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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE NUTRIÇÃO
 
GABRIELA COSTA CARBONARI D2118H8
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE PÚBLICA – NUTRIÇÃO SOCIAL
 
 
 
 
 
 São Paulo
2021
AMANDA VITÓRIA SILVA NASCIMENTO 
ANDRESSA ALINE SOARES
DANIELA ASSUNÇÃO OLIVEIRA 
GABRIELA COSTA CARBONARI 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO- SAÚDE PÚBLICA
 
 
Relatório elaborado no período de estágio de Nutrição, módulo Saúde Pública da Universidade Paulista - Vergueiro, como parte dos requisitos para a conclusão do estágio, sob orientação da Professora Luara Bellinghausen Almeida.
 
São Paulo
2021
Sumário
1.INTRODUÇÃO	4
1.1 Sistema Único de Saúde (breve histórico desde a reforma sanitária, princípios e diretrizes)	4
1.2 Pesquisas Nacionais relacionados a estado nutricional e o consumo de alimentos	7
1.2.1 TENDÊNCIAS DOS ÚLTIMOS ANOS DE PESQUISAS NACIONAIS	7
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO	8
2.1 Localização, estrutura física e funcionamento	8
2.2. Profissionais da área da saúde que atuam.	12
2.3. Profissionais de outras áreas que trabalham no local	12
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	13
3.1 Atividade: Campanha de Doação	13
3.2 Atividade de Intervenção no CCA	14
3.2.1 Atividade Origens dos Alimentos	15
3.2.2 Atividade Jogo da Memória / Experimento Nutricional	15
3.3 Atividade Artigo	17
3.4 Visita de Campo	17
3.5	Visita Quilombo da Parada	17
3.6 Atividade Fichamento de Artigo	18
3.7 Atividade Debates Vulnerabilidade em Saúde Raça/Cor - Ciclos de Vida e Ambiente Alimentar e Territorialidade	18
3.8 Guia alimentar da População Brasileira (2014)	20
3.9 Programa Saúde na Escola (PSE)	22
4. ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE PÚBLICA	23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
5.1. Parecer sobre o estágio	25
5.2. Propostas para melhorias (do serviço, do estágio ou do local de estágio)	25
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	26
7.ANEXOS	27
7.1 Ensaio Cultura Alimentar – Instituto Feira Livre	27
7.2 Ensaio Cultura Alimentar - Espaço Cultural Al Janiah	31
7.3 Ensaio Cultura Alimentar – Centro de Tradições Nordestina	37
7.4 Ensaio Cultura Alimentar - BIOU’ Z – Gastronomia Africana	42
7.5 Fichamentos de Artigos	47
7.6 E-book	56
1.INTRODUÇÃO
1.1 Sistema Único de Saúde (breve histórico desde a reforma sanitária, princípios e diretrizes)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexo sistema da saúde pública do mundo, abrangendo desde o atendimento simples para a avaliação da pressão arterial por meio da Atenção Primária até o transplante de órgãos, garante o acesso integral, universal e gratuito para toda a população. O SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde sem nenhuma discriminação, a atenção integral à saúde não somente aos cuidados assistenciais, mas passou a ser um direito de todos os brasileiros desde a gestação para toda vida focando na saúde com a qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção de saúde (MINISTERIO DA SAUDE, 2020).
Os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) constituem as bases para o funcionamento e a organização do sistema de saúde em nosso país, os direitos conquistados pelo povo brasileiro e o formato democrático, humanista e federalista devem caracterizar a materialização. Logo os princípios e as diretrizes são compreendidos a partir da perspectiva histórica e epistemologia, constituindo um produto resultante do processo político expressando concepções sobre a saúde e doença, direitos sociais, gestão, relações entre as esferas de governo do país, entre outros. A base do SUS é constituída por três documentos que expressam os elementos básicos que estruturam e organizam o sistema de saúde brasileiro, são eles os: 
1- A Constituição Federal de 1988 na qual a saúde é um dos setores que estruturam a seguridade social ao lado da previdência e da assistência social.
2- A lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, conhecida como a Lei Orgânica da Saúde e dispõe principalmente sobre a organização e regulação das ações e serviços de saúde em todo território nacional.
3- A lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990, estabelece o formato da participação popular no SUS e dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.
Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde:
Universalidade: Segundo o Art. 196 a saúde é os direitos de todos e o dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas visando a redução de doenças e outros agravos, acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Brasil, 1988).
A universalidade do SUS apresenta não apenas o direito à saúde garantindo mediante a políticas públicas, questão do direito à vida e a igualdade de acesso sem distinção de raça, sexo, religião ou outra forma de discriminação do cidadão brasileiro, a universalidade do acesso às ações e serviços de saúde e as condições de vida que possibilita as boas condições de saúde (MATTA, 2007).
Equidade: O princípio da equidade é um dos maiores e históricos problemas da nação, as iniquidades sociais e econômicas, estas levam a desigualdade no acesso, gestão e produção de serviços de saúde, portanto, não implica a noção de igualdade, mas diz a respeito a tratar desigualmente o desigual, atentar as necessidades coletivas e individuais, procurando investir onde a iniquidade é maior. Equidade identifica o espaço da diferença, não o espaço da igualdade, é a concepção do espaço regulador das diferenças, reduzir as iniquidades ou diferenças, reconhecendo a diversidade da condição humana nas necessidades e as potencialidades (MATTA, 2007).
Integralidade: Esse princípio tem sido estudado nos últimos anos, sendo influenciado aos modelos de gestão e participação popular, formulação de políticas, práticas em saúde, estrutura a formação de trabalhadores para a saúde. No campo da saúde há diversos sentidos de integralidade como no sentido histórico a ideia de construção do SUS em contraposição à dicotomia da gestão da prevenção e da assistência médica do país, epistemológico na concepção da saúde, organização de uma prática em saúde integral, no planejamento em saúde, formulação de políticas na atenção integral e no sentido de relações entre trabalho, educação e saúde, formação e gestão em trabalho (MATTA, 2007).
Ou seja, as ações e serviços de saúde e serviços privados contratados ou conveniado que integram o Sistema único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal:
- Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário
- Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e orientação programática 
-Participação da comunidade
- Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo (ênfase na descentralização dos serviços para municípios, regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde)
- Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico
- Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da união, estados, distrito federal e dos municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população. 
- Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência
-Organização dos serviços públicos de modo a evitar a duplicidade de meios para fins idênticos. 
A reforma sanitária surgiu no contexto da luta contra a ditadura no início da década de 1970, se referisse ao conjunto de ideias e tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde, as mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas sim todo o setor de saúde em busca de melhoria das condições de vida da população. O grupo de médicos e outros profissionais preocupados com a saúde pública desenvolveram teses e integraram discussões políticas, e este processo teve como um marco institucional a 8º Conferência Nacional de Saúde em 1986, as propostas da Reforma Sanitária resultaram na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal
de 1988 e a criação do Sistema único de Saúde (SUS) (PENSE SUS, 2020).
1.2 Pesquisas Nacionais relacionados a estado nutricional e o consumo de alimentos
 1.2.1 TENDÊNCIAS DOS ÚLTIMOS ANOS DE PESQUISAS NACIONAIS
 	Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um conjunto de fatores de risco corresponde a grande maioria das mortes por Doenças Crônicas não transmissíveis devido a carga de doenças devida às enfermidades, entre esses fatores inclui o tabagismo, consumo inadequado, inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. (WHO,2014).
 	O Ministério da Saúde implantou em 2006, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), desenvolveu por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), contando com o suporte técnico do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo. Os resultados dos anos anteriores dotam todas as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal de informações atualizadas sobre a frequência, distribuição e a evolução de principais fatores que determinam as doenças crônicas- contabilizando 27 capitais, tem o objetivo de monitorar a frequência e distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no país. Por meio dele se analisa dados acerca do estado nutricional e consumo de alimentos em adultos. Foram realizadas 54.367 mil entrevistas completas.
Excesso de peso: na população de 27 capitais apresentou frequência de 46,6%, com frequência maior no sexo masculino – 51%, do que no sexo feminino – 42,3%.
Obesidade: frequência de 13,9% na população total.
Consumo regular de frutas e hortaliças: frequência de consumo recomendado foi de 18,8% - menor em homens – 14,8% contra 22,45 em mulheres.
Consumo de carnes com excesso de gordura: 33% da população total declararam consumir esse tipo de carne – frequência maior em homens – 43,2% do que em mulheres – 24,3%.
Consumo regular de refrigerante: na população total, a frequência foi de 27,9% - mais alta em homens – 31,5% do que nas mulheres – 24,8%.
Consumo regular de feijão: na população total, a frequência de consumo foi de 65,8%, com o consumo mais frequente em homens – 72,4%, do que entre as mulheres – 60,1%.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) fornece dados para o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. A sua edição mais recente foi realizada em 2015. Além de outros fatores, engloba questões dos hábitos alimentares.
A pesquisa abrangeu 2.630.835 alunos. Foi avaliado o consumo de alimentos considerados saudáveis e não saudáveis, no caso dos alunos do 9° ano, 60,7% consumiram feijão; 37,7% legumes e 32,7% frutas frescas; 13,6% consumiam salgados fritos; 41,6% guloseimas; 26,7% refrigerantes e 31,3% ultraprocessados; 16,7% desses escolares comeram em fast-food; 64,4% dos estudantes brasileiros do 9° ano tomaram café da manhã; 74,0% almoçaram ou jantaram com os pais 57,9% assistindo televisão; 13,6% fizeram refeições em fast-food três dias ou mais. 77,3% dos estudantes relataram oferta de comida pela escola, mas apenas 38,5% dos estudantes consumiam.
Com relação aos hábitos alimentares de escolares de 13 a 17 anos não houve diferença entre os percentuais de consumo semanal de alimentos marcadores de alimentação saudável e não saudável entre os grupos de 13 a 15 anos e 16 a 17 anos. Mas entre os jovens de 16 e 17 anos de idade, o consumo de fast-food é maior 61,4% e o costume de almoçar ou jantar com os pais é menor 16,7%.
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
2.1 Localização, estrutura física e funcionamento
O estágio de Nutrição em Saúde Pública, foi realizado no CCA - Norte Casa Padre Moye. Atua nessa sede própria desde 19/03/1999 no bairro do limão onde é realizando atividades com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, o objetivo é orientar e aprimorar o conhecimento das crianças e adolescentes baseados no lema “Nada é mais importante do que a educação da juventude, pois dela depende toda a vida” Beato João Martinho Moye fundador da congregação das irmãs da província de GAP. Eles atendem hoje 126 crianças entre 06 e 14 anos e 11 meses.
Localizado na Rua Prof. João Léocárdio, 86 Vila Barbosa- São Paulo CEP 02556-180.
Estrutura física: O prédio tem 3 pavimentos distribuídos da seguinte forma:
1º Pavimento
•	Portão de acesso principal.
•	Jardim
•	Gerência
•	Recepção
•	Depósito de materiais
•	Despensa de alimentos.
•	Refeitório
•	Cozinha
 
