Prévia do material em texto
REVISÃO AV1 Parasitologia Clínica – SDE3961 Paula Mello De Luca Exame Parasitológico de Fezes EXAME DIRETO Exames com coloração específica Exames com coloração específica Métodos de concentração por sedimentação Método de Hoffman,Pons e Janer ou Lutz Sedimentação espontânea. Métodos de concentração por sedimentação Método de Hoffman,Pons e Janer ou Lutz Sedimentação espontânea. Métodos de concentração por centrifugação Método de Blagg e cols. (MIFc) ou de Ritchie Métodos de concentração por centrifugação Método de Blagg e cols. (MIFc) Métodos de concentração por centrifugação Método de Ritchie Métodos de concentração por centrifugação Método de Faust e cols. Métodos de concentração por centrifugação Método de Faust e cols. Sangue Esfregaço Sanguíneo Sangue Gota espessa Sangue Gota espessa Reino: Protista G. lamblia, G. intestinalis ou G. duodenalis • Filo: Sarcomastigophora (locomoção através de flagelos; cílios ou pseudópodes). • Classe: Zoomastigophorea • Ordem: Diplomonadida • Família: Hexamitidae • Gênero: Giardia (Kunstler, 1882) •2,1 a 9,5 m (comp) – 5 a 15 m (larg); • MOVIMENTO FOLHA CAINDO; • POST. AFILADA, ANT. DILATADA; • SUPERF. VENTRAL (DISCO SUCTORIAL); • 2 NÚCLEOS; 2 AXONEMAS; 2 CORPOS PARABASAIS = APARELHO DE GOLGI; • 4 PARES DE FLAGELOS- ANTERIOR, LATERAL, VENTRAL E POSTERIOR; • SIMETRIA BILATERAL; • ALIMENTAÇÃO: PINOCITOSE E FAGOCITOSE. Trofozoíta Axonemas Corpos Parabasais Bordas do disco suctorial Núcleos •8 a 12 m – 7 a 9 m; • Forma ovalada; • 4 axonemas, 4 corpos parabasais, 4 núcleos; • Resistem em água por dois meses; •Resistem a cloração e aquecimento a 60º c. Cisto • Ingestão de cistos maduros através de água e alimentos contaminados ou transmissão direta pelas mãos (fecal- oral); • Desencistamento; • Colonização de trofozoítas na mucosa do intestino delgado (duodeno); • Divisão binária; • Encistamento; • Eliminação de cistos nas fezes. Ciclo biológico Tricomoníase T. vaginalis • Filo: Sarcomastigophora • Classe: Zoomastigophorea • Ordem: Trichomonadida • Família: Trichomonadidae • Gênero: Trichomonas Morfologia Formas vivas: Elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos formam pseudópodes Preparações fixadas e coradas: tipicamente elipsóide, piriforme ou oval; mede 9,7 mm x 7,0 mm (as formas vivas são maiores) Não possui a forma cística, somente a trofozoítica •10 a 30 m –5 a 12 m; • 4 flagelos anteriores (AF), 1 flagelo recorrente (membrana ondulante) (RF); • axóstilo (AX), costa (CO), corpo parabasal (PB); • alongado, ovóide ou piriforme; • núcleo (anterior); • vacúolos e granulações. Diagnóstico laboratorial Coleta da amostra Homem • Materiais: secreção uretral, urina primeiro jato, esperma, secreção prostática e material subprepucial • Orientações: Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica Estar pelo menos há 2 horas sem urinar. Diagnóstico laboratorial Coleta da amostra Mulher • Material: secreção vaginal • Orientações: Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica; Sem higiene vaginal durante um período de 18 a 24h anterior à coleta Não estar menstruada Reino: Protista Filo: Sarcomastigophora Classe: Zoomastigophorea Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Leishmania CLASSIFICAÇÃO Promastigotas Núcleo Cinetoplasto AMASTIGOTAS Cinetoplasto Núcleo Leishmaniose tegumentar - Diagnóstico Quadro clínico, epidemiologia Provas imunológicas Sorologia: RIFI – ELISA títulos : N de lesões Forma clínica Atividade da doença No diagnóstico diferencial da leishmaniose cutânea, a esporotricose é de particular interesse Leishmaniose cutânea Esporotricose - Forma cutânea fixa Fonte: Lyra, M. R Teste de Montenegro Ag promastigotas mortos fracionados Via ID, 0,1 ml, medida 48 a 72h após Teste de hipersensibilidade tardia Teste de Montenegro: > ou = 5 mm: positivo 4 a 6 semanas para surgir positividade Negativo: lc difusa, l. visceral Diagnóstico Diagnóstico parasitológico: •escarificação da borda da lesão # •imprint ou impressão por aposição (biopsia) # •cultura em meio NNN (biopsia, punção aspirativa) •exame histopatológico: hematoxilina-eosina Exame histopatológico L. amazonensis LEISHMANIOSE VISCERAL Leishmania (L.) infantum Leishmaniose Visceral - Diagnóstico Quadro clínico, epidemiologia Teste de Montenegro – (positivando após a cura) Sorologia: RIFI – ELISA ++++ (com títulos baixos após a cura) • Diagnóstico parasitológico: A punção aspirativa esplênica é o método que oferece maior sensibilidade (90- 95%) para demonstração do parasita (porém apresenta restrições quanto ao procedimento), seguida pelo o aspirado de medula óssea, biópsia hepática e a aspiração de linfonodos. Por ser um procedimento mais seguro, recomenda-se a punção aspirativa da medula óssea Reino: Protista Filo: Sarcomastigophora Classe: Zoomastigophorea Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma Espécie: T. cruzi CLASSIFICAÇÃO A – Promastigota (gênero Leishmania) B – Epimastigota (gênero Trypanosoma) C – Tripomastigota (gênero Trypanosoma) D – Amastigota (gênero Leishmania e Trypanosoma) FORMAS EVOLUTIVAS EPIMASTIGOTA TRIPOMASTIGOTA AMASTIGOTA Mecanismos de transmissão VETORIAL VIA ORAL Transplante de órgãos Transmissão vertical Transmissão transfusional Transmissão por leite materno Transmissão por acidentes laboratoriais ATENÇÃO – Não ocorre mais no Brasil ATENÇÃO – Mais comum no Brasil O diagnóstico é sugerido pela presença dos sinais de porta de entrada (sinal de Romaña, chagoma cutâneo) e comprovado pelo encontro dos parasitos no sangue periférico (exame a fresco ou gota espessa). Os casos fatais costumam exibir nas necrópsias intensa miocardite e\ou meningo-encefalite, por vezes com grave broncopneumonia bacteriana como complicação. A forma aguda Sinal de Romaña Chagoma de Inoculação Miocardite Chagásica Aguda A maioria absoluta dos indivíduos infectados pelo T. cruzi, tenha ou não previamente apresentado uma forma aguda evidente, geralmente evolui para um estado de aparente equilíbrio parasito- hospedeiro, sem manifestações clínicas. Este estado de infecção silenciosa é denominado forma indeterminada. Para ser mais preciso o diagnóstico, exige-se que esta forma seja identificada não só pelas evidências sorológicas e/ou parasitológicas da infecção, como pela demonstração radiológica e eletrocardiográfica de normalidade dos aparelhos digestivo e circulatório, para evitar a inclusão de portadores de formas evolutivas ainda no seu estágio assintomático. Em cerca de 30% dos casos pode ocorrer uma transição para a forma cardíaca anos mais tarde, mas a maioria não mostra tendência evolutiva Forma crônica indeterminada Coração de paciente chagásico falecido, mostrando foco de infiltrado inflamatório no miocárdio rodeando amastigotas e antígenos do T. cruzi detectados em marron pela técnica de imunohistoquímica. Autoria: Higuchi, 1993. Forma crônica cardíaca A expressão mais importante desta forma da doença é o megaesôfago endêmico do Brasil Central, vindo em seguida o megacólon. Estas manifestações se iniciam como uma incoordenação motora (disperistalse), devido ao comprometimento do sistema nervoso autônomo (plexos mioentéricos) pela doença de Chagas. Nos megas digestivos, vê-se que há na porção mais distal uma zona estreitada fazendo transição entre a parte normal e a zona dilatada, fusiforme ou cilíndrica. A mucosa pode apresentar áreas de metaplasia, que no esôfago podem ser vistas como zonas esbranquiçadas (metaplasia epidermóide). Podem aparecer zonas ulceradas, mais comuns no colon (úlceras estercoráceas). O aparecimento de um câncer pode ser uma complicação do mega, especialmente do megaesôfago. Forma crônica digestiva Classificação radiológica do megaesôfago emquatro grupos, conforme a evolução da afecção A: megaesôfago e megaestômago; B: megaesôfago e megaduodeno; C: megabulbo e megajejuno; D: megacólon Fase aguda Na fase aguda da doença de Chagas o diagnóstico laboratorial é baseado na observação do parasito presente no sangue dos indivíduos infectados, através de testes parasitológicos diretos como exame de sangue a fresco, esfregaço e gota espessa. O teste direto a fresco é mais sensível que o esfregaço corado e deve ser o método de escolha para a fase aguda. Caso estes testes sejam negativos, devem ser usados métodos de concentração. Os testes de concentração (micro- hematócrito ou Strout) apresentam 80 a 90% de positividade e são recomendados no caso de forte suspeita de doença de Chagas aguda e negatividade do teste direto a fresco. Em casos sintomáticos por mais de 30 dias, devem ser os testes de escolha, uma vez que a parasitemia começa a declinar (segundo Consenso) do Ministério da Saúde em 2005) DIAGNÓSTICO http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/consenso_chagas.pdf Gota Espessa DIAGNÓSTICO Colocar gota de sangue na