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1. Diferencie os objetos da Economia Industrial e da Teoria da Firma da Microeconomia. Como se relacionam estas duas disciplinas?
 
A Economia Industrial tem como objeto de estudo a interação entre mercados, indústrias e firmas. Possui em seu escopo de estudo um viés prático, voltado para explicação do funcionamento da realidade.
A microeconomia é uma ciência que estuda o comportamento econômico individual e particular de cada indivíduo dentro de uma economia, é o entendimento da lógica da decisão de um agente.
A Economia Industrial analisa com mais abrangência a relação entre os agentes do mercado. No entanto, a microeconomia é resgatada pela economia industrial para fornecer o embasamento teórico necessário para explicar o comportamento dos agentes nas diversas questões que tangenciam a Economia Industrial. De modo geral, a microeconomia estuda uma idealização dos mercados e a economia industrial inclui em sua análise todas as fricções do mundo real.
 
 
1. Quais as diferenças entre Economia Industrial e Organização Industrial? Por que e com que bases há autores que consideram ultrapassada esta distinção?
 
A Organização Industrial seria uma visão que levaria em conta a simples aplicação da Teoria dos Preços, considerando que a relação entre os agentes acontece em um contexto "estático". Em suma, seria a velha teoriza da Firma Neoclássica Original.
A Economia Industrial já incluiria em sua análise os fatores conjunturais e a interação estratégica entre os agentes (Teoria dos Jogos), "dinamizando" a análise.
Há autores que consideram essa distinção ultrapassada porque o objeto de estudo das áreas é o mesmo, e alguns conceitos que dinamizam a análise, como a teoria dos custos de transação e a teoria dos jogos ganharam espaço dentro da área da Economia Industrial.
 
 
1. Quais as dimensões básicas de um Mercado Relevante? 
 
Um Mercado Relevante tem duas dimensões básicas: a dimensão dos produtos ou serviços, ou seja, o objeto das trocas realizadas, e a dimensão espacial, geográfica. Há também uma outra dimensão que se aplica a alguns mercados: a temporalidade.
 
1. O que é uma indústria na Organização Industrial? Diferencie Integração e Restrições Horizontais e Verticais. 
 
Uma Indústria é um conjunto de firmas relacionadas horizontal ou verticalmente na produção de um bem ou serviço.
 
A Integração é o processo de fusão de duas firmas dentro de uma indústria. Integração Horizontal é a junção (inclusive administrativa) de duas ou mais firmas que atuam em uma fase de uma cadeia produtiva de uma indústria. Já a Integração Vertical ocorre quando há uma junção de duas ou mais firmas que ocupam espaço em mais de uma etapa da cadeia produtiva de uma indústria.
 
As restrições são práticas anticompetitivas impostas pelas firmas ofertantes a outras firmas de uma determinada indústria que possuem com elas uma relação comercial. Quando verticais, as restrições se referem a firmas que colocam imposições ou condições de mercado à outras firmas de diferentes etapas do processo produtivo ou até ao consumidor final. Por exemplo, estabelecer acordo de preços de revenda ou contratos de exclusividade. Quando horizontais, as restrições se referem à firmas que são "pares", atuando na mesma etapa do funcionamento de uma indústria, impondo barreiras ou condições que dificultam a livre concorrência, como a formação de cartéis e trustes.
 
 
1. O que é Economia? Que problemas econômicos são resolvidos envolvem firmas e indústrias? (Sugestão: Ler o Cap 1 do Price Theory de Milton Friedman)
 
A economia é uma ciência social que estuda como a sociedade no geral lida com o problema de alocação de recursos. O cerne da questão recai sobre a problemática de que os recursos são escassos, as necessidades e desejos tendem ao infinito e são inteiramente alternativos, pois são relacionados ao julgamento individual dos agentes econômicos. Além disso, os meios de utilização dos recursos não são perfeitos, e envolvem questões tecnológicas relacionadas ao desenvolvimento da sociedade. 
 
Os problemas econômicos que envolvem firmas e indústrias envolvem a otimização de custos, o nível ideal de produção que maximiza os lucros, a alocação ideal dos recursos financeiros, a eficiência de tecnologias, entre outros. Todas essas questões envolvem não só decisões individuais das firmas que visam a maximização de suas utilidades, mas também como essas decisões serão suficientes para suprir uma demanda existente no mercado.
 
 
 
1. O que é um Modelo de Escolha Racional? Quais seus axiomas básicos e que indicam? (Sugestão: Ler o Cap 4 do Buchanan)
 
O modelo de escolha racional é um modelo para compreensão do comportamento social e econômico de um agente, totalmente norteados pelo raciocínio lógico. O modelo fixa o indivíduo como eixo central para explicação da economia.
 
Os seus axiomas básicos são:
 
A) Individualismo Metodológico: Considera que o agente possui uma capacidade de avaliar possíveis tomadas de ação e é capaz de decidir racionalmente uma opção. A interação social deve se basear na análise comportamental das escolhas e ações dos indivíduos participantes do processo.
 
B) Maximização da Utilidade: As escolhas individuais são guiadas pela maximização de sua utilidade, que é totalmente particular para cada agente. 
 
C) Escolhas com Restrição: Os indivíduos entendem que a tomada de decisão está sujeita à restrições e já consideram essa hipótese em seu raciocínio lógico. Eles maximizam a sua utilidade, sabendo que há escassez de recursos para esse fim.
 
 
 
1. O que é ser um economista industrial de Mainstream?
 
Um economista industrial de Mainstream é ter como objeto de estudo o mundo das firmas, mercados e indústrias a partir de uma análise racional e lógica, com uma metodológica que é norteada pelo modelo de escolha racional. Esse modelo engloba a individualidade metodológica, que é a possibilidade de utilizar o empirismo das ciências da natureza e a maximização da utilidade pelo indivíduo.
 
