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FACULDADE EDUCA MAIS FRANCISCO APARECIDO PARRA SANTOS Procedimento de bloqueio para câmara fria Iacanga - SP 2022 FACULDADE EDUCA MAIS Procedimento de bloqueio para câmara fria Projeto de pesquisa apresentado na disciplina de Trabalho de conclusão de curso para o curso de Engenharia de Segurança do Trabalho na Faculdade Educa Mais. Iacanga - SP 2022 RESUMO O estudo foi realizado reunindo materiais bibliográficos e metodologia técnica, visando a elaboração de um programa de bloqueio de energia para manutenção em uma câmara fria, sendo um procedimento adequado e necessário para a segurança do trabalhador, seguindo as exigências da norma regulamentadora NR-12, que estabelece regras para que o trabalho se mantenha seguro em maquinas e equipamentos desde o projeto até o descarte. O programa de controle de energias perigosas contemplará tipos de bloqueios físicos para a válvulas (manoplas), disjuntores, e painéis elétricos, bem como apresentar o passo a passo para a implantação do programa. Ter um procedimento de bloqueio de energia eficiente é o mínimo que todas as empresas deveriam garantir aos seus funcionários que se expõe a qualquer atividade de manutenção como forma de segurança. PALAVRAS-CHAVE: BLOQUEIO DE ENERGIA, NR 12, SEGURANÇA ABSTRACT The study was conducted gathering bibliographic materials and technical methodology, aiming at the elaboration of an energy blocking program for maintenance in a cold room, being an adequate and necessary procedure for the worker's safety, following the requirements of the regulatory standard NR-12, which establishes rules so that the work is kept safe in machinery and equipment from the project to the disposal. The hazardous energy control program will contemplate types of physical interlocks for valves (handles), circuit breakers, and electrical panels, as well as present the step-by-step implementation of the program. Having an efficient energy lockout procedure is the minimum that all companies should guarantee to their employees who are exposed to any maintenance activity as a form of safety. KEYWORDS: ENERGY BLOCK, NR 12, SAFETY LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01- Cadeados de Bloqueio ................................................................................ 11 Figura 02- Código de cores por cadeado ..................................................................... 12 Figura 03- Garra de múltiplo bloqueios ....................................................................... 13 Figura 04- Caixa de múltiplo travamento ................................................................... 13 Figura 05- Bloqueio universal para válvulas .............................................................. 14 Figura 06- Bloqueio universal para válvulas esfera .................................................... 14 Figura 07- Bloqueio para disjuntores .......................................................................... 15 Figura 08- Cartão de Identificação .............................................................................. 15 Figura 09- Lock-out e Tag-out .................................................................................... 17 Figura 10- Passo a passo bloqueio de energia .............................................................. 17 Figura 11- Vemos o passo a passo bloqueio de energia ............................................. 18 Figura 12- Identificação dos pontos de bloqueio......................................................... 18 Figura 13- Identificação dos pontos de bloqueio. ........................................................ 19 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 2 . OBJETIVOS............................................................................................................. 7 2.1.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 7 2.1.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 7 3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................ 8 3.1 PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDUSTRIA............................................ 8 3.2 ENERGIAS PERIGOSAS x INTERVENÇÕES .................................................. 