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Historia das Instituicoes Politicas III

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Manual de Curso de Licenciatura em Ensino de História 
HO210 – HISTÓRIA DAS 
INSTITUIÇÕES 
POLÍTICAS III 
 
... 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância 
CED
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância 
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no 
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de 
Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a 
processos judiciais. 
 
Elaborado Por: dr. Elton Berth Beirão, 
 dra. Albertina Carlos Franco 
 e dra Augusta Filomena Assumane 
Licenciados em Ensino de História pela UP. 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância-CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa· 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
 
Fax: 23 32 64 06 
E-mail: ced @ ucm.ac.mz 
Website: www. ucm.ac.mz 
 
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e os autores do presente 
manual, dr. Elton Berth Beirão, dra. Albertina Carlos Franco e dra. Augusta Filomena Assumane, 
gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
 
Pela maquetização dra. Augusta Filomena Assumane 
Pela Revisão Final 
Pela Coordenação e Edição 
dr. Edmar Barreto 
dra. Georgina Nicolau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo a História das Instituições Políticas III. .......................................................... 1 
Objectivos da cadeira .................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 1 
Como está estruturado este módulo................................................................................ 2 
Ícones de actividade ...................................................................................................... 2 
Habilidades de estudo .................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 4 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 5 
Avaliação ...................................................................................................................... 5 
Unidade I 7 
As Instituições Políticas Pré-coloniais ...................................................................... 7 
Introdução ............................................................................................................ 7 
1.1. Sistemas Políticos não Centralizados .......................................................... 7 
1.2. Evolução dos sistemas não centralizados para os sistemas centralizados ........ 9 
1.3. Sistemas Políticos Pré-industriais centralizados .......................................... 10 
1.4. Alguns Conceitos Políticos ......................................................................... 11 
1.4.1. O Estado e a Nação ................................................................................... 11 
Sumário ....................................................................................................................... 12 
Exercícios.................................................................................................................... 13 
Unidade II 14 
Enquadramento da tipologia do poder .......................................................................... 14 
Introdução .......................................................................................................... 14 
2.1. O Poder ....................................................................................................... 15 
2.2. A Dominação e Autoridade ......................................................................... 16 
2.3. O Campo Político e a Desigualdade Social .................................................. 16 
2.4. Tipos de Dominação .................................................................................... 17 
2.4.1. Dominação Tradicional ............................................................................. 17 
2.4.2. Dominação Carismática ............................................................................ 18 
2.4.3. Dominação Legal, Racional ou Burocrática .............................................. 18 
Sumário ....................................................................................................................... 19 
Exercícios.................................................................................................................... 19 
Unidade III 21 
Tipologias de Estados antigos em Moçambique ........................................................... 21 
Introdução .......................................................................................................... 21 
3.1. Estado descentralizado ................................................................................. 21 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... ii 
 
Sumário ....................................................................................................................... 24 
Exercícios.................................................................................................................... 25 
Unidade IV 26 
A Partilha de Africa ..................................................................................................... 26 
Introdução .......................................................................................................... 26 
4.1. A Conferência de Congo-Berlim .................................................................. 26 
Sumário ....................................................................................................................... 33 
Exercícios.................................................................................................................... 34 
Unidade V 35 
Instalação do Britânicos em África .............................................................................. 35 
Introdução .......................................................................................................... 35 
5.1. Império Britânico......................................................................................... 35 
5.2 Fases do imperialismo Britânico ................................................................... 36 
5.2.1 Fase solitária .............................................................................................. 36 
5.2.2. A Fase das Rivalidades ............................................................................. 39 
Sumário ....................................................................................................................... 40 
Exercícios.................................................................................................................... 41 
Unidade VI 42 
A Instalação dos Fraceses em África ........................................................................... 42 
Introdução .......................................................................................................... 42 
Sumário ....................................................................................................................... 45 
Exercícios....................................................................................................................46 
Unidade VII 47 
Resistencias Africanas ................................................................................................. 47 
Introdução .......................................................................................................... 47 
7.1. As Resistências Africanas ............................................................................ 47 
. A Ideologia da Resistência ...................................................... 49 
Sumário ....................................................................................................................... 50 
Exercícios.................................................................................................................... 50 
Unidade VIII 52 
A Resistência no BaKongo .......................................................................................... 52 
Introdução .......................................................................................................... 52 
8.1. A Resistência no BaKongo .......................................................................... 52 
Sumário ....................................................................................................................... 54 
Exercícios.................................................................................................................... 54 
Unidade IX 56 
A Resistência na Namíbia ............................................................................................ 56 
Introdução .......................................................................................................... 56 
9.2. Os Namas .................................................................................................... 57 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... iii 
 
Sumário ....................................................................................................................... 58 
Exercícios.................................................................................................................... 58 
Unidade X 60 
Resistência na África do Sul ........................................................................................ 60 
Introdução .......................................................................................................... 60 
10.1. A resistencia na Africa do Sul .................................................................... 60 
10.2. Zulus e Tshosas ......................................................................................... 61 
Sumário ....................................................................................................................... 65 
Exercícios.................................................................................................................... 65 
Unidade XI 67 
Resistência em Moçambique: O Estado de Barue ........................................................ 67 
Introdução .......................................................................................................... 67 
11.1. Estado de Barue ......................................................................................... 67 
11.2. Crise de sucessões no Barue entre 1892 à 1901 .......................................... 69 
11.3. Preparação para a rebelião ......................................................................... 69 
Sumário ....................................................................................................................... 70 
Exercícios.................................................................................................................... 71 
Unidade XII 72 
Resistência em Moçambique: O Estado de Gaza .......................................................... 72 
Introdução .......................................................................................................... 72 
12.1. O Estado de Gaza ...................................................................................... 72 
Sumário ....................................................................................................................... 73 
Exercícios.................................................................................................................... 73 
Unidade XIII 75 
A Colonização Europeia em África.............................................................................. 75 
Introdução .......................................................................................................... 75 
13.1. Os Sistemas coloniais Europeus: Situação colonial ................................... 75 
Sumário ....................................................................................................................... 77 
Exercícios.................................................................................................................... 77 
Unidade XIV 78 
Administração Colonial ............................................................................................... 78 
Introdução .......................................................................................................... 78 
14.1. A Administração colonial .......................................................................... 78 
Sumário ....................................................................................................................... 80 
Exercícios.................................................................................................................... 81 
Unidade XV 82 
O Processo de Descolonização .................................................................................... 82 
Introdução .......................................................................................................... 82 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... iv 
 
15.1. Os sistemas coloniais e o processo de descolonização: Impérios coloniais, 
declínio .............................................................................................................. 82 
Sumário ....................................................................................................................... 84 
Exercícios.................................................................................................................... 84 
África e a Democracia ................................................................................................. 86 
Introdução .......................................................................................................... 86 
16.1. Estabilidade politica em alguns paises africanos ........................................ 86 
Sumário ....................................................................................................................... 92 
Exercícios.................................................................................................................... 92 
Unidade XVII 93 
Problemas da Democracia em África ........................................................................... 93 
Introdução .......................................................................................................... 93 
17.1. O Fracasso da democratização nalguns paises africanos ............................. 93 
Sumário ....................................................................................................................... 94 
Exercícios.................................................................................................................... 94 
A Primeira Guerra Mundial ......................................................................................... 95 
Introdução .......................................................................................................... 95 
18.1. A Exercerbação politica nos primodios do século XX e 1ª Guerra Mundial 95 
Sumário ..................................................................................................................... 101 
Exercícios..................................................................................................................101 
Unidade XIX 103 
O Papel da SDN nas relações ..................................................................................... 103 
Introdução ........................................................................................................ 103 
19.1. A Conferencia de paz ............................................................................... 103 
Sumário ..................................................................................................................... 106 
Exercícios.................................................................................................................. 107 
Unidade XX 108 
A Segunda Guerra Mundial ....................................................................................... 108 
Introdução ........................................................................................................ 108 
20.1. Segunda Guerra Mundial ......................................................................... 108 
20.2. Causas da segunda Guerra Mundial ......................................................... 109 
20.3. A Derrota do Eixo.................................................................................... 111 
20.4. O Fim da Guerra: Hirochima e Nagasaki ................................................. 113 
Sumário ..................................................................................................................... 113 
Exercícios.................................................................................................................. 114 
Unidade XXI 115 
Os planos de recuperação economica para europa ...................................................... 115 
Introdução ........................................................................................................ 115 
21.1. Plano Marshal .......................................................................................... 115 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... v 
 
