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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 1 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) Queridos(as) Alunos(as)! Segue a nossa Aula 4 de Direito Eleitoral! Registro que a Lei nº 9.504/97 sofreu várias alterações decorrentes da Lei nº 12.891/2013 e da Lei nº 12.875/2013, as quais serão plenamente tratadas nas 3 Aulas seguintes. Inclusive farei um Resumo só das alterações impostas pelo novo regramento, bem como frisarei as alterações ao longo da aula. Bons estudos! Ricardo Gomes QUADRO SINÓPTICO DA AULA: Lei n.º 9.504/1997: 1. Disposições Gerais; 2. Sistema Eleitoral e Coligações; 3. Convenções para escolha de candidatos; 4. Registro de candidatos; Aula 4 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 2 Lei nº 9.504/1997. 1. Disposições Gerais. Data e simultaneidade das eleições. A Lei Eleitoral preleciona que as Eleições para todos os cargos eletivos – Chefes do Poder Executivo e Membros das Casas Legislativas (Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador) ocorrerão no 1º DOMINGO DE OUTUBRO do ano respectivo. Lei nº 9.504/97 Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. A CF-88, em dispositivos diversos, também dispõe sobre as respectivas datas das eleições para cada Chefe do Poder Executivo (1º e 2º Turnos): CF-88 Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice- Presidente com ele registrado. § 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 3 registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. § 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES; TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 4 DICA: As Eleições ocorrem no mesmo período para os cargos FEDERAIS e ESTADUAIS e em período diferente apenas para os cargos MUNICIPAIS: Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. Dessa forma, o que ocorre é uma divisão de eleições a cada 2 ANOS. Exemplo: 2014 – Eleições Federais e Estaduais; 2016 – Eleições Municipais 2018 – Eleições Federais e Municipais; 2020 – Eleições Municipais 2022– Eleições Federais e Estaduais; 2024 – Eleições Municipais As eleições são simultâneas para os seguintes cargos Federais, Estaduais e Municipais: CARGOS FEDERAIS E ESTADUAIS CARGOS MUNICIPAIS Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Distrital Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador Lei nº 9.504/97 Art. 1 Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições: I - para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 5 Deputado Distrital; II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. Votação para o candidato considerar-se eleito. O art. 2º da Lei Eleitoral também repete alguns dispositivos constitucionais. Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitos Municipais, considerar-se-á eleito o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA DE VOTOS, não computados os em branco e os nulos. Observem que só se computam os votos válidos (sendo retirados os em branco e os nulos). O que é mesmo Maioria Absoluta de votos? É o primeiro nº inteiro acima da metade dos votos. Se nenhum candidato alcançar esta maioria absoluta, deverá ser realizada nova eleição (2º TURNO) no último domingo de outubro, salvo nos Municípios com menos de 200 Mil ELEITORES, que não têm 2º turno. Cuidado que o art. 29, II, da CF-88, e o art. 3º, §2º, da Lei Eleitoral prevê que são 200 Mil ELEITORES e não habitantes! Nas questões trocam os termos para “pegar” os candidatos! Assim, é correto afirmar que nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, o Prefeito com a maioria simples de votos será considerado eleito, não sendo realizado 2º turno. O 2º TURNO, realizado para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitosnos Municípios com + 200 Mil Eleitores, será entre os 2 candidatos mais votados. Obs: Não existe 2º turno com 3 ou mais candidatos! E não existe previsão de 2º turno para a eleição de SENADOR e para todas as eleições proporcionais (Deputados Federais/Estaduais e Vereador). O 2º turno é previsto somente para as eleições majoritárias dos Chefes do Poder Executivo. A eleição do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 6 Prefeitos) importa na do VICE. Óbvio, não é verdade! Mas, às vezes, na hora da prova não é que confundimos as coisas! Rsrs. Atenção! Caso ocorra morte, desistência ou impedimento legal de algum candidato antes do 2º turno, será convocado, dentre os remanescentes, o de maior votação. Ex: se o 1º ou o 2º colocado desistir, o 3º colocado será convocado. Se no 2º lugar empatarem mais de 1 candidato (votação idêntica), o MAIS IDOSO prevalece, será o qualificado! Lei nº 9.504/97 Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA de votos, não computados os em branco e os nulos. § 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição (2º TURNO) no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. § 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. § 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à eleição de Governador. Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos. § 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice- Prefeito com ele registrado. § 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 7 anterior. Partidos Políticos e requisitos para participarem das eleições. O art. 4º da Lei Eleitoral elenca 2 requisitos essenciais para que os Partidos Políticos possam participar regularmente das eleições. Segundo a Lei Eleitoral, somente poderão participar das eleições os Partidos Políticos que: 1. tenham registrado seus ESTATUTOS no TSE até 1 ANO antes do pleito/das eleições; 2. tenham constituído ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição eleitoral até a data da CONVENÇÃO, conforme seu estatuto. Cuidado! O REGISTRO dos Estatutos no TSE é até 1 ANO do Pleito/Eleições! A Constituição de ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição é até a data da CONVENÇÃO! Segundo a própria Lei Eleitoral (Lei nº 9504/97), os partidos podem realizar Convenção para escolha de candidatos entre os dias 12 a 30 de JUNHO do ano em que forem realizadas as eleições. Lei nº 9.504/97 Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até 1(um) ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. CF-88 Art. 17 § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 8 Votos Válidos. Nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, são contados como VOTOS VÁLIDOS apenas os votos conferidos aos candidatos regulamente inscritos e às legendas partidárias (votos destinados aos Partidos e Coligações e não a um candidato específico), não computados os em branco e os nulos. Por isso, os votos em branco não interferem no quociente eleitoral e partidário. Lei nº 9.504/97 Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. 