2º Pavimento
• 3 Salas de atividades.
 
• 1 Sala de computação dividida com a sala de atendimento individual e pesagem dos alunos.
 
3° Pavimento / subsolo
Área de socialização com palco para apresentação de atividades.
 
No CCA Norte as crianças e adolescentes utilizam a quadra poliesportiva e a piscina do colégio particular Padre Moyé que fica ao lado da unidade. O funcionamento dessa unidade é de 2ª a 6ª das 07:30 às 17:30. 
No local as crianças e adolescentes são atendidos em duas turmas: manhã 06:00 às 12:00 e tarde das 13:00 às 17:00, às atividades desenvolvidas nos CCAs tem caráter apenas recreativo não pedagógico, as crianças fazem atividades sempre orientadas pelos educadores. Essas atividades são elaboradas de acordo com os projetos chamados:
•	Meio ambiente
•	Cultura Popular
•	Educação Sexual
•	Projeto emoções
As crianças e adolescentes chegam até o CCA Norte através do Cadastro Único onde o CRAS (Centro de referência de assistência social) faz a seleção com base no perfil socioeconômico das famílias da região do bairro do limão. No local elas realizam 2 refeições diárias que são distribuídas de acordo com cada turno.
Turma da manhã: Café da manhã e almoço.
Turma da tarde: Almoço e lanche da tarde.
2.2. Profissionais da área da saúde que atuam. 
No local atuam uma nutricionista que faz visitas periódicas auxiliando na elaboração dos cardápios e na assistência às crianças. Possuem também um psicólogo para realizar atendimentos tanto para as crianças e adolescentes, quanto para auxiliar a família quando necessário.
Lá eles também recebem a visita de profissionais da saúde da UBS, que desenvolvem projetos voltados às campanhas de acordo com o mês de conscientização, exemplo: setembro amarelo / outubro Rosa etc. Os profissionais da UBS também promovem ações relacionadas à saúde bucal, cuidados com higiene entre outras atividades.
2.3. Profissionais de outras áreas que trabalham no local
O local possui um professor de natação contratado para dar as aulas 2 vezes por semana, além disso atuam 8 profissionais diretos dentre eles os educadores, cozinheiros, serviços gerais e administração. Todo esse projeto é custeado por duas frentes: Verba da prefeitura 85% dos custos e 15% da Igreja Padre Moyé.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
As atividades desenvolvidas durante o estádio de Saúde Pública no módulo de Nutrição Social foram realizadas em diferentes locais dentre eles na Universidade Paulista Campus Vergueiro, no Centro para Crianças e Adolescentes unidade São José/ Bairro do Limão/SP e Quilombo da Parada, estes sendo supervisionado pelo professor Caio Pereira dos Santos. A atividade de visita de Campo foi realizada individualmente sem monitoramento do professor. Todas as atividades foram executadas pelas alunas Amanda Vitória Silva, Andressa Aline Soares, Daniela Assunção Oliveira e Gabriela Carbonari.
 3.1 Atividade: Campanha de Doação 
Foi realizada uma campanha de arrecadação de alimentos, dentro desta atividade inclui-se realizar a organização dos itens/alimentos a serem arrecadados, campanha de arrecadação de alimentos através de cartazes de doações com orientações para distribuição das cestas nos locais, e por fim a coleta dos alimentos. Serão 60 famílias beneficiadas que correspondem àquelas que participam das atividades do centro cultural Quilombo da Parada, sede do coletivo Esperança Garcia, localizado na comunidade Estância Jaraguá. 
Primeiramente, na primeira semana de estágio, foi organizada a lista de quais alimentos seriam selecionados para a arrecadação, a
escolha dos alimentos foi conciliada entre prioridades como valores, peso para transporte dos itens e relevância do uso do alimento pelas pessoas que iriam receber a doação. Com objetivo de diminuir custos e ao mesmo tempo manter itens essenciais para uso de que fosse utilizá-los, foi cortado alimentos não essenciais e de origem de alimentos processados e adicionados outros itens fundamentais para uso como por exemplo os absorventes. Na segunda etapa (18/11/21), foi preparado o cartaz de doação que seria espalhado pelas unidades da Universidade Paulista, contendo informações sobre cada kit de alimentos, local a ser coletado as doações e observações a respeito do estado dos alimentos doados. A etapa final foi a coleta dos alimentos na Universidade Paulista Campus Vergueiro, nos dias 25 e 26 de novembro de 2021, junto aos dias de coleta foram também separados quais alimentos iriam para cada organização.
 3.2 Atividade de Intervenção no CCA
O centro de crianças e adolescentes (CCA) tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento pessoal e social, por meio de atividades que oportunizem a conquista da autonomia, a cidadania e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. São realizadas várias ações de inclusão social, ações de educação alimentar e nutricional, atividades educacionais, atividades físicas entre outros para os estudantes de todas as etapas da educação básica pública. São atendidos pelo Centro os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público) (FNDE, 2021). O centro visitado em questão foi a unidade São José, localizado no bairro do Limão/ SP. A unidade atende um número de 120 crianças de 6 anos a 14 anos e 11 meses, funciona das 8h às 17h. Contém dois andares com salas para atividades variadas entre cursos de gastronomia, manutenção de computadores, Oficina de Convivência, que prepara jovens para capacitação de trabalho com palestras que ensinam desde a elaboração de um currículo até como se preparar para uma entrevista de emprego, atividades de incentivo a leitura, além de exercícios e brincadeiras. Além de atividades, é oferecido refeições completas de café da manhã e almoço ou almoço e lanche da tarde dependendo do turno. Os colaboradores para pagamentos, despesas e manutenção do Centro são provenientes da prefeitura de São Paulo e da Igreja Padre Moye.
3.2.1 Atividade Origens dos Alimentos
Para a visita ao Centro para Crianças e Adolescentes do dia 18/11/21, foram previamente elaborados os materiais para intervenções nutricionais e educação nutricional com as crianças e adolescentes do centro, distribuídos em atividades para dois dias de visita. 
Ao primeiro dia de atividades foi realizado com as crianças atividade de aprendizagem com o tema de Origens dos Alimentos onde foram desenvolvidos cartazes com imagens dos locais de origem de alimentos, e recortado pequenos alimentos. O objetivo da atividade é estimular as crianças a raciocinar a origem de onde os alimentos que elas, e comunicar os tipos de alimentos de acordo com sua origem, como os in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. Para a participação das crianças foi dividido em dois grupos cada um com um cartaz com as imagens dos locais, para cada grupo uma quantidade de figuras de alimentos para colarem no respectivo local de onde eles achem que é a origem. A atividade em si foi um sucesso, teve uma ótima participação tanto com as crianças (6 a 12 anos) quanto com os adolescentes (13 a 14 anos).
3.2.2 Atividade Jogo da Memória / Experimento Nutricional
A visita ao Centro para Crianças e Adolescentes do dia 23/11/21, segundo dia de visita para as atividades, foram previamente elaborados os materiais para intervenções nutricionais e educação nutricional com as crianças e adolescentes do centro.
Para o segundo dia de atividades no centro, foi elaborado para as crianças de 6 a 10 anos cartões com variados tipos de alimentos classificados por carboidratos, proteínas, leguminosas, frutas, legumes e verduras, doces e ultraprocessados. O objetivo da atividade é para que as crianças achem as imagens de alimentos semelhantes como no jogo da memória e em seguida discutam com as estagiárias a importância e efeitos de cada uma delas. Na prática foram separados 3 grupos de crianças, cada grupo com um baralho de cartas da memória, as estagiárias acompanharam as atividades junto com as crianças enfatizando o que são cada alimento e sua importância. 
Para o grupo de adolescentes de idades entre 11 a 14 anos, foi desenvolvida uma brincadeira de experimento nutricional, onde foi apresentado três tipos de alimentos sendo eles bolacha recheada, salgadinho e refrigerante, e para cada grupo de crianças foram distribuídos tubos de ensaio de plástico, funil, açúcar e detergente. A finalidade da atividade é o incentivo do consumo de alimentos in natura e minimamente processados, mostrando às crianças e adolescentes a quantidade de açúcar presentes em alguns alimentos ultraprocessados bem conhecidos. Para a participação, a ideia é que os adolescentes entrassem em um consenso sobre a quantidade de ingredientes contidos nos alimentos apresentados, preenchendo seus tubos de ensaio. Os ingredientes em questão eram açúcar, sal e óleo, por conta de seu valor alto nos mercados, para adaptar esses itens para atividade, foi comprado apenas os ingredientes açúcar com intuito de representar o sal também e detergente para representar o óleo. A atividade em geral foi bem desenvolvida, apenas com algumas adversidades em relação ao momento de fala das estagiárias que não conseguiam projetar tanto a voz para que os adolescentes ouvissem com clareza. 
3.3 Atividade Artigo
O primeiro encontro do estágio Nutrição Social foi realizado na UNIP Campus Vergueiro, onde foram apresentadas as atividades a serem desenvolvidas durante todo o período de estágio, dentre elas um artigo sobre o local CCA. Na mesma semana, discutimos sobre qual tema a abordar para realização de artigos com estudo de campo no CCA São José. 
Os artigos foram realizados em duplas, onde o primeiro dia de visita ao CCA São José foi para coleta de dados conforme temas escolhidos. Para preparação desta visita foi feita uma minuta sobre o tema abordado de cada artigo, os dados coletados foram através de questionários previamente preparados, feito com o público que frequenta o CCA, como funcionários e alunos. Após a coleta de dados seguiu-se com a elaboração do artigo, com orientações do professor supervisor.
3.4 Visita de Campo
Foi realizada por parte individual de cada aluno, visita a lugares desconhecidos escolhidos. A partir desta visita foi feito uma escrita de um ensaio acerca da experiência, compartilhando as percepções sobre o local e a experiência e discussão sobre cultura alimentar.
 Os lugares escolhidos pelas alunas foram:
· Instituto Feira Livre
· Espaço Cultural Al Janiah 
· BIOU’ Z – Gastronomia Africana
· Centro de Tradições Nordestinas
3.5 Visita Quilombo da Parada
Visita realizada ao local para conhecer para onde vão os alimentos doados coletados das arrecadações. O Quilombo da Parada fica no distrito de Parada de Taipas, próximo à Brasilândia, onde há a maior concentração de mortes decorrentes da Covid-19 na cidade de São Paulo. Na visita fomos recepcionadas pela Sirlene Santos onde contou a história da criação do coletivo Esperança Garcia - Quilombo da parada, que é formado por mulheres negras e periféricas que busca fomentar ações de educação, arte, cultura e meio ambiente. As famílias atendidas pelo Coletivo estão numa área de morro onde não existe asfalto, o que dificulta a logística de toda e qualquer ação, como saneamento básico, escolaridade local, acesso fácil à alimentação, entre outros. Além disso muitos chefes de família perderam seus trabalhos durante a pandemia e idosos que vivem sozinhos sem condições de trabalhar, esta situação faz com que muitas famílias
deste local dependam apenas de doações para sobreviver.
3.6 Atividade Fichamento de Artigo
Foi produzido por cada uma das estagiárias um fichamento de artigo, de acordo com a lista de artigos disponibilizada pelo professor supervisor cada aluna escolheu um tema de artigo para realizar esta atividade.
3.7 
Atividade Debates Vulnerabilidade em Saúde Raça/Cor - Ciclos de Vida e Ambiente Alimentar e Territorialidade 
 
