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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 4 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 1 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
 
Queridos(as) Alunos(as)! 
Segue a nossa Aula 4 de Direito Eleitoral! 
Registro que a Lei nº 9.504/97 sofreu várias alterações 
decorrentes da Lei nº 12.891/2013 e da Lei nº 12.875/2013, as quais 
serão plenamente tratadas nas 3 Aulas seguintes. Inclusive farei um 
Resumo só das alterações impostas pelo novo regramento, bem como 
frisarei as alterações ao longo da aula. 
Bons estudos! 
Ricardo Gomes 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Lei n.º 9.504/1997: 
1. Disposições Gerais; 
2. Sistema Eleitoral e Coligações; 
3. Convenções para escolha de 
candidatos; 
4. Registro de candidatos; 
Aula 4 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 4 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 2 
 
 
 
Lei nº 9.504/1997. 
 
1. Disposições Gerais. 
 
Data e simultaneidade das eleições. 
A Lei Eleitoral preleciona que as Eleições para todos os cargos 
eletivos – Chefes do Poder Executivo e Membros das Casas Legislativas 
(Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador) ocorrerão no 1º 
DOMINGO DE OUTUBRO do ano respectivo. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, 
Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado 
Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, 
no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. 
A CF-88, em dispositivos diversos, também dispõe sobre as 
respectivas datas das eleições para cada Chefe do Poder Executivo (1º e 2º 
Turnos): 
CF-88 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo 
de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato presidencial vigente. 
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-
Presidente com ele registrado. 
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, 
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registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, 
não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a 
proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais 
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos. 
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, 
dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em 
segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de 
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao 
do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá 
em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao 
mais, o disposto no art. 77. 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na 
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, 
para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e 
simultâneo realizado em todo o País; 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no 
primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do 
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, 
no caso de Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES; 
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DICA: 
As Eleições ocorrem no mesmo período para os cargos FEDERAIS 
e ESTADUAIS e em período diferente apenas para os cargos MUNICIPAIS: 
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. 
Dessa forma, o que ocorre é uma divisão de eleições a cada 2 
ANOS. Exemplo: 
 2014 – Eleições Federais e Estaduais; 
 2016 – Eleições Municipais 
 2018 – Eleições Federais e Municipais; 
 2020 – Eleições Municipais 
 2022– Eleições Federais e Estaduais; 
 2024 – Eleições Municipais 
As eleições são simultâneas para os seguintes cargos Federais, 
Estaduais e Municipais: 
CARGOS FEDERAIS E ESTADUAIS CARGOS MUNICIPAIS 
Presidente e Vice-Presidente da 
República, 
Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal, 
Senador, 
Deputado Federal, 
Deputado Estadual e Distrital 
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador 
Lei nº 9.504/97 
Art. 1 
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições: 
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, 
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e 
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Deputado Distrital; 
II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. 
 
Votação para o candidato considerar-se eleito. 
O art. 2º da Lei Eleitoral também repete alguns dispositivos 
constitucionais. 
Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitos Municipais, 
considerar-se-á eleito o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA DE 
VOTOS, não computados os em branco e os nulos. 
Observem que só se computam os votos válidos (sendo retirados 
os em branco e os nulos). 
O que é mesmo Maioria Absoluta de votos? É o primeiro nº 
inteiro acima da metade dos votos. 
Se nenhum candidato alcançar esta maioria absoluta, deverá ser 
realizada nova eleição (2º TURNO) no último domingo de outubro, salvo 
nos Municípios com menos de 200 Mil ELEITORES, que não têm 2º turno. 
Cuidado que o art. 29, II, da CF-88, e o art. 3º, §2º, da Lei Eleitoral prevê que 
são 200 Mil ELEITORES e não habitantes! Nas questões trocam os termos 
para “pegar” os candidatos! 
Assim, é correto afirmar que nos Municípios com menos de 200 
Mil eleitores, o Prefeito com a maioria simples de votos será considerado 
eleito, não sendo realizado 2º turno. 
O 2º TURNO, realizado para os cargos de Presidente, Governador 
e Prefeitosnos Municípios com + 200 Mil Eleitores, será entre os 2 
candidatos mais votados. 
Obs: Não existe 2º turno com 3 ou mais candidatos! E não existe 
previsão de 2º turno para a eleição de SENADOR e para todas as eleições 
proporcionais (Deputados Federais/Estaduais e Vereador). O 2º turno é 
previsto somente para as eleições majoritárias dos Chefes do Poder 
Executivo. 
A eleição do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e 
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Prefeitos) importa na do VICE. Óbvio, não é verdade! Mas, às vezes, na hora 
da prova não é que confundimos as coisas! Rsrs. 
Atenção! Caso ocorra morte, desistência ou impedimento 
legal de algum candidato antes do 2º turno, será convocado, dentre os 
remanescentes, o de maior votação. Ex: se o 1º ou o 2º colocado desistir, o 
3º colocado será convocado. 
Se no 2º lugar empatarem mais de 1 candidato (votação 
idêntica), o MAIS IDOSO prevalece, será o qualificado! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a 
Governador que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA de votos, não 
computados os em branco e os nulos. 
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição (2º TURNO) no último domingo 
de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e 
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, 
dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em 
segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso. 
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a 
Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à 
eleição de Governador. 
Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a 
maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-
Prefeito com ele registrado. 
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES, 
aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo 
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anterior. 
 
Partidos Políticos e requisitos para participarem das 
eleições. 
O art. 4º da Lei Eleitoral elenca 2 requisitos essenciais para que os 
Partidos Políticos possam participar regularmente das eleições. Segundo a Lei 
Eleitoral, somente poderão participar das eleições os Partidos Políticos que: 
1. tenham registrado seus ESTATUTOS no TSE até 1 ANO 
antes do pleito/das eleições; 
2. tenham constituído ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição 
eleitoral até a data da CONVENÇÃO, conforme seu 
estatuto. 
Cuidado! 
O REGISTRO dos Estatutos no TSE é até 1 ANO do 
Pleito/Eleições! 
A Constituição de ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição é até a 
data da CONVENÇÃO! Segundo a própria Lei Eleitoral (Lei nº 9504/97), os 
partidos podem realizar Convenção para escolha de candidatos entre os dias 
12 a 30 de JUNHO do ano em que forem realizadas as eleições. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até 
1(um) ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, 
até a data da convenção, órgão de direção constituído na 
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, 
na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
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Votos Válidos. 
Nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, são contados como VOTOS 
VÁLIDOS apenas os votos conferidos aos candidatos regulamente 
inscritos e às legendas partidárias (votos destinados aos Partidos e 
Coligações e não a um candidato específico), não computados os em branco e 
os nulos. 
Por isso, os votos em branco não interferem no quociente eleitoral 
e partidário. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos 
apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às 
legendas partidárias. 
 
