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FACULDADE EDUCA MAIS 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO APARECIDO PARRA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento de bloqueio para câmara fria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iacanga - SP 
2022 
 
 
 
FACULDADE EDUCA MAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento de bloqueio para câmara fria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado na disciplina 
de Trabalho de conclusão de curso para o curso de 
Engenharia de Segurança do Trabalho na Faculdade 
Educa Mais. 
 
 
 
 
 
 
 
Iacanga - SP 
2022 
 
 
 
RESUMO 
 
O estudo foi realizado reunindo materiais bibliográficos e metodologia técnica, visando 
a elaboração de um programa de bloqueio de energia para manutenção em uma câmara fria, 
sendo um procedimento adequado e necessário para a segurança do trabalhador, seguindo as 
exigências da norma regulamentadora NR-12, que estabelece regras para que o trabalho se 
mantenha seguro em maquinas e equipamentos desde o projeto até o descarte. O programa de 
controle de energias perigosas contemplará tipos de bloqueios físicos para a válvulas 
(manoplas), disjuntores, e painéis elétricos, bem como apresentar o passo a passo para a 
implantação do programa. Ter um procedimento de bloqueio de energia eficiente é o mínimo 
que todas as empresas deveriam garantir aos seus funcionários que se expõe a qualquer 
atividade de manutenção como forma de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: BLOQUEIO DE ENERGIA, NR 12, SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The study was conducted gathering bibliographic materials and technical 
methodology, aiming at the elaboration of an energy blocking program for maintenance in a 
cold room, being an adequate and necessary procedure for the worker's safety, following the 
requirements of the regulatory standard NR-12, which establishes rules so that the work is 
kept safe in machinery and equipment from the project to the disposal. The hazardous energy 
control program will contemplate types of physical interlocks for valves (handles), circuit 
breakers, and electrical panels, as well as present the step-by-step implementation of the 
program. Having an efficient energy lockout procedure is the minimum that all companies 
should guarantee to their employees who are exposed to any maintenance activity as a form of 
safety. 
 
 
 
 
 
 
 
 
KEYWORDS: ENERGY BLOCK, NR 12, SAFETY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 01- Cadeados de Bloqueio ................................................................................ 11 
Figura 02- Código de cores por cadeado ..................................................................... 12 
Figura 03- Garra de múltiplo bloqueios ....................................................................... 13 
Figura 04- Caixa de múltiplo travamento ................................................................... 13 
Figura 05- Bloqueio universal para válvulas .............................................................. 14 
Figura 06- Bloqueio universal para válvulas esfera .................................................... 14 
Figura 07- Bloqueio para disjuntores .......................................................................... 15 
Figura 08- Cartão de Identificação .............................................................................. 15 
Figura 09- Lock-out e Tag-out .................................................................................... 17 
Figura 10- Passo a passo bloqueio de energia .............................................................. 17 
Figura 11- Vemos o passo a passo bloqueio de energia ............................................. 18 
Figura 12- Identificação dos pontos de bloqueio......................................................... 18 
Figura 13- Identificação dos pontos de bloqueio. ........................................................ 19 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 . OBJETIVOS............................................................................................................. 7 
2.1.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 7 
2.1.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 7 
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................ 8 
3.1 PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDUSTRIA............................................ 8 
3.2 ENERGIAS PERIGOSAS x INTERVENÇÕES .................................................. 8 
3.3 PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - PCECP .......... 9 
3.4 DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO ...................................................................... 11 
3.4.1 Cadeados ...................................................................................................... 11 
3.4.2 Cadeado transitório ...................................................................................... 12 
3.4.3 Múltiplo bloqueio ........................................................................................ 12 
3.4.4 Bloqueio para Válvulas Manoplas ............................................................... 13 
3.4.5. Bloqueio para Disjuntores .......................................................................... 14 
3.4.6 Cartão de Identificação ................................................................................ 15 
4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 16 
5. DISCUSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 17 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 20 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 21 
 
 
 
