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ASPECTOS GERAIS SOBRE AS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS - AULA 13

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FUNDAMENTOS POLÍTICOS, 
ECONÔMICOS E LEGAIS 
TEORIA E EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
PROFº ERISMAR OLIVEIRA 
FABEC BRASIL 
 
2022.1 
REDES SOCIAIS PROFº ERISMAR OLIVEIRA 
 Prof.erismar (Instagram) 
 Erismar Oliveira (Facebook) 
http://lattes.cnpq.br/3890273658856060 (Currículo Lattes) 
https://www.passeidireto.com/perfil/professor-erismar-oliveira (Passei Direto) 
http://lattes.cnpq.br/3890273658856060
https://www.passeidireto.com/perfil/professor-erismar-oliveira
 
 
FACULDADE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – FABEC BRASIL 
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS |Disciplina: FUNDAMENTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E LEGAIS 
Professor: ERISMAR OLIVEIRA SILVA |E-mail: erismar@cgoconsultoria.com 
 
 
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AULA 13 – 22/04/2022 
ASPECTOS GERAIS SOBRE AS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS 
 
 DIREITO CIVIL: RESUMO E DEFINIÇÕES 
O Direito Civil pode ser entendido como o “direito do cidadão”. Dessa forma, é um ramo do direito 
privado, que tem como objetivo implicar quais serão as regras e condutas que pessoas físicas e jurídicas devem 
ter em sociedade. Presente no cotidiano de todas as pessoas, o Direito Civil é provavelmente a área mais 
complexa e extensa do direito do Brasil, abordando todas as questões jurídicas de pessoas naturais e físicas na 
esfera privada. 
Podendo ser apresentado como sinônimo de direito privado, o Direito Civil pode ser descrito como 
o “direito do cidadão”, que rege as condutas das pessoas na vida em sociedade. Entretanto, o ordenamento 
jurídico brasileiro não o traz de forma tão abrangente, fazendo as divisões necessárias para abordar assuntos 
da vida privada de forma mais específica. 
 
• O QUE É DIREITO CIVIL? 
O Direito Civil, dentro do ordenamento jurídico brasileiro, é o ramo do direito que lida com as 
relações jurídicas, como os direitos e as obrigações, de pessoas físicas e jurídicas dentro da esfera civil. Se a 
descrição parece abrangente, é porque de fato ela é. O Direito Civil é provavelmente o ramo mais amplo do 
estudo e aplicação do direito dentro do território nacional, ditando os regramentos das relações de pessoas nas 
questões patrimoniais, obrigacionais e familiares, por exemplo. 
O Direito Civil, portanto, pode ser traduzido e entendido com o “direito do cidadão”. Dessa forma, é 
um ramo do direito privado, que tem como objetivo implicar quais serão as regras e condutas que pessoas 
físicas e jurídicas devem ter em sociedade. Numa definição clássica, o Direito Civil poderia ser entendido 
como toda matéria do direito que lida com questões dos direitos privados dos cidadãos e das pessoas, elas 
sendo físicas ou jurídicas. 
Entretanto, aponta que o Direito Civil engloba tudo aquilo da esfera de direito privado que não possui 
ordenamento jurídico e legislativo específico, como é o caso do direito empresarial, do direito trabalhista e do 
direito consumerista, por exemplo. 
Código Civil (lei nº 10.406/2002). 
 
• O CÓDIGO CIVIL 
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, o Direito Civil, entendido então como as áreas do direito 
privado que não são regidas por entendimento jurídico específico, é regido pelo Código Civil, atualmente o 
de 2002, estabelecido através da lei nº 10.406. Dessa forma, o Código Civil é o resultado do agrupamento de 
regras e normas que lidam com assuntos e negócios vinculados às relações jurídicas privadas, das pessoas que 
compõem a esfera civil. 
O Código Civil anterior ao atual era o de 1916, conhecido como Código de Bevilacqua, em 
homenagem ao seu idealizador, Clóvis Bevilacqua. O Código de Bevilacqua ordenou as relações civis 
brasileiras durante 86 anos, até que o código atual, de 2002, passasse a ser a regra, o que aconteceu em janeiro 
mailto:erismar@cgoconsultoria.com
 
 
FACULDADE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – FABEC BRASIL 
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS |Disciplina: FUNDAMENTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E LEGAIS 
Professor: ERISMAR OLIVEIRA SILVA |E-mail: erismar@cgoconsultoria.com 
 
 
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de 2003. O Código Civil de 2002 é composto por 2.046 artigos e é norteado por três princípios: socialidade, 
eticidade e operabilidade (ou concretude). Além disso, é dividido em duas partes: a Parte Geral e a Parte 
Especial. 
 