 
 
2. Sistema Eleitoral e Coligações. 
 
 
As Coligações fazem às vezes de Partidos Políticos temporários 
que surgem da união de 2 ou mais Partidos para atuação conjunta na 
campanha eleitoral, numa mesma circunscrição eleitoral (circunscrição 
federal/nacional, estadual ou municipal). 
Conforme a Lei Eleitoral, a Coligação funciona como um só 
partido (unidade partidária) no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no 
trato dos interesses interpartidários. 
A Coligação poderá ser constituída nas eleições Presidenciais 
(Coligação Nacional); nas eleições para Governador, Senador, Deputado 
Federal e Estadual (Coligação Estadual) e nas eleições para Prefeito e Vereador 
(Coligação Municipal). 
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Ademais, as Coligações podem ser formadas para ambos os 
sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS (Chefes do Poder Executivo) 
e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores). 
Para compreender as Coligações, é preciso conhecer os Sistemas 
Eleitorais (Princípio/Sistema Majoritário e Proporcional). 
São 2 os Sistemas Eleitorais no Brasil para distribuição das 
representações (majoritárias e proporcionais), que estabelecem os 
procedimentos necessários para realização das eleições: 
1. SISTEMA MAJORITÁRIO – por este sistema, para ser 
eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma 
circunscrição eleitoral. 
Segundo a CF-88, são os seguintes os cargos eleitos pelo 
Sistema Majoritário: 
a. Presidente e Vice da República; 
b. Governador e Vice; 
c. Prefeito e Vice. 
d. SENADORES; 
Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário: 
1. Chefes do Poder Executivo; 
2. SENADORES. 
 
Esta maioria de votos pode ser absoluta ou relativa. 
 ABSOLUTA – a maioria significa o 1º número inteiro 
acima dos 50% dos votos, computados os recebidos 
por todos os candidatos. 
Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeito 
(Município com + 200 Mil eleitores), poderão ser realizados 
2 turnos, no 1º a maioria será entre todos os candidatos, e no 
2º será apenas entre os 2 candidatos mais votados. 
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Obs: Nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, as eleições 
são em apenas 1 único turno. 
Mais uma vez, cuidado! Quantoaos Municípios, as questões 
costumam colocar mais ou menos de 200 mil habitantes! O que 
é errado! São 200 mil eleitores! 
 RELATIVA – é a maioria simples dos votos dos 
presentes na votação. Será eleito o candidato que 
obtiver a maioria dos votos, independentemente se 
alcançou ou não + de 50% dos votos totais. Ex: votos 
por candidato: candidato A – 35%; candidato B – 25%, 
candidato C – 40%. É eleito neste caso o candidato C, 
por ter obtido a maioria relativa dos votos. 
Para cargo de SENADOR adota-se o sistema majoritário, mas 
é utilizada a maioria simples (não se exige a maioria 
absoluta). 
Com isso, no sistema MAJORITÁRIO, exige-se a maioria 
absoluta de votos para as eleições de Chefes do Poder 
Executivo (Presidente, Governador e Prefeito – com + de 200 
Mil Eleitores). 
De outro lado, exige-se apenas a maioria simples (não maioria 
absoluta) dos candidatos aos de: 
 Senadores; 
 Prefeitos – menos de 200 Mil Eleitores; 
 
CF-88 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República 
realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo 
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. 
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-
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Presidente com ele registrado. 
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, 
registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de 
votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a 
proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais 
votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio 
majoritário. 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, (...) e os seguintes 
preceitos: 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro 
domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos 
que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de 
Municípios com mais de duzentos mil eleitores; 
 
 
2. SISTEMA PROPORCIONAL – pelo sistema proporcional, 
são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os 
cargos eletivos do Poder LEGISLATIVO (Deputados 
Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de 
Senadores, com base na votação obtida. 
Por este sistema proporcional são definidas as quantidades de 
vagas de cada partido político e quais são os candidatos eleitos 
de cada agremiação política. 
Segundo Jairo Gomes, tal sistema “visa distribuir entre as 
múltiplas entidades políticas as vagas existentes nas Casas 
Legislativas, tornando equânime a disputa pelo poder e, 
principalmente, ensejando a representação de grupos 
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minoritários”. 
Nesse caso, o voto tem caráter duplo: votar no candidato 
significa votar também no Partido (voto de legenda), que terá 
representação na Casa Legislativa. Por este mecanismo, é 
assegurada a representação pelo maior número possível de 
grupos e correntes ideológicas de eleitores/partidos. 
O número de vagas obtidas pelo partido ou coligação de 
partidos dependerá diretamente do número de votos obtidos 
pelo partido ou coligação! 
CF-88 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes 
do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em 
cada Território e no Distrito Federal. 
Aplicam-se as mesmas regras da proporcionalidade aos cargos 
de Deputado Estadual e Vereador. 
Veremos logo à frente como se dá a distribuição dos votos e dos 
cargos por cada partido ou coligação pelo sistema proporcional. 
 