6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Com o grande desenvolvimento das industrias, surgiu a necessidade de máquinas mais 
modernas que atendam com capacidade de agregar a maior parte do processo produtivo. Estas 
máquinas apesar de melhorar e acelerar em grade parte o processo produtivo, podem apresentar 
um grande risco aos operadores ou pessoal que tem acesso ao local onde a mesmas se 
encontram. 
Pensando em diminuir, ou até eliminar a taxa de acidentes e doenças causadas pelo 
trabalho, a Norma Regulamentadora NR-12 foi criada para segurança no trabalho que envolve 
máquinas e equipamentos. Seu objetivo é garantir a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores, estabelecendo exigências mínimas tanto nas fases de projeto quanto na utilização 
das máquinas e equipamentos. A norma determina certos itens a serem modificados nas 
máquinas para que haja a eliminação de riscos de acidentes. Estas modificações estão descritas 
na norma e abrangem todos os aspectos dos equipamentos, desde a parte elétrica até sua 
instalação e manutenção (BREGALDA, 2017). Atualmente, segurança no trabalho é um tema 
trabalhado e disseminado em todo o mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em 
estágios diferentes em cada local. Independentemente do porte da organização, este assunto é 
destaque na rotina de qualquer empresa visto que a responsabilidade social e a preocupação 
com o bem estar dos funcionários e de seus familiares são assuntos muito discutidos atualmente 
(SCHNEIDER, 2011). Frequentes ocorrem casos em que durante a execução dos trabalhos, as 
pessoas são obrigadas a acessar áreas de risco das máquinas, seja no instante de alimentar e 
retirar as peças, para proceder à limpeza, ou na manutenção. Nestes momentos é que a 
segurança do operador deverá estar garantida. Cada vez mais se constataa necessidade de criar 
ações e instalar dispositivos que atuem de forma preventiva na ocorrência de acidentes, 
mecanismos 11 estes que atuem de forma inteligente junto ao processo, a fim de propiciar 
redução nas condições inseguras do trabalho e na redução dos riscos de acidentes 
(SCHNEIDER, 2011). Este estudo tem como objetivo demonstrar os conceitos referentes à NR-
12 e a implantação de bloqueio de energia em equipamentos. A metodologia utilizada para o 
desenvolvimento foi inicialmente uma pesquisa bibliográfica. Após toda pesquisa feita e 
levantamento do material bibliográfico, desenvolveu-se a parte de observação e elaboração do 
procedimento de bloqueio. 
 
 
7 
 
 
2 . OBJETIVOS 
 
2.1.1 Objetivo Geral 
 
A falta de investimento no setor industrial no que se refere a segurança do trabalho 
reflete nos elevados números de mortes e afastamentos O sistema brasileiro previdenciário 
destaca-se pelos valores gastos com a Previdência Social nos regimes de auxílio doença, pensão 
por morte e auxílio acidente impactando de forma direta na taxa de absenteísmo e turnover nas 
indústrias brasileiras. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (2017), em 2013, do 
total das mortes no trabalho registradas pelo INSS, 80% foram decorrentes de impactos de 
objetos, quedas, exposição a energia elétrica e aprisionamentos. A dimensão dos acidentes e de 
mortes no mercado de trabalho brasileiro está diretamente associada ao tipo de gestão do 
trabalho predominantemente adotado pelos empregadores. Com a prática de bloqueio em 
máquinas e equipamentos pelas indústrias brasileiras, os números apresentados neste trabalho 
podem sofrer reduções. 
 
 
2.1.2 Objetivos Específicos 
 
 Este trabalho possui os seguintes objetivos específicos: 
  Avaliar do cenário atual da indústria no que se refere a equipamentos de bloqueio; 
 Analisar o cenário atual de controle de energias; 
 Elaboração de um sistema de bloqueio de energia para manutenção em uma câmara 
fria. 
  Propor procedimento de implantação do programa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
3.1 PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDUSTRIA 
 
