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violência contra mulher

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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
FAVENI
 MYREIA NOBERTA DE MELO PORTUGAL 
 ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
RIO DE JANEIRO
2022
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
FAVENI
 MYREIA NOBERTA DE MELO PORTUGAL 
ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA.
 
 
Rio de Janeiro
2022
ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
MYREIA NOBERTA DE MELO PORTUGAL
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO- A violência contra as mulheres é um assunto que vem ganhando destaque nos últimos anos e durante a atual pandemia que o mundo vem vivendo, por se tratar de um problema de saúde pública elaboramos este estudo sobre a violência contra as mulheres e a percepção dos profissionais de enfermagem. Objetivos: Analisar as estratégias do cuidado de enfermagem que fortalecem a possibilidade de detecção precoce de mulheres em situação de violência; Discutir estratégias de cuidado de enfermagem para detecção precoce de mulheres vítimas de violência e Identificar os fatores que limitam a detecção precoce de mulheres vítimas de violência pela equipe de enfermagem. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, utilizando a revisão integrativa como procedimento para seleção de materiais e análise de dados. Através dos critérios de inclusão e exclusão, selecionamos 18 artigos para análise final, onde ficou definido três categorias de análise: a) A importância do conhecimento dos enfermeiros sobre a temática violência à mulher para a detecção precoce; b) O enfermeiro sensibilizado e capacitado: acolhimento e vínculo; e c) A dificuldade dos enfermeiros em realizarem o cuidado de enfermagem. Considerações Finais: De acordo com o estudo, mesmo com campanhas de combate a violência contra a mulher, ainda se tem muita dificuldade de detectar precocemente as mulheres vítimas de violência, pois essas mulheres preferem ficar em silêncio diante dos casos. Podemos ressaltar que a falta dessa temática na graduação também dificulta que os enfermeiros realizem a detecção precoce, e o método que se apresentam mais eficaz até o momento é o vínculo que é criado com essa mulher e assim ela de sentir a vontade de contar sobre os casos de violência que sofreu. 
PALAVRAS-CHAVE: Detecção Precoce. Cuidado. Enfermagem. Violência Contra a Mulher.
1 
INTRODUÇÃO
Atualmente, vivemos em uma sociedade onde muitas mulheres sofrem violência, seja ela física, sexual, verbal, econômica, psicológica e ficam com medo de denunciar, pois, muitas das vezes sofrem tal violência por uma pessoa conhecida, pelo parceiro íntimo, por um membro da família. 
Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência é responsável por 1,4 milhão de mortes a cada ano no mundo. A estimativa é que 35% das mulheres em todo o mundo sejam vítimas de violência, seja ela física e/ou sexual durante a vida, na maioria das vezes é cometido pelo parceiro íntimo, seguido por familiares, conhecidos (SCHRAIBER, OLIVEIRA, 2006; BRASIL, 2019).
Para garantir os direitos da mulher dentro da sociedade, foi sancionada a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 22 de setembro do mesmo ano.
Mesmo com a criação da Lei Maria da Penha, muitas mulheres não procuram as delegacias para realizarem queixa de seus agressores, o que torna as informações de registros nas delegacias contestável. As mulheres que sofrem violência costumam procurar os serviços de saúde com outras queixas, com outros problemas recorrentes, e não revelam espontaneamente que sofreram algum tipo de violência. E muitas vezes os serviços de saúde que prestam atendimento a essas mulheres violentadas, tem dificuldade de identificar a violência (SCHRAIBER, OLIVEIRA, 2006).
O acolhimento é um momento que o profissional de enfermagem consegue ter a oportunidade de conhecer um pouco a história da mulher, e criar um vínculo para que essa mulher. A criação do vínculo, é quando o profissional de saúde conquista a confiança do paciente, quando se abre com o profissional, relatando sobre a sua vida e assim contando que sofreu algum tipo de violência (VISENTIN; et al, 2015).
Se faz necessário que a equipe de enfermagem seja qualificada, que tenham uma visão holística para ajudar essas mulheres. A equipe de enfermagem precisa estar preparada e realizar a escuta qualificada para identificar os sinais de que a mulher sofreu algum tipo de violência, realizar a abordagem ao assunto de forma que a mulher se sinta confortável de falar sobre o assunto. 
