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Artigo - SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM TEMPOS DO NOVO CORONAVÍRUS

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Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico. ISSN: 2446-6778 
Nº X, volume X, artigo nº X, ---/--- 2019
D.O.I: http://dx.doi.org/10.20951/2446-6778/vXnXaX 
SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM TEMPOS DO NOVO CORONAVÍRUS
Ana Gabriela Fernandes da Silva[footnoteRef:1] [1: Centro Universitário Redentor, Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna-RJ, gabifernnandes@hotmail.com] 
Aluna do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
André Raeli Gomes[footnoteRef:2] [2: Centro Universitário Redentor, Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna-RJ, araele@gmail.com 
] 
Coordenador do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
Resumo 
O setor da Construção Civil é um dos que mais impulsionam e influenciam a economia mundial, tendo em vista que é um ramo que emprega uma considerável parcela da população. Todavia, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, aponta um cenário repleto de incertezas, que vem acarretando desemprego em massa, e assim, paralisação de serviços e obras. Diante deste cenário, torna-se inviável a interrupção total dos serviços nesse setor, e primando pela segurança e saúde do trabalhador, meios de prevenção devem ser tomados. Assim, este estudo objetiva demonstrar a relevância da Segurança do Trabalho no setor da construção civil em época de pandemia, através do desenvolvimento deste estudo realizou-se um levantamento bibliográfico de cunho qualitativo, apresentando os aspectos gerais acerca do coronavírus, o cenário da construção civil nos tempos atuais, a importância da segurança do trabalho e como deve-se atuar de maneira preventiva visando o controle do coronavírus em canteiro de obras. Conclui-se que todas as recomendações das entidades de saúde devem ser seguidas rigorosamente, bem como a elaboração de uma série de medidas de higienização e mudança nas rotinas em cada canteiro de obras, como forma de prevenção ao novo coronavírus, necessitando, portanto, de uma maior fiscalização dos órgãos competentes. 
Palavras-chave: Canteiro de Obras. Construção Civil. Coronavírus. Segurança do Trabalho. 
Abstract 
The Civil Construction sector is one of the ones that most boost and influence the world economy, considering that it is a branch that employs a considerable portion of the population. However, with the emergence of the new coronavirus pandemic, it points to a scenario full of uncertainties, which has been causing mass unemployment, and thus, stoppage of services and works. In view of this scenario, the total interruption of services in this sector is not feasible, and striving for the safety and health of the worker, means of prevention must be taken. Thus, its objective was to demonstrate the relevance of Work Safety in the civil construction sector during a pandemic period. Through the development of this study, a qualitative bibliographic survey was carried out, presenting the general aspects about the coronavirus, the scenario of civil construction. nowadays, the importance of work safety and how it should act in preventive ways of controlling the coronavirus in construction sites. It is concluded that all the recommendations of the health entities must be strictly followed, as well as the elaboration of a series of measures of hygiene and change in the routines in each construction site, as a way of preventing the new coronavirus, requiring, therefore, greater oversight of Organs competent bodies.
Keywords: Construction Site. Construction Civil. Coronavirus. Workplace safety.
INTRODUÇÃO 
No Brasil, o setor da construção civil tem passado por inúmeras mudanças e avanços durante os últimos anos. Por conta da rapidez do crescimento do país, novas oportunidades de investimentos se abriram nessa área, e, por isso, a quantidade de incorporações aumentou de forma considerável. Por consequência, houve um crescimento nessa área, gerando mais empregos, rendas diretas e indiretas, retomando uma elevada competitividade entre as construtoras e empresas brasileiras (SILVA, SABA e BORGES, 2011).