Sumário ..................................................................................................................... 116 
Exercícios.................................................................................................................. 117 
Unidade XXII 118 
Os planos de recuperação do pôs guerra na Asia ....................................................... 118 
Introdução ........................................................................................................ 118 
22.1. A recuperação pôs segunda guerra mundial na Asia: Japao. ..................... 119 
Sumário ..................................................................................................................... 123 
Exercícios.................................................................................................................. 124 
Unidade XXIII 125 
Impacto da II Guerra em Africa. ............................................................................ 125 
Introdução ........................................................................................................ 125 
23.1 Cenario dos paises africanos pos segunda guerra mundial ......................... 125 
Sumário ..................................................................................................................... 130 
Exercícios.................................................................................................................. 131 
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 132 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 1 
 
Visão geral 
Benvindo a História das 
Instituições Políticas III. 
 
Objectivos da cadeira 
Quando terminar o estudo da História das Instituições Políticas III; o 
cursante será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 Compremder as Instituições Políticas Pré-coloniais; 
 Conhecer as Instituições políticas da viragem do século XIX até a 
primeira metade do século XX; 
 Caracterizar o Monopartidarismo; 
 Caracterizar o Multipartidarismo; 
 Descrever os Sistemas de Governo; 
 Descrever os grandes conflitos mundiais. 
 
 
 
 
Quem deveria estudar este 
módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser 
professores da disciplina de História, que estão a frequentar o curso de 
Licenciatura em Ensino de História, do Centro de Ensino a Distancia. 
Estendese a todos que queiram consolidar os seus conhecimentos sobre 
a História das sociedades. 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 2 
 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Católica de 
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados 
da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo. 
Conteúdo do curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo 
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou mais 
actividades para auto-avaliação. 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista 
de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos podem incluir 
livros, artigos ou sites na internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do modulo. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários 
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das 
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo 
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma 
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 3 
 
Habilidades de estudo 
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores 
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os 
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é 
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que 
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos: 
 
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente 
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com 
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo 
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem 
interrupção? 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da 
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já 
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria 
do que saber pouco sobre muitas partes. 
 
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque, 
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a 
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda 
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua 
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar 
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o 
utilizar produtivamente,decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e 
a outras actividades. 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 4 
 
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de 
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode 
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode 
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados 
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a 
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
desconhece; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o 
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, 
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de 
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, 
contacteo pessoalmente. 
Os tutores tem por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o 
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, 
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
 
Todos os tutores tem por obrigação facilitar a interacção, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase 
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza 
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de 
expediente. 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem 
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode 
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras. 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 5 
 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu 
próprio saber e desenvolva suas competências. 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do 
período presencial. 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem 
ser dirigidos ao tutor\docentes. Podem ser utilizadas diferentes fontes e 
materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente 
referenciados, respeitando os direitos do autor. 
 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) 
palavras de um autor, sem o citar é considerado plagio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a 
realização dos trabalhos. 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o 
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com 
base no chamado regulamento de avaliação. Os trabalhos de campo por ti 
desenvolvidos, durante o estudo individual, concorrem para os 25% do 
cálculo da média de frequência da cadeira. 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 6 
 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões 
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de 
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a 
cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 
(dois) teste e 1 (um) exame. Não estão previstas quaisquer avaliação oral. 
 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como 
ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, 
os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência 
textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências utilizadas, o respeito pelos 
direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação estão 
indicados no manual. Consulte-os. 
 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 7 
 
Unidade I 
As Instituições Políticas 
Pré-coloniais 
 
Introdução 
A antropologia moderna reconhece que a política é um fenómeno 
universal. Não há sociedades humanas em que não se dê a organização e 
distribuição do poder em ordens ao funcionamento da comunidade. A 
política não só se limita aos povos que tem uma determinada fórmula de 
governo com poder central. Existem povos onde não se encontra uma 
autoridade central e a coisa política é bem conduzido. 
 
Nesta unidade, além de o cursista ter uma visão geral sobre as instituições 
políticas. Irá familiarizar-se com os conceitos gerais da ciência política. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de : 
 
Objectivos 
 
 
 
 
 Explicar o significado de Instituições Politicas; 
 
 Descrever o contexto das Instituições pré-coloniais em África; 
 
 Caracterizar o sistema centralizado e nao centralizado do poder; 
 
 Definir conceitos relacionados com ciência politica. 
 
 
1.1. Sistemas Políticos não Centralizados 
Admite-se que, originalmente, os homens viveram durante muito 
tempo em pequenos grupos nómadas e pequenas aldeias e que 
pouco a pouco, os grupos começaram a ligar-se entre si para 
constituir tribos, depois federações tribais e, em algumas 
localidades, reinos e Impérios fortemente centralizados. Na medida 
em que o tempo foi passando houve a necessidade dos povos 
montar um aparelho administrativo, que se caracteriza-se com a 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 8 
 
ideologia politica da sociedade em causa, sendo este conjunto de 
situações que vão gerar os diferentes sistemas políticos vigentes. 
 
Segundo dicionario da lingua portuguesa (1999:1186), “politica 
são princípios que orientam a atitude administrativa de um 
governo”. 
A organização política aparece em todas as sociedades e nelas são 
organizadas as relações entre os grupos que se integram e entre 
sociedades diferentes, partilham o mesmo valor, os padrões de 
comportamento e os objectivos comunitários numa cultura com e tem os 
mecanismos necessários para que a sociedade funcione e consiga os 
seus interesses comuns da sociedade constituem os interesses políticos. 
Existem sociedades se Estado. Aqui não existe uma autoridade central 
que exerce autoridade sobre a sociedade. (MARTINEZ, 1999: 124) 
Sendo assim os sistemas políticos seriam os tipos de administração 
que cada território possui tendo em conta as suas convecções 
políticas. 
Desta feita no que tange aos sistemas políticos é preciso referenciar 
que estes vão variar de sociedade por sociedade onde o sistema 
politico não centralizado como o próprio nome já diz será a 
discetralização do poder a nível central. 
Na governação existem também organizações não directamente 
políticas, mas de alguma maneira tem responsabilidade no exercício do 
poder, na governação da sociedade. Estas organizações exercem papéis 
importantes e podem determinar uma certa solução das questões 
políticas. Este tipo de organizações existem tanto nas sociedades de 
pequena escala como nas sociedades de grande escala, tanto nos tempos 
antigos como na actualidade. (Idem, 127) 
Entre os contributos mais significativos da Antropologia no 
domínio da ciência política, cite-se o conhecimento das sociedades 
sem Estado, também chamadas acéfalas, ou não centralizadas, ouainda anarquias ordenadas. Em África, sobretudo nas sociedades 
sem Estados, os sistemas mais característicos pré-industriais foram: 
a) O bando ou horda – ordenamento político próprio dos 
caçadores e recolectores (Namíbia e algumas regiões do 
Congo) com campos de acção bem determinado com 
fronteiras conhecidas por interessados. 
Todos os membros têm o direito de exprimir a sua opinião nos 
conselhos e nas assembleias comuns. Mas há personalidades com 
grau de chefe que toma a última decisão, nomeadamente sobre a 
mudança do território. A sua autoridade vem da eficácia das suas 
acções. 
b) Outros sistemas políticos são os de linhagem fundados na 
organização do parentesco1. O exemplo encontra-se em 
 
1 PARENTESCO é o “ vínculo que une duas pessoas, em consequência 
de uma delas descender da outra ou de ambas procederem de um 
mesmo progenitor. O seu sistema está intimamente ligado às relações 
económicas, religiosas e políticas. O termo parentesco pode significar 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 9 
 
muitos países africanos se não todos. O território também é 
limitado e coincide com a etnia ou tribo. 
c) Sistemas das classes etárias. (BERNARDI, 1989:102). 
 
