Buscar

Talassemias, Leucocitose e Leucopenia - Tut 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 1 
 
Tutorial 5 – mod XI - Os pequenos doces de Tália
Talassemias + Leucocitose e Leucopenia 
Talassemias 
- São desordens hereditárias que tem como característica 
básica a deficiência na síntese de cadeias da globina. 
- Seu aspecto clínico é muito variável, podendo ter 
pacientes assintomáticos até a anemia grave, 
deformidade dos ossos, destruição acelerada de células 
vermelhas. 
- A talassemia só foi descrita no ano de 1925 por um 
pediatra- Thomas Cooley- que descreveu a síndrome em 
uma criança descendente de italianos caracterizada por 
anemia profunda, esplenomegalia e deformidades 
ósseas. 
- Há vários tipos de talassemias, e elas são classificadas 
de acordo com o tipo de cadeia globínica deficiente. Os 
tipos mais conhecidos são as beta-talassemias 
(deficiência na produção de cadeia beta) e as alfa-
talassemias (deficiência na produção de cadeia alfa). 
1. BETA TALASSEMIAS 
- É a forma mais comum de talassemia no Brasil, sendo a 
terceira hemoglobinopatia registrada (menos prevalente 
que a anemia falciforme e a hemoglobinopatia SC). 
- A prevalência do gene para a talassemia é bem mais 
elevado nas áreas de colonização italiana (São Paulo e 
Região Sul), sendo que a maioria dos pacientes é 
descendente de italianos ou gregos e também negros. 
- Mundialmente a doença se concentra nos países do 
Mediterrâneo. Mas também é identificada com certa 
frequência no norte da África, em países do Oriente Médio 
e nos negros dos EUA. 
Mecanismos Genéticos 
- Caracterizada por uma diminuição ou ausência na 
síntese de cadeias β globina, sendo que o gene 
defeituoso apresenta mutações pontuais (trocas, 
acréscimos ou deleção de nucleotídeos). 
 
- O gene de cadeia β globina está presente no 
cromossomo 11, juntamente com os genes das outras 
cadeias globínicas não alfa (cadeia delta ou dulta e cadeia 
gama). Sendo assim, os genes dessas 3 cadeias 
compõem o chamado halótipo (grupo de genes) do 
grupamento β-globínico. 
- Sendo assim, existem pelo menos 200 tipos de 
mutações envolvidas com as β-talassemias, embora 
apenas cerca de 20 delas correspondam por 80% de 
todos os casos mundiais. 
- Essas diversas mutações só podem determinar 2 tipos 
de genes beta-talassemicos: 
(1) Gene β0: gene totalmente incapaz de produzir 
cadeia beta 
(2) Gene β+: gene que produz uma pequena 
quantidade de cadeia beta, mas inferior ao 
normal. 
- Dentro do gene β+ existe subtipos que podem produzir 
mais ou menos cadeia beta (ex: o gene β+ do 
mediterrâneo produz menos cadeia beta do que o gene 
β+ africano. 
- Sendo assim, os possíveis genótipos que podem ser 
encontrados são: β/ β (indivíduo normal), β0/ β0 e β+/ β+ 
(indivíduos homozigotos), β0/ β+ (duplo heterozigoto), β0/ 
β e β+/ β (heterozigotos). 
- Indivíduos homozigotos não produzem nenhuma cadeia 
β. Já indivíduos duplo heterozigotos apresentam 
pouquíssima síntese de cadeia = Beta talassemia major 
(Anemia de Cooley). 
- Indivíduos heterozigotos = Beta talassemia minor (Ou 
Traço Talassêmico). 
- Indivíduos homozigotos para o gene β+/ β+ = Beta 
talassemia intermediária 
FISIOPATOLOGIA 
- Quando a cadeia beta está em quantidade reduzida ou 
ausente nas células eritróides, há diminuição na síntese 
de hemoglobina → Microcitose, Hipocromia e anemia. 
- Além disso, sobram cadeias alfa no citoplasma do 
eritroblasto, sendo que as cadeias alfas livres são 
completamente insolúveis e precipitam no citoplasma da 
célula, promovendo efeito tóxico e destruindo eritroblastos 
na própria medula óssea gerando a Eritropoese ineficaz. 
Sendo assim, na beta talassemia, poucos eritroblastos 
escapam e os que sobrevivem formam hemácias 
deformadas, microcíticas e hipocrômicas, promovendo a 
suscetibilidade à hemólise extravascular. 
