nas cidades, causando a redução da permeabilidade que provoca 
principalmente o aumento do escoamento superficial. Este e outros problemas, 
em conjunto com o aumento da poluição devido à liberação de gases poluentes 
pelas indústrias e automóveis, provocam deficiências ambientais nas cidades. 
A utilização dos telhados verdes nos centrosurbanos proporciona 
diversos benefícios às cidades e às pessoas. Contudo, alguns deles somente 
serão eficientes se forem usados em grande escala e os outros promovem 
resultados efetivos no edifício no qual é implementado (VARELA, 2011). 
O sistema de telhados verdes é considerado eficiente por aproveitar um 
espaço que não é usado, aumentando a área habitável das edificações, além 
de promover benefícios (SILVA, 2011) como a retenção de água da chuva, a 
preservação do telhado, a melhoria da qualidade do ar e o conforto térmico 
(figura 10). 
Figura 10: Alguns benefícios dos telhados verdes 
 
Fonte: adaptado de EEAO (2015)
 
32 
 
Visando tais benefícios, muitas cidades da Europa têm adotado a técnica 
dos telhados verdes, incentivando outras partes do mundo a utilizarem esse 
sistema. 
No Brasil, por exemplo, a cidade do Recife regularizou a implementação 
dos telhados verdes em prédios com mais de 4 andares, com a lei municipal 
18.112/2015. 
Essa lei visa a plantação de arbustos, gramas, árvores de pequeno porte 
e hortaliças nas coberturas das edificações e ainda impõe a instalação de 
reservatórios para captar água das chuvas em novos edifícios residenciais ou 
comerciais na cidade (REVISTA CASA E JARDIM, 2015). 
 
5.1. Estético, lazer e social 
 
Os telhados verdes ajudam a aumentar a quantidade de áreas verdes nas 
cidades consumidas pela pavimentação, tornando assim a paisagem urbana 
mais suave, Silva (2011) afirma que a característica mais notável do telhado 
verde seja talvez a estética, fato que justifica a instalação desses telhados nas 
coberturas que eram antes cobertas por mofo e poeira. 
Quando os telhados verdes são acessíveis, eles proporcionam um espaço 
que antes não possuía uso, contribuindo para melhorar a estática do edifício e 
aumentar as áreas de convivência entre as pessoas. 
Em Recife, o prédio da Softex, (figura 11), localizado no bairro do Recife, 
possui um telhado verde de 400 m² combinado com uma área acessível 
utilizada como ponto de encontro, abrigando uma vegetação compatível com o 
clima da cidade e que suporta os impactos da maresia e do sol (CARVALHO, 
2014). 
 
33 
 
Figura 11: Telhado verde do edifício da Softex, Recife. 
Fonte: Eurico Freire (2014) 
 
5.2. Vida útil do telhado e valorização dos imóveis 
Os telhados sofrem diariamente com efeitos das chuvas, radiação solar e 
com as perdas de calor em conjunto com outras ações climáticas (SILVA, 
2011). As trocas de temperatura entre o interior de um edifício ocorrem 
principalmente pela coberta da construção (ARAUJO, 2007). 
Quando instalados corretamente, os telhados verdes protegem os 
materiais que compõe a cobertura dos raios solares e das variações térmicas, 
prolongando a vida útil desses componentes (VARELA, 2011). 
Dessa forma, não será necessário utilizar novos materiais que trazem 
impactos negativos ao meio ambiente, como as telhas de cerâmica e de 
fibrocimento (JOBIM, 2013). 
A reposição de um telhado verde precisa ser feita a cada 40 anos, 
enquanto a de um telhado convencional deve ser realizada a cada 10 ou 20 
anos (DAVIS, 2007). 
Além disso, as edificações podem tornar-se sustentáveis e obter os 
 
