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Políticas de Saúde Profa. Jackeline Rodrigues Agenda • Conferências Nacionais • Declarações Internacionais • SUS – princípios, diretrizes, organização • Modelos de Atenção à Saúde • Componentes dos Sistemas de Saúde Cartas e Declarações • Declaração de Alma-Ata - 1978 • Carta de Ottawa – 1986 • Declaração de Adelaide – 1988 • Declaração de Sundsvall -1991 • Declaração de Santafé de Bogotá - 1992 • Declaração de Jacarta - 1997 • Declaração do México - 2000 • Declaração de Bangkok - 2005 • Declaração de Buenos Aires - 2007 • Declaração de Helsinque - 2009 • Declaração de Nairobi - 2013 Conferências Internacionais de Promoção da Saúde Ocorrem periodicamente e contam a participação de setores representativos de vários países, tais como: • OMS • OPAS • UNICEF Em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde e abordagens mais efetivas para o real alcance dos objetivos traçados. OBJETIVO Promover o suporte das ideias e medidas necessárias para as ações em saúde. O resultado da discussão aberta e organizada é expresso por meio de um documento final em defesa da promoção da saúde, salientando o bem-estar de todos os povos como requisito essencial para o desenvolvimento dos países , consequentemente, para a manutenção da paz mundial. Durante a década de 60, o amplo debate realizado em várias partes do mundo, realçando a determinação econômica e social da saúde, abriu caminho para a busca de uma abordagem positiva nesse campo, visando superar a orientação predominantemente centrada no controle da enfermidade. Conferências Internacionais de Saúde Conferências Internacionais DECLARAÇÃO DE ALMA ATA – cuidados primários • Local:URSS • Ano:1978 • Definida na 1a. Conferência Internacional de cuidados de saúde primários. • Meta “ Saúde para todos em 2000” • Saúde como um direito fundamental DECLARAÇÃO DE ALMA ATA Principais pontos abordados: • I . A conquista do mais alto grau de saúde exige a intervenção de muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor saúde; • III. A promoção e proteção da saúde da população é indispensável para o desenvolvimento econômico e social sustentado e contribui para melhorar a qualidade de vida e alcançar a paz mundial; Principais pontos abordados IV. A população tem o direito e o dever de participar individual e coletivamente na planificação e aplicação das ações de saúde; VII-1. A atenção primária de saúde é, ao mesmo tempo, um reflexo e conseqüência das condições econômicas e características socioculturais e políticas do país e de suas comunidades; ❑ Educação para problemas de saúde prevalentes: prevenção e controle; ❑ Promoção do suprimento de alimentos e nutrição adequada; ❑ Abastecimento de água e saneamento básico; ❑ Atenção materno-infantil, incluindo o planejamento familiar; ❑ Imunização contra as principais doenças infecciosas; ❑ Prevenção e controle de doenças endêmicas; ❑ Tratamento apropriado de doenças comuns e acidentes; ❑ Distribuição de medicamentos básicos. DECLARAÇÃO DE ALMA ATA >>> Oito Elementos essenciais Em 1984…. • “Além do cuidado da saúde” • dois novos conceitos foram introduzidos: o de política pública saudável e o de cidade ou comunidade saudável. A estratégia de atenção primária de saúde (Alma-Ata) com o enfoque multissetorial, o envolvimento comunitário e os componentes de tecnologia apropriada reforçaram a promoção na direção da saúde ambiental. 1ª Conferência Internacional de Promoção da Saúde CARTA DE OTTAWA Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. CARTA DE OTTAWA Pré-requisitos para saúde: CARTA DE OTTAWA Conceito de saúde holística pressupõe o tratamento do ser humano em todas as suas dimensões: física, emocional e espiritual. De nada adianta cuidar dos sintomas físicos, se não dermos a devida atenção às causas que os originaram Intersetorialidade • Governo • setor saúde • setores sociais • Setoreseconômico • organizações voluntárias e não-governamentais • autoridades locais • Indústria • mídia CARTA DE OTTAWA 5 Campos centrais de ação à promoção da saúde: Nesses três esquemas estão presentes a abordagem intersetorial, a participação e a responsabilidade da sociedade na formulação de políticas favoráveis à saúde e a uma melhor qualidade de vida, com ênfase em ambientes saudáveis e eqüidade, campos em que se avançou muito pouco durante os últimos 25 anos c Equidade Igualdade Equidade As ações de promoção da saúde objetivam reduzir as diferenças no estado de saúde da população e assegurar oportunidades e recursos igualitários para capacitar todas as pessoas a realizar completamente seu potencial de saúde PROMOÇÃO DA SAÚDE Combinação de estratégias que envolvem: ✓ Ações do estado (políticas públicas saudáveis); ✓ Ações da comunidade ( reforço da ação