extremidade de uma lâmina de vidro (A). Posicionar a borda de uma segunda lâmina (mantida a um ângulo de 45 graus) sobre a gota de sangue até que essa disperse (B). Posicionar a primeira lâmina em uma superfície plana e tracionar a segunda lâmina rápida e uniformemente para a outra extremidade da primeira (C). O esfregaço deve ter uma borda fina e irregular, como mostra a ilustração (D). Esfregaços espessos podem ser produzidos espalhando-se uma gota de sangue em um pequeno círculo na lâmina. Após secagem do esfregaço a lâmina deve ser identificada em uma das extremidades, com data, espécie, identificação do animal e localização da coleta. Fixar e corar pelo Giemsa Esfregaço Sanguíneo ou Gota Estendida Fase crônica Na fase crônica da doença o diagnóstico parasitológico direto torna-se comprometido em virtude da ausência de parasitemia. Os métodos parasitológicos indiretos (xenodiagnóstico – ou hemocultivo) que podem ser utilizados, apresentam baixa sensibilidade (20-50%). Sendo assim, o diagnóstico na fase crônica é essencialmente sorológico e deve ser realizado utilizando-se dois testes de princípios metodológicos diferentes: um teste de elevada sensibilidade (ELISA com antígeno total ou frações semi-purificadas do parasito ou a IFI) e outro de alta especificidade (ELISA, utilizando antígenos recombinantes específicos do T. cruzi) DIAGNÓSTICO XENODIAGNÓSTICO Transmissão vertical Em casos suspeitos de transmissão congênita, é importante confirmar o diagnóstico sorológico da mãe. Caso a infecção materna seja confirmada, deve se realizar o exame parasitológico no recém-nascido. Se for positivo, a criança deve ser submetida ao tratamento etiológico imediatamente. Os filhos de mães chagásicas com exame parasitológico negativo ou sem exame devem retornar entre seis e nove meses, a fim de realizarem testes sorológicos para pesquisa de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgG. Se a sorologia for negativa, descarta-se a transmissão vertical DIAGNÓSTICO Toxoplasma gondii Filo Apicomplexa Classe Esporozoea Subclasse Coccidia Ordem Eucoccididae Família Sarcocystidae Gênero Toxoplasma Espécie T. gondii Hospedeiro definitivo (gato doméstico) → fase sexuada → enteroepitelial. Hospedeiro intermediário (aves e mamíferos, incluindo o homem)→ fase assexuada → extra-intestinal. Ciclo Evolutivo Fase Sexuada Oocistos maduros Cistos (bradizoítas) TrofozoítasOocistos imaturos Esquizontes Gametócitos M e F Merozoítas Oocisto maduro: apresenta 2 esporocistos com 4 esporozoítos em cada Ciclo Evolutivo Fase Assexuada Oocistos maduros Cistos (bradizoítas) Taquizoítas Bradizoítas Reagudização E outros animais Transmissão transplacentária Diagnóstico Imunológico: ⯈ Imunofluorescência indireta (IgM e IgG) ⯈ELISA (IgM, IgG e teste de avidez de IgG) ⯈ELISA de captura (IgA e IgE) • IgM- aparecem após 10 dias de infecção e desaparecem após 2 a 9 meses • IgA- mais sensíveis que IgM para diagnóstico da infecção no feto (líquido amniótico) e recém-nascido (sangue) • IgG- aparece a partir da 3ª ou 4ª semana de infecção , atinge altas concentrações e em seguida diminuem progressivamente. Podem ser detectadas em títulos baixos para o resto da vida do hospedeiro Diagnóstico da toxoplasmose SITUAÇÃO RESULTADOS INTERPRETAÇÃO CONDUTA Sorologia Negativa IgG e IgM negativas Suscetível Orientação higiênico- dietética Repetição da sorologia 2/2 meses Sorologia Positiva IgG positiva IgM negativa Imune Seguimento pré-natal rotineiro Sorologia Positiva IgG negativa ou positiva / IgM positiva Infecção recente ou Cicatriz Sorológica Proceder diagnóstico da transmissão vertical. Encaminhar para Medicina Fetal Plasmodium Filo: Apicomplexa Classe: Haemosporidae Ordem: Haemosporidia Gênero: Plasmodium ❖ Plasmodium falciparum ❖ Plasmodium vivax ❖ Plasmodium malariae ❖ Plasmodium ovale ❖ Plasmodium knowlesi ❖ Plasmodium simium Vetor Mosquitos fêmea do gênero Anopheles conhecidos também como mosquito prego ou carapanã Reservatório Humanos portadores de gametócitos Fêmea de Anopheles darlingi https://www.youtube.com/watch?v=WoIO-g1hiSo http://www.youtube.com/watch?v=WoIO-g1hiSo Distensão sanguínea Diagnóstico Gota espessa Diagnóstico Diagnóstico Laboratorial Gametócito Trofozoítas e Esquizontes Plasmodium falciparum Plasmodium vivax Trofozoita jovem Trofozoita maduro Esquizonte Rosácea Gametócitos Morfologia formas sanguíneas Testes rápidos Diagnóstico molecular - PCR