A taxa de acidentes no trabalho é grande, de acordo com os acidentes registrados. Muitos 
trabalhadores sofrem acidentes fatais, ficam debilitados ou incapacitados todos os anos no 
Brasil, as causas são diversas, e variam desde precariedade de equipamento de segurança 
adequados para o ambiente, até aos comportamentos inadequados dos trabalhadores, que 
induzem ao erro, provocando acidentes. A inclusão do comportamento dos trabalhadores no 
conjunto dos fatores causais de acidentes do trabalho, quando cabível, de forma alguma 
significa debitar aos trabalhadores acidentados a culpa pelos acidentes e, consequentemente, 
pelos danos deles decorrentes, incluindo invalidez e morte (OLIVEIRA, 2003). A prevenção é 
considerada o conjunto de medidas com o objetivo evitar e minimizar a ocorrência de um fato 
indesejado. Já as ações e condutas corretivas são direcionadas para reparar os danos de uma 
prevenção falha (TOSMANN, 2017). Tosmann (2017) define que cinco ações de prevenção 
podem reduzir os riscos de acidentes, são elas: 
 Desenvolver uma rotina de manutenções das máquinas e equipamentos; 
 Manter um ambiente de trabalho seguro; 
 Oferecer EPIs sempre que necessário para garantir a segurança da atividade; 
 Isolar os riscos do chão de fábrica e sinalizá-los bem; 
 Investir em treinamento e capacitação das equipes. 
 
3.2 ENERGIAS PERIGOSAS x INTERVENÇÕES 
 
 A Norma Regulamentadora NR 12, define que a utilização de máquinas e equipamentos 
é definida como o transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, 
inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. Neste conceito, a Norma 
Regulamentadora NR 12, Arendt (2013) define como energias perigosas o potencial de 
provocar acidentes como lesões, doenças, danos as instalações em decorrência do contato, 
aproximação ou liberação acidental, sendo: Navarro (2011) considera como perigosa toda 
aquela que conduz a um perigo, ou seja, apresenta riscos. Nortel (2018), considera como energia 
presente em máquinas e equipamentos que, quando da sua liberação inesperada, pode resultar 
em lesões aos funcionários durante intervenções. Estas energias perigosas podem ser elétrica, 
hidráulica, química, gravitacional, mecânica; pneumática, térmica e radioativa. Similar (2014) 
9 
 
 
define energia mecânica como a energia cinética linear/rotacional ou potencial gravitacional/ 
elástica onde sua liberação possa provocar acidentes (lesões, danos materiais, etc). Navarro 
(2011) considera que energia química é a combinação de diversos elementos químicos 
encontrados na natureza que por suas características associados a outras substâncias reagem e 
permitem a liberação de energia em diversas formas podendo causar acidentes como explosão, 
incêndio, corrosão, contaminação ambiental, queimadura, intoxicação, asfixia, etc., sendo 
exemplo de energia química como recipientes e tubulações contendo combustíveis, inflamáveis, 
ácidos, bases, etc, tais como: hidrogênio, hexano, GLP, óleo diesel, amônia, nitrogênio, ácido 
clorídrico, ácido sulfúrico, soda cáustica, etc (SIMILAR, 2014). Energia hidráulica é definida 
como um líquido sob pressão cuja liberação possa resultar em acidente (lesões, acionamento de 
partes móveis, etc). São exemplos de energia hidráulica: recipientes e tubulações contendo 
líquidos sob pressão, pistões e comandos hidráulicos sob pressão, etc. (SIMILAR, 2014) 
Navarro (2001) define que energia pneumática é empregada para movimentar de forma rápida 
parte de uma máquina ou equipamento, mais comumente utilizada para movimentações de 
pistões, e motores. Conforme Norma Regulamentadora (NR 10), energia elétrica pode ser 
utilizada em baixa, média ou alta tensão (BRASIL, 2017a). De acordo com Navarro (2011), 
entende-se como perigosa a vida aonde o perigo tornar-se imediato por contato ou na 
transformação em energia cinética e/ou térmica. 15 Energia térmica é definida como superfície 
ou substância aquecida acima de 45ºC ou resfriada abaixo de 4 ºC cujo contato possa provocar 
acidente (incêndio, queimadura, congelamento, etc.). Exemplos: instalações de vapor, 
trocadores de calor, superfícies aquecidas por atrito, fornalhas, vapor de água, nitrogênio 
líquido, etc. (SIMILAR, 2014). Energia residual é definida como qualquer tipo de energia que 
possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Por exemplo, uma tubulação de ar 
comprimido, um pistão hidráulico, tubulação de água ou outro fluido contém energia acumulada 
seja através da força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede 
(Navarro, 2011). O conceito de energia zero para Navarro (2011), é a combinação dessas 
energias que são liberadas durante a realização de uma intervenção, apresenta probabilidade de 
causar lesão física ou danos à saúde do trabalhador em decorrência da ausência de medidas de 
controle. 
 