34 
 
Certificados LEED (Leadership in Energy na Evironmental Design) pela 
implementação dos telhados verdes (JOBIM, 2013). 
5.3. Conforto Térmico 
Segundo Ferreira (2007), a instalação dos telhados verdes tende a 
suavizar a temperatura das edificações devido à espessura do sistema e à 
capacidade das plantas de absorver radiação na fotossíntese. 
A autora afirma que esses fatores são responsáveis por ajudar o telhado 
a absorver energia do sol durante a manhã e a deixar estável as temperaturas 
no interior da construção no período noturno. 
No verão, esses telhados preservam os ambientes internos da insolação 
direta, mantendo o lugar agradável e no inverno, acumulam calor nos 
ambientes deixando-os mais quentes. Esses fatos mostram que os telhados 
verdes podem ser instalados em lugares que apresentam tanto clima quente 
quanto clima frio (FERREIRA, 2007) 
De acordo com Minke (2005), nos climas frios o solo congela e na 
transformação de um grama de água em gelo, gasta-se 80 calorias sem que 
haja diminuição da temperatura. Assim, a terra permanece congelada à 0°C por 
um longo período de tempo mesmo quando a temperatura no exterior do 
ambiente for bem menor. Nas regiões de clima quente, onde há intensa ação 
da radiação solar, a influência dos telhados verdes nas edificações é ainda 
maior. 
Na Alemanha, foi verificado diversas vezes que a temperatura do telhado 
ver de não ultrapassa 25°C quando as temperaturas externas alcançam cerca 
de 30 ºC devido à sombra causada pela vegetação que impede que o solo seja 
aquecido pela radiação e à Utilização da energia solar para a evaporação da 
água, na fotossíntese e na reflexão (MINKE, 2005). 
Outro exemplo de redução de temperaturas nas edificações é a prefeitura 
de Chicago localizada em Illinois nos EUA que adotou telhados verdes semi-
intensivos em 2001 (GREENROOFS, 2015). 
De acordo com a figura 12, em um dia típico em Chicago, o telhado verde 
da prefeitura mede aproximadamente 40°C mais frio comparado com o telhado 
convencional próximo a ele (EPA, 2008). 
 
35 
 
Figura 12: Diferença de temperatura entre telhado verde e telhado convencional. 
 
Fonte: adaptado do EPA (2008) 
 
 
 
5.4. Isolamento acústico 
A diminuição dos ruídos também é um benefício adicional reconhecido na 
performance de um edifício. Na pesquisa realizada por Yang et al (2005), foram 
usados 3 tipos diferentes de substrato para examinar o efeito da espessura e 
do tipo de substrato na redução de ruídos. 
Dessa forma, foi constatado que, com os parâmetros considerados na 
pesquisa, a influência da espessura e do tipo de substrato é relativamente 
pequena comparada ao sistema de telhados verdes como um todo, reduzindo 
os ruídos em aproximadamente 5 a 10dB com padrões irregulares em 
diferentes frequências. 
De acordo com Peck e Kuhn (2000), a camada de substrato bloqueia as 
frequências sonoras menores e a vegetação impede a passagem das altas 
frequências, onde pesquisas mostraram que um substrato de 12 cm de 
espessura por si só pode reduzir os ruídos de 40 dB. 
 
36 
 
5.5. Qualidade do ar 
As plantas têm a função de manter a qualidade do ar quando absorvem 
dióxido de carbono e liberam oxigênio na atmosfera durante o processo de 
fotossíntese, dessa forma, nas zonas rurais, as florestas podem executar esse 
papel devidamente (VARELA,2011). 
Com o crescimento das áreas urbanas e o desenvolvimento da indústria, 
a liberação de gases poluentes na atmosfera tem aumentado. Quanto mais 
substâncias desse tipo são emitidas, mais danos são causados ao ambiente 
como a contaminação do solo e dos vegetais causando instabilidade nos 
ecossistemas como a diminuição do rendimento agrícola e a degradação das 
florestas (LEAL et al, 2008). 
Segundo Varela (2011), é difícil aumentar a quantidade de plantas nas 
cidades onde não há áreas de terra suficiente. Os tráfegos e as operações 
industriais causam um grande problema de poluição, interferindo no processo 
de fotossíntese das plantas. Por esses motivos, o uso dos telhados verdes 
contribui para aumentar as áreas verdes nas cidades, promovendo a 
conservação da qualidade do ar nas cidades. 
5.6. Retenção de água e benefícios hidrológicos 
Segundo Jobim (2013), o Brasil e países desenvolvidos da Europa e 
América do Norte têm procurado medidas para reter a água das chuvas devido 
ao aumento da impermeabilização do solo nos centros urbanos, que torna o 
funcionamento dos sistemas de drenagem insatisfatório. 
A impermeabilização do solo provoca mudanças no comportamento das 
águas e aumenta o escoamento superficial (runoff) nas cidades, causando 
maiores picos de vazão, que contribuem para os alagamentos. 
Na Europa, principalmente, o sistema de telhadosverdes tem promovido 
benefícios ecológicos, sociais e econômicos nas questões hidrológicas 
(CUNHA & MEDION- DO, 2004). 
O comportamento hidrológico do telhado tradicional é bem diferente de 
um telhado verde, que possui algumas semelhanças com o ciclo hidrológico 
natural, onde o telhado verde promove o aumento do processo de 
 
