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AULA 4 – PÂNCREAS E BAÇO DANIELA FRANCO 1) CIRURGIA DO PÂNCREAS A) INTRODUÇÃO – CONCEITO – DEFINIÇÃO – BREVE HISTÓRICO A cirurgia do pâncreas teve seu desenvolvimento prejudicado por ser retroperitoneal, atrás do estomago e rodeada por veias calibrosas. Codivilla realizou em 1896 a ressecção duodeno- pancreática, por câncer na cabeça do pâncreas não foi efetiva. A primeira efetiva foi em 1935 por Whipple. Importância nas neoplasias císticas e sólidas, benignas e malinas e também nas pancreatites, aguda e crônicas. Além das lesões traumáticas. B) NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA Localiza-se no espaço retroperitoneal, na bolsa omental. Estende-se do duodeno ao hilo do baço, está em contato com a v. cava, a v. e a. renais D, esta também em contato com a aorta, v. renal E, o rm e supre-renais E. Alem de apresentar intima relação com a v. porta Processo uncinado. Dividido em 3 porções: cabeça, corpo e cauda. Anterior – formada pela a. hepática que da origem a a. gastroduodenal que emerge a a. pancreatoduodenal anterior inferior (ramo da a. mesentérica superior); Posterior – formada pela a. hepática, a. gastroduodenal e a. pancreatoduodenal posterior superior que se anastomosa com a a. pancreatoduodenal posterior inferior (ramo da mesentérica inferior). *A secção de ambas as pancreatoduodenais superiors causa necrose duodenal. * A a. hepática durante a duodenopancreatectomia deve ser cuidadosamente identificada e isolada, pois, em alguns casos, tal vaso passa pelo parênquima, sendo facilmente lesado. Artéria hepática > artéria gastroduodenal > artéria pancreatoduodenal Anastomoses com pancreato duodenal posterior inferior, ramo da ami Drenagem linfática: grupo celíaco. Inervação: nervos esplâncnicos e gânglio celíaco Funções: secreção pancreática, secreção enzimática, função endócrina. C) VIAS DE ACESSO A via de acesso preferível é a laparotomia transversa supra-umbilical. Por via laparotômica, pode se acessar o pâncreas com incisões: mediana xifoumbilical ou xifo púbica, além da bicostal transversal. Por laparoscopia, também pode ser acessado. Existem algumas técnicas, atualmente, que podem ser abordadas por via endoscópica. D) TÉCNICAS CIRÚRGICAS I) ANASTOMOSE CISTO-GÁSTRICA (1) Indicações: Pseudocistos não infectados, após coalescência entre a parede do cisto e a parede gástrica. (2) Técnica: Procede-se uma gastrostomia da parede anterior do estômago com punção e aspiração do conteúdo, abertura da parede posterior do estômago, anastomose da parede do cisto com a parede gástrica. Envia-se o conteúdo da aspiração e parte da parede gástrica para análise histopatológica. Fecha-se a gastrostomia e o fechamento da cavidade. (3) Complicações: Hemorragia pós-operatória (melena ou hematêmese), infecção da loja cística. II) ANASTOMOSE CISTO-JEJUNAL (1) Indicações: Pseudocistos não-infectados (causa mais comum é pancreatite alcoólica) principalmente localizados no corpo e calda do pâncreas. (2) Técnica: Confecção de uma alça em y. Faz punção da cavidade cística e drena. Depois é feita uma incisão de 4 a 5 cm para anastomose cisto jejunal. É escolhida a alça intestinal proximal é seccionada transversalmente e faz anastomose com o cisto. (3) Complicações: Hemorragia (menos comum do que na anastomose cistogátrica), fístula da anastomose, abscesso subfrênico, tardiamente pode haver diarreia e esteatorréia secundárias a insuficiência pancreática. OBS: é mais trabalhosa que a anastomose cistogastrica. III) RESSECÇÕES DE PSEUDOCISTO (1) Indicações: Pseudocistos de etiologia traumática, pseudocistos que invadem a intimidade com o baço, pseudocisto associado a hemorragia de um grande vaso e recorrência de pseudocisto já drenado internamente. (2) Técnica: Enucleados, extirpados através de pancreatectomia. (3) Complicações: Recorrências, hemorragia, fístulas e sepses. ALTA MORTALIDADE. IV) ANASTOMOSE PANCREATO-JEJUNAL (1) Indicações: Estenoses do ducto pancreático com dilatação ductal a montante e estase, principalmente nos casos de pancreatite crônica de etiologia alcóolica. Estenoses ductais de etiologia traumática. Serve para favorecer a chegada de suco pancreático ao tubo digestivo. (2) Técnica: acesso transversal. 