 3.3 PROGRAMA DE CONTROLE DE ENERGIAS PERIGOSAS - PCECP 
Também chamado de LOTO, de lock out (bloquear) – tag out (sinalizar), regulamentado 
pela OSHA 3110. 2002, tem como objetivo o bloqueio de máquinas e equipamentos para 
10 
 
 
garantir a segurança dos trabalhadores diminuindo a taxa de acidentes. O padrão especifica que 
os empregadores devem estabelecer um programa de controle da energia para garantir que os 
funcionários possam isolar as máquinas de suas fontes de energia e torná-las inoperantes antes 
de quaisquer serviços (OHSA 3110, 2002). O PCEP contempla dispositivos de segurança como 
cadeados, garras entre outros tipos de bloqueadores universais (Nortel, 2018). Para o Brasil as 
legislações que regulamentam o bloqueio e etiquetagem de energias perigosas são as Normas 
Regulamentadoras 10, 11 e 33. A Norma Regulamentadora NR 10, obriga que projetos de 
instalações elétricasespecifiquem os dispositivos de bloqueios que podem ser utilizados em 
circuitos que sejam passiveis de reenergização. Devem conter também a indicação de 
advertência e condição de operação. Quadros e instalações devem possuir recurso para 
travamentos e bloqueios. No âmbito de atividades que envolvam a eletricidade, somente será 
considerado a desenergização quando houver procedimentos que estejam de acordo com as 
diretrizes legais e de acordo com a sequência abaixo: 
a) Seccionamento; 
b) Impedimento de reenergização; 
c) Constatação da ausência de tenão; 
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos 
circuitos; 
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; 
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. 
Para a Norma Regulamentadora NR 12, intervenções somente poderá ocorrer em 
máquinas e equipamentos parados. Acionamentos realizados por pessoas não autorizadas, 
devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento. Ainda 
referente a Norma Regulamentadora NR 12, manutenções, inspeções e outras intervenções 
devem ser executadas por profissional capacitado, qualificado e autorizado formalmente 
atendendo os procedimentos de isolamento e descarga de todas as fontes de energia da máquina 
ou equipamento e que seja identificável de forma clara e objetiva por meio de dispositivos de 
comando. Bloqueios elétricos e mecânicos devem manter-se na posição “desligado” ou 
“fechado” de todos os dispositivos alimentados por energia com o objetivo de que impeça a 
reenergização, contendo cartão/ etiqueta de bloqueio, informando horário, data e o motivo da 
intervenção. Atividades em espaços confinados regulamentado pela Norma Regulamentadora 
NR 33, define que deve ser implementado travas, bloqueios, lacres e etiquetas de sinalização 
para intervenções. Para que o programa seja aplicado de forma objetiva e fácil compreensão 
11 
 
 
nas indústrias, é necessário compreender os tipos de energias que podem ser encontradas para 
a intervenção. 
 
3.4 DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO 
 
 3.4.1 Cadeados 
Os cadeados têm como objetivo o bloqueio físico de máquinas e equipamentos, sendo 
que apenas o trabalhador responsável pela chave terá capacidade de desbloquear a máquina. 
Na Figura 1, são apresentados os cadeados para bloqueio. 
 
 
Figura 1 Cadeados de Bloqueio Fonte: Nortel, 2018. 
 
