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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 2 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 1 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
 
Queridos(as) Alunos(as)! 
Como estão os estudos de Direito Eleitoral para os TRE/MA? 
Firmes e fortes nesta jornada rumo à aprovação? 
Registro a todos vocês que o estudo da matéria não é tão 
difícil e, igualmente aos cursos anteriores de Eleitoral, bem como de 
outras matérias, tentaremos, ao máximo, fechar todas as lacunas 
possíveis de cobrança na prova. 
Com força e determinação, todos conseguirão alcançar seus 
objetivos. Concurso é uma fila que anda para aqueles que persistem 
até a aprovação! 
Desejo a todos sucesso em seus estudos! 
Agora vamos lá! 
Ricardo Gomes 
 
 
 
 
Aula 2 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 2 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 2 
 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Organização da Justiça Eleitoral: composição e 
competência: 
1. Competência do TSE 
2. Competência dos TRE 
3. Juízes Eleitorais 
4. Juntas Eleitorais 
 
 
1. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL. 
 
1.2. Competências dos Tribunais Eleitorais. 
 
 
Competências do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 
 
Pessoal, entraremos agora numa parte que exigirá bastantes 
leituras e releituras do texto legal para que fixemos, ao máximo, as taxativas 
competências do TSE e dos TREs. 
Consoante preleciona o art. 121, caput, da CF-88, Lei 
Complementar disporia sobre organização e competência dos Tribunais, Juízes 
de Direito e Juntas Eleitorais. 
Esta Lei Complementar é o Código Eleitoral, lei ordinária em sua 
originalidade, quando editada em 1965, que foi recepcionado com status de 
Lei Complementar pela Constituição Federal de 1988. 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 2 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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CF-88 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e 
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas 
eleitorais. 
O rol de competências do TSE é prevista no art. 22 e 23 do 
Código Eleitoral. Referidas competências são classificadas como 
competências: 
 JURISDICIONAIS (art. 22) – competências de decidir 
juridicamente o conflito, de forma originária ou em grau de 
recurso; 
 ADMINISTRATIVAS (art. 23) – competências privativas do 
TSE em questões internas/administrativas. 
 
Por sua vez, as competências JURISDICIONAIS do TSE podem 
ser dividas em 2 grupos: 
a) ORIGINÁRIAS – quando cabe a este Tribunal processar e 
julgar em 1ª e única instância. Ou seja, quando cabe 
somente ao TSE e a nenhum outro Tribunal julgar 
determinada matéria ou circunstância fática prevista em lei 
(o TSE julga desde o início a matéria, sem interposto Tribunal 
ou Juiz de 1º Grau); 
b) RECURSAIS – quando cabe ao TSE julgar os recursos de 
decisões dos TREs; 
 
 
Compete ao TSE processar e julgar ORIGINARIAMENTE (1º e 
única instância) as seguintes matérias (art. 22, I): 
 
1. o registro e a cassação (cancelamento) de registro de 
partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de 
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candidatos à Presidência e Vice-Presidência da 
República; 
É competência do TSE registrar determinados “atos eleitorais”, 
quais sejam, registro e cassação (cancelamento) de registro: 
a. de Partidos Políticos – por terem caráter nacional; 
b. dos Diretórios NACIONAIS dos partidos políticos; 
Obs 1: atenção! O registro de diretórios Estaduais e 
Municipais é competência dos TREs. 
c. de candidatos à Presidência da República e VICE. 
Obs 2: somente o registro da candidatura do Presidente e 
o VICE-Presidente da República, não cabe para 
Governador!). 
A Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) dispõe sobre os 
procedimentos para registro e cancelamento de registro dos Partidos Políticos, 
impondo o necessário registro dos seus estatutos no TSE. Ademais, prevê as 
hipóteses de cancelamento de registro. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na 
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado 
de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do 
estatuto do partido contra o qual fique provado: 
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de 
procedência estrangeira; 
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; 
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à 
Justiça Eleitoral; 
IV - que mantém organização paramilitar. 
Quanto aos candidatos à Presidente da República e Vice, cabe 
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também ao TSE julgar as argüições de inelegibilidade de suas 
candidaturas, conforme previsto na Lei de Inelegibilidades: 
LC nº 64/90 
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições 
de inelegibilidade. 
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita 
perante: 
I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato 
a Presidente ou Vice-Presidente da República; 
 
2. os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e 
Juízes Eleitorais de Estados diferentes; 
Os Conflitos de jurisdição são conflitos de competência entre 
autoridades jurisdicionais, que podem ser positivos (ambos declaram-se 
competentes) ou negativos (ambos declaram-se não competentes - 
incompetentes). 
O Código não foi claro neste dispositivo, linguagem inclusive dúbia, 
mas vamos tentar melhorar a compreensão. 
Resumindo  o TSE julgará conflitos de competência: 
a. Entre Tribunais Regionais Eleitorais (entre TREs) - 
ex: TRE/SP com TRE/RJ); - esse é o entendimento 
da jurisprudência majoritária do TSE. 
b. Entre Juízes Eleitorais de Estados diferentes – ex: 
um Juiz Eleitoral de Goiás com um Juiz Eleitoral de 
Minas Gerais. 
Isto porque um TRE de um Estado não tem jurisdição 
sobre Juízes Eleitorais de outro Estado, restando ao TSE 
julgar conflitos entre juízes eleitorais de TRE/Estados 
diferentes. 
Obs: conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo Estado 
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são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem 
jurisdição sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional 
quem julga os magistrados a ele vinculados. Ex: conflitos 
entre juízes eleitorais de Poços de Caldas/MG e deVarginha/MG são julgados pelo TRE/MG. 
c. Não está expresso na lei, mas é o TSE que julgará 
conflitos de jurisdição entre um TRE de um Estado e 
um juiz eleitoral de outro Estado. Ex: TRE/PE versus 
Juiz Eleitoral do Ceará. Isso porque não há jurisdição 
do TRE/PE sobre Juiz Eleitoral do CE, cabendo ao TSE 
dirimir o conflito. 
 