Na última semana de estágio (01/12/21), foi realizado um primeiro debate com foco nas políticas públicas do país. Para o debate com tema de “Vulnerabilidade e Saúde Raça/Cor'', foi distribuído entre as alunas conteúdos sobre Políticas Públicas e Pesquisas Nacionais de Saúde, além disso, a leitura de artigos selecionados pelos professores, com intuito de relacionar todos estes temas para discussão no debate. Os conteúdos abordados de Políticas Públicas e Pesquisas Nacionais de Saúde foram: 
· Vigitel - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico;
· PeNSE - Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar;
· POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares;
· PNS – Pesquisa Nacional de Saúde;
· PNDS - Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher;
· SABE – Pesquisa Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento.
Artigos selecionados pelos professores supervisores para debate: 
· A cor da morte: causas de óbito segundo características de raça no Estado de São Paulo, 1999 a 2001;
· Cores e valores: marcas do racismo no estado nutricional da população brasileira;
· Enfrentando o racismo nos serviços de saúde;
· Racismo institucional uma abordagem conceitual;
· Raça e obesidade na população feminina negra: uma revisão de escopo;
· Política Nacional de Saúde Integral da População Negra uma Política do SUS;
· Racismo e Saúde: um corpus crescente de evidência internacional;
· Racismo institucional e saúde da população negra;
· População negra e Covid-19: reflexões sobre racismo e saúde;
· A universalização dos direitos e a promoção da equidade: o caso da saúde da população negra.
O segundo debate realizado (03/12/21), foi abordado dois temas entre eles “Ciclos de Vida” e “Ambiente Alimentar e Territorialidade”. A primeira roda sobre Ambiente Alimentar e Territorialidade foi referente a um projeto de pesquisa inédito em São Paulo que mapeou o ambiente alimentar na cidade de São Paulo, materiais bases com os temas: 
· São Paulo: entre a abundância e a escassez no acesso à alimentação;
· Deserto Alimentar, Grajaú luta contra o coronavírus e a falta de políticas públicas;
· Em Pântanos Alimentares, ultraprocessados 'alagam' bairros ricos de São Paulo
· Oferta mista de alimentos é a maior em São Paulo e favorece os ultraprocessados;
· Em São Paulo, mais dinheiro não é sinônimo de comida saudável.
A segunda roda de debate retratou sobre os Ciclos de Vida, sendo como base os três fascículos do Guia Alimentar lançados pelo Ministério da Saúde. Estes materiais são protocolos de uso do Guia Alimentar na Atenção Básica, ou seja, recomendações de como abordar as orientações do Guia Alimentar para populações específicas: adultos, idosos e gestantes. Além disso, foi discutido o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Os Fascículos e Guia discutidos foram: 
· Fascículo 1: Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar: Bases Teóricas e Metodológicas e Protocolo para a População Adulta;
· Fascículo 2: Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa;
· Fascículo 3: Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Gestante;
· Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos: Versão Resumida.
3.8 Guia alimentar da População Brasileira (2014)
O Guia Alimentar para a População Brasileira é um documento elaborado pelo ministério da saúde que aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e saudável, configurando-se como instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional. Entre as suas recomendações, o Guia prioriza o consumo de alimentos frescos (in natura ou minimamente processados) e preparações culinárias em detrimento ao consumo de alimentos ultraprocessados (BRASIL, 2014).
O guia trabalha com cinco princípios que orientaram sua elaboração que são:
1. Alimentação é mais que ingestão de nutrientes
1. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo
1. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável
1. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares
1. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
Para a escolha dos alimentos, o guia fornece quatro recomendações uma regra de ouro:
· Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação
· Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
· Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados
· Evite alimentos ultraprocessados
· Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados
O guia ainda oferece com ilustrações exemplos de diversas refeições. Além disso, explica sobre os grupos dos alimentos, explicita cuidados na escolha, conservação e manipulação dos alimentos, valoriza o ato da comensalidade, da regionalidade e finaliza com os dez passos para uma alimentação adequada e saudável, (BRASIL, 2014) são eles:
1. Fazer de Alimentos in natura ou minimamente processados a Base da Alimentação;
1. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar e criar preparações culinárias;
1. Limitar o consumo de alimentos processados;
1. Evitar o Consumo de Alimentos ultraprocessados;
1. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
1. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
1. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
1. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
1. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
1. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação, veiculadas em propagandas comerciais.
3.9 Programa Saúde na Escola (PSE)
O Programa Saúde na Escola (PSE) tem por objetivo proporcionar aos escolares a participação em programas e projetos que articulem saúde e educação, na tentativa de combater as vulnerabilidades que comprometem o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integração entre saúde e educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade de vida dos educandos.
O Programa Saúde na Escola conta com 8 diretrizes:
· Tratar a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
· Permitir a progressiva ampliação intersetorial das ações executadas pelos sistemas de saúde e de educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes;
· Promover a articulação de saberes, a participação dos educandos, pais, comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social das políticas públicas da saúde e educação;
· Promover a saúde e a cultura da paz, favorecendo a prevenção de agravos à saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de educação;
· Articular as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) às ações das redes de educação pública de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos educandos e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis;
· Fortalecer o enfrentamento
das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar;
· Promover a comunicação, encaminhamento e resolutividade entre escolas e unidades de saúde, assegurando as ações de atenção e cuidado sobre as condições de saúde dos estudantes;
· Atuar, efetivamente, na reorientação dos serviços de saúde para além de suas responsabilidades técnicas no atendimento clínico, para oferecer uma atenção básica e integral aos educandos e à comunidade. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília.
4. ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM SAÚDE PÚBLICA
O nutricionista que atua na área de saúde pública tem um papel muito importante, ele atua em ações de promoção e recuperação da saúde da população realizando diagnósticos socioculturais, fisiológicos e de disponibilidade alimentar, a fim de implementar orientações adequadas para cada grupo, as práticas do nutricionista deve-se basear nos princípios da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e no Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) (Barros et al.,2019; CFN, 2013).
Após a realização do diagnóstico dos grupos a serem orientados, o nutricionista atuará com práticas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), que no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, é um campo de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis (Brasil, 2012).
Em 2012, o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas foi lançado, a fim de nortear as práticas de EAN para que o máximo de resultados fossem alcançados, contribuindo assim para melhorar a qualidade de vida da população (Brasil, 2012).
O nutricionista é essencial para garantir o direito humano à alimentação adequada, dentre algumas atribuições dentro dessa área destaca-se algumas como:
• Estimular práticas alimentares e estilos de vida saudáveis, adequando-os aos hábitos alimentares e culturais da população atendida, a fim de contribuir com a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN);
• Contribuir na elaboração de instrumentos de informação (folder, cartilhas, artigos, debates etc.) para esclarecer a população sobre alimentação e modos de vida saudáveis;
• Nos programas de alimentação e nutrição públicos e privados, os nutricionistas devem articular ações entre gestores e agricultores, para garantir a aquisição de alimentos da agricultura familiar, a exemplo da alimentação escolar. Assim, promoverá o resgate de hábitos e costumes alimentares regionais e o desenvolvimento local sustentável;
• Orientar pacientes e familiares que não têm acesso aos alimentos, a procurarem os gestores públicos municipais ou o Ministério Público local para assegurar esse direito.
• Participar do controle de qualidade de gêneros e alimentos ofertados à população, para a garantia de uma alimentação saudável e segura;
• Promover a educação e a orientação nutricional para a coletividade ou indivíduo em instituições públicas ou privadas, destacando a importância do processo de manutenção da saúde e de prevenção das doenças;
• Integrar as equipes multiprofissionais e intersetoriais, criadas por entidades públicas ou privadas, relacionadas a políticas, programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos de qualquer natureza, direta ou indiretamente ligados à alimentação e nutrição, visando à inserção dos princípios do direito humano à alimentação e da SAN (CARTILHA DA CAMPANHA DO DIREITO À ALIMENTAÇÃO, 2012). 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. Parecer sobre o estágio
O estágio foi de suma importância para melhorar o nosso entendimento da atuação do nutricionista na área de saúde pública e colaborar para o nosso crescimento profissional. 	
As visitas ao CCA foram importantes para desenvolvermos e colocarmos em prática as nossas habilidades de comunicação e assistência humanizada, assim como foi importante para ressaltar a importância de práticas de Educação Alimentar e Nutricional.
A campanha de arrecadação de alimentos e a visita ao local que recebeu as doações foi um momento de grande reflexão sobre necessidades nutricionais e acesso à alimentação.
O trabalho de cultura alimentar foi importante para conhecermos novas culturas que são reflexos de tradições, crenças e hábitos alimentares.
O auxílio do professor Caio em todas as atividades desenvolvidas também foi de grande importância, sempre nos auxiliando e nos fazendo refletir sobre os temas propostos.
5.2. Propostas para melhorias (do serviço, do estágio ou do local de estágio)
 Poderiam aumentar a carga horária do estágio de Saúde Pública, pois achamos o tempo curto para desenvolvermos tantas atividades. 
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de assuntos administrativos. Cartilha do Servidor/Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_servidor_p1.pdf>.
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Brasília. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br. .
BRASIL, vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 137. 
BAPTISTA, T. W. F. História das políticas de saúde no Brasil: a trajetória do direito à saúde. In: MATTA, G. C. PONTES, A. L. M. (orgs.). Políticas de saúde: Operacionalização do Sistema Único de Saúde. Ed.: Fiocruz, Rio de Janeiro, 2007. P.29-60.
BRASIL. Princípios do SUS. Disponível em http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/programas/index.php?p=5657> 
BRASIL. Programa Saúde nas Escolas. Disponível em http://portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/14578-programa-saude-nas-escolas. 
MATTA, G. C. Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. In: MATTA, G. C.; MOURA, A. L. Políticas de saúde: a organização e a operacionalização do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/FIOCRUZ, 2007, pp. 61-79.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
7.ANEXOS
7.1 Ensaio Cultura Alimentar – Instituto Feira Livre
Gabriela Carbonari, estudante do sétimo semestre do curso de Nutrição. Nascida e criada em São Paulo, capital. A influência da escolha para o curso de Nutrição vem a partir da observação do estilo de vida em que o pai vivia, onde o mesmo morava sozinho, longe da família, com jornada de trabalho pesado e corrido, consequentemente aderir a uma dieta desequilibrada diariamente e a maioria das vezes trocava as refeições essenciais do dia por lanches rápidos. O mesmo faleceu por ocorrência de neoplasia cerebral maligna, o que leva a refletir sobre como este acontecimento poderia ter sido evitado ou prorrogado se o mesmo tivesse levado um estilo de vida diferente. Após estas ocorrências o desejo de atuar ajudando o próximo através da área da saúde e da alimentação simples e saudável emergiu, levando em consideração o fato de que a alimentação adequada e saudável é um direito humano básico, e tem o poder de aumentar a imunidade e prevenir doenças. A razão da escolha do local de visita Instituto Feira Livre foi principalmente a rota de viagem que apresenta maior facilidade por ser no centro de São Paulo, portanto de fácil acesso. O Instituto Feira Livre é uma associação sem fins lucrativos que
promove o acesso e comercializa alimentos orgânicos de maneira sustentável e sem agrotóxicos, com objetivo de estabelecer relações comerciais justas com todos os atores da cadeia produtiva, desde quem produz e quem consome. O local é composto por uma mistura de mercearia, café e feira juntos, seus produtos são principalmente orgânicos e agroecológicos. A associação opta por um formato em que tudo que está disponível para compra terá o preço de venda do produtor, Ou seja, aquilo que pagamos ao produtor é o custo exposto nas etiquetas dos produtos, o que mostra que mesmo em uma cidade grande como São Paulo é possível aproximar o campo e cidade, consumo saudável e sustentável. Além disso, buscam oferecer um preço justo para que produtos orgânicos se tornem mais acessíveis para todos, promovendo a agricultura sem o uso de agrotóxicos. A proposta de um comércio mais justo consiste na revenda dos produtos pelo mesmo preço praticado pelo produtor, acrescida de uma contribuição de 35% sugerida ao consumidor, quando este leva os itens ao caixa ao final da compra tem a opção contribuir com uma pequena taxa (R$1,50). Nessa porcentagem estão previstas despesas e custos operacionais para manutenção do local: aluguel do imóvel, contas de consumo, salários, impostos, fretes, tarifas bancárias, etc. Todas essas informações financeiras estão dispostas em um grande painel no fundo do caixa. Não há contribuições financeiras de nenhum tipo de empresa. Para o abastecimento de hortifruti, contam com a parceria de aproximadamente agricultores, a maioria do interior de São Paulo e Minas Gerais. O instituto é composto por um número de 11 colaboradores se revezam atividades sendo no caixa, limpeza, na reposição dos alimentos ou no preparo dos produtos servidos no espaço café. Durante a visita ao instituto, foi encontrado nos corredores produtos como pães, cogumelos e palmito frescos, chocolates, compotas, bebidas, temperos, produtos de higiene e limpeza. Além de também alimentos pouco comercializados em mercados convencionais, por exemplo as PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais), tais como azedinha, ora-pro-nóbis, taioba, entre outras, e variações dos alimentos convencionais como cenoura, banana, tomate, manga, inhame, entre outras. Quando há situações de algum alimento chegar perto da data de validade é exposto em frente a loja sem preço de venda, caso chegue a um estado em que não pode ser reaproveitado o produto ou alimento é descartado. Dentre estes produtos foi adquirido uma loção hidratante de origem vegana 200ml com preço admirado de 10,00 (dez reais), o produto não contém corantes, sulfatos ou parabenos, para todos os tipos de pele, além de não testado em animais. O mesmo produto encontrava-se em comércios convencionais na faixa de preço de 55,00 reais. O Segundo produto foi comprado a favor da curiosidade do sabor da bebida em si, já que não é comum em mercados comuns, o produto é feito a partir de proteína vegetal orgânica, sem nenhuma origem animal, da marca A Tal da Castanha onde o preço habitual é de 5,00 (cinco reais), o preço pago foi de na verdade 3,00 (três reais). Um ponto a destacar sobre este produto é a forma em que a embalagem oferece informações nutricionais importantes das quais não é retratada em embalagens de marcas grandes. Na mesma destaca-se por exemplo, logo na parte da frente da embalagem avisos como a importância de este produto não ser oferecido a menores de 1 (um) ano de idade, além disso faz a promoção ao aleitamento materno destacando sua importância em relação a imunidade da criança. As pessoas que frequentam o local, em sua maioria, são moradores da região do centro de São Paulo, entre elas trabalhadores locais que param para tomar um café no bar, veganos em busca de um produto para se encaixar na sua alimentação e idosos à procura de alimentos saudáveis para saúde. É um local que em geral acolhe muito bem todo tipo de pessoa independente de idade, cor, orientação sexual ou classe. Na entrada pede-se apenas que entrem com o uso de máscaras! Em análise e comparação a mercados e hipermercados convencionais, sabemos que estar grandes redes lucram além de 100% em cima de produtos orgânicos, além da enorme promoção de venda em cima de produtos ultra processados, alimentos com alto uso de agrotóxicos, sal e açúcares que favorecem a baixa qualidade de alimentação. Apesar do estabelecimento não contar com nenhum tipo de auxílio de um profissional nutricionista, vale ressaltar que este profissional é de extrema importância em locais como este, para a promoção e ampliação deste tipo de associação, onde visa aproximar o campo com a cidade, diminuir taxas, e promover a saúde através da alimentação saudável, fortalecendo o acesso a alimentos da agricultura familiar, orgânica e agroecológica que é trazida com tanta atenção, cuidado e dedicação por estes produtores e colaboradores. Sobre a localidade, apesar de estar no centro de São Paulo e de fácil acesso, a mesma está rodeada de empresa de produções o que diminui o fluxo de pessoas, poderia se encontrar em lugares mais acessíveis ainda como locais mais residenciais, daí a importância de apoiar e promover este tipo de trabalho. A qualidade de todos os alimentos estavam em perfeito estado e durante a visita uma das organizadoras estava fazendo check list de todos eles. Em geral a visita foi que no início não se esperava muito, pois poderia ser apenas uma pequena feira, mas ao fim percebe-se que é totalmente o contrário deste pensamento, é cheio de produtos de diversas origens, tipos, cores e produções, o que faz lembrar a importância do local, dos produtos e de sua origem, levando a refletir o quão grande é esta organização e sua importância para a população.