 
1. Preencha o Quadro abaixo com 4 variáveis em cada bloco? O que os defensores dos modelos SCP pretendiam? Como achavam que estes blocos estavam relacionados ? (pode desenhar setas)
 
Os desenvolvedores do modelo SCP pretendiam modelar o funcionamento de uma indústria englobando não só fatores comportamentais dos agentes, mas também estruturais e suas relações. Se utilizaram da seguinte explicação: a performance de uma indústria depende da conduta de suas firmas, que por sua vez, depende dos fatores que determinam a competitividade do mercado. Essa "estrutura" depende das condições básicas, como a tecnologia e a demanda por um produto.
 
	Políticas Públicas
 
 
 
 
 
 
	Regulação
Tributos e Subsídios
Incentivos a Investimentos
Políticas Macroeconômicas
 
 
 
	Condições Básicas
	Oferta
Tecnologias
Matéria Prima
Economias de Escala
Sindicatos
 
 
 
 
 
	Demanda
Elasticidade
Substitutos
Sazonalidade
Localização
 
 
	Estrutura
 
 
 
 
 
 
 
	Número de Ofertantes e Demandantes
Barreiras de Entrada/Saída
Firmas
Integração Vertical
 
 
 
	Conduta
 
 
 
 
 
 
 
	Propaganda
Pesquisa e Desenvolvimento
Apreçamento
Fusões e Contratos
 
 
 
	Desempenho
 
 
 
 
 
 
 
	Preço
Eficiência Produtiva
Eficiência Alocativa
Progresso Tecnológico
 
 
 
 
1. Indique 5 teorias importantes na Caixa de Ferramentas da Economia Industrial, com explicações breves. 
 
Microeconomia: Ciência que estuda como os agentes individuais se comportam em um mercado com condições ideais. 
 
Teoria dos Jogos: Teoria que estuda os conflitos e as cooperações nas interações estratégicas entre os indivíduos e as firmas.
 
Teoria dos Custos de Transação: é um dos tipos de fricção que a economia encontra no mundo real. Por definição, são os custos de negociação que insurgem quando os agentes se relacionam economicamente. 
 
Teoria dos Mercados Contestáveis: Mercados em que muitas firmas entram quando o preço excede o custo e muitas firmas saem em situação contrária, são mercados contestáveis. Com essas características, o mercado fica competitivo.
 
Modelo de Estrutura-Conduta-Desempenho:o modelo SCP visa uma explicação da interação entre os agentes da economia, que pode acontecer por conta de fatores comportamentais ou estruturais.
 
 
1. Por que se diz que a “Microeconomia” representou um desvio longo, porém transitório, dentro da Economia Industrial? Desvio em relação a quê? (Ver o Apêndice A para esta resposta) 
 
Esta interpretação de que a microeconomia é um desvio da Economia Industrial é bem coerente considerando os desenvolvimentos teóricos que distanciam a microeconomia da Organização Industrial, como a fragilidade das firmas no tratamento microeconômico.
 
