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CADERNO DE ERROS DE PROCESSO CIVIL

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ROL EXAUSTIVO = ROL TAXATIVO
ROL NÃO EXAUSTIVO = EXEMPLIFICATIVO
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
dimensão FORMAL - direito de ser ouvido, de participação, ex: contestação;
CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL/ REAL/ PARTICIPATIVO/ EFETIVO - poder de
influência, a parte tem que ser ouvida com elementos para influenciar a decisão
do juiz. Entende-se que a ampla defesa é a dimensão substancial do
contraditório. CESPE2017
O contraditório postecipado ou diferido não foi eliminado pelo CPC. Ele
continua sendo possível em hipóteses excepcionais, tais como no caso de
concessão de uma tutela de urgência em sede liminar, em que o réu somente se
manifesta após a concessão da ordem - em razão de seu caráter urgente. A
garantia do contraditório participativo não impede a concessão de tutela
antecipada inaudita altera pars. O que ocorre, nessa concessão, é um
contraditório diferido, em que a parte é chamada para se manifestar depois de
proferida a decisão em caráter de urgência (art. 303, caput, c/c §1o, III, CPC/15).
Ademais, referida exceção está contida, de forma expressa, no parágrafo único, do
art. 9o, do CPC/15, que traz a vedação da decisão surpresa.
● No âmbito do processo civil, admite-se a renúncia, expressa ou tácita, do
direito atribuído à parte de participar do contraditório. CESPE2016
A abstenção do exercício do contraditório pode ser tácita (quando simplesmente
deixo transcorrer in albis o prazo para contestação) ou expresso (quando eu
concordo com o pedido do autor, por exemplo).
PRINCÍPIO DA ISONOMIA SUBSTANCIAL
O juiz deve resguardar a isonomia entre as partes, não devendo atuar de forma
assimétrica.
Isonomia Substancial: os iguais são tratados iguais, e os desiguais na medida de
sua desigualdade
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
BOA-FÉ OBJETIVA, dispensa a comprovação do animus do sujeito processual,
não verifica a intenção nem o subjetivo do sujeito.
● A violação do princípio da lealdade/ probidade/ boa-fé processual sujeita o
advogado infrator a sanções processuais.
● A constatação da violação da boa-fé objetiva processual dispensa a
comprovação da intenção do sujeito na adoção de determinado
comportamento. CESPE2019
● O limite ao exercício de posições processuais constitui dimensão do
princípio da boa-fé objetiva processual. CESPE2019
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
A concepção material ou substantiva, ou seja, devido processo legal corresponde
à exigência e garantia de que as normas sejam razoáveis, adequadas,
proporcionais e equilibradas para que não haja arbitrariedades ou abuso de poder;
Na concepção formal é o direito de processar e ser processado de acordo com as
normas vigentes.
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
juiz natural é TRIdimensional, compreendendo as seguintes facetas: (i)
proibição de instituição de tribunais ou juízos ad hoc, (ii) garantia de julgamento por
juiz competente, na forma da lei e (iii) imparcialidade do julgador.
NULIDADE DE ALGIBEIRA (OU DE BOLSO) se configura quando a parte, embora
tenha o DIREITO DE ALEGAR NULIDADE mantém-se inerte durante longo
período, DEIXANDO PARA REALIZAR A ALEGAÇÃO NO MOMENTO QUE
MELHOR LHE CONVIER, NÃO É ADMITIDA, POR VIOLAR A BOA-FÉ
PROCESSUAL. Art. 278. CPC
Embora a nulidade absoluta possa ser alegada a qualquer tempo e possa,
até mesmo, ser reconhecida de ofício pelo juízo, a sua não alegação imediata
viola os princípios da boa-fé, da cooperação e da efetividade porque prejudicam
a prestação jurisdicional na medida em que atrasam ou impedem a resolução do
mérito do processo em tempo razoável.
★ A estratégia processual de permanecer silente, reservando a nulidade
constatada para alegação em momento posterior (prática denominada
“nulidade de algibeira”), contraria os princípios da efetividade, da
cooperação e da boa-fé. FUNDEP/CRESCER 2019 (ÚNICAS QUESTÕES)
DEVERES DE COOPERAÇÃO DO JUIZ - PECA
PREVENÇÃO: O juiz deve advertir as partes sobre os riscos e deficiências das
manifestações e estratégias por elas adotadas, conclamando-as a corrigir os
defeitos sempre que possível.
ESCLARECIMENTO: Cumpre ao juiz esclarecer-se quanto às manifestações
das partes: questioná-las quanto a obscuridades em suas petições; pedir que
esclareçam ou especifiquem requerimentos feitos em termos mais genéricos e
assim por diante.
CONSULTA (DIÁLOGO): Impõe-se reconhecer o contraditório não apenas como
garantia de embate entre as partes, mas também como dever de debate do juiz
com as partes
AUXÍLIO (ADEQUAÇÃO): o juiz deve ajudar as partes, eliminando obstáculos
que lhes dificultem ou impeçam o exercício das faculdades processuais.
ORDEM CRONOLÓGICA
● A inobservância da ordem cronológica NÃO implica, por si só, na invalidade
do ato decisório.
NÃO precisa seguir a ordem:
1. sentença em audiência
2. homologação de acordo
3. improcedência liminar do pedido
4. em bloco de casos repetitivos
5. recursos repetitivos ou IRDR
6. decisão SEM resolução do mérito
7. embargos de declaração
8. agravo interno
9. preferências legais e metas do CNJ
10.processos criminais
11.urgência
REGRA: requerimento NÃO ALTERA A ORDEM, vai retornar na mesma posição
EXCEÇÃO: reabertura de instrução ou conversão do julgamento em diligência,
ai não vai voltar na mesma posição, indo pro final da fila.