3. a suspeição ou impedimento aos seus Membros, ao 
Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria; 
Não existe outra instância superior que possa julgar as argüições 
de suspeição e impedimento dos Membros do TSE, Procurador-Geral 
Eleitoral e dos funcionários da Secretaria da Corte Superior, a não ser o 
próprio TSE. 
Em apertada síntese, relato que a previsão legal de argüição de 
suspeição ou impedimento de Membro do TSE, Procurador-Geral e dos 
funcionários da Secretaria visa impedir eventuais decisões parciais em favor ou 
em desfavor de algum candidato ou partido. 
O impedimento legal gera a presunção absoluta de 
parcialidade do Juíz (ex: um Membro do TSE que seria parte no processo que 
ele mesmo julgará). Já a simples suspeição gera presunção relativa de 
parcialidade, dependente de prova da eventual parcialidade do magistrado 
(ex: amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo – tem 
que provar que era amigo íntimo). 
Basta memorizar que o TSE julgará as exceções (ações) de 
suspeição ou impedimento de: 
1. seus Membros (Ministros do TSE); 
2. Procurador-Geral Eleitoral; 
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3. funcionários da Secretaria do TSE; 
 
 
4. os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos 
cometidos pelos seus próprios juízes (Ministros do TSE) e 
pelos Juízes dos Tribunais Regionais (Membros dos 
TREs); 
CUIDADO! 
É ponto bastante duvidoso a definição exata da competência para 
julgamento de Crimes cometidos pelos Ministros do TSE, Membros de 
TREs e Juízes Eleitorais. Esta dúvida ocorre porque o Código Eleitoral prevê 
competências completamente dissonantes ao que a atual Constituição Federal 
preleciona. 
Crimes eleitorais e comuns NÃO são mais julgados pelo TSE! 
Esta competência não mais pertence ao TSE, pois a CF-88 agora 
prevê que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), respectivamente, julgar as infrações penais 
COMUNS e os crimes de responsabilidade dos Membros dos Tribunais 
Superiores (TSE e outros), e dos Membros dos Tribunais Regionais 
Eleitorais (TREs). Vide arts. 102, I, c, e art. 105, I, a, da CF-88. 
Mas, Professor, o STF e o STJ têm competência para julgar os 
crimes comuns, onde está a previsão dos crimes eleitorais? 
Informo que apenas para fins de competência, os crimes 
eleitorais são considerados incluídos no conceito de crimes COMUNS. 
Exatamente por esse motivo é que o STF é o competente para julgar os 
Ministros do TSE, e o STJ, os Desembargadores/Membros dos TREs, 
quanto à prática de crimes comuns, inclusive os crimes eleitorais. 
Lembro que esse foi tema de grandes discussões no STJ e no STF, 
especialmente nos julgados de 2006-2007, se os crimes eleitorais seriam ou 
não incluídos no conceito de crimes comuns da CF-88. 
Conclusão: o TSE não tem mais competência para julgar crimes 
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eleitorais e crimes comuns cometidos pelos Ministros do TSE e pelos 
Membros dos TREs! 
Assim, os Ministros do TSE são julgados pelos crimes eleitorais 
por eles cometidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal)! 
Por fim, os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais 
serão julgados pelos TREs do Estado respectivo. 
Cuidado! Os TREs somente julgarão crimes eleitorais cometidos 
pelos Juízes Eleitorais de 1º Grau. 
Os crimes comuns cometidos pelos Juízes serão julgados pelo 
Tribunal de Justiça do Estado (TJ Estadual). É isto o que prescreve também 
o art. 96, III, da CF-88. 
Resumo das competências para julgamento dos crimes cometidos 
por Membros e Juízes dos Tribunais Eleitorais: 
Membros e Juízes 
Eleitorais 
Crimes COMUNS Crimes ELEITORAIS 
Ministros do TSE STF STF 
Membros de TREs STJ STJ 
Juízes Eleitorais de 1º 
grau 
TJ* TRE* 
 
CF-88 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no 
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal 
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de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter 
permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 
1999) 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do 
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os 
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos 
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério 
Público da União que oficiem perante tribunais; 
Art. 96 
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do 
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do 
Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
 
 
5. o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria 
eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos 
Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o 
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a 
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a 
impetração; 
Competência do TSE para julgar Mandado de Segurança (MS) e 
Habeas Corpus (HC). 
Neste caso, o STF restringiu a aplicação do dispositivo, no Recurso 
Extraordinário nº 163.727-7/RJ, para dar força ao previsto nos arts. 102, I, d, 
e art. 105, I, c, da CF-88, que preveem competência do STF e do STJ para 
julgarem Mandado de Segurança (MS) contra, respectivamente, 
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Presidente da República e Ministros de Estados. 
CF-88 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores (inclusive Ministros de Tribunais 
Superiores – Ministros do TSE); o mandado de segurança e o 
"habeas-data" contra atos do Presidente da República,das Mesas 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de 
Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio 
Supremo Tribunal Federal; 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ): 
I - processar e julgar, originariamente: 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer 
das pessoas mencionadas na alínea "a" (inclusive os Membros de 
Tribunais Regionais Eleitorais), ou quando o coator for tribunal 
sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral; 
Quanto ao Mandado de Segurança (MS), o TSE julgará tão 
somente os impetrados contra atos dos Membros dos Tribunais Regionais 
Eleitorais (TREs). 
Com isto, hoje a competência do TSE para julgar HC e MS em 
matéria eleitoral pode ser assim resumida: 
a) para julgar habeas corpus em matéria eleitoral contra 
Presidente da República, Ministros de Estado e 
Tribunais Regionais. 
b) para julgar habeas corpus para os casos em que o Juiz 
não possa provê-lo antes do próprio TSE; 
c) para julgar mandado de segurança apenas contra os 
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Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), 
não cabendo mais MS no TSE contra Presidente e 
Ministros de Estado. 
A jurisprudência do TSE define que o próprio TSE NÃO é 
competente para processar e julgar habeas corpus contra decisão de juiz 
relator de TRE (decisão de Membro do TRE). A decisão monocrática (pessoal 
de 1 único Membro-Relator do TRE) é recorrível ao próprio TRE, sob pena de 
supressão de instância. Dessa forma, só caberá HC no TSE contra decisão de 
órgão colegiado de TRE (nunca de decisão monocrática) - Acórdão-TSE, de 
28.2.2012, no HC nº 151921. 
 
 
6. as Reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos 
partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração 
da origem dos seus recursos; 
Toda reclamação referente à contabilidade e apuração da 
origem dos recursos dos partidos políticos, deverá ser endereçada ao TSE 
ou ao TRE (competente para julgar a reclamação), conforme também prevê o 
art. 29, I, f, do Código Eleitoral. 
Além do Código Eleitoral, o art. 35 da Lei nº 9.096/95 (Lei dos 
Partidos Políticos) prevê que o TSE e os TREs têm competência para 
determinar exame da escrituração do partido político e a apuração de qualquer 
ato que viole as prescrições legais ou estatuárias em matéria financeira, na 
hipótese de denúncia de filiado ou delegado de partido ou representação do 
Procurador-Geral/Regional Eleitoral, bem como de iniciativa do Corregedor. 
 
7. as impugnações à apuração do resultado geral, 
proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição 
de Presidente e Vice-Presidente da República; 
As impugnações sobre o resultado das eleições, proclamação dos 
eleitos e expedição de diploma apenas nas candidaturas de Presidente e Vice 
da República, serão processadas e julgadas pelo TSE. Atenção porque é 
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apenas para os casos de Presidente e Vice da República. 
 
8. os pedidos de Desaforamento dos feitos não decididos 
nos TREs dentro de 30 (trinta) dias da conclusão ao relator, 
formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte 
legitimamente interessada. 
O pedido de desaforamento visa o deslocamento da 
competência de um Juiz Eleitoral de uma comarca para o de outra, com a 
finalidade de que seja proferido novo julgamento ou processamento do feito. 
Em linguagem simples, o desaforamento serve para retirar o processamento e 
julgamento do processo de um determinado juízo eleitoral para outro, por, 
entre outros motivos, impossibilidade de julgamento na comarca. Ex: 
convulsão social que prejudique o andamento normal do feito. 
Aqueles pedidos de desaforamento não decididos nos TREs em 
até 30 DIAS, formulados por partidos políticos, candidato, MP ou parte 
interessada, serão julgados pelo TSE. 
 
