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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
O soneto XIII de Via-Láctea, coleção publicada em 1888 no livro Poesias, é o texto mais 
famoso da antologia, obra de estreia do poeta Olavo Bilac. O texto, cuidadosamente ritmado, 
suas rimas e a escolha da forma fixa revelam rigor formal e estilístico caros ao movimento 
parnasiano; o tema do poema, no entanto, entra em colisão com o tema da literatura típica do 
movimento, tal como concebido no continente europeu. 
 
XIII 
 
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, 
Que, para ouvi-las, muita vez desperto 
E abro as janelas, pálido de espanto… 
 
E conversamos toda a noite, enquanto 
A Via-láctea, como um pálio aberto, 
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, 
Inda as procuro pelo céu deserto. 
 
Direis agora: "Tresloucado amigo! 
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo?" 
 
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido 
Capaz de ouvir e de entender estrelas.” 
 
BILAC, Olavo. Antologia: Poesias. Martin Claret, 2002. p. 37-55. Via-Láctea. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000289.pdf>. Acesso em: 19/08/2019. 
 
 
 
1. Dentre as afirmações abaixo, assinale a que é falsa em relação ao texto. 
a) Há uma nítida despreocupação quanto à perda de razão por parte da voz poética que, 
inclusive, abre as janelas para melhor “conversar com as estrelas”. 
b) É possível falar em um movimento argumentativo no soneto que se desenvolve em forma de 
diálogo com um hipotético interlocutor e conclui que só os que amam são capazes de 
realizar a proeza descrita. 
c) A luz do dia é recebida com tristeza pela voz poética, o que deixa ver a valorização da 
capacidade de entender as estrelas e, consequentemente, seu apreço pelo estado de 
enamoramento. 
d) São versos que se eternizam pelo tema escolhido, o amor, mote universal e atemporal. 
e) A invisibilidade do ser amado, que sequer é nomeado, tampouco caracterizado fisicamente, 
é uma das características mais marcantes do movimento romântico, ao qual o soneto está 
filiado, de acordo com a periodização literária. 
 
2. É correto afirmar que a ideia principal do texto 
a) sustenta que a atividade poética é a única forma de realizar uma compreensão subjetiva do 
mundo e da existência. 
b) expressa a concepção segundo a qual o sentimento amoroso pode ensejar uma atitude de 
contemplação e êxtase diante da realidade. 
c) constrói um diálogo hipotético entre o poeta e alguém para evidenciar uma forma religiosa de 
experiência pessoal. 
d) revela a atitude de sagacidade e de lucidez necessárias ao fazer poético. 
e) exprime o ponto de vista de valorização do bom senso próprio da vida cotidiana. 
 
3. O estilo de época que surge no Brasil na última década do século XIX e que se destaca 
pela produção poética dos autores a ele vinculados, entre os quais Cruz e Sousa, é o 
 
a) Arcadismo. 
b) Romantismo. 
c) Simbolismo. 
d) Parnasianismo. 
e) Pré-Modernismo. 
 
4. Os poetas simbolistas renunciavam à tradução da forma fixa do objeto em favor do ritmo do 
devir, da fugacidade do momento. Buscavam a expressão de algo que escapa a uma forma 
definida e não é abordável por um caminho direto. 
A partir desses poetas, a poesia ocidental vive um momento em que a objetividade e o tom 
escultural do Parnasianismo [ou seja, o seu culto da forma e do descritivo] cedem lugar à 
evocação sugestiva e musical. Em lugar da exatidão, o vago. 
 
(Lígia Cademartori. Períodos literários, 1987. Adaptado.) 
 
 
Assinale a alternativa em que se verifica um trecho de um poema simbolista. 
a) Fulge de luz banhado, esplêndido e suntuoso, 
O palácio imperial de pórfiro luzente 
E mármor da Lacônia. O teto caprichoso 
Mostra, em prata incrustado, o nácar do oriente. 
 
b) Parado o engenho, extintas as senzalas, 
Sem mais senhor, existe inda a fazenda, 
A envidraçada casa de vivenda 
Entregue ao tempo com as desertas salas. 
 
c) É um velho paredão, todo gretado, 
Roto e negro, a que o tempo uma oferenda 
Deixou num cacto em flor ensanguentado 
E num pouco de musgo em cada fenda. 
 
d) Visões, salmos e cânticos serenos, 
surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... 
Dormências de volúpicos venenos 
sutis e suaves, mórbidos, radiantes... 
 
e) Guiava à casa do morro, em voltas, o caminho, 
Até lhe ir esbarrar com as orlas do terreiro; 
Dava-lhe o doce ingá, rachado ao sol, o cheiro, 
E um rumor de maré o cafezal vizinho. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o poema de Camilo Pessanha para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
INTERROGAÇÃO 
 
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar, 
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo; 
E apesar disso, crês? nunca pensei num lar 
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo. 
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito. 
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos. 
Nem depois de acordar te procurei no leito, 
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos. 
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo 
A tua cor sadia, o teu sorriso terno... 
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso 
Que me penetra bem, como este sol de Inverno. 
Passo contigo a tarde e sempre sem receio 
 
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca. 
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio 
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca. 
Eu não sei se é amor. Será talvez começo. 
Eu não sei que mudança a minha alma pressente... 
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço, 
Que adoecia talvez de te saber doente. 
 