Durante muitas décadas, um dos termômetros fundamentais para a economia brasileira consiste na construção civil, uma vez que é um setor que apresenta alta capacidade de distribuir renda no comércio, além de ser um dos principais geradores de impostos.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, o setor da construção civil correspondeu em torno de 9% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que, mesmo com diversos eventos, como crises políticas, crises internacionais e desaceleração desse setor ao longo das últimas décadas, permanece sendo um dos domínios mais essenciais para a economia brasileira e, conforme a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), atualmente é um ramo que emprega cerca de três milhões de funcionários, o que faz ter uma importante função social (SOUSA, 2015). Ultimamente o mundo tem enfrentado um dos momentos mais difíceis das histórias recentes, a pandemia do SARS-CoV-2, popularmente chamada de “novo coronavírus”. Esse cenário é preocupante e tem provocado alterações intensas nas condições de vida do homem, bem como na maneira de relacionar-se uns com os outros. Outrossim, por um lado, as pessoas passaram a perceber de uma maneira mais nítida, os problemas crônicos, que outrora, estava em condições supostas “normal”, onde parecia que não existiam, e, por outro lado, não há qualquer conhecimento até o momento que traz segurança acerca das possibilidades eficazes e estratégicas que sejam conclusivas sobre tratamento, imunização ou cura para a COVID-19. Considerando o cenário global na atualidade, o Brasil encontra-se em segundo lugar como o país que teve o maior número de indivíduos contaminados e casos fatais, ficando atrás somente dos Estados Unidos da América (EUA) (GOMES e LONGO, 2020).
Levando em consideração que a construção civil emprega uma grande parcela da população, este setor encontra-se enfraquecido por sofrer um impacto significante na segurança e saúde dos trabalhadores. Desse modo, é de suma importância entender o panorama desse setor primordial para a economia e os impactos negativos decorrentes desde o início da pandemia. Com o surgimento desse vírus, a sociedade teve que redobrar os cuidados e a higiene, e ainda, os distintos níveis governamentais se viram forçados a elaborar decretos definindo protocolos de distanciamento e isolamento social visando limitar a quantidade de pessoas que circulam nas ruas, e quando circularem, que sejam somente para ir a lugares que prestam serviços essenciais ou para seu trabalho.
Diante do exposto, o presente estudo tem por objetivo apresentar a relevância da Segurança do Trabalho no setor da construção civil em época de pandemia. Assim, para o desenvolvimento deste estudo, será realizado um levantamento bibliográfico de cunho qualitativo, em que será apresentado os aspectos gerais do coronavírus, o cenário da construção civil nos tempos atuais, a importância da segurança do trabalho e como esta deve atuar de forma preventivas de controle do coronavírus em canteiro de obras.
CORONAVÍRUS 
Os coronavírus são RNA (ácido ribonucleico) vírus que causam infecções respiratórias em uma diversidade de animais, inclusive aves e mamíferos. Destacam-se que 07 (sete) coronavírus são identificados como patógenos em seres humanos. Já os coronavírus sazonais estão ligados a síndromes gripais. Nas últimas duas décadas, dois desses foram responsáveis por provocar epidemias mais violentas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Assim, a epidemia da SARS que se manifestou em 2013 na região chinesa de Hong Kong, teve uma taxa de mortalidade de aproximadamente 10% e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) que surgiu em 2012 na Arábia Saudita, teve uma taxa de letalidade em torno de 30%. Ambas epidemias estão inclusas na lista de doenças prioritárias como objeto de estudo/pesquisa e desenvolvimento no que se refere a emergência (LANA et al.,2020). 
O novo coronavírus, designado SARS-CoV-2, ocasionador da doença COVID-19, foi descoberto na cidade de Wuhan, na China, em 31 de dezembro de 2019. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comprovou a circulação da COVID-19 em 09 de janeiro de 2020. No dia seguinte, foi publicada por pesquisadores chineses a primeira sequência do SAR-CoV-2. Em 16 de janeiro de 2020, notificou-se a primeira importação na extensão do Japão. Os EUA reportaram o primeiro caso importado em 21 de janeiro do mesmo ano. A OMS declarou em 30 de janeiro uma epidemia de Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC). Ao término de janeiro, inúmeros países já tinham comprovado importações de caso, sendo os EUA, Austrália e Canadá. No dia 07 de fevereiro, haviam 09 (nove) casos em investigação no Brasil, todavia, não foram registrados casos confirmados (LANA et al., 2020).