9. as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo 
de 30 (trinta) dias a contar da conclusão, não houverem 
julgado os feitos a eles distribuídos. 
Conforme consta do Código eleitoral, caso um Ministro do TSE não 
julgue os processos de sua carga em até 30 dias, caberá reclamação para o 
Pleno do próprio TSE. 
No entanto, considera-se que este dispositivo foi revogado pela 
jurisprudência do próprio TSE na Reclamação nº 475, de 10.10.2007, ao 
estabelecer que esta competência para o julgamento das reclamações desta 
espécie passou a ser do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nos termos do 
art. 103-B, § 4o, III, da CF-88. 
Para concursos da FCC, deve-se ficar atento se a questão exige o 
conhecimento do Código Eleitoral ou faz alusão ao entendimento atual do TSE. 
Por outro lado, o CESPE deve entender tal dispositivo revogado, mas ainda não 
encontrei questão de concurso sobre este ponto, no qual tivesse manifestado 
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seu entendimento. 
 
10. a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde 
que intentada dentro de 120 (cento e vinte) dias de 
decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato 
eletivo até o seu trânsito em julgado. 
A Ação rescisória é um meio autônomo de impugnação de 
sentença de mérito judicial (diferente de recurso judicial) por motivos de 
ilegalidade ou injustiça. Por meio dela pede-se a desconstituição (rescisão) de 
uma sentença já transitada em julgada (isto é, da qual não caiba mais 
recursos). 
Cuidado! 
Para essa competência do TSE, o STF declarou a 
inconstitucionalidade da parte do dispositivo que permite, por meio da ação 
rescisória, o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. 
Com isso, o TSE é competente para julgar ação rescisória somente 
nos casos de inelegibilidade, desde que intentada em até 120 dias da 
decisão irrecorrível. Neste caso, a ação rescisória não é meio hábil para 
possibilitar o exercício do mandato eletivo com a sua simples interposição. 
Apenas com a decisão final da rescisória é tal efeito poderá ser conferido 
(Acórdãos nas A.R.s nº 376 e 339, de 11/12/2008 e de 22/04/2008). 
Observo, por fim, que segundo TSE (nas decisões AC.-TSE nº 
106/2000 e 89/2001) os TREs não são competentes para o julgamento de 
ação rescisória no âmbito da Justiça Eleitoral, pois incumbiria apenas ao 
TSE seu processo e julgamento, originariamente, contra seus próprios 
julgados. 
Nesse caso, predomina que somente caberá ação rescisória na 
Justiça Eleitoral de decisões do TSE no próprio TSE, não cabendo de 
decisões de TREs e de Juízes Eleitorais. Há divergências, mas é o que 
predomina. 
Se a ação rescisória não for proposta em 120 DIAS do trânsito em 
julgado da decisão, configura decadência (perda do direito) - Ac.-TSE, de 
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10.11.2011, no AR nº 93296. 
Ademais, a competência do TSE em sede de ação rescisória limita-
se à revisão de seus próprios julgados que tenham analisado o mérito de 
questões relativas à inelegibilidade (Ac.-TSE, de 6.8.2013, no AgR-AR nº 
16927; Ac.-TSE, de 20.6.2013, no AgR-AR nº 4975). 
 
 
 
Competência RECURSAL do TSE (art. 22, II). 
Compete ao TSE julgar os recursos interpostos das decisões dos 
TREs, de acordo com o art. 276 do Código Eleitoral, salvo quanto à matéria 
administrativa. 
A despeito do art. 22, II, prelecionar que o TSE julgaria recursos de 
decisões dos TREs inclusive sobre matérias administrativas, tal parte específica 
é inaplicável, conforme pacífica jurisprudência do TSE (Ac.-TSE, de 
22.2.2007, nos Respe nos 25.416 e 25.434; Ac.-TSE, de 22.2.2007, no Respe 
no 25.836). 
Código Eleitoral 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais 
Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem 
matéria administrativa. (esta ultima parte deve ser 
desconsiderada!) 
O art. 276 do CE prevê as hipóteses de Recursos Ordinários e 
Especiais do TRE para o TSE. Na parte referente a recursos eleitorais, 
trataremos sobre o tema com os devidos detalhes. 
Código Eleitoral 
 Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, 
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal 
Superior: 
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I - especial: 
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; 
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou 
mais tribunais eleitorais. 
II - ordinário: 
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições 
federais e estaduais; 
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
O parágrafo único do art. 22 do CE foi tacitamente revogado pelo 
art. 121, §3º, da CF: 
Código Eleitoral 
Art. 22 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, 
salvo nos casos do Art. 281. 
CF-88 
Art. 121 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior 
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as 
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de 
segurança. 
 
 
Competência PRIVATIVA (ADMINISTRATIVA) do TSE (art. 
23). 
 
Somente ao TSE, e a nenhum outro Tribunal, compete praticar os 
seguintes atos (competência privativa): 
 
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1. elaborar o seu Regimento Interno; 
Competência exclusiva de todo Tribunal. É matéria prevista em 
todos os Editais de TREs. 
 
2. organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, 
propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos 
cargos administrativos e a fixação dos respectivos 
vencimentos, provendo-os na forma da lei; 
O TSE é competente para: 
a. organizar sua Secretaria e a Corregedoria-Geral; 
b. propor ao Congresso a criação e extinção de 
cargos e a fixação de vencimentos; 
c. prover os cargos (nomear e dar posse a todos os 
candidatos aprovados nos concursos do TSE!) 
Atenção! O TSE não cria ou extingue cargos, apenas 
propõe ao Congresso! 
 
3. conceder aos seus Membros (Ministros) licença e férias 
assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos; 
Segundo determina a CF-88, os Tribunais, inclusive o TSE, detém 
competência para conceder licença, férias e outros afastamentos aos seus 
Membros e aos Juízes e servidores imediatamente vinculados. 
CF-88 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
 