2. Sistema Eleitoral e Coligações. As Coligações fazem às vezes de Partidos Políticos temporários que surgem da união de 2 ou mais Partidos para atuação conjunta na campanha eleitoral, numa mesma circunscrição eleitoral (circunscrição federal/nacional, estadual ou municipal). Conforme a Lei Eleitoral, a Coligação funciona como um só partido (unidade partidária) no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários. A Coligação poderá ser constituída nas eleições Presidenciais (Coligação Nacional); nas eleições para Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual (Coligação Estadual) e nas eleições para Prefeito e Vereador (Coligação Municipal). TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 9 Ademais, as Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS (Chefes do Poder Executivo) e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores). Para compreender as Coligações, é preciso conhecer os Sistemas Eleitorais (Princípio/Sistema Majoritário e Proporcional). São 2 os Sistemas Eleitorais no Brasil para distribuição das representações (majoritárias e proporcionais), que estabelecem os procedimentos necessários para realização das eleições: 1. SISTEMA MAJORITÁRIO – por este sistema, para ser eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma circunscrição eleitoral. Segundo a CF-88, são os seguintes os cargos eleitos pelo Sistema Majoritário: a. Presidente e Vice da República; b. Governador e Vice; c. Prefeito e Vice. d. SENADORES; Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário: 1. Chefes do Poder Executivo; 2. SENADORES. Esta maioria de votos pode ser absoluta ou relativa. ABSOLUTA – a maioria significa o 1º número inteiro acima dos 50% dos votos, computados os recebidos por todos os candidatos. Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeito (Município com + 200 Mil eleitores), poderão ser realizados 2 turnos, no 1º a maioria será entre todos os candidatos, e no 2º será apenas entre os 2 candidatos mais votados. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 10 Obs: Nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, as eleições são em apenas 1 único turno. Mais uma vez, cuidado! Quantoaos Municípios, as questões costumam colocar mais ou menos de 200 mil habitantes! O que é errado! São 200 mil eleitores! RELATIVA – é a maioria simples dos votos dos presentes na votação. Será eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos, independentemente se alcançou ou não + de 50% dos votos totais. Ex: votos por candidato: candidato A – 35%; candidato B – 25%, candidato C – 40%. É eleito neste caso o candidato C, por ter obtido a maioria relativa dos votos. Para cargo de SENADOR adota-se o sistema majoritário, mas é utilizada a maioria simples (não se exige a maioria absoluta). Com isso, no sistema MAJORITÁRIO, exige-se a maioria absoluta de votos para as eleições de Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito – com + de 200 Mil Eleitores). De outro lado, exige-se apenas a maioria simples (não maioria absoluta) dos candidatos aos de: Senadores; Prefeitos – menos de 200 Mil Eleitores; CF-88 Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice- TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 11 Presidente com ele registrado. § 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, (...) e os seguintes preceitos: II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; 2. SISTEMA PROPORCIONAL – pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder LEGISLATIVO (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida. Por este sistema proporcional são definidas as quantidades de vagas de cada partido político e quais são os candidatos eleitos de cada agremiação política. Segundo Jairo Gomes, tal sistema “visa distribuir entre as múltiplas entidades políticas as vagas existentes nas Casas Legislativas, tornando equânime a disputa pelo poder e, principalmente, ensejando a representação de grupos TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 12 minoritários”. Nesse caso, o voto tem caráter duplo: votar no candidato significa votar também no Partido (voto de legenda), que terá representação na Casa Legislativa. Por este mecanismo, é assegurada a representação pelo maior número possível de grupos e correntes ideológicas de eleitores/partidos. O número de vagas obtidas pelo partido ou coligação de partidos dependerá diretamente do número de votos obtidos pelo partido ou coligação! CF-88 Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Aplicam-se as mesmas regras da proporcionalidade aos cargos de Deputado Estadual e Vereador. Veremos logo à frente como se dá a distribuição dos votos e dos cargos por cada partido ou coligação pelo sistema proporcional. Voltando especificamente ao assunto sobre Coligação. Permite-se que sejam formadas + de 1 Coligação para eleições proporcionais dentre os partidos que integram a coligação para as eleições majoritárias. Ex: concorrem numa determinada circunscrição os Partidos PT, PMDB, PDT, PC do B, PP, PR, PSD, PROS, PRB, PSDB, PTB, PT do B, DEM. Neste caso PT, PMDB, PDT, PC do B podem formar 1 (uma) única coligação para eleições majoritárias e + de 1 coligação para as eleições proporcionais. Nas proporcionais, poderão unir os Partidos PT e PMDB em uma coligação e PDT e PC do B em outra, a despeito de estarem totalmente unidos nas eleições majoritárias. Observo que na majoritária somente poderá fazer 1 única coligação entre os partidos participantes. Com a coligação nas eleições majoritárias, NÃO poderão os partidos nela