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Manual-descomplicado-para-interpretacao-de-exames-laboratoriais-na-medicina-veterinaria _ Passei Direto

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Impresso por Sabrina Brito, CPF 087.098.513-21 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/12/2021 14:18:42
Por Érika Zanoni Fagundes Cunha 
Impresso por Sabrina Brito, CPF 087.098.513-21 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/12/2021 14:18:42
Quem diz que a vida importa menos para os animais do que 
para nós nunca segurou nas mãos um animal que luta pela 
vida. O ser inteiro o animal se lança nessa luta, sem nenhuma 
reserva [...] todo o seu ser está na carne viva.
(Coetzee)
02 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 
Impresso por Sabrina Brito, CPF 087.098.513-21 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/12/2021 14:18:42
03Manual descomplicado para interpretação
de exames laboratoriais na medicina veterinária
A Autora 04
1 - Apresentação ...........................................................................................................................................................................05
2 - Manual da coleta ....................................................................................................................................................................06
 Procedimentos Gerais ......................................................................................................................................................07
 Identificação do material ........................................................................................................................................07
 Dicas para uma boa coleta de sangue ...............................................................................................................07
 Exames realizados em sangue sem anticoagulante (tampa vermelha) .................................................07
 Exames realizados em sangue com anticoagulante .....................................................................................07
 Hemograma .........................................................................................................................................................................08
 Eritrograma ..................................................................................................................................................................08
 Anemias .........................................................................................................................................................................08
 Policitemias ..........................................................................................................................................................................10
 Alterações morfológicas de hemácias e inclusões .........................................................................................10
 Leucograma ........................................................................................................................................................................14
 Avaliação do leucograma combinados! .............................................................................................................16
 Exame parasitológico de sangue..................................................................................................................................17
 Hemostasia ..........................................................................................................................................................................18
 Pesquisa de ácaros.............................................................................................................................................................19
 Micológico direto e tricograma.....................................................................................................................................20
 Exame de fezes....................................................................................................................................................................21
 Citologia para diagnóstico de tumor venéreo transmissível ............................................................................22
 Urinálise .................................................................................................................................................................................23
 Derrames cavitários...........................................................................................................................................................25
 Bioquímica sanguínea ......................................................................................................................................................27
 Hemostasia ...........................................................................................................................................................................28
 Mensuração fisiológica do estresse......................................................................................................................28
 Hiperadrenocorticismo.............................................................................................................................................28
 Hipoadrenocorticismo ..............................................................................................................................................29
 Hipotiroidismo ............................................................................................................................................................29
 Hipertireoidismo .........................................................................................................................................................29
 Biomarcadores de função cardíaca..............................................................................................................................30
3 - Perfis ...........................................................................................................................................................................................31
4 - Referências.................................................................................................................................................................................32
Sumário
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/12/2021 14:18:42
04 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 
Possui graduação Medicina Veterinária pela 
Universidade Federal do Paraná (2003), 
especialização em Neurociência Clínica pela 
Unyleya (2019), mestrado em Ciências 
Veterinárias pela Universidade Federal do 
Paraná (2005) e doutorado em Zoologia pela 
Universidade Federal do Paraná (2019). Tem 
experiência na área de comportamento, 
atuando principalmente nos seguintes temas: 
patologia clínica, neurogestão, neurociência, 
estresse, transtornos mentais, intervenções 
assistidas por animais e meio ambiente. No 
ensino superior atua desde 2006, como 
docente. Escreveu um dos capítulos do livro 
"As vinte melhores estratégias do ensino do 
bem-estar animal” publicado pela World 
Animal Protection" em 2015. Publicou o 
capítulo “Ensaios de uma cosmovisão 
teleológica para uma elaboração de uma 
legislação específica da TAA” que foi a base do 
novo projeto de Lei do Congresso Nacional a 
respeito da Intervenção Assistida por Animais. 
É membro da Animal Behavior Society, da 
Sociedade Brasileira de Neurociência e 
Comportamento e Sociedade Brasileira de 
Etologia. Atualmente atua como diretora das 
relações institucionais do Centro Superiorde 
Ensino dos Campos Gerais (CESCAGE). Na 
graduação trabalhou por 10 anos como 
docente da disciplina de Patologia clínica. No 
setor de extensão, coordena o grupo Mascotes 
da Alegria que realiza intervenções assistidas 
por animais há 9 anos. Na pós-graduação é 
coordenadora da residência de saúde coletiva. 
Atua também na gestão do Colégio Vila Militar 
CESCAGE e como docente no ensino 
Fundamental II da disciplina de Cuidar de 
animais.