O presente estudo tem como objetivo geral analisar as estratégias do cuidado de enfermagem que fortalecem a possibilidade de detecção precoce de mulheres em situação de violência. Enquanto os objetivos específicos são discutir estratégias de cuidado de enfermagem para detecção precoce de mulheres vítimas de violência e identificar os fatores que limitam a detecção precoce de mulheres vítimas de violência pela equipe de enfermagem.
Conforme o aumento dos casos de violência contra a mulher nos últimos anos, o assunto foi crescendo e ganhando importância, consideramos necessário pesquisar mais sobre a percepção da equipe de enfermagem na assistência das mulheres que sofreram violência. 
A intenção de que estas informações acrescentem ideias e conhecimento a equipe de enfermagem, para que essas mulheres tenham acesso à atenção humanizada e integral, a partir do momento que são observados sinais e sintomas que sofreram violência.
A temática contribuirá para outros estudos, como fonte de informações para estudantes e profissionais da área, a fim de encorajar debates sobre a temática e novas pesquisas para aprofundar-se sobre o assunto, trazendo um novo olhar sobre a percepção da equipe de enfermagem tem no atendimento das mulheres que sofreram violência.
Este estudo é do tipo com abordagem qualitativa, que se trata da pesquisa através de métodos que sintetizam os achados de estudos qualitativos individuais, transformando-os em ferramentas para construção de novas teorias (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2011).
Foram utilizados artigos científicos, manuais e protocolos, traduzido para língua portuguesa, editados e publicado no período de 2016 a 2020. A pesquisa usou base de dados virtuais como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MINISTÉRIO DA SAÚDE. Contará com norteador análise de artigos já publicados sobre o assunto e será organizado e planilhado.
A revisão integrativa é dividida em seis etapas que são: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; categorização dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados e apresentação da revisão/síntese do conhecimento (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2011).
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 CONCEITO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Violência contra a mulher e intrafamiliar vem acontecendo a muito tempo, sendo um crime oculto e de maior incidência no país, onde a situação era banalizada e os agressores não sofriam punição efetiva, e as mulherespermaneciam em situação de violência e com sequelas que carregariam para o resto de suas vidas (DIAS, 2010).
A Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu duas tentativas de assassinato por seu parceiro, e como consequência ficou paraplégica. Com o caso de Maria da Penha, houve uma grande repercussão, pois o estado foi condenado por negligência, pois não tomou medidas necessárias para punir e prender o agressor.
A Lei foi criada e como reparação simbólica recebeu o nome de Maria da Penha, que foi um fruto da organização do movimento feminista no Brasil, que desde 1970 denunciava as violências cometidas contra as mulheres. 
No Título II, Capítulo I, Art.5º a violência contra a mulher foi definida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Sendo considerado a violência nos âmbitos da unidade doméstica, da família e em qualquer relação íntima de afeto. 
É importante compreender que a violência contra a mulher nas relações pessoais, mencionadas na lei, é independente da orientação sexual. E que todos os tipos de violência doméstica e familiar, são uma violação aos direitos humanos. 
2.2 TIPOLOGIA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A violência tem se apresentando como um problema de saúde pública, e pode ser definida como qualquer ação intencional, perpetrada por individuo, grupo, instituição, classes ou nações dirigida a outrem, que cause prejuízos, danos físicos, sociais, psicológicos e/ou espirituais (MINAYO, SOUZA, 1997). 
A tipologia da violência proposta pela OMS indica três grandes categorias e violência, que correspondem às características daquele que comete o ato violento. Que são: a violência coletiva, que inclui os atos violentos que acontecem nos âmbitos macrossociais, políticos e econômicos e caracterizam a dominação de grupos e Estado. A violência auto infligida, subdividida em comportamentos suicidas, e os auto abusos. A violência interpessoal, subdividida em violência comunitária e violência familiar, que inclui a violência infligida pelo parceiro íntimo, o abuso infantil e abuso contra os idosos. Nesse tipo de violência podemos incluir a violência juvenil, os atos de violência, o estupro e o ataque sexual por estranhos (COELHO; SILVA; LINDNER, 2014).