OCUPARÁ O PRIMEIRO LUGAR: sentença ou acórdão ANULADO
JURISDIÇÃO E AÇÃO
É UNA E INDIVISÍVEL o que se fraciona é a competência!
Segundo Daniel Amorim Assumpção Neves, as principais características da jurisdição são:
caráter substitutivo, lide, inércia e definitividade. Na substitutividade, a jurisdição
substitui a vontade das partes pela VONTADE DA LEI (Estado-JUIZ) (NÃO É A
VONTADE DO JUIZ), no caso concreto, resolvendo o conflito existente entre elas e
proporcionando a pacificação social. CESPE2021
PETIÇÃO INICIAL
● Protocolo - Proposta a ação
● Registro ou Distribuição - determina-se a Competência (Prevenção)
● Despacho que ordene a citação ainda que o juiz seja incompetente - Interrompe a
prescrição
● Citação válida - Induz a litispendência, torna a coisa litigiosa e constitui o devedor em
mora
NÃO CONFUNDIR:
Cancelamento da distribuição
(espécie de extinção por
inadmissibilidade)
Abandono da causa
(extinção por abandono)
Será cancelada a distribuição do feito se a
parte, intimada na pessoa de seu
advogado, não realizar o pagamento das
custas e despesas de ingresso em 15 dias.
Haverá extinção do processo sem
resolução do mérito (art. 485, IV).
Estão previstas em duas hipóteses do art.
485. O juiz extinguirá o processo sem
resolução do mérito:
• se o processo ficar parado durante mais
de 1 (um) ano por negligência das partes;
• se o autor não promover os atos e as
diligências que lhe incumbir por mais de 30
(trinta) dias;
A parte será intimada pessoalmente para
suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. Se
não o fizer, o juiz extingue o processo.
Cancelamento da distribuição (espécie
de extinção por inadmissibilidade)
Deserção
Ocorre quando, por ausência de
pagamento das custas iniciais, e
passados os 15 dias da intimação pessoal
do advogado da parte, o processo é extinto
sem resolução do mérito, com
cancelamento da distribuição e
arquivamento dos autos do processo.
A deserção, por sua vez, se dá com a
ausência de preparo, ou seja, ausência de
juntada da guia de custas e do respectivo
comprovante de pagamento no ato de
interposição do recurso. O recorrente que
não comprovar, no ato de interposição do
recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno,
será intimado, na pessoa de seu advogado,
para realizar o recolhimento em dobro, sob
pena de deserção.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
1. Inafastabilidade de Jurisdição
2. Inércia
3. Territorialidade: O juiz fica vinculado a um dado território, exceto os tribunais
superiores que são em todo o Brasil e os arts. 60 e 255, CPC.
4. Indelegabilidade: um juiz não pode transferir a outro o poder de “decidir” a
lide.
5. Juiz Natural e Imparcial
● Jurisdição consiste na função estatal de compor litígios e de declarar e
realizar o direito. CESPE2017
Decisão insuscetível de controle externo ecom aptidão para tornar-se
indiscutível (a decisão judicial somente é controlada pela própria jurisdição e
apenas ela pode formar coisa julgada).
Condições da ação: LEGITIMIDADE E INTERESSE DE AGIR
Elementos da ação: PARTES, PEDIDO E CAUSA DE PEDIR
Causa de pedir: soma dos fatos e dos fundamentos JURÍDICOS
REGRA - Legitimidade Ordinária: Pleitear em nome próprio direito próprio
Exceção - Legitimidade Extraordinária/substituição: Pleitear direito alheio em
nome próprio. Ex. MP, DP, sindicatos.
A substituição não depende da concordância do substituído.
Súmula 637, STJ - O ente público detém legitimidade e interesse para intervir,
incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir
qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio. CESPE2021
Súmula 642, STJ - O direito à INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS transmite-se
com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade
ativa para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória.
★ não confundir com a ação de anulação de confissão que é EXCLUSIVA do
confitente
COGNIÇÃO EXAURIENTE: baseia-se em aprofundado exame das alegações e
provas, o que cria um juízo de certeza. Ex: sentença, decisão parcial antecipada de
mérito.
COGNIÇÃO SUMÁRIA: o juiz decide com base em juízo de probabilidade da
existência do direito (análise do fumus boni iuris e do periculum in mora). Ex: os
provimentos de tutela de urgência.
● O MP deverá demonstrar as condições da ação (legitimidade e interesse
de agir) não é dispensado a provar.
O réu poderá alegar a ausência de uma das condições da ação
(legitimidade e interesse de agir) em momento posterior ao de apresentação da
contestação, como nas razões ou nas contrarrazões recursais, pois elas constituem
matéria de ordem pública, cognoscível em qualquer fase do processo e em
qualquer grau de jurisdição, ENQUANTO NÃO OCORRER O TRÂNSITO
EM JULGADO.
Se o juiz observar a falta de alguma CONDIÇÃO DA AÇÃO DO AUTOR
(legitimidade e interesse de agir) ele deverá julgar SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO,
NÃO deve determinar que o autor emende ou complemente a petição inicial e
nem indique, com precisão, o objeto da correção ou da complementação.
OBS: CORREÇÃO DA LEGITIMIDADE PASSIVA.
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias,
a alteração da petição inicial para substituição do réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e
pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre
três e cinco por cento (3 A 5 %) do valor da causa ou, sendo este irrisório por
apreciação equitativa.
REGRA GERAL: 10 a 20%
Exceção: entre 3 a 5 % do valor da causa, se irrisório, será por apreciação
equitativa - substituição do réu ilegítimo, o autor pagará os honorários ao
procurador do réu excluído.