LISTA 2
1. 
Um economista agrícola descreve a função de produção de uma determinada cultura através de uma função Cobb-Douglas, cuja fórmula genérica é dada por . Defina os conceitos de produto médio e produto marginal para esta monocultura. Usando a função apresentada, encontre os produtos médios e marginais de cada um dos inputs empregados.
· O produto médio, para firmas que produzem um único produto, é definido pela divisão da quantidade total do bem produzido (output) pela quantidade de insumo utilizada (input). A produtividade média neste caso seria PMei=q/x1.
O produto marginal mede a variação na quantidade produzida trazida pelo incremento de uma unidade adicional de insumo utilizado. PMg1=Δq/Δx1.
2. Os custos médios de uma firma mostram comportamento de queda à medida que aumenta a escala de produção. O que poderia estar causando isto?
Nessa situação, a firma se encontra em um status de Economia de Escala. Pode ser observada uma queda do custo médio em virtude do aumento da produção (retornos crescentes de escala) ou ainda, uma estabilização do custo médio após o incremento da produção (retornos constantes de escala).
São algumas razões para esse tipo de situação: a) internas à firma: melhor utilização das estruturas (indivisibilidade da produção), redução dos custos de set up, maior divisão e especialização do trabalho e até mesmo a presença de custos fixos representativos que podem ser distribuídos entre mais produtos; b) externas à firma: fornecedores com economia de escala, aglomeramento de mão-de-obra, transbordamento tecnológico ou engenharia reversa.
3. Como se decide, com fundamento nos custos, se é conveniente ampliar o mix de produção? Que fatores costumam estimular a diversificação da oferta de uma firma?
A razão principal para expansão da oferta de uma firma é o aproveitamento das sinergias e dos recursos já existentes (como por exemplo estruturas, capital humano, expertise) para que a produção fique mais barata e rentável. Além disso, é uma redução de custos de transação no mercado.
Com base nos custos a decisão é tomada de forma que avalie os ganhos incorporados ao juntar dois produtos ou mais em uma produção:
Sendo P1 = Produção já existente na firma - individual
 P2 = Produção incorporada na firma - individual
 P3 = Produção conjunta na firma
 C = Custos Totais
Economia de Escopo = (C(P1) + C(P2) - C(P3)) / C(P3)
Se esse indíce for maior do que 1, indica que a produção conjunta dos dois produtos é rentável para a firma e esta deve ampliar o mix de produção. 
4. Uma firma considera a produção conjunta de dois produtos, conhecendo as seguintes funções custo:
Esta firma deve produzir os bens conjuntamente ou a produção separada é mais interessante? Encontre os custos médios de produção, qualquer que seja a sua resposta para a questão anterior. Há economias de escala na produção dos bens? 
SC = (500 + 8q1 + 700 + 2q2 – 800 – 8q1 – 2q2 ) / 800 + 8q1 + 2q2
SC = 400 / 800 + 8q1 + 2q2 
SC > 0 
É mais interessante para a firma a produção conjunta. PG 22 LIVRO ROLAND
Custos Médios 
Análise de Custo Médio de Raio = criação de um produto universal que englobe os dois bens produzidos para eliminar o problema de soma de coisas diversas. Critério de escolha: análise fiel e rigorosa sobre o compartilhamento dos bens produzidos. 
λ = 0,5
Cme1 = q1/q 0,5 = q1/q q1 = 0,5q
Cme2 = q2/q 0,5 = q2/q q2 = 0,5q 
Custos Médios de Raio Totais
CTMe = 800 + 8(0,5q) + 2(0,5q) / q
CTMe = 800 + 5q / q
CTMe = 800/ q + 5
Economia de Escala
Cmg1 = d CT(q1) / d q1 = d 500 + 8q1 / d q1 = 8
Cmg2 = d CT(q2) / d q2 = d 700 + 2q2 / d q1 = 2
Economia de Escala Global
Economia de Escala Global = CT (q1,q2) / q1.Cmg1 + q2Cmg
Economia de Escala Global = 800 + 8q1 + 2q2/ 8q1 + 2q2
Economia de Escala Global = 800 / 8q1 + 2q2 + 8q1 + 2q2/8q1 + 2q2
Economia de Escala Global = 800 / 8q1 + 2q2 + 1
Economia de Escala Global > 1 
Há economia de escala global.
Economia de Escala Específica
Custo Incremental i = C(q1,q2..qn) -C(q2, ...qn) / CustoMgi
CI = 800 + 8q1 + 2q2 – (800 + 2q2)
CI = 8q1
CI = 8q1/ q = 8
CI = 8/8 = 1
Não há economia ou deseconomia de escala específica.
5. Quais as principais fontes dos custos de transação? Em que esta abordagem diverge da teoria da firma tradicional?
Os custos de transação têm a sua origem em falhas de mercado que geram custo em sua utilização pelos agentes econômicos. São fricções que acontecem no mundo real que não estão presentes nos modelos da teoria da firma tradicional. Esses custos são ligados a negociações, por exemplo, os custos de concepção dos contratos. As fontes principais são: racionalidade limitada dos agentes – que pode causar desentendimentos dos pontos concebidos contratualmente; comportamentos oportunistas dos agentes – que dificultam a negociação e tornam o contrato menos benéfico para os agentes em conjunto. 
Essa abordagem diverge da teoria da firma porque, primeiramente, nessa não existe fricção entre os mercados. E segundo porque a teoria da firma considera os agentes econômicos racionais, logo diverge dessa hipótese a limitação da racionalidade humana e o comportamento oportunista da teoria dos custos de transação.
6. O que é uma estrutura de governança? O mercado pode ser considerado uma destas estruturas? Justifique.
As firmas e os mercados são "estruturas de governança", que segundo Williamson, são "o arcabouço de contratos explícitos ou implícitos – relações travadas em diferentes entidades econômicas - no qual as transações são realizadas". Tais relações contratuais podem ocorrer sob governança do sistema de preços, nas firmas ou em organizações híbridas, a depender dos custos e benefícios associados a cada uma destas estruturas de governança.