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4. aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos 
Juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais; 
O afastamento tratado pelo Código Eleitoral é o referente aos 
cargos efetivos principais exercidos pelos Juízes Eleitorais. Ex: cargo de Juiz de 
Direito da Justiça Estadual. O afastamento do cargo efetivo é medida de 
caráter extraordinário, que visa atender a necessidades temporárias e 
excepcionais do serviço eleitoral. 
A competência para decretação deste afastamento é privativa da 
Justiça Eleitoral, não competindo aos Tribunais de Justiça participarem do ato. 
Vale assinalar que a concessão de afastamento a Juiz de Tribunal 
Regional Eleitoral (TRE) ou a Juiz Eleitoral é da competência privativa do 
respectivo do TRE, cabendo ao TSE apenas sua aprovação. 
A Resolução – TSE nº 21.842/2004 disciplina o afastamento de 
magistrados da Justiça Eleitoral dos seus cargos efetivos. Observem que foi o 
TSE quem regulamentou o afastamento de todos os magistrados da Justiça 
Eleitoral. Apesar do Juiz ou Membro ser do TRE respectivo, o TSE tem 
competência para regulamentar sobre afastamento. 
De todo modo, o TRE tem competência para conceder o 
afastamento e o TSE apenas aprovará ou não. 
Resolução nº 21.842/2004 
Art. 1 
§ 2º O deferimento do afastamento ficará condicionado ao voto 
favorável de cinco dos membros do Tribunal Regional Eleitoral e 
deverá ser submetido ao Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
5. propor a criação de Tribunal Regional (TRE) na sede de 
qualquer dos Territórios; 
Se o Brasil vier a possuir outros Territórios, poderá o TSE propor a 
criação de TRE em sua sede. 
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6. propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos 
juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse 
aumento; 
Este dispositivo não é aplicável em virtude da composição dos 
TREs não ser mínima, isto é, a CF-88 no art. 120, §1º, previu apenas que os 
TREs seriam compostos de 7 Membros, não facultando a possibilidade de 
aumento. Com isso, o TSE não poderá mais propor aumento do número de 
juízes de TREs. 
 
7. fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-
Presidente da República, senadores e deputados 
federais, quando não o tiverem sido por lei: 
Esse dispositivo não tem mais validade em vista da previsão na 
CF-88 de data específica para eleições de Presidente e Vice da República. 
Ademais, a Lei nº 9.504/97 estabelece que as eleições para, entre outros, 
Senadores, Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas 
simultaneamente. 
Com efeito, os TREs poderão fixar data das eleições 
suplementares. Conforme visto, a data das eleições ordinárias/comuns 
(federais, estaduais e municipais) já é prevista na Constituição Federal e na Lei 
nº 9.504/97, não remanescendo mais a competência para o TSE e os TREs 
marcarem as datas de referidas eleições. 
Todavia, em determinadoscasos extraordinários (ex: cassação de 
mandato eletivo, especialmente nos Municípios) são demandadas a realização 
de novas eleições fora do calendário ordinário e comum. Nestes casos, o 
Presidente do Tribunal Regional poderá marcar as chamadas eleições 
suplementares. 
Ademais, hoje a Justiça Eleitoral detém competência para a fixação 
de data de plebiscito e referendo, nos limites da circunscrição do órgão 
eleitoral (TSE – em todo o país; TRE – em todo o Estado; Juiz Eleitoral – na 
circunscrição municipal), conforme determina a Lei nº 9.709/98. 
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CF-88 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último 
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano 
anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
Lei nº 9504/97 
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da 
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador 
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do 
ano respectivo. 
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as 
eleições: 
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e 
Deputado Distrital; 
Lei nº 9.709/98 
Art. 8o Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso 
Nacional dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos 
limites de sua circunscrição: 
I – fixar a data da consulta popular; 
 
8. aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a 
criação de novas zonas; 
Somente o TSE poderá aprovar a criação e divisão de zonas 
eleitorais. É comum confundir esta competência ao imaginar ser exclusiva dos 
TREs. A despeito de ser interesse regional, compete ao TSE aprovar o 
estabelecimento das zonas eleitorais (o TSE homologa ou não a divisão da 
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circunscrição do Estado em Zonas Eleitorais). Os TREs criarão e dividirão as 
zonas eleitorais, submetendo-se à aprovação do TSE. 
TREs: 
 1. dividem o território em Zonas Eleitorais; 
 2. criam e desmembram as Zonas Eleitorais 
TSE – aprova ou não 
 
9. expedir as instruções que julgar convenientes à 
execução deste Código; 
Este dispositivo é um dos diversos outros previstos na Legislação 
Eleitoral, especialmente no Código Eleitoral e na Lei nº 9.504/97, que dá 
sustentáculo ao Poder Regulamentar do TSE. 
Código Eleitoral 
Art. 1º 
(...) 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá 
instruções para sua fiel execução. 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal 
Superior, 
(...) 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à 
execução deste Código; 
Lei nº 9.504/1997 
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal 
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem 
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das 
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções 
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, 
em audiência pública, os delegados ou representantes dos 
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partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
10. fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores 
Regionais e auxiliares em diligência fora da sede; 
 
11. enviar ao Presidente da República a lista tríplice 
organizada pelos Tribunais de Justiça (TJs) nos termos 
do art. 25; 
Como já estudamos, igualmente ao TSE, os TREs são compostos 
por 2 Advogados, escolhidos dentre a lista de 6 Advogados indicados pelo TJ 
local. Esta nomeação dos 2 Advogados para compor o pleno do TRE é feita 
pelo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo Federal). Para 
tanto, o TJ Estadual organiza os nomes dos Juízes em lista tríplice (3 
nomes) e encaminha ao TSE, que a divulgará através de Edital. 
Observem que o TSE é que enviará ao Presidente da República a 
lista tríplice de Advogados encaminhada pelo TJ local para comporem o TRE 
de cada Estado. É comum confundirem esta competência como se fosse dos 
TREs e não do TSE. Cuidado! 
CF-88 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de 
cada Estado e no Distrito Federal. 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois 
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
 
12. responder, sobre matéria eleitoral, às CONSULTAS que 
lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, 
federal ou órgão nacional de partido político; 
O TSE poderá ser demandado acerca de alguma matéria eleitoral 
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que se apresenta ainda duvidosa no meio jurídico. É uma faceta do poder 
regulamentar da Justiça Eleitoral. 
Como aspecto histórico, um exemplo desse expediente foi a 
consulta formulada ao TSE a respeito da aplicabilidade da “Lei da Ficha 
Limpa” (Lei Complementar nº 135/2010) às Eleições do antigo ano de 
2010. O TSE respondeu em 10/06/2010, firmando entendimento no sentido de 
que a Lei Complementar 135/2010 pode ser aplicada para as eleições do 
ano de 2010. Apesar da decisão do TSE, o STF, no julgamento do Recurso 
Extraordinário (RE) nº 633703 decidiu em 23/03/2011 que os termos da Lei da 
Ficha Limpa NÃO se aplicam às eleições de 2010, mas apenas às 
posteriores, com base no princípio da anterioridade da legislação eleitoral. 
Estas Consultas ao TSE devem ser realizadas apenas em abstrato 
(em tese), nunca no bojo de um processo já instaurado, pois as consultas 
visam apenas sanar dúvida de cunho jurídico no âmbito ainda abstrato, 
distante do caso concreto. As consultas não têm caráter vinculante, mas 
podem servir de suporte para as razoes dos juízes eleitorais. 
As consultas podem ser realizadas por autoridade com jurisdição 
federal ou órgão nacional de partido político. 
O TSE também tem realizado consultas de cunho administrativo, 
não apenas em matéria eleitoral, quando relevantes em relação à temática. 
Um exemplo foi a edição da Resolução nº 22.314/2006: 
Resolução nº 22.314/2006 
MAGISTRADO. Participação em TRE. 1. Ex-membro titular ou 
substituto. Assunção da titularidade de zona eleitoral. 
Inadmissibilidade. Inclusão no final da lista de antiguidade. 2. 
Substituto atual. Cumulação de cargo de titular de zona eleitoral. 
Inadmissibilidade. 3. Consultas de cunho administrativo não 
eleitoral, conhecidas em razão da relevância dotema. 
Aplicação da Res. TS nº 21.009/2002. 
 