Como o vírus do SARS-CoV-2 é respiratório, a via de transmissão mais importante é o contato de pessoa-a-pessoa, por meio de aerossóis e gotículas expelidas na atmosfera pela boca e nariz de indivíduos que possuem o vírus nas vias aéreas, no simples ato de falar, tossir, espirrar e até mesmo respirar. É possível que o vírus possa ser transmitido através de outras secreções, como o leite materno e o sêmen, por exemplo, por conta da translocação sistêmica das mucosas presentes no organismo. Contudo, quanto a fezes humanas em pessoas contaminadas pelo COVID-19, mesmo apresentando resíduos virais, ainda não há evidência documentada que o vírus tenha a capacidade de resistir a passagem pelo trato gastrointestinal do ser humano. Salienta-se que é necessário realizar estudos mais profundos acerca da via de transmissão fecal-oral (FRANCO, LANDGRAF e PINTO, 2020).
O CENÁRIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM TEMPOS DE PANDEMIA
Entende-se por construção civil como várias atividades do setor de engenharia, que possui como objetivo transformar materiais e espaços conforme a necessidade do ser humano. A construção consiste na execução de projetos primeiramente elaborados, de acordo com normas em vigor e técnicas construtivas. Há diversas definições na literatura referente ao planejamento, todavia, após análise das inúmeras definições, observa-se que essas concentram-se para um mesmo ponto, levando em consideração o planejamento como um processo prévio de um futuro almejado (SILVA, 2011).
Salienta-se que a construção civil pode ser dividida em dois segmentos fundamentais: edificações e construção pesada. O primeiro segmento é constituído por obras industriais, sociais, habitacionais, comerciais e aquelas destinadas para atividades de lazer, culturais e esportivas. O segundo, construção pesada, engloba obras de infraestrutura em geral, especialmente aquelas direcionadas para o transporte, como construção de rodovias, portos, ferrovias, saneamento, irrigação/drenagem, transmissão e geração de energia e sistemas de comunicação (VIEIRA e NOGUEIRA, 2018).
O setor da construção civil contribui no desenvolvimento local, uma vez que proporciona alta oferta de empregos formais. Assim, é o ramo que mais emprega no Brasil, o que implica em uma melhoria de renda para os indivíduos mais carentes. Observa-se que nesse setor, há uma grande empregabilidade de homens que possuem baixo grau de instrução escolar, sendo os operários que trabalham em construção de edifícios, casas, rodovias, dentre outros (VIEIRA e NOGUEIRA, 2018).
A construção civil é um campo da economia do Brasil com significativa estabilidade. Durante a pandemia no ano de 2020, que teve como consequência um excesso de desemprego, criaram-se aproximadamente 17 mil vagas de empregos relativas a tal campo, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) (KAFRUNI, STRICKLAND e SENA, 2021).
Após um ano de reparação devido á pandemia do novo coronavírus, a construção civil deverá ter o maior crescimento para esse setor em 08 (oito) anos no ano de 2021. De acordo com destaques divulgados pela CBIC, há a possibilidade do PIB desse segmento avançar 4% para o ano seguinte, logo depois de retroceder 2,8% em 2020 (MÁXIMO, 2020). 
Caso seja confirmada essa estimativa, será o maior crescimento para a construção civil desde o ano de 2013, onde o setor teve um aumento de 4,5%. Assim, esse campo deverá ter um desempenho superior a outras economias. Conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), está previsto para crescer 3,2% no ano de 2021 no que se refere ao PIB brasileiro (MÁXIMO, 2020). 
O autor supramencionado ainda destacou que o custo de materiais e equipamentos englobado no Índice Nacional da Construção Civil (INCC), responsável por medir a inflação no setor, apresentou alta de 17,72% de janeiro a novembro. Sendo maior encarecimento desde o Plano Real. Os preços dos insumos, iniciaram a disparar no fim do primeiro semestre. De janeiro a maio, houve um aumento de custo com margem de 2,75%, todavia acumularam alta de 14,58% de junho a novembro.
No começo da pandemia do novo coronavírus, a CBIC fez uma previsão de redução de até 11% no PIB da construção civil. Porém, no final do ano obteve uma projeção de retrocesso de apenas 2,8%, além de criarem 138,40 mil postos de trabalho acumulados até o mês de outubro, o que representa um sucesso para esse setor. Salienta-se que esse segmento foi líder na criação de postos de trabalho do mês de janeiro a outubro em 11 (onze) estados e no Distrito Federal, sendo que em sete estados ficou em segundo lugar (LOPES, 2020).