A violência pode ser definida considerando a qual grupos ou pessoa ela é direcionada. As mulheres podem sofrer violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. 
A violência física é considerada qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal, podendo ser: tapas, empurrões, chutes, bofetadas, puxões de cabelo, beliscões mordidas, queimaduras, tentativas de asfixia, ameaça com faca tentativas de homicídios (BRASIL, 2001; BRASIL, 2006).
A violência psicológica é entendida como qualquer ato que lhe cause danos emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o desenvolvimento, pode ser definidas como violência psicológicas: humilhações, ameaças de agressão, privação da liberdade, impedimento ao trabalho ou estudo, danos propositais a objetos queridos, danos a animais de estimação, danos ou ameaças a pessoas queridas, impedimento de contato com a família e amigos (BRASIL, 2001; BRASIL, 2006). 
A violência sexual é qualquer ato que cause constrangimento a presencias, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, podem ser considerado atitudes que envolva: expressões verbais ou corporais que não são do agrado da pessoa, toques e caricias não desejadas, exibicionismo e voyerismo, prostituição forçada, participação forçada em pornografia (BRASIL, 2001; BRASIL, 2006). 
A violência patrimonial, é entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos. Além da violência moral que é entendida como qualquer conduta que configure calunia, difamação ou injuria (BRASIL, 2006). 
Devido a violência, as mulheres sofrem as seguintes consequências: baixa autoestima, uso e abuso de álcool e outras drogas, depressão, podem desenvolver ansiedade, estresse pós-traumático, comportamento antissocial, comportamento suicida, distúrbio do sono (COELHO; SILVA; LINDNER, 2014). 
2.3 A ENFERMAGEM NO CUIDADO A MULHER SUSPEITA DE VIVENCIAR SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
A violência contra as mulheres é um problema de saúde pública que vem crescendo nos últimos anos, mas que ainda existe dificuldades de notificação, devido as mulheres terem dificuldades de relatarem a vivência de violência e de denunciarem o agressor.
A equipe de enfermagem tem um importante papel na detecção das mulheres que vivenciam a violência, pois através das consultas de enfermagem onde faz o acolhimento desta mulher e criam um vínculo, acabam conseguindo identificar as mudanças de comportamento dessa mulher e até sinais e sintomas que podem identificar a violência que sofreu. 
O vínculo é um meio de concretizar o projeto de enfrentamento da violência, pois é através do vínculo que o profissional consegue realizar um escuta qualificada, observando o comportamento da mulher para qualquer sinal que possa ser detectada a vivência de violência, como por exemplo uso excessivo do serviço de saúde (SILVA, PADOIN, VIANNA, 2013).
Durante o acolhimento da mulher seja na consulta de enfermagem como na visita domiciliar, é a oportunidade que os profissionais têm de observar os sinais de violência, e nesse momento devem abordar o tema de uma forma empática, com atendimento humanizado, demonstrar confiança, para que a mulher consiga se sentir à vontade para relatar o caso (VISENTIN et al, 2015).
O cuidado da enfermagem deve ser a partir da demanda que a mulher foi buscar ajudar e se atentar aos outros sinais que possam indicar a violência, podemos usar como exemplo, infecções urinarias de repetição, entrada tardia no pré-natal, dor pélvica crônica, ansiedade, depressão, síndrome do intestino irritável. São alguns sinais que a mulher vem sofrendo violência, que precisa ser investigado e através do vínculo que o profissional tem com essa mulher, abordar o assunto para que possa ser feito o enfrentamento da violência, respeitando o desejo da mulher (LONDRINA, 2016).
2.4 ANÁLISE DE DADOS 
A violência contra as mulheres é um tema que vem ganhando destaque nos últimos anos, devido ao alto índice de mortes e vítimas que tem criado coragem para denunciar seus agressores, infelizmente ainda existe mulheres que se tornam refém dos agressores e precisam de orientações e apoio para conseguir reconhecer a violência sofrida e denunciar. O enfermeiro tem um papel muito importante nesse processo, quando consegue identificar através de alguns sinais de que a mulher está sofrendo violência e através da consulta, criando um vínculo com a paciente, consegue orientar como essa mulher pode sair dessa situação, e oferecer todo o apoio que essa mulher precisa.