● A doutrina moderna entende que são elementos da jurisdição o poder de
decisão, o poder de coerção e o poder de documentação, enquanto, para a
concepção clássica, tais elementos são notio, vocatio, coertio, iudicium e
executio.
Jurisdição Voluntária: NÃO HÁ LIDE. Trata-se de uma forma de a administração
pública participar de interesses privados. CESPE2017
Jurisdição Contenciosa: HÁ LIDE. Existe um conflito entre as partes que deve ser
resolvido pela jurisdição. Apresenta predominantemente como ato substitutivo da
vontade das partes. CESPE2016
A jurisdição tem natureza DECLARATÓRIA, ela declara a lei, e NÃO CRIA
DIREITOS.
● A carta precatória não constitui exceção ao princípio da indeclinabilidade
da jurisdição, correspondendo, apenas, a um meio de cooperação
estabelecido entre os órgãos jurisdicionais. CESPE2016
TEORIA ECLÉTICA do direito de ação (Liebman): Adotada pelo CPC15.
O direito de ação é autônomo, mas para o exercício do direito de ação É
NECESSÁRIO QUE ESTEJAM PRESENTES AS CONDIÇÕES DA AÇÃO.
● A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define
ação como um direito autônomo e abstrato, independente do direito
subjetivo material, condicionada a requisitos para que se possa analisar
o seu mérito (condições da ação). CESPE2018
● Teoria da asserção - As condições da ação devem ser apreciadas de acordo
com as alegações do autor na petição inicial, ou seja, não dependem da
correspondência entre tais afirmações e a realidade verificada a partir da
dilação probatória. ESAF2015
TEORIA DA ASSERÇÃO - CONDIÇÃO DA AÇÃO adotada pelo STJ. INF. 502.
As condições da ação devem ser verificadas pelo juiz à luz das alegações feitas
pelo autor na inicial, e serem verificadas conforme as afirmações do autor, antes de
produzidas as provas.
Na teoria da asserção, o autor não precisa provar que há interesse de agir e
legitimidade, bastando alegar ter esses direitos, o juiz vai analisar se têm as
condições pelo que foi afirmado pelo autor, e não com base em provas.
A) Sendo possível o juiz mediante uma cognição sumária perceber a ausência
de uma ou mais condições da ação: extinção do processo SEM resolução do
mérito, por carência de ação (art. 485, VI, Novo CPC).
B) Caso o juiz precise, no caso concreto, de uma cognição EXAURIENTE
mais aprofundada para então decidir sobre a presença ou não das condições
da ação, não mais haverá tais condições da ação (que perdem essa natureza a
partir do momento em que o réu é citado), passando a ser entendidas como
matéria de mérito: extinção do processo COM resolução do mérito - gera uma
sentença de rejeição do pedido do autor (art. 487, I, do NCPC). FGV 2016
Ação de conhecimento ou cognição: certificação de direito. Podem ser:
condenatórias, constitutivas e declaratórias. objetivo da ação de conhecimento é
levar os fatos controvertidos até o juiz para que sobre eles seja proferido um
julgamento de mérito, colocando fim ao conflito.
Ação de execução: efetivação de direito.
Ação cautelar: A ação de cautelar visa prevenir, conservar, defender ou assegurar
a eficácia de um direito. (Tutela de urgência cautelar.)
A jurisdição não pode ser de caráter administrativo, APENAS JUDICIAL.
São inerentes à jurisdição, dentre outros, os princípios: CESPE2017
● princípio do dispositivo (ou princípio da demanda): também denominado de
princípio da inércia. O processo não pode ser iniciado de ofício pelo juiz,
depende de iniciativa da parte!
É tendência do direito processual civil brasileiro a mitigação do princípio do
dispositivo, permitindo ao juiz maior participação na atividade de apuração dos
fatos da causa.
● Pelo princípio do juízo natural entende-se que ninguém será processado
senão pela autoridade competente (art. 5.º, LIII, da CF). O princípio pode
ser entendido de duas formas distintas. A primeira delas diz respeito à
impossibilidade de escolha do juiz para o julgamento de determinada
demanda, escolha essa que deverá ser sempre aleatória em virtude de
aplicação de regras gerais, abstratas e impessoais de competência. Essa
proibição de escolha do juiz atinge a todos; as partes, os juízes, o Poder
Judiciário etc.
● Princípio da improrrogabilidade, da aderência ao território ou
territorialidade: veda ao juiz o exercício da função jurisdicional fora dos
limites delineados pela lei. MAS os efeitos da decisão podem ultrapassar sua
jurisdição. (Fonte: Jus Navigandi). CESPE2017
● O princípio da indelegabilidade pode ser analisado sob duas diferentes
perspectivas: externo e interno. No aspecto externo significa que o Poder
Judiciário, tendo recebido da Constituição Federal a função jurisdicional – ao
menos como regra –, não poderá delegar tal função a outros Poderes ou
outros órgãos que não pertencem ao Poder Judiciário. No aspecto interno
significa que, determinada concretamente a competência para uma demanda,
o que se faz com a aplicação de regras gerais, abstratas e impessoais, o
órgão jurisdicional não poderá delegar sua função para outro órgão
jurisdicional. (Fonte: Daniel Neves).
● Indeclinabilidade ou inafastabilidade: o juiz não pode se escusar de
apreciar a demanda. A possibilidadede concessão, pelo juiz da causa, de
tutela antecipatória do mérito, inaudita altera parte, em razão de
requerimento formulado nesse sentido pela parte autora em sua petição
inicial, está diretamente relacionada ao princípio da inafastabilidade do
controle jurisdicional;
● Pelo princípio da inevitabilidade, as partes hão de se submeter ao que for
decidido pelo órgão jurisdicional, posicionando-se em verdadeira sujeição
perante o Estado-Juiz. Assim, não podem as partes evitar os efeitos
decorrentes da decisão estatal. CESPE2019
Lembrar: Inevitável não se submeter ao decidido pelo Judiciário.