A construção civil teve um crescimento de 5,6% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, determinado pelo pico das limitações sociais causadas pela pandemia. Mesmo com um aumento significativo, é importante destacar que as atividades deste setor ainda encontram-se 4,5% inferior ao último trimestre de 2019, acumulando um encolhimento de 36% referente ao topo analisado no primeiro trimestre de 2014 (LOPES, 2020).
Considerando a relevância da construção civil para a economia nacional e mundial, foi publicado em 07 de maio de 2020 na edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o Decreto Federal nº 10.342/2020, que estabeleceu esse setor como atividade fundamental durante a pandemia do COVID-19, assim, tais serviços puderam continuar sendo executados mesmo com restrições e/ou quarentena devido ao vírus (BRASIL, 2020).
IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 
Entende-se por segurança do trabalho como um conjunto de medidas preventivas utilizadas com a finalidade de reduzir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, além de proteger a integridade física e a capacidade operacional do trabalhador (COLTRE, 2011).
A principal regra da segurança do trabalho consiste na prevenção. Quando se analisa previamente os riscos ambientais, é possível prevenir contra os riscos que já são conhecidos, e, por meio da implantação de recursos técnicos, humanos e materiais, buscam organizar as atividades de maneira a reduzir os impactos deteriorantes a que o trabalhador e a empresa encontram-se expostos (NUNES, 2016).
A segurança e Medicina do Trabalho tem a preocupação com quaisquer ocorrências que possam interferir na resolução da continuidade em todo processo de produção, independente se obter resultados de perda material, lesão corporal e perda de tempo, ou até mesmo esses fatores juntos. Assim, prevenir acidentes só pode ser praticada da maneira correta a partir de um programa rígido, que englobam objetivos claros e que considerem desde um irrelevante incidente até graves repercussões causadas por acidentes (COLTRE, 2011).
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regulamentam a legislação básica acerca da Segurança e Saúde no Trabalho. A segurança do trabalho passou a fazer parte das normas constitucionais brasileiras no ano de 1946, junto a ratificação das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), desenvolvidas há muitos anos, no final da Primeira Guerra Mundial. É determinado na Constituição através do inciso XXII do artigo 7º, que minimizar os riscos específicos ao trabalho são alcançadosmediante as normas de saúde, segurança e higiene. Desse modo, a evolução da regulamentação brasileira pode ser demonstrada nos dias atuais, principalmente, por meio das Normas Regulamentadoras (NRs) de segurança do trabalho fundada pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 (NUNES, 2016).
Para assegurar a integridade física dos trabalhadores e executar uma obra dentro dos padrões de qualidade, tanto para os envolvidos durante esse processo quanto para o consumidor final, é necessário que seja primordial as condições de trabalho seguras e com boas práticas. A Norma Regulamentadora (NR) 18, estabelece a prática e estimula o trabalho de maneira segura e favorável aos operários, com isso, há maior segurança e valorização da prestação de serviço (RODRIGUES, 2016).
A NR 18 determina condições de saúde e segurança no trabalho da construção civil. Assim, como instrumento de gestão de segurança do trabalho nesse setor, foi elaborada em 1978 através da Portaria nº 3.214, que tal norma é característica da indústria da construção e impõe diretrizes de segurança do trabalho a serem utilizadas em cada fase da obra no canteiro de obras (SANT’ANNA JUNIOR, 2013).
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
A NR 18 consiste em um instrumento que recomenda ações eficazes para haver melhoria no meio ambiente e nas condições de trabalho na indústria da construção, tendo uma lista de medidas preventivas voltada às principais atividades e procedimentos realizados por esta, fazendo parte de um vasto conjunto de iniciativas, com o intuito de preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, onde deve estar vinculada com o que propõe as outras NRs (COLTRE, 2011).
As áreas de vivência e a exigência da inserção do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT) na construção, são as mudanças favoráveis mais evidentes oriundas da implementação da NR 18 (NUNES, 2016).