- Além disso, a eritropoese ineficaz acaba estimulando a 
absorção intestinal de ferro, ocorrendo uma 
hemossiderose (ou hemocromatose) mesmo na ausência 
da reposição de sulfato ferroso → Hemocromatose 
eritropoiética. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Beta Talassemia Major (Anemia de Cooley) 
- O tipo mais clássico irá se desenvolver no gene 
homozigoto para β0/ β0. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 2 
 
- A ausência completa, ou quase completa de cadeia beta 
permite a formação de uma quantidade expressiva de 
complexos de cadeia alfa que irão provocar destruição 
celular. Como dos 3-6 meses de idade a Hb predominante 
é a HbF (cadeias alfa e gama), não há necessidade de 
cadeia beta, por isso não há como “sobrar” cadeias alfa, 
uma vez que elas se ligam a cadeia gama. 
- A partir dessa idade então, a doença se instala com 
anemia grave (Hb entre 3 e 5 g/dL), icterícia, proliferação 
e maturação de eritroblastos (hiperplasia eritroide) 
gerando grande expansão da medula óssea levando a 
clássicas deformidades ósseas talassêmicas 
(proeminência dos maxilares, aumento da arcada dentária 
superior com separação dos dentes e bossa frontal). 
- Além disso, como as reservas metabólicas são utilizadas 
para suprir a necessidade de eritrócitos, há outras funções 
afetadas como o crescimento e a resposta imunológica. 
- Sendo assim, há baixa estatura, disfunção endócrina, 
inanição e suscetibilidade a infecções. 
- Pela hemólise crônica as crianças talassemicas estão 
sujeitas à litíase biliar e a úlceras maleolares. 
- Hepatoesplenomegalia: achado clássico. Isso ocorre 
devido a hemólise crônica e pela eritropoese 
extramedular- baço e fígado retomam sua produção de 
células eritroides como na vida fetal. 
- No RX de crânio é possível observar expansão medular 
com alargamento de cortical, alargamento da cavidade 
medular e o “hair-on-end”. 
- A hipertransfusão regular podem evitar as complicações 
acimas citadas, permitindo o crescimento adequado e 
uma qualidade de vida razoável por pelo menos até os 15-
17 anos de vida. Além disso há importante redução da 
hepaesplenomegalia. 
- Porém essas hemotransfusões regulares durante longos 
anos leva a uma sobrecarga de ferro no organismo 
gerando 🡪 Hemocromatose Transfusional. 
- Na hemocromatose transfusional há ferro acumulado em 
diversos órgãos e tecidos, provocando morte celular e 
disfunções orgânicas. Os órgãos mais afetados são: 
fígado, sistema endócrino, pele e coração. Isso promove 
agravamento da hepatoesplenomegalia, coloração 
bronzeada da pele, hipogonadismo, DM e ICC refratária. 
O paciente geralmente vem a falecer devido a arritmias 
cardíacas ou falência cardíaca. O início precoce com o 
quelante de ferro aumenta a sobrevida. 
Laboratório 
 - Anemia grave: microcítica e hipocrômica. 
- VCM entre 48-72 fL 
- CHCM entre 23-32 g/dL 
- Hiperbilirrubinemia indireta, aumento do LDH, redução 
da haptoglobina, reticulose (o nível é menor que o 
esperado para a gravidade da anemia, pois a anemia não 
é exclusivamente pela hemólise. Fica em torno de 5-15%). 
- Pode haver leucocitose neutrofílica 
- Plaquetometria normal. 
- Esfregaço de sangue periférico: ansiopoiquilocitose 
(predomínio de hemácias microcíticas e hipocrômicas), 
hemácias em alvo, presença de eritroblastos. 
- Hiperplasia eritroide exagerada. 
- Fragilidade osmótica das hemácias em alvo está 
reduzida (diferente do que ocorre em microesferócitos). 
Beta-Talassemia Intermedia 
- É um quadro mais brando do que a descrito na anemia 
de Cooley, pois esses pacientes possuem produção 
intermediária de cadeia beta normal pelos seus 
eritroblastos. 
- O diagnóstico geralmente é feito na adolescência ou na 
fase adulta. 
- São indivíduos cronicamente anêmicos, com a 
Hemoglobina entre 6-9g/dL (hematrócrito entre 18-27%), 
deformidades ósseas características, icterícia 
intermitente, episódios de litíase biliar recorrente e 
esplenomegalia moderada. 
- O crescimento e o desenvolvimento e fertilidade estão 
preservados. 
- A absorção de ferro intestinal também está aumentada 
(3-10 vezes em relaçãoao normal), pelo mecanismo 
semelhante a talassemia major. 
- Os sinais e sintomas da hematomacrose só aparecem 
após os 30 anos, e não ser quando é prescrito sulfato 
ferroso indevidamente ao paciente. 
- Os achados laboratoriais são idênticos aos da beta 
talassemia major, o que muda é apenas o grau de anemia. 
