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fatores que afetam o desenvolvimento do sist. nervoso: Seu uso é indispensável na gravidez; Pode ser absorvido na forma natural como vitamina (B9) em alimentos ou de forma sintética por meio da suplementação; Tem importante papel na formação do DNA e RNA, além de interferir no processo de multiplicação celular; Ele interfere no aumento dos eritrócitos, alargamento do útero e no crescimento da placenta e do feto; Atua na síntese de purinas e pirimidinas além da síntese de proteínas; Gestantes tendem a desenvolver deficiência de folato, provavelmente pelo aumento da necessidade desse nutriente para o crescimento fetal e tecidos maternos; Outros fatores podem interferir, como: dieta inadequada, hemodiluição fisiológica gestacional e influências hormonais; Deficiência de folato, pode causar defeitos no tubo neural geralmente entre a 3ª e 5ª semana – estrutura que dará origem ao encéfalo e medula espinhal; As principais más formações são: ANENCEFALIA (ausência total ou parcial da calota craniana e do cérebro – problema no fechamento do neuroporo rostral -> os RN não sobrevivem) e ESPINHA BÍFIDA (defeito que ocorre durante o fechamento do neuroporo caudal -> pode haver correção cirúrgica, porém as lesões nervosas são permanentes e pode haver paralisia dos membros inferiores, bexiga e intestino), porém pode desenvolver também ENCEFALOCELE (o cérebro e as meninges herniam-se através de um defeiro na calota craniana); Além disso, a pessoa pode cursar com dificuldade de aprendizado; A espinha bífida pode ser: OCULTA (defeito é recoberto com pele); MENINGOCELE (apresenta protusão cística podendo conter meninges anormais e LCR); MIELOMENINGOCELE (cisto contendo elementos da medula espinhal e/ou nervos). Agente teratogênico que pode causar alterações físicas e comportamentais no feto e no RN; A consequência mais grave do álcool para o feto é conhecida como Síndrome Alcoólica Fetal (SAF); Pode causar consequências no início da gestação – induzindo a produção de radicais livres de O2 capazes de danificar proteínas celulares e lipídios, aumentando a apoptose e dificultando a organogênese; Ou inibir a síntese de ác. retinóico que auxilia no desenvolvimento da medula espinhal e desenvolvimento de células da crista neural e trazer riscos logo no 1 trimestre; Crianças nascidas de mãe que consumiram álcool na gravidez, podem apresentar: restrição do crescimento, microcefalia, retardo mental, lábio superior fino, dentre outras; O excesso de álcool pode acarretar desenvolvimento precoce dos neurônios serotoninérgicos da linha média, interrompem a regulação da sinalização para outras estruturas do SNC e alteram fatores trópicos que regulam a neurogênese; O álcool chega no feto através da circulação placentária, porém ele não tem capacidade de metabolizar o álcool devido à ausência da enzima ADH (álcool desidrogenase) e a concentração permanecerá alta até que os valores plasmáticos maternos sejam menores que os fetais, para que a difusão ocorra no sentido inverso e elimine o álcool fetal; A exposição pós-natal também é prejudicial, pois com a amamentação cerca de 2% da concentração plasmática pode ser transferida para o bebê o que pode provocar alterações no sono, déficit de atenção, efeitos no desenvolvimento neuropsicomotor etc. Agente teratogênico que dentre os componentes, os mais preocupantes são nicotina e monóxido de carbono; São fetotóxicos, vasoativos e diminuem os níveis de O2; A nicotina promove liberação de adrenalina, o que diminui o fluxo sanguíneo uterino e aumenta a resistência vascular placentária; Algumas malformações estão associadas ao efeito vasoativo do tabaco, como: onfalocele, hidrocefalia, microcefalia, sofrimento fetal, restrição do crescimento, anomalias das mãos, fenda labial e palatina etc.; É de categoria X na gestação e U na lactação, portanto proibido durante esses períodos; A nicotina pode ainda interagir com receptores nicotínicos colinérgicos de forma inadequada e interferir na sinaptogênese e neurogênese. Causado pelo vírus da família Herpesviridae; Pode permanecer latente no indivíduo e ser reativado periodicamente; A infecção fetal ocorre por transmissão direta com a infecção materna e aumenta a probabilidade a medida do avanço da idade gestacional; Primeiramente ocorre a infecção da placenta, quando o vírus se replica e depois a transmissão do vírus para o concepto; No feto, o citomegalovírus se instala no epitélio tubular