13. autorizar a contagem dos votos pelas mesas 
receptoras nos Estados em que essa providência for 
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solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; 
 
14. requisitar a força federal (Policial) necessária ao 
cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das 
decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para 
garantir a votação e a apuração; 
A Polícia Federal (PF) é a Força que fica à disposição da Justiça 
Eleitoral para a necessidade de cumprimento de suas decisões, especialmente 
no período eleitoral (Decreto-Lei nº 1.064/69). A Resolução do TSE nº 
21.843/2004 dispõe acerca da requisição de força federal pela Justiça Eleitoral. 
O poder de o TSE requisitar força federal NÃO depende da 
intermediação do presidente do STF! 
 
 
15. organizar e divulgar a Súmula de sua 
jurisprudência; 
 
16. requisitar funcionários da União e do Distrito 
Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de 
sua Secretaria; 
As requisições de servidores da União e do DF devem durar apenas 
1 ANO, renovável por igual período. 
Na atual regulamentação do tema, a Lei nº 11.300/2006 alterou a 
Lei nº 9.504/97 para determinar o prazo de requisição de 3 meses a 3 meses 
depois de cada eleição para trabalhar no pleito eleitoral. 
Lei nº 6.999/82 
Art. 2 
§ 1º - As requisições serão feitas pelo prazo de 1 (um) ano, 
prorrogável, e não excederão a 1 (um) servidor por 10.000 (dez 
mil) ou fração superior a 5.000 (cinco mil) eleitores inscritos na 
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Zona Eleitoral. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 94-A. Os órgãos e entidades da Administração Pública direta e 
indireta poderão, quando solicitados, em casos específicos e de 
forma motivada, pelos Tribunais Eleitorais: (Incluído pela Lei nº 
11.300, de 2006) 
II - ceder funcionários no período de 3 (três) meses antes a 
3 (três) meses depois de cada eleição. (Incluído pela Lei nº 
11.300, de 2006) 
 
17. publicar um boletim eleitoral; 
Este Boletim Eleitoral não existe mais, pois foi criada a Revista 
Jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral por meio da Resolução do 
TSE nº 16.584/90). 
 
18. tomar quaisquer outras providências que julgar 
convenientes à execução da legislação eleitoral. 
 
 
A CF-88, em seu art. 96, prevê importantes regras básicas para 
organização de todo e qualquer tribunal, inclusive para os TREs e para o TSE. 
Leiam: 
CF-88 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das garantias 
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o 
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e 
administrativos; 
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b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos 
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade 
correcional respectiva; 
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz 
de carreira da respectiva jurisdição; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, 
obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos 
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança 
assim definidos em lei; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e 
aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; 
 
 
 
 
 
 
 
Competência dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais). 
 
As competências dos TREs estão previstas no art. 29 e 30 do 
Código Eleitoral. Igualmente às do TSE, as competências dos TREs podem 
ser classificadas como competências: 
 JURISDICIONAIS (art. 29) – competências de decidir 
juridicamente o conflito, de forma originária ou em grau de 
recurso; 
 ADMINISTRATIVAS (art. 30) – competências privativas do 
TRE em questões internas/administrativas. 
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Por sua vez, as competências JURISDICIONAIS do TRE também 
podem ser dividas em 2 grupos: 
a) ORIGINÁRIAS – quando cabe ao TRE processar e julgar em 
1ª e única instância. Ou seja, quando cabe somente ao 
TRE e a nenhum outro Tribunal julgar determinada matéria 
ou circunstância fática prevista em lei (o TRE julga desde o 
início a matéria, sem interposto Juiz de 1º Grau); 
b) RECURSAIS – quando cabe ao TRE julgar os recursos de 
decisões dos Juízes e Juntas Eleitorais; 
 
 
Compete aos TREs processar e julgar ORIGINARIAMENTE as 
seguintes matérias (art. 29): 
1. o registro e o cancelamento do registro dos diretórios 
estaduais e municipais de partidos políticos, bem como 
de candidatos a Governador, VICE-Governadores, e 
membro do Congresso Nacional e das Assembléias 
Legislativas; 
Atenção! 
O registro e o cancelamento de registro dos diretórios 
ESTADUAIS e MUNICIPAIS de partidos políticos não é mais realizado 
pelos TREs, pois hoje os partidos apenas devem comunicar à Justiça Eleitoral 
a constituição dos seus órgãos diretivos e nomes de seus integrantes apenas 
para fim conferir publicidade e anotação nos Tribunais Eleitorais. Com isso, não 
é mais requisito para constituição dos diretórios estaduais e municipais o 
prévio registro no TRE (Acórdão TSE nº 13.060/96). 
Lei nº 9.096/95 
Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após 
registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, 
para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral. 
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Parágrafo único. O Partido comunica à Justiça Eleitoral a 
constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos 
integrantes, bem como as alterações que forem promovidas, para 
anotação: (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
I - no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de 
âmbito nacional; (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos 
órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal. 
Ressalvas: 
a. o registro de partidos políticos e de seus diretórios 
NACIONAIS DEVE SER FEITO e é competência do 
TSE. 
b. Continua competindo aos TREs o registro e cassação de 
registros dos candidatos a Governador, Vice, 
Membros do Congresso Nacional (Deputados 
Federais e Senadores) e das Assembléias 
Legislativas (Deputados Estaduais); 
Atenção!Nos TREs são registradas as candidaturas de Governador, Vice e 
membros das Assembleias Legislativas (isto é até obvio, não é verdade?). 
Contudo, também cabe aos TREs registrar a candidatura de 
Membros do Congresso Nacional! Isto mesmo! Dos Deputados Federais e 
Senadores! Faço esse registro porque muitos confundem com se fosse 
competência do TSE, ao imaginar que os Deputados e Senadores são 
“federais” ou “nacionais”. Na realidade, os Deputados Federais e Senadores 
são vinculados ao respectivo Estado. 
Vale ressaltar que quanto a esses candidatos aos cargos eletivos da 
circunscrição estadual (Senador, Deputados Federais e Estaduais, 
Governador e VICE), cabe também aos TREs julgar as argüições de 
inelegibilidade de suas candidaturas, conforme previsto na Lei de 
Inelegibilidades: 
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LC nº 64/90 
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições 
de inelegibilidade. 
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita 
perante: 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de 
candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado 
Estadual e Deputado Distrital 
 
2. os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do 
respectivo Estado; 
Como estudamos, o TRE julgará apenas conflito de competência 
entre Juízes a ele vinculados. Não poderá julgar conflito entre Juízes de 
outros TREs (competência do TSE), muito menos entre TRE e Juiz Eleitoral de 
outro TRE. 
 