É importante destacar que a NR 18 passou por alterações, assim, a nova redação foi divulgada no DOU, sendo a Portaria nº 3.733, de 10 de fevereiro de 2020, que passa a vigorar um ano após a sua publicação. A norma agora apresenta um texto mais enxuto, desburocratizado, com normas claras e diretas, com fácil consulta e entendimento, sustentando e reforçando as entradas de segurança a serem seguidas nos processos de construção para a prevenção de acidades do trabalho (BRASIL, 2020). 
Salienta-se que atualmente, as NRs de Segurança no Trabalho possuem um total de 36 normas. Dentre estas, as de mais relevância na segurança no trabalho da construção civil, além da NR 18, são (RODRIGUES, 2016):
NR 6, onde obriga que as construtoras concedam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos empregados da obra, com a finalidade de preservar a integridade física e a saúde desses (RODRIGUES, 2016). Assim, os trabalhadores são obrigados a utilizarem tais equipamentos de maneira correta durante o período de trabalho, devendo ainda, serem responsáveis pela manutenção dos mesmos. A norma apresenta os tipos de EPIs que devem ser usados para prevenir inúmeros acidentes, como impactos nos ouvidos, cabeça, olhos, tronco, aparelho respiratório, membros superiores e inferiores (ATLAS, 2018);
NR 8, que determina os requisitos técnicos mínimos que devem estar inseridos nas construções, com o objetivo de garantir segurança e conforto aos trabalhadores (RODRIGUES, 2016). Pode-se citar como exemplo, os pisos, rampas, escadas e passagens nos ambientes de trabalho, onde devem ser usados materiais ou passar por processos antiderrapantes; pavimentos acima do solo devem dispor de proteção adequada para evitar quedas; pisos, paredes, estruturas e coberturas devem conter proteção contra intempéries, sendo resistentes ao fogo e isolamento térmico, ter condicionamento acústico e ser impermeável. Deve seguir as normas técnicas e leis municipais (ATLAS, 2018). 
NR 12, busca garantir que os equipamentos e máquinas da construção civil possam ser usados pelo empregado de forma segura, precavendo doenças do trabalho e acidentes por meio das medidas preventivas e referências técnicas. Tal norma exige informações íntegras acerca do ciclo de vida dos equipamentos, inclusive transporte, instalação, operação e manutenção (RODRIGUES, 2016). Por exemplo, quando as instalações elétricas dos equipamentos terem a possibilidades de estarem em contato direto ou indireto com agentes corrosivos ou água, devem ser projetadas de modo a assegurar sua blindagem, aterramento e isolamento, para prevenir acidentes. Os controles de acionamento também devem ser projetados e preservados conforme os seguintes aspectos: localização e distância, de maneira que seja manuseado de forma fácil e segura; instalação dos comandos mais usados em posições de melhor acesso ao trabalhador; sinalização, visibilidade e identificação que consiga ser diferentes entre si (ATLAS, 2018). Como a NR 12 é grande e possui muitos detalhes, também obriga a adotar medidas adequadas para os empregados que possuem certo tipo de deficiência, compreendendo aqueles envolvidos de forma direta ou indireta com o serviço prestado (RODRIGUES, 2016);
NR 35, determina os requisitos relativos a segurança para as atividades desenvolvidas em altura, isto é, aquelas realizadas acima de 02 (dois) metros do nível do solo, podendo haver risco de queda. Assim, tal norma objetiva prevenir quedas e acidentes, através de: treinamento e capacitação; EPIs, sistemas de ancoragem e acessórios; equipe de emergência; planejamento para organizar e executar atividades. No que tange ao planejamento de atividades, devem ser empregadas as seguintes medidas: evitar executar serviços em altura, caso haja certo meio alternativo; eliminar o risco de haver quedas; e, minimizar as consequências da queda, caso o risco de queda não for capaz de ser eliminado (ATLAS, 2018). 
SEGURANÇA DO TRABALHO PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DO CORONAVÍRUS EM CANTEIRO DE OBRAS
Ressalta-se que com a manifestação do novo coronavírus, a população enfrenta um grande obstáculo sanitário no século XXI. A doença COVID-19 foi especificada inicialmente na China no final de 2019, sendo rapidamente disseminada em diversas partes do mundo. Assim, a OMS declarou a pandemia em março de 2020 (CRISPIM et al., 2021).
No Brasil, após a comprovação oficial do primeiro caso do novo coronavírus em 26 de fevereiro, foram desenvolvidas estratégias para controlar o avanço dessa doença. Todavia, por conta de um cenário político instável, onde houve pouca adesão ao isolamento social em certas regiões, falta de planejamento nacional incorporado aos estados e municípios, sem contar as desigualdades sociais que já existiam, as possibilidades de controle e prevenção dessa não foram promissoras (CRISPIM et al., 2021).