Voltando especificamente ao assunto sobre Coligação. 
Permite-se que sejam formadas + de 1 Coligação para eleições 
proporcionais dentre os partidos que integram a coligação para as eleições 
majoritárias. Ex: concorrem numa determinada circunscrição os Partidos PT, 
PMDB, PDT, PC do B, PP, PR, PSD, PROS, PRB, PSDB, PTB, PT do B, DEM. 
Neste caso PT, PMDB, PDT, PC do B podem formar 1 (uma) única 
coligação para eleições majoritárias e + de 1 coligação para as eleições 
proporcionais. Nas proporcionais, poderão unir os Partidos PT e PMDB em uma 
coligação e PDT e PC do B em outra, a despeito de estarem totalmente unidos 
nas eleições majoritárias. Observo que na majoritária somente poderá fazer 1 
única coligação entre os partidos participantes. 
Com a coligação nas eleições majoritárias, NÃO poderão os 
partidos nela agrupados celebrarem novas coligações nas eleições 
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proporcionais com partidos estranhos ao grupo das majoritárias. No exemplo 
dado, os partidos PT e PMDB não poderão coligar-se com os partidos PSDB e 
DEM nas eleições proporcionais. 
Dessa forma, a coligação majoritária limita as coligações 
proporcionais aos partidos previamente coligados na majoritária! 
Resumo acerca das coligações majoritárias e proporcionais: 
a) as coligações são realizadas na mesma circunscrição eleitoral 
(circunscrição federal/nacional, estadual ou municipal); 
b) as Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas 
eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS (Chefes do Poder 
Executivo) e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e 
Estaduais e Vereadores); 
c) Permite-se que sejam formadas + de 1 Coligação para 
eleições proporcionais dentre os partidos que integram a 
coligação para as eleições majoritárias; 
d) Com a coligação nas eleições majoritárias, NÃO poderão os 
partidos nela agrupados celebrarem novas coligações nas 
eleições proporcionais com partidos estranhos ao grupo 
das majoritárias. 
 
 
Denominação e Responsabilidades das Coligações. 
As coligações poderão ter denominações variadas. A denominação 
da coligação poderá ser formada pela junção de todas as siglas dos partidos 
políticos que a integram ou por nome próprio, facultativamente escolhido. 
Exemplo de coligações das Eleições para Presidente da República 
de 2014: 
 COLIGAÇÃO COM A FORÇA DO POVO (PT / PMDB / PSD / PP / 
PR / PROS / PDT / PC do B / PRB) 
 MUDA BRASIL (PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / 
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PTC / PT do B) 
A denominação da coligação NÃO poderá coincidir, incluir ou fazer 
referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto 
para partido. 
Na propaganda eleitoral deverá ser identificada a coligação, pois 
as Coligações são equiparadas aos Partidos Políticos, seguindo as seguintes 
regras: 
1. na propagandapara ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, a coligação 
usará, obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, 
as legendas de TODOS os partidos que a integram 
(deverá indicar todos os partidos políticos que a formam); 
2. na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada 
partido usará apenas sua legenda sob o nome da 
coligação (cada partido usará apenas sua sigla abaixo do 
nome da coligação). 
Friso que cada Coligação funcionará como Partido único, sendo 
atribuídos a ela todos os direitos e deveres dos partidos políticos. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma 
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, 
proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, 
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional 
dentre os partidos que integram a coligação para o pleito 
majoritário. 
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo 
a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no 
que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como 
um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato dos interesses interpartidários. 
§ 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, 
incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, 
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nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, 
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os 
partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, 
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
 
Regras básicas para a Formação e Representação das 
Coligações. 
Deste ponto, destaco os seguintes aspectos: 
1. Não existe vinculação para inscrição de candidatura a 
candidatos de determinados partidos (é livre a inscrição de 
candidatos dentro dos partidos coligados) - na chapa das 
coligações, poderão inscrever-se candidatos filiados a 
qualquer partido político dela integrante; 
2. Para que seja demonstrada a decisão de toda a Coligação, o 
Pedido de Registro dos Candidatos deve ser subscrito 
pelos presidentes dos partidos coligados, por seus 
delegados, pela maioria dos membros dos respectivos 
órgão executivos ou por representante da coligação. 
3. Deve ser designado um REPRESENTANTE da Coligação, 
que terá as mesmas atribuições de presidente de partido, ou 
devem ser designados DELEGADOS indicados pelos partidos 
que a compõem, nos seguintes números: 
a. 3 Delegados perante o Juiz Eleitoral; 
b. 4 Delegados perante o TRE; 
c. 5 Delegados perante o TSE. 
4. Atuação isolada de partido Coligado – Condições: somente 
poderá atuar partido isolado quando ele fizer um 
questionamento da validade da própria coligação, 
durante o período compreendido entre a data da 
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CONVENÇÃO de candidatura e o termo final do prazo 
para impugnação do registro de candidatos. 
 
Atenção! 
A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 
11/12/2013, prevê que a responsabilidade pelo pagamento de multas 
decorrentes de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos e os 
respectivos partidos, NÃO alcançando outros partidos mesmo quando 
integrantes de uma mesma coligação. 
Assim, caso a Justiça Eleitoral sancione com multa eleitoral por 
infração às regras da propaganda eleitoral, os responsáveis solidários serão 
os candidatos e os seus partidos. Essa responsabilidade NÃO se estende aos 
demais partidos da coligação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Convenções para escolha de candidatos. 
 
Como decorrência da autonomia partidária prevista no art. 17, §1º, 
da CF-88, o art. 7, §1º, da Lei Eleitoral prevê que as normas para escolha e 
substituição dos candidatos e para formação das coligações serão 
estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS, em consonância às regras 
previstas na própria Lei Eleitoral. 
CF-88 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e 
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 52, de 2006) 
A Lei dispõe que, caso o estatuto não preveja tais normas, caberá 
ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido estabelecê-las, publicando-
se até 180 DIAS antes das Eleições! 
Resumindo: 
As regras para escolha e substituição dos candidatos e 
para formação das coligações deverão ser estabelecidas 
pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS políticos; 
caso sejam omissos os Estatutos, o ÓRGÃO DE 
DIREÇÃO NACIONAL do partido deverá estabelecê-las, 
publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições. 
Lei nº 9.504/97 
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Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos 
e para a formação de coligações serão estabelecidas no 
estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei. 
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de 
direção nacional do partido estabelecer as normas a que se 
refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até 
cento e oitenta dias antes das eleições. 
 