agrupados celebrarem novas coligações nas eleições TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 13 proporcionais com partidos estranhos ao grupo das majoritárias. No exemplo dado, os partidos PT e PMDB não poderão coligar-se com os partidos PSDB e DEM nas eleições proporcionais. Dessa forma, a coligação majoritária limita as coligações proporcionais aos partidos previamente coligados na majoritária! Resumo acerca das coligações majoritárias e proporcionais: a) as coligações são realizadas na mesma circunscrição eleitoral (circunscrição federal/nacional, estadual ou municipal); b) as Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS (Chefes do Poder Executivo) e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores); c) Permite-se que sejam formadas + de 1 Coligação para eleições proporcionais dentre os partidos que integram a coligação para as eleições majoritárias; d) Com a coligação nas eleições majoritárias, NÃO poderão os partidos nela agrupados celebrarem novas coligações nas eleições proporcionais com partidos estranhos ao grupo das majoritárias. Denominação e Responsabilidades das Coligações. As coligações poderão ter denominações variadas. A denominação da coligação poderá ser formada pela junção de todas as siglas dos partidos políticos que a integram ou por nome próprio, facultativamente escolhido. Exemplo de coligações das Eleições para Presidente da República de 2014: COLIGAÇÃO COM A FORÇA DO POVO (PT / PMDB / PSD / PP / PR / PROS / PDT / PC do B / PRB) MUDA BRASIL (PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 14 PTC / PT do B) A denominação da coligação NÃO poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido. Na propaganda eleitoral deverá ser identificada a coligação, pois as Coligações são equiparadas aos Partidos Políticos, seguindo as seguintes regras: 1. na propagandapara ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, a coligação usará, obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, as legendas de TODOS os partidos que a integram (deverá indicar todos os partidos políticos que a formam); 2. na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação (cada partido usará apenas sua sigla abaixo do nome da coligação). Friso que cada Coligação funcionará como Partido único, sendo atribuídos a ela todos os direitos e deveres dos partidos políticos. Lei nº 9.504/97 Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário. § 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários. § 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 15 nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. Regras básicas para a Formação e Representação das Coligações. Deste ponto, destaco os seguintes aspectos: 1. Não existe vinculação para inscrição de candidatura a candidatos de determinados partidos (é livre a inscrição de candidatos dentro dos partidos coligados) - na chapa das coligações, poderão inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante; 2. Para que seja demonstrada a decisão de toda a Coligação, o Pedido de Registro dos Candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgão executivos ou por representante da coligação. 3. Deve ser designado um REPRESENTANTE da Coligação, que terá as mesmas atribuições de presidente de partido, ou devem ser designados DELEGADOS indicados pelos partidos que a compõem, nos seguintes números: a. 3 Delegados perante o Juiz Eleitoral; b. 4 Delegados perante o TRE; c. 5 Delegados perante o TSE. 4. Atuação isolada de partido Coligado – Condições: somente poderá atuar partido isolado quando ele fizer um questionamento da validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 16 CONVENÇÃO de candidatura e o termo final do prazo para impugnação do registro de candidatos. Atenção! A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013, prevê que a responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, NÃO alcançando outros partidos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. Assim, caso a Justiça Eleitoral sancione com multa eleitoral por infração às regras da propaganda eleitoral, os responsáveis solidários serão os candidatos e os seus partidos. Essa responsabilidade NÃO se estende aos demais partidos da coligação! TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 17 3. Convenções para escolha de candidatos. Como decorrência da autonomia partidária prevista no art. 17, §1º, da CF-88, o art. 7, §1º, da Lei Eleitoral prevê que as normas para escolha e substituição dos candidatos e para formação das coligações serão estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS, em consonância às regras previstas na própria Lei Eleitoral. CF-88 Art. 17 § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) A Lei dispõe que, caso o estatuto não preveja tais normas, caberá ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido estabelecê-las, publicando- se até 180 DIAS antes das Eleições! Resumindo: As regras para escolha e substituição dos candidatos e para formação das coligações deverão ser estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS políticos; caso sejam omissos os Estatutos, o ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido deverá estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições. Lei nº 9.504/97 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 18 Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei. § 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer as normas a que se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oitenta dias antes das eleições. Prevalência hierárquica dos órgãos de direção nacional. Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos órgãos de direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7º, §2º, da Lei Eleitoral dispõe o seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes órgãos superiores (nacionais)! Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS. No entanto, caso da anulação decorra a necessidade de escolha de novos candidatos (pela urgência da situação), o pedido de registro dos novos candidatos deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS seguintes à deliberação de anulação. Lei nº 9.504/97 Art. 7 § 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão ANULAR a deliberaçãoe os atos dela decorrentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) § 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 19 comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) § 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Prazo de escolha dos candidatos e de deliberação das coligações. A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013, prevê que a escolha dos candidatos e a deliberação sobre a definição ou não de formarem coligações devem ser realizadas pelos partidos no período de 12 a 30 JUNHO do ano em que serão realizadas as eleições. O período anterior era 10 a 30 de Junho e pode constar assim em sua prova. Atenção! Esta escolha é feita em CONVENÇÃO dos Partidos, na qual se lavra ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, devendo ser publicada a ata em 24 HORAS em qualquer meio de comunicação. Então, são somente 19 DIAS para os partidos escolherem seus candidatos e decidirem sobre as coligações! Lei nº 9.504/97 Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 12 a 30 de junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em 24 (vinte e quatro) horas em qualquer meio de comunicação. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) Atenção! O art. 8, §1º, da Lei nº 9.504/97 teve sua eficácia suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9 desde 24.4.2002, até a decisão final da ação. O dispositivo tratava da candidatura nata, ao garantir a todos os TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 20 que estivessem no exercício de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, ou mesmo que tivesse exercido, por qualquer período, esses mandatos na legislatura em curso, as vagas para candidatura, no mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto suspensa a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, devem submeter suas candidaturas à Convenção Partidária, isto é, em cada eleição devem ter aprovadas pelos Partidos as respectivas candidaturas (não são automáticas as candidaturas). Portanto, não existe direito a candidatura nata ou automática no Brasil! Todas devem ser aprovadas pelos partidos em convenção. SUSPENSO pelo STF! Lei nº 9.504/97 Art. 8 § 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados. A Lei nº 9.504/97 assegura a possibilidade dos partidos políticos utilizarem prédios públicos para realização de suas Convenções, responsabilizando-se por eventuais prejuízos causados. Desse modo, a lei faculta a requisição de prédios públicos, de forma gratuita, para que os Partidos façam suas convenções. Lei nº 9.504/97 Art. 8 § 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento. Condições para candidato concorrer à eleição da Lei TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 21 Eleitoral. Conforme estudamos, o art. 14, §3º, da CF-88 prevê que, entre as condições de elegibilidade destaca-se o domicílio eleitoral do candidato. Por seu turno, a Lei nº 9.504/97, regulamentando tal preceito constitucional, dispõe sobre 2 requisitos para que o candidato possa concorrer às eleições, 1 deles sobre o prazo mínimo de domicílio eleitoral: 1. possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo mínimo de 1 ANO antes do pleito; 2. estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo de 1 ANO antes das eleições. Ex: se um eleitor do Estado do Ceará for concorrer ao cargo de Governador do Estado de São Paulo, deverá possuir domicílio eleitoral no Estado que quer candidatar-se pelo menos 1 ano antes das eleições. O deferimento da filiação partidária se dá, conforme o art. 17 da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), com o atendimento das regras estatutárias do partido. Importa saber que este deferimento tem que ser realizado também em até 1 ANO antes das eleições. Permite-se o aproveitamento do tempo de filiação do candidato nos casos de fusão ou incorporação de partidos políticos dentro do prazo de até 1 ano antes das eleições. Assim, em caso de fusão ou incorporação de partidos não terá o candidato que filiar-se novamente. Se já estiver filiado anteriormente em qualquer partido fundido ou incorporado não precisará fazê- lo novamente, pois a lei considera a data de filiação ao partido de origem. Deve-se ressaltar que a lei só ressalva a hipótese de fusão ou incorporação de partido, não abrangendo a possiblidade de simples alteração de partido. Ex: candidato que saiu do Partido A para o Partido B por simples escolha. Nesse caso, a data da alteração para o Partido B é que será considerada nas condições exigidas para candidatura. Lei nº 9.504/97 Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 22 pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. 4. Registro de Candidatos. Número de candidatos a serem registrados nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS. Nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, Assembleias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais – Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá registrar TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes23 até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares). Se houver COLIGAÇÃO de Partidos na Proporcional, independentemente da quantidade de partidos que a integrem, poderão ser registrados até o DOBRO (2 vezes) da quantidade de lugares a preencher. Assim, se houverem 4 partidos na Coligação Proporcional, a quantidade de candidatos a serem registrados não será 4 X 150%, mas apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar. Cuidado! Nas Coligações não é o dobro de 150%; é o DOBRO dos lugares vagos (200% dos lugares)! RESSALVA: Nos Estados em que o número de lugares a preencher na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada PARTIDO poderá registrar candidatos a Deputado Federal e Estadual/Distrital até o DOBRO das vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, será acrescido em mais 50% do DOBRO (300% das vagas ou 3 VEZES)! Exemplo: Estado com 18 Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem preenchidas na Câmara dos Deputados; cada PARTIDO poderá registrar até o DOBRO do nº de vagas: 2X18=36 registros de candidatos; se for COLIGAÇÃO, poderão ser registrados o DOBRO (2X) + 50% = 300% 54 candidatos. Obs: segundo o TSE, e por não prevê a Lei, esta regra NÃO se aplica aos MUNICÍPIOS, mas apenas aos Estados. Vamos resumir – Nº de candidatos a serem registrados nas Eleições Proporcionais: 1. REGRA: Cada Partido – registro de até 150% do nº de vagas; 2. Caso seja COLIGAÇÃO: não importa o nº de partidos, será sempre o DOBRO do nº de vagas (200% dos lugares). 