7. De que formas a incerteza, a freqüência no relacionamento e a presença de ativos específicos pode afetar os custos de transação? 
O problema com a frequência do relacionamento entre as partes está ligado a custos como o grau de dependência mútua das partes para realizar sua operação – principalmente quando se considera que uma das partes pode agir de maneira oportunista. Além disso esse relacionamento pode gerar custos fixos cada vez maiores e desnecessários. Outro fator importante é o custo de oportunidade gerado pela comodidade que traz a relação existente atualmente – os agentes podem estar perdendo contratos mais vantajosos pelo fato de negociarem frequentemente de uma mesma maneira.
Quanto aos ativos específicos, esse problema ocorre quando o contrato envolve algum tipo de ativo (humano, físico, marca etc) que é mais valioso dentro do contrato do que fora dele. Em caso de rompimento do contrato entre as partes, o ativo perde valor e se torna, totalmente ou em partes, um custo irreversível. Isso aumenta os custos de transação, e dificulta a concepção do contrato.
8. Como Coase, em seu artigo de 1937, responde ao problema apresentado por Frank H. Knight, no extrato abaixo:
“the relation between efficiency and size is one of the most serious problems of theory, being, in contrast with the relation for a plant, largely a matter of personality and historical accident rather than of intelligible general principles. But the question is peculiarly vital because the possibility of monopoly gain offers a powerful incentive to continuous and unlimited expansion of the firm, which force mustbe offset by some equally powerful one making for decreased efficiency (in the production of money income) with growth in size, if even boundary competition is to exist.”
A questão que paira sobre a discussão retomada por Coase é, havendo custos de transação, porque não se produz tudo em uma só firma para eliminar as fricções do mercado.
A respoata seria que, conforme a firma cresce, pode haver retornos decrescentes ao empresário e este falhe em alocar os fatores de produção da melhor forma possível. A perda resultante do desperdício de recursos é igual aos custos de transação em mercado aberto ou às perdas caso as transações fossem organizadas por outro empreendedor. Por fim, o preço de fornecimento de um ou mais fatores de produção devem aumentar por conta de vantagens de firmas pequenas em comparação às maiores. 
9. O que é o modelo de Agente-Principal e que fenômenos da teoria da firma ele ajuda a entender?
O modelo Agente-Principal, uma estrutura lógica geral para o tratamento de problemas econômicos envolvendo assimetria informacional, situações em que os conjuntos de informações à disposição dos agentes econômicos são
diferentes, embora importantes à tomada de decisões em seu relacionamento.
São três os tipos básicos de problemas: (i) problemas de moral hazard (dano ou risco moral), quando a criação de um relacionamento contratual dá margem a ações oportunistas em função do diferencial de informações entre agente e
principal; (ii) problema de assimetria informacional, que aparece como um problema que pode ser mitigado através do envio ou captação de sinais específicos; e (iii) problema de seleção adversa, em que a assimetria de informação serve como justificativa para a realização de escolhas ineficientes ou socialmente indesejáveis.
LISTA 3
Quais as principais hipóteses teóricas usadas para caracterizar a estrutura de Concorrência perfeita?
As principais hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:
· Informação Perfeita: não há assimetria informacional entre os agentes;
· Produtos Homogêneos: os bens não apresentam diferenciação de qualidade frente aos consumidores.
· Ausência de barreiras de entrada e saída: empresários podem se mover livremente entre os setores da economia, sem impeditivos para entrar ou sair de um negócio.
· Empresas são tomadoras de preço (“price takers”), que é definido no mercado.
· Ausência de externalidades: não há “efeito feedback” entre os setores da economia.
· Ausência de bens públicos.
· Divisibilidade dos produtos: entende-se que os produtos podem ser comercializados em qualquer quantidade, inteiros ou fracionados.
Já que situações práticas de concorrência perfeita parecem ser raras, por que motivo este modelo abstrato e ideal permanece sendo usado na Economia Industrial?
Esse modelo permanece sendo usado na economia real porque é um importante referencial teórico, que pode ser analisado e adaptado à realidade de acordo com cada caso específico. O fato da existência de um modelo referencial traz esclarecimentos analíticos para a realidade e também o modelo serve de uma importante ferramenta teórica.
Para uma firma em concorrência perfeita, qual a importância dos custos inevitáveis para definir o ponto de entrada ou fechamento? Sua resposta é a mesmo caso se esteja falando do de um longo prazo ou de curto prazo? Por quê?
Os custos inevitáveis são uma importante barreira de entrada ou saída em um determinado negócio. Se um investimento exige um alto custo inevitável, por exemplo, algum ativo muito específico e com pouca liquidez, se torna custoso esse alto investimento para entrar no negócio e também a alta perda em sair do negócio. 
No Curto Prazo podem existir firmas com lucro econômico extraordinário, e essa mobilidade dos empresários entre os setores acontece até que no Longo Prazo o custo de entrada ou fechamento será igual ao custo médio mínimo e, portanto, todas as firmas têm lucro econômico normal (zero).