Ao realizar a pesquisa sobre violência contra as mulheres, foi fácil encontrar os artigos sobre o assunto, porém ao usar os filtros para artigos sobre a percepção dos enfermeiros para uma detecção precoce da violência contra as mulheres, a quantidade de artigos ficaram mais restritos. Onde foram selecionados 18 artigos para análise de dados.
Tabela 1: Artigos selecionados para análise de dados.
	Artigo
	Título / Autores
	Ano
	Periódico
	Objetivos
	A1
	Violência contra as mulheres na prática de enfermeiras da atenção primária à saúde
Silva, Viviane Graciele da; Ribeiro, Patrícia Mônica
	2020
	Esc. Anna Nery Rev. Enferm.
	Compreender como os  enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde identificam a violência contra as mulheres e descrever a assistência de enfermagem prestada a essas mulheres.
	A2
	Práticas de cuidado da(o) enfermeira(o) à mulher em situação de violência conjugal
Mota, Andréia Ribeiro; Machado, Juliana Costa; Santos, Ninalva de Andrade; Simões, Aline Vieira; Pires, Vilara MariaMesquita Mendes; Rodrigues, Vanda Palmarella
	2020
	Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online)
	Identificar a concepção de cuidar da mulher em situação de violência conjugal para as(os) enfermeiras da Estratégia Saúde da Família e descrever o cuidado desenvolvido à mulher em situação de violência conjugal pela(o) enfermeira(o).
	A3
	Atuação da enfermagem na conservação da saúde de mulheres em situação de violência
Albuquerque Netto, Leônidas de; Pereira, Eric Rosa; Tavares, Joyce Martins Arimatea Branco; Ferreira, Dennis de Carvalho; Broca, Priscilla Valladares
	2018
	REME rev. min. Enferm
	Analisar, pela ótica da Teoria de Enfermagem de Levine, o atendimento da enfermeira às mulheres que sofreram violência.
	A4
	Assimilação teórica e prática da violência doméstica: profissionais de enfermagem atendendo vítimas na atenção primária
Amarijo, Cristiane Lopes; Barlem, Edison Luiz Devos; Acosta, Daniele Ferreira; Marques, Sérgio Correa
	2018
	Rev. enferm. UERJ
	Analisar a assimilação teórica e prática acerca da violência doméstica contra a mulher (VDCM) entre profissionais de enfermagem, considerando o atendimento às vítimas em unidade de saúde da família. 
	A5
	Representações sociais de enfermeiras acerca da violência doméstica contra a mulher: estudo com abordagem estrutural
Acosta, Daniele Ferreira; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Oliveira, Denize Cristina de; Marques, Sérgio Corrêa; Fonseca, Adriana Dora da
	2018
	Rev. gaúch. Enferm
	Analisar a estrutura e os conteúdos das representações sociais de enfermeiras acerca da violência doméstica contra a mulher
	A6
	Reflexões acerca da violência contra a mulher na ótica de Madeleine Leininger
Broch, Daiane; Crossetti, Maria da Graça Oliveira; Riquinho, Deise Lisboa
	2017
	Rev. enferm. UFPE on line
	Refletir acerca da violência contra a mulher na ótica de Madeleine Leininger. 
	A7
	Aspectos éticos e legais no cuidado de enfermagem as vítimas de violência doméstica
Acosta, Daniele Ferreira; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Oliveira, Denize Cristina de; Gomes, Giovana Calcagno; Fonseca, Adriana Dora da
	2017
	Texto & contexto enferm
	Analisar o conhecimento de enfermeiras hospitalares sobre os aspectos éticos e legais no cuidado de enfermagem às vítimas de violência doméstica.
	A8
	Atuação dos enfermeiros da atenção básica a mulheres em situação de violência
Silva, Neuzileny Nery Ferreira; Leal, Sandra Maria Cezar; Trentin, Daiane; Vargas, Mara Ambrosina de Oliveira; Vargas, Caroline Porcelis; Vieira, Letícia Becker
	2017
	Enferm. foco (Brasília)
	Identificar como os enfermeiros da atenção básica atuam diante dos casos de mulheres em situação de violência, em um município no Pará.