1.2. Evolução dos sistemas não centralizados para os sistemas 
centralizados 
O homem é por natureza um ser gregário. Desde os primórdios da 
história que se anexou ao seu semelhante para a satisfação de 
interesses comuns. Estabeleceu por diversos vínculos sociais, 
através da convivência com os homens, primeiro, os vínculos de 
parentesco e de residência, depois, vínculos de afinidade religiosa, 
de profissão e política. Estes vínculos sociais deram origem a 
diversas formas de sociedades: a família, a comunidade de 
residência (aldeia, vila, cidade), a igreja, as associações 
profissionais, a sociedade política ou o Estado. (Fernandes, 
1995:75). 
Estas formas aparecem em diferentes graus da vida social. O 
parentesco, a vizinhança, resultam de elementos de sociabilidade. 
São, por isso, consideradas sociedades primárias2 pois integram 
grupos restritos de fins determinados e tendências exclusivistas. As 
regras disciplinares que nelas se formam aplicam-se 
exclusivamente aos seus membros, e poder social que suporta e 
mantêm essas regras é um poder particularista, preocupado apenas 
com os interesses restritos que o grupo prossegue. 
Todavia, os interesses de uma família, de uma comunidade de 
resistência e de uma associação profissional opunham-se aos 
interesses de outras sociedades do mesmo género e, muitas vezes, 
tornaram-se rivais, sendo fontes de conflitos de interesses 
permanentes. 
A necessidade de superar os conflitos de interesses levou os 
homens a conceberem sociedades mais complexas, que englobam 
as sociedades primárias e criam entre elas possibilidades de 
colaboração pela subordinação obrigatória e deveres comuns e pelo 
reconhecimento de direitos recíprocos, garantidos por autoridades 
dotadas de poder coercivo. 
 
relações de sangue ou laço de afinidade ou casamento. Existem três 
laços de parentesco: laços de sangue ou descendência, laços de 
afinidade ou casamento e laço fictícios – adopção. 
2 Nas sociedades simples ou de pequenas escalas a organização política 
é feita com base em idade social, sabedoria, experiência em que os 
velhos merecem maior respeito, por estarem mais próximos de Deus e 
dos antepassados. A passagem de uma idade para outra faz-se 
submetendo a um ritual cultural. Todo o sistema está intimamente ligado 
as relações económicas, religiosas e políticas. 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 10 
 
A esta sociedade complexa, que permite a convivência social e 
política entre os membros de muitas sociedades primárias e coloca 
o interesse geral acima dos interesses particulares ou restritos dos 
grupos sociais primários, chama-se sociedade política ou Estado. 
(Fernandes, 1995: 75). 
 
1.3. Sistemas Políticos Pré-industriais centralizados 
A questão de saber quando, porquê e como apareceu o sistema 
centralizado enquanto instituição política levanta ainda uma certa 
controvérsia. As diferentes posições teóricas e ideológicas relativas 
à origem e formação dos sistemas centralizados, embora bem 
fundamentadas, não oferecem uma base explicativa segura, na 
medida em que são mais contraditórias do que complementares. A 
discussão que ao longo do tempo se tem travado sobre a origem dos 
sistemas centralizados, permitiu distinguir dois processos da sua 
formação: um exógeno à sociedade, o outro endógeno. 
O processo exógeno assenta nos fenómenos de conquista de uma 
sociedade por outra e na instauração de uma dominação estável das 
populações conquistadas. O processo endógeno concerne à instituição 
progressiva de formas de dominação de uma parte da sociedade pelo 
resto dos seus membros. (Fernandes, 1995:75). 
Contudo, nem o processo exógeno, nem o endógeno é interpretado 
de uma forma linear para justificar o aparecimento de sociedades 
centralizadas. A anarquia primitiva não deu subitamente ao 
aparecimento ao aparecimento do sistema centralizado que 
reivindica uma soberania absoluta sobre o seu próprio território e 
exerce numerosas funções destinadas a realizar os interesses 
comuns da colectividade. 
Os trabalhos realizados durante a primeira metade do século XX no 
domínio da Antropologia política permitiram estudar 
cientificamente as condições históricas, ou antes, pré-históricas, 
que presidiram à formação do sistema centralizado, e nos quais os 
sociólogos e politicólogos baseiam as suas teses sobre a origem do 
sistema centralizado. 
A presença de dois ou mais partidos dá lugar a tensões e a conflitos a 
nível de grupo transformando a actividade política numa espécie da luta 
e de competição com estratégias e tácticas, genericamente expressas 
pelos programas e pelos estatutos. Os políticos apoiam-se em dois tipos 
de comportamento, um público e outro privado. Não há homem político 
que não afirme agir com honestidade e o de bem comum. 
(BERNARDINI, 198:115). 
Contudo nas sociedades centralizadas o poder acenta-se nas 
massas, isto é, são sociedades em que o governo é o povo. Onde o 
seu sistema politico acenta-se nos partidos únicos, não havendo 
desta forma espaço para uma possível oposição, nestas sociedades 
apesar da sua bandeira constar o governo do povo é de constatar 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 11 
 
que não existe liberdade de expressão, o povo apenas compre 
segamente as linhas de orientação do poder central. 
 
1.4. Alguns Conceitos Políticos 
1.4.1. O Estado e a Nação 
As teorias filosóficas sobre a origem do Estado consideram que ele 
nasceu da ampliação familiar (teoria da origem familiar); que o 
estado surgiu do contrato convencional entre os membros da 
sociedade humana (teoria da origem contratual); que o estado 
nasceu da violência e da força dos mais fortes na luta pela vida, a 
sobrevivência dos mais aptos (teoria da origem violenta) e que o 
estado como conjunto de três elementos que o compõem: território, 
população e governo – é uma necessidade útil que se forma 
naturalmente (origem natural do Estado). 
 
Por outro lado há teorias históricas da origem do Estado que em geral 
consideram importantes e determinantes as condições e circunstâncias 
que lhes rodeiam o nascimento, resumindo-se em três: modos 
originários em que a formação é nova sem derivar de um estado 
preexistente; modos secundários, quando vários estados se unem para 
formar um novo ou quando se dividem para formar novos e modos 
derivados quando a formação se produz por influências exteriores. 
(AZAMBUJA, 2005:101). 
Quando uma comunidade humana é caracterizada pela posse 
exclusiva de um território, pela intensidade dos vínculos de 
solidariedade, de facto e de direito, que unem os seus membros e 
pela existência no seu seiode uma diferenciação entre governantes 
e governados, pode dizer-se que estão reunidas as condições 
essenciais que permitem afirmar a existência de um estado. 
Todavia existem numerosas definições, algumas das quais se 
prestam a grandes equívocos. 
Para alguns autores, o Estado é o conjunto dos órgãos que, numa 
sociedade, aparecem a exercer o poder político. Mas esse conceito 
confunde o governo com o próprio Estado. Referir que nem sempre 
que se adquire o poder governamental se adquire o poder do 
Estado. 
Segundo o dicionário de língua portuguesa (1999:789), “governo é 
o poder executivo ou o conjunto de indivíduos que administram 
superiormente um estado”. 
O Estado é uma instituição social equipada e destinada a manter a 
organização política de um povo, interna e externamente. Garante, 
contra os perigos internos e externos, a sua própria segurança, bem 
como a dos seus súbditos. Segundo os marxistas, o Estado é uma 
instituição comunitária onde existe uma diferenciação entre os fortes e 
fracos (exploradores e explorados) de modo que os primeiros mandam e 
os outros obedecem. O estado destina-se deste modo a preservar a 
exploração dos ricos pelos pobres. (Fernandes, 1995:71). 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 12 
 
De acordo com com as citações supracitadas existe uma relação de 
interdependência entre o governo e o estado na medida em que a 
existência de um pressupõe a existência do outro. 
 