A AUTORA
Contatos: (clique para acessar)
/erika.e.zanoni
erika_zanoni
erikazanbr@yahoo.com.br
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pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/12/2021 14:18:42
 Esse manual oferece aos médicos veteriná-
rios informações úteis a respeito da coleta de 
material a ser enviado ao laboratório veteriná-
rio. Contêm também, os passos a serem segui-
dos, noções de armazenamento e a importân-
cia de cada exame. A confiabilidade do testes 
laboratoriais realizados e a interpretação dos 
resultados dependem, primariamente, da qua-
lidade da amostra recebida. Para cada exame 
há uma forma correta de coleta, conservação e 
envio.
1 - APRESENTAÇÃO 
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06 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 
referência: a autora
Existem diversos fatores que podem influenciar o 
processamento e o resultados dos exames. É impor-
tante que os médicos veterinários e auxiliares 
prestem bastante atenção nas particularidades de 
cada espécie, nos horários, no tempo de jejum, 
estado emocional do animal e com isso realizem a 
coleta mais adequada possível evitando o risco da 
amostra ser rejeitada. 
A seguir tem-se os fatores que mais interferem na 
qualidade final do resultado: 
- Coleta inadequada 
2 - MANUAL DA COLETA - Tempo prolongado entre a coleta e a realização do exame
- Stress do animal 
- Volume inadequado 
- Conservantes (físicos e químicos) inadequados 
- Medicação que o animal recebeu
- Contaminação da amostra 
- Alimentação do animal antes da colheita, provo-
cando lipemia
 - Garroteamento prolongado, provocando hemóli-
se 
 - Temperatura inadequada de armazenamento da 
amostra
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07Manual descomplicado para interpretação
de exames laboratoriais na medicina veterinária
Exames realizados em sangue sem anticoagu-
lante (tampa vermelha):
O soro é a porção do sangue após a separação do 
coágulo. É indicado para exames bioquímicos, soroló-
gicos e hormonais. Depois de colhido, o material deve 
ser mantido em geladeira até sua manipulação (2º - 
8ºC).
Exames realizados em sangue com anticoagu-
lante:
Amostras com anticoagulantes são indicadas para 
hemograma completo (contagem global de hemá-
cias, leucócitos, plaquetas, determinação do hemató-
crito, VCM, HCM, CHCM e dosagem de hemoglobina), 
dosagem de pH e de metabólitos sanguíneos (glicose, 
ácido láctico, amônia), presença quantitativa de 
algum metal (chumbo, zinco, manganês, molibdênio 
e cádmio), dosagem de hemoglobina glicada para 
controle do diabetes, etc.
Identicação do material: 
A identificação do material a ser enviado ao labora-
tório é um passo muito importante para o bom anda-
mento da rotina laboratorial. Os frascos devem estar 
rotulados com a correta identificação do paciente. 
Preencher sempre a requisição de exames fornecida 
pelo laboratório e nesta, deve constar o máximo de 
informações possíveis para facilitar à correta interpre-
tação do resultado do exame.
Os dados essências são: 
- História clínica
- Espécie
- Raça
- Nome ou número
- Sexo
- Idade
- Duração da doença
- Suspeita clínica
- Tratamento utilizado
- Exames solicitados
Dicas para uma boa coleta de sangue:
Uma boa coleta pode influenciar todo o destino do 
paciente. 
- Verificar sempre, antes da coleta, a necessidade 
ou não de anticoagulante e o anticoagulante a ser 
utilizado. Se caso tiver dúvidas, consulte o laborató-
rio. 
- Sempre que necessário depilar a região. 
- Realizar assepsia local.
- Fazer garrote ou pressionar com o dedo sobre o 
vaso sanguíneo que vai ser puncionado. Este garrote 
não deve demorar.
- Conservar em refrigeração até o horário do envio 
(NUNCA CONGELAR).
PROCEDIMENTOS GERAIS
Coleta em animais não convencionais:
referência: a autora
referência: a autora
referência: a autora
referência: a autora
referência: a autora
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08 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 
Hemograma
Coletar aproximadamente 3 ml de sangue e adicio-
nar no tubo com EDTA, homogeneizar e manter sob 
refrigeração.
Como fazer um esfregaço e sanguíneo?
O esfregaço sanguíneo é amplamente utilizado 
para pesquisa de hemoparasitos, tais como: Anaplas-
mose, Babesiose, Filariose, Erliquiose ente outros. 
Também é importante para verificar as características 
morfológicas dos eritrócitos, contagem diferencial de 
leucócitos e de contagem de plaquetas por campo.
Para a realização deste exame é necessário colher 
sangue e seguir os seguintes passos: 
- Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar 
e o indicador;
- Colocar uma pequena gota de sangue na extre-
midade da lâmina; 
- Com uma segunda lâmina (extensora) colocar o 
seu rebordo livre contra a superfície da primeira, em 
frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45º; 
- Realizar um movimento para trás de modo que 
entre em contato com a gota de sangue, pressionan-
do-a até que a gota se espalhe por toda a borda da 
lâmina; 
- Secar rapidamente ao ar, e enviar em porta-lâmi-
nas fornecidas pelo laboratório.