	A9
	Caracterização dos casos de violência contra mulheres.
Ferreira, Patrícia Chatalov; Batista, Vanessa Carla; Lino, Iven Giovanna Trindade; Marquete, Verônica Francisqueti; Pesce, Giovanna Brichi; Marcon, Sonia Silva
	2020
	Rev. enferm. UFPE on line
	Caracterizar os casos de violência contra a mulher. 
	A10
	Percepções de enfermeiros da atenção primária no atendimento às mulheres vítimas de violência sexual
Mota, Juliana Arrais; Aguiar, Ricardo Saraiva
	2020
	Nursing (Säo Paulo)
	Analisar a percepção dos enfermeiros sobre o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual na atenção primária.
	A11
	Rastreio e encaminhamento de casos de violência contra a mulher por enfermeiras na estratégia saúde da família
Lima, Josy Cárolen Vieira de; Santos, Renata Clemente dos; Silva, Jessyka Chaves da; Silva, Rebeca de Sousa Costa da; Souto, Cláudia Maria Ramos Medeiros; Souto, Rafaella Queiroga; Araújo, Gleicy Karine Nascimento de
	2020
	Cogitare enferm
	Compreender como se realiza o rastreamento e encaminhamento de casos de violência contra a mulher por enfermeiras da Estratégia de Saúde da Família do interior paraibano.
	A12
	A violência contra a mulher no sistema único de saúde
Cavalcanti, Gisélia de Moura Bezerra; Amorim, Ana Vitória Borges de; Queiroz, Gabriela Silva de; Cruz, Natália Mendes; Costa, Raissa Leite; Bezerra, Klenia Felix de Oliveira
	2020
	Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online)
	Caracterizar a produção científica acerca da violência contra mulher e suas repercussões sociais, em periódicos online no âmbito da saúde, publicados no período de 2011 a 2016.
	A13
	Violência contra as mulheres: concepções de profissionais da Estratégia Saúde da Família acerca da escuta
Zuchi, Camila Zanatta; Silva, Ethel Bastos da; Costa, Marta Cocco da; Arboit, Jaqueline; Fontana, Dariele Gindri Resta; Honnef, Fernanda; Heisler, Eliana Daniela
	2018
	REME rev. min. Enferm
	Buscou-se analisar as concepções de profissionais de Estratégia Saúde da Família acerca da escuta às mulheres em situação de violência.
	A14
	Mulheres em situação de violência: (re) pensando a escuta, vínculo e visita
Heisler, Eliana Daniela; Silva, Ethel Bastos da; Costa, Marta Cocco da; Arboit, Jaqueline; Honnef, Fernanda; Marques, Karoline Ardenghi
	2018
	Rev. enferm. UFPE on line
	Relatar a experiência de ações educativas de uma pesquisa participante com profissionais da Estratégia Saúde da Família.
	A15
	Enfermeira da estratégia de saúde da família: abordagem frente à mulher em situação de violência
Morais, Bruna Lais Alcará de; Gerk, Maria Auxiliadora de Souza; Nunes, Cristina Brandt
	2018
	Nursing (Säo Paulo)
	Esta pesquisa buscou compreender as concepções e a abordagem das enfermeiras da ESF
	A16
	Percepção de profissionais de saúde sobre violência contra a mulher: estudo descritivo
Machado, Maria Elza de Souza; Rodrigues, Larissa Silva de Abreu; Boa Sorte, Elionara Teixeira; Silva, Jair Magalhães da; Silva, Dejeane de Oliveira; Oliveira, Jeane Freitas de
	2017
	Online braz. j. nurs. (Online)
	Conhecer a percepção de profissionais de saúde acerca da violência contra a mulher.
	A17
	Assistência de enfermagem, às mulheres vítimas de violência doméstica
Lima, Larissa Alves de Araújo; Oliveira, Jaqueline Castilho de; Cavalcante, Francélia Alves; Santos, Werllania Stheffannye Veloso; Silva Júnior, Fernando José Guedes da; Monteiro, Claudete Ferreira de Souza
	2017
	Rev. enferm. UFPI
	Identificar na literatura ações desenvolvidas por enfermeiros da Estratégia de Saúde da família com vítimas de violência doméstica
	A18
	Potencialidades e limites domiciliar para identificar e abordar mulheres em situação de violência
Heisler, Eliana Daniela; Silva, Ethel Bastos da; Costa, Marta Cocco da; Jahn, Alice do Carmo; Arboit, Jaqueline
	2017
	Ciênc. cuid. Saúde
	Este estudo objetivou apreender potencialidades e limites da visita domiciliar para identificar e abordar mulheres em situação de violência.