7.2 Ensaio Cultura Alimentar - Espaço Cultural Al Janiah 
Me chamo Andressa, tenho 23 anos, nacionalidade brasileira, naturalidade de Diadema- São Paulo. Estudante de Nutrição, concluindo o 7º semestre na Universidade Paulista- UNIP Vergueiro, escolhi essa área de Nutrição motivada pelo esporte, pela alimentação mais saudável, gosto de combinar os alimentos e logo com isso, saber e entender os benefícios que faz em nosso corpo.
Fiz o trabalho de campo sobre a cultura alimentar, no restaurante “Al Janiah”  localizado na Rua Rui Barbosa, nº 269 Bela Vista- São Paulo, o motivo de escolher esse local foi por curiosidade sobre as culinárias árabes pois os únicos que conhecia era somente as esfirras e os kibes. No passado minha mãe teve oportunidade de trabalhar como cozinheira na casa de patrões árabes, ou seja, ela fazia bastante pratos árabes e contava as experiências na cozinha, com isso despertou minha curiosidade sobre a culinária.
O Al Janiah restaurante está comprometido com a política anti-assédio visando proporcionar uma experiência segura e agradável para a população independentemente do gênero, necessidade especiais, orientação sexual, aparência física, raça/cor, religião e condições sócio econômicas. Neste local não aceita nenhuma forma de assédio, desrespeito ao público sejam mulheres, homens e LGBT’s. Não é aceito imagens, linguagens de caractere sexual, assédio, perseguição, contato físico sem consentimento entre outras atitudes, e as pessoas que desrespeitar não poderão permanecer no local.
 “Machistas, racistas, xenófobos, homofóbicos e abusadores não tem vez nesse espaço. Nessas situações tomaremos as devidas providências para evitar qualquer insistência ou que os atos de violência se repitam. ”
Quando escolhi o local esperava encontra um local com ambiente bacana para ir com companheiro e familiares, bom atendimento, bons cardápios com boas comidas e imagens com a história árabes. Na quarta-feira dia 24/11 fui ao restaurante ao chegar no local minha primeira impressão foi “Serás que és aqui? ” fiz essa pergunta porque quando cheguei no local estava um pouco escuro e pouco difícil de ser identificado, entrei no restaurante logo observei a questão da organização, muitas imagens mostrando a história e com apologias.
Os alimentos disponíveis no cardápio eram: Massas como
esfirras, kibes, sanduiches, carnes, molhos “especiarias” bebidas, logo esses se relacionam com a cultura alimentar como os mais conhecidos esfirras abertas ou fechadas, kibes frito ou cru, pão sírio, homus, coalhada seca, kafta e falafel entre outras comidas. Depois de ter andado pelo local, observando as imagens e ter visto, tirado fotos da exposição fui escolher os alimentos para comer, demorei bastante para escolher e por fim escolhi o sanduíches de shistaouk (sanduiche de frango e salada rústica), batata rustica com pasta de alho e o zaatar, porção de falafel (bolinhos de grão de bico) e o sanduíche de chukaf (sanduíches de carne em pedaços com tomates e cebolas grelhados), escolhemos estes alimentos porque foi o que mais nos identificamos, o que comia no dia a dia. Quando comi o meu pedido gostei da batata rústica porque gosto de batata, o falafel me lembrou um kibe sem tempero e com muita farinha e o sanduiche de chukaf não gostei porque era apimentada e tinha um gosto de carvão.
As pessoas que frequentam este restaurante são uma população diversas bem variados como adolescentes, adultos e pessoas mais velhas e na minha opinião estava bem cheio por ser no meio da semana. Minha experiência como um todo foi regular, porque cheguei ao local achei meio escuro, faltava um pouco de luz no ambiente, quando cheguei tive que pagar a entrada, não gostei do meu pedido e sai de lá com fome.
 A cultura seria um conjunto de hábitos, estilos de vida, crenças e conhecimentos, sendo uma solução que contém nutriente adequados e em condições propicias a sobreviventes. No “Al Janiah” a cultura alimentar originalmente os árabes se baseiam sua alimentação em uma dieta de tâmaras, trigos, cevada, arroz e carnes, com pouca variedade em produtos similares ao iogurte como o labeny “queijo”.
O contexto histórico deste restaurante é um espaço político e cultural, sendo restaurante e bar de culinária árabe no bairro do Bixiga São Paulo, onde a política, arte, cultura, música e cinema se expressam criticamente por meio de eventos, teatros, livros, filmes e fotografias, tudo isso envolve pelos deliciosos sabores e aromas das bebidas e comidas da casa.
A comida é uma das mais antigas formas de intercâmbio entre povos e acreditamos que ela ajuda a promover o envolvimento da comunidade em torno desse intercâmbio complexo de culturas, religiões e etnias. A alimentação é um organizador natural das pessoas, bem como o local favorito para o debate. No entanto, raramente as pessoas têm conversas sobre a comida que comem, de onde vieram os ingredientes ou a política por trás das cozinhas. Alimentos e cozinha são caminhos pouco explorados para cultivar o diálogo de paz dentro da comunidade.
O mercado globalizado coloca em circulação alimentos de todas as áreas do mundo permitindo que o acesso a outras culturas crie um espaço compartilhado em que todas as pessoas podem ser incluídas nas trocas e interações, superando os estereótipos e a cultura do ódio. A prática de rituais alimentares no mundo árabe é um importante conector de pessoas e comunidades, e São Paulo é uma das cidades mais multiculturais do mundo. É essa vibração e transversalidade de culturas e etnias que fornece uma plataforma para discussões sobre outros países: pensar global, agir local. (https://www.aljaniah.com.br/sobre1)
O contexto político: Al Janiah promove ato político e cultural em resposta a ataque criminoso
 São Paulo – O restaurante Al Janiah promove o Ato Político e Cultural – Corrente de resistência, a partir das 16h deste sábado (7), no mesmo endereço do estabelecimento, que fica na região central de São Paulo (leia abaixo). A ação ocorre em resposta ao ataque, no último domingo (1º), em que criminosos lançaram garrafas para dentro do restaurante. Ninguém ficou ferido e a equipe do espaço conseguiu conter o atentado que segue sendo investigado pela Polícia sob suspeitas do envolvimento de um grupo da extrema-direita. O ato desse sábado leva em conta as demais manifestações que ocorrem pela capital paulista, neste que é reconhecido como o Dia da Pátria, em oposição ao atual governo de Jair Bolsonaro, como o protesto convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) contra as queimadas na Amazônia e também contra os cortes na educação. De acordo com a organização, a ideia é que após a manifestação dos estudantes, que tem início às 10h, o público, vestido de preto, se encontre no Al Janiah em solidariedade ao ato político e cultural. “Será um dia muito bonito para a gente mostrar resistência a esse governo e a tudo que ele representa”, destaca a gerente de comunicação do Al Janiah, Indra Seixas em entrevista ao jornalista Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual. A corrente de resistência seguirá até a madrugada do domingo, com apresentação de diversos artistas e bandas. Ao final, os participantes realizarão um abraço simbólico e solidário ao espaço que é referência gastronômica e de acolhimento aos refugiados e imigrantes de todos os países, além de ser responsável pela promoção de eventos, debates e expressões artísticas ligadas aos movimentos sociais, democráticos e pela libertação da Palestina. “A gente é um espaço multiterritorial que incita esse reconhecimento da multiculturalidade no país”, ressalta Indra. A resposta ao ataque também conta com o apoio, segundo a gerente de comunicação do Al Janiah, dos mandatos da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), dos deputados estaduais Beth Sahão (PT-SP) e Carlos Giannazi (Psol-SP), e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP), que entrará com representação contra o atentando ao restaurante. (REDE BRASIL, 2019)
O contexto social: Para fundadores, Al Janiah foi atacado por ser de esquerda: “Não foi só xenofobia” A sede do restaurante palestino Al Janiah, no bairro da Bela Vista, em São Paulo (SP), sofreu um ataque. Cinco homens se aproximaram da entrada do espaço e jogaram garrafas e gás de pimenta contra os clientes e funcionários. Imediatamente, se espalhou nas redes sociais que se tratava de um atendado xenófobo. Porém, para Reginaldo Nasser, que é fundador e membro do estabelecimento, a motivação foi “porque somos de esquerda.” “O ataque, sem dúvida nenhuma, ocorreu porque somos de esquerda. A xenofobia está mais presente nos grupos de direita. A esquerda sempre esteve alinhada contra a xenofobia. Portanto, não é só xenofobia, é porque somos de esquerda”, afirma Nasser, que é professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).Ainda de acordo com Nasser, o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estimula atos como o da madrugada de domingo. “De certa forma, esse discurso fortalece as pessoas e esses grupos para que ajam em consonância com o governante. É como se dissessem: ‘Eu e o presidente estamos juntos’. Não é uma causa direta, mas indiretamente, [o discurso de Bolsonaro] é o fator estrutural que permite aumentar esse tipo de acontecimento, isso é fato”, explica. Para Nasser, o ataque foi organizado por grupos de extrema direita. “São pessoas que agem com covardia, planejamento, num horário que pouca gente está na porta e, portanto, sem resistência. Tanto que quando há o revide, eles correm. São covardes. Portanto, o melhor para combater isso é ocupar os espaços e fazer o debate, não mudar absolutamente nada”, argumenta. Também fundadora do espaço, a socióloga Marina Mattar explica porque o restaurante não procurou imediatamente a polícia. “A primeira preocupação foi ver se as pessoas estavam bem e se os clientes estavam feridos. Por isso, não corremos para a delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência. Também porque sabemos que o problema não é especificamente essas cinco pessoas, não somos punitivistas, as grandes questões não são essas cinco, é mais que isso”, relata. (BRASIL DE FATO, 2019) Entre as atuações do Nutricionistas sobre a alimentação adequada para todos, além é claro orientar dietas especiais para quem apresenta Índice de Massa Corporal (IMC), combater a obesidade infantil, orientações sobre alimentação adequada
com os idosos e nutrição para gestantes, diabéticas, pessoas com hipertensão arterial. A alimentação é uma abordagem para conhecer e entender a cultura e história do nosso povo, os ingredientes, modo de preparos, pratos que compõem a mesa dos brasileiros. A alimentação é fator primordial na rotina diária da humanidade, não apenas por ser necessidade básica, mas principalmente porque a sua obtenção tornou-se um problema de saúde pública, o excesso ou falta podem causar doenças.  Quando se fala em alimentação não há como não pensar na consequência da falta da mesma: a fome, um problema de extrema gravidade que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. As desigualdades econômicas e sociais têm impossibilitado que as populações, principalmente de países em desenvolvimento, tenham acesso à alimentação. É importante perceber a emergência de decisões políticas que priorizem o desenvolvimento econômico através de uma melhor distribuição de renda e de uma política agrícola, auxiliadas por novas tecnologias. Bom, a minhas impressões sobre este trabalho de campo, logo de início achei bem bacana porque nenhum dos estágios recomenda lugares tipo restaurantes para visitar/conhecer achei bem legal dá para distrair um pouco. A importância deste trabalho de campo serve para mostrar na prática as diferenças entre as culturas culinárias, histórias, ambientes e ajudar a agregar ao meu conhecimento.
7.3 Ensaio Cultura Alimentar – Centro de Tradições Nordestina
Eu sou Amanda, filha de dois nordestinos, mais especificamente dizendo, de dois cearenses e esse é o motivo de ter escolhido o Centro de Tradições Nordestinas (CTN) pois nunca havia visitado e me despertou o interesse conhecer um pouco mais da cultura nordestina além das típicas da região dos meus pais. 
A migração nordestina para o Estado de São Paulo se deu devido ao forte crescimento econômico do Estado de São Paulo e a falta do mesmo crescimento no Nordeste, ou seja, as desigualdades regionais e a seca no Nordeste fazem parte desse contexto de migração. 
A capital paulista abriga o maior número de nordestinos fora da sua região, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Grande São Paulo, 82% da população das cidades tem sua origem dos estados do Nordeste e Norte.
O CTN foi fundado em maio de 1991 e é a principal referência em centro de cultura, entretenimento e gastronomia nordestina, o local foi concebido como um recanto de encontro dessa comunidade e mantém o trabalho de preservação e valorização da cultura nordestina. 
Ao longo dos anos, o CTN ainda desenvolveu e desenvolve ações sociais como, doações de alimentos, o CTN cidadão que acontece a cada 2 meses em que são disponibilizados profissionais de saúde para realizar testes de diabetes, avaliação odontológica, orientação jurídica, emissão de documentos, entre outros. 
Esperava encontrar restaurantes de comidas típicos da região, porém encontrei mais que isso, encontrei um local que remete visualmente o Nordeste, com quiosques pintados inspirados na arquitetura colonial presente no Pelourinho e nos centros velhos de Olinda.	
Além disso, um fato curioso que me chamou atenção, é que o restaurante mais “glamourizado” e que vende pratos mais sofisticados se chama “Jeri”, trazendo referência a Jericoacoara que é um dos pontos turísticos mais elitizados do Estado. 
Dentre tantas opções de alimentos/comidas disponíveis, posso ressaltar algumas como, baião de dois, galinhada, cuscuz com carne seca, cocada, quebra queixo, rapadura, farinha, carne de sol, tapioca, manteiga de garrafa, queijo coalho, opções de peixes, frutos do mar, cartola, bebidas típicas como guaraná jesus, refrigerante de caju, entre outros. 
A culinária nordestina é rica e diversificada, tendo variações de culturas alimentar dentro de um só estado, e é caracterizada pela sua simplicidade, fácil preparação e o poder de saciedade, como por exemplo o baião de dois, que tem como receita original a simples e tradicional mistura de arroz com feijão, inicialmente essa mistura era feita com a sobra dos alimentos, devido à escassez de alimentos na região (Giglio, 2020).
A minha escolha no CTN foi baião de dois com carne de sol e mandioca na manteiga, porque dentre as opções disponíveis foi a que mais me chamou atenção, um baião com muito mais ingredientes regionais do que os ofertados na região.
O ato de comer, além de satisfazer às necessidades biológicas, é também fonte de prazer, de socialização e de expressão cultural. As características dos modos de vida contemporâneos influenciam, significativamente, o comportamento alimentar, com oferta ampla de opções de alimentos e preparações alimentares, além do apelo midiático, da influência do marketing e da tecnologia de alimentos. (BRASIL, 2012, p. 14).
Levando em consideração o conceito do ato de comer e o papel do nutricionista em promover uma alimentação saudável, é de grande importância conhecer os aspectos culturais em suas diversas dimensões.
 