1. Abertura da bolsa omental 2. ligadura dos ramos 3. exposição do pâncreas 4. se tiver aderências vascularizadas entre estomago e cabeça do pâncreas devem ser desfeitas 5. Mobilização da segunda porção do duodeno e da cabeça do pâncreas – MANOBRA DE KOCHER 6. pancreatografia por punção com seringa e agulha, feita no corpo do pâncreas onde a palpação digital sente uma flatulência. É injetado contraste iodado a 30 ou 505 em solução aquosa. Vai servir pra ver a morfologia do pâncreas. 7. Escolhe a alça intestinal que tem pedículo mais longo, nesse nível vai ser seccionado transversalmente, a arcada vascular marginal é duplamente ligada e seccionada eo mesentério é incisado até sua raiz. 8. A incisão do mesocolo transverso com 3 a 4 cm de extensão na zona avascular entre artéris cólica direita e esquerda (ARCADA DE RIOLAN), sendo a alça jejunal distal passada para o andar supramesocólico. 9. anastomose jejuno-jejunal pe feita para reestabelecimento do fluxo alimentar, de forma termino-lateral. Deve ter pelo menos 6 cm de extensão. OBS: objetivos são alívio da dor, tratar complicações e preservação de função hepática. (3) Complicações: Persistência da dor pós operatória, hemorragia, contaminação e consequência abscesso intraperitoneal. V) GASTRODUODENO-PANCREATECTOMIA CEFÁLICA (CIRURGIA DE WHIPPLE) (1) Indicações: Carcinoma da papila, colédoco distal, segunda porção duodenal e cabeça de pâncreas. Ferimentos traumáticos complexos da segunda porção duodenal e cabeça do pâncreas. Tumores insulares da cabeça e formas pseudotumorais de pancreatite crônica com localização cefálica predominantemente (2) Técnica: OBS: necessário avaliação pré-operatória da ressecabilidade, excluindo infiltração de outros órgãos. Precisa de reconstrução de fluxo biliar, pancreático e alimentar por anastomoses hepáto- jejunal, pancreato-jejunal e gastrojejunal. 1. Secção de omento maior em sua metade direita e deslocamento do ângulo colo-cólico para expor cabeça do pâncreas. 2. Mobilização do duodeno e cabeça do pâncreas depois da secção do peritônio parietal, sendo o deslocamento feito através do plano avascular de coalescência (ângulo de treiz). 3. Secção do peritoneo que reveste o pedículo hepático, expondo o colédoco. 4. Ligadura de artéria gástrica direita e gastroduodenal. 5. Secção transversal do estomago acima da incisura angular. 6. Colecistectomia fundo cística. 7. Secção do pâncreas no nível do corpo ou entre este e a cabeça 8. A ressecção é feita transversalmente em forma de cunha e vai ser analisado caso + para neoplasia vai ser ampliada a ressecção 9. Identificar ducto de Wirsung e cuidado para não lesar veias esplênicas e mesentérica superior. 