Beta- Talassemia Minor 
- É uma entidade benigna, sendo que o médico não deve 
confundir a talassemia minor com a anemia ferropriva. 
- Esses pacientes são heterozigotos. (β+/ β ou β0/ β). 
- Também é chamada de Traço talassêmico. 
- Se 2 indivíduos com talassemia minor tiverem prole, a 
chance de terem um filho com beta-talassemia major ou 
intermediaria é de 25%. 25% de nascer normal e 50% de 
nascer com traço talassêmico. 
- O risco maior de talassemia major na prole está presente 
se ambos os pais forem heterozigotos para β0 ou um dos 
pais tiverem 0 e o outros β+. 
- O risco de talassemia intermediaria ocorre quando 
ambos os pais têm o gene β+. 
- Esses pacientes são assintomáticos, sendo que 
geralmente a anemia é descoberta acidentalmente pelo 
hemograma. Alguns pacientes apresentam anemia 
discreta (Hb menor que 10g/dL) e outros nem apresentam 
anemia. Há microcitose (VCM entre 60-75 fL), Hipocromia 
(HCM entre 18-21 pg), sangue periférico com hemácias 
em alvo e pontilhado basófilo. 
DIAGNÓSTICO 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 3 
 
- Exame padrão ouro: Eletroforese de Hb. 
- Esse exame irá quantificar proporcionalmente os tipos 
de Hb presentes no homogeneizado de hemácias do 
paciente. 
- Nas beta-talassemias haverá pouca ou ausência de 
cadeia β, e as outras cadeias não-alfa se sobressaem 
(HbA2 e HbF). O percentual de HbF depende do grau de 
deficiência da cadeia beta. 
TRATAMENTO 
Beta- Talassemia major 
- Hipertransfusão crônica: controle da hiperplasia eritroide 
desordenada, pois retira o estímulo anêmico à produção 
renal de eritropoietina, além de fornecer hemácias com Hb 
normal (HbA). Essa hipertransfusão é feita a cada 3-5 
semanas com o objetivo de manter a Hb média em 12g/dL 
e mínima de 10g/dL. 
- Para reduzir reações hemolíticas e febris, o Banco de 
Sangue dá preferência a sangue de doadores da mesma 
etnia. 
- Com esse tratamento as crianças recuperam o 
crescimento e o desenvolvimento, reduzindo riscos de 
infecções e controlando a hepatoesplenomegalia, ou seja, 
há uma melhora na qualidade de vida e redução da 
mortalidade, sendo que elas chegam a adolescência sem 
muitos problemas. 
- Reposição de ácido fólico. 
- Esplenectomia: recomendável sempre que as 
necessidades de transfusão aumentam em mais de 50% 
em um ano ou ultrapassem 200 ml/Kg/ano. Toda criança 
candidata deve ter no mínimo 6-7 anos de idade e deve 
estar imunizada para pneumococo, hemófilo tipo B e 
meningococo. 
- Efeitos adversos da terapia: hemocromatose. Por isso 
faz-se terapia com quelante de ferro- Deferoxamina. 
- A avaliação da sobrecarga de ferro deve ser feita através 
da dosagem de ferritina, ferro sérico e saturação da 
transferrina e quantificação do ferro no parênquima 
hepático. A ferritina sérica deve permanecer abaixo de 
1000 ng/mL. 
- Transplante alogênico de medula (células tronco): Tem 
excelentes resultados na beta talassemia major quando 
indicada corretamente. Indicada em crianças sem 
hepatomegalia e fibrose periportal ou com hepatomegalia 
OU fibrose periportal, quando há os dois juntos não é 
indicado. 
Beta-Talassemia Intermedia e Menor 
- Beta-talassemia intermedia: acompanhamento para uma 
avaliação contínua de sintomas, funções cardíacas e 
sobrecarga de ferro. Reposição de ácido fólico. 
- Muitos pacientes, mesmo sem hemotransfusão podem 
evoluir para hemocromatose (por aumento da absorção 
intestinal de ferro). 
- Hemotransfusão indicada para sintomáticos e para 
aquele com sinais de ICC. A terapia com quelante de ferro 
está indicada quando a ferritina sérica é superior a 1000 
ng/mL. 
- A talassemia minor não exige tratamento, somente 
orientação e aconselhamento genético com estudo de 
mutações do casal para não ter filhos com talassemia. 
2 – ALFA-TALASSEMIAS 
- Tem elevada prevalência em localidades no sudeste da 
Ásia e na China, e em populações originárias da costa 
oeste da África (negros). Também pode ser encontrada 
esporadicamente na Índia, Oriente Médio, Itália, Grécia e 
Nordeste da Europa. No restante dos países essa doença 
é rara e é encontrada principalmente em descendentes 
asiáticos. 