Diversas iniciativas ainda estão sendo tomadas no Brasil, pelas três esferas do governo (federal, estadual e municipal) juntamente com a população, através da comunidade de saúde, sindicatos de trabalhadores, entidades sociais e empresários, para enfrentar a pandemia. A construção é fundamental, visto que sem ela as residências não são concluídas e entregues, leitos hospitalares não são providenciados e reforma e/ou adaptação de estruturas públicas para haver uma melhora no funcionamento dos serviços primordiais não acontecem. Com isso, paralisar as obras pode acarretar em prejuízos irreparáveis para a sociedade e, até mesmo para os empregadores, por conta da deterioração irreversível de equipamentos, máquinas e bens (CBIC, 2020).
Diante disto, as atividades de construção não podem parar, todavia, resta às empresas e aos trabalhadores serem conscientes de seu papel para evitar disseminar o vírus, empreendendo esforços nas medidas de prevenção. Assim, a CBIC mostra as recomendações a serem adotadas no canteiro de obras, durante a execução da construção, baseada nas especificidades do setor, bem como no direcionamento das autoridades de saúde pública (CBIC, 2020): 
1. A empresa deve fornecer lavatórios com água e sabão, além de sanitizantes, como álcool 70% e orientar os trabalhadoressobre o seu uso, quando do início dos trabalhos e pelo menos a cada duas horas; 
2. Os ambientes de trabalho, que não estão a céu aberto, devem ser mantidos ventilados, com a retirada de barreiras que impeçam a circulação de ar, observadas as normas de segurança; 
3. Todas as ferramentas, máquinas e equipamentos de uso manual devem ser constantemente limpos e higienizados, antes e durante a execução dos trabalhos; 
4. Grandes superfícies devem ser esterilizadas com desinfetante contendo cloro ativo ou solução de hipoclorito a 1% ao menos duas vezes ao dia; 
5. Deve ser restrita a entrada e circulação de pessoas que não trabalham no canteiro, especialmente fornecedores de materiais, que, se necessária a entrada, deve ser restrita a ambiente de descarga e deve durar o menor tempo possível. A essas pessoas deve ser oferecida higienização das mãos, com água e sabão ou álcool 70%, antes de adentrarem à área de descarga; 
6. Devem ser tomadas medidas de distanciamento social em ambientes fechados do canteiro de obras, como escritórios e refeitórios, de forma a preservar a separação mínima de dois metros entre as pessoas, nos postos de trabalho ou local de refeições. 
7. Avaliar a possibilidade de definição de turnos diferenciados de trabalho para evitar o congestionamento de ambientes fechados, bem como para evitar a aglomeração de pessoas no transporte coletivo; 8. Adotar, temporária e emergencialmente, o ponto por exceção, conforme previsão legal, para evitar aglomeração de pessoas em volta dos equipamentos de marcação, em horários de início e final de expediente; 
9. O afastamento imediato, com encaminhamento ao serviço médico, de pessoas que apresentem sintomas relacionados ao COVID-19, quais sejam: febre e tosse (seca ou secretiva) persistentes, coriza e falta de ar; 
10. Adoção de medidas alternativas para as pessoas que não trabalham nas atividades de produção, como o home office; 
11. O afastamento imediato de pessoas consideradas no grupo de risco da doença, quais sejam: pessoas idosas (com mais de 60 anos) ou que apresentem condições de saúde pré-existentes, como diabetes, hipertensão ou com problemas respiratórios; 
12. A orientação e arguição permanente dos trabalhadores sobre as suas condições de saúde, bem como de seus familiares, para identificação rápida dos casos que podem levar às condições de isolamento previstas na legislação; 
13. Os trabalhadores devem ser constantemente orientados quanto às ações de higiene necessárias quando da utilização do transporte público; 
14. Como forma de observar as particularidades regionais, manter diálogo permanente entre as empresas, entidades empresariais e de trabalhadores e o poder público local na busca das melhores soluções para atenuar os transtornos; 
15. Procurar o SECONCI - Serviço Social da Construção - de sua localidade, onde houver, para a busca de informações acerca dos efeitos da pandemia, bem como de maiores dados sobre os procedimentos de saúde que devem ser adotados nos canteiros de obra; 
16. Os SECONCI colocarão, observada sua capacidade financeira e operacional, os seus profissionais de saúde à disposição das autoridades locais, para colaborar com o que for necessário no auxílio para o combate à disseminação do vírus e na manutenção dos ambientes de trabalho salubres (CBIC, 2020, p. 3, 4 e 5). 