Desenhando as curvas de custo marginal total médio e custo marginal variável médio para uma firma competitiva, ilustre uma situação em que esta firma aufere lucros econômicos positivos no curto prazo. Isto não é contraditório com a hipótese de ausência de barreiras à entrada/saída? Explique.
Uma firma que aufere lucros econômicos positivos no Curto Prazo não contraria a hipótese de ausência de barreiras porque entende-se que o processo de entrada e saída de novas firmas nos setores acontece até que, apenas no longo prazo, não haja mais oportunidades de se obter lucro econômico anormal e o mercado se equilibra. 
“Na ausência de economias ou deseconomias de escala externas, a renda econômica de firmas competitivas não pode ser positiva”. É Falso, verdadeiro ou incerto? Por quê?
Falso. A renda econômica de alguma firma competitiva pode ser positiva no caso dessa firma possuir acesso a algum recurso socialmente escasso, que a possibilita ser mais produtiva que as demais firmas e a faça ter um lucro econômico maior. No entanto, é importante ressaltar que esse lucro econômico não é derivado da produção em si, mas de uma renda adicional que cabe àqueles que possuem recursos limitados específicos. 
A ideia de que o objetivo da firma (para a Microeconomia introdutória) é a maximização dos lucros levanta, pelo pelos, dois problemas básicos. Indique estes problemas e detalhe a importância de considerá-los quando se trabalha com Economia Industrial.
Um dos problemas de se usar a maximização de lucros como objetivo da firma, é que isso se distancia da realidade. Na verdade, o empresário considera na sua decisão de oferta a quantidade que maximiza o valor presente da firma – os fluxos de caixa futuros descontados à valor presente. Em análises de economia industrial isso tem que ser considerado para o real entendimento da decisão de oferta, e que as decisões de curto prazo já consideram uma visão de longo prazo do empresário. 
Outro problema levantado é que a análise de maximização de lucros não costuma considerar custos econômicos, apenas custos produtivos. No entanto, os custos econômicos são muito relevantes na vida real e não poderiam ser excluídos de uma análise do segmento da Economia Industrial porque tem grande poder de influenciar decisões econômicas das firmas. 
Usando o gráfico 3.2, explique porque um mesmo produto, o sal, por exemplo, pode ter demanda preço-elástica e inelástica.
Primeiramente, devido à falta de conhecimento de produtos substitutos, a demanda do sal permaneceria praticamente inalterada (inelástica), já que é um produto de ampla utilização e um ingrediente básico da culinária. Porém, com o passar do tempo, os agentes econômicos descobririam produtos alternativos e haveria uma adaptação da culinária à escassez do sal tornando sua demanda mais elástica pelo aparecimento de novos produtos substitutos.
Suponha que a demanda de mercado por certo produto seja representada por QD = 100 – p. Neste Mercado, existem 50 firmas idênticas, cada qual com custos marginais iguais a q. Encontre a curva de demanda residual para uma destas firmas.
R: A curva de demanda residual é qRi(p) = QD(p) - QS(p). Em concorrência perfeita, temos P = CMg.
Dessa maneira, temos que: qRi(p) = (100-p) - 49p = 100 - 50p.
Preço e quantidade de equilíbrio: 59p = 100 - p; p* = 2, q* = 98.
Ao preço que equilibra o mercado descrito na questão anterior, supondo apenas 49 firmas incumbentes, quais são as elasticidades preço da demanda de mercado e da demanda residual para a 50ª firma (considere que a elasticidade preço da oferta das outras firmas seja igual a 0).
R: EPD = -1 * p / (100-p) = -p / (100-p) = -q / (100-q)
EPD = [-q / (100-q)] * 49 - [0 * (49-1)] = -49q / (100-q)
Suponha que o mercado de maças possa ser descrito pelas seguintes equações: 
Demanda: P=20-q
Oferta: P=q-4
Onde p é o preço em unidades monetárias de cada caixa de maças e q é um número de caixas da fruta em milhares de unidades. 
a) se este mercado for perfeitamente competitivo, que preço e quantidade serão observados?
Em um mercado perfeitamente competitivo,temos: 20-q = q-4;
q* = 12; p* = 8.
b) Qual o valor dos excedentes dos consumidores e produtores neste mercado?
Se qD = 0, pD = 20.
Se pS = 0, qS = 4.
EP = (12 + 4) * 8 / 2 = 64
EC = (12 * 12) / 2 = 72
Que problemas básicos se deve ter em consideração quando se usam os Excedentes dos Consumidores (EC) e dos Produtores (EP) para fazer análise de bem estar? Por que, apesar destes problemas, o instrumental de EC e EP ainda é muito útil à Economia Industrial?	
Porque não avaliam o bem-estar econômico completo, mas sim o bem-estar relacionado aos agentes participantes de um mercado. Além disso, avaliam o bem-estar sem considerar distribuição do mesmo entre os agentes. Por exemplo, um monopolista discriminador perfeito de preços maximiza o bem-estar da economia.
Esses conceitos são utilizados porque fazem parte de um racional que explica as tomadas de decisão dos agentes econômicos, além de terem fácil aplicabilidade e uso, permitindo, a partir de cálculos concretos, a obtenção do grau de bem-estar de uma economia
LISTA 4
Lista 4 Industrial – As respostas, é claro, podem ser em português.
1. Does a monopoly’s profit differ if it chooses price or quantity (assuming it chooses them optimally)? Why can’t a monopoly choose both price and quantity?
Um monopolista pode escolher apenas um dos dois, ou quantidade ou preço. Isso acontece porque o monopolista baseia a sua escolha na curva de demanda do mercado, que é negativamente inclinada. Logo é inevitável que tenha que fazer um trade off entre quantidade e preço, porque a medida que o monopolista “caminha ao longo da curva” um aumento de quantidade implica em diminuição do preço e vice-versa.
 