Mecanismos Genéticos 
- Há 4 genes da cadeia alfa de globina dispostos no 
cromossomo 16, sendo 2 alelos em cada braço 
cromossomial. 
- Enquanto que as beta talassemias ocorrem por 
mutações pontuais qualitativas nos genes beta as alfa-
talassemias decorrem de deleção de um ou mais genes 
alfa. 
- O genótipo normal dos 4 genes alfa é apresentado por: 
αα/αα. 
- Sendo assim há apresentação de varrições desse 
genótipo: 
 (1) αα/α_ (1 deleção): carreador assintomático 
(2) αα/__ (2 deleções): alfa-talassemia minor 
heterozigótica 
(3) α_/α_ (2 deleções): alfa-talassemia minor 
homozigótica 
 (4) α_/__ (3 deleções): Doença de HbH 
 (5) __/__ (4 deleções): Hidropsia fetal. 
 
- O alelo α0 (representado por __) é uma deleção de 
ambos os genes alfa do braço cromossomial. 
- O alelo α+ (representado por α_) é uma deleção de 
apenas um gene alfa no braço cromossomial. 
- Os sintomas da doença só irão se manifestar a partir de 
3 deleções. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Hidropsia fetal 
- Representa a ausência completa de cadeias alfa e é 
incompatível com a vida extrauterina. O resultado será um 
natimorto ou um nascimento de bebê com hidropsia fetal 
que é muito fatal. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 4 
 
- A única cadeia que pode substituir a alfa fica exclusiva 
da vida intrauterina. A partir da vida extrauterina é 
necessário a cadeia alfa para a síntese de HbF (α2γ2). 
- Sem nenhuma cadeia α, há formação de um tetrâmero 
de cadeias gama → Hb Barts. 
- Essa nova Hb é muito ávida ao oxigênio, não sendo 
possível a entrega corre do gás para os tecidos. Isso gera 
hipóxia, falência cardíaca e edema fetal (Hidropsia). 
Doença da HbH 
- A ausência de 3 genes permite o nascimento da criança 
sem maiores problemas, mas com a presença de anemia. 
Isso gera hemólise extravascular moderada e eritropoese 
moderada eficaz. 
- Os pacientes chegam a fase adulta sem necessidade de 
hemotransfusão. Apresentam esplenomegalia, anemia 
moderada microcítica e hipocrômica. 
- A sobra de cadeias beta NÃO possui efeito tóxico grave, 
formando então um tetrâmero de cadeias beta 
denominada de HbH. 
Alfa-Talassemia Minor 
- Pacientes assintomáticos, mas com microcitose e 
Hipocromia. 
- VCM de 72 fL 
- CHCM de 31 g/dL. 
DIAGNÓSTICO 
- Eletroforese de Hb: confirma diagnóstico de Hidropsia 
fetal mostrando Hb Barts e ausência de HbA. Diagnostica 
também a HbH. 
- A alfa-talassemia é mais difícil de diagnosticar. Além da 
eletroforese, confirma o diagnóstico pelo exame de 
síntese de alfa globina reticulocitária por estudo ou 
mapeamento genético. 
TRATAMENTO 
- Só está indicado em casos de Doença da HbH (observar 
indicações para hemotransfusão, quelação de ferro e 
esplenectomia, além de reposição de ácido fólico). 
Leucocitose e Leucopenia 
- A contagem periférica normal de glóbulos brancos (CGB) 
varia entre 4.500/μL e 10.000/μL, com uma média de 
7.500 /μL e é composta de neutrófilos, linfócitos, 
monócitos, basófilos e eosinófilos. 
- Os neutrófilos representam cerca de 60% dos leucócitos 
periféricos, portanto uma alteração na contagem de 
glóbulos brancos reflete na elevação ou na redução da 
contagem absoluta de neutrófilos. 
- Leucocitose: CGB aumentada. 
- Leucopenia: CGB diminuída. 
- Ambas podem ser secundárias a doenças subjantes, 
exposição a medicamentos ou manifestações de 
distúrbios hematológicos primários. 
 
Neutrófilos 
- Os neutrófilosse originam das células progenitoras 
multipotentes na medula óssea 🡪 os percursores dos 
neutrófilos na medula amadurecem em 6-10 dias para 
formar um pool de armazenamento de neutrófilos 
maduros. 
- Juntas, a população medular constitui cerca de 95% do 
total da massa de granulócitos do corpo. Sendo assim, 
apenas 5% dos neutrófilos são circulantes, sendo que em 
dado momento mais da metade sofre aderência no 
endotélio vascular do baço e gera um fenômeno chamado 
de marginalização. 