● Investidura -> A jurisdição só pode ser exercida por quem está regularmente
investido da autoridade de juiz, através de concurso público
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
AUTORIDADE CENTRAL: regra: designação específica / se não tiver: Ministro
da Justiça
regra: TRATADO
Exceção: VIA DIPLOMÁTICA, com base em reciprocidade
A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA NÃO precisa de
RECIPROCIDADE.
Auxílio direto
O auxílio direto é uma forma de cooperação jurídica internacional mais
simplificada.
No auxílio direto, a providência solicitada é cumprida no Brasil mesmo sem
exequatur, ou seja, de modo muito mais rápido.
Normalmente, a possibilidade de o Brasil conceder auxílio direto a
determinado país está previsto em tratado internacional com ele firmado. No
entanto, mesmo que não haja, é possível esta forma de cooperação com base no
princípio da reciprocidade.
A capacidade postulatória do auxílio direto cabe aos AGU, na justiça federal,
exceto se o MP for a autoridade central, será o postulador.
CARTA ROGATÓRIA
● Carta rogatória perante o STJ é de jurisdição CONTENCIOSA!
EM QUALQUER HIPÓTESE É VEDADA A REVISÃO DO MÉRITO NO
BRASIL.
COMPETÊNCIA
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Interesse Público (direito indisponível) Interesse Privado (direito disponível)
Deve ser declarada de ofício (art.64, §1o) Não pode ser declarada de ofício
(Súmula 33 do STJ)
Vício não sujeito à prorrogação (cabe
ação rescisória)
Vício sujeito à prorrogação (art.65)
Ambas devem ser arguidas como preliminar de contestação (arts.64 e 337, II)
Quando acolhidas, os autos serão remetidos ao juízo competente (art.64, §3o)
Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos da decisão
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo
juízo competente (art.64, §4o).
● Informativo 580 do STJ (5/4/2016): A Justiça brasileira é
ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE para processar e julgar demanda
indenizatória fundada em serviço fornecido de forma viciada por empresa
estrangeira a brasileiro que possuía domicílio no mesmo Estado
estrangeiro em que situada a fornecedora, quando o contrato de consumo
houver sido celebrado e executado nesse local, ainda que o conhecimento
do vício ocorra após o retorno do consumidor ao Brasil.
MUDANÇA DO DOMICÍLIO é uma modificação de ESTADO DE FATO, logo a
mudança de domicílio é irrelevante para fins de alteração da competência. Ver o
Art, 43 do CPC.
Incompetência Relativa - TV = TERRITÓRIO E VALOR - NÃO PODE SER
ALEGADA DE OFÍCIO PELO JUIZ
A incompetência relativa no CPC deve ser alegada em preliminar de
contestação, não ocorrendo, prorroga-se a competência relativa, continuando
neste juízo.
No JESP, a INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL é causa de extinção do
processo SEM resolução do mérito.
Incompetência Absoluta - MPF = matéria, pessoa e função
● SÚMULA 570-STJ: Compete à Justiça FEDERAL o processo e julgamento
de demanda em que se discute a ausência de ou o obstáculo ao
credenciamento de instituição particular de ensino superior no Ministério
da Educação como condição de expedição de diploma de ensino a
distância aos estudantes.
➔ É competência ABSOLUTA dos juizados especiais da fazenda pública
processar e julgar as causas de interesse dos estados, do Distrito Federal,
dos territórios e dos municípios cujos valores não excedam 60 salários
mínimos, NÃO existindo impedimento à formação de litisconsórcio
passivo do ente estatal com pessoa jurídica de direito privado. Lei nº
10.259. Art. 3º.
➔ SUSCITADO O CONFLITO DE COMPETÊNCIA, a intervenção do MP, na
qualidade de custos legis, É OBRIGATÓRIA.
* AÇÃO DE PENSÃO POR MORTE NA QUAL HAVERÁ RECONHECIMENTO DE
UNIÃO ESTÁVEL - Compete à JUSTIÇA FEDERAL processar e julgar demanda
proposta em face do INSS com o objetivo de ver reconhecido exclusivamente o
direito da autora de receber pensão decorrente da morte do alegado companheiro,
ainda que seja necessário enfrentar questão prejudicial referente à existência,
ou não, da união estável. STJ.julgado em 10/4/2013 (Info 517). CESPE2017
De quem é a competência para julgar as causas propostas contra instituições de
ensino (ou seus dirigentes) em demandas envolvendo educação?
I - Ensino Fundamental: Justiça ESTADUAL (MS ou outras ações).
II - Ensino Médio: da Justiça ESTADUAL (MS ou outras ações).
III - Ensino Superior:
MANDADO DE SEGURANÇA
- Impetrado contra dirigente de instituição de ensino federal ou particular: JUSTIÇA
FEDERAL.
- Impetrado contra dirigente de instituições de ensino estaduais e municipais: JUSTIÇA
ESTADUAL.
OUTRAS AÇÕES
- Propostas contra a União ou suas autarquias: JUSTIÇA FEDERAL.
- Propostas apenas contra Instituição estadual, municipal ou particular: ESTADUAL.
A jurisprudência é firme no sentido de que a decisão em MS coletivo impetrado por
associação BENEFICIA TODOS OS ASSOCIADOS, sendo IRRELEVANTE a filiação ter
ocorrido APÓS A SUA IMPETRAÇÃO. CESPE2021
● A competência territorial para a ação declaratória de paternidade é do foro do
domicílio do RÉU (DO PAI), salvo se a demanda for cumulada com pedido de
alimentos.FCC2021
● SE FOR CUMULADA COM ALIMENTOS, AI VAI PRO DOMICÍLIO DO ALIMENTANDO, SE FOR SÓ A DE
PATERNIDADE, VAI SER NA DO RÉU.