10. Deslocamento da face posteiror do pâncreas se faz da esquerda para direita através do plano de coalescência (fáscia de Toldt) 11. Mobilização do ângulo duodeno-jejunal e secção do jejuno 10 cm abaixo, 12. Libertação da cabeça do pâncreas e ligadura de veias e artérias 13. Ressecação de antro gástrico, vesícula, colédoco, duodeno, 10 cm de jejuno proximal e pâncreas 14. Anastomose hepáticoo-jejunal termino- terminal. Colocação de dreno T de Kehr no ducto hepático acima da anastomose 15. Anastomose pancreato-jejunal termino- lateral, suturando-se as bordas do ducto de Wirsung a mucosa jejunal 16. Anastomose gastro-jejunal pré-colica anisoperistaltica 17. Drenagem peritoneal por contra abertura com penrose (3) Complicações: Hemorragia,deiscência da anastomose biliodigestiva resultando em fístula. Pouco comum a fístula da anastomose pancretojejunal mas que melhora espontaneamente, estenose e a obliteração do óstio do ducto pancreático. VI) ENUCLEAÇÃO DE NÓDULOS (1) Indicações: Adenomas insulares, adenomas de ilhotas causadoras de hipoglicemia (2) Técnica: Após identificado, é rebatido por dissecção romba (3) Complicações: Fístula pancreática, pancreatite traumática, hemorragia(rara) VII) PANCREATECTOMIA ESQUERDA – ESPLENOPANCREATECTOMIA (1) Indicações: Neoplasia insulares ou do parênquima exócrino localizadas no corpo e cauda do pâncreas. Pancreatite crônica, localizada na porção esquerda do órgão. Traumatismos pancreáticos. (2) Técnica 1. Secção de ligamentos gastrocólicos e gastrolienal 2. Exposição da parte anterior do pâncreas 3. Procura artéria lienal por palpação digital na borda superior do corpo do pâncreas 4. Secção do peritoneo que reveste cauda do pâncreas sobre o rim esquerdo; para tanto o cirurgião traciona com a mãe esquerda o baço e para direita, enquanto auxiliar afasta ângulo colo-cólico esquerdo para baixo 5. Deslocamento da face posteior da cauda e do corpo através de coalescência representando por tecido conjuntivo desprovido de vasos (FASCIA DE TOLDT). Esse deslocamento proporciona acesso a veia lienal e faz ligadura. 6. Secção transversal do pâncreas 7. Drenagem da bolsa omental por contra abertura. (3) Complicações: Hemorragia, trombose da veia esplênica, abertura inadvertida do ducto causando fístula pancreática e consequente abscesso intracavitário. 2) ESPLENECTOMIA A) INTRODUÇÃO – CONCEITO – DEFINIÇÃO – HISTÓRICO É a retirada cirúrgica do baço, podendo ser parcial ou total. Origem da palavra baço, do grego, opaco Baço = esplênico = lienal B) NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA Irrigação: a. Esplênica Drenagem: veia esplênica Drenagem linfática: acompanham os vasos. Inervação: ramos do vago direito e plexo celíaco. Esplenose: nódulos esplênicos auto transplantado no interior da cavidade. Baço acessório: achados incidentais em exames de imagem e em laparotomias. Funções: regulação das características morfológicas dos eritrócitos, número de plaquetas e a atividade imunológica do organismo. C) INDICAÇÕES DE ESPLENECTOMIA • Ruptura: Traumática/ Espontânea/ iatrogênica • Afecções esplênicas e hemopatias: purpura trombocitária, anemia hemolítica congênita, hiperesplenismo secundário, neutropenia esplênica primaria, doenças mieloproliferativas, síndrome de felty, leucemia. Hodgkin, abcessos, tumores. • Outras: aneurisma de pedinculo esplênico e complemento da gastrectomia total por carcinoma D) PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO Em cirurgia eletiva: vacina contra pneumococo duas semanas antes da cirurgia. Pacientes menores de 10 anos, imunodeprimidos devem ser vacinados contra pneumococo, haemófilos, meningococo e hepatite b. Em caso de urgência: a vacina deve ser realizada assim que possível E) VIAS DE ACESSO Por laparotomia: mediana (está mais comum em traumas), obliqua subcostal esquerda, transversa esquerda, paramediana esquerda ou toracolaparotomia esquerda. Por laparoscopia (não será enfoque esta aula discutir a técnica por laparoscopia) F) TÉCNICA CIRÚRGICA I) ESPLENECTOMIA TOTAL 1. Abertura da cavidade; 2. Procura por baço acessório ou outras anomalias 3. Procura da artéria esplênica e realização da ligadura perdida ao nível de sua origem, ou seja, próxima do tronco celíaco com algodão 2.0; 4. Secção dos ligamentos esplênicos; 