- Esses neutrófilos marginais são posicionados para 
liberação imediata na circulação durante momentos de 
estresse. 
- Os neutrófilos podem sobreviver no sangue por 6-12 
horas e nos tecidos de 1-4 dias. 
- A neutrofilia ocorre geralmente por aumento da produção 
medular, aumento da liberação de neutrófilos do grupo de 
armazenamento ou mobilização de neutrófilos do grupo 
marginal. 
- A neutropenia pode resultar da diminuição da produção 
do aumento na marginação com ou sem sequestro pelo 
baço ou pelo aumento da destruição de células 
periféricas. 
 
Neutrofilia 
- Geralmente ocorre por reação ou secundária a 
processos inflamatórios subjacentes. 
- Pode ser causada por infecção, inflamação crônica, 
estresse, drogas, neoplasias não hematológicas, 
estimulação da medula (hemólise), ou após 
esplenectomia. 
- As causas primárias (idiopáticas) de neutrofilia podem 
ser congênitas (neutrofilia hereditária, síndrome de down, 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 5 
 
deficiência de adesão leucocitária) ou adquiridas 
(leucemia mieloide crônica). 
Neutrofilia secundária: causas 
- Infecções: principalmente infecções bacterianas agudas 
que gera leucocitose discreta com “desvio à esquerda”, ou 
seja, há circulação de células mieloides imaturas. Esse 
desvio geralmente se relaciona com a liberação de um 
número maior de bastonetes 
- Inflamação crônica: ocorre aumento na produção de 
leucócitos (principalmente neutrófilos e monócitos) em 
oposição à alteração na distribuição de neutrófilos. 
Geralmente os neutrófilos maduros são depletados com a 
inflamação e o setor mieloide da medula se expande para 
aumentar a produção neutrofílica. 
- Grande quantidade de citocinas (TNF-α, G-CSF, IL-1, IL-
6, IL-8) estão envolvidos na estimulação medular. 
- As doenças inflamatórias são: artrite reumatoide juvenil, 
artrite reumatoide, doença de Still, Doença de Crohn, 
colite ulcerativa, infecção granulomatosa e hepatite 
crônica. 
- Tabagismo: Pode causar leucocitose e neutrofilia em 
cerca de 25-50% dos fumantes crônicos. 
- Estresse: após minutos de exercício, cirurgia ou 
estresse observa-se uma elevação no número de 
neutrófilos circulantes. Isso ocorre devido aos efeitos das 
catecolaminas sobre os neutrófilos marginais que liberam 
neutrófilos para a circulação. 
- Alguns desses casos podem ser prevenidos com 
antagonistas adrenérgicos-beta (ex: propranolol). Com 
exceção da induzida por exercício que não ocorre efeito. 
- Induzida por medicamentos: Corticoesteroides, beta 
agonistas, lítio (promove elevação da produção endógena 
de fatores estimulantes de colônia). Tratamento com G-
CSF também resulta em neutrofilia, embora esse seja o 
efeito desejado (mas não muito pronunciada). 
- Malignidades não hematológicas: Tumores (pulmão, 
língua, rins, bexiga) que secretam G-CSF como um fator 
de crescimento hematopoético ectópico. 
- Estímulo da Medula: destruição periférica de hemácias e 
plaquetas (anemia hemolítica e púrpura trombocitopênica 
idiopática). 
Neutrofilia Primária: causas 
- Neutrofilia Hereditária: doença genética autossômica 
dominante caracterizada por contagem elevada de 
leucócitos (20.000-100.000/μL), com esplenomegalia. Os 
neutrófilos param de funcionar normalmente e os 
pacientes apresentam risco aumentado de infecção 
bacteriana. 
- Neutrofilia Idiopática Crônica: leucocitose na faixa de 
11.000-40.000/μL com biopsia normal da medula óssea. 
- Anomalia de Pelper-Huet: Há um aparente desvio à 
esquerda, mas na verdade são neutrófilos maduros. 
Apesar do paciente não ter de fato uma leucocitose, essa 
alteração errônea traz suspeita de infecções agudas ou 
processo inflamatório. Isso se deve a uma mutação 
genética que mostra os neutrófilos com a cromatina 
condensada e aglomerada com núcleo bilobulado. Esses 
neutrófilos, porém, funcionam normalmente. 
- Pode ser induzida por fármacos como a Sulfa, 
Ibuprofeno. 
- Pode ter piora dessa condensação quando há 
deficiência de alguma vitamina. 
- Síndrome de Down: 10% dos pacientes com a síndrome 
desenvolvem doença mieloproliferativa transitória (DMT) 
que se relacionada com leucocitose de sangue periférico 
com blastos e acumulo de megacarioblastos. 