 
Nação 
O conceito de nação aplica-se em princípio, ao menos a três categorias 
de grupos humanos; em primeiro lugar, ele pode aplicar-se a uma 
comunidade estável e historicamente evoluída de pessoas tendo em 
comum um território, uma vida económica, uma cultura que os 
distingue e uma língua. Em segundo lugar ele pode designar as pessoas, 
habitantes de um território unificado sob a autoridade de um governo 
único, um pais e ainda um estado. Em terceiro lugar pode ser um povo 
ou uma tribo. GURALNIR (2010:946), citada pela História Geral de 
África, Volume VIII 
 
É uma forma de sociedade caracterizada por um passado comum, um 
desejo de viver em comum e aquelas aspirações comuns. Não é apenas 
o presente mas também as gerações passadas e vindouras, uma corrente 
ininterrupta que une os destinos cumpridos aos destinos a cumprir. 
FERNANDES (1995:84). 
 
O processo decorre porque a entrada de um sistema político elimina 
certas exigências e deixa penetrar outras. O numero e a diversidade dos 
membros da sociedade global que desempenham o papel de filtragem 
varia segundo os sistemas. A resistência dos sistemas políticos em não 
permitir que todas as exigências que não foram afastadas pela filtragem 
inicial prossigam até ao órgão de decisão reduz as exigências põe meio 
de três operações: selecção, classificação, e combinação sintética. 
FERNANDES (1995:171) 
De acordo com os conceitos acima apresentados, conclui-se que a nação 
caracteriza-se pela existência de uma sociedade que comungam a mesma 
cultura dentro de um espaço geográfico delimitado, isto é, a existência de 
nação pressupõe existência de fronteiras. 
A diferença que pode-se estabelecer entre o estado e a nação é seguinte 
enquanto que a crise da nação consiste na queda de uma identidade 
coletiva insuficiente. A crise do Estado diz respeito a instabilidade 
da autoridade. 
Sumário 
São muitas e variadas formas de Estado que encontramos em África nas 
diversas épocas pre-coloniais. Antes da presença europeia. Estados eram 
as sociedades em que se podia fazer uma clara distinção de funções e em 
havia uma autoridade centralizada. De onde a presença de chefes 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 13 
 
traduzidos em reis. Imperadores. Soberanos. Califas e outros que 
exerciam autoridade política mesmo ao nível de linhagens ou clãs eram 
indispensáveis. Com sistemas administrativos e instituições que 
aplicavam uma justiça consuetudinária formalizada. 
 
Exercícios 
1. Leia a unidade e GENTILI.1998. 8-22 e resumo as paginas lidas 
 
2. O que significa para si Instituições politica? Dê dois exemplos 
concretos. 
 
3. Será que a política em África é um fenómeno trazido pela 
colonialização? Justifique a sua resposta. 
 
4. Diferencie sistema centralizado e não centralizado do poder 
 
5. Define os seguintes conceitos: Etnia, Tribo, Nação, poder, 
Autoridade, Estado, governo. 
Entregar 1 
 
 
Auto-avaliação 
 
 
 São muitas e variadas formas de Estado que encontramos em 
África nas diversas épocas pre-coloniais. Antes da presença 
europeia. Estados eram as sociedades em que se podia fazer uma 
clara distinção de funções e em havia uma autoridade 
centralizada. De onde a presença de chefes traduzidos em reis. 
Imperadores. Soberanos. Califas e outros que exerciam 
autoridade política mesmo ao nível de linhagens ou clãs eram 
indispensáveis. Com sistemas administrativos e instituições que 
aplicavam uma justiça consuetudinária formalizada. 
 
 
 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 14 
 
Unidade II 
Enquadramento da tipologia do 
poder 
 
Introdução 
Muita das vezes dicute-se a questão do poder, autoridade e dominacao, 
nesta unidade pretende-se desenvolver essa questão, principalmente a 
questão das tipologias dedominacao sem perder de vista a questão do 
campo político e a desigualidade social. 
O poder não é mais do que o excesso de poderio de um homem 
sobre outro homem. A manipulação da dependência que mantém os 
homens sob o controlo de um poder político impedindo de 
desenvolvimento do seu poderio é levada ao extremo pelas tiranas, 
isto é, ter possibilidade influência ou força. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 
 Conceitualizar o poder; 
 Diferenciar a dominaçãao e autoridade; 
 Descrever o campo político e a desigualidade social. 
 Conhecer os diferentes tipos de dominacao; 
 Diferenciar a dominacao tradicional, carismática, legal, Racional 
ou burocrática. 
 
 
 
 
 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 15 
 
2.1. O Poder 
 
Desde os tempos remotos existe grandes discuções acerca do poder tendo 
como exemplo de a questão levantada por Xenofonte não é tanto a de 
autoridade em si como a do chefe, pois que o poder é o modo dos 
mais capazes. Nem todo aquele que governa é necessariamente um 
chefe. “Os chefes” diz ele - “não são o que usam ceptro, nem os 
que foram escolhidos pela multidão, nem os que são designados a 
sorte, nem os que se apoderaram poder por meio de violência ou 
astúcia. Os chefes são os que sabem mandar”. Por conseguinte, é 
chefe, seja qual for a sua situação de direito, aquele que possui 
superioridade. 
Nas democracias o poder é a vontade da maioria para realizar o 
bem público. Nas democracias clássicas essa vontade é a que os 
governantes, escolhidos pelo povo, realizam, de acordo com a 
constituição o que eles próprios entendem por bem público. Nas 
democracias contemporâneas é a de que os governantes, eleitos 
pelo povo, realizam o que o próprio povo entende ser o bem 
público e, finalmente, nas monocracias ou ditaduras é a vontade 
dos governantes, sem a obtenção de qualquer constituição ou lei 
elaborada pelo povo através dos seus representantes. O poder ser 
difuso e instituído. 
Por poder difuso se entende que nas sociedades há sempre uma 
pressão externa sobre o indivíduo, e que se manifesta sob vários 
aspectos, desde a força material até a persuasão psicológica. Esta 
pressão, nas chamadas comunidades primitivas é que constitui 
poder e, em geral, não há nenhum órgão especializado para exerce-
la. É a tradição. 
 