3. a suspeição ou impedimentos aos seus Membros, ao 
Procurador Regional e aos funcionários da sua 
Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais 
(chefes de cartório eleitoral); 
Em síntese, a previsão legal de argüição de suspeição ou 
impedimento de Membro do TRE, Juiz Eleitoral, Procurador Regional, dos 
funcionários da Secretaria e dos escrivães eleitorais visa impedir eventuais 
decisões parciais em favor ou em desfavor de algum candidato ou partido. 
O impedimento legal gera a presunção absoluta de 
parcialidade do Juíz (ex: um Juiz que seria parte no processo que ele mesmo 
julgará). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, 
dependente de prova da eventual parcialidade do magistrado (ex: amigo 
íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo – tem que provar 
que era amigo íntimo). 
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Basta memorizar que o TRE julgará as exceções (ações) de 
suspeição ou impedimento de: 
1. seus Membros (Desembargadores do TRE); 
2. Procurador Regional Eleitoral; 
3. funcionários da Secretaria do TRE; 
4. Juízes Eleitorais; 
5. Escrivães eleitorais. 
Segundo a jurisprudência do TSE, a exceção de suspeição deve ser 
dirigida, inicialmente, ao juiz tido por suspeito (o Juiz excepto). Caso seja 
acolhida a exceção pelo próprio Juiz, a ação eleitoral principal deve ser 
submetida ao exame e julgamento de outro Juiz, diferente do reputado como 
suspeito. Se a exceção de suspeição não for acolhida pelo Juiz excepto, deve 
ser mandada ao TRE respectivo para julgamento. 
Assim, em outra linguagem, inicialmente, a exceção de suspeição é 
direcionada ao Juiz Eleitoral de 1º Grau reputado como suspeito. Se ele aceitar 
a exceção, o processo principal vai para outro Juiz. Caso ele não aceite, a 
exceção de suspeição vai ao TRE para decidir se o Juiz é ou não suspeito 
(Acórdão-TSE, de 30.5.2006, no MS nº 3.423). 
 
4. os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais; 
Os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais serão 
julgados pelos TREs do Estado respectivo. 
Cuidado! Os TREs somente julgarão crimes eleitorais cometidos 
pelos Juízes Eleitorais. Os crimes comuns cometidos pelos Juízes serão 
julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado. É isto o que prescreve também 
o art. 96, III, da CF-88: 
Art. 96 
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do 
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do 
Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
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ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
 
5. o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria 
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante 
os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, 
em grau de RECURSO, os denegados ou concedidos 
pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando 
houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz 
competente possa prover sobre a impetração; 
Frise-se que os TREs somente julgarão HC e MS em matéria 
eleitoral. 
Assim se resume a competência dos TREs de julgar os Habeas 
Corpus e Mandado de Segurança (em matéria eleitoral): 
a. contra ato de autoridade que respondam perante o 
TJ por crime de responsabilidade (previstos na 
Constituição Estadual); 
b. em grau de recurso de decisão de Juiz Eleitoral, os 
HC e MS denegados ou concedidos; 
c. o HC quando houver perigo de se consumar a violência 
antes do Juiz competente deferi-lo – esta hipótese é 
também de competência do TSE. 
Por força desse dispositivo, a assunção ao cargo de prefeito, no 
curso de processo criminal eleitoral, realmente desloca a competência de um 
Juiz Eleitoral para o TRE (pela prerrogativa de foro do Prefeito perante o TJ ou 
TRE). Contudo, esse deslocamento da competência NÃO invalida os atos 
praticados por juiz de 1º Grau ao tempo em que era competente - Acórdão-
TSE, de 2.5.2012, no HC nº 5003. 
 
 
 
6. as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos 
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partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração 
da origem dos seus recursos; 
Toda reclamação referente à contabilidade e apuração da 
origem dos recursos dos partidos políticos, deverá ser endereçada ao TSE 
ou ao TRE (competente para julgar a reclamação), conforme também prevê o 
art. 22, I, f, do Código Eleitoral. 
Além do Código Eleitoral, o art. 35 da Lei nº 9.096/95 (Lei dos 
Partidos Políticos) prevê que o TSE e os TREs têm competência para 
determinar exame da escrituração do partido político e a apuração de qualquer 
ato que viole as prescrições legais ou estatuárias em matéria financeira, na 
hipótese de denúncia de filiado ou delegado de partido ou representação do 
Procurador-Geral/Regional Eleitoral, bem como de iniciativa do Corregedor. 
 
7. os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos 
pelos juízes eleitorais em 30 (trinta) dias da sua conclusão 
para julgamento, formulados por partido, candidato, 
Ministério Público ou por parte legitimamente interessada 
sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. 
O pedido de desaforamentovisa o deslocamento da 
competência de um Juiz Eleitoral de uma comarca para o de outra, com a 
finalidade de que seja proferido novo julgamento ou processamento do feito. 
Em linguagem simples, o desaforamento serve para retirar o processamento e 
julgamento do processo de um determinado juízo eleitoral para outro, por, 
entre outros motivos, impossibilidade de julgamento na comarca. Ex: 
convulsão social que prejudique o andamento normal do feito. 
Aqueles pedidos de desaforamento não decididos pelos Juízes 
Eleitorais no prazo de até 30 DIAS de sua conclusão para julgamento, 
deverão ser julgados pelo TRE a que é vinculado o magistrado. 
 
 
Competência RECURSAL dos TREs (art. 29, II). 
Compete aos TREs julgar os recursos interpostos: 
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1. dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes e Juntas 
Eleitorais; 
2. das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou 
denegarem Habeas Corpus ou Mandado de Segurança. 
 
Código Eleitoral 
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: 
II - julgar os recursos interpostos: 
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas 
eleitorais. 
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou 
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
 
 
 
 
Competência PRIVATIVA (ADMINISTRATIVA) dos TREs (art. 
30). 
 
Somente ao TRE, e a nenhum outro Tribunal, compete praticar os 
seguintes atos (competência privativa): 
1. elaborar o seu Regimento Interno; 
Competência exclusiva de todo Tribunal. É matéria prevista em 
todos os Editais de TREs. 
 
2. organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional 
provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao 
Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a 
criação ou supressão de cargos e a fixação dos 
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respectivos vencimentos; 
Os TREs podem autonomamente organizar sua Secretaria e sua 
Corregedoria Regional. Podem também prover os cargos públicos do 
Tribunal (nomear e dar posse a todos vocês!). 
Contudo, a proposição de criação de supressão de cargos, bem 
como de fixação de vencimentos, como já estudamos, é realizada por 
intermédio do TSE. Logo, o TRE proporá ao Congresso Nacional tais atos 
mediante o TSE e não diretamente. 
Resumo da Competência de Projeto de Lei de criação e extinção de 
cargos: quem tem competência para propor ao Congresso Nacional projeto de 
lei de criação/extinção de cargos é o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No 
entanto, para assim proceder, o TRE precisa da intermediação do TSE, não 
sendo autorizado o TRE propor diretamente no Congresso Nacional a 
criação/extinção de cargos públicos. Isto porque o TSE deve consolidar as 
propostas de todos os TREs do país, encaminhando-se de forma conjunta ao 
Congresso. 
Assim, impedem-se inúmeras propostas difusas e separadas de 
Projeto de Lei sobre cargos públicos, evitando-se tratamentos desiguais entre 
TREs. 
Síntese: 
TRE – competência de sugerir ao TSE a proposição ao Congresso de PL 
sobre cargos; 
TSE – encaminha propostas consolidadas de todos os TREs ao Congresso 
(o TSE não cria ou extingue cargos!!) 
 
