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Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (MSDMANUALS) 1 🎗 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (MSDMANUALS) A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) resulta de 1 dos 2 retrovírus similares (HIV-1 ou HIV-2; mais comum é o HIV-1 tipo M) que destroem linfócitos CD4+ e prejudicam a imunidade mediada por células, aumentando o risco de certas infecções e cânceres. A infecção inicial pode produzir doença febril inespecífica. A infecção pelo HIV é diagnosticável por testes de anticorpo, ácido nucleico (HIV RNA) e antígeno (p24). O tratamento visa suprimir a replicação do HIV usando combinações de ≥ 3 fármacos que inibem as enzimas do HIV. A SIDA por si só A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é definida como um ou mais dos seguintes: → Infecção por HIV que leva a qualquer uma de certas doenças (??); → Contagem de CD4+ para T-linfócitos de < 200/mcL; → Percentual de células CD4+ de ≤ 14%; Doenças definidoras de AIDS são: → Infecções oportunistas graves; → Certos cânceres nos quais há predisposição a defeitos de imunidade mediada por células (sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin); → Disfunção neurológica; Doenças Definidoras de SIDA Transmissão A transmissão do vírus requer contato com secreções fisiológicas especialmente sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno, saliva, exsudatos de lesões, ou lesões e de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (MSDMANUALS) 2 mucosas. A transmissão por saliva ou gotículas produzidas por tosse ou espirros, embora possível, é extremamente improvável. Em geral é: → Sexual: transferência direta por meio de relações sexuais (relações sexuais que causam trauma na mucosa são de maior risco); → Relacionada com agulhas ou instrumentos: compartilhamento de agulhas contaminadas com sangue ou exposição a instrumentos contaminados; → Materna: parto ou aleitamento (transplacentária, perinatal e leite materno). → Relacionada com hemotransfusão ou transplante de órgãos. Sistema imunitário Podem ocorrer danos ao sistema imunitário, especialmente a depleção (perda) de linfócitos CD4+, e ativação imunitária. A depleção de CD4+ pode resultar de: → Efeitos citotóxicos diretos da replicação do HIV; → Citotoxicidade mediada por células; → Disfunção tímica, que prejudica a produção de linfócitos; Os linfócitos CD4+ infectados possuem uma meia-vida de cerca de 2 dias, que é muito menor que os não infectados, por isso que comumente pacientes portadores de HIV apresentam uma contagem de leucócitos CD4+ inferior a 200/mcL (normal é cerca de 750/mcL). Isso gera uma disfunção da imunidade mediada por essas células e permite que uma variedade de patógenos oportunistas se reativem a partir de estados latentes e causem doença clínica. → CD4 < 200/mcL: maior risco de pneumonia por Pneumocystis jirovecii (pneumocistose), encefalite toxoplasmática e meningite criptocócica. → CD4 < 50/mcL: maior risco de infecção por citomegalovírus e Complexo Mycobacterium avium (MAC). Sinais e Sintomas Pode iniciar assintomática ou sintomas inespecíficos transitórios. Os sintomas desse período relativamente assintomático refletem tanto efeitos diretos do HIV quanto infecções oportunistas, sendo eles: Linfadenopatia Placas brancas na orofaringe (candidíase oral) Herpes-zóster Diarreia Fadiga Febre com sudorese intermitente Diagnóstico Teste anti-HIV e métodos de amplificação do ácido nucleico para determinar o nível de RNA de HIV. Testes mais específicos: ELISA e Western blot. Quando o HIV é diagnosticado, deve-se determinar: → Contagem de linfócitos CD4+ → Níveis plasmáticos do RNA do HIV (Pegar o LEUCO total e achar a quantidade de linfócitos (só multiplicar por 0,3), e depois pegar a quantidade de linfócitos e achar a quantidade de CD4+ (multiplicar por 0,2). Tratamento Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (MSDMANUALS) 3 Combinações de antirretrovirais (terapia antirretroviral (TARV)) → Tem por objetivo reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável E restaurar a contagem de CD4 a um nível normal (impede complicações). Quimioprofilaxia para infecções oportunistas em pacientes de alto risco. Algumas vezes pacientes que iniciam a TARV experimentam deterioração clínica como uma reação imunitária às infecções oportunistas subclínicas ou a antígenos microbianos residuais após tratamento eficaz de infecções oportunistas. Normalmente a Síndrome Inflamatória de reconstituição imunitária (IRIS) ocorre nos primeiros meses de tratamento, e pode complicar praticamente quaisquer infecções oportunistas e mesmo tumores.
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