Fonte: A autora.
A partir da leitura desses artigos, elaboramos as seguintes categorias de análise: a) A importância do conhecimento dos Enfermeiros sobre a temática violência à mulher para a detecção precoce. B) O enfermeiro sensibilizado e capacitado: acolhimento e vínculo e c) A dificuldade dos Enfermeiros em realizarem o cuidado de enfermagem.
2.5.1 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE A TEMÁTICA VIOLÊNCIA À MULHER PARA A DETECÇÃO PRECOCE.
Ao realizar a busca dos estudos sobre a temática, nos artigos selecionados percebemos que o conhecimento dos enfermeiros e da equipe de enfermagem sobre violência contra a mulher é de extrema importância para realizar a detecção precoce da vítimas e assim diminuir os casos de violência. 
Nos estudos, foi relatado que é de conhecimento da maioria dos enfermeiros e dos profissionais de saúde que a violência pode ser verbal, física, moral, psicológica, sexual, doméstica, patrimonial, os tipos de assédios, privação dos direitos das mulheres (MACHADO et al., 2017; MORAIS; GERK; NUNES, 2018). Mesmo tendo o conhecimento sobre as tipologias da violência, alguns enfermeiros não se sentem capacitados para realizar uma assistência adequada a essas mulheres que sofrem violência devido ao pouco conhecimento passado durante a sua formação na graduação (SILVA; RIBEIRO, 2020). 
De acordo com Acosta (2017), as enfermeiras possuíam o conhecimentosobre a existência da notificação compulsória, porém desconheciam da necessidade de notificar a violência seja ela domestica ou sexual. Confundiam, com a denúncia em uma delegacia. Sendo que é uma responsabilidade legal, conforme diz a lei 10.778 de 2003, que estabeleceu a notificação compulsória em todo o território nacional, seja essa mulher atendida pelo serviço de saúde pública ou privada. A finalidade da notificação compulsória é identificar e caracterizar as vítimas e os agressores, dimensionar os tipos de violência, a frequência e como instituir o tratamento e acompanhamento desses casos (CAVALCANTI et al., 2020). 
É de extrema importância que o enfermeiro e a equipe de saúde tenham o conhecimento sobre a violência, como identificar os sinais que essa mulher pode apresentar que está sofrendo algum tipo de violência, através da visita domiciliar e conhecimento do território, o profissional consegue identificar precocemente os casos de violência para evitar um agravo do caso (ALVES DE ARAÚJO LIMA et al., 2017; HEISLER et al., 2017, 2018).
2.5.2 O ENFERMEIRO SENSIBILIZADO E CAPACITADO: ACOLHIMENTO E VÍNCULO 
Nos estudos selecionados, o acolhimento e o vínculo das mulheres que são vítimas de violência é um dos principais passo para que o enfermeiro e a equipe de saúde consiga ajudar a essa mulher a contornar a situação que está vivendo e encontrar meios de diminuir os casos de violência.
Segundo Silva, Ribeiro (2020), a identificação dos casos de violência é na realização da anamnese, exame físico durante a consulta de enfermagem e na realização da escuta ativa e qualificada, sendo identificado em alguns casos que a violência ocorre devido ao uso abusivo de substâncias lícitas e/ou ilícitas por parte do companheiro e da própria vítima, além do ciúme excessivo que pode ocasionar nas agressões (MACHADO et al., 2017). Durante a escuta deve-se estar atento ao que está sendo falado e ao que não é dito, estando atento aos sinais corporais dessa mulher (ZUCHI et al., 2018). 
A estratégia saúde da família atualmente, é a maior porta de entrada para essas mulheres buscarem o acolhimento necessário, são o primeiro lugar que elas comparecem para relatar seus problemas, quando já possui um vínculo com o agente comunitário de saúde, com a enfermeira da equipe, ela se sente à vontade, mesmo que não fale no primeiro momento sobre a violência, mas sente que será acolhida e orientada sobre o assunto (MORAIS; GERK; NUNES, 2018).