Súmula 1, STJ: O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para
a ação de investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.
INCAPAZ É RÉU: SEMPRE O DOMICÍLIO DE SEU REPRESENTANTE
INCAPAZ FOR AUTOR: REGRA DOMICÍLIO DO RÉU
EXCEÇÃO: ALIMENTOS SERÁ DO AUTOR (INCAPAZ)
● Ação de alimentos: competência do domicílio do autor incapaz (alimentando)
● Ação de reconhecimento de paternidade: competência do domicílio do réu (possível
pai)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. PRECLUSÃO
Os pressupostos processuais são “requisitos” para que o processo
EXISTA e se desenvolva VALIDAMENTE (Mozart). Mozart adota parcialmente a
classificação proposta por Fredie Didier, diferindo deste autor no que tange à
legitimidade e interesse processual. Para Didier, legitimidade e interesse de agir
são pressupostos processuais (como visto acima); para Mozart, legitimidade e
interesse de agir continuam sendo “condições da ação”.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS
DE EXISTÊNCIA
SUBJETIVOS→ Juiz: órgão investido de jurisdição;
Parte: capacidade de ser parte.
OBJETIVOS→ Existência da demanda.
PRESSUPOSTOS
DE VALIDADE
Subjetivos → Juiz: competência e imparcialidade;
Partes: capacidade processual e capacidade postulatória.
Objetivos→Intrínsecos (positivos): respeito ao formalismo
processual;
Extrínsecos (negativos): inexistência de perempção,
litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem.
CAPACIDADE PROCESSUAL DE VALIDADE é um pressuposto processual. A
capacidade pode ser:
1. CAPACIDADE PARA SER PARTE/ PERSONALIDADE JUDICIÁRIA OU
PERSONALIDADE JURÍDICA (ser autor, réu...):
incapaz tem capacidade para ser parte, mas não tem capacidade processual,
pois precisam ser representadas em juízo; (legitimidade ativa/passiva)
2. CAPACIDADE PARA ESTAR EM JUÍZO/PROCESSUAL/LEGITIMATIO AD
PROCESSUM:
Capacidade de fato. Pessoa plenamente capaz. Constitui pressuposto de validade
do processo. Trata-se da possibilidade de exercer seus direitos em juízo, de forma
direta, sem a necessidade de assistência ou representação.
➔ MENORES, LOUCOS E INTERDITADOS TÊM INCAPACIDADE
PROCESSUAL.
➔ O EMANCIPADO POSSUI CAPACIDADE PROCESSUAL. CESPE2017
3. CAPACIDADE POSTULATÓRIA:aptidão conferida aos ADVOGADOS, DEFENSORES e PROMOTORES para
formular requerimentos ao Judiciário. CESPE2016
Com efeito, os menores, loucos e interditados podem ser parte, mas, para a prática
de atos processuais, deverão estar assistidos (menores púberes) ou representados
(demais). Isto porque lhes falta a aptidão para o exercício dos direitos e deveres
processuais.
O incapaz detém legitimidade ativa e passiva. Ele pode ser parte no processo,
mas, por não possuir capacidade processual, deve ir a juízo acompanhado de
seu representante legal. O autor é o próprio incapaz.
O representante do incapaz é o inverso, não têm a legitimidade ativa/passiva,
mas têm a capacidade.
PRECLUSÃO NÃO É SANÇÃO
PRECLUSÃO  TEMPORÁRIA: É a perda da faculdade de realizar determinado ato
processual em virtude do TEMPO; assim, na preclusão temporal, a impossibilidade de certo
sujeito praticar determinado ato decorre da circunstância de já haver sido esgotado o prazo
para que o ato seja praticado. Ela se dá, pois, quando a parte deixa de exercitar um poder
processual no prazo para tanto estipulado, ficando, por isso, impossibilitada de exercitá-lo. É
fruto da inércia da parte.
PRECLUSÃO LÓGICA: É a perda da faculdade de realizar determinado ato processual em
virtude da prática com ele incompatível; a impossibilidade de certo sujeito praticar
determinado ato decorre da circunstância de outro ato, incompatível com o ato que ele quer
praticar, haver sido anteriormente levado a cabo por ele próprio. A preclusão lógica tem íntima
relação com o princípio da boa-fé processual, em especial com a vedação do “venire contra
factum proprium”. CESPE2019
PRECLUSÃO CONSUMATIVA: É a perda da faculdade de realizar determinado ato
processual em virtude de sua realização, sua consumação; a impossibilidade do sujeito
praticar determinado ato decorre da circunstância de haver ele praticado um ato anterior que
esgotou os efeitos do ato que ele quer praticar. EX: Apresentou primeira contestação, mas
como tinha outras informações que não colocou na contestação, deseja realizar nova
contestação. FGV2016
PRECLUSÃO ORDINÁRIA: É a perda da faculdade de realizar determinado ato processual
em virtude de sua irregularidade; se o mesmo é precedido do exercício irregular de uma
irregularidade, desta forma para que o ato posterior tenha validade, se faz necessário que o ato
anterior também tenha sido válido. Por exemplo, antes de ocorrer uma penhora, alguém deve
ser condenado na justiça do trabalho, há a etapa dos cálculos da execução e o condenado
opõe embargos, anteriormente o juiz determinar a citação para pagar antes de tudo.
PRECLUSÃO PUNITIVA OU PRECLUSÃO-SANÇÃO: É a perda da faculdade de realizar
determinado ato processual em virtude de uma sanção; a impossibilidade de certo sujeito
praticar determinado ato decorre de uma sanção a ele aplicada. Perceba que enquanto as
demais espécies de preclusão são decorrentes de situações em que não houve prática de
ilicitude, na preclusão punitiva a ilicitude é a marca.