7.4 Ensaio Cultura Alimentar - BIOU’ Z – Gastronomia Africana
Me chamo Daniela, tenho 28 anos, natural da Bahia, cursando o 7° semestre de Nutrição e morando em São Paulo há dez anos.
No dia 19/11/2021 visitei o restaurante africano Biou’z, um dos motivos que me motivaram a escolha foi, o fato de nunca ter experimentado nenhuma preparação dessa cultura alimentar, as preparações coloridas com temperos exóticos, despertou em mim curiosidade de conhecer um pouco mais.
O Biou’z é um restaurante gastronômico africano localizado na região central de São Paulo. O espaço existe desde 2007, tem uma decoração caprichada, colorida e um cardápio rico em detalhes. Os pratos são elaborados pela chef camaronesa Melanito Biyounha, de cinquenta anos. A empresária chegou em 2003 para fazer turismo e percebeu que não havia restaurantes africanos na cidade. Ela veio de Yaondé, capital da República de Camarões, onde aprendeu a cozinhar com a avó, a mãe e a irmã mais velha.
A gastronomia africana é uma verdadeira aula de história e prazer culinário.
O primeiro contato com as preparações africanas foi uma experiência extraordinária, a cor das preparações, as combinações, a textura e os temperos diferentes. Algo que me chamou a atenção a frequência com eles usam alguns alimentos específicos como por exemplo: O boldo, curry, aipim e banana da terra. Esses alimentos estavam presentes em quase todos os pratos.
Outra preparação que tive a oportunidade de experimentar foi uma bebida preparada no restaurante, tipicamente africana – o suco de Baobá. O baobá é a maior árvore do continente africano- um reservatório de água boa, alimento farto, os baobás podem alcançar a idade de 6 mil anos, podendo atingir 30 metros de altura e mais de 7 metros de circunferência que resiste a longos períodos de seca. Suas folhas, frutos e sementes são muito nutritivos e tem propriedades medicinais.
O baobá é considerada uma super fruta por ser um alimento rico e completo. Trata se de uma cápsula seca (sem suco) e é usado como alimento. As folhas são usadas na alimentação, frescas ou cozidas pois são bem nutritivas. 
As sementes secas e moídas também se faz uma bebida que lembra o café. 
É uma árvore cheia de simbologia (percebi isso ao questionar o garçom africano sobre a fruta, e ele me explicou com entusiasmo a história da árvore). 
O fruto de Baobá é uma boa fonte de vitamina C, vitaminas do complexo B, fibras, aminoácidos essenciais, antioxidantes, ácidos graxos essenciais e ferro. Vale lembrar que a fruta é hepatoprotetora, desintoxicante, depurativas, anti inflamatória entre outras propriedades. 
Os frutos são consumidos in natura, a água contida no tronco serve para beber e cozinhar. 
As folhas são usadas como alimento e para fins medicinais. 
A polpa é usada para fazer mingau Pirão, sopas molhos, bolos, sorvetes, pudins pão, cuscuz, Iogurte e biscoitos. Das sementes é extraído óleo vegetal, fontes de fibras têxteis, tintas vegetais e combustível. 
Há uma ligação gigantesca entre os alimentos disponíveis no cardápio e a cultura alimentar africana. 
O fato de a África
do Sul ter sido colonizada por países como Holanda, Alemanha, Inglaterra e Índia influenciou diretamente a cultura e, consequentemente, a culinária sul-africana. Somado a isso, estão influências das inúmeras tribos indígenas africanas que deixaram sua contribuição para a gastronomia mundial. 
A cultura diz respeito aos saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo do outro.
Constitui um modo de vida de um povo ou de uma nação. 
O Biou’z representa de forma comprendiosa a cultura alimentar africana. 
Outro ponto importante é, a maior parte das preparações são a base de aipim, peixe, banana da terra, cuscuz boldo, folhas de vegetais e Legumes. 
O cardápio conta com pratos quentes, saladas, acompanhamentos, sobremesas, entradas drinks africanos e pratos vegetarianos. 
No momento em que consultei o cardápio, as combinações e muitas vezes a forma como eles usavam determinadas plantas e temperos me causaram certa estranheza, por esse motivo escolhi pratos que tinham alimentos nos quais já estava familiarizada e faziam parte da minha cultura alimentar. 
Ao todo experimentei três pratos que foram:
Tiep - Almôndegas de carne, aipim, arroz, batata doce e Legumes. 
Attieke – Peixe frito couscous de Mandioca, vinagrete e ovo Cozido. 
Tiotbi – salada de peixe.
 