• PRINCÍPIOS DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 
A crítica majoritária da doutrina sobre o Código Civil de 1916 é que o mesmo tinha um viés muito 
individualista, focado no indivíduo e na sua relação com a sua propriedade. O Código Civil de 2002, portanto, 
se baseou em três princípios para o ordenamento das suas regras e a para a sua aplicação jurídica: a socialidade, 
a eticidade e a operabilidade. 
Não se deve confundir os princípios norteadores do código civil com os princípios gerais do Direito 
Civil, porque enquanto os primeiros tratam de como o código civil deve ser visto, os segundos são técnicas 
interpretativas para a própria aplicação do direito. 
 
➢ SOCIALIDADE 
O princípio da socialidade é provavelmente o princípio fundamental do código civil atual que mais 
antagoniza o de 1916. Ele se baseia no princípio de que os valores coletivos devem ser sempre favorecidos 
em detrimento dos valores individuais, fazendo com que o Direito Civil, um ramo notoriamente privado, leve 
em consideração a sociedade em que o indivíduo se encontra. 
O princípio da socialidade que guia o código civil atual coloca o coletivo sobre o individual, diferente 
da proposta do Código Civil de 1916, que era altamente individualista. O princípio da socialidade pode ser 
visto em vários regramentos do Código Civil de 2002, como no artigo 421, que aponta a função social do 
contrato, tal quais os regramentos da usucapião, que se baseia na prerrogativa constitucional da função social 
da propriedade. 
“Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato”. 
 
➢ ETICIDADE 
O princípio da eticidade rege não somente o Direito Civil, mas como todo o ordenamento jurídico 
brasileiro. A eticidade traz a ideia de que a aplicação da lei deve ser realizada levando em consideração a boa-
fé objetiva e subjetiva, além da justiça, da ética, da moral e com valores de equidade e probidade. Isso quer 
dizer que é um princípio guia do Direito Civil a busca pelo combate à injustiça e a qualquer atitude que seja 
de má-fé, realizada de forma antiética e imoral. 
O princípio da boa-fé, incluso em diversos artigos do Código Civil, estabelece um padrão ético para 
como as pessoas naturais e jurídicas devem agir, pressupondo sempre a justeza de seus atos, afirmando que a 
pessoa sempre deve ter a intenção de agir em conformidade com o direito, mesmo quando não o faz. A 
eticidade como princípio do Código Civil de 2002 pode ser vista, por exemplo, no artigo 113, que define que 
os negócios jurídicos devem ser interpretados a partir do princípio da boa-fé entre as partes: 
“Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de 
sua celebração”. 
 
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Professor: ERISMAR OLIVEIRA SILVA |E-mail: erismar@cgoconsultoria.com 
 
 
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➢ OPERABILIDADE (OU CONCRETUDE) 
O último princípio norteador do Código Civil de 2002 é o da operabilidade, também chamado na 
doutrina de princípio da concretude. Esse princípio tem como objetivo dar mais autonomia ao julgador para 
que aplique as regras e normas impostas pelo Código Civil de uma forma menos genérica e abstrata, levando 
em consideração o caso concreto. 
Dessa forma, a operabilidade trabalha em dois pontos: o primeiro deles é dar mais espaço para o 
legislador criar regras e alterar normasque já existem para que a lei seja mais facilmente aplicada nos casos 
reais, levando em consideração a mudança da sociedade. O segundo ponto é o poder que o julgador ganha de 
poder modular as regras e adaptá-las à realidade do caso no qual trabalha, dando mais importância à 
jurisprudência e dando aos juízes mais poder para chegar a uma conclusão mais justa do caso concreto. 
 
• PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 
A parte geral é separada em três livros, que apontam as questões gerais do ordenamento jurídico para 
a resolução de conflitos, o apontamento de direitos e de deveres das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos. 
 
➢ 1. DAS PESSOAS 
O primeiro livro do Código Civil de 2002 trata das regras e normas, dentro do âmbito do Direito 
Civil, para as pessoas (naturais e jurídicas). Trata da personalidade, da capacidade, dos direitos e deveres das 
pessoas naturais e da sucessão de bens. 
Também trata das pessoas jurídicas, definindo diferentes formas de constituição de pessoas jurídicas. 
E também apresenta a definição do domicílio para questões legais. O Livro 1 (Das Pessoas) comporta os 
artigos 1º ao 78 do Código Civil de 2002. 
 
➢ 2. DOS BENS 
O Livro 2 da parte geral do Código Civil de 2002 trata das classificações dos bens. Ou seja, define 
quando um bem é imóvel ou móvel, dos bens divisíveis, consumíveis, singulares e coletivos, reciprocamente 
considerados ou públicos e privados. 
Estão presentes nesse livro todos os artigos entre o 79 e o 103. 
 
➢ 3. DOS FATOS JURÍDICOS 
O terceiro livro da parte geral do Código Civil 2002 lida com as questões e regramentos dos fatos 
jurídicos. Incluem-se nos fatos jurídicos os negócios jurídicos, atos jurídicos lícitos e ilícitos, possibilidade de 
representação no negócio jurídico, como também da parte dos defeitos, como erro, dolo, fraudes, coação, 
estado de perigo, além de lidar com casos de invalidade de negócio jurídico. 
Lida, também, com prescrição do negócio jurídico, decadência e com os métodos de comprovação 
do fato jurídico, por meio da obtenção de provas determinadas por lei. Os regramentos gerais sobre os fatos 
jurídicos estão impressos nos artigos 104 a 232 do Código Civil de 2002. 
 
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• PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 
A parte especial, por sua vez, trata das áreas do Direito Civil que não possuem, até o momento, 
legislação e ordenamento jurídico específicos, sendo os assuntos tratados pelo Código Civil. A parte especial 
é dividida em cinco livros: o direito das obrigações, direitos das empresas, direto das coisas, direito da família 
e o direito das sucessões. 
A parte especial é a parte mais robusta do Código Civil de 2002. 
 
➢ 1. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
O direito das obrigações dá os regramentos das obrigações entre partes de um contrato e entre 
credores e devedores. Lida com modalidades de obrigações, quitação e extinção das mesmas, inadimplemento 
das obrigações, tipos de contratos no direito civil, responsabilidade civil, promessas de compra e venda, entre 
outros assuntos relacionados com o tema. 
O direito das obrigações é uma parte substancial do Direito Civil, tendo como regramentos os 
artigos 233 a 965 do código civil. 
 
➢ 2. DIREITO DE EMPRESA 
O segundo livro da parte especial do Código Civil apresenta os regramentos sobre os tipos de 
empresa, sobre os direitos e deveres do empresário, sobre a constituição e dissolução de uma empresa e dos 
direitos e deveres dos sócios. 
Os artigos 966 a 1.195 apresentam as regras dessa categoria do Direito Civil. 
 
➢ 3. DIREITO DAS COISAS 
Embora o nome desse livro do Código Civil seja “direito das coisas”, ele trata da relação entre as 
pessoas e bens. Nessa parte do Direito Civil e do Código Civil de 2002, aborda-se: posse, direito à propriedade, 
habitação, uso de bens, direitos do comprador, penhora, hipoteca e outros temas relacionados com os direitos 
das pessoas com as coisas. 
Os regramentos do Direito das Coisas estão entre os artigos 1.196 e 1.510. 
 
➢ 4. DIREITO DE FAMÍLIA 
O direito de família, como se espera, trata das relações existentes dentro da relação conjugal sob a 
ótima legal. O livro aborda o casamento, o divórcio, relações de parentesco entre familiares, direitos 
patrimoniais, direitos à pensão alimentícia e regramentos sobre o assunto, tutela, emancipação, união estável, 
entre outros. 
Compõem o livro do Direito de Família os artigos 1.511 a 1.783-A. 
 