(PESSANHA, Camilo. Clepsidra. São Paulo: Núcleo, 1989.) 
 
 
5. No poema, o eu lírico demonstra que 
a) apresenta uma atração explicitamente física e carnal pela pessoa citada. 
b) possui plena antipatia por versos românticos, pois a razão realista é o que o move. 
c) resiste à mudança que sua alma imagina, pois ele não dá espaço para sentimentos. 
d) procura abrigo quando já está curado, pensando em não ser um devedor à pessoa amada. 
e) possui várias dúvidas a respeito de seu sentimento, o qual apresenta uma série de 
contradições. 
 
6. O escritor português Camilo Pessanha faz parte da escola literária denominada 
Simbolismo. 
 
Assinale a alternativa que possui uma característica desse movimento artístico presente no 
poema. 
a) Elipse, pois o autor omite todos os pronomes pessoais a fim de criar musicalidade. 
b) Bucolismo, pois o amor faz grande reverência à natureza ao evocar a sua sonoridade. 
c) Aliteração, pois o autor explora a repetição harmônica e ritmada de sons consonantais. 
d) Determinismo, pois o meio em que vive a pessoa amada determina o ritmo de sua vida. 
e) Ornamentação exagerada, pois há vocabulário ritmado com exclusividade de rimas ricas. 
 
7. O texto a seguir refere-se a qual poeta brasileiro? 
 
“Em sua obra, o drama da existência revela uma provável influência das ideias pessimistas do 
filósofo alemão Schopenhauer, que marcaram o final do século XIX. Além disso, certas 
posturas verificadas em sua poesia – o desejo de fugir da realidade, de transcender a matéria e 
integrar-se espiritualmente no cosmo – parecem originar-se não apenas do sentimento de 
opressão e mal-estar produzido pelo capitalismo, mas também do drama racial e pessoal que o 
autor vivia.” 
a) Gregório de Matos 
b) Castro Alves 
c) Machado de Assis 
d) Cruz e Souza 
e) Lima Barreto 
 
8. O poema abaixo traz a seguinte característica da escola literária em que se insere: 
 
Violões que Choram... 
 
Cruz e Sousa 
 
Ah! plangentes violões dormentes, mornos, 
soluços ao luar, choros ao vento... 
Tristes perfis, os mais vagos contornos, 
bocas murmurejantes de lamento. 
 
Noites de além, remotas, que eu recordo, 
noites de solidão, noites remotas 
que nos azuis da Fantasia bordo, 
vou constelando de visões ignotas. 
 
 
Sutis palpitações à luz da lua, 
anseio dos momentos mais saudosos, 
quando lá choram na deserta rua 
as cordas vivas dos violõeschorosos. 
 
[...] 
a) tendência à morbidez. 
b) lirismo sentimental e intimista. 
c) precisão vocabular e economia verbal. 
d) depuração formal e destaque para a sensualidade feminina. 
e) registro da realidade através da percepção sensorial do poeta. 
 
9. Ah! lilásis de Ângelus harmoniosos, 
Neblinas vesperais, crepusculares, 
Guslas gementes, bandolins saudosos, 
Plangências magoadíssimas dos ares... 
 
Serenidades etereais d‘incensos, 
De salmos evangélicos, sagrados, 
Saltérios, harpas dos Azuis imensos, 
Névoas de céus espiritualizados. 
[...] 
É nas horas dos Ângelus, nas horas 
Do claro-escuro emocional aéreo, 
Que surges, Flor do Sol, entre as sonoras 
Ondulações e brumas do Mistério. 
[...] 
Apareces por sonhos neblinantes 
Com requintes de graça e nervosismos, 
fulgores flavos de festins flamantes, 
como a Estrela Polar dos Simbolismos. 
 
CRUZ e SOUSA, João da. Broquéis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 90. 
 
Marque V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas. Os versos de Cruz e 
Sousa traduzem a estética simbolista, pois apresentam 
 
( ) descrição sintética do mundo imediato. 
( ) uso de recursos estilísticos criando imagens sensoriais. 
( ) enfoque de uma realidade transfigurada pelo transcendente. 
( ) apreensão de um dado da realidade sugestivamente ambígua. 
( ) imagens poéticas que tematizam o amor em sua dimensão física. 
 
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a 
a) F V V V F 
b) V F F V F 
c) V F V V F 
d) V F V F F 
e) V F V F V 
 
10. Leia o poema de Cruz e Sousa. 
 
ACROBATA DA DOR 
 
Gargalha, ri, num riso de tormenta, 
Como um palhaço, que desengonçado, 
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado 
De uma ironia e de uma dor violenta. 
 
 
Da gargalhada atroz, sanguinolenta, 
Agita os guizos, e convulsionado 
Salta, "gavroche", salta, "clown", varado 
Pelo estertor dessa agonia lenta... 
 
