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AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA Aula 01: BASES CONCEITUAIS DO SUS, SAÚDE COLETIVA E ESF PARTE 1 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família MAS COMO SURGIU ESSE CONCEITO? AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família • Historicamente há uma tensão que permeia os sistemas de seguridade social, que confronta duas lógicas: n uma privada, vinculada à lógica do seguro, individual/ocupacional, que depende de contribuições prévias, n outra pública, cuja cobertura é universal e decorre do reconhecimento do estatuto de cidadania ; AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família No Brasil do final dos anos 1970: O governo ainda era uma ditadura militar que inves:a em hospitais e em medicamentos, sem se preocupar de fato com a saúde do povo. O setor privado passou a controlar a prestação de serviços de assistência à saúde individual A saúde era entendida cada vez mais como uma mercadoria. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Preocupação com o crescimento econômico, e a industrialização do país era crescente. DITADURA o número de trabalhadores urbanos aumentava consideravelmente. saúde pública em segundo plano AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da famíliaResumindo... q Minoria da população Brasileira tinha acesso aos serviços de saúde q Centralização da gestão das ações de saúde na esfera federal , sem participação social q Saúde como ausência de doença q Assistência puramente medico- hospitalar AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da famíliaO movimento pela reforma sanitária buscava... mudança do sistema público de saúde uma reorganização da assistência à saúde no Brasil. discu:a-se a determinação social da doença e da saúde. priorizava a saúde cole:va criar um sistema de saúde que atendesse a toda a população, sem excluir ninguém AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária • O termo “Reforma Sanitária” foi utilizado pela primeira vez no Brasil em função da Reforma Sanitária Italiana; • Foi proposta em um momento de intensas mudanças e sempre pretendeu ser mais do que apenas uma reforma setorial. Não abarcava, nesse sentido, apenas a saúde e buscava integrar diferentes setores da sociedade; • Almejava, desde seus primórdios, que pudesse servir à democracia e à consolidação da cidadania no País. Gênese do termo reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária • O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970; • A expressão ficou esquecida por um tempo até ser recuperada nos debates prévios à 8ª Conferência Nacional de Saúde, quando foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da Saúde. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária • Profissionais da área da Saúde, movimentos sociais organizados, intelectuais e representantes da sociedade civil, preocupados com a saúde pública, começaram um amplo processo de discussão sobre a saúde que contribuiu para elaboração de importantes documentos, como relatórios de plenárias, conferências e entrevistas com atores protagonistas do Movimento da Reforma Sanitária; • É importante destacar que as mudanças esperadas pela Reforma Sanitária não abarcavam apenas o sistema de saúde, mas todo o setor saúde, introduzindo uma nova ideia na qual o resultado final era entendido como a melhoria das condições de vida da população. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária Proposições do Movimento da Reforma Sanitária: • Saúde como direito de todo o cidadão; • Garantia de acesso da população às ações de saúde de cunho preventivo e/ou curativo com integração das ações em um único sistema; • Descentralização da gestão, tanto administrativa, como financeira; • Controle social das ações de saúde. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária • O médico sanitarista Sérgio Arouca destacou-se na luta pela Reforma Sanitária tornando-se conhecido nacionalmente; • Sua tese de doutorado, intitulada “O dilema preventivista: contribuição para a compreensão e crítica da medicina preventiva”, forneceu fundamentos teóricos estruturantes para a constituição da base conceitual da saúde; • Sérgio Arouca costumava dizer que o movimento da reforma sanitária nasceu dentro da perspectiva da luta contra a ditadura. Existia uma ideia clara na área da saúde de que era preciso integrar as duas dimensões: ser médico e lutar contra a ditadura. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária Sérgio Arouca participou de perto de todas as conquistas que envolveu a Reforma Sanitária: • Apresentou o documento “Saúde e Democracia” (documento com propostas para melhoria da saúde da população); • Presidiu a 8ª Conferência Nacional de Saúde. O Movimento da Reforma Sanitária propôs alternativas para um novo sistema de saúde com características democráticas. Os envolvidos com o movimento tiveram a oportunidade de expressar, em 1979, suas insatisfações durante o I Simpósio Nacional de Política de Saúde. Houve elaboração de uma proposta de reorientação do sistema de saúde, tendo como finalidade a estruturação de um Sistema Único de Saúde. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária Resultados do Movimento da Reforma Sanitária: • A conquista da universalização na saúde (o princípio constitucional que estabelece que todo brasileiro tem direito à saúde), com definição do dever do Estado e a função complementar da rede privada; • A ideia de que a saúde deve ser planejada com base nas conferências de saúde; • A formalização dos Conselhos de Saúde como parte do SUS, tendo 50% de usuários na sua composição; • Formação da Comissão Nacional da Reforma Sanitária, que transformou o texto da constituinte na Lei Orgânica 8080. Desenvolvimento da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Reforma Sanitária • No ano de 1986, intensificou-se o Movimento Sanitário, sendo convocada a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), visando discutir a nova proposta de estruturação da política de saúde para o país. • O encontro resultou em propostas de reformulação do sistema nacional de saúde que foram documentadas e ficaram conhecidas como Projeto da Reforma Sanitária Brasileira. Gênese do termo reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Está em curso uma reforma democrática não anunciada ou alardeada na área da saúde. A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra a ditadura, com o tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas universidades, no movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços. Esse movimento social consolidou-se na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, na qual, pela primeira vez,mais de cinco mil representantes de todos os seguimentos da sociedade civil discutiram um novo modelo de saúde para o Brasil. O resultado foi garantir na Constituição, por meio de emenda popular, que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado. Sérgio Arouca (1998) Desenvolvimento da reforma sanitária “ “ AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Sobre a conferência • Aconteceu em março de 1986 em Brasília e foi considerada um dos eventos político-sanitários mais importantes da história da saúde; • Foi o Marco do Movimento da Reforma Sanitária; • Reuniu mais de 5.000 pessoas; • Definiu as estratégias a serem defendidas na Constituinte de 1988; • Aprovou texto sobre saúde que seria posteriormente incluído na CF 1988. 8ª Conferência nacional de saúde AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Propostas básicas • Reconhecimento da saúde como direito de cidadania e dever do Estado; • Defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde; • Descentralização administrativa e financeira para os Estados e Municípios; • Promoção do Controle social pelo Estado. 8ª Conferência nacional de saúde AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Resultados da 8ª Conferência Nacional de Saúde Como resultado central da 8ª Conferência Nacional de Saúde, tivemos o estabelecimento de um consenso político que permitiu a conformação do projeto da Reforma Sanitária, através de quatro aspectos principais: • O conceito abrangente de saúde; • Saúde como direito de cidadania e dever do Estado; • A instituição de um Sistema Único de Saúde; • A participação da comunidade exercendo o controle social. Resultados da reforma sanitária AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Saúde “Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.” O conceito abrangente de saúde AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família §A consagração do Movimento da Reforma Sanitária e das discussões realizadas na 8ª Conferência Nacional de Saúde foi possível com a Constituição Federal de 1988. Nesta, a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos; §Como está escrito na Carta Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". A saúde presente na Constituição • A consagração do Movimento da Reforma Sanitária e das discussões realizadas na 8ª Conferência Nacional de Saúde foi possível com a Constituição Federal de 1988. Nesta, a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos; • Como está escrito na Carta Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado". Constituição federal de 1988 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Artigo 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Constituição federal de 1988 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Artigo 197 e 198 Art. 197: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” Art.198: “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade.” Constituição federal de 1988 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Artigo 199 “A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º podem participar de forma complementar do sistema único mediante contrato convênio com preferência para as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde do País, salvo nos casos previstos em lei.” Constituição federal de 1988 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Artigo 200 “Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições: • Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; • Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; • Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; • Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; • Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; • Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.” Constituição federal de 1988 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família O QUE É A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE? COMO SURGIU? AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) Origem e evolução • Início do século XX: visitadores sanitários e inspetores sanitários surgiram para controle da peste e febre amarela; • Estes profissionais foram muito utilizados pela SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública) para erradicação da malária e varíola. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) Origem e evolução • Há relatos de que a origem de visitadores domiciliares tenha surgido na Rússia, no século XVIII, época em que foi criada o feldsher, palavra que curiosamente, significa barbeiro de campo. As tarefas do feldsher estavam ligadas à higiene e à saúde das tropas imperiais em missão de guerra. Isso evoluiu, posteriormente, também para a prestação de serviços à população civil. (BRASIL, 2009) • Outros teóricos defendem a origem desses visitadores na China, onde ficaram conhecidos como médicos de pés descalços, no início dos anos 1950. Estes, na China, exerciam funções parecidas com as dos feldshers na Rússia. (BRASIL, 2009) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) • ORIGEM E EVOLUÇÃO • A primeira experiência de Agentes Comunitários de Saúde, como uma estratégia abrangente de saúde pública estruturada, ocorreu no Ceará em 1987; • Tinha como objetivo criar oportunidade de emprego para as mulheres na área da seca e, ao mesmo tempo, contribuir para a queda da mortalidade infantil, priorizando a realização de ações de saúde da mulher e da criança; • Esta estratégia expandiu-se rapidamente, no Estado do Ceará, atingindo praticamente todos os municípios em três anos; • Em 1991, o Ministério da Saúde passou a adotar o PACS como política, mais ou menos nos mesmos moldes do Ceará. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) Agente Comunitário de Saúde • O Agente Comunitáriode Saúde (ACS) resultou da criação do PACS (Programa dos Agentes Comunitários de Saúde) em 1991, como parte do processo de construção do Sistema Único de Saúde; • O Agente Comunitário de Saúde é capacitado para reunir informações de saúde sobre uma comunidade; • Na concepção inicial, deveria ser um dos moradores daquela rua, daquele bairro, daquela região, selecionado por ter um bom relacionamento com seus vizinhos e condição de dedicar oito horas por dia ao trabalho de ACS; • Orientado por supervisor (profissional enfermeiro ou médico) da Unidade de Saúde, realiza visitas domiciliares na área de abrangência da sua unidade, produzindo informações capazes de dimensionar os principais problemas de saúde de sua comunidade. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) • ATIVIDADES DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • Acompanhamento de gestantes e nutrizes; • Incentivo ao aleitamento materno; • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança; • Garantia do cumprimento do calendário da vacinação e de outras vacinas que se fizerem necessárias; • Controle das doenças diarreicas; • Controle da Infecção Respiratória Aguda (IRA); • Orientação quanto a alternativas alimentares; • Utilização da Medicina popular; • Promoção das ações de saneamento e melhoria do meio ambiente. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PACS (programa agentes comunitários de saúde) Supervisão do Agente Comunitário de Saúde • As atividades desenvolvidas pelos ACSs são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro lotado em uma Unidade de Saúde (na proporção máxima de 30 ACSs para cada enfermeiro). Este atua como instrutor-supervisor; • O enfermeiro é responsável por realizar as capacitações dos ACS; • As capacitações são realizadas de acordo com as necessidades identificadas na comunidade. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PSF (programa saúde da família) Sobre o PSF • As primeiras experiências do Programa de Saúde da Família (PSF), nos moldes atuais, também surgiram no Ceará em janeiro de 1994; • O PSF foi incorporado pelo Ministério da Saúde, em março do mesmo ano, como estratégia de reorganização da atenção básica no país. A partir daí, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) passou a ser conhecido como PSF; • O Ministério da Saúde lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PSF (programa saúde da família) Sobre o PSF • Como consequência de um processo de desospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar; • As atribuições do agente comunitário de saúde, no PSF, são as mesmas, contando agora com o apoio direto do enfermeiro e médico de saúde da família, responsáveis pela população de um mesmo território e/ou microrregião; e, em alguns municípios, contam ainda com odontólogos, profissionais de serviços sociais e psicólogos. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PSF (programa saúde da família) Legislação • Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reorganização da Atenção Básica o governo emitiu a portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica; • Em 2011, a portaria Nº 2.488/2011 revogou a portaria Nº 648/2006 ao estabelecer a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica e aprovar a Política Nacional de Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) A saúde da família como eixo estruturante Em 1996, surge um novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde com vistas à sustentabilidade financeira desse nível de atenção. Com este novo modelo de financiamento foi possível converter o PSF em uma estratégia de reestruturação dos serviços de Atenção Básica e este passou a ser chamado de Estratégia de saúde da Família (ESF). Novos critérios de repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde foram definidos permitindo o custeio das ações da ESF. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) • Iniciativa do Ministério da Saúde, apoiada pelo Banco Mundial voltada para a organização e o fortalecimento da Atenção Básica à Saúde no país; • Visa contribuir para a implantação e consolidação da Estratégia de Saúde da Família em municípios com população acima de 100 mil habitantes e a elevação da qualificação do processo de trabalho e desempenho dos serviços, otimizando e assegurando respostas efetivas para a população, em todos os municípios brasileiros; • O volume total de recursos investidos entre os anos de 2002 a 2009, na vigência do PROESF, foi de US$ 550 milhões, sendo 50% financiados pelo BIRD e 50% como contrapartida do governo brasileiro. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família) • A implantação da Estratégia do Saúde da Família, nas grandes cidades, é mais complexa, exigindo mudanças de ordem quantitativa e qualitativa na sua operacionalização. O PROESF, neste sentido, viabilizou recursos para estruturação das equipes/unidades, buscando integrar procedimentos de outros níveis de complexidade do Sistema Único de Saúde; • O PROESF estruturou-se em três componentes técnicos, que representam os investimentos financiados com recursos do Projeto. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) Bases conceituais da ESF • No contexto do Sistema Único de Saúde, a ESF incorpora as bases conceituais presentes na "Vigilância da Saúde", que incluem o planejamento e a programação da oferta de serviços a partir do enfoque epidemiológico, incluindo também a compreensão dos múltiplos fatores de risco à saúde, e a possibilidade de intervenção sobre os mesmos com estratégias como a promoção da saúde; • O principal objetivo da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde a partir de novas bases conceituais, substituindo o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família, melhorando a qualidade de vida dos brasileiros. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Bases conceituais da ESF • Família como objeto da atenção; • Vínculo; • Atuar para além dos muros das Unidades de Saúde; • Trabalhar de forma interdisciplinar e multidisciplinar; • Ter responsabilidade integral pela população da área de abrangência. ESF (estratégia de saúde da família) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) Objetivos da ESF • Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde; • Prestar assistência integral, resolutiva, contínua e com qualidade à população adscrita, na Unidade de Saúde e em seu domicílio; • Humanizar as práticas de saúde, estabelecendo vínculos entre os profissionais de Saúde e a população; • Propiciar o reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e, portanto expressão da qualidade de vida. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) Princípios da Estratégia Saúde da Família• Adscrição de clientela: Definição precisa do território de atuação; • Territorialização: Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado; • Diagnóstico da situação de saúde da população: Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território; • Planejamento baseado na realidade local: Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) Características do processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família • Interdisciplinaridade: Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; • Vinculação: Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade; • Competência cultural: Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ESF (estratégia de saúde da família) Características do processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família • Participação social: Participação da comunidade no planejamento, na execução e na avaliação das ações; • Intersetorialidade: Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde; • Fortalecimento da gestão local: Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Modelos de atenção à saúde no Brasil (TEIXEIRA; PAIM; VILASBOAS, 1998) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Finalidade A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada de vários atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. PNAB e ESF AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ATUALIZAÇÃO POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| Portaria 2488 de 21/10/11 e 2436 de 21/09/2017 (revogadas por consolidação) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Política Nacional de Atenção Básica Art. 1º Parágrafo Único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica (AB) e Atenção Primária à Saúde (APS), nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 1º, Parágrafo Único) POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Linha do tempo: O tempo de revisão da PNAB (2006-2011-2017); - toda política pública deve ser aprimorada na direção daquilo que pretende produzir. 