PRECLUSÃO PRO JUDICATO ou PRO JUDICATA: É a perda da faculdade de realizar
determinado ato processual em virtude da vedação ao juiz de conhecer questões que já
foram decididas, salvo nos casos de embargos de declaração e de ação rescisória.
SUJEITOS DO PROCESSO
Ato atentatório à dignidade da justiça Litigância de má-fé
Rol exemplificativo Rol TAXATIVO
Aplicação de multa de até 20% v.c Aplicação de multa de >1% < 10% v.c
Se v.c for irrisório, possível fixação em até 10x s-m Se v.c for irrisório, possível fixação em até 10x s-m
Multa será revertida em favor da U/E. dívida
ativa em execução fiscal
NÃO É TRIBUTO
multa será revertida em favor da parte contrária
1) não cumprir com exatidão as decisões
jurisdicionais, de natureza provisória ou final,
e criar embaraços à sua efetivação;
2) praticar inovação ilegal no estado de
fato de bem ou direito litigioso.
3) Não comparecer à audiência de
conciliação, injustificadamente. até 2% a multa
4) Considera-se ato atentatório à
dignidade da justiça, passível de multa de
ATÉ 5% do valor da causa, deixar de
confirmar no prazo legal, sem justa causa, o
recebimento da citação recebida por meio
eletrônico. acrescentado 2021
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto
expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento
do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer
incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente
protelatório.
DESPESAS
❖ ato que o juiz ou MP determinar → adiantadas pelo AUTOR
CAUÇÃO - autor não morar no Brasil
REGRA: Presta caução
EXCEÇÃO:
1. Tiver bem imóvel no Brasil
2. Dispensa em acordo ou tratado internacional que o BR faça parte
3. Execução ou cumprimento de sentença
4. Reconvenção
HONORÁRIOS
➔ Não é qualquer ação que implica pagamento de honorários advocatícios. Na
ação de mandado de segurança, por exemplo, não cabe condenação em
honorários (art. 25, Lei nº 12.016/09)
➔ REGRA: 10 A 20% / se irrisório ou inestimável = apreciação EQUITATIVA
➔ Não pode majorar os honorários se o recurso interposto no mesmo grau de
jurisdição
➔ Marco temporal para aplicação = DATA DA SENTENÇA, podendo aplicar a
processos anteriores ao novo CPC.
➔ Perda do objeto→ honorários pagos por QUEM DEU CAUSA AO PROCESSO.
(NÃO POR QUEM DEU CAUSA A PERDA).
➔ NÃO SERÃO DEVIDOS honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda
Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido
impugnada.
Exceção:
Mesmo sem impugnar, serão devidos honorário pela FP se:
1. for RPV
2. EXECUÇÕES INDIVIDUAIS EM AÇÕES COLETIVAS, súmula 345, STJ
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
1. É INADMISSÍVEL o indeferimento automático do pedido de gratuidade da justiça
apenas por figurar a parte no polo passivo em processo de execução.25/05/2021
(Info 698, STJ).
2. Segundo a jurisprudência do STJ, o benefício da assistência judiciária
gratuita gera efeitos ex nunc e, uma vez concedido, afasta a necessidade
de renovação do pedido em cada instância.
DOS PROCURADORES
Falta de qualificação
1. das partes = 15 dias para complementar, art 321
2. advogado em causa própria = 5 dias, art 106
● A intimação da Defensoria Pública/ MP, a despeito da presença do defensor na
audiência de leitura da sentença condenatória, somente se aperfeiçoa com sua
intimação pessoal, mediante a remessa dos autos. Assim, a data da entrega dos
autos na repartição administrativa da Defensoria Pública é o termo inicial da
contagem do prazo para impugnação de decisão judicial pela instituição,
independentemente de intimação do ato em audiência. STJ. (Info 611).
STF.(Info 791).
alienação de coisa ou direito litigioso, NÃO ALTERA A LEGITIMIDADE DAS PARTES
Adquirente pode ser assistente LITISCONSORCIAL (não é assistente simples)
FASE DE CONHECIMENTO = O adquirente suceder o alienante em processo precisa
do CONSENTIMENTO DA PARTE CONTRÁRIA
EXECUÇÃO OU CUMPRIMENTO DE SENTENÇA = É DISPENSADO O
CONSENTIMENTO
LITISCONSÓRCIO – ART. 113 A 118, CPC
O processo de RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL após a morte
deverá ser interposto em face dos HERDEIROS DO FALECIDO, ou seja,
tendo o falecido deixado como único herdeiros seu filho, o processo
deverá ser proposto “contra” ele. NÃO É CONTRA O ESPÓLIO NEM
CONTRA O INSS. FGV2018
Enunciado 118 - O litisconsorte unitário ativo, uma vez convocado, PODE optar por
ingressar no processo na condição de LITISCONSORTE DO AUTOR ou de
ASSISTENTE DO RÉU. CESPE2017/16
A doutrina não admite a formação de litisconsórcio ativo necessário, sob pena de violação do direito à
liberdade ou do direito ao acesso à justiça. Não se pode negar o direito de uma pessoa ir a juízo porque
outra pessoa se recusa a fazê-lo em conjunto. Da mesma forma, não se pode obrigar essa outra pessoa a
ingressar com uma ação judicial contra a sua vontade. A solução encontrada pela doutrina foi conceder-lhe a
opção de ingressar noprocesso ao lado do autor, também na qualidade de proponente, ou de solicitar o seu
ingresso no pólo passivo da ação, como assistente do réu.
Confissão: A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes. Se for um casal, a confissão da esposa não seria
prova nem contra ela mesma, pois dependeria da confissão do marido tbm. (art.