- Deficiência de Adesão Leucocitária: Presença de 
leucocitose, defeitos de ativação de neutrófilos 
dependentes de estímulos e infecções recorrentes. 
- Urticária Familiar ao Frio: presença de febre, leucocitose, 
urticária, eritema, conjuntivite, dor a palpação da pele e 
músculos quando em exposição ao frio 
- Leucemias Mieloides Crônicas e outros distúrbios 
mieloproliferativos (Policitemia Vera, Trombocitocitemia 
essencial): principais distúrbios primários adquiridos 
associados a neutrofilia. Caracterizado pela expansão 
clonal de precursores mieloides e aumento da liberação 
de células mieloides imaturas e maduras no sangue 
periférico. 
- Pós-plenectomia: pode ocorrer leucocitose devido à 
perda de um importante local de marginação neutrofílica. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
- Geralmente sintomas de infecção, mas na ausência de 
febre, derrames, edema ou outros sinais e sintomas de 
inflamação pode ser secundária a uso de fármacos ou 
neoplasias não hematológicas. 
- Hemograma. 
- Esfregaço de sangue periférico. 
- Faz-se avaliação da medula óssea apenas quando todas 
as hipóteses acimas estão descartadas. 
Neutropenia 
- Definida como contagem absoluta de neutrófilos (CAN) 
abaixo de 1.500/μL. Contagem abaixo desse número 
podem ter diferentes taxas e riscos de infecções 
dependendo da causa da doença, principalmente quando 
há baixa reserva de neutrófilos medular (ex: falência de 
medula óssea, exaustão da medula óssea). 
- A neutropenia pode ser reflexo de baixos números de 
neutrófilos circulantes com reserva neutrofílica baixa ou 
normal. 
- O risco de infecções na neutropenia é altamente 
dependente do tamanho do grupo de armazenamento de 
neutrófilos. 
- Pode ser congênita ou adquirida. 
Neutropenia primária: causas 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 6 
 
- Neutropenia Étnica ou Benigna Familiar: observada em 
grupos étnicos (afro-americanos, judeus iemenitas, 
judeus falasha, beduínos africanos). A faixa de 
normalidade da contagem de neutrófilos é geneticamente 
determinada e pode ser variável. 
- Neutropenia benigna sem nenhum risco de infecções. 
- Neutropenia congênita severa: distúrbio de neutropenia 
grave com contagem de neutrófilos abaixo de 500/μL, 
apresenta-se no período neonatal com infecções 
bacterianas recorrentes. 
- Neutropenia Cílica: caracterizada como períodos de 
neutropenia (abaixo de 200/μL) que duram de 3-5 dias e 
ocorrem em intervalos de aproximadamente 21 dias. Pode 
ocorrer então febre recorrente, feridas na boca, infecções 
na pele, trato respiratório superior e orelhas. Diagnóstico 
feito com contagens sanguíneas a cada 2-3 semanas ou 
sequenciamento do gene elastase neutrofílica. Ela é 
tratada com sucesso com G-CSF. 
- Outras Síndromes congênitas: Síndrome de 
Shwachman-Diamond, Anemia de Fanconi, Disqueratose 
congênita, doença de armazenamento de glicogênio Ib, 
mieloatexia, síndrome de Chediak-Higashi, Síndrome de 
Grisceli II e Síndrome de Hermansky Pudlak II. 
Neutropenia secundária: causas 
- Relacionada a infecção: infecções por varicela, sarampo, 
rubéola, hepatite A e B, vírus Epstein-Barr, influenza, 
parvovírus, citomegalovírus, HIV- Neutropenia induzida por droga: A neutropenia induzida 
por droga é a causa mais comum de neutropenia. 
Geralmente ocorre após 1-2 semanas após a exposição à 
droga. 
- Alguns medicamentos: dipirona, captopril, metimazol, 
quinidina, ranitidina, penicilina G, oxacilina, rituximabe, 
dapsona, sulfassalazina etc. 
- Neutropenia Imune: Ocorre devido a ação de anticorpos 
(IgG) que atuam contra antígenos específicos dos 
neutrófilos. Pode ser primária (mais comum em crianças) 
ou secundária (mais comum em adultos) sendo essa 
última associada a doenças secundárias como LES, 
artrite reumatoide, granulomatose de wegner etc. Curso 
autolimitado da doença. Raramente se usa G-CSF só em 
casos de infecções graves. 
- Neutropenia por deficiência nutricional: principalmente 
B12, folato, cobre, gerando mielopoiese ineficaz 🡪 anemia 
megaloblástica. 
- Neutropenia Idiopática crônica. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- A neutropenia em si não é associada a muito sinais 
clínicos e sintomas, mas ela se torna evidente quando 
resulta em alguma infecção. 
