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REDE DE ATENDIMENTO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA AS MULHERES FACILITADORA: KALIANDRA DE OLIVEIRA ANDRADE GERENTE OPERACIONAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES (GEEG/SEMDH) DOUTORANDA E MESTRA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI/UFPB) PARA INÍCIO DE CONVERSA... O QUE É VIOLÊNCIA DE GÊNERO? É compreendida como qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. O QUE É VIOLÊNCIA DE GÊNERO? É compreendida como qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. O Violência Doméstica e Familiar - é uma violação de direitos humanos, definida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial – Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha); O Violência Sexual - crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. Um elemento importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima – Leis: 12.015/2009 e 13.718/2018 (Importunação Sexual); O Feminicídio - é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre suas vidas, comuns em sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o caso brasileiro – Lei nº 13.104/2015 (Lei de Feminicídio). ALGUNS TIPOS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA AS MULHERES: ALGUNS TIPOS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA AS MULHERES: CULTURA DO ESTUPRO: O QUE OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA NOS “FALAM”? O Brasil em 5º no ranking mundial (média de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres); O Segundo o Anuário de Segurança Pública Brasileiro e o Atlas da Violência, de 2015 até 2019 foram notificados 22.240 crimes violentos contra mulheres e 4.868 feminicídios; O Destas mortes, 57% foram assassinadas por companheiros ou membros da família e 30% por ex- cônjuges ou ex-parceiros; O O Atlas da Violência (2019) aponta que a cada 2 minutos há um registro de violência doméstica em nosso país. O Mulheres negras são as maiores vítimas de mortes violentas, entre 18 e 30 anos de idade; O 61% por feminicídio e 66% de CVLIs (Crimes Violentos Letais e Intencionais). MACHISMO, RACISMO E FEMINICÍDIO FO NT E: G OO GL E IM AG EN S O QUE PODEMOS FAZER? ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA O Relaciona-se com as estratégias de combate, prevenção, assistência e garantia de direitos (campanhas, políticas públicas, legislações etc.); O - Inclui órgãos responsáveis pela gestão e controle social das políticas de gênero, além dos serviços de atendimento; O - É mais ampla que a rede de atendimento às mulheres em situação de violência; O Podem ser as escolas, universidades, movimentos sociais, movimentos de mulheres e feministas, ONGs, órgãos públicos e privados, sociedade civil entre outros. ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA Refere-se ao eixo da Assistência (social, jurídica, psicológica, saúde, justiça, segurança entre outros); Restringe-se a serviços de atendimento (especializados e não-especializados). É mais específica que a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres. COMO DEVE SER O ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA Refere-se ao eixo da Assistência (social, jurídica, psicológica, saúde, justiça, segurança entre outros); Restringe-se a serviços de atendimento (especializados e não-especializados). É mais específica que a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres. O ACOLHIMENTO DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: COMO PROCEDER?O ACOLHIMENTO DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: COMO PROCEDER? ESCUTA ATIVAESCUTA ATIVA ❑Escuta ativa não é aconselhamento nem terapia. ❑É uma maneira solidária de administrar o diálogo, de forma a ajudar a pessoa escutada a restaurar um laço de confiança, na medida em que se sinta compreendida e respeitada. ❑Segundo o modelo da escuta ativa, que pode ser adotada em relações face-a-face ou por telefone, a postura de quem ouve é tão ou mais importante do que aquilo que se diz para a pessoa atendida. ▪ Buscar entender o/os problema/as, a origem do sofrimento e as dificuldades da mulher em sair da dinâmica abusiva; ▪ Mapear conjuntamente à rede de suporte social que ela tem ou pode acionar, como seu trabalho, amigos, família, recursos materiais; ▪ Apontar as possibilidades e reforçar pontos positivos; ▪ Mapear potenciais riscos que a mulher pode correr (presença de armas e ameaças) e avaliar tentativas anteriores e formas de prevenção; ▪ Partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar que a violência é uma situação de extrema gravidade, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos entre o homens e mulheres (machismo) – não é doença; ▪ Discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual. OS/AS PROFISSIONAIS DEVEM AGIR NO SENTIDO DE:OS/AS PROFISSIONAIS DEVEM AGIR NO SENTIDO DE: REDE DE SERVIÇOS PARA GARANTIA DE DIREITOS REDE DE ATENDIMENTO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: REDE DE ATENDIMENTO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: • É uma rede formada por instituições públicas e privadas que dispõem de equipes multiprofissionais que se enlaçam e se complementam para atender a mulher em situação de violência doméstica e familiar. • Prestando serviços nas áreas: policial, psicossocial, jurídica, saúde e assistência social, por meio de profissionais especializados. • É uma rede formada por instituições públicas e privadas que dispõem de equipes multiprofissionais que se enlaçam e se complementam para atender a mulher em situação de violência doméstica e familiar. • Prestando serviços nas áreas: policial, psicossocial, jurídica, saúde e assistência social, por meio de profissionais especializados. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS NO ATENDIMENTO À MULHER Atendem exclusivamente as mulheres e possuem expertise no tema da violência contra as mulheres. Como podemos citar: ✓ Delegacias Especializadas no Atendimento às mulheres (DEAMs); Centros de Referência da Mulher; Varas Especializadas na Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; Juizado de Violência Doméstica e Familiar; Defensoria; Hospitais de Referência entre outros. SERVIÇOS NÃO ESPECIALIZADOS NO ATENDIMENTO À MULHER Em geral, constituem a porta de entrada da mulher na rede, embora não tenham o caráter especializado no atendimento. São eles: ✓ Hospitais gerais; serviços de atenção básica; CRAS; PSFs; delegacias comuns; polícia militar; polícia federal; CREAS; Ministério Público, Defensorias Públicas entre outros. REDE DE ATENDIMENTO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA: REDE DE ATENDIMENTO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA: IMPORTANTE: • A estrutura da rede não é a mesma em qualquer lugar. Cada cidade terá uma rede de atendimento mais ou menos ampla, de acordo com os organismos que estejam em funcionamento na respectiva localidade. IMPORTANTE: • A estrutura da rede não é a mesma em qualquer lugar. Cada cidade terá uma rede de atendimento mais ou menos ampla, de acordo com os organismos que estejam em funcionamento na respectiva localidade. SAÚDE: - PSF; - CAPS; - CAIS; - UBS; - Hospitais, entre outros. SEGURANÇA E JUSTIÇA: - Delegacia da mulher; - Defensorias; - Promotorias; - Conselhos de direitos; - ONGs. TRABALHO E RENDA: - Programa de qualificação e geração de renda. EDUCAÇÃO: - Programa de alfabetização (EJA); - Formação cidadã. HABITAÇÃO: - Acesso a moradia. ASSISTENCIA SOCIAL: - CRAS; - CREAS; - Casas de passagem e acolhida; - Abrigo;- Programas e benefícios assistenciais (bolsa família, auxilio aluguel, BPC...) REDE DE SERVIÇOS DE ATENDIMENTO VIOLÊNCIADOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA AS MULHERES NA PARAÍBA: OS CENTROS DE REFERÊNCIA • A Paraíba conta com sete (07) centros de referência no atendimento às mulheres: – Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra – João Pessoa; – Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes – Campina Grande; – Centro de Referência de Atendimento à Mulher Professora Ana Luiza Mendes Leite – Campina Grande; – Centro de Referência da Mulher Susane Alves da Silva – Cajazeiras; – Centro de Referência de Atenção à Mulher Delegada Tâmara Lenina Xavier de Lucena Araújo – Patos; – Centro de Referência de Atendimento à Mulher Maria do Céu – Santa Luzia; – Centro de Referência Intermunicipal de Atendimento às Mulheres do Cariri – Maria Eliane Pereira dos Anjos – Sumé. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA AS MULHERES NA PARAÍBA: AS DELEGACIAS ESPECIALIZADAS NO ATENDIMENTO ÀS MULHERES • As Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres: Hoje, a Paraíba conta com 14 DEAMs e um núcleo em Esperança: – João Pessoa: 2 unidades (Norte e Sul); – Cabedelo; – Santa Rita; – Bayeux; – Guarabira; – Mamanguape; – Campina Grande; – Picuí; – Monteiro; – Patos; – Cajazeiras; – Sousa; – Queimadas e – Esperança (Núcleo). HOSPITAIS E MATERNIDADES DE REFERÊNCIA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA AS MULHERES NA PARAÍBA: A REDE DE SAÚDE Maternidades e Hospitais de referência para no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e sexual: JOÃO PESSOA: • Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena • Maternidade Frei Damião* • Instituto e Maternidade Cândida Vargas* • Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho • Hospital Infantil Arlinda Marques CAMPINA GRANDE • Instituto Elpídio de Almeida (ISEA)* • Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom • Luiz Gonzaga Fernandes CAJAZEIRAS • Hospital Regional de Cajazeiras* VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL CONTRA AS MULHERES NA PARAÍBA: A REDE DE SAÚDE Maternidades e Hospitais de referência para no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e sexual: GUARABIRA • Hospital Regional de Guarabira MONTEIRO • Hospital e Maternidade Santa Filomena* PATOS • Maternidade Peregrino Filho* SANTA LUZIA • Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro* SOUSA • Hospital Regional de Sousa *Serviço de referência para interrupção da gravidez prevista em Lei F o n te : A n d ra d e ( 2 0 1 9 ). PROCEDIMENTOS PRIORITÁRIOS - VIOLÊNCIA SEXUAL: QUE FAZER? VIOLÊNCIA SEXUAL VÍTIMA DE 0 A 18 ANOS VÍTIMA + DE 18 ANOS • Registro obrigatório da ocorrência no Conselho Tutelar; • Contracepção de emergência, profilaxia DST/HIV/AIDS nas maternidades, hospitais ou institutos médicos de referência. • Registro na Delegacia Especializada da Mulher; • Contracepção de emergência, profilaxia DST/HIV/AIDS nas maternidades, hospitais ou institutos médicos de referência. Importante: a contracepção de emergência deve ser feita até 72 horas. O que irá diminuir a chance de uma gravidez indesejada. E a profilaxia para evitar doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. GRATIDÃO!!!! Kaliandra de Oliveira Andrade Gerente Operacional de Enfrentamento a Violência Contra as Mulheres Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana - PB Fone: (83) 3218-7298 gerenciadegenero@semdh.pb.gov.br Siga-nxs no instagram: semdhgovpb
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