3. Estados com até 20 VAGAS para Deputado Federal - cada PARTIDO poderá registrar candidatos para Deputados Federal e Estadual até o DOBRO do nº de vagas (200%) e TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 24 não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, poderá registrar até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% do dobro = 300% das vagas ou 3 VEZES). No cálculo de lugares a serem preenchidos, deverá ser despreza a fração, se inferior a meio (0,5) e igualá-la a um (1,0), nos demais casos (se superior a 0,5). Caso a Convenção dos partidos não consiga indicar o nº máximo de candidatos permitido pela Lei nº 9.504/97, poderão os órgãos de direção dos partidos respectivos preencher as vagas que faltaram em até 60 DIAS antes das eleições! Deve ser reservado um percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%! Lei nº 9.504/97 Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do número de lugares a preencher. § 1º No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de lugares a preencher. § 2º Nas unidades da Federação (leia-se ESTADOS) em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder de 20 (vinte), cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital até o DOBRO das respectivas vagas; havendo COLIGAÇÂO, estes números poderão ser acrescidos de até mais 50% cinquenta por cento. § 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 25 para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) § 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior. § 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até 60 sessenta dias antes do pleito. Prazo para registro. O prazo para registro de candidatos de Partidos e Coligações é até às 19 HORAS (7hs da noite) do dia 5 de JULHO do ano em que se realizarem as eleições. Vejam que este prazo tem HORAS! 19 Horas do dia 5 JULHO! Caso o partido ou coligação não faça o registro de seus candidatos, os próprios candidatos poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral no prazo de 48 HORAS seguintes à publicação, pela Justiça Eleitoral, da lista de candidatos registrados. Lei nº 9.504/97 Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições. § 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de 72 HORAS para diligências. Este prazo tem por finalidade permitir a juntada de documentos que comprovem o preenchimento dos requisitos da candidatura à época do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 26 pedido de registro, e não exatamente o adimplemento ou preenchimento posterior de eventual irregularidade. Documentos para registro de candidatos. O Partido, quando solicitar à Justiça Eleitoral o pedido de registro de cada candidato, deverá instruir o pedido com os seguintes documentos: 1. cópia da ATA a que se refere o art. 8º (Ata da Convenção Partidária para escolha dos candidatos e deliberação sobre coligações); 2. autorização do candidato, por escrito; 3. prova de filiação partidária; 4. declaração de bens, assinada pelo candidato; 5. cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º; 6. certidão de quitação eleitoral; 7. certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; 8. fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral; 9. propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República; A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013, dispensa que o partido, coligação ou candidato apresente os documentos produzidos a partir de informações detidas pela própria Justiça Eleitoral, especialmente: prova de filiação partidária; cópia do título eleitoral ou certidão e certidão de quitação eleitoral. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVATEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 27 A certidão de quitação eleitoral, item 6 anterior, deverá conter as seguintes informações: a) a plenitude do gozo dos direitos políticos, b) o regular exercício do voto, c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e e) a apresentação de contas de campanha eleitoral. Para fins de expedição desta certidão de quitação eleitoral, somente serão considerados QUITES com a Justiça Eleitoral, entre os candidatos condenados ao pagamento de multa eleitoral, aqueles que: a) apesar de condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido; b) pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo fato. c) Tiverem parcelado as multas eleitorais - o parcelamento das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele eleitor ou candidato, e dos partidos políticos, podendo ser parceladas em até 60 MESES, desde que não ultrapasse o limite de 10% da renda. Obs: a possibilidade de parcelamento das multas eleitorais foi prevista pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013. Com isso, mesmo com débito, desde que parcelado, o candidato considera-se quite com a Justiça Eleitoral e tem direito a certidão de quitação eleitoral. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 28 O parcelamento deve observar as regras previstas na legislação tributária federal. Até o dia 5 de JUNHO do ano da eleição, a Justiça Eleitoral deverá enviar aos Partidos Políticos a relação de todos os devedores de multa eleitoral para subsidiar a expedição das certidões de quitação eleitoral. No interesse de identificação de candidatos inelegíveis, a Lei nº 9.504/97 prevê que até o dia 5 de JULHO do ano das eleições os Tribunais e Conselhos de Contas (TCU e TC Estaduais) devem disponibilizar à Justiça Eleitoral relação dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo os casos em que a questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável ao interessado. Pela Lei Complementar nº 64/90 (alterada pela Lei da Ficha Limpa), são considerados inelegíveis os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS. Essas contas são relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição. Momento para aferição das condições de elegibilidades e das causas de inelegibilidades. As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF- 88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na legislação infraconstitucional devem ser aferidas no momento da formalização do PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na data da posse! TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 29 Por lógico, ressalvam-se as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que venham a afastar a inelegibilidade. Exemplos jurisprudenciais de alterações fáticas ou jurídicas que afastam especificamente a inelegibilidade e repercutem diretamente no direito de registro e candidatura: a) a sentença judicial homologatória da opção pela nacionalidade brasileira possui efeitos ex tunc e, ainda que prolatada em momento posterior ao pedido de registro de candidatura, permite o deferimento superveniente deste. b) casos de obtenção de medidas liminares ou de tutela antecipada ou a quaisquer outras causas supervenientes ao pedido de registro que afastem a inelegibilidade, aptas a afastar a inelegibilidade decorrente da rejeição de contas. c) Quaisquer causas de em que for cessada a inelegibilidade antes das eleições. Contudo, a Lei Eleitoral traz uma exceção ao prelecionar especificamente que, com relação à IDADE MÍNIMA, também condição de elegibilidade, deve ser aferida somente na DATA DA POSSE! Cuidado! CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E CAUSAS DE INELEGIBILIDADES IDADE MÍNIMA COMO CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE Como regra, deve ser aferida no momento de formalização do PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA. Verificada somente na DATA DA POSSE! Lei nº 9.504/97 Art. 11 § 2º A IDADE MÍNIMA constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 30 DATA DA POSSE. § 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade. CF-88 Art. 14 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de (DATA DA POSSE): a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador*; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Identificação do candidato. Quanto às Eleições Proporcionais, a Lei Eleitoral assegura o direito do eleitor de ter plena identificação do candidato, ao exigir deste a indicação de seu NOME COMPLETO e das variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 opções, que poderá ser o prenome (é o TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 31 nome individual da pessoa. ex: João, Maria, José), sobrenome (é o nome de família: Silva, Santos, Cavalcanti, etc) e cognome, nome abreviado, apelido ou nome peloqual é mais conhecido (Ex: Zé do PT, Capitão Nascimento, ACM Neto, etc). A escolha desses nomes tem que respeitar os seguintes parâmetros: a) não pode estabelecer dúvida quanto à identidade do candidato; b) não pode atentar contra o pudor; c) não pode ser ridículo ou irreverente; No pedido de registro, o candidato deve indicar os nomes e variações com que deseja ser identificado, mencionando a ordem de preferência do registro. Em caso de homonímia (mesmo nome), quando 2 ou + candidatos pedirem o registro com variações nominais idênticas, a Lei Eleitoral fixa as regras a seguir para solucionar o problema: a) poderá ser pedida ao candidato prova de que é conhecido pela variação do nome indicada no pedido de registro; b) caso comprovado que os eleitores realmente possam conhecer os candidatos empatados pelos respectivos nomes, o desempate dar-se-á da seguinte forma: a. prevalece a indicação para o candidato que, na data máxima para o registro de candidaturas, estiver exercendo mandato eletivo ou tenha exercido nos últimos 4 ANOS ou que tenha nestes 4 ANOS candidatando-se com um dos nomes que indicou – ficam os outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse nome; b. prevalece também a indicação para o candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado nome que tenha indicado, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 32 será deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte final do inciso anterior (ex: Dr. Antônio – Médico da cidade); c. caso não se resolva o problema, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em 2 DIAS, cheguem a ACORDO sobre os respectivos nomes a serem usados; d. não havendo acordo, cada candidato será registrado com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem de preferência indicada, evitando-se variações nominais idênticas. Atenção! Se o nome indicado coincidir com o do candidato à ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, o pedido será INDEFERIDO, salvo se o candidato estiver no exercício de mandato eletivo ou tenha exercido mandato eletivo nos últimos 4 ANOS, ou durante estes 4 ANOS tenha se candidatado à eleição com o mesmo nome. Ex: uma candidata a Deputada Federal indicando como seu nome para registro o de DILMA; esse pedido será indeferido porque coincide exatamente com o nome da candidata à eleição majoritária (candidata à Presidência da República – Dilma Rousseff). Lei nº 9.504/97 Art. 12. O candidato às ELEIÇÕES PROPORCIONAIS indicará, no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 (três) opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se. § 2º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por determinada opção de nome por ele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 33 § 3º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com nome de candidato a eleição majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente. Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Justiça Eleitoral publicará as variações de nome deferidas aos candidatos, para que seja formalizada finalmente a definição dos nomes e para que seja de conhecimento geral, bem como utilizada na futura propaganda eleitoral. Substituição de candidatos. Faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos: a) candidato considerado inelegível; b) renúncia à candidatura; c) falecimento do candidato; d) registro indeferido ou cancelado. Como regra, a escolha do substituto deve ser feita de acordo com o estabelecido no estatuto do partido político a que pertencer o candidato substituído. Segundo a Lei nº 9.504/97, para as Eleições Majoritárias e Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da decisão judicial que deu causa à substituição. A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013, dispõe que tanto nas eleições MAJORITÁRIAS como nas PROPORCIONAIS, a substituição de candidatos só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 DIAS antes do pleito, exceto em caso de TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 34 falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo. O entendimento anterior era de que para as eleições majoritárias se observado o prazo de 10 dias contado do fato ou da decisão judicial que deu origem ao respectivo pedido, seria possível a substituição de candidato a cargo majoritário a qualquer tempo antes da eleição. Ademais, o regramento antes da Lei nº 12.891/2013, para as eleições proporcionais, previa que a substituição somente se efetivaria se o novo pedido fosse apresentado até 60 DIAS antes das eleições. Contudo, a nova disposição legal impõe o prazo mínimo de até 20 DIAS antes da eleição! Agora, passado esse prazo, não será mais possível alterar o candidato à eleição majoritária e nem proporcional, salvo apenas em caso de falecimento. Por meio do Acórdão-TSE de 24.6.2014, na Consulta nº 100075, o TSE decidiu que a limitação de substituição até 20 dias do pleito não foi aplicável às eleições de 2014, mas apenas nas eleições subsequentes, posto que a Lei foi publicada menos de 1 ANO do pleito. Quando se tratar de COLIGAÇÃO, a substituição do candidato que a integra deverá ser realizada nos seguintes termos: a) o Partido ao qual pertencia o substituído tem direito de preferência à substituição; b) caso não o faça, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante. Lei nº 9.504/97 Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. § 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes35 deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) § 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência. Cancelamento de registro. O registro do candidato pode ser CANCELADO até a data da eleição caso seja ele EXPULSO do Partido, após regular procedimento, segundo a previsão do estatuto do Partido, devendo ser garantida ao candidato a ampla defesa. Este cancelamento do registro só pode ser decretado pela própria Justiça Eleitoral e não pelo Partido, que não tem competência para tanto. Primeiro precisa ser expulso do partido. Após isso, a Justiça Eleitoral fará o cancelamento do registro mediante solicitação do partido. Lei nº 9.504/97 Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias. Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido. Identificação numérica dos candidatos. A Lei eleitoral estabelece critérios para a definição dos números que os candidatos utilizarão na eleição para concorrer ao mandato eletivo. São TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 36 os seguintes os critérios para identificação numérica dos candidatos: Nas Eleições Majoritárias: a) Presidente, Governador e Prefeito – o nº identificador do Partido/Legenda. Ex: candidato do PT – 13 – mesmo nº do Partido. b) SENADOR – para o TSE deve ser acrescido 1 algarismo à direita (Resolução 20.993/02). Exemplificando: candidato a Senador do PT, o número dele deve ser 13X (131; 132; 133, etc) Obs: pela letra da Lei Eleitoral, nas eleições majoritárias dever- se-ia usar o nº identificador do partido. Contudo, o TSE regulamentando o dispositivo, deu a devida especificação para o caso dos Senadores, que tinham que se diferenciar dos Governadores de Estado. Nas Eleições Proporcionais: a) Deputado Federal – nº do partido acrescido de 2 algarismos à direita; Ex: 40XX b) Deputado Estadual - nº do partido acrescido de 3 algarismos à direita; Ex: 40XXX c) Vereador - nº do partido acrescido de 3 algarismos à direita; Ex: 40XXX Considerações finais sobre numeração de candidatos: 1. os partidos e os candidatos têm direito a manter os números anteriormente utilizados em eleições pretéritas; 2. os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes couber. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 37 Lei nº 9.504/97 Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se dará mediante a observação dos seguintes critérios: I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o número identificador do partido ao qual estiverem filiados; II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de dois algarismos à direita; III - os candidatos às Assembléias Legislativas e à Câmara Distrital concorrerão com o número do partido ao qual estiverem filiados acrescido de três algarismos à direita; IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a numeração dos candidatos concorrentes às eleições municipais. § lº Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua legenda na eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo. § 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art. 8º, é permitido requerer novo número ao órgão de direção de seu partido, independentemente do sorteio a que se refere o § 2º do art. 100 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. NÃO APLICÁVEL § 3º Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes couber, observado o disposto no parágrafo anterior. Centralização e divulgação da relação dos candidatos registrados. Em até 45 DIAS antes das eleições, os TREs devem enviar ao TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 38 TSE, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos a todas as eleições, devendo constar a referência ao sexo e ao cargo. Este é um prazo final para fins de centralização e divulgação de dados e também de controle de segurança desses registros e do cumprimento da exigência mínima e máxima relativa ao sexo dos candidatos (30-70%). Pontos relevantes: 1. até 45 DIAS antes das eleições todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados, e os respectivos recursos, devem estar JULGADOS em todas as instâncias, e