***Observações: 
- É conveniente fazer, pelo menos, três esfregaços; 
- O esfregaço deve ser feito com sangue recém 
colhido sem anticoagulante;
- A lâmina tem que estar limpa e desengordurada;
- A gota de sangue não deve ser muito grande. 
Quanto maior for a gota, mais espesso será o esfrega-
ço, dificultando a análise;
- A distensão deve ser feita rapidamente, antes 
que comece a coagulação; 
- O esfregaço não deve cobrir toda a lâmina, 
devendo apresentar cauda ou franja.
O eritrograma é um conjunto de análises para a 
averiguação da série vermelha do animal. Compreen-
de o número total de hemácias/μl, concentração de 
hemoglobina (g/dl), volume globular (%), VCM (fl), 
CHCM (%), proteínas plasmáticas (g/dl), reticulóci-
tos(%), metarrubrícitos/100 leucócitos. Observações 
no esfregaço sanguíneo.
Fatores que afetam o hematócrito, hemoglobi-
na e contagem de eritrócitos:
- A anemia produz valores baixos que podem ser 
desproporcionais se o tamanho celular e/ou o conte-
údo de hemoglobina também estiverem alterados;
- A policitemia absoluta produz valores altos;
- A contração esplênica produz valores altos e é 
especialmente comum em animais excitados;
- Alterações na hidratação (volume plasmático) 
afetam os três parâmetros, portanto o exame deve ser 
Eritrograma
referência: a autora
interpretado conhecendo-se o estado de hidrata-
ção do animal, através do exame físico e análise de 
proteínas plasmáticas totais;
- Desidratação produz valores altos;
- Hidratação excessiva causa redução no volume, o 
que pode estimular anemia.
Hematócrito ou Volume Globular (%)
O hematócrito (ou volume globular) é a percenta-
gem de eritrócitos no sangue. O plasma normal é 
límpido e incolor (caninos e felinos) ou ligeiramente 
amarelado nos equinos e bovinos, devido ao carote-
no e à xantofila presentesna alimentação dos herbí-
voros.
Às vezes só de olhar a cor do plasma podemos 
orientar um diagnóstico. IMPORTANTE!!! 
Ex:
- Ictérico: problema hepático, anemia hemolítica, 
Leptospirose, erlichiose, etc. 
- Branco: pode ser fisiológico (lipemia após 
refeição) ou patológico (diabetes, hipotireoidismo, 
outros).
- Vermelho: pode ser erro de técnica (hemólise), 
patológico (anemia hemolítica), lúpus, babesia, 
intoxicação, etc.
Anemias
Pode ser definida como a diminuição do valor da 
contagem de hemácias, hematócrito e hemoglobina 
(dos três!!! Importante!!!).
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09Manual descomplicado para interpretação
de exames laboratoriais na medicina veterinária
Classicação das anemias:
- Relativa: Desenvolve pelo aumento do volume 
plasmático.
Ex: Fluidoterapia.
- Patológicas: Defeitos nas hemáciasAbsoluta:
Classicação Etiológica
- : Hemorragia Perda de sangue
Sinais no laboratório: sinais de regeneração, redu-
ção da PP após anemia normocítica normocrômica a 
resposta de reticulócitos ocorre em 3 dias;
- Destruição acelerada dos eritrócitos: Clostri-
dium Leptospira AEAI, , , Lúpus anemia infecciosa 
equina;
- Sinais no laboratório: resposta regenerativa, 
proteína normal, leucocitose neutrofílica com desvio 
e hiperbilirrubinemia. 
Classicação Morfológica
Essa classificação é muito importante para a deter-
minação da terapêutica do animal. Vejam como fica 
fácil tratar um animal quando se conhece a classifica-
ção e a causa. 
Quanto ao tamanho:
- Macrocítica 
- Microcítica
- Normocítica
Quanto á cromaticidade 
- hipocrômica 
- normocrômica
- Anemias pseudomacrociticas: são as que podem 
ser observadas em processos hemorrágicos ou hemo-
líticos. Esses processos estimulam a liberação de 
eritrócitos jovens que são maiores que os maduros;
- Anemias macrocíticas verdadeiras: esse tipo de 
anemia se deve a deficiências de vitamina B12 e 
vitamina B9 que são importantes para síntese de DNA 
(ausência prejudica a mitose);
- Anemias normocíticas: estão geralmente 
associadas à falha da medula na produção; 
- Anemias microcíticas: estão relacionadas com 
prejuízo na síntese de hemoglobina, pois são conse-
quência da interrupção do processo de maturação. As 
principais causas são: deficiência de ferro, deficiência 
de vitamina B6, deficiência de cobre, hemorragias 
crônicas, intoxicação por cebola, hemorragias crôni-
cas, intoxicações por chumbo, inflamações crônicas 
(ocorre porque os neutrófilos utilizam ferro na produ-
ção de lactoferrinas), infecções bacterianas (seques-
tro produz efeito bacteriostático). 