O poder é uma força a serviço de uma ideia. É uma nascida da 
vontade social, destinada a conduzir o povo na obtenção do 
bem comum, e capaz, sendo necessário, de impor aos 
indivíduos atitude que ela determinar. (AZAMBUJA, 
2005:47/8). 
O poder é”um fenómeno, relação desigual relativamente 
estabelecida em que termo na relação mais elevada comanda. 
Nele, o significadode força esta desviada a fim de incluir na 
definição formas muito diferentes de poder. É a capacidade de 
um ser (individuo, instituição) produzir um efeito. É muitas 
vezes proporcional á força empregue, a uma quantidade de 
energia. (COLAS, 1978:104) 
O indivíduo quase não existe e é uma simples célula do tecido 
social: seus pensamentos, seus sentimentos, suas crenças, seu 
conhecimento, não são dele mas da sociedade que o observam 
inteiramente. O poder é fundado nos costumes e na tradição. 
Os homens adultos são um grupo dominante pois se carregam 
dos alimentos e da defesa contra os inimigos, deixando de lado 
as crianças, as mulheres e os velhos inválidos. (AZAMBUJA, 
2005:52/8). 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 16 
 
 
De acordo com as citações acima mencionadas o poder não é mais 
do que o excesso de poderio de um homem sobre outro homem. A 
manipulação da dependência que mantém os homens sob o 
controlo de um poder político impedindo de desenvolvimento do 
seu poderio é levada ao extremo pelas tiranas, isto é, ter 
possibilidade influência ou força. 
 
2.2. A Dominação e Autoridade 
Os conceitos de dominação e autoridade estão intimamntes ligados 
ao poder. A dominação produz e alimenta-se numa submissão 
imediata e pré-reflexiva dos corpos socializados. O mundo social 
imprime ao corpo um programa que funciona como a natureza com 
violência imperiosa e cega do instinto. O princípio de dominação é 
o que a lei arbitrária funciona como uma natureza, por adição das 
relações sociais de dominação, manifestando-se nos hábitos, 
conduta incorporada e naturalizada. O inconsciente dos dominados 
está estruturado em conformidade com as relações de dominação. 
Como resultado, o corpo biológico socialmente talhado transforma-
se em corpo politizado o que implica que a experiência da 
sexualidade possa ser ela própria orientada politicamente. 
Onde segundo o dicionário de língua portuguesa (1999:545), 
“dominação é a soberania que um determinado individuo possui”. 
Segundo o dicionário de língua portuguesa (1999:185), “autoridade 
é o poder legal, isto é, autoridade é o poder reconhecido”. 
Pierre Bourdieu acentua a legitimação da dominação no seio das 
sociedades divididas em classes. A dominação é eficaz e dissimula, 
porque uma vez conseguida para no silêncio. A legitimação produz 
obediência onde as ordens não foram editadas e onde não provocam 
protesto. As relações de ordem interpretam as desigualdades sociais e os 
mecanismo de dominação nunca resultam tão bem como quando opera 
sem que os dominantes e os dominados tenham que se comportar de 
modo que faça aparecer a relação de dominação. Esta define menos 
estrutura de obediência. (COLAS, 1978:137). 
Deta feita é de constatar que existe uma relação bastante complexa 
entre os conceitos de poder, dominação e autoridade. Na medida 
em que o poder é a influência ou força que um individo possui a 
dominação será a soberania e autoriadade será o reconhecimento 
desta soberania tanto como deste poder. 
 
2.3. O Campo Político e a Desigualdade Social 
Segundo COLAS (1978;144), “Um campo é um espaço 
caracterizado por um tipo de jogo que funciona como um mercado 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 17 
 
onde os indivíduos e ou grupos estão em competição e cada um de 
entre eles produz efeitos específicos de desconhecimento”. 
Desta feita é de referenciar que o campo politico é composto por 
todas camadas da sociedade porque directa ou indirectamente elas 
influência para aquelas que seram as decisões politicas, visto que 
estas decisões em muitos dos casos tem haver com a própria 
população. 
Segundo Weber, a qualidade de dominante é menos a do senhor 
cuja ordem tem uma oportunidade de ser obedecida, do que a posse 
de uma posição social mais elevada. O sistema de posições que os 
indivíduos tomam em face da política constitui campo político. 
Existe, um problema de energia social, da sua natural e da sua 
distribuição. Os quadros do sector público têm um capital 
equivalente ao dos artesãos mas a composição desse capital é 
diferente porque eles têm um património menos elevado mas um 
nível de diplomas mais elevado. Os professores primários têm um 
nível de rendimento que se situa nas mesmas zonas que o do 
operário, mas dispõem de um capital cultural mais elevado. Assim, 
é preciso compreender os grupos uns a partir dos outros, em função 
da sua distribuição. 
A dominação não é apenas política, mas se estende a outras esferas da 
vida social. Entre as sociedades ou mesmo dentro de uma existe a ideia 
de desigualdade social. São vítimas dessas desigualdades os pobres, as 
mulheres, colonizados, etnias estigmatizadas. Há um mal que precipita a 
humanidade no desejo de dominar. A origem da violência está no 
Homem social. O dominado não pode deixar de concordar com o 
dominante quando só dispõe de instrumentos de conhecimento que tem 
em comum entre ambos e que não são mais do que a forma incorporada 
de dominação. (Ibidem, p. 146) 
De acordo a citação supracitada é de referir que a dominação em 
muitos casos é que origina a disigualdade social visto que os 
indivíduos que tem domínio geralmente encontran-se nas classes 
dominantes, gerando assim a disigualdade social. 
 
2.4. Tipos de Dominação 
O Estado só existe se os dominados se submetem à autoridade 
reivindicada pelos dominadores. Para Weber há três tipos de 
dominação que correspondem a legitimidade: tradicional, 
carismática e burocrática. (COLAS, 1978:110). 
 
2.4.1. Dominação Tradicional 
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como 
justificadas, porque essa sempre foi a maneira pela qual as coisas 
foram feitas. O domínio patriarcal do pai da família, do chefe do 
clã e o despotismo real representam apenas o tipo mais puro de 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 18 
 
dominação tradicional. A dominação tradicional repousa na crença 
quotidiana na santidade das tradições válidas desde sempre e na 
crença na legitimidade daqueles que são chamados e exercer a 
autoridade pelos seus meios. (COLAS, 1978:111). 
O poder tradicional pode ser transmitido por herança e é 
extremamente conservador. Toda mudança social implica 
rompimento mais ou menos violento das tradições. A legitimação 
do poder na dominação tradicional provém da crença no passado 
eterno, na justiça e na maneira tradicional de agir. O líder 
tradicional é o senhor que comanda em virtude do seu Status de 
herdeiro ou sucessor. Suas ordens são pessoais e arbitrárias, seus 
limites são fixados pelos costumes e hábitos e os seus súbitos 
obedecem-no o respeito ao seu status tradicional. 
 
2.4.2. Dominação Carismática 
É quando os subordinados aceitam as ordens do superior como 
justificadas por causa da influência da personalidade e da liderança 
do superior com o qual se identificam. Carisma é um termo usado 
anteriormente com sentido religioso significando o dom gratuito de 
Deus, Weber e outros usaram termo com o sentido de uma 
qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoa. É aplicável a 
líderes políticos como Gandhi, Stalin, Kennedy e mais, capitão da 
indústra. 
Contudo, o poder carismático é um poder sem base racional, é instável e 
facilmente adquire características revolucionárias. Não pode ser 
delegado nem recebido em herança, como o tradicional. Tudo repousa 
na submissão extraordinária, na virtude heróica ou exemplar de uma 
pessoa ou em ordens reveladas ou emitidas por ela. (COLAS, 
1978:113). 
A legitimação de dominação carismática provém das características 
pessoais carismáticas do líder e da devolução e arrebatamento que 
impõe os seguidores. 
 