37 
 
evapotranspiração além de permitir a infiltração de parte das águas pluviais. 
Com isso, o escoamento superficial é reduzido, assim como seu tempo de 
ocorrência (JOBIM, 2013). 
De acordo com Neto (2012), os telhados verdes possuem um grande 
potencial de retenção de água que depende da espessura e da composição do 
substrato, da duração do sistema, da inclinação do telhado e da intensidade da 
precipitação. Essa capacidade de reter água equivale a diferença entre a 
quantidade de água precipitada e quantidade de água drenada pelo telhado 
(figura 13). 
Figura 13: Esquema de águas precipitada e drenada no telhado verde 
 
Fonte: adaptado de NETO (2012). 
 
Pesquisas realizadas pelo Instituto Estadual de Baviera de Viticultura e 
Horticultura, um telhado verde com 10 cm de substrato foi submetido a uma 
chuva de 20 l/m² por 15 minutos onde apresentou um escoamento de 5 L/m² 
contra 16 l/m² de um telhado de cascalho. Isso mostra que os telhados verdes 
podem suavizar os impactos nos sistemas de esgotos que devem ser 
dimensionados para a precipitação máxima (MINKE, 2005). 
Os telhados verdes podem ajudar a reduzir os episódios de enchentes em 
lugares que apresentam chuvas intensas pois eles podem reter uma 
porcentagem das águas pluviais que varia entre 15% a 17% (SILVA, 2018). A 
 
38 
 
água contida pelo telhado é liberada bem lentamente na área urbana e dessa 
forma, há um aumento da umidade do ar devido à evaporação de uma grande 
parte da água (VARELA, 2011). 
Segundo PECK e KUHN (2000), para lugares onde há políticas de zero 
escoamento ou requisitos para lagoas de águas pluviais, a capacidade dos 
telhados verdes de reter água das chuvas pode proporcionar incentivos 
financeiros tanto diretos, quanto indiretos. Na Alemanha, 13 governos 
municipais permitiam uma redução das taxas de águas pluviais para a 
instalação de telhados verdes, e essa proposta está sendo considerada em 
muitas cidades da América do Norte. 
Em áreas urbanas, a crescente ocupação e impermeabilização dos lotes 
aliada à falta de planejamento ambiental, tem resultado no aumento 
considerável de áreas impermeáveis como, por exemplo: telhados ruas, 
estacionamentos e outros, os quais alteram significativamente as 
características qualitativas e quantitativas do ciclo hidrológico. A consequência 
deste fato é a ocorrência indesejada de problemas de desconforto urbano 
como as enchentes. 
No caso de Pernambuco, o problema já existe nas áreas urbanas da 
região metropolitana do Recife e na própria capital, que por serem muito planas 
e com baixa declividade apresentam muitos problemas de alagamento 
principalmente nos meses de maio, junho e julho. 
A impermeabilização do meio urbano contribui muito para o aumento do 
escoamento superficial da água de chuva, associado à diminuição da área 
verde plantada. Campana e Tucci (1994) demonstraram que o grau de 
urbanização pode ampliar esse efeito. 
Na figura 14, verifica-se a Conde da Boa Vista alagada em virtude do 
escoamento deficitário das águas pluviais. 
 