1. After a shift in the demand curve, show that a monopoly’s price may remain constant but its output may rise.
1. If the demand curve is Q(p) = 5/p, what is the elasticity of demand? What is total revenue when p = $1 and when p = $30? If production costs $1 per unit, and the smallest production level is 1 unit, how much should the monopoly produce?
Epd = dQ/dP * P/Q [(0*P – 5*1)/P²] * P/Q -5P²/5P² = -1
RT = 1*5/1 = 5 RT = 30*5/30 = 5
A produção em monopólio será 1, já que RMg = 0 e RT = 5 independente da quantidade produzida. Com o custo aumentando a cada unidade produzida, a firma produzira em quantidade ótima para monopólio que, nesse caso, é 1.
1. If the demand curve is Q(p) = pϵ , what is the elasticity of demand? If marginal cost is $1 and ϵ = - 2, what is the profit-maximizing price?
Epd = dQ/dP * P/Q (-2*P-2)*(P/Q) = (-2P-1)/Q
 RT = P*P-2 = P-1
RMg = CMg -P-2 = 1 -1/P² = 1 P² = -1 P = 1
1. Suppose the demand curve for corn is Q(p) = 10 - p. Suppose that one firm owns all five units of corn in the world and has zero marginal cost. Does a monopoly sell less output than would be sold in a competitive market in which 100 firms each own 0.05 units?
Concorrência Perfeita: Q* = 100 * 0,05 = 5 
Monopólio = P*(10-P) = 10P - P² RMg = 10 – 2P
 RMg = CMg 10 - 2P = 0 P* = 5 Q* = 5
A mesma quantidade seria ofertada em ambos os cenários
1. Suppose the Environmental Protection Agency sets new requirements that raise the (fixed) costs of reporting compliance with pollution control rules (Pashigian 1984). How would this change affect (a) the market price, (b) the number of fringe firms, (c) total output, and (d) the dominant firm’s share of the market? Hint: What does an increase in fixed costs do to the average cost curve of a fringe firm?
a) O preço de mercado aumentará.
b) Em um modelo de entrada livre, com uma curva de oferta infinitamente elástica e firmas franjas em concorrência perfeita, não haverá quaisquer mudanças. Já no modelo de entrada restrita, o aumento do preço de mercado representará uma barreira às firmas franjas, já que com esse novo preço ficará mais difícil para oferta- rem.
c) A produção total diminuirá.
d) A parcela de mercado da firma dominante aumentará. Com maiores preços, menores quantidades serão ofertadas e o espaço desse mercado fica menor. Enquanto a firma dominante tem sua fatia do mercado aumentada, as firmas franja terão suas fatias de mercado reduzidas.
7. By showing the behavior of both a monopoly and a dominant firm in the same graph, show that monopoly profits are greater than the profit of a dominant firm in the no-entry equilibrium (MCd). Show how much consumers benefit from buying from a dominant firm-competitive fringe rather than from a monopoly. Hint: A firm’s variable costs are the area under its marginal cost curve up to the relevant output.
Os consumidores se beneficiam mais caso comprem da firma dominante. Já que esta possui vantagens de custo, melhores preços e mais quantidades ofertadas, se tornam mais úteis ao consumidor. Já as firmas franjas não possuem vantagens de custo, seus preços são mais altos e ofertam menos quantidades.
8.How would the no-entry model diagrams (Figure 4.6) change if fringe firms had the usual U-shaped average and marginal cost curves? Assume that because of a barrier to entry, there are only n fringe firms. Describe the types of possible equilibria.
Haverão dois tipos de equilíbrios: um com maiores vantagens de custo e outro com menores vantagens de custo. No primeiro, o preço será maior que P*, permitidno que apenas a firma dominante oferte neste mercado e produza acima de Q*. Já com menores vantagens, as firmas franjas podem participar do mercado com preço acima de P*, ofertando em conjunto uma quantidade menor que Q*.
9. Would a profit-maximizing dominant firm ever produce more than if it were a monopoly? Hint: Show the behavior of both a monopoly and a dominant firm (in the no-entry model) on the same graph and note where the marginal revenue curves cross.
Para que a firma dominante oferte mais que um monopólio, o preço de entrada das firmas franjas deve baixar. Porém, com uma curva de demanda negativamente inclinada, escolher uma maior oferta significa que, por consequência, o preço baixará. Dessa maneira, será menor que o preço de monopólio e o lucro não será maximizado, já que a parcela compartilhada com as firmas franjas se tornaria maior.
10. What effect does a binding minimum wage have on a monopsony labor market?
Diferentemente do caso de concorrência perfeita, em uma situação de monopsônio, um salário mínimo faz com que o emprego aumente. Mesmo com um salário mínimo, as firmas ainda operarão no ponto em que RMg = CMg. Com maiores CMgs, também haverão maiores RMgs, aumentando a taxa de emprego.
LISTA 5
1. Historically, at each Organization of Petroleum Exporting Countries (OPEC) meeting, Saudi
Arabia (the largest oil producer) argued that the cartel should cut production. The Saudis complained that most OPEC member countries, including Saudi Arabia, produced more oil than their cartel agreement allotted them. Illustrate using a graph and explain why cartel members would produce more than the allotted amount given that they know that overproduction will drive down the price of their product.
À medida que o cartel ganha membros, o incentivo de traição de uma empresa do cartel aumenta porque aumenta a discrepância entre o lucro de um não membro e o lucro de uma empresa do cartel. No mesmo nível de preços, as firmas fora do cartel ganham mais porque produzem sem restrições e vendem ao mesmo preço praticado pelo cartel. 
Uma única empresa do cartel pode incrementar a sua produção sem alterar significativamente o preço do cartel, e essa possibilidade faz com que a chance de traição ao cartel aumente. 
2. What are the main factors that increase the likelihood of a cartel being successful?
Os fatores que aumentam a possibilidade de sucesso dos cartéis são: Habilidades de elevar preços (altas barreiras de entrada e saída, produtos dificilmente substituíveis); baixos custos organizacionais (poucos membros, ou facilidade de associação) e baixa expectativa de punição (legislação vigente, mecanismos de defesa do sistema de defesa concorrencial). 
3. Use a graph to show why anincrease in the market demand elasticity reduces a cartel’s monopoly power. Show how an increase in the market demand elasticity affects the elasticity of the residual demand curve.
À medida que a demanda se torna mais elástica, a curva de demanda residual ficará mais inclinada. A quantidade de entrada para adentrar ao mercado aumenta menos que o preço, em função do aumento da elasticidade. Isso é um fator que reduz o poder de monopólio. 
4. (Problem based on Appendix 5A.) Show that the sum of a cartel’s output plus the output of noncartel firms is less than the competitive output and that the corresponding price is higher than the competitive price.
5. (Problem based on Appendix 5A.) Show that a cartel’s price falls as the number of noncartel firms ( j ) increases.
6. O que são os Teoremas de Folk? Por que são importantes para a análise de cartéis?
Os Teoremas de Folk dizem que um jogo não cooperativo repetido infinitas vezes ou um grande número finito de vezes, com “t” finais desconhecidos tem como equilíbrio final uma solução cooperativa em um jogo não cooperativo.
 Isso é importante para a análise de cartéis porque o cartel é um jogo não cooperativo, uma vez que os agentes procuram apenas maximizar o lucro individual, no entanto ao jogar o jogo da competição de mercado infinitas vezes, os agentes entendem que podem chegar a uma solução cooperativa e formar o cartel. 