2.4.3. Dominação Legal, Racional ou Burocrática 
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como 
justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou 
normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando. É 
o tipo de dominação técnica, meritocrática e administrada. Baseia-
se na promulgação. 
A dominaçãoracional repousa na crença na legalidade das regras 
decretadas e no direito que aqueles que são chamados a exercer a 
dominação através desses meios têm de dar directivas. A figura típica 
disso é o funcionamento, um agente que obedece a uma regra porque ela 
é uma legal e que procura faze-la aplicar. (Ibidem, p. 123) 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 19 
 
A ideia básica fundamenta-se no facto de que as leis podem ser 
promulgadas e regulamentadas livremente por procedimentos 
formais e correctos. O conjunto governante é eleito e exerce o 
comando de autoridade sobre seus comandos, seguindo certas 
normas e leis. A legitimidade do poder racional e legal se baseia 
em normas legais racionalmente definidas. Na dominação legal, a 
crença na justiça da lei é o sustentáculo da legitimação. O povo 
obedece às leis porque acredita que elas são decretadas por um 
procedimento escolhido pelos governados e pelos governantes. 
A constituição ou os estatutos de um partido político são regras, 
mesmo que não tenham o mesmo valor jurídico nem a mesma 
função que as da administração pública. Enquanto que a repartição 
é a instituição chefe da dominação legal que se pode chamar de 
burocrática. A burocracia é a organização típica da sociedade 
moderna democrática e das grandes empresas e existe na moderna 
estrutura do estado, nas organizações não estatais e nas grandes 
empresas. 
 
Sumário 
o poder não é mais do que o excesso de poderio de um homem 
sobre outro homem. A manipulação da dependência que mantém os 
homens sob o controlo de um poder político impedindo de 
desenvolvimento do seu poderio é levada ao extremo pelas tiranas, 
isto é, ter possibilidade influência ou força. 
Os conceitos de dominação e autoridade estão intimamntes ligados 
ao poder. A dominação produz e alimenta-se numa submissão 
imediata e pré-reflexiva dos corpos socializados 
Existem 4 tipos de dominacao que são: dominacao tradicional 
carismática, legal, racional ou burocratica 
 
 
 
Exercícios 
1. Leia a unidade e resuma em poucas palavras as páginas lidas. 
2. Que relacao existe entre poder, autoridade e dominacao? 
3. Qual a diferença entre a dominacao tradicional e carismatica 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 20 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
 fazer em tres paginas um brecve resumo da unidade em estudo 
 Entregar os exercicios 2 e 3 
 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 21 
 
 
 
Unidade III 
Tipologias de Estados antigos em 
Moçambique 
 
Introdução 
A historia de estado em moçambique tem-se divido em estados pré-
coloniais, estsdo colonial e estado pos colonial. Importa nesta unidade 
estudar as tipologias de estados existentes na era pré-colonial os tidos 
como estados antigos. 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Descrever os Estados descentralizados em Moçambique; 
 Caracterizar os grupos étnicos. 
 
 
3.1. Estado descentralizado 
É portanto, necessário reflectir sobre as representações de 
populações que foram constantemente marcadas pela diversidade 
racial e, no aspecto da sua organização política, definidas como 
etnias tribais e nas quais a forma nação foi considerado como não 
sendo uma construção endógena mas sim uma imitação de formas e 
ideologias importadas do exterior através de imposições de formas 
de estado coloniais. Na divulgação sobre Moçambique, tanto pré-
colonial, como colonial ou contemporâneo, a questão étnica nos 
sistemas de estados é parte essencial das análises das sociedades. A 
partir do século XIX e paralelamente ao desenvolvimento da nova 
fase de conquista colonial em Moçambique, os termos etnia e tribo, 
usados para definir e classificar os povos que, conforme se afirma, 
não tinham elaborado formas de civilização política avançadas. 
No sul de Moçambique, a identidade étnica primária passou a ser a 
do grupo político a que pertenciam os moçambicanos: se não se 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 22 
 
pode falar de nação zulu, pode-se certamente sublinhar que o 
sucesso das guerras de conquista do clã zulu que culminou com a 
criação de Estado de Gaza nos anos vinte do século XIX, 
desencadeou um processo de absorção de diferentes entidades 
sociais e políticas na identidade moçambicana, numa época 
identificável e que continua a ser importante. 
São várias as formas de Estado que encontramos no espaço que 
hoje constitui Moçambique. Nem todas as tribos identificadas 
genericamente como tal por viajantes, missionários ou, mais tarde, 
administrador colonial, são traduzíveis em Estados pois, em muitos 
caso, não eram dotados de sistemas centralizados e o poder 
permanecia segmentário dos sistemas de descendência de cada um 
dos sistemas que as compunha. 
Grande parte da história de regiões moçambicanas, é a história da 
formação dissolução de estados e principados, mesmo sendo notável o 
número e a extensão das populações, às vezes com uma importância 
económica e demográfica de realce, que atravessaram séculos, sem que 
tenham tido organizações de Estado ou sido incorporadas em estruturas 
baseadas no pagamento do tributo. Assim, no norte de Moçambique, 
encontramos diversos estados que por convenção europeia se dizem 
“sem estado” ou acéfalas, descentralizadas, em que o poder e autoridade 
são geridos por sistemas de descendência ou de alianças territoriais. 
(GENTILI, 1998:10) 
Para muitas formações em que o poder se encontrava 
prevalescentemente nas mãos de um soberano seja por herança, 
chefe de um aparelho de governo e administrativo articulado e 
importante, cuja autoridade podia ser exercida sobre sociedade de 
dimensões muito diferentes que tinham desde poucas e muitos 
milhares de indivíduos, podemos distinguir algumas vastas regiões 
de difusão cultural. 
No seio de cada zona cultural, as instituições políticas apresentam 
elementos de um padrão comum, nos rituais de realeza, nos 
sistemas dos títulos nobiliárquicos e religiosos. Existia a 
constituição e consolidação de um núcleo central do qual parte a 
expansão ou a conquista sobre populações, principados ou estados 
vizinhos, com uma adaptação das formas de governo e mesmo das 
expressões, culturais homogéneas às populações que eram 
submetidas. 
 
3.2. Grupos étnicos Moçambicanos 
As unidades e atribuições étnicas que conhecemos hoje são 
resultados de um longo processo de transformações e assimilações 
que foram se observando desde os primeiros Bantu que emigram no 
nosso território. 
Bem antes do século XIX, o vale do Zambeze e as regiões vizinhas 
conheceram uma grande revolução política. Por ondas sucessivas, 
grupos de imigrados Shona e Lunda tinham estabelecido sua 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 23 
 
preeminência sobre a maior parte do território, anteriormente 
ocupado por sociedades rurais de dimensões relativamente 
reduzidas. Enquanto, em zonas periféricas, os Tonga, no Sul de 
Moçambique, ou os Tumbuka e os Tonga ribeirinhos do Lago 
Niassa (actual Lago Malaui) tinham conseguido manter sua 
autonomia, a maioria das sociedades autóctones haviam caído sob a 
influência dos Estados Shona ou Lunda. É provável que a formação 
dos primeiros Estados tenha se iniciado na região situada no Sul do 
Zambeze. No início do século XVI, os imigrados de línguas Shona 
vindos do atual Zimbábue impuseram sua dominação sobre a 
regiao que se estendia rumo ao Sul, das margens do Zambeze até o 
Rio Sabi. A frente deste poderoso reino encontrava-se o Mwene 
Mutapa (Monomotapa); dele o Império dos Shona extraiu o seu 
nome. Ainda que as guerras civis que se seguiram tenham reduzido 
o poder do Mwene Mutapa e oferecido a vários chefes provinciais a 
possibilidade de fazer secessao e de criar reinos autónomos, a 
hegemonia Shona se manteve em toda a região. Os mais potentes 
desses Estados Shona independentes – Bárue, Manica, Uteve e 
Changamire. Continuaram a dominar efectivamente a parte 
meridional do Moçambique Central,até o século XIX. 
 