391, p.u., CPC)
1. Pluralidade de réus e um deles contestar =
a) houver contestação de um litisconsorte unitário (decisão é a mesma para
todos);
b) houver contestação de um litisconsorte simples (decisão diferente para
cada um), que alegue fato comum, que também diga respeito ao revel.
Litisconsórcio Unitário: o juiz tem que decidir o mérito de modo uniforme para
todos os litisconsortes; há unidade na pluralidade.
***Litisconsórcio EVENTUAL (lembra a ideia do pedido SUBSIDIÁRIO): pode
haver cumulação de pedidos em face de mais de um réu, mas o 2º pedido
somente pode ser examinado, se o 1º pedido NÃO for acolhido. se o pedido for
deferido em face do primeiro, o pedido formulado em face do segundo restará
prejudicado. CESPE2021
***Litisconsórcio Sucessivo (LEMBRA DE SUCESSOR / FILHO): pode haver
cumulação de pedidos em face do MESMO RÉU, mas o 2º pedido somente pode
ser acolhido, se o 1º pedido também o for. Ex: ação de reconhecimento de
paternidade e alimentos, os alimentos somente serão acolhidos se o de paternidade
também for acolhido. haja vista que o réu somente poderá ser responsabilizado pelo
pagamento dessas despesas se for o pai do menor.
Litisconsórcio Alternativo: pode haver cumulação de pedidos, mas apenas um
deles será acolhido. Ou um ou outro
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
VOLUNTÁRIA: O próprio terceiro pede pra entrar
PROVOCADA: As partes requerem que o terceiro entre
1. ASSISTÊNCIA = Intervenção VOLUNTÁRIA
2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE = Intervenção PROVOCADA/PROMOVIDA qualquer
das partes
3. CHAMAMENTO AO PROCESSO = Intervenção PROVOCADA/PROMOVIDA pelo
réu
4. DESCONSIDERAÇÃO DA PERS. JUR. = Intervenção PROVOCADA/PROMOVIDA
pela parte ou MP (NÃO PODE DE OFÍCIO PELO JUIZ)
5. AMICUS CURIAE = PROVOCADA pelas partes ou juiz OU VOLUNTÁRIA pelo 3°
Há apenas 3 PRAZOS:
★ 15 DIAS: impugnar a intervenção de assistente/sócio se manifestar no incidente de
desconsideração/amicus curiae participar
★ 30 DIAS: promover a citação dos réus chamamento ao processo
★ 2 MESES: citação do chamado residir em outra comarca ou em lugar incerto
➔ o pedido de ASSISTÊNCIA INCIDENTAL NÃO SUSPENDE o processo
➔ o pedido de DESCONSIDERAÇÃO INCIDENTAL SUSPENDERÁ o processo
A presença de INTERESSE ECONÔMICO, ainda que indireto ou reflexo, da FAZENDA
PÚBLICA em determinado processo judicial É SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR SUA
INTERVENÇÃO. CESPE2016/17
ASSISTÊNCIA
O acionista de uma empresa, a qual, por sua vez, tenha ações de outra
sociedade, não pode ingressar em processo judicial na condição de assistente
simples da última no caso em que o interesse em intervir no feito esteja limitado
aos reflexos econômicos.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
● nas ações para fornecimento de medicamentos, apesar de a obrigação ser
solidária entre Municípios, Estados e União, caso o autor tenha proposto a
ação apenas contra o Estado-membro, NÃO CABE o chamamento
ao processo da União, medida que apenas iria protelar a solução da
causa. STJ. julgado em 9/4/2014 (recurso repetitivo) (Info 539).
●
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - EVICÇÃO E REGRESSÃO
● NÃO é admissível a denunciação da lide embasada no art. 125, II, do CPC (AÇÃO
REGRESSIVA) quando introduzir fundamento novo à causa, estranho ao
processo principal, apto a provocar uma lide paralela, a exigir ampla dilação
probatória, o que tumultuaria a lide originária, indo de encontro aos princípios da
celeridade e economia processuais, os quais esta modalidade de intervenção de
terceiros busca atender. Ademais, eventual direito de regresso não estará
comprometido, pois poderá ser exercido em ação autônoma"
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
NÃO É OBRIGATÓRIA A INTERVENÇÃO DO MP CESPE2017
JUIZ NÃO DESCONSIDERA DE OFÍCIO!!
INCIDENTE = SUSPENDE A AÇÃO PRINCIPAL
SE PEDIR A DESCONSIDERAÇÃO NA INICIAL = NÃO SUSPENDE
AMICUS CURIAE
art. 1015, CPC - Cabe agravo de instrumento contra decisão que ADMITE E
INADMITE a intervenção de 3°.
Mas há uma divergência quanto ao amicus curiae, pois no art. 138 diz que a
decisão que admitir ou solicitar a participação do amicus curiae é
IRRECORRÍVEL! Mas e da inadmissão? é ou não recorrível?
★ Mas o tema não é pacifico= É recorrível a decisão denegatória de ingresso
no feito como amicus curiae. STF. 6/8/2020 (Info 985).
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
É preciso observar uma importante peculiaridade: reconhecimento de
suspeição por motivo superveniente é diferente de reconhecimento
posterior por motivo preexistente. Se o motivo é superveniente, não há por
que colocar sob suspeita os atos anteriores a ele. Porém, se o motivo era
anterior, existia desde antes e só depois veio a ser reconhecido, a
invalidação retroativa de atos pode ter cabimento, dependendo da situação
concreta, retroagindo até o momento de surgimento do motivo.
● Informativo 587 do STJ:
"A declaração pelo magistrado ("autodeclaração") de suspeição por motivo
superveniente não tem efeitos retroativos, não importando em nulidade dos
atos processuais praticados em momento anterior ao fato ensejador da suspeição.