comunitária); ✓ Ações de indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais); ✓Ações do sistema de saúde (reorientação do sistema); ✓ Ações de intersetorialidade (parcerias intersetoriais) RESPONSABILIZAÇÃO MÚLTIPLA Visão Integral à Saúde Uma visão integral de saúde supõe que todos os sistemas estruturas que regem as condições sociais e econômicas, assim como as condições do ambiente físico, devem ser considerados quanto ao seu impacto nas condições de saúde e na qualidade de vida dos indivíduos e da coletividade. ✓ Condições de vida e de trabalho: renda, instrução, educação, trabalho, ambiente físico, políticas públicas; ✓ Fatores psicossociais: grupos e comunidades de auto-cuidado; redes familiares e sociais de apoio, ambiente de apoio para diferentes e específicos grupos etários e sociais – infância, adolescentes, gestantes, idosos e outros grupos vulneráveis ✓ Comportamentos individuais: estilo de vida, atividade física, dieta balanceada, uso indevido de álcool, tabaco e drogas; ✓ Fatores hereditários. Fatores que afetam e muitas vezes determinam a Saúde dos indivíduos e das comunidades: CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE SAÚDE Conferências nacionais As Conferências de Saúde são instâncias colegiadas, de caráter consultivo, que possibilitam o exercício do controle social no âmbito do poder executivo, tendo como objetivo avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes da política de saúde em cada nível de governo, constituindo-se no mais importante fórum de participação ampla da população. Sua periodicidade deverá ser estabelecida pelos Conselhos de Saúde correspondentes, não devendo ultrapassar quatro anos. Conferências Nacionais de Saúde 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) • O temário da conferência era composto pelos seguintes itens: 1) Saúde como direito; 2) Reformulação do Sistema Nacional de Saúde (SUDS) 3) Financiamento do setor. 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) • Destaques • Mobilização social – representação de diversos segmentos (Brasília – 4000 pessoas) • Ampla mobilização popular Constituição Federal “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Artigo 196 da Constituição Federal de 1988): Saúde passa a ser encarada como direito do cidadão e dever do Estado. Sistema Único de Saúde (SUS) SUS Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais e pelo setor privado e organizações não governamentais por meio de contratos e convênios. Está organizado em redes regionalizadas e hierarquizadas com direção única em cada esfera do governo. Sistema Único de Saúde Diretrizes ▪ Conjunto de recomendações técnicas e organizacionais voltadas para problemas específicos. • Produzidas pelo Ministério daSaúde, com o concurso de especialistas de reconhecido saber na área de atuação, de abrangência nacional, e que funcionam como: - orientadores da configuração geral do sistema em todo o território nacional, respeitadas as especificidades de cada unidade federativa e de cada município. Sistema Único de Saúde Conforme a Constituição Federal de 1988 as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes DIRETRIZES: • Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; • Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; • Participação da comunidade. Sistema Único de Saúde • Lei n.º 8.080, de 19 de Setembro de 1990 Dos Princípios: •I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; •II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; •III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; •IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; •V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; •VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; •VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; •VIII - participação da comunidade; •IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: • a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; • b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; •X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; •XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; •XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e •XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos Lei n.