5. Ligadura dos vasos breves ou curtos juntos ao fundo gástrico; 6. Dissecção do hilo com identificação da artéria e veia esplênica e ligadura das mesmas; 7. Secção e revisão da hemostasia; 8. Drenagem da cavidade, se for o caso; II) CIRURGIA CONSERVADORA Visam preservação total ou parcial do baço. (1) ESPLENECTOMIA PARCIAL (ressecção): Possibilitam a preservação do órgão, necessidade de hemostáticos para conter a hemorragia. Conhecimento da arquitetura vascular. (2) SUTURAS (a) Esplenorafia: Utilizadas para lesões pequenas. (i) Sutura simples: Lesões superficiais ou profundas com bordas regulares. Utilizam se fios absorvíveis. (ii) Sutura apoiada em eplípon (omento) vascularizado: Omento serve de sustentação ao fio devido a friabilidade do parênquima. (iii) Sutura em massa com cauterização: Transfixa- se o parênquima com uma agulha longa com lúmen e pelo interior desta passa-se um fio absorvível 2.0. (b) Ligadura da artéria esplênica: Utilizada para conter hemorragia maciças, pode ser temporária ou definitiva. (3) TAMPONAMENTO: Recurso hemostático (a) Tela ou hemostático (buntain): Dois fios absorvíveis são colocados paralelos, a 3 cm, e a eles são suturados outrso segmentos do mesmo fio, formando pontes transversais ou degraus. (b) Envolvimento do baço com epiplón e fixação (c) Compressão temporária: lesões superficiais (4) AUTOTRANSPLANTE: Discute-se a finalidade por manter o estado imunológico do doente mas isso é questionável G) COMPLICAÇÕES Hemorragia intraperitoneal; Trombose esplenoportal; Febre; Abscesso subfrênico; Sepse precoce e tardia pós-esplenectomia H) MORTALIDADE Por trauma: 10 a 16% com lesões associadas e rara com trauma esplênico isolada; Eletiva: menos de 1%, exceto em doenças mieloproliferativas CASOS 1. Paciente masculino, 50 anos com antecedentes de internação há 4 meses por quadro de pancreatite aguda grave por hipertrigliceridemia. Permaneceu 30 dias em uti com ventilação mecânica, traqueostomia, nutrição parenteral total e sepse. Foi tratado clinicamente e após 60 dias de internação recebeu alta hospitalar. Hoje está assintomático e traz este exame de TC de abdome. Discuta os diagnósticos diferenciais e as opções terapêuticas Este caso ilustra um caso de pancreatite aguda grave que evoluiu tardiamente com a formação de um pseudo cisto (caso os alunos não saibam desta complicação, podemos informá-los e frisar que trata-se de um pseudo cisto e não de um cisto verdadeiro pois não possui todas as camadas epiteliais). Como diagnósticos diferenciais podemos citar as neoplasias císticas do pâncreas, abscesso pancreático ou outros cistos abdominais com linfangiomas ou cisto de mesentério. Pelo exame de imagem, uma tomografia, nós evidenciamos uma coleção na porção anterior do pâncreas e em íntimo contato com a parede posterior do estômago. Podemos discutir com os alunos que existem, atualmente, técnicas menos invasivas de abordagem desta coleção com a punção guiada por US ou TC, a drenagem transgástrica por via endoscópica, mas como o intuito deste curso é discutir as técnicas cirúrgicas, neste caso, estaria bem indicada a Anastomose Cisto gástrica ou a Anastomose Cisto jejunal. Em relação as vias de acesso, poderia-se utilizar da via lapatômica e da laparoscópica. 