Prevalência hierárquica dos órgãos de direção nacional. 
Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos 
órgãos de direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7º, §2º, da Lei Eleitoral 
dispõe o seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os 
atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes 
estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes 
órgãos superiores (nacionais)! 
Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no 
prazo de 30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS. 
No entanto, caso da anulação decorra a necessidade de escolha 
de novos candidatos (pela urgência da situação), o pedido de registro dos 
novos candidatos deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS 
seguintes à deliberação de anulação. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 7 
§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e 
Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às 
diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção 
nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão 
ANULAR a deliberaçãoe os atos dela decorrentes. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de 
convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser 
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comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias 
após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de 
novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à 
Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, 
observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Prazo de escolha dos candidatos e de deliberação das 
coligações. 
A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 
11/12/2013, prevê que a escolha dos candidatos e a deliberação sobre a 
definição ou não de formarem coligações devem ser realizadas pelos partidos 
no período de 12 a 30 JUNHO do ano em que serão realizadas as eleições. O 
período anterior era 10 a 30 de Junho e pode constar assim em sua prova. 
Atenção! 
Esta escolha é feita em CONVENÇÃO dos Partidos, na qual se 
lavra ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, devendo ser 
publicada a ata em 24 HORAS em qualquer meio de comunicação. 
Então, são somente 19 DIAS para os partidos escolherem seus 
candidatos e decidirem sobre as coligações! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação 
sobre coligações deverão ser feitas no período de 12 a 30 de 
junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a 
respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, 
publicada em 24 (vinte e quatro) horas em qualquer meio de 
comunicação. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) 
Atenção! O art. 8, §1º, da Lei nº 9.504/97 teve sua eficácia 
suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9 desde 24.4.2002, até a 
decisão final da ação. 
O dispositivo tratava da candidatura nata, ao garantir a todos os 
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que estivessem no exercício de mandato de Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital, ou de Vereador, ou mesmo que tivesse exercido, por qualquer 
período, esses mandatos na legislatura em curso, as vagas para candidatura, 
no mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto 
suspensa a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, 
devem submeter suas candidaturas à Convenção Partidária, isto é, em 
cada eleição devem ter aprovadas pelos Partidos as respectivas candidaturas 
(não são automáticas as candidaturas). 
Portanto, não existe direito a candidatura nata ou automática no 
Brasil! Todas devem ser aprovadas pelos partidos em convenção. 
SUSPENSO pelo STF! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 8 
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos 
em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é 
assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo 
partido a que estejam filiados. 
A Lei nº 9.504/97 assegura a possibilidade dos partidos políticos 
utilizarem prédios públicos para realização de suas Convenções, 
responsabilizando-se por eventuais prejuízos causados. Desse modo, a lei 
faculta a requisição de prédios públicos, de forma gratuita, para que os 
Partidos façam suas convenções. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 8 
§ 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os 
partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, 
responsabilizando-se por danos causados com a realização do 
evento. 
 
Condições para candidato concorrer à eleição da Lei 
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Eleitoral. 
Conforme estudamos, o art. 14, §3º, da CF-88 prevê que, entre as 
condições de elegibilidade destaca-se o domicílio eleitoral do candidato. 
Por seu turno, a Lei nº 9.504/97, regulamentando tal preceito 
constitucional, dispõe sobre 2 requisitos para que o candidato possa 
concorrer às eleições, 1 deles sobre o prazo mínimo de domicílio eleitoral: 
1. possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo 
prazo mínimo de 1 ANO antes do pleito; 
2. estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo 
de 1 ANO antes das eleições. 
Ex: se um eleitor do Estado do Ceará for concorrer ao cargo de 
Governador do Estado de São Paulo, deverá possuir domicílio eleitoral no 
Estado que quer candidatar-se pelo menos 1 ano antes das eleições. 
O deferimento da filiação partidária se dá, conforme o art. 17 da 
Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), com o atendimento das regras 
estatutárias do partido. Importa saber que este deferimento tem que ser 
realizado também em até 1 ANO antes das eleições. 
Permite-se o aproveitamento do tempo de filiação do candidato nos 
casos de fusão ou incorporação de partidos políticos dentro do prazo de até 
1 ano antes das eleições. Assim, em caso de fusão ou incorporação de partidos 
não terá o candidato que filiar-se novamente. Se já estiver filiado 
anteriormente em qualquer partido fundido ou incorporado não precisará fazê-
lo novamente, pois a lei considera a data de filiação ao partido de origem. 
Deve-se ressaltar que a lei só ressalva a hipótese de fusão ou 
incorporação de partido, não abrangendo a possiblidade de simples alteração 
de partido. Ex: candidato que saiu do Partido A para o Partido B por simples 
escolha. Nesse caso, a data da alteração para o Partido B é que será 
considerada nas condições exigidas para candidatura. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir 
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, 
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pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação 
deferida pelo partido no mesmo prazo. 
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o 
prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação 
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Registro de Candidatos. 
 