º 8.080, de 19 de Setembro de 1990 Dos Princípios: Sistema único de saúde - Organização • Os gestores do SUS são os representantes de cada esfera de governo designados para o desenvolvimento das funções do Executivo na saúde, a saber: • no âmbito nacional, o Ministro da Saúde; • no âmbito estadual, o Secretário de Estado da Saúde; • no municipal, o Secretário Municipal de Saúde Funções Gestoras • “um conjunto articulado de saberes e práticas de gestão necessários para a implementação de políticas na área da saúde” (Souza, 2002). • Pode-se identificar “quatro grandes grupos de funções (macro- funções) gestoras na saúde: • (a) formulação de políticas/planejamento; • (b) financiamento; • (c) coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/ redes e dos prestadores públicos ou privados); • (d) prestação direta de serviços de saúde” Sistema Único de Saúde Organização • Ministério da Saúde (MS) • Secretaria Estadual de Saúde (SES) • Secretaria Municipal de Saúde (SMS) • Conselhos de Saúde (municipal e estadual) • Conselho Nacional de Saúde (CNS) • Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) • Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) • Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) • Comissão Intergestores Tripartite (CIT) • Comissão Intergestores Bipartite (CIB) • Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS) Lei Orgânica da Saúde A Lei Orgânica da Saúde estabelece em seu artigo 15 as atribuições comuns das três esferas de governo, de forma bastante genérica e abrangendo vários campos de atuação. Para Entender a Gestão do SUS (saude.gov.br) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf Sistema Único de Saúde Organização • Cabe ao Estado, representado pela Secretaria de Estado da Saúde: • promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde; • acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS; • prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios • executar supletivamente ações e serviços de saúde; • coordenar, em caráter complementar, executar ações e serviços: • a) de vigilância epidemiológica, • b) de vigilância sanitária, • c) de alimentação e nutrição, • d) de saúde do trabalhador Sistema Único de Saúde Organização • Cabe ao Estado, representado pela Secretaria de Estado da Saúde: • participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana; • participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; • participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho; • em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde; • identificar estabelecimentos hospitalares de referência • gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional Sistema Único de Saúde Organização • Cabe ao Estado, representado pela Secretaria de Estado da Saúde: • coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administrativa; • estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde; • formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano; • colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; • o acompanhamento, a avaliação e a divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada Quem executa o papel abaixo? • Gestor Nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em articulação com o CNS. • Atua no âmbito da CIT para pactuar o Plano Nacional de Saúde. • Integram também sua estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobras, Inca, Into e oito hospitais federais. 1. Ministério da Saúde (MS) 2. Secretaria Estadual de Saúde (SES) 3. Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 4. Conselhos de Saúde (municipal e estadual) 5. Conselho Nacional de Saúde (CNS) 6. Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 7. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) 8. Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) 9. Comissão Intergestores Tripartite (CIT) 10. Comissão Intergestores Bipartite (CIB) 11. Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP- SUS) Quem executa o papel abaixo? • Gestor Nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em articulação com o CNS. • Atua no âmbito da CIT para pactuar o Plano Nacional de Saúde. • Integram também sua estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobras, Inca, Into e oito hospitais federais. 1. Ministério da Saúde (MS) Quem executa o papel abaixo? • Participa das formulações de políticas e ações de saúde, presta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual e participa da CIB para aprovar e implantar o plano estadual de saúde. 1. Ministério da Saúde (MS) 2. Secretaria Estadual de Saúde (SES) 3. Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 4. Conselhos de Saúde (municipal e estadual) 5. Conselho Nacional de Saúde (CNS) 6. Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 7. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) 8. Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) 9. Comissão Intergestores Tripartite (CIT) 10. Comissão Intergestores Bipartite (CIB) 11. Mesa Nacionalde Negociação Permanente do SUS (MNNP- SUS) Quem executa o papel abaixo? • Participa das formulações de políticas e ações de saúde, presta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual e participa da CIB para aprovar e implantar o plano estadual de saúde. 2. Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Conselho Nacional de Saúde (CNS) O CNS propõe, delibera, monitora e avalia as políticas e o plano de saúde adotados nas três esferas de governo. É composto por 48 instituições, metade representando entidades de usuários e movimentos sociais. CONTROLE SOCIAL Os Conselhos de Saúde buscam participar da discussão das políticas de saúde tendo uma atuação independente do governo, embora façam parte de sua estrutura e onde se manifestam os interesses dos diferentes segmentos sociais, possibilitando a negociação de propostas e o direcionamento de recursos para diferentes prioridades. Conselhos de Saúde (municipal e estadual) São 26 conselhos estaduais, um no DF e 5.562 conselhos municipais que atuam como instância da participação social e controle das políticas e planos de saúde. Diversidade territorial da atenção à saúde no SUS Existem dificuldades para que o Estado execute suas atribuições? Excessivo número de normas lançadas pelo Ministério da Saúde, faz com que Estado e Municípios mal tenham tempo de se adaptar às normas antes que surjam novas mudanças, gerando um processo de permanentes adaptações e readaptações nas ações de saúde Excessiva centralização dos recursos na esfera federal e à interdependência entre o cumprimento de tantas normas e o recebimento dos recursos. despreparo da maioria dos Municípios para arcar com as responsabilidades que atualmente lhes cabem Normas Recursos Capacitação Desafios Territorialização: meramente administrativa, negligencia o potencial para a identificação de problemas de saúde e de propostas de intervenção baseadas nas reais necessidades da comunidade. território, caracteriza-se como um espaço onde a população estabelece relações sociais, vivencia seus problemas de saúde e interage com os profissionais das unidades prestadoras de serviços de saúde. possível identificar o perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, político, social e cultura Exemplo de análise de território • planejamento territorial urbano • pode tanto evitar a produção de doenças, controlando a ocupação de áreas inadequadas e criando uma estrutura ambientalmente saudável, quanto tornar mais eficaz a ação da saúde pública, instalando equipamentos e serviços que sejam condizentes com as realidades territoriais a que se destinam. A eficácia dos programas de saúde pública depende, visivelmente, de uma boa gestão territorial. A gestão do território supõe ações integradas que contemplem a educação, saúde, moradia, saneamento básico, transporte Organização do modelo assistencialista- SUS Hierarquizada Os serviços de saúde são classificados nos níveis primário, secundário e terciário de atenção, conforme o grau de complexidade tecnológica requerida aos procedimentos realizados. porta de entrada para o sistema -> Encaminhamento - > fortemente especializados -> Unidade Básica de Saúde Sistemas de Saúde • Componentes do sistema de Saúde: 1. Cobertura Populacional 2. Financiamento 3. Força de trabalho 4. Rede de serviços 5. Insumos 6. Tecnologia e Conhecimento 7. Organizações COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE • COBERTURA: • DE NÚMERO PESSOAS/CIDADÃOS OU • DE SERVIÇOS: amplitude dos serviços oferecidos, ou conjunto de ações e serviços aos quais a população tem acesso. • COBERTURA: • Depende do tipo de modelo de proteção social adotado pela país: COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE Seguridade Social Universal : toda a população do país tem acesso garantido independente do status social Seguro social categorias profissionais América Latina: sistemas segmentados que cobrem parcelas da população Ex: Argentina – sistema de seguro social, sistema estatal e sistema privado Ex: Brasil – sistema único de saúde (universal), planos de saúde • FINANCIAMENTO: • Diz respeito aos recursos que sustentam o Sistema de Saúde. • Público: tributos pagos pela sociedade, impostos diretos, impostos indiretos e as contribuições de seguridade social (proporcional ao salário ou sobre os lucros e faturamento das empresas como no Brasil) • Privado: são aqueles pagos diretamente pelas famílias, empresas e indivíduos COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE INFLUENCIAM O DESENPENHO DOS SISTEMAS DE SAÚDE! • FORÇA DE TRABALHO: • Profissionais e técnicos: médicos, enfermeiros, sanitaristas, agentes de saúde, farmacêuticos etc. • Profissionais responsáveis pelos mais diversos exames altamente refinados. • Administradores, técnicos especialistas, gestores • Se organizam em sindicatos, organizações e acabam influenciando importantes decisões na área da saúde. Ex: sociedade médicos, centram a atenção à saúde pautada no médico. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE • REDE DE SERVIÇOS: • Serviços Coletivos: todos aqueles de prevenção, promoção e controle voltados para o conjunto da população. Exemplos: vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e controle ambiental. • Serviços de Assistência Médica: serviços ambulatoriais (atenção básica primária, clínicas especializadas, exames e procedimentos sem internação), hospitalares e de atenção de longa duração (casas de idosos, casas de apoio a deficientes) COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE • INSUMOS: • São todos os tipos de recursos utilizados no tratamento ou prevenção em saúde. • São produzidos pelas indústrias multinacionais privadas; • Países pobres não conseguem manter a produção de insumos constante- ---afeta a saúde da população!! • Regiões mais ricas possuem geralmente maior facilidade de ter insumos do que as regiões mais pobres COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE • TECNOLOGIA E CONHECIMENTO: • Discute as alternativas e soluções de novas técnicas, práticas, procedimentos e insumos que permitam prevenir e combater os males da saúde. • Distribuídos de forma desigual entre os países. • Controlados pelas indústrias dos países desenvolvidos. • Complexo industrial da saúde – indústrias farmacêuticas , de equipamentos médicos----sistema capitalista COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE • ORGANIZAÇÕES: • São estruturas responsáveis pela condução, regulação, gestão e administração dos sistemas de serviços de saúde. • Ministérios, departamentos e secretarias de saúde; • Institutos de previdência social; • Outros ministérios; • Organizações voluntárias: Cruz Vermelha, Alcoólicos Anônimos...; • Conselhos e Sindicatos; • Agência Reguladoras: Anvisa, ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar); • Empresas privadas. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE SAÚDE Dinâmicas dos Sistemas de Saúde 1. Alocação de recursos 2. Prestação de serviços 3. Gestão 4. Regulação • ALOCAÇÃO DE RECURSOS: • Forma como os recursos financeiros são distribuídos no interior dos sistemas de saúde. • Distribuição dos recursos geograficamente, entre os governos ou estados, entre setores de atenção, entre serviços coletivos e individuais, entre investimentos e custeios. • Formas de remuneração dos serviços de saúde: • salários, • orçamentos, • pagamentos prospectivos, • per capita, DINÂMICA DOS SISTEMAS DE SAÚDE • PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: • SERVIÇOS PRIMÁRIOS = de atenção básica • SERVIÇOS SECUNDÁRIOS = ambulatorial especializada • SERVIÇOS TERCIÁRIOS = hospitalar DINÂMICA DOS SISTEMAS DE SAÚDE • GESTÃO: • Função de conduzir e dirigir os sistemas de saúde; • Formular políticas; • Financiar e contratar serviços; • Organizar e estruturar a rede de serviços em seus distintos níveis; • Dimensionar a oferta; • Controlar e avaliar as ações • GESTORES: grande função de articular com os prestadores de serviços, com os diversos atores sociais envolvidos com a saúde, grande função de conhecer a realidadeepidemiológica, social do país, região onde trabalha. DINÂMICA DOS SISTEMAS DE SAÚDE • REGULAÇÃO: • Intervenção do Estado para alcançar a otimização na alocação e distribuição de recursos. • Leis e Normas que regem a relação entre os diversos componentes de saúde e envolvem a proteção da saúde. • Regulação sobre prestadores de serviços; • Regulação sanitária; • Regulação dos mercados em saúde (planos de saúde, seguros de saúde) DINÂMICA DOS SISTEMAS DE SAÚDE Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde Moldado e definido por: • Político – modelo de gestão. • Econômico – modelo de financiamento. • Médico – modelo assistencial • nenhum país tem um modelo puro • há grande hegemonia de determinada forma de organização e financiamento de saúde, o que confere características próprias ao correspondente modelo •Modelo Universalista • Esse modelo é caracterizado por financiamento público com recursos dos impostos e acesso universal aos serviços que são prestados por fornecedores públicos. • Podem existir outras fontes de financiamento além dos impostos, tais como pagamentos diretos de usuários e outros insumos. • Porém, a maior parte do financiamento e da gestão é por conta do Estado Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde Modelo do seguro social • O conceito de seguro social implica o seguro no qual a participação é obrigatória. • O financiamento é por aporte e contribuições dos empresários e trabalhadores. • Por definição, só cobrem os contribuintes e seu grupo familiar Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde Modelo de seguros privados • Esse modelo tem uma organização tipicamente fragmentada, descentralizada e com escassa regulação pública. • Em comparação com os outros modelos, este limita a ação do Estado. Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde Modelo assistencialista • De forma inversa ao modelo universalista, a saúde não é um direito do povo, mas sim uma obrigação dos cidadãos. • O Estado só oferece assistência às pessoas incapazes de assumir a responsabilidade individual de cuidar da saúde. • As ações são direcionadas às pessoas mais vulneráveis e carentes e, de maneira qualitativa e quantitativamente limitada, pois do contrário poderia contribuir para incentivar as pessoas a não se responsabilizarem pela própria saúde. Estados Unidos • Não há um sistema público de cobertura universal na área de saúde. Segundo uma estimativa feita pelo governo, 46,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos não tinham cobertura em 2008 (esse número, porém, inclui imigrantes ilegais e americanos que ganham mais de US$ 50 mil por ano). • Há alguns programas financiados pelo governo, como o Medicare, destinados a pessoas com mais de 65 anos, ou o Medicaid, para pessoas de baixa renda. Estados Unidos • Veteranos das Forças Armadas também estão cobertos por um programa do governo, assim como crianças de famílias pobres que não se enquadram nas exigências do Medicaid. • A maioria dos americanos, porém, precisa adquirir seu próprio plano de saúde, seja por meio de seus empregadores, seja por conta própria. No caso dos planos de saúde privados, há variações nas regras e no valor a ser pago. Em alguns casos, por exemplo, o segurado tem de pagar parte do tratamento médico para depois ser ressarcido pela seguradora. Aqueles que não têm cobertura de saúde só são atendidos gratuitamente em emergências. Canadá • Conhecido como Medicare, o sistema de saúde do Canadá garante acesso a uma cobertura universal abrangente de serviços médico- hospitalares e clínicos. • Sua construção levou mais de cinco décadas. Até o fim dos anos 1940, a assistência à saúde no Canadá era dominada pelo setor privado. Japão • Trata-se de um complexo sistema, denominado Cobertura de Saúde Universal, em funcionamento desde 1961. • É um sistema universal, gratuito e equitativo. • Apresenta resultados expressivos, graças às ações preventivas primárias e secundárias, com uso de tecnologias avançadas, em relação, por exemplo, à mortalidade de adultos para doenças não transmissíveis. • Os cuidados médicos eficazes são alcançados sem fila de espera, com despesas relativamente baixas (8,5% do PIB). Espanha • O Sistema de Saúde é organizado com base nas disposições constitucionais. Promulgado em 1978, estabelece o direito à proteção da saúde e à atenção sanitária de todos os cidadãos. • As características do sistema são: • Financiamento público. • Universalidade. • Gratuidade no acesso. Chile • É um sistema misto em termos de atendimento à população, seguro de saúde e administração financeira. Até 1980, era fundamentalmente público, tendo sido, a partir da reforma de saúde em 1981, combinados um seguro público social e solidário, que corresponde ao Fondo Nacional de Salud (Fonasa), com o seguro privado, individual e competitivo, representado pelas Instituciones de Salud Previsional (Isapre). Ambos estão sujeitos à inspeção do Ministério da Saúde. • Por lei, os trabalhadores formais são obrigados a contribuir com 7% de sua receita mensal ao sistema que adotarem, o Fonasa ou a Isapre. O Fonasa recebe investimentos governamentais para cobrir o atendimento a indigentes e levar adiante alguns programas públicos de saúde. • As Isapres administram as contribuições obrigatórias dos assalariados e seus membros podem contribuir com um valor adicional para melhorar a cobertura do seu plano. Referências • GIOVANELLA, L ; ESCOREL, S. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011/12. • COHN, A.; ELIAS, P.E.; MANGEON, E. Saúde no Brasil: políticas e organização de serviços. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Para entender a gestão do SUS: • http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf Ministério da Saúde. As cartas de promoção da saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf http://www.who.int/social_determinants/publications/isa/portuguese_adelaide_st atement_for_web.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_sundsvall.pdf http://www.bvsde.paho.org/bvsdeps/fulltext/cartabangkokpor.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf http://www.who.int/social_determinants/publications/isa/portuguese_adelaide_statement_for_web.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_sundsvall.pdf http://www.bvsde.paho.org/bvsdeps/fulltext/cartabangkokpor.pdf Referências Bibliográficas • http://www.ccs.saude.gov.br/cns/timeline.php • http://www.conass.org.br/conassdocumenta/cd_18.pdf http://www.ccs.saude.gov.br/cns/timeline.php http://www.conass.org.br/conassdocumenta/cd_18.pdf
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