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Aluno: Matheus Xavier da Silva Questão 2 A concentração absoluta pode ser dada com a taxa de crescimento das firmas “progressivas” exceder a taxa de crescimento do mercado, dividida por sua participação relativa no mercado. Tabela demonstrando o crescimento da firma entre o instante 1 e 2 Firmas Industria A Industria B Industria C Industria D Industria E Firma 1 -10% 33% 8% 33% 33% Firma 2 6% -20% 8% -17% 33% Firma 3 6% -20% -33% -50% 33% Firma 4 -8% -20% -33% -50% 33% Firma 5 -8% 25% 20% 0% 100% Firma 6 20% 25% 20% 33% -50% Firma 7 20% 25% 20% 33% -50% Firma 8 20% 25% 20% 33% -50% Firma 9 20% 25% 20% 33% -50% Firma 10 20% -33% 20% 33% -50% Firma 11 100% -33% 20% Firma 12 100% -33% 20% Firma 13 100% 1233% 20% Firma 14 33% 1233% 20% Firma 15 0% 1233% 20% Firma 16 0% 1233% 20% Firma 17 0% 1233% -60% Firma 18 0% 1233% -60% Firma 19 0% 1233% -60% Firma 20 0% 1233% -60% Com base na tabela e os conceitos de concentração absoluta e relativa, podemos ver os seguintes resultados: Industria A A maior firma perdeu uma quantidade considerável de poder de mercado e as firmas intermediárias cresceram o seu market share, as firmas menores não tiveram mudança de resultados. Há uma diminuição de concentração no setor, pois o índice IHH decresceu. Industria B Se apresenta como um dos setores menos concentrados entre os exemplos e manteve o IHH. A maior firma cresceu ainda mais seu espaço no mercado, enquanto as firmas 2,3 e 4 decresceram sua participação. As menores firmas 14-20 cresceram amplamente sua participação no mercado. Industria C Apresenta uma concentração de mercado relativamente alta e o IHH cresceu entre os períodos. As firmas 2 e 3 e as firmas menores tiveram menos participação no período seguinte, enquanto as firmas intermediarias crescimento retilíneo. Industria D Houve um crescimento do IHH entre os períodos. As firmas 4 e 5 perderam poder de mercado, enquanto as firmas 6-10 abocanharam seu share. Industria E Setor com pouca concentração ode mercado em relação aos outros, porém ocorreu uma concentração maior no último período. As maiores firmas expandiram seu share de participação, abocanhando o mercado das menores firmas. Questão 3) Identificar as principais diferenças do formato das “curvas de custo empíricas” consideradas nas abordagens da Organização Industrial em relação ao formato das curvas de custo da microeconomia tradicional, ressaltando, em especial, a diferenciação entre análises de curto e longo prazo destas curvas. No caso de Longo Prazo, Identificar as principais diferenças entre os conceitos de Economias de Escala e Economias de Escopo, correlacionando-os a noção de Subaditividade de Custos, exemplificando elementos relacionados à órbita da produção, e mais especificamente às estruturas de custo, que justificam a existência das mesmas. Sabendo que a teoria tradicional dos custos afirma ser a curva de CMLep uma envoltória inferior das curvas de CMeCP. Admitindo o formato da curva em forma de U das curvas de CMeLP, onde assume que que as economias de escala existem até um determinado tamanho da chamada planta produtiva, ao qual é conhecida como o tamanho ótimo da planta, onde todas as economias possíveis de escala podem ser exploradas. Caso a planta produtiva cresça, acima do tamanho ótimo, se passa então a haver as chamadas dicotomias de escala, onde geralmente se decorre das ineficiências administrativas e gerencais. Postulando uma curva de CMeLP em formato de U, então a teoria tradicional de custos assume, uma forte hipótese de que a planta produtiva é completamente inflexível, uma vez que qualquer aumento da produção acima do tamanho ótimo, por menor que seja, leva um crescimento substancial de custos. Em uma crítica aos motivos de desectonomias de escala, a abordagem de organização industrial, mostra que elas não ocorrem de formas recorrentes. Admitindo uma CLep em formato de L, onde existe uma escala mínima eficiente da planta ao invés de um único tamanho ótimo de planta como apresenta a visão tradicional. A escala mínima eficiente corresponde ao nível da planta onde todas as economias de escala possíveis foram exauridas, e representa a menor quantidade de produto possível de ser obtida de forma que possa maximizar o CMLep As chamadas economias de escala passam a existir quando há um segmento descrescente na curva de CMeLP, isto significa que é possível aumentar a produção sem que a quantidade, de insumos utilizada aumente na mesma proporção. Ou seja, C (tq) < somatório de TX pi, sendo sendo T>0. A