8 3.3 PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - PCECP .......... 9 3.4 DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO ...................................................................... 11 3.4.1 Cadeados ...................................................................................................... 11 3.4.2 Cadeado transitório ...................................................................................... 12 3.4.3 Múltiplo bloqueio ........................................................................................ 12 3.4.4 Bloqueio para Válvulas Manoplas ............................................................... 13 3.4.5. Bloqueio para Disjuntores .......................................................................... 14 3.4.6 Cartão de Identificação ................................................................................ 15 4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 16 5. DISCUSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 17 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 20 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 21 6 1. INTRODUÇÃO Com o grande desenvolvimento das industrias, surgiu a necessidade de máquinas mais modernas que atendam com capacidade de agregar a maior parte do processo produtivo. Estas máquinas apesar de melhorar e acelerar em grade parte o processo produtivo, podem apresentar um grande risco aos operadores ou pessoal que tem acesso ao local onde a mesmas se encontram. Pensando em diminuir, ou até eliminar a taxa de acidentes e doenças causadas pelo trabalho, a Norma Regulamentadora NR-12 foi criada para segurança no trabalho que envolve máquinas e equipamentos. Seu objetivo é garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, estabelecendo exigências mínimas tanto nas fases de projeto quanto na utilização das máquinas e equipamentos. A norma determina certos itens a serem modificados nas máquinas para que haja a eliminação de riscos de acidentes. Estas modificações estão descritas na norma e abrangem todos os aspectos dos equipamentos, desde a parte elétrica até sua instalação e manutenção (BREGALDA, 2017). Atualmente, segurança no trabalho é um tema trabalhado e disseminado em todo o mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em estágios diferentes em cada local. Independentemente do porte da organização, este assunto é destaque na rotina de qualquer empresa visto que a responsabilidade social e a preocupação com o bem estar dos funcionários e de seus familiares são assuntos muito discutidos atualmente (SCHNEIDER, 2011). Frequentes ocorrem casos em que durante a execução dos trabalhos, as pessoas são obrigadas a acessar áreas de risco das máquinas, seja no instante de alimentar e retirar as peças, para proceder à limpeza, ou na manutenção. Nestes momentos é que a segurança do operador deverá estar garantida. Cada vez mais se constataa necessidade de criar ações e instalar dispositivos que atuem de forma preventiva na ocorrência de acidentes, mecanismos 11 estes que atuem de forma inteligente junto ao processo, a fim de propiciar redução nas condições inseguras do trabalho e na redução dos riscos de acidentes (SCHNEIDER, 2011). Este estudo tem como objetivo demonstrar os conceitos referentes à NR- 12 e a implantação de bloqueio de energia em equipamentos. A metodologia utilizada para o desenvolvimento foi inicialmente uma pesquisa bibliográfica. Após toda pesquisa feita e levantamento do material bibliográfico, desenvolveu-se a parte de observação e elaboração do procedimento de bloqueio. 7 2 . OBJETIVOS 2.1.1 Objetivo Geral A falta de investimento no setor industrial no que se refere a segurança do trabalho reflete nos elevados números de mortes e afastamentos O sistema brasileiro previdenciário destaca-se pelos valores gastos com a Previdência Social nos regimes de auxílio doença, pensão por morte e auxílio acidente impactando de forma direta na taxa de absenteísmo e turnover nas indústrias brasileiras. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (2017), em 2013, do total das mortes no trabalho registradas pelo INSS, 80% foram decorrentes de impactos de objetos, quedas, exposição a energia elétrica e aprisionamentos. A dimensão dos acidentes e de mortes no mercado de trabalho brasileiro está diretamente associada ao tipo de gestão do trabalho predominantemente adotado pelos empregadores. Com a prática de bloqueio em máquinas e equipamentos pelas indústrias brasileiras, os números apresentados neste trabalho podem sofrer reduções. 2.1.2 Objetivos Específicos Este trabalho possui os seguintes objetivos específicos: Avaliar do cenário atual da indústria no que se refere a equipamentos de bloqueio; Analisar o cenário atual de controle de energias; Elaboração de um sistema de bloqueio de energia para manutenção em uma câmara fria. Propor procedimento de implantação do programa; 8 3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 3.1 PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDUSTRIA A taxa de acidentes no trabalho é grande, de acordo com os acidentes registrados. Muitos trabalhadores sofrem acidentes fatais, ficam debilitados ou incapacitados todos os anos no Brasil, as causas são diversas, e variam desde precariedade de equipamento de segurança adequados para o ambiente, até aos comportamentos inadequados dos trabalhadores, que induzem ao erro, provocando acidentes. A inclusão do comportamento dos trabalhadores no conjunto dos fatores causais de acidentes do trabalho, quando cabível, de forma alguma significa debitar aos trabalhadores acidentados a culpa pelos acidentes e, consequentemente, pelos danos deles decorrentes, incluindo invalidez e morte (OLIVEIRA, 2003). A prevenção é considerada o conjunto de medidas com o objetivo evitar e minimizar a ocorrência de um fato indesejado. Já as ações e condutas corretivas são direcionadas para reparar os danos de uma prevenção falha (TOSMANN, 2017). Tosmann (2017) define que cinco ações de prevenção podem reduzir os riscos de acidentes, são elas: Desenvolver uma rotina de manutenções das máquinas e equipamentos; Manter um ambiente de trabalho seguro; Oferecer EPIs sempre que necessário para garantir a segurança da atividade; Isolar os riscos do chão de fábrica e sinalizá-los bem; Investir em treinamento e capacitação das equipes. 3.2 ENERGIAS PERIGOSAS x INTERVENÇÕES A Norma Regulamentadora NR 12, define que a utilização de máquinas e equipamentos é definida como o transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. Neste conceito, a Norma Regulamentadora NR 12, Arendt (2013) define como energias perigosas o potencial de provocar acidentes como lesões, doenças, danos as instalações em decorrência do contato, aproximação ou liberação acidental, sendo: Navarro (2011) considera como perigosa toda aquela que conduz a um perigo, ou seja, apresenta riscos. Nortel (2018), considera como energia presente em máquinas e equipamentos que, quando da sua liberação inesperada, pode resultar em lesões aos funcionários durante intervenções. Estas energias perigosas podem ser elétrica, hidráulica, química, gravitacional, mecânica; pneumática, térmica e radioativa. Similar (2014) 9 define energia mecânica como a energia cinética linear/rotacional ou potencial gravitacional/ elástica onde sua liberação possa provocar acidentes (lesões, danos materiais, etc). Navarro (2011) considera que energia química é a combinação de diversos elementos químicos encontrados na natureza que por suas características associados a outras substâncias reagem e permitem a liberação de energia em diversas formas podendo causar acidentes como explosão, incêndio, corrosão, contaminação ambiental, queimadura, intoxicação, asfixia, etc., sendo exemplo de energia química como recipientes e tubulações contendo combustíveis, inflamáveis, ácidos, bases, etc, tais como: hidrogênio, hexano, GLP, óleo diesel, amônia, nitrogênio, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda cáustica, etc (SIMILAR, 2014). Energia hidráulica é definida como um líquido sob pressão cuja liberação possa resultar em acidente (lesões, acionamento de partes móveis, etc). São exemplos de energia hidráulica: recipientes e tubulações contendo líquidos sob pressão, pistões e comandos hidráulicos sob pressão, etc. (SIMILAR, 2014) Navarro (2001) define que energia pneumática é empregada para movimentar de forma rápida parte de uma máquina ou equipamento, mais comumente utilizada para movimentações de pistões, e motores. Conforme Norma Regulamentadora (NR 10), energia elétrica pode ser utilizada em baixa, média ou alta tensão (BRASIL, 2017a). De acordo com Navarro (2011), entende-se como perigosa a vida aonde o perigo tornar-se imediato por contato ou na transformação em energia cinética e/ou térmica. 