7. Quais os fatores que facilitam a criação de cartéis? E sua manutenção?
Os fatores que facilitam a criação de cartéis são: Habilidades de elevar preços (altas barreiras de entrada e saída, produtos dificilmente substituíveis); baixos custos organizacionais (poucos membros, ou facilidade de associação)e baixa expectativa de punição (legislação vigente, mecanismos de defesa do sistema de defesa concorrencial). 
Os fatores que facilitam a manutenção de cartéis no mercado são: Detecção de traidores (poucas firmas, preços abertos, preços que não flutuam independentemente, produtos idênticos ou no mesmo step da cadeia produtiva) ou a baixa possibilidade de traição (vendas centralizadas, vendas pequenas e frequentes, custos incrementais inelásticos, custos fixos baixos)
8.O que são e qual a lógica das guerras de preço em cartéis? O que são estratégias tit-for-tat.
As guerras de preço em cartéis são as chamadas “traições”. Isso acontece quando um dos integrantes do cartel tenta vender a um preço menor que o acordado, buscando atrair para si uma parcela maior da demanda do mercado. Essa situação acontece quando há flutuações de preço relevantes no mercado ou recessões que estimulam os agentes a baixarem o preço para aumentar volume de vendas. 
A estratégia “tit for tat” diz que um agente cooperará desde que o seu oponente também coopere, e adotará uma estratégia não cooperativa caso o oponente não coopere. No caso da guerra de preços, enquanto todas as empresas do cartel estiverem adotando a solução cooperativa de manter o preço nivelado, essa situação prevalece e o cartel se mantém estável. A partir do momento que uma das empresas tentar abaixar o preço para atrair mais demanda, as demais também abaixarão para se proteger do risco causado pela concorrência. Essa lógica gerará uma guerra de preços.
LISTA 6
1. Resolva o apêndice do Cap 6, de forma a conseguir encontrar os lucros de uma firma conforme os dados usados para construir a Tabela 7.2 quando o número de firmas for igual a 8 (para checar suas contas) e igual a 50.
2. O que é a estrutura de concorrência monopolística? Quem a desenvolveu pela primeira vez e que tipos básicos de modelos são usados modernamente para entender o comportamento de firmas sob estra estrutura de mercado? Explique-os, brevemente.
A estrutura de concorrência monopolística é uma mescla do modelo de monopólio, como a habilidade de elevar os preços acima do custo marginal, ou seja, há poder de mercado por parte das firmas, mas também há características do modelo de concorrência perfeita, já que o lucro econômico será zero. Na concorrência monopolística as barreiras são baixas ou inexistentes, possibilitando a entrada de novas firmas enquanto os lucros econômicos forem positivos. Os consumidores veem os produtos disponíveis de maneira heterogênea, diferenciando-os.
O primeiro modelo foi o de Chamberlin (1933) e o consumidor representativo, que vê todas as diferentes marcas ou variedades como substitutos perfeitos uns dos outros.
Os modelos mais modernos, chamados locacionais, são: cidade linear e cidade circular. No primeiro, consumidores estão igualmente distribuídos ao longo de uma cidade em linha reta, portanto preferirão consumir seus produtos de acordo com a distância, levando em conta seus custos de transporte; quanto mais perto, mais preferido. Em equilíbrio, as firmas se situarão ao centro da cidade. No segundo, o problema gerado pelas extremidades é resolvido, pois a cidade que era linear se torna um círculo. Há um bem externo regulador de preços e, em equilíbrio com altos preços, as regiões de demanda não se sobrepõem, com cada firma agindo como um monopolista regional. Com a queda dos preços, as regiões de abrangência de consumidores passam a se sobrepor com o aumento da concorrência.
3.No modelo de consumidor representativo com produtos diferenciados, quais os problemas em termos de bem-estar associados à concorrência monopolística? Por que excesso ou insuficiência de variedades podem ocorrer neste tipo de mercado? Isto pode ocorrer se os produtos forem homogêneos?
O problema é que não há um equilíbrio ótimo final: não se pode ter um preço e variedade ótimos por conta do trade-off entre produzir com variedade ou com eficiência. O preço se encontra acima do custo marginal e pode haver excesso ou falta de variedades. No caso de falta de variedades, há desejo por parte dos consumidores de novos modelos do produto, mas que não podem ser produzidos, já que os custos fixos têm proporções altas e farão com que a firma não se beneficie, mantendo o número de variedades abaixo do desejado pelos compradores. Já para o excesso de variedades, as firmas ignoram os efeitos do aumento da competição sobre os lucros das outras firmas, e, quando o produto é um bem substituto de outros, parte do lucro virá das outras marcas existentes, criando uma tendência de produzir muitos produtos a preços baixos.
No modelo de consumidor representativo com produtos homogêneos, há muitas firmas, uma vez que não há benefícios em se ter mais de uma firma regulamentada para se ter preço igual a custo marginal.
4.Com o modelo locacional de Hotteling, explique por que e como a diferenciação permite a ocorrência de um equilíbrio de Bertrand com lucros positivos.
O equilíbrio de Bertrand sem diferenciação faz com que os preços se mantenham iguais, já que a firma que aumentar seu preço perderá todos os seus clientes. Com a diferenciação de produtos, entramos no modelo de concorrência monopolística, no qual há poder de mercado, permitindo que as firmas aumentem seus preços, cobrando preços diferentes em patamares acima do CMg. Porém, num cenário onde as firmas podem mudar livremente seus locais e preços, não há a existência de equilíbrios.
5.O que é o modelo de Salop? Que diferenças tem em relação ao de consumidor representativo e ao de Hotteling? Qual destes modelos é melhor para explicar a concorrência monopolística?
O modelo de Salop, também chamado de cidade circular, é semelhante ao modelo de cidade linear. Como esta tem extremidades, naquela sanou-se o problema imaginando uma cidade circular, na qual os consumidores estão distribuídos uniformemente ao redor de um círculo, sem início ou fim, como uma linha infinita. Nesse modelo há, também, um bem externo regulador dos preços do mercado em concorrência monopolística: caso os preços aumentem, os consumidores preferirão a “mercadoria delivery”. As firmas, diferentemente do modelo linear, se situarão o mais distante possível umas das outras para terem as maiores “fatias do bolo”, de tal modo que estarão equidistantes. Caso haja poucas firmas, podem se comportar comoum monopólio e seus alcances não se sobrepõem. À medida em que entram mais firmas no mercado, o cenário muda gradativamente para concorrência perfeita, na qual as firmas competem pelos mesmos consumidores e perdem uma parte de sua clientela para seus dois rivais vizinhos.
6.O que é o modelo Estrutura – Conduta – Desempenho e que relacionamento esperavam os teóricos que desenvolveram esta abordagem entre estas variáveis?
R: O esquema revela preocupações específicas da OI com maior aproximação da teoria à realidade e maior detalhamento da contextualização histórica, apegada a testes empíricos. A utilização de uma classificação estrutural do mercado era tida como um passo necessário para compreender as práticas empresariais e avaliação pública do desempenho da indústria.
Os estudos se concentram na relação entre performance e estrutura de mercado, sendo que a primeira é o sucesso do mercado em gerar benefícios aos consumidores, enquanto a segunda consiste em fatores que determinam a competitividade de um mercado. Estrutura afeta desempenho pela conduta.