publicadas as decisões a eles relativas; (Não se sabe se a Justiça Eleitoral conseguirá sempre cumprir este prazo na forma como a Lei está determinando); 2. os processos de registro de candidaturas terão prioridade sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as providências necessárias para o cumprimento deste prazo de até 45 DIAS antes das eleições, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais; 3. o candidato cujo registro esteja sub judice (discutido em processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. Esta regra aplica-se também ao candidato cujo pedido de registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral. Nestes casos, os candidatos registrados, que ainda não tem uma decisão do deferimento do registro, terão pelos direitos de participar da campanha eleitoral, inclusive de utilizar o horário eleitoral TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 39 gratuito. Esta é uma previsãoda Lei nº 12.891/2013. 4. o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato. EXERCÍCIOS COMENTADOS 1: (TJ-SC - 2013 - TJ-SC - Juiz) Assinale a alternativa correta: a) É da Justiça Eleitoral a competência para decidir sobre questões relativas a intervenções de órgãos partidários superiores em órgãos inferiores. b) Pelos princípios federativo e da autonomia partidária, o diretório municipal de partido político tem liberdade para deliberar sobre coligações sem se ater a diretrizes do diretório nacional. c) Os detentores de mandato no Poder Legislativo nas três esferas da federação têm direito de registro de candidatura para o mesmo cargo pelo TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 40 partido a que estejam filiados, pelo princípio da candidatura nata. d) A irregularidade em convenção partidária pode ser alegada por coligação ou partido adversário, para fins de impugnação do registro das candidaturas. e) Candidato a vereador com registro indeferido, mas sub judice, pode fazer campanha normalmente, porém seus votos serão nulos se declarado inelegível após a eleição. COMENTÁRIOS: Item A e B – errados. A Justiça Eleitoral não tem competência para decidir questões relativas a intervenções de órgãos partidários superiores em órgãos inferiores. Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos órgãos de direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7º, §2º, da Lei Eleitoral dispõe o seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes órgãos superiores (nacionais)! Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS. No entanto, caso da anulação decorra a necessidade de escolha de novos candidatos (pela urgência da situação), o pedido de registro dos novos candidatos deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS seguintes à deliberação de anulação. Lei nº 9.504/97 Art. 7 § 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão ANULAR a deliberação e os atos dela decorrentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 41 § 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) Item C – errado. O art. 8, §1º, da Lei nº 9.504/97 teve sua eficácia suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9 desde 24.4.2002, até a decisão final da ação. O dispositivo tratava da candidatura nata, ao garantir a todos os que estivessem no exercício de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, ou mesmo que tivesse exercido, por qualquer período, esses mandatos na legislatura em curso, as vagas para candidatura, no mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto suspensa a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, devem submeter suas candidaturas à Convenção Partidária, isto é, em cada eleição devem ter aprovadas pelos Partidos as respectivas candidaturas (não são automáticas as candidaturas). Portanto, não existe direito a candidatura nata ou automática no Brasil! Todas devem ser aprovadas pelos partidos em convenção. SUSPENSO pelo STF! Lei nº 9.504/97 Art. 8 § 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados. Item D – errado. Só pode ser alegada pela coligação ou partido interno à coligação. Item E – correto. O candidato cujo registro esteja sub judice (discutido em processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 42 na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. RESPOSTA CERTA: E 2 - (CESPE - 2013 - TRE-MS - Programador de computador) Considerando a Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/1997), assinale a opção correta. a) É vedado ao partido ou à coligação substituir, após o término do prazo para registro de candidatura, candidato que vier a renunciar. b) Cabe ao estatuto do partido político regular as normas para a escolha de candidatos, observadas as disposições legais. c) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para a eleição majoritária, mas não para a eleição proporcional. d) Para concorrer às eleições, o candidato deve transferir seu domicílio eleitoral para a respectiva circunscrição até o dia 5 de julho do ano em que se realizar o pleito. e) O candidato às eleições proporcionais será registrado com o nome que livremente indicar em seu pedido, ainda que esse nome seja irreverente ou ridículo. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Segundo a Lei nº 9.504/97, para as Eleições Majoritárias e Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da decisão judicial que deu causa à substituição. Atualmente, só deve respeitar a regra de que tanto nas eleições MAJORITÁRIAS como nas PROPORCIONAIS, a substituição de candidatos só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 DIAS antes do pleito, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 4 PROF: RICARDO GOMES www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 43 exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo. Item B – correto. Como regra, a escolha do substituto deve ser feita de acordo com o estabelecido no estatuto do partido político a que pertencer o candidato substituído. Item C – errado. As Coligações fazem às vezes de Partidos Políticos temporários que surgem da união de 2 ou mais Partidos para atuação conjunta na campanha eleitoral,
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