 
Número de candidatos a serem registrados nas ELEIÇÕES 
PROPORCIONAIS. 
Nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, 
Assembleias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais – Deputados 
Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá registrar 
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até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 
lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido 
poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares). 
Se houver COLIGAÇÃO de Partidos na Proporcional, 
independentemente da quantidade de partidos que a integrem, poderão ser 
registrados até o DOBRO (2 vezes) da quantidade de lugares a 
preencher. Assim, se houverem 4 partidos na Coligação Proporcional, a 
quantidade de candidatos a serem registrados não será 4 X 150%, mas 
apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar. 
Cuidado! Nas Coligações não é o dobro de 150%; é o DOBRO dos 
lugares vagos (200% dos lugares)! 
RESSALVA: Nos Estados em que o número de lugares a preencher 
na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada PARTIDO 
poderá registrar candidatos a Deputado Federal e Estadual/Distrital até o 
DOBRO das vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, 
será acrescido em mais 50% do DOBRO (300% das vagas ou 3 VEZES)! 
Exemplo: Estado com 18 Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem 
preenchidas na Câmara dos Deputados; cada PARTIDO poderá registrar até o 
DOBRO do nº de vagas: 2X18=36 registros de candidatos; se for 
COLIGAÇÃO, poderão ser registrados o DOBRO (2X) + 50% = 300%  54 
candidatos. 
Obs: segundo o TSE, e por não prevê a Lei, esta regra NÃO se 
aplica aos MUNICÍPIOS, mas apenas aos Estados. 
Vamos resumir – Nº de candidatos a serem registrados nas 
Eleições Proporcionais: 
1. REGRA: Cada Partido – registro de até 150% do nº de 
vagas; 
2. Caso seja COLIGAÇÃO: não importa o nº de partidos, será 
sempre o DOBRO do nº de vagas (200% dos lugares). 
3. Estados com até 20 VAGAS para Deputado Federal - 
cada PARTIDO poderá registrar candidatos para Deputados 
Federal e Estadual até o DOBRO do nº de vagas (200%) e 
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não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, poderá registrar 
até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% do dobro = 
300% das vagas ou 3 VEZES). 
No cálculo de lugares a serem preenchidos, deverá ser despreza a 
fração, se inferior a meio (0,5) e igualá-la a um (1,0), nos demais casos (se 
superior a 0,5). 
Caso a Convenção dos partidos não consiga indicar o nº máximo de 
candidatos permitido pela Lei nº 9.504/97, poderão os órgãos de direção 
dos partidos respectivos preencher as vagas que faltaram em até 60 DIAS 
antes das eleições! 
Deve ser reservado um percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para 
candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara 
dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias 
Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES 
PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do 
número de lugares a preencher. 
§ 1º No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, 
independentemente do número de partidos que a integrem, 
poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de 
lugares a preencher. 
§ 2º Nas unidades da Federação (leia-se ESTADOS) em que o 
número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados 
não exceder de 20 (vinte), cada partido poderá registrar 
candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital 
até o DOBRO das respectivas vagas; havendo COLIGAÇÂO, 
estes números poderão ser acrescidos de até mais 50% 
cinquenta por cento. 
§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste 
artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% 
(trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) 
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para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 
2009) 
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se 
inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior. 
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não 
indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos 
§§ 1º e 2º deste artigo, os órgãos de direção dos partidos 
respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até 60 
sessenta dias antes do pleito. 
 
Prazo para registro. 
O prazo para registro de candidatos de Partidos e Coligações é até 
às 19 HORAS (7hs da noite) do dia 5 de JULHO do ano em que se realizarem 
as eleições. 
Vejam que este prazo tem HORAS! 19 Horas do dia 5 JULHO! 
Caso o partido ou coligação não faça o registro de seus candidatos, 
os próprios candidatos poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral no prazo 
de 48 HORAS seguintes à publicação, pela Justiça Eleitoral, da lista de 
candidatos registrados. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o 
registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de 
julho do ano em que se realizarem as eleições. 
§ 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o 
registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a 
Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e 
oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela 
Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de 72 HORAS para 
diligências. Este prazo tem por finalidade permitir a juntada de documentos 
que comprovem o preenchimento dos requisitos da candidatura à época do 
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pedido de registro, e não exatamente o adimplemento ou preenchimento 
posterior de eventual irregularidade. 
 
 
Documentos para registro de candidatos. 
O Partido, quando solicitar à Justiça Eleitoral o pedido de registro 
de cada candidato, deverá instruir o pedido com os seguintes documentos: 
1. cópia da ATA a que se refere o art. 8º (Ata da Convenção 
Partidária para escolha dos candidatos e deliberação 
sobre coligações); 
2. autorização do candidato, por escrito; 
3. prova de filiação partidária; 
4. declaração de bens, assinada pelo candidato; 
5. cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório 
eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou 
requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo 
previsto no art. 9º; 
6. certidão de quitação eleitoral; 
7. certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da 
Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; 
8. fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em 
instrução da Justiça Eleitoral; 
9. propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador 
de Estado e a Presidente da República; 
 
A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 
11/12/2013, dispensa que o partido, coligação ou candidato apresente os 
documentos produzidos a partir de informações detidas pela própria Justiça 
Eleitoral, especialmente: prova de filiação partidária; cópia do título eleitoral 
ou certidão e certidão de quitação eleitoral. 
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A certidão de quitação eleitoral, item 6 anterior, deverá conter 
as seguintes informações: 
a) a plenitude do gozo dos direitos políticos, 
b) o regular exercício do voto, 
c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para 
auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, 
d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, 
pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e 
e) a apresentação de contas de campanha eleitoral. 
 
Para fins de expedição desta certidão de quitação eleitoral, 
somente serão considerados QUITES com a Justiça Eleitoral, entre os 
candidatos condenados ao pagamento de multa eleitoral, aqueles que: 
a) apesar de condenados ao pagamento de multa, tenham, até 
a data da formalização do seu pedido de registro de 
candidatura, comprovado o pagamento ou o 
parcelamento da dívida regularmente cumprido; 
b) pagarem a multa que lhes couber individualmente, 
excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade 
solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com 
outros candidatos e em razão do mesmo fato. 
c) Tiverem parcelado as multas eleitorais - o parcelamento 
das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele eleitor 
ou candidato, e dos partidos políticos, podendo ser 
parceladas em até 60 MESES, desde que não ultrapasse o 
limite de 10% da renda. 
Obs: a possibilidade de parcelamento das multas eleitorais 
foi prevista pela Lei nº 12.891/2013, de 11/12/2013. Com 
isso, mesmo com débito, desde que parcelado, o candidato 
considera-se quite com a Justiça Eleitoral e tem direito a 
certidão de quitação eleitoral. 
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O parcelamento deve observar as regras previstas na 
legislação tributária federal. 
 
Até o dia 5 de JUNHO do ano da eleição, a Justiça Eleitoral 
deverá enviar aos Partidos Políticos a relação de todos os devedores de multa 
eleitoral para subsidiar a expedição das certidões de quitação eleitoral. 
No interesse de identificação de candidatos inelegíveis, a Lei nº 
9.504/97 prevê que até o dia 5 de JULHO do ano das eleições os Tribunais 
e Conselhos de Contas (TCU e TC Estaduais) devem disponibilizar à Justiça 
Eleitoral relação dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos 
ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão 
irrecorrível do órgão competente, salvo os casos em que a questão estiver 
sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença 
judicial favorável ao interessado. 
Pela Lei Complementar nº 64/90 (alterada pela Lei da Ficha 
Limpa), são considerados inelegíveis os que tiverem suas CONTAS 
REJEITADAS. Essas contas são relativas ao exercício de cargos ou funções 
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de 
improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão 
competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder 
Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, 
contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do 
art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem 
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição. 
 