Usado a tabela 8.1, explique:
7. Por que os testes econométricos relativos à existência de lucros iguais a zero no longo prazo não são testes de existência de uma estrutura de concorrência perfeita? O que eles mostram?
Os testes econométricos relativos à lucro no longo prazo podem ter resultados igual a zero em todas as estruturas de mercado estudadas. Porém, não é apenas um referencial para comprovar concorrência perfeita, uma vez que monopólios e oligopólios podem apresentar lucro positivo no longo prazo, ou seja, não é um referencial para P = CMg, mas sim um referencial de estudos para verificar a presença ou não de barreiras à entrada e à saída de indústrias do mercado. Caso o lucro, no longo prazo, seja positivo em tais estruturas de mercado, é comprovada a existência de barreiras.
8.Por que o uso de lucros de curto prazo costuma ser enganoso e pouco útil na econometria da Economia Industrial?
O uso de lucros no curto prazo como referencial é considerado enganoso e pouco útil na econometria da economia industrial porque todas as estruturas de mercado (concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística) podem apresentar os mesmos valores de lucro: podem ser positivos ou negativos. Dessa forma, não pode ser considerado um referencial com bom potencial para análises e conclusões.
9.Quais as principais variáveis usadas para mensurar empiricamente o desempenho de mercado?
As principais variáveis utilizadas para mensurar o desempenho de mercado são a taxa de retorno, baseada nos lucros ganhos por dólar de investimento, a margem de preço-custo, baseada, teoricamente, na diferença entre preço e custo marginal, mas empiricamente utiliza-se um custo médio, e o q de Tobin, ou seja, a proporção de valor de mercado de uma firma em relação ao custo de reposição de seus ativos.
10.Quais as principais variáveis usadas para mensurar empiricamente as barreiras à entrada/saída.
As variáveis utilizadas para mensurar as barreiras são o tamanho mínimo eficiente da firma, intensidade de publicidade e de capital, assim como a dificuldade de se entrar em tais indústrias, barreiras de longo prazo e velocidade com que a entrada na indústria pode ser realizada.
11. Quais os principais cuidados que se deve ter ao calcular as taxas de retorno do investimento em indústrias?
Os principais cuidados a serem tomados são: mensurar o capital de maneira apropriada, utilizando noções econômicas; mensurar a depreciação da maneira correta; ajustar corretamente para o risco as taxas de retorno; tomar cuidados especiais com os ativos intangíveis, como reputação, marca, etc. Apenas economistas conseguem realizar tais mensurações, enquanto contadores podem não ter noções econômicas sobre tais assuntos e chegar a resultados errôneos.
12.Quais as principais dificuldades que se têm ao calcular as margens preço-custo?
Como o custo marginal raramente está disponível, é muito comum utilizar em seu lugar o custo médio variável. A aproximação é geralmente calculada como (receita – pagamentos – custo de materiais) / vendas, tendendo a ignorar os custos com capital, pesquisas e desenvolvimento e publicidade.
13. Explique e dê as fórmulas gerais para os índices de concentração tipo CRk e HHI. Que problema fundamental se encontra ao usar estes índices para explicar a performance de indústrias?
O índice CRk é utilizado para determinar a participação de grandes empresas no mercado, variando entre 0 e 1, onde 0 é a situação de concorrência perfeita e 1 é concentração intensa. 
CRk = Σksi, onde k são os maiores players, i = 1 e si indica a participação de mercado. Podem ser medidos em valor, quantidade e unidade, e saber a medida que as empresas utilizam é fundamental para que não haja confusão na hora de realizar a mensuração, o que pode abrir espaço para que as empresas burlem as regras e mintam.
Já o índice HHI refere-se à soma dos quadrados da participação de uma firma no mercado.
HHI = Σnsi², onde n são todas as firmas e i = 1. O problema deste índice é que, ao aumentarmos a participação das empresas que já são grandes, os resultados ficam ainda maiores. Por ser uma elevação ao quadrado, tende a agigantar números consideravelmente altos e a diminuis os números consideravelmente baixos, dificultando a mensuração real.
14. Explique, resumidamente, a evolução dos estudos empíricos relativos ao modelo Estrutura-Conduta-Desempenho.
O modelo ECD por muitas décadas tenta explicar os fatores que levam as firmas a terem poder de mercado, relacionando a performance desse mercado com a sua própria estrutura, que afeta a conduta dos agentes. O modelo foi desenhado por Edward Mason na década de 40 em Harvard, mas recebeu diversas críticas pelo fato de ser mais descritivo que analítico. A primeira aplicação empírica do modelo foi feita na década de 50, com estudos econométricos comparativos entre indústrias a partir de dados reais de performance das indústrias (price cost margins e taxa de retorno) e estruturas de mercado (índices de concentração). Ambas as medidas dos dados apresentam distorções e problemas conceituais, como divergência de lucro econômico e contábil e a depreciação ao calcular a taxa de retorno, ou desconsiderar as importações e exportações (conceito de mercado relevante) ao calcular os índices de concentração. Mesmo assim, diversos estudiosos (Bain, 1956; Brozen, 1971; Weiss, 1974) se utilizaram das regressões no campo econométrico para estudar a relação entre taxa de retorno das indústrias, a concentração de sua estrutura e a existência de barreiras de entrada, encontrando dificuldades na métrica dos dados, e também dificuldades conceituais, como o problema da exogeneidade das variáveis nos modelos.
Devido às inúmeras críticas ao modelo, esse tema continuou a ser estudado pelos economistas até que Sutton (1998) desenvolveu a teoria moderna de análise do Modelo Estrutura- Conduta-Performance. A mesma está especificada na questão 15.
15. Qual é a principal abordagem empírica moderna em OI? Qual sua justificativa e que dificuldade nova ela traz?
A principal abordagem empírica moderna em OI é a abordagem de Sutton ao modelo de Estrutura-Conduta-Performance. Essa abordagem analisa a competição de um mercado em função de seu crescimento, considerando produtos homogêneos e heterogêneos, os custos de entrada exógenos ou endógenos no mercado e a possibilidade de se mudar atributos do produto em questão. 
Essa nova teoria se justifica porque o estudo de uma única firma ao longo do tempo é preferível ao estudo de várias firmas em cross-section, e pode resolver muito dos problemas de análises das variáveis, como por exemplo o problema das firmas que produzem mais de um produto e estabelece seu custo como uma média ponderada de todos eles. Além disso, o modelo inovou as medidas de performance de mercado, incluindo estimação própria dos custos marginais, e também estimando os mark-ups das firmas através de modelos industriais, para evitar problemas de distorções contábeis quehaviam nos estudos anteriores. 
As desvantagens são que os pesquisadores geralmente precisam assumir muitas hipóteses sobre as curvas de custo e de demanda, e o fato de que comportamento oligopolista de cartel, Cournot e Bertrand não se altera à medida que o mercado cresce. Por esses desvios, esses métodos ainda não foram usados para descrever com detalhes a relação da estrutura da firma com o grau de desvio de um comportamento perfeitamente competitivo. 
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