 Na Figura 2, apresenta-se a cor de cada cadeado que deve ser utilizado no programa por 
usuário cada usurário responsável pelo bloquei. Em uma indústria, as cores representam os 
responsáveis pelo bloqueio da máquina/equipamento. 
12 
 
 
 
Figura 2 Código de cores por cadeado Fonte: Nortel, 2018. 22 2.4.1.1 
 
3.4.2 Cadeado transitório 
O cadeado da cor preta chamado de transitório tem como utilização em intervenções de 
longa duração por um determinado período. Aplica-se também em troca de turnos do setor 
(Nortel, 2018). De acordo com as diretrizes do programa ele deve ficar em posse do SESMT. 
 
3.4.3 Múltiplo bloqueio 
 Nas Figuras 3 e 4 são apresentados dispositivos de múltiplo bloqueios, de acordo com 
a intervenção pode ser colocado diversos cadeados baseado na quantidade de usuários do 
programa e equipe de trabalho. 
13 
 
 
 
Figura 3 Garra de múltiplo bloqueios. Fonte: Nortel, 2018. 
 
 
Figura 4 Caixa de múltiplo travamento Fonte: Nortel, 2018. 
 
 
 
3.4.4 Bloqueio para Válvulas Manoplas 
 
De acordo com a Figura 5, o bloqueio da operação da válvula é realizado para 
interrupções de abastecimento de linha e é ajustável conforme com o modelo. Para válvulas, no 
modelo esfera é utilizado o dispositivo da Figura 6. 
14 
 
 
 
Figura 5 Bloqueio universal para válvulas. Fonte: Nortel, 2018. 
 
Figura 6 Bloqueio universal para válvulas esfera Fonte: Nortel, 2018. 
 
 
3.4.5. Bloqueio para Disjuntores 
 
 Na Figura 7, é apresentado dispositivo para bloqueio em disjuntores. 
15 
 
 
 
Figura 7 Bloqueio para disjuntores Fonte: Nortel, 2018. 
 
3.4.6 Cartão de Identificação 
 O cartão de identificação, Figura 8, deve ser sempre utilizado junto ao cadeado de 
bloqueio para facilitar a identificação do responsável pela intervenção na máquina ou 
equipamento. 
 
Figura 8 Cartão de Identificação Fonte: Similar 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O estudo foi realizado entre os meses de outubro a novembro de 2021. Na primeira 
etapa, foi realizado uma análise de trabalhos referentes ao mesmo assunto. A segunda etapa foi 
a realização de estudos e análises da norma NR-12, suas exigências, referências técnicas, 
medidas de proteção necessárias para garantir a saúde, o bem-estar e a integridade física dos 
trabalhadores realizando o serviço em uma câmara fria. Para elaborar o processo de bloqueio é 
necessário entender a diferença entre procedimento e construção de trabalho. Enquanto o 
primeiro define um todo ou regras, a construção de trabalho define uma atividade ou um padrão 
o técnico (TOSMANN, 2018). Como exemplo de Procedimentos temos: controle de 
documentos, registros e produtos não conformes, ações corretivas ou preventivas, auditorias 
internas, além de um processo completo de um determinado departamento ou setor as 
construções de trabalho incluem operação de m quina de fresa, armazenagem e abastecimento 
de matéria-prima a granel, validação de novos produtos projetados, polimento, entre outras 
(TOSMANN, 2018). A diferenciação importante, pois poderemos elaborar tanto procedimentos 
como construções de trabalho para as operações com bloqueio e etiquetagem. No entanto, pode-
se preparar um procedimento geral que servir para todas as operações em máquinas e 
equipamentos. No entanto, neste caso, quem fará a avaliação de quais disjuntores, 
seccionadoras, válvulas ou demais itens serão desligadas e bloqueadas, deverá ser a equipe 
técnica (TOSMANN, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
5. DISCUSÃO DOS RESULTADOS 
 
Conforme Santos (2013) o sistema de bloqueio LOTO é uma solução simples, fácil de 
implementar e que trás resultados imediatos a um custo bem acessível. Ainda conforme o autor, 
a última revisão da NR-10 passou a exigir a utilização do sistema de bloqueio e identificação 
nas atividades de desenergização. 
 Figura 9 – Lock-out e Tag-out. 
 