 
39 
 
Figura 14: Alagamento na rua da Conde da Boa Vista, Recife-PE 
 
Fonte: Jornal Diário de Pernambuco (2018) 
 
 
5.7. Reutilização da água da chuva 
 
O aproveitamento das águas pluviais é uma forma de conservar as águas 
subterrâneas e superficiais devido ao crescente uso público, além de ser uma 
prática antiga (BARROS, 2013). Nos centros urbanos, essa água é 
armazenada em reservatórios ou cisternas, direcionada por um sistema 
composto por calhas e condutores. 
Essa prática de armazenamento é relevante para minimizar as cheias à 
medida que diminui o volume de água que seria drenado para as galerias e 
proporciona benefícios econômicos devido à reutilização da água (NETO, 
2012). 
Para utilizar os telhados verdes na composição dos sistemas de 
armazenamento de água pluvial que consequentemente será utilizada, deve 
haver atenção específica (FERREIRA; MORUZZI, 2007). Como parte da água 
precipitada é retida pelo telhado verde, o potencial de aproveitamento de água 
é reduzido diferente do telhado tradicional de telhas ou concreto que escoa 
 
40 
 
superficialmente maior parte quase toda água precipitada. Entretanto, a água 
retida pela cobertura verde é utilizada para manter as camadas de substrato e 
as plantas, enquanto no esquema de aproveitamento no telhado convencional 
a água perdida é direcionada para o escoamento superficial (NETO, 2012). 
Nos telhados verdes é imprescindível verificar a qualidade da água 
escoada uma vez que a água das chuvas percorre primeiro as camadas de 
vegetação e substrato antes de ser armazenada, onde pode ter seus 
parâmetros alterados (BARROS, 2013). Por essa razão, para associar os 
telhados verdes aos sistemas de aproveitamento de água deve ser utilizado 
algum sistema de tratamento, verificando o custo/benefício de todo conjunto 
(NETO, 2012). 
O empresarial Charles Darwin é o primeiro empreendimento da 
construtora Rio Ave a investir nos telhados verdes em Recife. Esse edifício 
receberá um sistema de aproveitamento de água e de irrigação para conservar 
cerca de 75 mil litros de água. No telhado verde, a água da chuva será 
recolhida em um reservatório inferior e será filtrada para ser reutilizada para 
irrigar o telhado (NEGÓCIOS PE, 2015). 
5.8. Redução do efeito das ilhas de calor 
Entende-se por ilha de calor o superaquecimento das áreas urbanas e 
suburbanas devido ao aumento da pavimentação, construção e das áreas 
superficiais mais rígidas. A urbanização provoca variações na temperatura das 
cidades conforme a figura 15. 
A temperatura média durante o verão nas principais cidades da América 
do Norte tem aumentado ao longo das últimas décadas e essas altas 
temperaturas causam impactos diretos e indiretos na qualidade de vida das 
pessoas. (PECK e KUHN, 2000). 
 
 
 
 
41 
 
Figura 15: Gráfico mostrando as variações das temperaturas nos tipos de cidades. 
 
Fonte: Adaptado de EEAO (2015). 
 
O efeito das ilhas de calor provoca maiores gastos com eletricidade, uma 
vez que o crescimento das temperaturas nas cidades causa aumento no uso 
de condicionadores de ar, além de aumentar os processos químicos que geram 
poluentes atmosféricos (PECK e KUHN, 2000). 
 Segundo a EPA (2015), os telhados verdes podem suavizar 
significativamente os efeitos das ilhas de calor devido ao sombreamento e ao 
processo de evapotranspiração, onde o calor é absorvido do ar para 
transformar água em vapor, reduzindo a temperatura ao redor dessa área. 
Além disso, as coberturas verdes promovem o sombreamento dos 
telhados que diminui as temperaturas dentro e fora do edifício. Dessa forma, o 
calor liberado pelas edificações no ar é reduzido, promovendo a diminuição da 
temperatura exterior reduzindo o efeito da ilha de calor (EEAO, 2015). 
Em estudos de grandes centros urbanos diversos autores têm destacado 
a importância do monitoramento das ilhas de calor (LOMBARDO, 1985; OKE et 
al, 1991; GOLDREICH, 1995; Perez et al., 2001; ARFINELD, 2003; 
PONGRACZ et al. 2005). Moreira (2007) analisou a distribuição espacial das 
temperaturas à superfície na área urbana do Recife através do satélite Landsat 
 