Momento para aferição das condições de elegibilidades e 
das causas de inelegibilidades. 
As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3º, da CF-
88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na 
legislação infraconstitucional devem ser aferidas no momento da 
formalização do PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na data 
da posse! 
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Por lógico, ressalvam-se as alterações, fáticas ou jurídicas, 
supervenientes ao registro que venham a afastar a inelegibilidade. 
Exemplos jurisprudenciais de alterações fáticas ou jurídicas que afastam 
especificamente a inelegibilidade e repercutem diretamente no direito de 
registro e candidatura: 
a) a sentença judicial homologatória da opção pela 
nacionalidade brasileira possui efeitos ex tunc e, ainda que 
prolatada em momento posterior ao pedido de registro de 
candidatura, permite o deferimento superveniente deste. 
b) casos de obtenção de medidas liminares ou de tutela 
antecipada ou a quaisquer outras causas supervenientes ao 
pedido de registro que afastem a inelegibilidade, aptas a 
afastar a inelegibilidade decorrente da rejeição de contas. 
c) Quaisquer causas de em que for cessada a inelegibilidade 
antes das eleições. 
 
Contudo, a Lei Eleitoral traz uma exceção ao prelecionar 
especificamente que, com relação à IDADE MÍNIMA, também condição de 
elegibilidade, deve ser aferida somente na DATA DA POSSE! 
Cuidado! 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E 
CAUSAS DE INELEGIBILIDADES 
IDADE MÍNIMA COMO CONDIÇÃO 
DE ELEGIBILIDADE 
Como regra, deve ser aferida no 
momento de formalização do 
PEDIDO DE REGISTRO DA 
CANDIDATURA. 
Verificada somente na DATA DA 
POSSE! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 11 
§ 2º A IDADE MÍNIMA constitucionalmente estabelecida como 
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a 
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DATA DA POSSE. 
§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de 
inelegibilidade devem ser aferidas no momento da 
formalização do pedido de registro da candidatura, 
ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao 
registro que afastem a inelegibilidade. 
CF-88 
Art. 14 
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de (DATA DA POSSE): 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador*; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado 
e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
 
Identificação do candidato. 
Quanto às Eleições Proporcionais, a Lei Eleitoral assegura o direito 
do eleitor de ter plena identificação do candidato, ao exigir deste a indicação 
de seu NOME COMPLETO e das variações nominais com que deseja ser 
registrado, até o máximo de 3 opções, que poderá ser o prenome (é o 
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nome individual da pessoa. ex: João, Maria, José), sobrenome (é o nome de 
família: Silva, Santos, Cavalcanti, etc) e cognome, nome abreviado, apelido 
ou nome peloqual é mais conhecido (Ex: Zé do PT, Capitão Nascimento, ACM 
Neto, etc). 
A escolha desses nomes tem que respeitar os seguintes 
parâmetros: 
a) não pode estabelecer dúvida quanto à identidade do 
candidato; 
b) não pode atentar contra o pudor; 
c) não pode ser ridículo ou irreverente; 
No pedido de registro, o candidato deve indicar os nomes e 
variações com que deseja ser identificado, mencionando a ordem de 
preferência do registro. 
Em caso de homonímia (mesmo nome), quando 2 ou + 
candidatos pedirem o registro com variações nominais idênticas, a Lei Eleitoral 
fixa as regras a seguir para solucionar o problema: 
a) poderá ser pedida ao candidato prova de que é conhecido 
pela variação do nome indicada no pedido de registro; 
b) caso comprovado que os eleitores realmente possam 
conhecer os candidatos empatados pelos respectivos nomes, 
o desempate dar-se-á da seguinte forma: 
a. prevalece a indicação para o candidato que, na data 
máxima para o registro de candidaturas, estiver 
exercendo mandato eletivo ou tenha exercido nos 
últimos 4 ANOS ou que tenha nestes 4 ANOS 
candidatando-se com um dos nomes que indicou 
– ficam os outros candidatos impedidos de fazer 
propaganda com esse nome; 
b. prevalece também a indicação para o candidato que, 
pela sua vida política, social ou profissional, seja 
identificado por um dado nome que tenha indicado, 
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será deferido o registro com esse nome, observado o 
disposto na parte final do inciso anterior (ex: Dr. 
Antônio – Médico da cidade); 
c. caso não se resolva o problema, a Justiça Eleitoral 
deverá notificá-los para que, em 2 DIAS, cheguem a 
ACORDO sobre os respectivos nomes a serem usados; 
d. não havendo acordo, cada candidato será registrado 
com o nome e sobrenome constantes do pedido de 
registro, observada a ordem de preferência indicada, 
evitando-se variações nominais idênticas. 
Atenção! 
Se o nome indicado coincidir com o do candidato à ELEIÇÃO 
MAJORITÁRIA, o pedido será INDEFERIDO, salvo se o candidato estiver no 
exercício de mandato eletivo ou tenha exercido mandato eletivo nos últimos 4 
ANOS, ou durante estes 4 ANOS tenha se candidatado à eleição com o mesmo 
nome. Ex: uma candidata a Deputada Federal indicando como seu nome para 
registro o de DILMA; esse pedido será indeferido porque coincide exatamente 
com o nome da candidata à eleição majoritária (candidata à Presidência da 
República – Dilma Rousseff). 
Lei nº 9.504/97 
Art. 12. O candidato às ELEIÇÕES PROPORCIONAIS indicará, 
no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações 
nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 
(três) opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, 
cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é 
mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à 
sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou 
irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja 
registrar-se. 
§ 2º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é 
conhecido por determinada opção de nome por ele indicado, 
quando seu uso puder confundir o eleitor. 
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§ 3º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de 
nome coincidente com nome de candidato a eleição majoritária, 
salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o 
tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo 
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente. 
 
Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Justiça Eleitoral publicará 
as variações de nome deferidas aos candidatos, para que seja formalizada 
finalmente a definição dos nomes e para que seja de conhecimento geral, bem 
como utilizada na futura propaganda eleitoral. 
 
 
Substituição de candidatos. 
Faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de 
candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos: 
a) candidato considerado inelegível; 
b) renúncia à candidatura; 
c) falecimento do candidato; 
d) registro indeferido ou cancelado. 
Como regra, a escolha do substituto deve ser feita de acordo com 
o estabelecido no estatuto do partido político a que pertencer o candidato 
substituído. 
Segundo a Lei nº 9.504/97, para as Eleições Majoritárias e 
Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS 
contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da 
decisão judicial que deu causa à substituição. 
A Lei Eleitoral, na parte alterada pela Lei nº 12.891/2013, de 
11/12/2013, dispõe que tanto nas eleições MAJORITÁRIAS como nas 
PROPORCIONAIS, a substituição de candidatos só se efetivará se o novo 
pedido for apresentado até 20 DIAS antes do pleito, exceto em caso de 
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falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após 
esse prazo. 
O entendimento anterior era de que para as eleições majoritárias 
se observado o prazo de 10 dias contado do fato ou da decisão judicial que deu 
origem ao respectivo pedido, seria possível a substituição de candidato a cargo 
majoritário a qualquer tempo antes da eleição. 
Ademais, o regramento antes da Lei nº 12.891/2013, para as 
eleições proporcionais, previa que a substituição somente se efetivaria se o 
novo pedido fosse apresentado até 60 DIAS antes das eleições. 
Contudo, a nova disposição legal impõe o prazo mínimo de até 20 
DIAS antes da eleição! Agora, passado esse prazo, não será mais possível 
alterar o candidato à eleição majoritária e nem proporcional, salvo apenas em 
caso de falecimento. 
Por meio do Acórdão-TSE de 24.6.2014, na Consulta nº 100075, o 
TSE decidiu que a limitação de substituição até 20 dias do pleito não foi 
aplicável às eleições de 2014, mas apenas nas eleições subsequentes, posto 
que a Lei foi publicada menos de 1 ANO do pleito. 
Quando se tratar de COLIGAÇÃO, a substituição do candidato que 
a integra deverá ser realizada nos seguintes termos: 
a) o Partido ao qual pertencia o substituído tem direito de 
preferência à substituição; 
b) caso não o faça, a substituição deverá ser feita por decisão da 
maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos 
coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela 
integrante. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato 
que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo 
final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou 
cancelado. 
§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no 
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro 
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deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da 
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à 
substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, 
a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta 
dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, 
podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, 
desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao 
direito de preferência. 
 
Cancelamento de registro. 
O registro do candidato pode ser CANCELADO até a data da 
eleição caso seja ele EXPULSO do Partido, após regular procedimento, 
segundo a previsão do estatuto do Partido, devendo ser garantida ao candidato 
a ampla defesa. 
Este cancelamento do registro só pode ser decretado pela própria 
Justiça Eleitoral e não pelo Partido, que não tem competência para tanto. 
Primeiro precisa ser expulso do partido. Após isso, a Justiça Eleitoral fará o 
cancelamento do registro mediante solicitação do partido. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os 
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do 
partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e 
sejam observadas as normas estatutárias. 
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será 
decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido. 
 
 
Identificação numérica dos candidatos. 
A Lei eleitoral estabelece critérios para a definição dos números 
que os candidatos utilizarão na eleição para concorrer ao mandato eletivo. São 
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os seguintes os critérios para identificação numérica dos candidatos: 
Nas Eleições Majoritárias: 
a) Presidente, Governador e Prefeito – o nº identificador do 
Partido/Legenda. Ex: candidato do PT – 13 – mesmo nº do 
Partido. 
b) SENADOR – para o TSE deve ser acrescido 1 algarismo à 
direita (Resolução 20.993/02). Exemplificando: candidato a 
Senador do PT, o número dele deve ser 13X (131; 132; 133, 
etc) 
Obs: pela letra da Lei Eleitoral, nas eleições majoritárias dever-
se-ia usar o nº identificador do partido. Contudo, o TSE 
regulamentando o dispositivo, deu a devida especificação para o 
caso dos Senadores, que tinham que se diferenciar dos 
Governadores de Estado. 
Nas Eleições Proporcionais: 
a) Deputado Federal – nº do partido acrescido de 2 
algarismos à direita; Ex: 40XX 
b) Deputado Estadual - nº do partido acrescido de 3 
algarismos à direita; Ex: 40XXX 
c) Vereador - nº do partido acrescido de 3 algarismos à 
direita; Ex: 40XXX 
 
Considerações finais sobre numeração de candidatos: 
1. os partidos e os candidatos têm direito a manter os 
números anteriormente utilizados em eleições pretéritas; 
2. os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, 
serão registrados com o número de legenda do respectivo 
partido e, nas eleições proporcionais, com o número de 
legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes 
couber. 
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Lei nº 9.504/97 
Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se dará 
mediante a observação dos seguintes critérios: 
I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o 
número identificador do partido ao qual estiverem filiados; 
II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o 
número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de dois 
algarismos à direita; 
III - os candidatos às Assembléias Legislativas e à Câmara 
Distrital concorrerão com o número do partido ao qual estiverem 
filiados acrescido de três algarismos à direita; 
IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a 
numeração dos candidatos concorrentes às eleições municipais. 
§ lº Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números 
atribuídos à sua legenda na eleição anterior, e aos candidatos, 
nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes foram 
atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo. 
§ 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art. 8º, é permitido 
requerer novo número ao órgão de direção de seu partido, 
independentemente do sorteio a que se refere o § 2º do art. 100 da Lei 
nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. NÃO APLICÁVEL 
§ 3º Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão 
registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas 
eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo 
partido acrescido do número que lhes couber, observado o disposto 
no parágrafo anterior. 
 