Fonte: Brady Corp, 2014. 
 
De acordo com a OSHA (Occupational Safety & Health Administration) o uso do 
sistema de bloqueio LOTO - Lock-Out (Figura 9) e identificação Tag-Out (Figura 9) impedem 
120 mortes e 50.000 feridos a cada ano. 
 Weber (2017) apresenta as etapas gerais para a realização de um bloqueio de energia: 
 Figura 10 - Passo a passo bloqueio de energia. 
 
Fonte: Weber, 2018. 
18 
 
 
 
 A partir das etapas definidas por Weber (2018), foi elaborado o procedimento e dividido 
em 3 partes. 
Na Figura 11 Vemos o passo a passo bloqueio de energia: 
Fonte: Weber,2018. 
 
 A primeira parte do procedimento consiste na definição de todas as etapas que deverão 
ser executavas na atividade. 
Figura 12 - Identificação dos pontos de bloqueio. 
 
 
Fonte: Weber, 2018. 
19 
 
 
 
 E a última etapa do procedimento consiste na definição das atividades que serão 
executadas. 
Figura 13 - Identificação dos pontos de bloqueio. 
 
 
Fonte: Weber, 2018. 
 
Mendes (2017) cita a importância de um bloqueio de energia bem executado, pois a falta 
de um sistema eficiente de bloqueio de energias tem sido a causa de muitos acidentes graves e 
até fatais. A empresa deve pensar primeiramente no bem-estar do funcionário antes de iniciar 
qualquer atividade. O trabalhador também pode e deve utilizar o direito de recusa quando o 
serviço não lhe dá o suporte de segurança adequado para realização do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho teve como finalidade analisar a utilização, instalaçãode dispositivos 
e procedimentos de bloqueio em máquinas, com base na Norma Regulamentadora NR-12. 
Norma essa que auxiliou na elaboração correta para o bloqueio das fontes de energia existentes 
para que seja feita a manutenção de uma câmara fria com segurança. A maior preocupação é 
evitar o contato direto do trabalhador com partes perigosas da máquina. 
 Portanto os sistemas de segurança utilizados para a partida ou acionamento das 
máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem 
energizadas e paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas 
ou situações anormais de trabalho. Pode-se concluir que apesar da diversidade de dispositivos 
e sua correta utilização na realização dos bloqueios, faz se necessário uma padronização do 
passo a passo antes de iniciar o trabalho na câmara fria, podendo realizar o mesmo com 
segurança e seguindo as normas da NR-12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 10 - 
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Manual de Legislação Atlas. São Paulo: 
Atlas, 78ª Edição, 2017a. 
 
 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 12 - 
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Manual de Legislação Atlas. São Paulo: 
Atlas, 78ª Edição, 2017b. 
 
 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 33 - 
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Manual de Legislação Atlas. São 
Paulo: Atlas, 78ª Edição, 2017c. 
 
BRASIL. MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO. (Org.). Observatório Digital de 
Saúde e Segurança do Trabalho. 2017. Disponível em: <https://observatoriosst.mpt.mp.br/>. 
Acesso em: 24 nov. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Previdência Social. 8213: Dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 22 nov. 2021. 
 
 DISTRITO FEDERAL. Vitor Araújo Filgueiras. Ministério Público do Trabalho. 
Saúde e Segurança do Trabalho no Brasil. Brasília: Movimento, 2017. 474p. Disponível em: 
<<http://portal.mpt.mp.br/wps/wcm/connect/portal_mpt/da0b737c-b158-4dc1-8ac8- 
caf7f94486cf/Livro+Saúde+e+Segurança_WEB1.pdf?MOD=AJPERES&CONVERT_
TO=url&CACHEID=ROOTWORKSPACE.Z18_395C1B 
O0K89D40AM2L613R2000-da0b737c-b158-4dc1-8ac8-caf7f94486cf-m3Cj6Ap>. 
Acesso em: 16 out 2021 
 
KULCSAR NETO, Francisco; SOBRAL, Mário. Controle de Energias Perigosas 
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