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DIROFILARIOSE CANINA – Dirofilaria immitis A dirofilariose canina é uma enfermidade causada pelo verme nematoda Dirofilaria immitis. Esses vermes são longos e delgados podendo medir aproximadamente 15 a 30 centímetros de comprimento e parasitam os vasos sangüíneos e o coração. As fêmeas são vivíparas - realizam a postura de larvas que não estão completamente diferenciadas chamadas microfilárias. HOSPEDEIROS: Hospedeiros definitivos: cão e outros canídeos selvagens. Apresentam os vermes adultos no ventrículo direito do coração e artérias pulmonares. Vetores biológicos (Hospedeiros intermediários): diversas espécies de mosquitos do Gênero: Aedes, Culex e Anopheles (70 espécies). Ocorre o desenvolvimento das larvas: L1 – L2 – L3. CICLO BIOLÓGICO Os vermes adultos (macho e fêmea) realizam a cópula no ventrículo direito e artéria pulmonar dos cães. As fêmeas realizam a postura das microfilárias que são disseminadas na circulação sanguínea por todo organismo. O mosquito ao sugar o sangue de um cão infectado pode ingerir as microfilárias presentes na circulação. No mosquito ocorre o desenvolvimento das larvas (L1 – L2 – L3) em aproximadamente duas semanas. A L3 infectante migra para o aparelho bucal do mosquito. O mosquito ao procurar um novo cão para se alimentar inocula as larvas infectantes (L3). Essas larvas infectantes migram pelos tecidos (evolui para L4) e circulação e dirigem-se para o coração direito e artérias pulmonares. Os vermes atingem a maturidade sexual e iniciam a sua reprodução, liberando microfilárias na circulação seis a sete meses após a infecção. PATOGENIA A presença dos vermes adultos pode ocasionar lesões nas paredes dos vasos e uma reação inflamatória (Endoarterite) com a proliferação da camada intima que promove o estreitamento e oclusão das artérias dificultando o fluxo sanguíneo. Além de ocasionar uma dilatação (aumento do volume) do ventrículo direito. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Tosse seca Dificuldade respiratória Intolerância a exercícios físicos – ofegante. Edema DIAGNÓSTICO O diagnóstico deverá ser confirmado com auxílio de exames complementares, que incluem a pesquisa de microfilárias e de antígenos (proteínas) do verme circulantes no sangue. 1) Pesquisa de microfilárias no sangue: a) Exame direto de gota espessa – pesquisa de microfilárias vivas: visa avaliar uma gota de sangue ao microscópico. b) Técnica de Knott modificada – pesquisa de microfilárias mortas e coradas: promove a destruição das hemácias e a morte das microfilárias. c) Técnica de histoquímica – atividade (coloração) da fosfatase ácida: corar em vermelho o ânus e o poro excretor da microfilária. 2) Pesquisa de antígenos circulantes: a) ELISA – Kits comerciais específicos: visa detectar antígenos liberados pelo verme adulto (fêmea) na circulação. ATIVIDADE: DIROFILARIOSE CANINA 1. Identifique o local de parasitismo do agente agressor: Dirofilaria immitis no organismo do hospedeiro definitivo: a) fígado. b) abomaso. c) ventrículo direito do coração e artérias pulmonares dos cães. d) baço. e) musculatura e glândula mamária. 2. Identifique o estágio produzido pelas fêmeas que é encontrada na circulação sanguínea por todo organismo dos cães infectados: a) ovos b) oocistos c) cistos d) microfilárias e) larvas infectantes. 3. Os vetores biológicos (hospedeiros intermediários) necessários para o desenvolvimento do ciclo biológico da Dirofilaria em uma determinada região são representados por: a) pulgas que desenvolvem a larva cisticercóide. b) moscas que desenvolvem a larvas (L1 – L2 – L3). c) carrapatos que desenvolvem as microfilárias. d) mosquitos que desenvolvem a larvas (L1 – L2 – L3) e) ácaros oribatídeos que desenvolvem a larva cisticercóide. 4. Os vetores biológicos (hospedeiros intermediários) podem adquirir a Dirofilaria da seguinte maneira: a) ingestão da larva cisticercóide durante a hematofagia. b) ingestão do ovo larvado durante a hematofagia. c) ingestão da microfilária durante a hematofagia. d) ingestão do cisto durante a hematofagia. e) ingestão do oocisto durante a hematofagia. 5. Os cães (hospedeiros definitivos) podem adquirir a Dirofilariose canina com o desenvolvimento dos vermes adultos através da seguinte maneira: a) infecção placentária através das microfilárias que podem atingir o feto pela circulação. b) transfusão sanguínea de um cão doador acometido pela doença. c) picada das moscas com a larva L3 infectante. d) carrapatos que podem inocular as microfilárias durante a hematofagia. e) picada dos mosquitos que podem inocular a L3 durante a hematofagia. 6. O agente agressor: Dirofilaria pode ocasionar uma série de mecanismos de agressão (patogenia) nos cães. Identifique a ordem sucessiva das agressões ocasionadas nos cães acometidos pela Dirofilariose canina: ( ) Insuficiência cardíaca ( ) proliferação da camada íntima ( ) reação inflamatória (Endoarterite) ( ) dilatação (aumento do volume) do ventrículo direito ( ) estreitamento e oclusão das artérias ( ) lesões nas paredes dos vasos ( ) dificulta o fluxo sanguíneo 7. O médico veterinário poderia suspeitar da ocorrência da Dirofilariose canina através das seguintes manifestações clínicas: a) vômitos com a presença de sangue e desidratação severa. b) severa anemia e hemoglobinúria com icterícia. c) hemorragias e dificuldade de cicatrização. d) alterações neurológicas associadas com paralisia e agressividade. e) Tosse seca com dificuldade respiratória e intolerância a exercícios físicos. 8. O diagnóstico laboratorial para confirmar a suspeita de Dirofilariose nos cães através da pesquisa de microfilárias pode ser realizado através das seguintes maneiras: a) exame direto de gota espessa. b) técnica de Knott modificada. c) técnica de histoquímica: atividade da fosfatase ácida. d) as alternativas anteriores estão corretas. 9. Os resultados obtidos no diagnóstico laboratorial da Dirofilariose através da utilização dos kits comerciais (ELISA) são estabelecidos a partir da detecção: a) vermes adultos b) L3 infectantes c) microfilárias d) antígenos circulantes e) anticorpos 10. Qual a idade mínima recomendada para solicitar o diagnóstico laboratorial para confirmar a Dirofilariose nos cães: a) um mês b) três meses c) antes do desmame d) cinco meses e) sete meses
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