 A minha experiência foi positiva apesar, de sentir um leve excesso de temperos nas preparações. O que mais me chamou a atenção foi o fato de a maioria das vezes serem usados os mesmos alimentos usados pela nossa cultura alimentar, e essas preparações terem um paladar totalmente diferente do nosso. 
 O suco da fruta do baobá, foi algo incrível de provar o cheiro muito característico e muito saboroso. 
A visita foi uma oportunidade que me proporcionou uma nova experiência, tive a o prazer de conhecer novos sabores, novas texturas novos temperos e diferentes formas de preparo de alimentos já conhecidos em nossa cultura alimentar brasileira. Como dito anteriormente a cultura alimentar africana influi diretamente na cultura alimentar brasileira de forma que nos apresenta outras versões nas preparações dos alimentos. 
Considero o presente trabalho de extrema importância na minha formação profissional, tendo em vista a relevância que é poder conhecer, respeitar e preservar a cultura de outros povos.
7.5 Fichamentos de Artigos 
Amanda Vitória Silva Nascimento N2569G3
	Temática
(Idioma)
	Referência bibliográfica completa
	Título
	Amostra (n= ), idade média e sexo
	Objetivo
	Delineamento do estudo
	Instrumento de coleta de dados
	Análise estatística
	Nível de evidência
	Comentário ou crítica
	