42 
 
7, datada de maio de 2002 e encontrou temperaturas a 33ºC nas áreas com 
elevado adensamento construtivos, evidenciando aas ilhas de calor. 
No quadro 01, são apontados os valores estatísticos: mínimo, máximo, 
média e moda da temperatura da superfície da cidade do Recife, para os dias 
10 de julho de 1984 e 29 de agosto de 2007, onde se percebe visualmente que 
as temperaturas mais elevadas ocorreramjustamente no ano de 2007, tendo 
seu valor mínimo de 18,7 Cº, máximo 33 Cº, média 27 Cº e a moda foram de 
22,0 Cº, 28 Cº, 29 Cº, respectivamente. 
Os dados apresentados comprovam que ao passar dos anos tem-se 
observado aumento da temperatura superficial da cidade do Recife. 
 
Quadro 1: Valores estatístico da temperatura na superfície (mínimo, máximo, média e moda), 
para os dias 10/06/1984 e 29/08/2007, da cidade do Recife. 
 
Fonte: Revista de Geografia UFPE/DCE, v.24, n 3, p.122-135,2007. 
 
A figura 16 apresenta as imagens da temperatura das superfícies (Ts) 
para os anos de 1998 até 2011 na cidade do Recife. Analisando as imagens, 
percebe-se que o verde escuro apresenta menor que 18Cº, o tom verde claro 
apresenta temperatura entre 19 Cº e 21 Cº, o amarelo claro entre 21Cº e 24 Cº, 
o amarelo escuro entre 24 Cº e 27 Cº, o laranja entre 27 Cº e 30Cº e o tom 
vermelho apresenta as áreas com os valore de temperaturas maiores que 30 
Cº.
Temperatura da Superfície 
AN O Mínimo (ºC) Máximo (ºC) Média (ºC) Moda 
1984 14,94 25,70 22,20 22,48 
2007 18,70 33,00 27,00 28,29 
 
43 
 
Figura 16: Valores estatísticos da temperatura na superfície (mínimo, máximo, média e moda), 
para os dias 10/061984 e 29/08/2007, da cidade do Recife. 
 
Fonte: Revista de Geografia UFPE/DCE, v.24, n 3, p.122-135,2007. 
 
 
Nas imagens de satélite utilizadas para medir a temperatura do Recife, 
verificou-se que quanto mais verde, mais ameno seria o clima e mostra que a 
urbanização esquentou a cidade criando ilhas de calor com grandes áreas 
impermeabilizadas e pouco cobertura vegetal. 
Em locais como extensas avenidas, fabricas, conjuntos residenciais, a 
temperatura pode chegar a mais de 30 graus. Associado ao estudo verde 
urbano, realizado pela Prefeitura do Recife, o termômetro da cidade revela que 
uma mesma área pode abrigar lado a lado grandes pontos de calor e, no 
sentido inverso, ilhas de amenidade dependendo da maior ou menor 
quantidade de arborização do local. 
As figuras 17 (a, b), e 18 (a, b), apresentam imagens satélite e a 
morfologia urbana da ilha calor evidenciada pela imagem termal das 
respectivas áreas. 
. 
 
 
44 
 
Figura 17: Em (a) Morfologia urbana da ilha de calor no aeroporto internacional do Recife, em 
(b) imagem termal com destaque para ilha de calor 
. 
 
Fonte: Revista de Geografia UFPE/DCE, v.24, n 3, p.122-135, 2007. 
 
Figura 18: Em (a) Morfologia urbana da ilha de calor em trecho da Avenida Caxangá, Recife-
PE, em (b) imagem termal com destaque para ilhas de calor. 
 