renal; O vírus pode causar lesão dos órgãos fetais em qualquer idade, mesmo após a organogênese, porém o acometimento é maior quando a infecção ocorre no 1 trimestre; Restrição do crescimento, microcefalia, hepatoesplenomegalia, icterícia, alterações do SNC (necrose do tecido cerebral, especialmente nas paredes dos ventrículos laterais, calcificações); Causada pelo vírus RNA-togavírus que contém em seu envelope as glicoproteínas E1 e E2 que induzem a resposta humoral do organismo do hospedeiro; Por mais que o vírus seja altamente teratogênico, em alguns casos pode não haver infecção congênita; A tríade da infecção congênita é: catarata congênita, alterações cardíacas e surdez congênita; Pode causar também, meningoencefalites, microcefalia, icterícia obstrutiva, acrânia, hidrocefalia; Quanto menor a idade gestacional, maior o risco da infecção congênita e sequelas graves. Causada pelo parasita intracelular obrigatório Toxoplasma gondii; Desencadeia lesões inflamatórias e lesões neurológicas permanentes; Quanto maior a idade gestacional, maior o risco de infecção fetal; A tríade da toxoplasmose congênita é: coriorretinite, calcificações intracranianas e hidrocefalia; Pode haver também dilatações ventriculares, microcefalia, hepatoesplenomegalia, restrição do crescimento fetal, ascite etc.; Pode causar um infarto do córtex cerebral, obstrução dos forames e aqueduto de Sylvius, epilepsia, convulsões etc.; Vírus varicela-zóster com DNA de dupla fita, pertencente à família Herpesviridae; A transmissão transplacentária ocorre no momento de viremia materna, ocorre na maioria dos casos no 2º trimestre; Pode causar defeitos neurológicos como encefalite, atrofia cortical, hidrocefalia, retardo mental, paralisia do VII e VIII par craniano etc.; Causada pela bactéria Treponema pallidium e é uma IST; Pode haver transmissão vertical em todas as fases clínicas de manifestação; A maioria dos casos de transmissão, ocorre por sífilis primária e secundária não tratadas; A infecção congênita pode ser precoce (manifestações clínicas até os 2 anos) ou tardia (manifestações após 2 anos, geralmente aparecendo na adolescência); Pode causar, alterações da função hepática, anemia, lesões pulmonares, surdez decorrente de lesões no VIII par craniano, problemas ósseos, cegueira, meningite, convulsões e deficiência mental. Causada pelo vírus zika (ZIKV) – arbovírus da família Flaviridae, sendo o principal vetor de transmissão o mosquito Aedes aegypti; Em 2015-2016 ocorreu uma epidemia de Zika o que também desencadeou inúmeros casos de microcefalia nos filhos das mães infectadas; Para confirmar a teratogenicidade do Zika, foram empregados os 7 critérios de Shepard: Exposição ao agente em momento crítico do desenvolvimento embrionário; Achados consistentes em ao menos 2 estudos robustos; Ocorrência de defeito ou síndrome específica após a exposição ao teratógeno; Exposição ambiental rara associada a efeitos raros; Teratogenicidade em modelos animais; Sentido biológico para a associação, que se assemelha a outras infecções congênitas; Não é aplicado em vírus, referente a atuação inalterada de fármacos; As manifestações por zika sãomais graves quando ocorrem no 1º e 2º trimestre de gestação; Baixo peso ao nascer, polidrâmnio, anasarca, microcefalia, perda auditiva, malformações oculares, convulsões, alterações nos giros cerebrais, calcificações; A patogenia do zika ainda não é totalmente conhecido, porém infecta a placenta e posteriormente tende a migrar para o cérebro fetal com preferência pelas células neuroprogenitoras -> interferindo na migração, proliferação e diferenciação; Vírus da imunodeficiência humana; Pode ocasionar problemas na medula e no cérebro; Problemas de comportamento, desenvolvimento, cognição etc. Inibidores da enzima conversora de angiotensina – geralmente presentes para tratamento de HÁ; Quando utilizados no 2º e 3º trimestre parecem apresentar função hipotensor e de hiperperfusão do feto; Pode causar má formação e de desenvolvimento do crânio; Quando afeta logo no 1º trimestre, podem causar problemas bem marcantes no sistema cardiovascular e SNC, como espinha bífida, microftalmia; São de categoria D na gestação e S na lactação, portanto desaconselhados. Atravessa a placenta e pode se acumular nos tecidos fetais; As principais complicações ocorrem quando dose de exposição é muito alta; Pode causar malformações, atraso do desenvolvimento etc.
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