15 Energia térmica é definida como superfície ou substância aquecida acima de 45ºC ou resfriada abaixo de 4 ºC cujo contato possa provocar acidente (incêndio, queimadura, congelamento, etc.). Exemplos: instalações de vapor, trocadores de calor, superfícies aquecidas por atrito, fornalhas, vapor de água, nitrogênio líquido, etc. (SIMILAR, 2014). Energia residual é definida como qualquer tipo de energia que possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Por exemplo, uma tubulação de ar comprimido, um pistão hidráulico, tubulação de água ou outro fluido contém energia acumulada seja através da força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede (Navarro, 2011). O conceito de energia zero para Navarro (2011), é a combinação dessas energias que são liberadas durante a realização de uma intervenção, apresenta probabilidade de causar lesão física ou danos à saúde do trabalhador em decorrência da ausência de medidas de controle. 3.3 PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - PCECP Também chamado de LOTO, de lock out (bloquear) – tag out (sinalizar), regulamentado pela OSHA 3110. 2002, tem como objetivo o bloqueio de máquinas e equipamentos para 10 garantir a segurança dos trabalhadores diminuindo a taxa de acidentes. O padrão especifica que os empregadores devem estabelecer um programa de controle da energia para garantir que os funcionários possam isolar as máquinas de suas fontes de energia e torná-las inoperantes antes de quaisquer serviços (OHSA 3110, 2002). O PCEP contempla dispositivos de segurança como cadeados, garras entre outros tipos de bloqueadores universais (Nortel, 2018). Para o Brasil as legislações que regulamentam o bloqueio e etiquetagem de energias perigosas são as Normas Regulamentadoras 10, 11 e 33. A Norma Regulamentadora NR 10, obriga que projetos de instalações elétricasespecifiquem os dispositivos de bloqueios que podem ser utilizados em circuitos que sejam passiveis de reenergização. Devem conter também a indicação de advertência e condição de operação. Quadros e instalações devem possuir recurso para travamentos e bloqueios. No âmbito de atividades que envolvam a eletricidade, somente será considerado a desenergização quando houver procedimentos que estejam de acordo com as diretrizes legais e de acordo com a sequência abaixo: a) Seccionamento; b) Impedimento de reenergização; c) Constatação da ausência de tenão; d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. Para a Norma Regulamentadora NR 12, intervenções somente poderá ocorrer em máquinas e equipamentos parados. Acionamentos realizados por pessoas não autorizadas, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento. Ainda referente a Norma Regulamentadora NR 12, manutenções, inspeções e outras intervenções devem ser executadas por profissional capacitado, qualificado e autorizado formalmente atendendo os procedimentos de isolamento e descarga de todas as fontes de energia da máquina ou equipamento e que seja identificável de forma clara e objetiva por meio de dispositivos de comando. Bloqueios elétricos e mecânicos devem manter-se na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos alimentados por energia com o objetivo de que impeça a reenergização, contendo cartão/ etiqueta de bloqueio, informando horário, data e o motivo da intervenção. Atividades em espaços confinados regulamentado pela Norma Regulamentadora NR 33, define que deve ser implementado travas, bloqueios, lacres e etiquetas de sinalização para intervenções. Para que o programa seja aplicado de forma objetiva e fácil compreensão 11 nas indústrias, é necessário compreender os tipos de energias que podem ser encontradas para a intervenção. 