Pedem-te bis e um bis não se despreza! 
Vamos! retesa os músculos, retesa 
Nessas macabras piruetas d'aço... 
 
E embora caias sobre o chão, fremente, 
Afogado em teu sangue estuoso e quente, 
Ri! Coração, tristíssimo palhaço. 
 SOUSA, Cruz e. "Broquéis, Faróis e Últimos sonetos". 2a. ed. reform., São Paulo: 
Ediouro, 2002. p. 39-40. (Coleção super prestígio). 
 
Vocabulário: 
"gavroche": garoto de rua que brinca, faz estripulias 
"clown": palhaço 
estertor: respiração rouca típica dos doentes terminais 
estuoso: que ferve, que jorra 
 
Uma característica simbolista do poema apresentado é a 
a) linguagem denotativa na composição poética. 
b) biografia do poeta aplicada à ótica analítica. 
c) perspectiva fatalista da condição amorosa. 
d) exploração de recursos musicais e figurativos. 
e) presença de estrangeirismos e de barbarismos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
AS VELHAS ÁRVORES 
 
"Olha estas velhas árvores, - mais belas, 
Do que as árvores moças, mais amigas, 
Tanto mais belas quanto mais antigas, 
Vencedoras da idade e das procelas... 
 
O homem, a fera e o inseto à sombra delas 
Vivem livres de fomes e fadigas; 
E em seus galhos abrigam-se as cantigas, 
E alegria das aves tagarelas... 
 
Não choremos jamais a mocidade! 
Envelheçamos rindo! Envelheçamos 
Como as árvores fortes envelhecem, 
 
Na glória da alegria e da bondade, 
Agasalhando os pássaros nos ramos, 
Dando sombra e consolo aos que padecem!" 
BILAC, Olavo. Obra reunida, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 336. 
 
 
 
 
11. Quanto à forma, destaque uma característica do Parnasianismo presente no poema. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TERCETOS 
Olavo Bilac. 
 
Noite ainda, quando ela me pedia 
Entre dois beijos que me fosse embora, 
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia: 
 
"Espera ao menos que desponte a aurora! 
Tua alcova é cheirosa como um ninho... 
E olha que escuridão há lá fora! 
 
Como queres que eu vá, triste e sozinho, 
Casando a treva e o frio de meu peito! 
Ao frio e à treva que há pelo caminho?! 
 
Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! 
Não me arrojes à chuva e à tempestade! 
Não me exiles do vale do teu leito! 
 
Morrerei de aflição e de saudade... 
Espera! até que o dia resplandeça, 
Aquece-me com a tua mocidade! 
 
Sobre o teu colo deixa-me a cabeça 
Repousar, como há pouco repousava... 
Espera um pouco! deixa que amanheça!" 
 
- E ela abria-me os braços. E eu ficava. 
 
(In: Bilac, Olavo. ALMA INQUIETA, POESIAS. 13ª ed. São Paulo: Livr. Francisco Alves, 1928, 
pp. 171-72) 
 
 
ELA DISSE-ME ASSIM 
 
Lupicínio Rodrigues. 
 
Ela disse-me assim 
Tenha pena de mim, vá embora! 
Vais me prejudicar 
Ele pode chegar, está na hora! 
 
E eu não tinha motivo nenhum 
Para me recusar, 
Mas aos beijos caí em seus braços 
 
E pedi pra ficar. 
 
Sabe o que se passou 
Ele nos encontrou, e agora? 
Ela sofre somente porque 
Foi fazer o que eu quis. 
 
E o remorso está me torturando 
Por ter feito a loucura que fiz. 
Por um simples prazer, fui fazer 
Meu amor infeliz. 
 
(Samba-canção gravado por José Bispo dos Santos, o Jamelão. Continental, 1959.) 
 
 
12. Embora seja considerado um dos mais típicos representantes do Parnasianismo 
brasileiro, cuja estética defendeu explicitamente no célebre poema "Profissão de Fé", Olavo 
Bilac revela em boa parcela de seus poemas alguns ingredientes que o afastam da rigidez 
característica da escola parnasiana e o aproximam da romântica. Partindo desta consideração: 
a) Identifique duas características formais do poema de Bilac que sejam tipicamente 
parnasianas. 
b) Aponte um aspecto do mesmo poema que o aproxima da estética romântica. 
 
13. Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. 
Se ainda não o disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na 
alma do leitor, à força de repetição. 
 (Machado de Assis," DOM CASMURRO") 
 
No trecho acima o narrador, Bentinho, apresenta uma interessante comparação ao leitor: 
"Capitu (...) era mais mulher do que eu era homem". Considerando tal comparação, responda: 
a) Que características do comportamento das duas personagens, quando crianças, permitem 
entender a afirmação de Bentinho? 
b) Qual é a diferença fundamental entre o Bentinho-narrador, que está escrevendo a história de 
sua vida, e o Bentinho-menino, que se surpreendia com o comportamento de Capitu?

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