 
Fonte: Revista de Geografia UFPE/DCE, v.24, n 3, p.122-135,2007. 
A B 
A B 
 
45 
 
5.9. Economia de energia 
O consumo de energia é um problema mundial, uma vez que os profissionais 
da construção civil têm projetado os edifícios não só focando em estética e 
durabilidade, mas também no consumo de energia. 
Por essa razão, alguns fatores importantes devem ser observados para garantir 
melhores condições no interior das edificações, como os materiais usados, tais como 
tipos de vidro e telha, melhor posição para as portas e janelas em relação à 
ventilação e iluminação natural e paisagismo (SILVA, 2011). 
Muitos países têm procurado adotar medidas para tentar resolver os problemas 
energéticos. O governo brasileiro incentivou a população a não tomar banho em 
horas de pico e substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes para 
o racionamento de energia. 
Em 1993, o United States Building Council (USGBC) desenvolveu o selo LEED 
(Leadership in Energy and Environmental Design) que classifica os edifícios de 
acordo com critérios de sustentabilidade ambiental. Dentro desta certificação, as 
edificações são submetidas ao estabelecimento de nível mínimo de eficiência 
energética e a avaliação e desempenho dos sistemas de energia instalados nas 
construções (SILVA, 2011). No Brasil, esse certificado passou a ser usado em 2004. 
Na busca de técnicas para melhorar a eficiência energética, os telhados verdes 
passaram a ser adotados em muitos países. 
As coberturas verdes podem economizar a energia que seria utilizada para 
resfriar ou aquecer um edifício, uma vez que quando estão úmidos, absorvem e 
captam grande quantidade de calor, reduzindo a oscilação de temperatura. 
Quando se encontra seco, as camadas dos telhados funcionam como um 
isolante que diminui o fluxo de calor através da coberta, reduzindo o uso de energia 
para resfriar o interior do edifício (EPA, 2008). 
No verão, o sombreamento formado pelas plantas protege a edificação contra a 
radiação solar e a evapotranspiração pode reduzir os ganhos de calor. 
No inverno, isolamento adicional da camada de substrato ajuda a diminuição de 
energia usada para aquecer o edifício. A dimensão do impacto da economia de 
energia depende do tamanho do prédio, da sua localização, da espessura do 
substrato, do tipo de vegetação e de outros fatores (PECK e KUHN, 2000). 
 
46 
 
Embora os telhados verdes promovam preservação de energia no inverno e 
verão, a economia específica depende também do clima, do edifício e das 
características do telhado. 
O telhado verde da prefeitura de Chicago pode fornecer uma economia de 
refrigeração de cerca de 9.270 kWh por ano e de aquecimentos aproximadamente 
740 milhões de Btus. Isso gera uma economia anual de $3.600 dólares. (EPA, 
2008). 
 
5.10. Vantagens e Desvantagens 
Os telhados verdes têm se tornado uma técnica forte para auxiliar na 
minimização dos problemas ambientais, de maneira geral, à medida que 
proporcionam diversos benefícios para as cidades. 
 Além disso, a implantação dos tetos verdes contribui para o aumento das 
áreas verdes das cidades, influenciando à limpeza do ar devido à absorção de CO2 
pela camada de vegetação, para a redução das enchentes provocadas pelo 
escoamento superficial, para a diminuição das altas temperaturas nos centros 
urbanos, para o conforto térmico no interior dos edifícios e também para o 
embelezamento das cidades. 
Em geral, a técnica construtiva de telhados verdes contribui ecologicamente 
de forma a melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos. Alguns exemplos 
mostraram que o governo das cidades, principalmente na Europa, tem se 
posicionado positivamente em relação a implantação dessa técnica. 
 No Brasil o sistema de telhados verdes ainda não utilizado de forma ampla, 
mas em cidades como Recife e São Paulo, estudos mostram que esse sistema 
contribui para a sustentabilidade da cidade. 
O quadro 2, elenca as principais vantagens quanto a utilização do telhado 
verde quanto as mais variadas vertentes: 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Quadro 2: Vantagens da utilização do telhado 
 
Vantagens na Utilização dos Telhados Verdes 
 
Vantagens ambientais 
Formação de um micro ecossistema 
Combate ao efeito estufa 
Melhoria da qualidade da água (filtro). 
Redução da ilha de calor urbano. 
Qualidade do ar e fluxo de ar. 
Aumento de áreas verdes. 
Redução do escoamento superficial. 
Produção de alimentos. 
Conforto ambiental. 
 
Vantagens econômicas 
Atrativo para pontos comerciais. 
Maior vida útil do telhado. 
Isolamento térmico. 
Conservação de energia. 
 
Vantagens sociais 
Estética e recuperação do espaço de zoneamento. 
Ampliação do conforto acústico. 
Fins terapêuticos. 
 