3. conceder aos seus Membros e aos Juízes Eleitorais licença e 
férias, assim como afastamento do exercício dos cargos 
efetivos submetendo, quanto aqueles (Membros dos TREs), 
a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral; 
A competência para concessão de licença, férias e afastamentos 
dos cargos efetivos de Juízes Eleitorais e de Membros dos Tribunais é dos 
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TREs, sendo que em relação aos Membros dos TREs, tais decisões devem ser 
aprovadas (homologadas) pelo TSE. 
Resumo: 
TREs – competência para conceder licença, férias e afastamentos a seus 
Membros (Desembargadores) e aos Juízes Eleitorais (1ª instância) 
TSE – as mesmas concessões aos Membros do TRE devem ser submetidas à 
aprovação do TSE 
Cuidado porque apenas serão submetidas ao TSE as concessões 
aos Membros do TRE e não dos Juízes Eleitorais. A aprovação do TSE é 
apenas em caráter de homologação. 
CF-88 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
 
 
4. fixar a data das eleições de Governador e Vice-
Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, 
vereadores e juízes de paz, quando não determinada por 
disposição constitucional ou legal; 
O dispositivo não tem mais eficácia em vista da previsão na CF-
88 e na Lei nº 9.504/97 de data específica para eleições de Governador, Vice, 
Deputados estaduais, Prefeitos, Vice e Vereadores. Ademais, a Lei nº 9504/97 
estabelece que as eleições para, entre outros, Senadores, Deputados Federais 
e Estaduais, serão realizadas simultaneamente: 
No entanto, os TREs poderão fixar data das eleições 
suplementares. Conforme visto, a data das eleições ordinárias/comuns 
(federais, estaduais e municipais) já é prevista na Constituição Federal e na Lei 
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nº 9.504/97, não remanescendo mais a competência para o TSE e os TREs 
marcarem as datas de referidas eleições. 
Todavia, em determinados casos extraordinários (ex: cassação de 
mandato eletivo, especialmente nos Municípios) são demandadas a realização 
de novas eleições fora do calendário ordinário e comum. Nestes casos, o 
Presidente do Tribunal Regional poderá marcar as chamadas eleições 
suplementares. 
Ademais, hoje a Justiça Eleitoral detém competência para a fixação 
de data de plebiscito e referendo, nos limites da circunscrição do órgão 
eleitoral (TSE – em todo o país; TRE – em todo o Estado; Juiz Eleitoral – na 
circunscrição municipal), conforme determina a Lei nº 9.709/98. 
Lei nº 9504/97 
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da 
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador 
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do 
ano respectivo. 
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as 
eleições: 
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e 
Deputado Distrital; 
 
5. constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva 
sede e jurisdição; 
As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da 
Justiça Eleitoral, compostos de: 
a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta); 
b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade. 
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O TRE poderá constituir Juntas eleitorais diretamente, sem 
interferência direta do TSE. 
De outro lado, os TREs criarão e dividirão as Zonas eleitorais, 
submetendo-se à aprovação do TSE. 
 
6. indicar ao TSE as zonas eleitorais ou seções em que a 
contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora; 
 
7. apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas 
Eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador 
e Vice-Governador, Membros do Congresso Nacional e 
expedir os respectivos DIPLOMAS, remetendo dentro do 
prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao TSE, cópia das 
atas de seus trabalhos; 
Dentro do Estado o TRE deverá finalizar as apurações das eleições 
Presidenciais (Presidente e Vice da República) e encaminhar os dados 
consolidados parciais (especificamente do Estado) para o TSE. 
As Juntas Eleitorais encaminham os resultados parciais apurados 
nas eleições em cada Zona Eleitoral do Estado, referentes às Eleições 
Estaduais. Estes resultados parciais deverão ser contabilizados pelo TRE, que 
apurará os resultados finais das eleições para Governador, Vice, Senador, 
Deputado Federal e Estadual. 
Os TREs têm competência para não somente apurar os resultados 
finais das eleições, mas também para EXPEDIR DIPLOMAS de Governador, 
Vice, e Membros do Congresso Nacional (Senadores e Deputados 
Federais), bem como dos Deputados Estaduais. A Diplomação dos 
membros dos Senadores e Deputados Federais não é de competência do 
TSE, mas dos TREs respectivos! 
Cuidado! 
É muito comum imaginar que a competência para expedir diplomas 
dos membros do Congresso (Deputado Federal e Senador) é do TSE. Basta 
lembrar que os candidatos para tais cargos são eleitos nos ESTADOS e não na 
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União. 
Eleições Presidenciais – TRE apura os resultados parciais do Estado. 
Eleições Estaduais (Governador, Vice, Senador, Deputado Federal e 
Estadual) – TRE apura os resultados finais. 
 
 
8. responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe 
forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido 
político; 
Os TREs, da mesma maneira que o TSE, respondem a consultas 
formuladas sobre questões eleitorais duvidosas no meio jurídico. Decorre tal 
competência do poder normativo da Justiça Eleitoral. 
Estas Consultas aos TREs e ao TSE devem ser realizadas apenas 
em abstrato (em tese), nunca no bojo de um processo já instaurado, pois as 
consultas visam apenas sanar dúvida de cunho jurídico no âmbito ainda 
abstrato, distante do caso concreto. As consultas não têm caráter vinculante, 
mas podem servir de suporte para as razoes dos juízes eleitorais. 
 
9. dividir a respectiva circunscrição em Zonas Eleitorais, 
submetendo essa divisão, assim como a criação de novas 
zonas, à aprovação do TSE; 
 
Segundo o TSE, a Zona Eleitoral é a região geograficamente 
delimitada dentro de um Estado, gerenciada pelo cartório eleitoral, que 
centraliza e coordena os eleitores ali domiciliados. Pode ser composta por mais 
de um município, ou por parte dele. Normalmente segue a divisão de comarcas 
da Justiça Estadual. 
A criação e a divisão das circunscrições eleitorais em zonas 
eleitorais são realizadas pelos TREs. No entanto, como já examinamos, deverá 
ser submetido tal processo ao TSE, que aprovará ou não. 
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Resumo: 
TREs: 
 1. dividem o território em Zonas Eleitorais; 
 2. criam e desmembram as Zonas Eleitorais 
TSE – aprova ou não 
 
10. aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva 
responder pela escrivania eleitoral (cartório eleitoral) durante 
o biênio; 
 
11. requisitar a força necessária ao cumprimento de suas 
decisões e solicitar ao TSE a requisição de força federal; 
Em determinadas eleições, especialmente nas municipais, as 
circunstâncias podem exigir a presença de força policial para garantir a lisura 
e o regular trabalho do processo eleitoral. 
O Decreto Lei nº 1.064/69 determina que o Departamento de 
Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver de 
se realizar eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do território 
nacional. O TSE já regulou tal matéria na Resolução TSE nº 14.623/88, 
disciplinando as atribuições da Polícia Federal quando à disposição da Justiça 
Eleitoral. 
Quando for necessária força federal, o TRE poderá requerer ao TSE 
a sua requisição. 
Código Eleitoral 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, 
de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais 
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a 
apuração. 
 