Quanto a resposta medular: 
- Regenerativa: quando se observa células jovens 
ou características de regeneração no esfregaço. 
Normalmente aparece em observações no laudo de 
hemograma. Exemplo: Presença de metarrubrícitos, 
anisocitose, corpúsculo de howell Jolly, etc. 
Entre as causas mais comuns de anemia regenerati-
va: 
- helmintos hematófagos
- ectoparasitas
- coccidioses
- sangramentos diversos
- Arregenerativa: seria a hipoplasia da medula 
óssea. 
Principais causas:
- doenças metabólicas
- endocrinopatias
- deficiências
- neoplasias
- agentes químicos
- inflamações crônicas
Particularidades:
Anemia com Corpúsculo de Heinz
Denição: Anemia hemolítica que resulta em 
acúmulo de hemoglobina oxidada e desnaturada, 
causando sequestro esplênico e lise de eritrócitos;
Prognóstico: bom;
Causas: Intoxicação por cebola, acetaminofen, 
propilenoglicol.
Anemia Imunomediada
Denição: acelerada destruição ou remoção de 
eritrócitos devido a anticorpos anti-eritrócitos;
Prognóstico: reservado;
Causas: Anemia hemolítica autoimune, LES, 
idiopático, Haemobartonela, babesia, leptospirose, 
erlichiose, vírus da leucemia felina, dirofilariose e 
drogas.
Anemias Arregenerativa
Denição: diminuição dos eritrócitos sem evidên-
cia de regeneração; 
Prognóstico: reservado;
Causas: Insuficiência renal, Inflamação crônica, 
Distúrbios de metabolismo, Toxicidade e Infecções.
Anemia por Deciência de Ferro e Vitaminas
Denição: deficiência de ferro e vitaminas do 
complexo B;
Prognóstico: bom;
Causas: hemorragias ou perda crônica, Linfomas, 
Erro nutricional, Endo e ectoparasitas. 
Anemia Aplástica 
Denição: Quando a medula produz quantidade 
insuficiente de hemácias, plaquetas;
Prognóstico: reservado;
Causas: Erlichia e Doenças Autoimunes.
Anemia hemolítica: 
Denição: Quando o organismo não reconhece os 
eritrócitos como sendo próprios; 
Prognóstico: reservado;
Causas: Hemoparasitas, dirofilariose (hemólise 
mecânica), leptospirose, CID, hipofosfatemia, AHAI 
(anemia hemolítica auto imune), transfusões sanguí-
neas incompatíveis, anemia hemolítica tóxica (cobre, 
cebola, repolho e couve) e anemia hemolítica congê-
nita. 
Impresso por Sabrina Brito, CPF 087.098.513-21 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
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10 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 
Estomatócito: Significa anemia hemolítica. 
referência: a autora
Fonte: http://biomedquest.blogspot.com/2012/03/estomatocitos.html
Esquisócitos: hemácias deformadas que podem 
indicar vasculite, CID, doenças renais esplênicas e 
anemia ferropriva. 
Fonte: http://bmd-biomedicina3l.blogspot.com/2010/09/pecilocitose-eritrocitica.html
Dacriócitos: problema na medula. 
Fonte: http://www.laborpad.xpg.com.br/hemato.htm
Fonte: https://quizlet.com/br/455723198/anemia-hematoscopia-com-poiquilocitos-ash-cards/
Esferócitos: Normalmente indicam intoxicação 
por chumbo. 
É o aumento do número de hemácias no hemogra-
ma. Pode ser de dois tipos: verdadeira e falsa.
Policitemia falsa: é causada por hemoconcentra-
ção em consequência da desidratação. Outras causas 
são esplenocontração e estresse. 
Policitemia verdadeira: quando ocorre um aumen-
to real do número de hemácias. Pode ocorrer por 
neoplasias e oxigenação insuficiente. 
Policitemias
A avaliação dessas alterações morfológicas são de 
grande valia na arte do diagnóstico veterinário. Uma 
alteração poderá orientar um fechamento de caso ou 
até mesmo situações patognomônicas, como no caso 
do Corpúsculo de Lentz que indica cinomose. Essas 
alterações aparecem nas observações do hemogra-
ma. 
Crenação: Indica que o paciente está desidratado 
ou que a coleta foi mal feita (espirraram sangue sem o 
devido cuidado e paciência no tubo).
Alterações Morfológicas de
Hemácias e Inclusões

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