Uma das estratégias mais importantes praticadas na estratégia da saúde da família durante uma consulta é acolhimento que o enfermeiro faz aos usuários, que tem como finalidade de uma aproximação entre quem cuida e quem é cuidado, assim construindo e sustentando de forma coletiva uma relação entre os profissionais e o usuário. É preciso que o enfermeiro durante o acolhimento dessa mulher tenha empatia, seja sensível ao que ela está vivendo e assim aumentando seu vínculo (ARRAIS MOTA; SARAIVA AGUIAR, 2020; MOTA et al., 2020). 
É preciso destacar que além de criar o vínculo com essa mulher, e ajudá-la a resolver a sair da situação de violência é preciso ter um olhar mais atento para avaliar se essa mulher vem apresentando depressão, se isolando da família e amigos. O enfermeiro com o olhar mais atento pode ajudar a melhorar a autoestima dessa mulher, orientando a realização de atividades extras, como um meio para que essa mulher não se entregue a depressão e não se isole, como destaca o estudo de Netto et al. (2018). 
Segundo Acosta et al. (2018), muitas mulheres sofrem agressões verbais, mas só conseguem identificar como uma violência após se tornar palpável, quando passam a viver em cárcere privado ou quando começam a desencadear algum tipo de distúrbio mental, após sofrerem tortura psicológica. Muitas mulheres acabam desenvolvendo depressão ou ansiedade (BROCH; CROSSETTI; RIQUINHO, 2017; FERREIRA et al., 2020).
Essas mulheres quando procuram uma unidade de saúde esperam receber além do atendimento para as questões de saúde, esperam por um acolhimento, um atendimento digno, respeitoso. Algumas dessas mulheres esperam receber orientações sobre os seus direitos e como podem combater a violência, buscam por um apoio emocional, psicológico (AMARIJO et al., 2018; NETTO et al., 2018).
Os enfermeiros e os profissionais de saúde precisam ter um olhar mais humanizado e holístico para essas mulheres que vivem em situação de violência, pois muitas quando não aguentam mais a situação, após procurar por ajudar e não obter resultados, resolvem cometer suicídio (ACOSTA et al., 2018; BROCH; CROSSETTI; RIQUINHO, 2017).
De acordo com Lima et al. (2020), uma das estratégias para realizar o rastreamento que a mulher sofre algum tipo de violência é através do exame citológico (preventivo), pois pode encontrar alguns sinais, como hematomas, manchas, nervosismo, por exemplo, e assim começar a conversar com a mulher para que ela relate o que aconteceu. 
2.4.3 OS DESAFIOS DA ENFERMAGEM PARA A DETECÇÃO PRECOCE DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA.
Analisando os estudos selecionados foram identificados alguns desafios para os enfermeiros e a equipe de enfermagem para detectar precocemente as mulheres que vivem em situação de violência. 
Conforme relatado no estudo de Silva, Ribeiro (2020), os profissionais apresentam dificuldade na abordagem dessas mulheres, pois não teve um aprofundamento deste assunto durante a formação na graduação, ausência de uma educação continuada, em como proceder nesses atendimentos, a realização das notificações, como continuar o acompanhamento dos casos. Destaca-se a falta de investimentos em capacitação dos profissionais, por parte dos gestores das instituições de saúde (ACOSTA et al., 2018).
Conforme o estudo de Broch, Crossetti e Riquinho (2017), a falta da formação academica sobre assunto dificulta o reconhecimento, o envolvimento e ações voltadas ao atendimento integral dessas mulheres em situação de violência. 
Segundo Amarijo et al. (2018), uma das falhas aos atendimento dessas mulheres, é o fato de a atenção à saúde nas unidades de atenção básica ainda tem um olhar biomédico, sem conseguir compreender as necessidades das mulheres vítimas de violência. Essas mulheres podem não apresentar hematomas, e assim buscam o atendimento para outra ocorrência de saúde, que foi gerada pela violência. Com o silêncio dessa mulher e esse olhar biomédico, existe a dificuldade de captar os casos de violência (AMARIJO et al., 2018; MOTA et al., 2020; SILVA; RIBEIRO, 2020).