 
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➢ 5. DIREITO DAS SUCESSÕES 
Por último, está o direito das sucessões, que aborda como deve funcionar a sucessão de bens, direitos 
e deveres no caso de falecimento ou ausência de um indivíduo. O livro aborda temas como sucessões em geral, 
partilhas de bens, inventário e suas regras, ordem hereditária, testamentos e legados. 
Está presente no Código Civil entre os artigos 1.784 e 2.027. 
 
• DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Os últimos artigos do Código Civil de 2002 (do artigo 2.028 ao artigo 2.046) não tratam 
diretamente de questões do Direito Civil, mas apresentam disposições finais sobre os artigos apresentados 
anteriormente, além de questões de transição entre o código civil atual e o de 1916. 
 
 
 
 DIREITO CIVIL: PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS 
• PESSOAS 
1) PERSONALIDADE: reconhecimento da subjetividade – ser sujeito de direito 
SUJEITOS DE DIREITO: São as pessoas naturais ou físicas, isto é, o ser humano, bem como as 
pessoas jurídicas ou os bens a quem o direito atribui titularidade jurídica. Os animais não são sujeitos, 
são coisas. 
É na pessoa que os direitos se localizam, por isso, ela é sujeito de direitos ou centro de imputações 
jurídicas no sentido de que a ela se atribuem posições jurídicas (Amaral, 2009, p. 214). 
 
CONCEITO DE PERSONALIDADE: é a aptidão genérica para adquirir direitos, contrair deveres 
e obrigações. É atributo jurídico que dá ao ser o status de pessoa. É a aptidão genérica reconhecida a 
toda e qualquer pessoa para que possa titularizar relações jurídicas e reclamar a proteção dedicada 
aos direitos da personalidade. 
Pessoa para o CC/02 – personalidade – aquele que atua na sociedade e no campo jurídico, ou seja, 
aquele que age juridicamente. 
A lei (código civil) reconhece quem tem personalidade, seu começo e fim – art. 2º, CC. 
 
• QUEM POSSUI PERSONALIDADE PARA O CÓDIGO CIVIL: 
PESSOA FÍSICA: Toda pessoa natural tem personalidade jurídica ou civil A personalidade das 
pessoas naturais surge no momento que nascem e a personalidade só acaba com a morte. 
 
PESSOAS JURÍDICAS: são entes abstratos, reunião de pessoas – art. 41, CC/02. As pessoas 
jurídicas têm a sua personalidade, atrelada a uma lei ou ao registro. As pessoas de direito privado 
se atrelam ao REGISTRO, enquanto as pessoas de direito público, à LEI. 
 
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Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS |Disciplina: FUNDAMENTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E LEGAIS 
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Art. 45, CC/02: “Começa a existência legal das Pessoas Jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,precedida, quando necessário, de autorização 
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o 
ato constitutivo”. 
 
OBSERVAÇÕES: 
• O registro civil de nascimento de uma criança tem caráter declaratório da personalidade. 
 
• Por sua vez, o registro da PJ é constitutivo da sua personalidade jurídica, ou seja, enquanto 
não ocorre o registro a PJ não tem personalidade ou não se personifica. Ocorre que algumas 
PJ, para existirem, precisam, além do registro constitutivo, de uma autorização especial do 
PE, sendo que a falta dessa autorização gera a inexistência da PJ (ex.: banco, companhias de 
seguro). 
 
• A falta do registro público do ato constitutivo caracteriza o ente como sociedade 
despersonificada (irregular ou de fato), disciplinada a partir do art. 986, CC. A sociedade 
despersonificada gera a responsabilidade pessoal e ilimitada dos sócios. 
 
• O que se entende despersonalizado? Entes despersonalizados não são pessoas jurídicas, 
mesmo tendo CNPJ (ficção tributária). Para Maria Helena, são entes com personalidade 
anômala. Tem capacidade processual, ex. espólio, condomínio, massa falida (art. 12, CPC). 
 
OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E A DIGNIDADE HUMANA: CLÁUSULA GERAL 
DA DIGNIDADE HUMANA 
Os direitos da personalidade se constroem a partir do principio fundamental da dignidade humana, 
base legítima dos direitos especiais da personalidade que o sistema jurídico brasileiro reconhece. É o 
núcleo central dos direitos da personalidade. A dignidade humana é a referencia constitucional 
unificadora de todos os direitos fundamentais. 
Com guarida constitucional, a dignidade da pessoa humana é central, tendo se tornado o paradigma 
de toda interpretação e aplicação da legislação ordinária, o que abrange, principalmente, mas não 
exclusivamente, a matéria de cunho familiar. 
 
Art. 1, CC/02: PERSONALIDADE: 
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO CIVIL CLÁSSICO: Só tem personalidade aqueles que forem 
declarados pelo Código Civil. 
Art. 1º, CC/02: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
COMPARAÇÃO ENTRA A PREMISSA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA ACERCA DA 
PERSONALIDADE: 
➢ PREMISSA CLÁSSICA: Só seria sujeito de direitos se fosse pessoa. 
➢ PREMISSA CONTEMPORÂNEA: CC/02 – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na 
ordem civil. 
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No Direito Civil Contemporâneo houve o desmembramento entre pessoa e sujeito de direito – 
Nascituro seria sujeito de direito levando em conta à dignidade humana protegida pela Constituição 
Federal no art. 1º, III. 
 
INÍCIO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL: NASCIMENTO COM VIDA – art. 
2, primeira parte: 
Art. 2º, CC/2002: A personalidade civil da pessoa começa a partir do nascimento com vida, mas a 
lei põe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro. 
➢ O nascimento se dá com a separação do ventre da mãe. 
➢ A vida se dá com a primeira respiração. 
➢ Não é exigida forma humana, nem expectativa de vida. 
 
Art. 2º, CC/2002: O código civil nos informa que desde a concepção já existiria uma personalidade 
em potencial, mas os direitos somente estariam garantidos se a pessoa nascer com vida. Neste caso, 
a personalidade seria retroativa. Ex: alimentos gravídicos, proibição do aborto, dentre outros 
elencados acima. 
 
TEORIAS ACERCA DA PERSONALIDADE: 
Baseado no art. 2º do CC, não há como se ter um entendimento uníssono sobre o assunto, tendo em 
vista que a parte final do dispositivo fala que o nascituro terá direitos. Em razão disso existe o seguinte 
questionamento: teria assim o nascituro direitos, ou apenas mera expectativa de direitos? 
Para responder a esta questão é preciso analisar as diferentes Teorias explicativas do Nascituro, 
trazidas pela doutrina: 
 
CONCEITO DE NASCITURO: com base na doutrina do professor Limong de França, é o ente 
concebido, mas ainda não nascido. 
➢ TEORIA NATALISTA DA PERSONALIDADE – personalidade se iniciaria a partir do 
nascimento com vida. Para esta primeira teoria, o nascituro é apenas um ente concebido, ainda 
não nascido, desprovido de personalidade. 
 
➢ TEORIA CONDICIONAL - O nascituro, ao ser concebido, teria uma simples personalidade 
formal, sendo-lhe permitindo gozar de direitos personalíssimos. No entanto, ele só viria 
adquirir direitos patrimoniais sob a condição de nascer com vida (entendimento de Serpa 
Lopes). 
 
➢ TEORIA CONCEPCIONISTA – protege a vida humana intrauterina – início da 
personalidade é a concepção. É o posicionamento moderno (seguido por Teixeira de Freitas, 
Clóvis Beviláqua, Silmara Chinelato). Segundo esta Teoria, o nascituro seria considerado 
pessoa para efeitos patrimoniais ou extrapatrimoniais desde a concepção. Teria efeito ex-tunc. 
Com base na teoria concepcionista, inúmeros direitos podem ser reconhecidos ao nascituro, 
inclusive o direito aos alimentos, bem como à indenização por dano moral. 
mailto:erismar@cgoconsultoria.com
 
 
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Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS |Disciplina: FUNDAMENTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E LEGAIS 
Professor: ERISMAR OLIVEIRA SILVA |E-mail: erismar@cgoconsultoria.com 
 
 
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Alimentos ao nascituro: a lei dos alimentos gravídicos (Lei 11.804/08, art. 6º) reconheceu e 
regulou expressamente o direito aos alimentos do nascituro. Caso se descubra a não 
paternidade, e o equívoco da mãe seja justificável (não houve má-fé), o valor pago é 
irrepetível. 
 