Atenção Primária em Saúde (APS) + COVID
(Português)
	MEDINA, MARIA GUADALUPE et al. Atenção primária à saúde em tempos de COVID-19: o que fazer?. Caderno de Saúde Pública [online]. v. 36, n. 8. 
	Atenção primária à saúde em tempos de COVID-19: o que fazer?. 
	
--
	Analisar possibilidades de atuação dos serviços de APS na rede do Sistema Único de Saúde que possam contribuir para o controle da epidemia, e que cumpram com a função essencial de garantir atenção cotidiana e capilarizada.
	Não se aplica
	Não se aplica
	--
	Não se aplica
	
	RESULTADOS
A atuação da APS pode ser sistematizada em quatro eixos:
Vigilância em saúde nos territórios: Com a intenção de bloquear e reduzir o risco de expansão, a APS deve estar envolvida no gerenciamento de risco da epidemia, de forma articulada com a vigilância em saúde dos municípios, estabelecendo fluxos de informações, como uma via de mão dupla, a fim de aprimorar a qualidade dos serviços. Notificar, detectar e acompanhar casos, com isolamento domiciliar dos casos e quarentena dos contatos são atividades centrais de mitigação da epidemia, todas essas ações devem ser desenvolvidas pelas equipes da APS. Além da importância do incentivo dos profissionais de saúde, especialmente os agentes comunitários de saúde (ACS), em realizar isolamento social, e mobilizar lideranças e recursos locais com ampla divulgação de informações e realização de medidas concretas. Os ACS são importantes aliados no enfrentamento das epidemias, principalmente na conscientização da população, combate de estigma relacionados à doença, no combate a fake News e no apoio a atividades educativas no território.
Atenção aos usuários com COVID-19: Organizar fluxos distintos para cuidados dos pacientes de acordo com a gravidade do quadro. Deve-se estender o acesso a telefonia celular e internet de forma rápida para profissionais e usuários, pois os atendimentos on-line devem ser priorizados, a consulta on-line deve ser realizada com bases em protocolos, com mensagens objetivas e claras, preferencialmente por vídeo, assim pode-se monitorar os sinais vitais. A qualidade de atendimento a esses pacientes só podem ser asseguradas com recursos adequados que possam garantir a segurança do paciente, além de ser necessário que APS esteja integrada à rede de emergência, hospitalar e de transporte sanitário.
Suporte social a grupos vulneráveis: A ESF tem ampliado a sua atuação na resposta às necessidades de populações socialmente vulneráveis e de grupos de risco, para que possa seguir as recomendações preventivas relacionadas à COVID-19, essa população precisará de todo tipo de apoio (sanitário, financeiro, psicológico e social). Encontrar melhores soluções para os problemas graves e diversos grupos populacionais mais vulneráveis exige uma ação coordenada no território com as lideranças, equipamentos e instituições locais, articulando ações implementadas pelas equipes com as iniciativas comunitárias, destacando o engajamento comunitário como uma importante estratégia global no enfrentamento da pandemia. Ações como a oferta de abrigos em hotéis, escolas ou outros locais para pessoas em risco e apoio domiciliar para idosos que terão dificuldades de se manter e de se cuidar.
Continuidade das ações próprias da APS: Preservar as atividades de rotina da APS, porque previsões apontam para um longo período de convivência com o novo vírus, readequar procedimentos e incorporações de outros para que a APS funcione cumprindo a sua missão, incluir novas formas de cuidado cotidiano à distância, evitando o risco de aprofundamento da exclusão do acesso e das desigualdades sociais. Uso de tecnologia de informação e comunicação. Buscar contatar por telefone os pacientes pré-agendados e realizar teleconsultas com médicos, enfermeiros ou médicos residentes e internos.
	PRINCIPAIS ACHADOS ou TÓPICOS INTERESSANTES DA DISCUSSÃO 
- O papel dos ACS em conscientizar a população, através de informações corretas na prevenção da COVID-19, no combate a fake News e no apoio de atividades educativas, relacionadas a higiene e proteção dos trabalhadores e usuários.
- Priorização de atendimento on-line e preferencialmente por vídeo, para monitoramento dos sinais vitais.
- Disponibilização dos oxímetros para as equipes, para que possa auxiliar na triagem e acompanhamento dos casos.
- Ampliação da atuação em populações socialmente vulneráveis e de grupos de risco.
- Engajamento comunitário em ações de solidariedade, onde as próprias comunidades estão promovendo mutirões de distribuição de cestas básicas, confecção de máscaras por artesãs locais e uso de escolas para o caso de isolamento para casos leve de COVID-19.
- Utilização de Whatsapp e telefone para realização de teleconsultas, e para responder demandas frequentes de usuários (como renovação de receitas e busca por medicamentos).
- Viabilização as entregas domiciliares dos medicamentos pelos ACS.
- Manter atendimentos presenciais para alguns, assim como a vacinação.
	CONCLUSÃO (alinhado com objetivo)
· Fracassos de experiencias internacionais de tentativas de enfrentamento da pandemia centradas no cuidado individual hospitalar alertou para a necessidade de uma abordagem mais territorializada, comunitária e domiciliar, e a necessidade de ativar a APS, forte e integral, em toda sua potencialidade.
· O modelo brasileiro, com suas equipes de saúde da família e enfoque territorial, apresentou impactos positivos na
saúde da população e tem papel importante na rede assistencial de cuidados, além de poder contribuir vigorosamente para a abordagem comunitária, necessária no enfrentamento de qualquer epidemia.
· As tentativas de desmantelamento da ESF desde 2017, representam constrangimentos importantes para uma atuação adequada da APS no enfrentamento da pandemia.
· As bases do SUS devem ser fortalecidas para ter êxito no enfrentamento da pandemia.
· Mesmo com as dificuldades, é preciso reconhecer a capilaridade e pujança da força de trabalho da ESF, além de inúmeras bem-sucedidas experiencias municipais e locais, tem mostrado força e resiliência das equipes de SF nos mais diversos contextos.
· Mais do que nunca, precisamos de uma APS no SUS forte, vigilante, capilarizada, adaptada ao contexto fiel aos seus princípios.
· A atual crise global é sanitária, política, econômica e social, e exige inovação nos modos de operação e radicalização da lógica de intervenção comunitária no exercício de novas formas de sociabilidade e de solidariedade. 
Gabriela Costa Carbonari D2118H8
	Temática
(Idioma)
	Referência bibliográfica completa
	Título
	Amostra (n= ), idade média e sexo
	objetivo
	Delineamento do estudo
	Instrumento de coleta de dados
	Análise estatística
	Nível de evidência
	Comentário ou crítica
	