3.4 DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO 3.4.1 Cadeados Os cadeados têm como objetivo o bloqueio físico de máquinas e equipamentos, sendo que apenas o trabalhador responsável pela chave terá capacidade de desbloquear a máquina. Na Figura 1, são apresentados os cadeados para bloqueio. Figura 1 Cadeados de Bloqueio Fonte: Nortel, 2018. Na Figura 2, apresenta-se a cor de cada cadeado que deve ser utilizado no programa por usuário cada usurário responsável pelo bloquei. Em uma indústria, as cores representam os responsáveis pelo bloqueio da máquina/equipamento. 12 Figura 2 Código de cores por cadeado Fonte: Nortel, 2018. 22 2.4.1.1 3.4.2 Cadeado transitório O cadeado da cor preta chamado de transitório tem como utilização em intervenções de longa duração por um determinado período. Aplica-se também em troca de turnos do setor (Nortel, 2018). De acordo com as diretrizes do programa ele deve ficar em posse do SESMT. 3.4.3 Múltiplo bloqueio Nas Figuras 3 e 4 são apresentados dispositivos de múltiplo bloqueios, de acordo com a intervenção pode ser colocado diversos cadeados baseado na quantidade de usuários do programa e equipe de trabalho. 13 Figura 3 Garra de múltiplo bloqueios. Fonte: Nortel, 2018. Figura 4 Caixa de múltiplo travamento Fonte: Nortel, 2018. 3.4.4 Bloqueio para Válvulas Manoplas De acordo com a Figura 5, o bloqueio da operação da válvula é realizado para interrupções de abastecimento de linha e é ajustável conforme com o modelo. Para válvulas, no modelo esfera é utilizado o dispositivo da Figura 6. 14 Figura 5 Bloqueio universal para válvulas. Fonte: Nortel, 2018. Figura 6 Bloqueio universal para válvulas esfera Fonte: Nortel, 2018. 3.4.5. Bloqueio para Disjuntores Na Figura 7, é apresentado dispositivo para bloqueio em disjuntores. 15 Figura 7 Bloqueio para disjuntores Fonte: Nortel, 2018. 3.4.6 Cartão de Identificação O cartão de identificação, Figura 8, deve ser sempre utilizado junto ao cadeado de bloqueio para facilitar a identificação do responsável pela intervenção na máquina ou equipamento. Figura 8 Cartão de Identificação Fonte: Similar 2018 16 4. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi realizado entre os meses de outubro a novembro de 2021. Na primeira etapa, foi realizado uma análise de trabalhos referentes ao mesmo assunto. A segunda etapa foi a realização de estudos e análises da norma NR-12, suas exigências, referências técnicas, medidas de proteção necessárias para garantir a saúde, o bem-estar e a integridade física dos trabalhadores realizando o serviço em uma câmara fria. Para elaborar o processo de bloqueio é necessário entender a diferença entre procedimento e construção de trabalho. Enquanto o primeiro define um todo ou regras, a construção de trabalho define uma atividade ou um padrão o técnico (TOSMANN, 2018). Como exemplo de Procedimentos temos: controle de documentos, registros e produtos não conformes, ações corretivas ou preventivas, auditorias internas, além de um processo completo de um determinado departamento ou setor as construções de trabalho incluem operação de m quina de fresa, armazenagem e abastecimento de matéria-prima a granel, validação de novos produtos projetados, polimento, entre outras (TOSMANN, 2018). A diferenciação importante, pois poderemos elaborar tanto procedimentos como construções de trabalho para as operações com bloqueio e etiquetagem. No entanto, pode- se preparar um procedimento geral que servir para todas as operações em máquinas e equipamentos. No entanto, neste caso, quem fará a avaliação de quais disjuntores, seccionadoras, válvulas ou demais itens serão desligadas e bloqueadas, deverá ser a equipe técnica (TOSMANN, 2018). 17 5. DISCUSÃO DOS RESULTADOS Conforme Santos (2013) o sistema de bloqueio LOTO é uma solução simples, fácil de implementar e que trás resultados imediatos a um custo bem acessível. Ainda conforme o autor, a última revisão da NR-10 passou a exigir a utilização do sistema de bloqueio e identificação nas atividades de desenergização. Figura 9 – Lock-out e Tag-out. Fonte: Brady Corp, 2014. De acordo com a OSHA (Occupational Safety & Health Administration) o uso do sistema de bloqueio LOTO - Lock-Out (Figura 9) e identificação Tag-Out (Figura 9) impedem 120 mortes e 50.000 feridos a cada ano. Weber (2017) apresenta as etapas gerais para a realização de um bloqueio de energia: Figura 10 - Passo a passo bloqueio de energia. Fonte: Weber, 2018. 