Segundo Netto et al. (2018), as mulheres procuram as unidades de atenção básica após sofrerem algum tipo de agressão, mas raramente relatam de imediato o que realmente aconteceu, sendo confirmado pelo enfermeiro apenas após uma anamnese, exame físico realizado pelo enfermeiro. Essas mulheres acabam não falando, falam sobre o uso abusivo de álcool, drogas, mas raramente falam dobre a violência, pois devido a questões culturais que ainda existe, elas tem o sentimento de culpa, possuem medo e solidão, assim não denunciam seus agressores. Com isso, os enfermeiros acabam tendo dificuldade de detectar precocemente os casos de violência (BROCH; CROSSETTI; RIQUINHO, 2017; SILVA et al., 2017).
Uma das dificuldades que os profissionais encontram para detectar a violência cometida as mulheres, segundo Mota et al. (2020), é o tráfico de drogas em algumas microáreas, e assim as mulheres apresentam vulnerabilidade, medo de relatarem o ocorrido e assim sofrerem alguma retaliação. Essas mulheres sentem vergonha de fazer a denúncia, por medo do agressor e de receber ameaças de morte a contra a sua vida ou aos próprios filhos (AMARIJO et al., 2018). 
3 CONCLUSÃO
A violência contra a mulher é um fator histórico social, e muitas mulheres continuam achando que são culpadas e que merecem o que lhe aconteceu, assim, quando sofrem algum tipo de violência, apresentam medo para contar ao enfermeiro o ocorrido.
Foi observado que essas mulheres desconhecem as tipologias de violência e só levam em consideração quando sofrem a violência física, ou quandopassam a sofrer com distanciamento social e cárcere privado.
Os enfermeiros possuem o conhecimento sobre as tipologias de violência, mas desconheciam o processo de notificação obrigatória. Não realizando a notificação por acharem que tinham que fazer a denúncia em uma delegacia, assim não realizavam o processo de forma correta.
Muitos profissionais apresentaram dificuldade no reconhecimento precoce da violência. Isso poderia ser explicado pela escassez da temática na formação acadêmica, bem como pouco investimento em educação continuada para os profissionais que estão na linha de frente do serviço, em contato com as vítimas. 
Foi verificado, por meio dos estudos que o vínculo e o acolhimento podem ser a chave para a identificação precoce dos casos de violência. Quando as mulheres buscam por atendimento na Estratégia de Saúde da Família, é por uma necessidade de saúde que geralmente é clínica, sintomática e durante a consulta, quando se sentem acolhidas relatam o ocorrido. Assim como as visitas domiciliares podem facilitar o reconhecimento da situação dessa mulher.
Para promover o acolhimento e o vínculo os profissionais não requerem tecnologias sofisticadas e de alto custo. A adesão dessas atitudes relaciona-se com o reconhecimento por parte dos profissionais, que a qualidade da assistência está relacionada às relações que se estabelecem entre profissionais e as mulheres vítimas de violência.
Mesmo com toda tecnologia relacional ofertada a essas mulheres, os profissionais ainda encontram dificuldades na detecção precoce dessas vítimas, pois, algumas mulheres acabam se calando diante do ocorrido. Podemos exemplificar com mulheres que moram em áreas dominadas pelo poder paralelo ou que recebem ameaças contra a sua vida, dos filhos e familiares. Outras omitem pela promessa de que o ato de violência não ocorrerá mais ou pela dependência financeira.
O exemplo supracitado nos atropela com a natureza difusa e complexa da violência, cuja definição também se influencia pela experiência de cada mulher. Ou seja, “o ser ou não ser” violento também pode ser modificado pela cultura e pelos valores de cada um dos envolvidos. Isso reforça a importância de educação continuada, roda de conversas e debates acadêmicos.
Através desse estudo pude perceber a necessidade da ampliação do conhecimento sobre a violência contra as mulheres, para que os enfermeiros tenham maior propriedade sobre o assunto e assim conseguir identificar precocemente as vítimas de violência e assim, evitar desfechos trágicos e irreversíveis como o feminicídio.
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