No interior dessa zona, a única incursao estrangeira se produziu na 
margem sul do Zambeze, onde os portugueses, bem como colonos 
e mercadores de Goa, estabeleceram os prazos da coroa (domínios 
garantidos para a coroa) que foram nominalmente ligados ao 
império colonial de Lisboa. 
A expansao dos povos do Catanga, parentes dos lunda, começou um 
pouco mais tarde e, nos primeiros decenios do século XIX, ainda nao se 
tinha findado. Dois séculos mais cedo, os lozi, primeiros emigrados 
lunda, tinham se estabelecido nas férteis planícies de inundaçao do 
Zambeze. Depois deles, logo se instalaram colonos que criaram os 
reinos de Kalonga e de Undi, situados no atual Malaui e, a Oeste, os 
ancestrais dos Estados Fala, Senga e Bemba. Por volta de 1740, os 
últimos dos principais imigrantes lunda, os mwata kazembe, fixaram-se 
na regiao do Luapula. Durante o resto do século, os lunda consolidaram 
sua autoridade sobre os territórios adquiridos e estenderam suas 
fronteiras, graças as suas atividades diplomáticas e militares. 
Aproximadamente em 1800, alguns Estados ligados aos lunda, como 
Undi, Kalonga e Lozi, tinham atingido o apogeu, ao passo que outros, 
como o Bemba, ainda se encontravam em curso de expansão. Com 
algumas pequenas diferenças, a estrutura dos Estados shona e lunda 
estava fundada em princípios similares. No cume, encontrava-se um rei, 
tido como possuidor de qualidades sagradas, sejam inerentes a realeza, 
sejam adquiridas pelos ritos de investidura. AJAYI (1880:211) 
 
 
A estreita relação mantida pelo soberano com o sobrenatural, 
santificada pelos sacerdotes do culto e pelos médiuns, assegurava a 
saúde e o bem-estar dos seus súditos, bem como a fertilidade da 
terra. A inter-relaçao entre a instituiçao real e a fertilidade 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 24 
 
reforçava a posiçao do soberano como proprietário simbólico e 
guardiao espiritual da terra. Portanto, o direito de distribuir a terra 
cabia somente a ele, direito que constituía o fundamento da 
autoridade exercida pelo rei sobre seus vassalos e seus outros 
súditos, sustentando, assim, um ciclo de trocas recíprocas. Para 
cumprir as obrigaçoes para com o rei, resultantes da dívida 
contraída por eles ao utilizarem sua terra, e para poder aproveitar 
de suas qualidades reais, os súditos deviam fornecer certos 
impostos, bem como serviços e tributos fixados anteriormente, os 
quais variavam de um reino ao outro. Ademais, nos dois reinos, a 
maior presa de um elefante morto ia sistematicamente para o 
monarca, na qualidade de proprietário da terra. Em algumas 
sociedades, como as de Manica, dos lunda de Kazembe e de Undi, 
ao monarca se reservava também, em princípio, o monopólio do 
comércio, ao passo que, no reino de Changamire, em última 
instância, ele era o proprietário de quase todo o gado5. Estes 
tributos e diversas ordenaçoes alicerçavam o poder e a riqueza do 
monarca, que redistribuía uma parte dessa última com seus 
principais tenentes, a fim de garantir a lealdade deles. Nesse 
sentido, os Estados pré-coloniais da África Central organizavam a 
circulaçao dos magros recursos existentes, os quais passavam das 
classes dominadas a classe dominante. 
 
Apesar destes rituais e destas instituições unificadoras, um certo 
número de factores opôs-se ao desenvolvimento de reinos muito 
centralizados. Dentre os principais factores de instabilidade 
figuraram as crises de sucessao crônicas na capital real; a 
repugnância dos dignitários distanciados da capital para subordinar 
seus interesses económicos e políticos aos da autoridade central; as 
revoltas contra chefes opressores que violavam “o reinado da lei”; a 
falta de homogeneidade étnica e cultural e a ausência de um 
exército permanente para controlar as vastas extensões do reino. 
Tal situaçao caracterizou-se por conflitos e sucessões de carácter ao 
mesmo tempo irregular e crónico. Assim, os Estados Shona de 
Bárue, Manica, Uteve e Changamire apenas afirmaram sua 
independencia frente ao Mwene Mutapa para experimentar os 
mesmos problemas em seus próprios territórios. 
 
 
Sumário 
As unidades e atribuições étnicas que conhecemos hoje são 
resultados de um longo processo de transformações e assimilações 
que foram se observando desde os primeiros Bantu que emigram no 
nosso território. 
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Os rituais eram o factores de coesão social e politica nestas 
unidades politicas. 
Apesar destes rituais e destas instituições unificadoras, um certo 
número de factores opôs-se ao desenvolvimento de reinos muito 
centralizados. Dentre os principais factores de instabilidade 
figuraram as crises de sucessao crônicas na capital real; a 
repugnância dos dignitários distanciados da capital para subordinar 
seus interesses económicos e políticos aos da autoridade central; as 
revoltas contra chefes opressores que violavam “o reinado da lei”; a 
falta de homogeneidade étnica e cultural e a ausência de um 
exército permanente para controlar as vastas extensões do reino. 
Tal situaçao caracterizou-se por conflitos e sucessões de carácter ao 
mesmo tempo irregular e crónico. Assim, os Estados Shona de 
Bárue, Manica, Uteve e Changamire apenas afirmaram sua 
independencia frente ao Mwene Mutapa para experimentar os 
mesmos problemas em seus próprios territórios 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Caracterize os estados antigos em Moçambique? 
2. Identifique os grupos étnicos existentes em 
Moçambique? 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
Fazer um resumo de duas paginas sobre a unidade em estudo 
 
 
 
 
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Unidade IV 
A Partilha de Africa 
 
 
Introdução 
No final do terceiro quartel do século XIX. As potências francesas. 
Inglesa, portuguesa e Alemanha exerciam considerável influência, bem 
como detinham os interesses comerciais em diferentes regiões de África, 
mas o seu controle político era muito reduzido. A Alemanha e sobretudo 
o Reino unido exerciam sua influência como queriam, sem 
necessariamente ter que anexar formalmente o território, podendo extrair 
as mesma vantagens num controle indirecto Nessa altura as potências 
europeias não pretendiam anexar os seus territórios de influência 
formalmente, o que não significaria dizer que não exerciam o domínio. 
Essa conduta porém, começa a mudar depois de três acontecimentos 
importantes verificarem-se entre 1876 e 1880. 
Nesta unidade pretende-se que o estudante esteja em condições de 
compreender a partilha de África como uma componente política que 
desenhou os actuais estados africanos. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Descrever o processo de partilha de África; 
 Mencionar as potências europeias que estiveram na corrida para 
África; 
 Explicar as motivações políticas que estiveram na base da 
partilha de África. 
 