2017 - GT CIT + Plenário CIT; - GT CNS + Plenário CNS; - Debates com trabalhadores do DAB; - Consulta Pública – 28/07 a 10/08; - Aprovação na CIT 31/08/2017. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 2017- Portaria Nº 2.436, de 21 de setembro de 2017 *Disposta no Anexo XXII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017 AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Disposta no Anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017 Política Nacional de Atenção Básica ¾ A PNAB atualizou conceitos da política e introduziu elementos ao papel desejado da AB na ordenação da Rede de Atenção à Saúde. ¾ Afirmação de uma AB acolhedora, resolutiva e que avança na gestão e coordenação do cuidado dos usuários nas RAS. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Disposta no Anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017 Principais mudanças na PNAB 2017 ¾Estratégia Saúde da Família/Equipe de Atenção Básica ¾ Agentes Comunitários de Saúde ¾ Integração da AB e VS ¾Oferta nacional de serviços essenciais e ampliados ¾ Gerente de atenção básica ¾Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família. Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade. “ território é vivo” Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica de Saúde – UBS. Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS. AEstratégiaSaúdeda Famíliaémodelo prioritário para atenção básicano Brasil AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB 2011 PNAB 2017 - EAB não era reconhecida; - EAB não tinha financiamento federal; - Município podia compor da forma que lhe fosse conveniente, incluindo definição de composição e carga horária; - EAB não enviava produção de saúde. - EAB passa a ser reconhecida; - EAB deve atender aos princípios e diretrizes da AB; - EAB tem caráter transitório em direção à ESF; - Definida carga horária mínima semanal (40h) e composição das equipes (máximo 3 profissionais por categoria / CH mínima 10h) Equipe de Saúde da Família (eSF) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Equipe de Saúde da Família (eSF) Funcionamento: Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. i.- População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica; ii) - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), para que possam atingir seu potencial resolutivo; iii) - Fica estipulado para cálculo do teto máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), com ou sem os profissionais de saúde bucal, pelas quais o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a seguinte fórmula: População/2.000. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família ACS E ACE – INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA E VIGILÂNCIA PNAB 2011 PNAB 2017 - ACE não compunha ESF/EAB; - Processo de trabalho e território diferentes; - ACS obrigatório na ESF (1 para cada 750 pessoas; máximo de 12 por equipe) e facultativo na EAB; - EACS sem definição de quantidade mínima de ACS; - Sem atribuições dos ACE; - 8 atribuições dos ACS; - Coordenação do trabalho do ACS apenas pelo enfermeiro; - ACE pode ser membro da ESF/EAB; - Território único e planejamento integrado das ações; - ACS obrigatório na ESF (quantidade a depender da necessidade e perfil epidemiológico local / em áreas de vulnerabilidade, 1 para máximo de 750 pessoas, cobrindo 100% da população / excluídomáximo por equipe) e facultativo na EAB; - EACS com quantidade a depender da necessidade e perfil epidemiológico local; - Incorpora as atribuições do ACE (Lei 11.350) e acrescenta 11 atribuições comuns ACE e ACS; - Amplia as atribuições dos ACS (12); - Coordenação do trabalho do ACS passa a ser responsabilidade de toda a equipe (nível superior); - Inseridas ações de integração da AB e Vigilância. A integração das ações de Vigilância em Saúde com Atenção Básica, pressupõe a reorganização dos processos de trabalho da equipe, a integração das bases territoriais (território único), preferencialmente e rediscutir as ações e atividades dos agentes comunitários de saúde e do agentes de combate às endemias, com definição de papéis e responsabilidades. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da famíliaAtenção Básica (PNAB, 2017): conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e Vigilância em Saúde Vigilância em Saúde (PNVS, 2018): processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças –Vigilância Epidemiológica –Vigilância Sanitária –Vigilância em Saúde Ambiental –Vigilância em Saúde do Trabalhador AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Composição das equipes PNAB 2011 PNAB 2017 - ESF mínima: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem, ACS; - ESF complementar: saúde bucal, NASF; - EAB não havia definição – a critério do gestor local. - ESF mínima: médico, enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem, ACS; - ESF complementar: ACE, saúde bucal, NASF; - EAB deve seguir parâmetros da ESF, Equipe de Saúde da Família (eSF): Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião- dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal. Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da ESF. Equipe da Atenção Básica (eAB): As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias. A composição da carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família NASF-AB – Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica PNAB 2011 PNAB 2017 - NASF = Núcleo de Apoio à Saúde da Família; - NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) podia se vincular apenas às eSF; - 3 modalidades; - 19 CBO podem compor os NASF; - Continha descrição do processo de trabalho do NASF; - Definia os valores de implantação e custeio; - Parâmetros de vinculação: NASF 1(5-9 ESF); NASF 2 (3-4 ESF); NASF 3 (1-2 ESF). - NASF-AB = Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica; - NASF-AB pode se vincular às eSF e EAB; - 3 modalidades; - 19 CBO podem compor os NASF-AB; - Não contém descrição do processo de trabalho do NASF-AB, considerando que este é disciplinado em CABs (39) e normativas específicas; - Valores de implantação e custeio serão normatizados em portarias específicas; - Parâmetros de vinculação mantidos: NASF 1(5-9 ESF/EAB); NASF 2 (3-4 ESF/EAB); NASF 3 (1-2 ESF/EAB). AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família NASF-AB – Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica Ressalta-se que os Nasf-AB não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes que atuam na Atenção Básica). Compete especificamente à Equipe NASF-AB: a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas; b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, ... c. Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, .. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Gerente de Atenção Básica PNAB 2011 PNAB 2017 - Não reconhecia este trabalhador. - Reconhece a figura do gerente de UBS, recomendando sua inserção na equipe, a depender da necessidade local; - Gerente de AB deve ter nível superior, preferencialmente da área da saúde. Caso seja enfermeiro, a UBS deverá ter outro enfermeiro para as ações de cunho clínico. - A inclusão deste profissional deve ser avaliada pelo gestor, segundo a necessidade do território e cobertura de AB. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da famíliaOferta Nacional de Serviços e Ações Essenciais e Ampliados da AB PNAB 2011 PNAB 2017 - Não possuía. - A oferta de ações e serviços da Atenção Básica deverá estar disponível aos usuários de forma clara, concisa e de fácil visualização, conforme padronização pactuada nas instâncias gestoras.; Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam atingir seu potencial resolutivo, de forma a garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso, é necessário adotar estratégias que permitam a definição de um amplo escopo dos serviços a serem ofertados na UBS, de forma que seja compatível com as necessidades e demandas de saúde da população adscrita, seja por meio da Estratégia Saúde da Família ou outros arranjos de equipes de Atenção Básica (eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado e apoiando as práticas de saúde nos territórios AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Territorialização / Vínculo PNAB 2011 PNAB 2017 - Usuário só podia se vincular a uma UBS. - Usuário pode se vincular a mais de uma UBS. 9Possibilitar, de acordo com a necessidade e conformação do território, através de pactuação e negociação entre gestão e equipes, que o usuário possa ser atendido fora de sua área de cobertura, mantendo o diálogo e a informação com a equipe de referência; 9Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o registro de elogios, críticas ou reclamações, por meio de livros, caixas de sugestões ou canais eletrônicos. 9As UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta dos usuários, mesmo que não sejam da área de abrangência da unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável de acordo com as necessidades apresentadas, articulando-se com outros serviços de forma resolutiva, em conformidade com as linhas de cuidado estabelecidas. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Segurança do paciente PNAB 2011 PNAB 2017 - Não possuía. - Incorpora o debate em torno da segurança do paciente no âmbito da AB, como atribuições de todos os membros da equipe. - Implantar estratégias de Segurança do Paciente na AB, estimulando prática assistencial segura, envolvendoos pacientes na segurança, criando mecanismos para evitar erros, garantir o cuidado centrado na pessoa, realizando planos locais de segurança do paciente, fornecendo melhoria contínua relacionando a identificação, a prevenção, a detecção e a redução de riscos. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Regulação PNAB 2011 PNAB 2017 - Tratado de forma superficial (aparece 3 vezes). - Acrescenta, nas atribuições dos membros da equipe, a função de participar e contribuir com os processos de regulação do acesso a partir da AB; - Sinaliza o Telessaúde e a utilização de protocolos como ferramentas de apoio e aperfeiçoamento do processo de regulação. A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência aos serviços especializados ambulatoriais, sejam realizados preferencialmente pela Atenção Básica, sendo de sua responsabilidade: a. Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS; b. Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; e c. Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do território. Para que a Atenção Básica possa ordenar a RAS, é preciso reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades das pessoas, com isso fortalecendo o planejamento ascendente. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Pontos de apoio PNAB 2011 PNAB 2017 - Não há referência. - Reconhece os pontos de apoio como estrutura física que compõe a AB/SUS para atendimento às populações dispersas (rurais, ribeirinhas, assentamentos, áreas pantaneiras, etc.); - Destaca que os pontos de apoio devem respeitar as normas gerais de segurança sanitária, bem como ser um local de acolhimento humanizado para a população. Carga horária PNAB 2011 PNAB 2017 - ESF 40h + 5 tipos de ESF (equipes com composição de carga horária e transitória); - ESF 40h para todos os membros + EAB 40h por categoria profissional (máx. 3 profissionais por categoria, mínimo de 10h/semana). AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Apoio institucional PNAB 2011 PNAB 2017 - Considerado apenas como ferramenta de gestão do trabalho; - Sinalizado nas competências dos entes. - Reconhece o Apoio Institucional também como ferramenta de educação permanente; - Mantém-se nas competências dos entes. - Entende-se que o apoio institucional deve ser pensado como uma função gerencial que busca a reformulação do modo tradicional de se fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. Ele deve assumir como objetivo a mudança nas organizações, tomando como matéria- prima os problemas e tensões do cotidiano. - Nesse sentido, pressupõe-se o esforço de transformar os modelos de gestão verticalizados em relações horizontais que ampliem a democratização, autonomia e compromisso dos trabalhadores e gestores, baseados em relações contínuas e solidárias. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Educação permanente e Formação em Saúde PNAB 2011 PNAB 2017 - EP distribuída ao longo do texto, não versava sobre formação em saúde (ensino na saúde); - Não abordava espaço físico para tais ações; - EP distribuída ao longo do texto, versa sobre formação em saúde que deve ser incorporada no processo de trabalho das equipes; - Sinaliza a importância de estrutura física e ambiência que comporte os processos de EP e formação em saúde; - Incorpora a temática do ensino na saúde – integração ensino-serviço, destacando o papel da AB como lócus de formação na graduação e residência, de pesquisa e extensão. AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família Credenciamento PNAB 2011 PNAB 2017 - Não constava sobre credenciamento das equipes. - Após a publicação de Portaria de credenciamento das novas equipes no Diário Oficial da União, a gestão municipal deverá cadastrar a(s) equipe(s) no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde , num prazo máximo de 4 (quatro) meses, a partir da data de publicação da referida Portaria, sob pena de descredenciamento da(s) equipe(s) caso esse prazo não seja cumprido. Sistema de Informação da AB PNAB 2011 PNAB 2017 - Sem alteração AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| Política Nacional de Atenção Básica - PNAB •TIPOS DE EQUIPES: Equipe de Saúde da Família (eSF): Equipe da Atenção Básica (eAB): Equipe de Saúde Bucal (eSB): Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS. •ESPECIFICIDADES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira; Equipe de Consultório na Rua (eCR); Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP). ( ANEXO I do ANEXO XXII – PNAB – Operacionalização) AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| I - Definição do território e Territorialização - A gestão deve definir o território de responsabilidade de cada equipe, e esta deve conhecer o território de atuação para programar suas ações de acordo com o perfil e as necessidades da comunidade; II - Responsabilização Sanitária - Papel que as equipes devem assumir em seu território de referência (adstrição); III - Porta de Entrada Preferencial - A responsabilização é fundamental para a efetivação da Atenção Básica como contato e porta de entrada preferencial da rede de atenção; IV - Adscrição de usuários e desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre a equipe e a população do seu território de atuação; AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| V- Acesso - A unidade de saúde deve acolher todas as pessoas do seu território de referência, de modo universal, sem diferenciações excludentes; VI - O acolhimento deve estar presente em todas as relações de cuidado, nos encontros entre trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de receber e escutar as pessoas; VII - Trabalho em Equipe Multiprofissional - Considerando a diversidade e complexidade das situações com as quais a Atenção Básica lida, um atendimento integral requer a presença de diferentes formações profissionais trabalhando com ações compartilhadas, assim como, com processo interdisciplinar centrado no usuário; VIII- Resolutividade - Capacidade de identificar e intervir nos riscos, necessidades e demandas de saúde da população, atingindo a solução de problemas de saúde dos usuários. O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| VIII - Promover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita, com base nas necessidades sociais e de saúde, através do estabelecimento de ações de continuidade informacional, interpessoal e longitudinal com a população; IX - Realização de ações de atenção domiciliar, destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS; X - Programação e implementação das atividades de atenção à saúde, de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência; O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: AULA 1: INTRODUÇÃOÀ LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| XI - Implementação da Promoção da Saúde, como um princípio para o cuidado em saúde, entendendo que, além da sua importância para o olhar sobre o território e o perfil das pessoas, considerando a determinação social dos processos saúde-doença para o planejamento das intervenções da equipe, contribui também para a qualificação e diversificação das ofertas de cuidado; XII - Desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e agravos em todos os níveis de acepção deste termo (primária, secundária, terciária e quaternária), que priorizem determinados perfis epidemiológicos e os fatores de risco clínicos, comportamentais, alimentares e/ou ambientais, bem como aqueles determinados pela produção e circulação de bens, prestação de serviços de interesse da saúde, ambientes e processos de trabalho; O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| XI - Implementação da Promoção da Saúde, como um princípio para o cuidado em saúde, entendendo que, além da sua importância para o olhar sobre o território e o perfil das pessoas, considerando a determinação social dos processos saúde-doença para o planejamento das intervenções da equipe, contribui também para a qualificação e diversificação das ofertas de cuidado; XII - Desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e agravos em todos os níveis de acepção deste termo (primária, secundária, terciária e quaternária), que priorizem determinados perfis epidemiológicos e os fatores de risco clínicos, comportamentais, alimentares e/ou ambientais, bem como aqueles determinados pela produção e circulação de bens, prestação de serviços de interesse da saúde, ambientes e processos de trabalho; O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família PNAB - disposta no anexo XXII, da Portaria de consolidação nº 2 de 28/09/2017.| XVII - Implantar estratégias de Segurança do Paciente na AB, estimulando prática assistencial segura, envolvendo os pacientes na segurança, criando mecanismos para evitar erros, garantir o cuidado centrado na pessoa, realizando planos locais de segurança do paciente, fornecendo melhoria contínua relacionando a identificação, a prevenção, a detecção e a redução de riscos; XVIII - Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social, participando dos conselhos locais de saúde de sua área de abrangência; XIX - Formação e Educação Permanente em Saúde, como parte do processo de trabalho das equipes que atuam na Atenção Básica. Considera-se Educação Permanente em Saúde (EPS) a aprendizagem que se desenvolve no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e do trabalho, baseando-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas dos trabalhadores da saúde; O processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: AULA 1: INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Enfermagem em saúde da família FIGUEIREDO NETO, M. V.; SILVA, P. F.; ROSA, L. C. S.; CUNHA, C. L. F.; SANTOS, R. V. S. G. O processo histórico de construção do Sistema Único de Saúde brasileiro e as novas perspectivas. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 76, maio 2010. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7781>. Acesso em: 02 fev 2017. LIMA, N. T. (Org.). Saúde e Democracia: história e perspectivas do SUS. Organizado por Nísia Trindade Lima, Sílvia Gerschman e Flávio Coelho Edler. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005. Leituras complementares
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