2. Um homem, negro de 72 anos procura a UBSF da FACERES com quadro de icterícia, colúria e acolia fecal iniciada há 1 semana. Relata quadro de dor abdominal no epigástrio e lombar, inapetência e perda ponderal de 20 kg em 6 meses. Antecedentes de tabagismo. Ao EF observa-se: emagrecido, ictérico, abdome escavado, indolor a palpação e achado de vesícula palpável e indolor no hipocôndrio d. Pergunta-se: Em primeiro lugar este caso traz um clássico quadro clínico de uma paciente portador de neoplasia de pâncreas. Assim os alunos já vão se familiarizando com os fatores de risco está neoplasia. Mais prevalente em homens, 80% dos casos acometem pessoas entre 60 a 80 anos, mais em negros, os achados de perda ponderal e icterícia são frequentemente encontrados e deflagram uma doença já em estádio avançado. Além do tabagismo. a. Qual o achado semiológico durante o exame físico?O achado semiológico é do Sinal de Courvoisier- Terrier: icterícia com achado de vesicular palpável e indolor b. Quais as 4 principais hipóteses diagnóstica para este caso? Sabemos que neste curso o enfoque não é fazer diagnóstico para suscitar a discussão: Carcinomas de cabeça de pâncreas, colédoco distal, segunda porção duodenal e papila, as famosas neoplasias peri-ampulares. Lembrando também de outras causas de icterícia como coledocolitíase e hepatites, mas que no caso não cursam com sinal de Courvoisier-Terrier. c. Proposta a cirurgia, quais as opções terapêuticas? Independentemente dos 4 tumores acimas encontrados, a gastroduodenopancreatectomia estaria indicada neste caso, com as suas diversas possibilidades de reconstruções e técnicas de anastomoses. Assim como a duodenopandreatectomia que não é o enfoque da discussão. Caso haja tempo, e for pertinente, pode-se discutir as cirurgias paliativas como derivações bileodigestivas e gastro- enteroanastomoses em casos avançados ou risco cirúrgico alto. d. Qual manobra cirúrgica (já apresentada na última aula de seminários) que deverá ser feita, obrigatoriamente, na tentativa de ressecabilidade? Manobra de Kocher, sempre utilizada em cirurgia duodeno pancreáticas tantos em eletivas quanto em traumas. Aqui, importante instigar os alunos para ver quem assistiu e prestou atenção nos seminários. 3. Paciente vítima de colisão auto x auto em autopista, trazido ao hospital de referência pelo GRAU. A avaliação primária observa-se: i. Vias aéreas pérvias com prancha longa e colar cervical; ii. Murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, saturando 98% com máscara de oxigênio; iii. PA = 90 x 40 mmHg, FC = 142bpm, tempo de enchimento capilar maior que 4 segundos; iv. Escala de coma de Glasgow = 15, pupilas isofotoreagentes; v. Ausência de sangramentos externos com escoriações em hipocôndrio esquerdo e dor a palpação abdominal difusa e descompressão brusca dolorosa positiva difusamente Após reanimação na sala de emergência, foi indicada a laparotomia exploratória. Logo a sua abertura, observou-se grande quantidade de sangue na cavidade. Pergunta-se: a. Que tipo de incisão foi realizada? Sempre que formos operar um trauma a incisão de escolha é a laparotomia mediana xifo-pubiana. b. Quais as medidas iniciais ao abrir a cavidade? Lembrando também do seminário, a medida inicial ao abrir uma cavidade com sangue livre é a colocação de compressas nos hipocôndrios Direito e Esquerdo e na pelve. Após esta medida inicia-se o inventário da cavidade a procura de local(is) de sangramento. Podendo assim, optar ou não em controle de danos. c. O achado de uma lesão esplênica, o(a) faria tomar quais medidas terapêuticas? Aqui para relembrar todas as medidas possíveis na tentativa de preservação do baço e até mesmo a esplenectomia total quando não for possível sua preservação. d. Que cuidados fundamentais são necessários no pós-operatório em virtude do tratamento proposto? Assim que possível deverá ser administrada a vacina das bactérias encapsuladas, sendo as principais Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae tipo B (hemófilos) e Neisseria meningitides (meningococo), no caso de esplenectomia total. Nas cirurgias eletivas, recomenda-se a vacinação 14 dias antes da cirurgia
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