 
4.1. A Conferência de Congo-Berlim 
Antecedentes 
Antes frisar que são apresentados várias versões sobre à 
periodização do colonialismo. Alguns autores propuseram 1870 
como data do iniciou do colonialismo em África enquanto outros 
propõem a década de 1880, pela intensificação das viagens de 
exploração como veremos. O colonialismo trouxe uma nova 
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relação na qual os africanos viam as suas terras apropriadas a favor 
de estranhos europeus. A dominação levaria perto de um século, ate 
a derrocada do colonialismo, nas décadas de 1960 e 1970. 
BOAHEN (1985:39-40). 
Três são os períodos proposto do colonialismo em África a saber: 
1880 – 1919 (conquista e ocupação) em que os africanos defendiam 
a soberania e independência pela estratégia de confronto, aliança ou 
submissão temporária; 1919 – 1935 (período de adaptação) em que 
os africanos protestavam e resistiam; 1935 em diante, período de 
movimentos de independência (idem:40). 
Assim no decorrer do período de 1880-1914 assistiu-se em África, 
umcontinente com cerca de 30 milhões da km² se viu retalhada, 
subjugada efectivamente ocupada pelas nações industrializadas da 
Europa. O que é mais interessante neste assunto é a facilidade e 
rapidez com que as nações europeias uma Vaz unidas, 
conquistaram e submeteram um continente. Para explicar o facto, 
os europeus formularam teorias e posturas resumidas em: 
 Teorias económicas; 
 Teorias psicológicas; 
 Teorias diplomáticas; 
 Teorias da dimensão africana. (Idem:43) 
Teorias económicas – defende que a África foi ocupada por razoes 
económicas, pois, devia servir de alimento industrial da Europa em 
desenvolvimento uma vez que existia o impulso profundo que 
conduz todos os capitalistas a uma política de pilhagem, a qual leva 
o capitalismo europeu e o americano a instalarem-se no mundo 
inteiro. 
As teorias psicológicas – estas teorias comummente se classificam 
como darwinismo social, cristianismo Evangélico e Atavismo 
social, porque seus adeptos acreditam na supremacia da raça 
branca. 
Darwinismo social os darwinismos iam justificar a conquista dos 
que eles chamam de raças sujeitas ou raças não evoluídas, pela raça 
superior, invocando o processo inelutável da selecção natural em 
que, na luta pela existência, o forte domina o fraco. Pregando que a 
forca prima sobre o direito, eles achavam que a partilha de África 
punha em relevo esse processo natural e inevitável. 
Cristianismo evangélico as conotações raciais do cristianismo 
evangélico, eram moderados, todavia, por uma boa dose de zelo 
humanitário e filantrópico sentimento muito dissimulado entre os 
estadistas europeus durante a conquista de África e que, em certas 
regiões, dela participaram activamente esse factor, pois, so não se 
 HO210 – HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS III ... 28 
 
sustenta como uma teoria geral do imperialismo em razão do seu 
carácter limitado. 
Atavismo social – foi Josephy Schumpeter, explicou que 
imperialismo seria a consequência de certos elementos psicológicos 
imponderáveis e não de pressão económica. Seu raciocínio funda-
se no que ele considera ser um desejo natural do homem: dominar o 
próximo pelo prazer de dominar. O imperialismo seria um egoísmo 
nacional colectivo: a disposição, desprovida de objectivos, que um 
estado manifesta de expandir-se ilimitadamente pela forca. Novo 
imperialismo seria primitivismo de carácter atávico, quer dizer, 
manifestaria uma agressão dos instintos políticos e sociais 
primitivos do homem, que talvez justificassem em tempos antigos 
mais certamente e não no mundo moderno. 
 
4.4.1. Teorias diplomáticas 
a) Prestígio nacional 
O autor Karlton Hayes defendia a tese que diz que o novo 
imperialismo era um fenómeno nacionalista reflectindo uma sede 
ardente de prestígio nacional. Os dirigentes europeus eram 
compelidos por uma forca obscura atávica que se exprima por uma 
reacção psicológica, um desejo ardente de restaurar o prestígio 
nacional. 
Põe exemplo, a França, com a partilha procurava uma 
compensação nas suas perdas na Europa (Arsalsia e Lorena) a favor 
da Alemanha, adquirindo ganhos no ultramar e, o Reino unido 
aspirava compensar o seu isolamento na Europa (por ser uma ilha) 
engrandecendo e exaltando o império britânico, a Rússia bloqueada 
nos Balcãs procurava uma compensação na Ásia, a Alemanha e a 
Itália recentemente unificada (1879 -1871) queriam mostrar ao 
mundo que tinham direito mais pequenas que não tivessem 
qualquer prestigio a defender podiam muito bem continuar a viver 
sem se lançarem na aventura imperialista. Portanto, a partilha de 
África não foi um fenómeno económico. 
b) Equilíbrio de força 
F.H. Hisley disse que a causa principal da partilha de África foi o 
desejo de paz de estabilidade dos países europeus. Segundo o autor 
a data mais apropriada e decisiva a era extra europeu foi o ano de 
1878 porque, foi a partir dai que no congresso de Berlim a 
rivalidade russo – britânico no Balcãs e no império otomano havia 
levado a expansão europeia a um conflito generalizado pelo que os 
estadistas europeus souberam evitar esta crise através da sua 
corrida para África. 
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Quando os conflitos de interesse de África ameaçava a paz na 
Europa, as potências europeias não tiveram outra opção senão 
retalhar a África. Era o preço para salvaguardar o equilíbrio 
diplomático europeu estabilizado nos anos de 1880. 
 
 
c) Estratégia global 
Tem como precursores seguintes: Ronald Robson e Jonh Gallegher. 
Afirmam que a partilha de África é o fruto de movimentos atávicos 
proto-nacionalista de África que ameaçaram os interesses 
estratégicos globais das nações europeias. 
As lutas levadas a cabo pelos africanos teriam compelidos os 
estadistasd europeus, ate então satisfeitos com o exercício de uma 
discreta hegemonia, a partilha e conquista de África contra a 
vontade. Não tinham sido as riquezas materiais de África que 
levaram a ocupação pois ate então ela não tinha qualquer valor do 
ponto de vista económico mas porque ela ameaça os interesses dos 
europeus noutros lugares. 
Teoria de dimensão africana – embora notável de patition of 
África, assinalava com muita argúcia que a corrida dos anos de 
1880 foi consequência lógica da roedura progressiva do continente, 
iniciada há 300 anos antes. Admitia, de passagem, os motivos 
económicos da partilha, mas que eles não eram francesa mostrou a 
importância dos factores africanos locais da partilha, tratando a 
África como uma unidade histórica. Keltie, afirmava que embora a 
causa imediata da partilha fossem as rivalidades determinante na 
relação de longa data entre a Europa e África. Hardy julgava que a 
resistência africana ã crescente influencia europeia, precipitou a 
conquista efectiva tal como as rivalidades comerciais cada vez mais 
exacerbadas das nações industrializadas levaram à partilha. 
No final do terceiro quartel do século XIX, as potências francesa, 
inglesa, portuguesa e alemã possuíam interesses comerciais em 
diferentes regiões de África, mas o seu controle político directo era 
muito reduzido. A Alemanha e, sobretudo o reino unido exerciam 
sua influência como queriam, e nenhum estadista em sua 
consciência optaria espontaneamente por incorrer em gastos e se 
expor aos riscos imprevistos de anexar o formal, podendo extrair as 
mesmas vantagens de um controle indirecto. 
Essa conduta começa mudar depois de três importantes 
acontecimentos verificados entre 1876 e 1880. 
O primeiro foi o novo interesse do duque de barbante, coroado rei 
dos belgas em 1865 (sob o nome de Leopoldo I), demonstrava pela 
África, o que se expressou na chamada geográfica de Bruxelas, põe 
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ele convocada em 1876, a qual redundou na criação de associação 
internacional africana e no recrutamento de Henry Morton Stanley 
em 1879, para explorar o Congo, cujo reconhecimento por todas 
nações europeias Leopoldo, obteve antes do término das 
deliberações da conferência de Berlim sobre a África ocidental. 
Causas da Conferencia de Berlim 
As razoes que subentendem a partilha colonial e a razão pelo qual 
ocorre tão rapidamente são objecto de um intenso debate 
historiográfico. São várias as posições que se tomam sobre o 
assunto, entre as quais podemos destacar os extremos que opõem 
historiadores europeus e africanos. Para os europeus trata-se de 
uma tentativa de manter uma superioridade fictícia defendida por 
opiniões racistas de historiadores como Hegel, para os africanos 
trata-se de uma tentativa de resgatar uma identidade negada ao 
longo dos tempos. Apontamos como causa da conferência: 
 A disputa pela bacia do Congo. 
A questão de Congo teve um papel crucial na determinação das 
modalidades dos tempos da partilha. a expansão francesa não era 
perigosa só na África ocidental mas tinha-se estendido a área 
congolesa a partir de 1875 com missões de exploração diplomática 
de Pierre Savorgnan de Brazza, que tinham produzido os tratados

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