- Pacientes com CAN abaixo de 1.000 μL apresentam 
risco leve de infecções, enquanto o risco se agrava muito 
em pacientes com neutrófilos abaixo de 500/μL. 
- Por essa falta de neutrófilos os sinais e os sintomas das 
infecções podem estar atenuados, mas a febre 
geralmente sempre estará presente. 
DIAGNÓSTICO 
- Anamnese (principalmente saber quais fármacos o 
paciente usa) + Exame Físico (febre). 
- Hemograma 
- Esfregaço de sangue periférico: elevação de bastonetes 
e evidência de granulação tóxica. 
- Analisar níveis de B12 e folato 
- Avaliar tamanho do baço (esplenomegalia). 
- Em pacientes com neutropenia crônica na ausência de 
histórico de infeções ou deficiência de vitaminas: exame 
da medula óssea. 
TRATAMENTO 
- O manuseio da neutropenia depende da etiologia da 
diminuição da contagem de leucócitos, gravidade, 
presença de febre e infecções. 
- A neutropenia febril é uma emergência clínica: risco de 
choque séptico: deve-se avaliar minuciosamente o 
paciente e iniciar antibioticoterapia (ciprofloxacina), 
antifúngicos e antivirais. 
- Neutropenia afebril: 
- Pacientes com neutropenia imunomediada são 
tipicamente tratados com terapia 
imunossupressora (corticoides, globulina 
anttimocítica ou ciclosporina) 
- Pacientes em geral: G- CSF (Fator de 
estimulação de colônia de granulócitos). 
- Pacientes com neutropenia congênita: G-CSF 
durante anos. 
- Neutropenia inflamatória, infecciosa ou induzida 
por fármacos: tratar condição subjacente e 
suspender medicação. 
- Muitas diretrizes recomendam o uso profilático de G-CSF 
em pacientes que estão recebendo quimioterapia que tem 
chances de desenvolver uma neutropenia febril. Além 
disso, é recomendada para uso durante recebimento de 
transplante hematopoiético de células tronco para 
pacientes com linfoma não Hodgkin, quimioterapia ou 
histórico de neutropenia febril. 
- O transplante de medula óssea pode ser curativo para 
uma série de neutropenias congênitas, mas é reservado 
apenas para pacientes com neutropenia grave e 
complicada por infecções recorrentes mostrando estar em 
falência medular. 
Linfócitos 
Linfocitopenia 
- Definida como a contagem linfocítica do sangue 
periférico < 1500/mm³, mas a linfocitopenia grave é 
considerada quando se tem < 700 linfócitos/mm³. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 7 
 
- A produção e tráfego de linfócitos são de difícil avaliação, 
pois tanto os LT quanto os LB se replicam em locais 
anatômicos heterogêneos, incluindo linfonodos, baço, 
amídalas e medula óssea. Além disso, os linfócitos são 
capazes de sair e reentrar em determinado 
compartimento → por isso a contagem de linfócitos no 
sangue periférico é estreitamente regulada 2000-
4000/mm³. 
- A linfocitopenia pode ocorrer por: produção reduzida de 
linfócitos, anormalidades no tráfego de linfócitos e perda 
da destruição de linfócitos. 
1. Produção reduzida de linfócitos 
- Causa mais comum de produção reduzida de linfócitos 
no mundo é a desnutrição proteico-calórica → alta 
incidência de infecção em populações desnutridas. 
- Radiação e agentes imunossupressores – agentes 
alquilantes e globulina antimócitos – podem induzir 
linfocitopenia por lesionarem o pool progenitor e inibir a 
replicação de células mais bem diferenciadas 
- Imunodeficiência linfocitopênica congênita → deficiência 
seletivas dos LB e LT ou deficiências combinadas → os 
mecanismos pelos quais a produção e maturação dos LB 
e LT são impedidas são heterogêneos e pouco definidos. 
- Vírus: certos vírus são capazes de induzir a linfocitopenia 
→ alguns desses agentes infectam células linfoides, 
causando sua destruição. Ex: sarampo, pólio, varicela 
zoster, HIV. 
2. Alterações no tráfego linfocítico 
- Redistribuição do tráfego é comum e representa com 
maior frequência as respostas transitórias a diversos 
eventos estressantes, incluindo infecções bacterianas, 
cirurgias, traumas e hemorragias 🡪 provável que essas 
respostas ocorram medicadas por altos níveis de GC 
endógenos que induzem declínios rápidos nos níveis 
circulantes de LB e LT 🡪 resposta linfocitopênica ao 
esteroide resulta num deslocamento autolimitado de 
linfócitos para fora do compartimento do sangue 
periférico. 