➢ TEORIA NIDACIONISTA – início da personalidade é a nidação- 13º dia. 
 
OBSERVAÇOES IMPORTANTES ACERCA DO NASCIMENTO COM VIDA: 
1 - O registro da pessoa natural é meramente declaratório, pois o nascimento com vida basta para 
se adquirir a personalidade. 
2 - Atenção: não confundir nascituro, embrião e natimorto. 
a) NASCITURO – O nascituro é o ente concebido no ventre materno. Trata-se de um embrião com 
vida intrauterina. É o ser que foi concebido, mas que ainda não nasceu. Está protegida desde a 
concepção, art , 2, 2 parte. 
b) NEOMORTO – nasceu, respirou e depois faleceu – adquiriu personalidade. Ë feito um registro 
de nascimento e um de óbito. 
c) NATIMORTO – nasceu morto, é o feto morto – não chegou a adquirir a personalidade. Terá um 
único registro no Livro C – Auxiliar 
☺Enunciado nº 1, da 1ª Jornada de Direito Civil: “o natimorto goza de tutela jurídica no que tange 
ao nome, a imagem e à sepultura”, em respeito ao princípio da dignidade. 
d) EMBRIÃO: O embrião preservado em laboratório não é nascituro. 
 
IMPORTANTE: Sobre a proteção destinada ao nascituro: 
➢ O nascituro está sujeito ao reconhecimento de paternidade – art. 1609, parágrafo único CC. 
➢ Pode ser nomeado um curador para o nascituro – art. 1779, CC. 
➢ O nascituro pode ser donatário – art. 1542, CC. 
➢ O nascituro tem legitimidade para herdar – art. 1798, CC. 
➢ O nascituro tem protegidos seus direitos da personalidade, podendo reclamar reparação pelo 
dano moral sofrido. Decisão STJ – RESP 931556, RS, julgado em 17 de junho de 2008. 
➢ A lei de alimentos gravídicos – lei 11804/08 – alimentos para o nascituro. 
➢ É proibido o aborto. 
➢ Existe uma garantia para que haja o nascimento saudável do nascituro. 
 
ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE: 
CAPACIDADE, NOME, ESTADO CIVIL E DOMICÍLIO 
1º ATRIBUTO DA PERSONALIDADE 
CAPACIDADE: É a medida da personalidade. 
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A capacidade não se confunde com a personalidade. “Pode existir personalidade sem capacidade, 
como se verifica com o nascituro, que ainda não tem capacidade, e com os falecidos, que já a 
perderam” (AMARAL, 2009, p. 220). 
“A personalidade é valor ético que emana do próprio individuo, a capacidade é atributo pelo 
ordenamento jurídico como realização desse valor” (AMARAL, 2009, p. 221). 
É a aptidão inerente a cada pessoa para que possa ser sujeito ativo ou passivo de direitos e obrigações. 
“Capacidade de direito é, portanto, o potencial inerente a toda pessoa para o exercício de atos da vida 
civil” (César Fiúza). 
ESPÉCIES DE CAPACIDADE: A capacidade se divide em capacidade de direito e capacidade de 
fato. 
 
 
 CONCLUSÃO 
O Direito Civil, embora possa ser visto como toda a relação jurídica particular do cidadão na 
sociedade, é formado pelos direitos privados que não possuem regulamento específico, ficando sob o guarda-
chuva do Código Civil de 2002. 
Dessa forma, é notável que o Direito Civil não só é muito importante para a manutenção da vida em 
sociedade e na preservação dos direitos individuais e coletivos, como também permeia toda a atividade do 
profissional do direito. 
Conhecê-lo bem, portanto, é obrigação de todo o advogado ou aplicador do direito que tenha interesse 
em operar na área do direito privado e particular, desde a formação de empresas ao estabelecimento legal do 
casamento e a sucessão de bens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – FABEC BRASIL 
Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS |Disciplina: FUNDAMENTOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E LEGAIS 
Professor: ERISMAR OLIVEIRA SILVA |E-mail: erismar@cgoconsultoria.com 
 
 
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