Fonte: O autor, 2018 
 
 
Por outro lado, muitos profissionais da área de construção civil afirmam que a 
lei aumenta o custo da obra, reduzindo o incentivo a instalação dos telhados. 
Contudo, vale salientar que, mesmo com o aumento no orçamento da obra, vale a 
pena promover uma melhor condição ambiental que possa alcançar horizontes 
além da área construída. 
O que nos leva a apresentação do quadro 3, elencando as desvantagens da 
utilização dos telhados verdes, que estão intrinsecamente ligadas aos custos de 
instalação, manutenção do sistema, sobrecarga estrutural e escolha de plantas, 
que dependem da classificação do sistema de telhadoverde e ainda podemos 
elencar os problemas decorrentes de instalação errônea, como infiltração de água e 
umidade dentro do edifício, conforme vemos abaixo 
 
 
 
 
48 
 
Quadro 3: Desvantagens da utilização do telhado 
 
 
Fonte: O Autor, 2018
Desvantagens da utilização dos Telhados verdes 
 
Sistema Intensivo 
 
Sistema Semi-intensivo 
 
Sistema Extensivo 
 
Alta sobrecarga na 
estrutura 
 
Média sobrecarga na estrutura 
 
Não são projetados para uso 
intenso de público 
 
Requer reforço estrutural, o que encarece a obra 
Os materiais leves que 
compõem o sistema, quando 
não fabricados no país, tem na 
maioria seus custos elevados 
 
Requer manutenção intensa, aumentando 
consideravelmente os custos 
O plantio deve ser feito em 
período de clima ameno 
 
Requer irrigação intensa ao longo de todo o seu ciclo de 
vida. 
 
Requer irrigação diária pelos 
três primeiros meses para 
garantir a consolidação das 
mudas. Após esse período a 
irrigação fica por conta da 
pluviometria local. 
 
Necessidade de fertilização intensa o que compromete a 
água residual que acarreta excessos de NPK, considerado 
poluente das águas pluviais. 
Os telhados verdes tradicionais usados mais 
intensamente na década de 60 (mas ainda em uso, 
apesar de raramente) eram aplicados apenas em novas 
construções, as quais possuíam projetos de reforço 
estrutural, o que excluía a parte já consolidada da cidade. 
Biodiversidade indesejada. Dependendo do tipo de vegetação adotada, o telhado se torna 
um lar para proliferação de insetos indesejáveis. 
Possível alteração de aparência da vegetação com a mudança das estações do ano. 
 
49 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O nosso planeta enfrenta graves problemas ambientais, como 
consequência, a construção civil está buscando soluções para minimizar 
efeitos danosos ao meio ambiente. Observando criteriosamente todos os 
pontos destacados neste estudo, o telhado verde como sistema construtivo é 
uma opção eficaz para o problema ambiental mundial. 
Buscar soluções para ajudar na recuperação do meio ambiente não está 
somente nas mãos das grandes construtoras e incorporadoras. Todos podem 
fazer algo para contribuir com essa evolução. 
Nesse sentido, a construção civil passa a ter um compromisso com o 
meio ambiente, indicando e aplicando em seus projetos e ações que 
potencializem a recuperação e equilíbrio do meio nos grandes centros urbanos. 
O conhecimento sobre as variações dos tipos de telhado ajuda na maior 
possibilidade de sua aplicação em diferentes tipos de edificações, contribuindo 
com maior eficiência nas condições do meio urbano. 
Apesar de suas limitações, observou-se que vale a pena investir nesta 
tecnologia, uma vez que suas vantagens se sobressaem. 
A lei Nº 18.112/2015 foi um grande avanço no que tange a relação entre a 
urbanização e meio ambiente. Apesar de trazer oposições, devido ao custo 
adicional do telhado verde nas edificações, a mesma proporciona melhorias 
que beneficia não apenas os usuários das edificações, mas também contribui 
com uma maior amplitude promovendo condições ambientais ao meio 
ambiente de maneira geral. 
O presente trabalhou mostrou a interação da construção civil com o meio 
ambiente, apresentando uma relação íntima, que pode promover melhorias 
significativas nos ambientes internos e externos com a aplicação do sistema de 
telhado verde. 
 
50 
 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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