 
Centralização e divulgação da relação dos candidatos 
registrados. 
Em até 45 DIAS antes das eleições, os TREs devem enviar ao 
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TSE, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos 
candidatos a todas as eleições, devendo constar a referência ao sexo e ao 
cargo. 
Este é um prazo final para fins de centralização e divulgação de 
dados e também de controle de segurança desses registros e do cumprimento 
da exigência mínima e máxima relativa ao sexo dos candidatos (30-70%). 
Pontos relevantes: 
1. até 45 DIAS antes das eleições todos os pedidos de 
registro de candidatos, inclusive os impugnados, e os 
respectivos recursos, devem estar JULGADOS em todas 
as instâncias, e publicadas as decisões a eles relativas; 
(Não se sabe se a Justiça Eleitoral conseguirá sempre 
cumprir este prazo na forma como a Lei está determinando); 
2. os processos de registro de candidaturas terão prioridade 
sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar 
as providências necessárias para o cumprimento deste prazo 
de até 45 DIAS antes das eleições, inclusive com a 
realização de sessões extraordinárias e a convocação dos 
juízes suplentes pelos Tribunais; 
3. o candidato cujo registro esteja sub judice (discutido em 
processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos 
relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário 
eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome 
mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa 
condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos 
condicionada ao deferimento de seu registro por instância 
superior. 
Esta regra aplica-se também ao candidato cujo pedido de 
registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não 
tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral. Nestes casos, os 
candidatos registrados, que ainda não tem uma decisão do 
deferimento do registro, terão pelos direitos de participar da 
campanha eleitoral, inclusive de utilizar o horário eleitoral 
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gratuito. Esta é uma previsãoda Lei nº 12.891/2013. 
4. o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos 
atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia 
da eleição fica condicionado ao deferimento do registro 
do candidato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1: (TJ-SC - 2013 - TJ-SC - Juiz) Assinale a alternativa correta: 
a) É da Justiça Eleitoral a competência para decidir sobre questões relativas a 
intervenções de órgãos partidários superiores em órgãos inferiores. 
b) Pelos princípios federativo e da autonomia partidária, o diretório municipal 
de partido político tem liberdade para deliberar sobre coligações sem se ater a 
diretrizes do diretório nacional. 
c) Os detentores de mandato no Poder Legislativo nas três esferas da 
federação têm direito de registro de candidatura para o mesmo cargo pelo 
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partido a que estejam filiados, pelo princípio da candidatura nata. 
d) A irregularidade em convenção partidária pode ser alegada por coligação ou 
partido adversário, para fins de impugnação do registro das candidaturas. 
e) Candidato a vereador com registro indeferido, mas sub judice, pode fazer 
campanha normalmente, porém seus votos serão nulos se declarado inelegível 
após a eleição. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A e B – errados. A Justiça Eleitoral não tem competência para decidir 
questões relativas a intervenções de órgãos partidários superiores em órgãos 
inferiores. 
Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos órgãos de 
direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7º, §2º, da Lei Eleitoral dispõe o 
seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os atos delas 
decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes estabelecidas pelos 
órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes órgãos superiores 
(nacionais)! 
Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 
30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS. 
No entanto, caso da anulação decorra a necessidade de escolha de novos 
candidatos (pela urgência da situação), o pedido de registro dos novos 
candidatos deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS seguintes 
à deliberação de anulação. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 7 
§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e 
Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às 
diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção 
nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão 
ANULAR a deliberação e os atos dela decorrentes. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009) 
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§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de 
convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser 
comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias 
após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela 
Lei nº 12.034, de 2009) 
Item C – errado. O art. 8, §1º, da Lei nº 9.504/97 teve sua eficácia 
suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9 desde 24.4.2002, até a 
decisão final da ação. 
O dispositivo tratava da candidatura nata, ao garantir a todos os 
que estivessem no exercício de mandato de Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital, ou de Vereador, ou mesmo que tivesse exercido, por qualquer 
período, esses mandatos na legislatura em curso, as vagas para candidatura, 
no mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto 
suspensa a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, 
devem submeter suas candidaturas à Convenção Partidária, isto é, em 
cada eleição devem ter aprovadas pelos Partidos as respectivas candidaturas 
(não são automáticas as candidaturas). 
Portanto, não existe direito a candidatura nata ou automática no 
Brasil! Todas devem ser aprovadas pelos partidos em convenção. 
SUSPENSO pelo STF! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 8 
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou 
Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos 
em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é 
assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo 
partido a que estejam filiados. 
Item D – errado. Só pode ser alegada pela coligação ou partido interno à 
coligação. 
Item E – correto. O candidato cujo registro esteja sub judice (discutido 
em processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos relativos à 
campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e 
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na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver 
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada 
ao deferimento de seu registro por instância superior. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
2 - (CESPE - 2013 - TRE-MS - Programador de computador) 
Considerando a Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/1997), assinale a opção 
correta. 
a) É vedado ao partido ou à coligação substituir, após o término do prazo para 
registro de candidatura, candidato que vier a renunciar. 
b) Cabe ao estatuto do partido político regular as normas para a escolha de 
candidatos, observadas as disposições legais. 
c) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar 
coligações para a eleição majoritária, mas não para a eleição proporcional. 
d) Para concorrer às eleições, o candidato deve transferir seu domicílio 
eleitoral para a respectiva circunscrição até o dia 5 de julho do ano em que se 
realizar o pleito. 
e) O candidato às eleições proporcionais será registrado com o nome que 
livremente indicar em seu pedido, ainda que esse nome seja irreverente ou 
ridículo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Segundo a Lei nº 9.504/97, para as Eleições 
Majoritárias e Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em 
até 10 DIAS contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao 
Partido da decisão judicial que deu causa à substituição. 
Atualmente, só deve respeitar a regra de que tanto nas eleições 
MAJORITÁRIAS como nas PROPORCIONAIS, a substituição de candidatos 
só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 DIAS antes do pleito, 
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exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá 
ser efetivada após esse prazo. 
Item B – correto. Como regra, a escolha do substituto deve ser 
feita de acordo com o estabelecido no estatuto do partido político a que 
pertencer o candidato substituído. 
Item C – errado. As Coligações fazem às vezes de Partidos 
Políticos temporários que surgem da união de 2 ou mais Partidos para 
atuação conjunta na campanha eleitoral,

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