- Certos vírus também podem unir as populações 
linfocíticas e fazem com que saiam do compartimento 
sanguíneo e rumem para outros locais. 
3. Aumento da destruição dos linfócitos 
- Infecções virais ou anticorpos antilinfócitos – 
especialmente em pctes com doenças autoimunes ou 
reumáticas subjacentes – aumentam a destruição de 
linfócitos. 
- Também pode ocorrer por defeitos estruturais em locais 
de tráfego – Ex: fístulas do ducto torácico – Nesses pctes 
tanto os LT quanto LB diminuem no sangue periférico. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Não existem manifestações clínicas específicas da 
linfocitopenia 🡪 podem ocorrer exibição de sinais de 
deficiência imunológica pelo pcte, mas isso dependerá da 
fisiopatologia do distúrbio, duração da doença, tipo de 
linfócito afetado, intactilidade dos tecidos nodais e grau 
em que a imunidade celular ou humoral está 
funcionalmente perturbada. 
Monócitos 
- Monócitos: são células maiores que os demais 
leucócitos, tem núcleo grande, central, oval e endentado 
com cromatina aglomerada. 
Monocitose 
- Aumento na contagem de monócitos acima de 0,8 x 
109/L. 
- Causas listadas: infecções bacterianas crônicas 
(tuberculose, brucelose, endocardite, febre tifoide), 
doença do tecido conectivo (LES, artrite temporal, artrite 
reumatoide), infecções por protozoários, neutropenia 
crônica, Doença de Hodgkin, leucemia mielomonocítica 
crônica, tratamento com G-CSF 
Eosinófilos 
- Se assemelham aos neutrófilos, exceto pelos grânulos 
citoplasmáticos que são bem maiores e com 3 lobos 
nucleares. Eles penetram em exsudatos inflamatórios e 
têm papel especial em respostas alérgicas, na defesa 
contra parasitos e na remoção da fibrina formada durante 
a inflamação. 
- São produzidos, maturados e reservados na medula 
óssea a partir da estimulação da célula progenitora por IL-
5. Nos tecidos sobrevivem 48h e sofrem apoptose. 
Eosinofilia 
- Aumento de eosinófilos no sangue acima de 0,4 x 109/L. 
- Causas: citadas na tabela. 
- Se a contagem se mantiver alta (acima de 1,5 x 109) 
durante mais de 6 meses, deve-se associar a dano 
tecidual: Síndrome Hipereosinofilica. 
- Pode haver danos a válvulas cardíacas, pele e pulmões. 
- Tratamento: esteroides ou fármacos citotóxicos. 
Eosinopenia 
- Representam reações ao estresse e ao uso de 
glicocorticoides. 
- Comum encontrar na prática clínica 
Basófilos 
- Existem no sangue periférico normal em porcentagens 
muito baixa em relação aos demais leucócitos. Tem 
numerosos grânulos citoplasmáticos escuros encobrindo 
o núcleo e contem heparina e histamina. Nos tecidos se 
transformam em mastócitos.Sua desgranulação libera 
histamina. 
- Habitam pele e submucosa do aparelho respiratório, 
digestivo, urinários, proximidade de nervos, linfáticas e 
arteriais. 
Basofilia 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 8 
 
- Aumento dos basófilos do sangue acima de 0,1 x 109 /L. 
- Geralmente é incomum. 
- Causa geral: leucemia mieloide crônica ou Policitemia 
Vera. 
- Pode ser observado uma basofilia reacional no 
mixedema, na varíola, varicela e na colite ulcerativa. 
Aplicações clínicas de G-CSF 
- A administração de G-CSF pode ser por via intravenosa 
ou subcutânea e produz aumento de neutrófilos 
circulantes (neutrofilia). 
- Na clínica, a forma de G-CSF de curta ação exige dose 
diária, e a de longa ação (PEG) pode ser administrada a 
cada 7-14 dias. 
- Indicações: 
(1) Após quimioterapia, radioterapia e transplante de 
células tronco: aceleram recuperação granulocítica. 
(2) Leucemia mieloide aguda: ação de diminuir infecções 
e tempo de internação e uso de antibióticos. 
(3) Mielodisplasia: ação de melhorar a função da medula 
óssea sem acelerar a transformação leucêmica. 
(4) Linfomas: ação de diminuir infecções, retardo da 
administração de quimioterapia. 
(5) Neutropenia severa: congênitas e adquiridas 
(neutropenia cíclina, induzida por fármacos) 
(6) Infecção grave 
(7) Coleta de células tronco do sangue periférico: ação de 
aumentar o número de progenitores multipotentes 
circulantes e facilitar a coleta de número suficiente de 
células tronco para transplante.

Continue navegando