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12. autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos 
Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes 
eleitorais, a requisição de funcionários federais, 
estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães 
eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; 
 
13. requisitar funcionários da União e, ainda, no 
Distrito Federal e em cada Estado ou Território, 
funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso 
de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias; 
 
14. aplicar as penas disciplinares de advertência e 
suspensão, por até 30 (trinta) dias, aos Juízes Eleitorais; 
Amigos, não é só servidor que responde a processo disciplinar por 
conduta ilícita. Os Juízes Eleitorais, em suas funções, poderão sofrer 
penalidade, aplicada pelo TRE, de advertência e de suspensão de até 30 
DIAS. 
 
15. cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do 
Tribunal Superior; 
 
16. determinar, em caso de urgência, providências para a 
execução da lei na respectiva circunscrição; 
 
17. organizar o fichário dos eleitores do Estado. 
 
18. suprimir os mapas parciais de apuração mandando 
utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde 
que o menor número de candidatos às eleições proporcionais 
justifique a supressão. 
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Mapas de apuração são formulários para transcrição de resultado 
de votação. 
As normas referentes à supressão dos mapas parciais de apuração 
têm pouco relevância para as provas, mas listo abaixo: 
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal 
Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de 
apuração; 
b) da decisão do Tribunal Regional qualquercandidato ou 
partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal 
Superior, que decidirá em cinco dias; 
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida 
até seis meses antes da data da eleição; 
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos 
Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal 
Superior; 
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos 
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes 
atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que 
aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações 
formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior. 
Por fim, vale registrar que, em tese, faltando em algum possível 
Território um TRE próprio, o TSE designará o TRE de algum Estado, que terá 
jurisdição sobre aquele Território. 
Código Eleitoral 
Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a 
respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal 
Regional que o Tribunal Superior designar. 
 
 
Competência do Procurador Geral Eleitoral (PGE). 
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As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo 
Procurador-Geral da República (PGR), que é o Chefe do Ministério Público 
da União (MPU). 
Segundo a Lei Orgânica do MPU, o Procurador-Geral e o VICE-
Procurador-Geral poderão designar Membros do Ministério Público Federal 
(MPF) para oficiarem perante o TSE. No entanto, estes outros membros do 
MPU designados pelo PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão 
ter assento no Plenário do TSE. 
Ademais, será substituto do Procurador-Geral Eleitoral, nas 
hipóteses de impedimento e vacância, o VICE-Procurador-Geral Eleitoral, 
designado entre os Subprocuradores-Gerais da República. 
Código Eleitoral 
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal 
Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, 
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. 
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros 
membros do Ministério Público da União, com exercício no 
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para 
auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão 
ter assento. 
LC nº 75/93 
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que 
couber, junto à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, 
atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral. 
Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da 
República. 
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os 
Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral 
Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o 
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. 
Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exercer as 
funções do Ministério Público nas causas de competência do 
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Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o 
Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, 
membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua 
aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
 
Competências do PROCURADOR-GERAL ELEITORAL: 
 
a) assistir às sessões do TSE e tomar parte nas discussões; 
 
b) exercer a Ação Pública e promovê-la, até final, em todos 
os feitos de competência originária do Tribunal; 
Apenas o Ministério Público, no caso, o Procurador-Geral Eleitoral 
no TSE, tem o domínio da Ação Penal, que se aplica no âmbito eleitoral aos 
crimes eleitorais. O Procurador-Geral promove a ação penal apenas nos 
processos de competência originária do TSE. Nos processos de competência 
dos TREs e do Juiz Eleitoral de 1º grau, compete, respectivamente, ao 
Procurador Regional Eleitoral e ao Promotor Eleitoral promover a ação penal. 
Frise-se que quem maneja a Ação Penal em matéria eleitoral é o 
Procurador-Geral, não cabendo qualquer tipo de atribuição correlata ao 
Corregedor-Geral. É muito comum cobrarem em prova confundirem os 
candidatos. 
 
c) oficiar em todos os recursos encaminhados ao 
Tribunal (tomar ciência e manifestar-se por meio de 
Parecer); 
O Código Eleitoral determina adicionalmente que o Procurador-
Geral, além de ter que se manifestar em todos os processos tramitantes no 
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TSE, deverá oficiar (tomar ciência e manifestar-se por meio de Parecer) em 
todos os RECURSOS encaminhados ao Tribunal. 
Contudo, a jurisprudência mais moderna aponta pela 
inaplicabilidade desta regra aos recursos já em tramitação no TSE. 
Ademais, não é necessário o pronunciamento da Procuradoria-Geral nos 
embargos de declaração. 
 
d) manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos 
os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, 
quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, 
ou por iniciativa sua, se entender necessário (tomar 
ciência e manifestar-se por meio de Parecer); 
Direito de manifestação sobre os processos e assuntos afetos ao 
TSE: 
 manifestação escrita ou oral; 
 por iniciativa própria ou solicitada por qualquer 
membro do TSE. 
 
e) defender a jurisdição do Tribunal; 
f) representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis 
eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme 
em todo o País; 
O Procurador-Geral tem o dever de representar (impetrar ação, 
representação) ao Tribunal de toda e qualquer irregularidade eleitoral por ele 
conhecida, com base nos preceitos da legislação eleitoral. Exemplo: 
propaganda eleitoral irregular, candidaturas ilegais, etc. 
 
g) requisitar diligências, certidões e esclarecimentos 
necessários ao desempenho de suas atribuições; 
Competência investigatória e instrutória do Ministério Público como 
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fiscal da lei (Parquet). Exemplo: pode o Procurador-Geral solicitar à Receita 
Federal cópias das Declarações de Imposto de Renda de candidato que 
declarou à Justiça Eleitoral seus bens e rendimentos. 
 
h) expedir instruções aos órgãos do Ministério Público 
junto aos TREs; 
O Procurador-Geral detém a atribuição de Chefe de Ministério 
Público Eleitoral em toda a Federação. Por isso, tem a atribuição de expedir 
instruções aos Procuradores Regionais Eleitorais dos Estados, que exercem 
suas atribuições perante os TREs. 
 
i) acompanhar, quando solicitado, o Corregedor-Geral, 
pessoalmente ou por intermédio de Procurador que 
designe, nas diligências a serem realizadas. 
Os inquéritos presididos pelo Corregedor–Geral contra Juízes 
Eleitorais ou Servidores e as diligências por este empreendidas nas Zonas

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