existência de economias de escala podem ser justificadas por ganhos de especialização (uma maior quantidade de produtos gera maior divisão do trabalho e o trabalhador adquire uma maior habilidade e aumenta sua produtividade, que gera menos custos); a indivisibilidade técnica (um equipamento com grande capacidade gera possível subutilização que pode servir para uma futura expansão produtiva de pouco impacto nos custo); economias geométricas ( os custos não crescem na mesma proporção que a capacidade de equipamentos) e economias relacionadas a lei de grandes números (quanto maior o tamanho da planta produtiva, maior o de maquinas utilizadas, menores deverão ser o staff de manutenção e numero o peças de reposição necessária. Agora a economia de escopo se refere a produção conjunta de duas ou mais mercadorias numa mesma planta, devido ao fato de que se produzir conjuntamente tem um custo menor de que se produzi-los separadamente. Seja, C (q1:q2) < C(q1) + C(q2) O surgimento de economia de escopos são em: existência de fatores comuns, existência de reservas de capacidade (se existe capacidade odiosa para a produção da principal linha de produto, a empresa tem um incentivo para procurar outros produtos que possam utilizar essa reserva) e complementariedade tecnologia e comerciais (ocorre quando o produto tem similaridade em termos da base técnica ou de mercado) 4 - Identifique as principais fontes de Barreiras à Entrada associadas a atividades nas quais as Economias de Rede se destacam como um fenômeno relevante, distinguindo estes fatores em termos de determinantes tecnológicos e dos determinantes demanda. Discuta também como estes fatores poderiam ser eventualmente mitigados por ações no plano da regulação e da defesa da concorrência. As economias de rede podem sofrer implicações com base em suas características: externalidade de rede, economias de escala, de escopo e de densidade e sistema tecnológico com complementaridade, compatibilidade e padronização. Por um lado, em relação a demanda, podemos ver que as escalas mínimas eficientes são significativamente elevadas, implicando em concentração na oferta dos bens ou serviços. Economias de densidade referem-se aos ganhos econômicos que podem ser obtidos pelos produtores através da agregação da demanda de consumidores. A agregação da demanda de consumidores resulta em economias importantes para os investimentos na capacidade de suprimento. Isto decorre do fato dos consumidores demandarem o serviço em momentos diferentes no tempo. Desta forma, quanto maior a quantidade de consumidores, maior será a distribuição da demanda no tempo (ao longo do dia, semana e ano). Com uma melhor distribuição da demanda ao longo do tempo, os custos fixos são rateados por uma maior quantidade produzida, resultando em menores custos fixos médios. Pelo olhar tecnológico, as inovações tecnológicas juntamente com o processo de liberalização das indústrias de rede, possibilitam aproveitamento das economias de escopo. Exemplos de implicações dentro de uma economia de rede: falhas de rede, problemas de coordenação, padrões de rede, preços da rede, gestão de rede, regulação das redes. Podemos ver no mercado mecanismos que firmas dominantes usam para continuarexpandindo seu share no mercado como: utilização de discriminação de preço para aproveitar os efeitos de rede, aproveitar ou criar posição dominante e criar desvantagem para competidores. Subsidiar bens complementares para criar uma plataforma dominante, tentar manter o controle sobre estrangulamentos, uso de contratos exclusivos se os mesmos forem legais, criação de preços de penetração, gerenciar expectativas, extensão de rede, busca de domínio de um submercado e posterior expansão, capacidade para oferecer alto nível de funcionalidade e construção de alianças. Para mitigação dessas implicações os órgãos reguladores em um mercado de rede em evolução devem intervir para garantir uma concorrência sustentada em um mercado de rede em evolução - seja contemplando o acesso vertical (ou seja, a neutralidade da rede) ou o acesso horizontal (ou seja, a interoperabilidade). A mitigação pode ocorrer visualizando a manipulação anticompetitiva de resultados gerados, verificando a construção de empacotamento de oferta de aplicativos anticompetitivos, combater os chamados “algoritmos de preços” que facilitam carteis, verificação por meios de equipes digitais de provedores que utilizam dados de forma anticompetitiva e firmas que comercializam a base de dados dos clientes.
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