Deste modo, além das recomendações acima elencadas, deve-se ainda fazer o uso de máscaras e luvas, respeitando todas as regras da utilização de EPIs para evitar acidentes. É importante que a empresa siga o que é designado pelo Ministério da Saúde, como a orientação de como usar esses equipamentos, repassando aos empregados. Dependendo da evolução dos estudos e da doença, pode ser que as recomendações sejam modificadas. A empresa tem a obrigação de repassar informações corretas e atualizadas por meio de fontes seguras (CBIC, 2020).
Não obstante, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) divulgou o Ofício Circular SEI nº 1247/2020/ME de 14 de abril de 2020, com orientações gerais e setoriais que norteiam algumas observações de medidas para trabalhadores e empregadores adotarem, de forma a prevenir a redução do contágio do COVID-19 e preservar, além do emprego e atividade econômica, sobretudo a vida (BRASIL, 2020). 
Conforme expresso pela SIT e a CBIC, apresenta-se as principais recomendações a serem adotadas dentro do canteiro de obras, levando em consideração as especificidades da área e direcionamento do Ministério da Saúde (BRASIL, 2020).
A SIT evidencia que as medidas de prevenção a serem adotadas por conta do COVID-19, não quer dizer qualquer revogação ou autorização para descumprir as NRs relativas à segurança e saúde no trabalho, sendo imperioso que os empregados e empresários permaneçam com foco na prevenção, com a finalidade de evitar ocorrer doenças ocupacionais e acidentes de trabalho (BRASIL, 2020).
CONCLUSÃO
O presente trabalho objetivou demonstrar a importância da Segurança do Trabalho no canteiro de obras em tempo de pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, foi possível observar, a partir da literatura pesquisada, que a construção civil é um dos principais setores que movimentam a economia mundial, portanto, sua paralisação torna-se inviável em época de tal pandemia.
Foi possível perceber que a Segurança do Trabalho é essencial para garantir a integridade física e mental dos trabalhadores, visando buscar medidas que proporcionem meios que asseguram a segurança do trabalhador, o que não difere no período da pandemia. 
Nota-se que é evidente a procura por meios de minimização da propagação do novo coronavírus em canteiro de obras, como forma de redução de risco, salientando a necessidade de conscientização desses trabalhadores em sua responsabilidade de cumprir todas as medidas de segurança, e ainda, as normas anteriormente já estabelecidas de segurança do trabalho, garantindo assim, a saúde e bem-estar de todos os envolvidos. 
Conclui-se que diante deste cenário tão imprevisível e repleto de incertezas, mesmo com as medidas que buscam reduzir os riscos ocasionados pelo vírus, como a utilização de máscaras e álcool em gel, não tem como assegurar totalmente a saúde dos trabalhadores, sendo, portanto, fundamental o papel da Segurança do Trabalho e fiscalizações mais rígidas. 
REFERÊNCIAS 
ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho. 81. ed. São Paulo: Atlas S. A., 2018. (Manuais de Legislação Atlas).
BRASIL. Decreto Nº 10.342, de 7 de maio de 2020. Altera o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
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Sobre os Autores 
Ana Gabriela Fernandes da Silva: Engenheira Civil pela UniRedentor (2017). Aluna do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pelo Centro Universitário Redentor. E-mail: gabifernnandes@hotmail.com
André Raeli Gomes: Engenheiro Civil com ênfase em Produção pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (1999), Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Redentor (2009), MBA em Gestão Acadêmica e Universitária pela Georgetown University (2012), Pós-Graduação em Gestão Educacional em IES pela Faculdade Redentor (2014), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2003) e Doutorado em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2018). E-mail: araele@gmail.com 
ISSN: XXXX-XXXX – REINPEC – Páginas 10 de 13 
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Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico. ISSN: 2446
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Nº X, volume X, artigo nº X, 
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D.O.I: http://dx.doi.org/10.20951/2446
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SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
EM TEMPOS DO NOVO CORONAVÍRUS
 