Insegurança alimentar
+
Covid-19 em favelas brasileiras
	Manfrinato C.V.; Marino A.; Condé V. F.; Franco M. C.; Stedefeldt E.; Tomita L. Y. Alta prevalência de insegurança alimentar, impacto adverso do COVID-19 na favela brasileira. Public Health Nutrition, 2020.
	Alta prevalência de insegurança alimentar, impacto adverso do COVID-19 na favela brasileira.
	(n= 909)
 Moradores dessas comunidades e chefes de família.
Não foi estipulado sexo ou idade do publico alvo
	Investigar a prevalência de insegurança alimentar em duas favelas da cidade de São Paulo nas primeiras semanas da política de distanciamento físico.
	Estudo
Transversal
	Questionário online para obter informações sobre características socioeconômicas e demográficas, os tipos de lojas visitadas para comprar alimentos e triagem de insegurança alimentar.
	Distribuições bruta e relativa e mediana e intervalos interquartis foram calculados para a estatística descritiva.
	
Serie de casos
	
	RESULTADOS
Local de compra de alimentos:  (55%) comprava alimentos em um supermercado local, (43%) em mercado local próximo de casa, apenas 2% relatou comprar alimentos na feira.
Valor dos alimentos: 98% observaram um aumento nos preços dos alimentos.
Período de compras: Comprados mensalmente (66%), duas vezes ao mês (23%) e semanalmente (8%). 
Situação de insegurança alimentar: Mais da metade dos participantes encontrava-se em situação de insegurança alimentar moderada e grave (56%).
Local de residência: (78%) moravam em comunidades ou favelas,123 (10%) não moravam nessas comunidades.
	PRINCIPAIS ACHADOS ou TÓPICOS INTERESSANTES DA DISCUSSÃO 
- As desigualdades no acesso à alimentação e saúde exacerbam as desigualdades nos resultados nutricionais na forma de indivíduos com desnutrição e excesso de peso, obesidade e doenças crônicas relacionadas à dieta.
-A falta de acesso regular a alimentos nutritivos e suficientes experimentados por pessoas, as coloca em maior risco de desnutrição, fome oculta ou deficiência de micronutrientes.
-Alimentos processados ​​com alto teor calórico são fatores de risco para obesidade e doenças crônicas relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, e estão fortemente associados a desfechos COVID-19 graves.
- Na pandemia da COVID-19, o distanciamento físico ou quarentena é impossível em regiões como as favelas brasileiras que abrigam cerca de 13 milhões de pessoas, que estão lotadas e têm acesso limitado a água potável ou suprimentos de higiene.
-Como resultado do impacto econômico da COVID-19, o número de pessoas em todo o mundo enfrentando insegurança alimentar aguda é de 265 milhões em 2020, um aumento de 130 milhões de 135 milhões em 2019 de acordo com a projeção do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
- A agenda pública brasileira possui uma abordagem intersetorial e participativa denominada Segurança Alimentar e Nutricional, que visa desenvolver políticas públicas para garantir a segurança alimentar e nutricional.
	CONCLUSÃO
· Metade dos participantes experimentou insegurança alimentar moderada ou grave e perto de dez por cento estava com fome
· famílias com crianças correm menor risco de insegurança alimentar moderada a grave.
· É possível que programas sociais estabelecidos nacionalmente, como o Bolsa Família, estivessem protegendo essas famílias.
Andressa Aline Soares RA: N3100F-4
	Temática
(Idioma)
	Amostra (n= ), idade média e sexo
	objetivo
	Delineamento do estudo
	Instrumento de coleta de dados
	Análise estatística
	Nível de evidência
	Comentário ou crítica
	
Envelhecimento e saúde coletiva: Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros 
(Português) 
	 
População de idosos brasileiros com 50 anos ou mais
	 
O objetivo foi baseado em um marco da Organização Mundial da Saúde OMS para a promoção do envelhecimento ativo tendo três pilares importantes, a participação, saúde e segurança.
	 
Estudo Longitudinal
	 
Pelo Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI) é administrado pelo Ministério da Saúde, tendo apoio de pesquisadores de diversas instituições acadêmicas brasileiras e estrangeiras, gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)
	O estudo longitudinal foi conduzido em amostra nacional tendo a representação da população com 50 anos ou mais. 
	
 Estudo de tendência longitudinal
	
 “A promoção do envelhecimento ativo e a construção de sistemas de proteção social garantem a segurança econômica e a atenção à saúde nas idades mais velhas são elementos essenciais. ”
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COMPLETA
 Lima-Costa MF. Envelhecimento e saúde coletiva: Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Rev Saude Publica. 2018;52 Supl 2:2s
	RESULTADOS
Os resultados mostram a desigualdades sociais na maioria dos temas contemplados tendo uma piora na situação entre as pessoas pobres e com o nível de escolaridade mais baixa, as desigualdades são observadas na pratica regular da atividade física, saúde oral, limitação para realização das atividades básicas da vida, fragilidade, controle adequado da hipertensão arterial, na atenção à saúde e na capacidade para o trabalho.
	PRINCIPAIS ACHADOS ou TÓPICOS INTERESSANTES DA DISCUSSÃO 
- O brasil é um dos países com o processo mais rápido de envelhecimento sendo comparada ao redor do mundo.
- A promoção do envelhecimento ativo e a construção dos sistemas de proteção social garante a segurança econômica e a atenção à saúde nas idades mais velhas.
- Os estudos longitudinais baseados nas populações sobre envelhecimento vem sendo desenvolvido nos países como América, Europa e Ásia, contemplam os determinantes socais e biológicos do envelhecimento e a consequência da mudança demográfica para o indivíduo e a sociedade. 
	CONCLUSÃO (alinhado com objetivo)
O objetivo foi baseado em um marco da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a promoção do envelhecimento ativo tendo três pilares importantes, a participação, saúde e segurança, a segurança é um fator importante sendo preciso em todas as idades mas a demanda para o sistema é maior nas faixas etárias mais velhas, segundo a Constituição Federal do Brasil a seguridade social é definida como um conjunto de ações, iniciativas dos poderes públicos e da sociedade destinada a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e a assistência social. O estudo realizado foi o longitudinal foi baseado em população sobre o envelhecimento desenvolvidos em diferentes países, nas pesquisas são levados em consideração os determinantes sociais e biológicos do envelhecimento e as consequências da mudança demográfica para o indivíduo e a sociedade. Logo com os resultados são mostrados a desigualdade sociais entre os povos são

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