18 A partir das etapas definidas por Weber (2018), foi elaborado o procedimento e dividido em 3 partes. Na Figura 11 Vemos o passo a passo bloqueio de energia: Fonte: Weber,2018. A primeira parte do procedimento consiste na definição de todas as etapas que deverão ser executavas na atividade. Figura 12 - Identificação dos pontos de bloqueio. Fonte: Weber, 2018. 19 E a última etapa do procedimento consiste na definição das atividades que serão executadas. Figura 13 - Identificação dos pontos de bloqueio. Fonte: Weber, 2018. Mendes (2017) cita a importância de um bloqueio de energia bem executado, pois a falta de um sistema eficiente de bloqueio de energias tem sido a causa de muitos acidentes graves e até fatais. A empresa deve pensar primeiramente no bem-estar do funcionário antes de iniciar qualquer atividade. O trabalhador também pode e deve utilizar o direito de recusa quando o serviço não lhe dá o suporte de segurança adequado para realização do mesmo. 20 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho teve como finalidade analisar a utilização, instalaçãode dispositivos e procedimentos de bloqueio em máquinas, com base na Norma Regulamentadora NR-12. Norma essa que auxiliou na elaboração correta para o bloqueio das fontes de energia existentes para que seja feita a manutenção de uma câmara fria com segurança. A maior preocupação é evitar o contato direto do trabalhador com partes perigosas da máquina. Portanto os sistemas de segurança utilizados para a partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas e paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho. Pode-se concluir que apesar da diversidade de dispositivos e sua correta utilização na realização dos bloqueios, faz se necessário uma padronização do passo a passo antes de iniciar o trabalho na câmara fria, podendo realizar o mesmo com segurança e seguindo as normas da NR-12. 21 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Manual de Legislação Atlas. São Paulo: Atlas, 78ª Edição, 2017a. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Manual de Legislação Atlas. São Paulo: Atlas, 78ª Edição, 2017b. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Manual de Legislação Atlas. São Paulo: Atlas, 78ª Edição, 2017c. BRASIL. MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO. (Org.). Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho. 2017. Disponível em: <https://observatoriosst.mpt.mp.br/>. Acesso em: 24 nov. 2021. BRASIL. Ministério da Previdência Social. 8213: Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 22 nov. 2021. DISTRITO FEDERAL. Vitor Araújo Filgueiras. Ministério Público do Trabalho. Saúde e Segurança do Trabalho no Brasil. Brasília: Movimento, 2017. 474p. Disponível em: <<http://portal.mpt.mp.br/wps/wcm/connect/portal_mpt/da0b737c-b158-4dc1-8ac8- caf7f94486cf/Livro+Saúde+e+Segurança_WEB1.pdf?MOD=AJPERES&CONVERT_ TO=url&CACHEID=ROOTWORKSPACE.Z18_395C1B O0K89D40AM2L613R2000-da0b737c-b158-4dc1-8ac8-caf7f94486cf-m3Cj6Ap>. Acesso em: 16 out 2021 KULCSAR NETO, Francisco; SOBRAL, Mário. Controle de Energias Perigosas Bloqueio e Etiquetagem. Santos. Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, 2014. 22 NAVARRO, Antônio Fernando. Como se controlar as fontes de energias perigosas de modo que essas não cause acidentes. 1ª Edição. Paraná: Editora, 2011. NORTEL (São Paulo) (Org.). Dispositivos de Bloqueios para Fontes de Energias Perigosas. São Paulo: Nortel, 2018. 80 slides, color. OLIVEIRA, Candido João. Segurança e Saúde no Trabalho: Uma Questão Mal Compreendida. 2003. Vol. 17. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102- 88392003000200002&script=sci_arttext. Acesso em 22 nov. 2021. QUALISSEG. Catálogo Eletrônico de Dispositvos de Bloqueio e Etiquetagem Lockout – Tagout. São Paulo, 2012. Disponível em: < http://www.qualisseg.com.br/download/catalogo_e10-fevereiro_2012- dispositivos_de_bloqueio-qualisseg.pdf> Acesso em: 22 out. 2021. SIMILAR. Controle de Energias Perigosas. Apostila Similar com book. São Paulo, 32 p. 2014. TOSMANN, João Marcio. 5 Ações Preventivas para Evitar Acidentes no Ambiente Industrial. Cipa, São Paulo, 27-28 p., 20 set. 2017. Disponível em: <http://revistacipa.com.br/5- acoespreventivas-para-evitar-acidentes-no-ambiente-industria/>. Acesso em: 22 out 2021.
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