Ana Gabriela Fernandes da Silva
1
 
Alun
a
 
do curso de Pós
-
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
André Raeli Gomes
2
 
Coordenador do curso de Pós
-
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
 
Resumo 
 
 
O setor da Construção Civil é um dos que mais impulsionam e influenciam a economia 
mundial, 
tendo em vista que é
 
um ramo que emprega uma considerável parcela da populaç
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Todavia, c
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se inviável a interrupção total dos serviços nesse 
setor
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primando pela segurança e saúde do trabalhador, meios de prevenção devem ser tomados
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Assim
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apresentando
 
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acerca do coronavírus,o 
cenário da construção civil nos tempos atuais, a importância da 
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se atuar de maneira preventiva visando o 
controle do 
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-
se que todas as recomendações das entidades de 
saúde devem ser seguidas rigorosamente, bem como 
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de higienização e mudança nas rotinas em cada canteiro 
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como forma de prevenção 
ao novo coronavírus,
 
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o, portanto, de uma maior fisca
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competentes. 
 
 
 
Palavras
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chave:
 
Canteiro de Obras.
 
Construção Civil
. 
Coronavírus.
 
Segurança do Trabalho
.
 
 
 
 
 
 
1
 
Centro Universitário Redentor, Pós
-
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna
-
RJ, 
gabifernnandes@hotmail.com
 
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Centro Universitário Redentor, Pós
-
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna
-
RJ, araele@gmail.com 
 
 
 
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Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico. ISSN: 2446-6778 
Nº X, volume X, artigo nº X, ---/--- 2019 
D.O.I: http://dx.doi.org/10.20951/2446-6778/vXnXaX 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
EM TEMPOS DO NOVO CORONAVÍRUS 
Ana Gabriela Fernandes da Silva
1
 
Aluna do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
André Raeli Gomes
2
 
Coordenador do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
Resumo 
 
O setor da Construção Civil é um dos que mais impulsionam e influenciam a economia 
mundial, tendo em vista que é um ramo que emprega uma considerável parcela da população. 
Todavia, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, aponta um cenário repleto de 
incertezas, que vem acarretando desemprego em massa, e assim, paralisação de serviços e 
obras. Diante deste cenário, torna-se inviável a interrupção total dos serviços nesse setor, e 
primando pela segurança e saúde do trabalhador, meios de prevenção devem ser tomados. 
Assim, este estudo objetiva demonstrar a relevância da Segurança do Trabalho no setor da 
construção civil em época de pandemia, através do desenvolvimento deste estudo realizou-
se um levantamento bibliográfico de cunho qualitativo, apresentando os aspectos gerais 
acerca do coronavírus, o cenário da construção civil nos tempos atuais, a importância da 
segurança do trabalho e como deve-se atuar de maneira preventiva visando o controle do 
coronavírus em canteiro de obras. Conclui-se que todas as recomendações das entidades de 
saúde devem ser seguidas rigorosamente, bem como a elaboração de uma série de medidas 
de higienização e mudança nas rotinas em cada canteiro de obras, como forma de prevenção 
ao novo coronavírus, necessitando, portanto, de uma maior fiscalização dos órgãos 
competentes. 
 
 
Palavras-chave: Canteiro de Obras. Construção Civil. Coronavírus. Segurança do Trabalho. 
 
 
1
 Centro Universitário Redentor, Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna-
RJ, gabifernnandes@hotmail.com 
2
 Centro Universitário Redentor, Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Itaperuna-
RJ, araele@gmail.com

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