CESPE2017
CPC - IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO dos juízes se aplicam aos serventuários
CPP - APENAS A SUSPEIÇÃO se aplica aos serventuários
MP, DP E ADV. PUBL.
Não se aplica o prazo em dobro:
1. Prazo para contestar a ação popular;
2. Prazos nos Juizados Federais e nos Juizados da Fazenda Pública;
3. Depósito do rol de testemunha;
4. Prazo para impugnação ao cumprimento de sentença e para embargos à execução
pela Fazenda Pública;
5. Prazo na ADIN,ADC e ADPF;
6. Prazos para Estado Estrangeiro;
7. Os prazos na suspensão de segurança;
8. Prazo para a Fazenda Pública responder à ação rescisória
9. Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista
MINISTÉRIO PÚBLICO
➔ O MP atuará na defesa da ordem pública, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais INdisponíveis. NÃO DISPONÍVEIS.
➔ SÚMULA 594 DO STJ: “O Ministério Público tem legitimidade ativa para
ajuizar ação de alimentos em proveito de criança ou adolescente
independentemente do exercício do poder familiar dos pais, ou do fato de o
menor se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca
da existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.
➔ Em prol do Ministério Público, Defensoria Pública, entre outros, NÃO vigora
presunção de veracidade de suas alegações e nem de autenticidade dos
documentos que juntar aos autos, o juiz apreciará a prova constante dos
autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na
decisão as razões da formação de seu convencimento.
➔ se o respectivo membro do MP, DP ou advogados públicos ou privados
deixarem de cumprir decisão jurisdicional ou criar embaraço para tanto (ato
atentatório à dignidade da justiça), NÃO será a ele imposta multa de até vinte
por cento do valor da causa, do art. 77, p.6°, CPC. o orgão de classe que vai
os responsabilizar!! Diferente se não entregar o processo no prazo legal de 3
dias, a multa será diretamente ao agente público, e não ao órgão público.
➔ MP, DP, juiz e advocacia pública, serão civil e regressivamente responsáveis
quando agir com dolo ou FRAUDE no exercício de suas funções.
➔ Auxiliares da justiça, peritos, escrivão : dolo ou CULPA.
➔ O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou
entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os
entes federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo
beneficiários individualizados, porque se refere a direitos individuais
indisponíveis, STJ. julgado em 25/04/2018 (recurso repetitivo) (Info 624).
➔ A alegação de impedimento ou suspeição de membro doMinistério Público
por via incidental NÃO suspende o processo judicial.
➔ O MP tem legitimidade CONCORRENTE para requerer a abertura de
inventário e de partilha, a depender da existência de herdeiro incapaz.
➔ Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. (...) § 2o A nulidade só
pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se
manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. É o
entendimento do STJ: “[...] a não intimação do Ministério Público, por si
só, não dá ensejo à decretação de nulidade do julgado, a não ser que se
demonstre o efetivo prejuízo para a parte”.
➔ O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo
advogado não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra
ao Ministério Público.
➔ O Ministério Público pode arguir incompetência relativa, pode suscitar
conflito de competência e tem legitimidade para propor ação rescisória.
➔ O Ministério Público, não sendo o requerente de IRDR, deverá intervir
obrigatoriamente, assumindo a sua titularidade em caso de desistência ou
de abandono. Pode, inclusive, proferir sustentação oral no julgamento desse
incidente.
➔ O Ministério Público pode interpor recurso na qualidade de fiscal da ordem
jurídica. Também pode apresentar reclamação com o intuito, por exemplo,
de preservar a competência do tribunal ou de garantir a autoridade das
decisões do tribunal.
➔ Tanto o STF como o STJ entendem que o Ministério Público detém
legitimidade para ajuizar ação coletiva em defesa dos direitos individuais
homogêneos dos beneficiários do seguro DPVAT, dado o interesse social
qualificado presente na tutela dos referidos direitos subjetivos.
ADVOCACIA
➔ na majoração em grau de recurso, o limite máximo deverá computar apenas
o valor dos honorários e não aqueles decorrentes de multas e de outras
sanções processuais. Os honorários são cumuláveis com multas e sanções,
mas apenas quer dizer que só entra no cálculo dos honorários os 20%.
➔ Honorário advocatício será devido no cumprimento de sentença contra a
Fazenda Pública que enseje a expedição de precatório, se tiver sido ofertada
impugnação.
➔ Honorários advocatícios NÃO são devidos em processo de mandado de
segurança, ainda que haja má-fé da parte.
➔ Se, depois de concedida liminar em mandado de segurança, o impetrante
criar obstáculo ao normal andamento do processo, o juiz deverá, de
acordo com a norma aplicável, decretar a perempção ou caducidade da
medida. CESPE2019
➔ O prazo prescricional para a cobrança de honorários advocatícios é de 5
anos (art. 25 da Lei 8.906/94).
A contagem do prazo prescricional começa na data do êxito da demanda,
ou seja, no dia em que houve a sentença favorável ao cliente.
No caso de contrato advocatício com cláusula de remuneração quota litis, a
obrigação É DE RESULTADO (e não de meio), ou seja, o direito à remuneração do
profissional dependerá de um julgamento favorável ao seu cliente na demanda
judicial.
DEFENSORIA PÚBLICA
➔ O juiz NÃO determinará, de ofício, a intimação pessoal da parte patrocinada
pela Defensoria Pública quando o ato processual depender de providência ou
informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada., devendo
ter o requerimento da defensoria.
➔ A curadoria especial é função institucional APENAS da Defensoria Pública .
Apesar de sua atuação ser atípica, a Defensoria Pública não faz jus a
honorários advocatícios pelo exercício dessa função - haja vista ser esta uma de
suas funções institucionais. É certo que não são devidos honorários advocatícios à
Defensoria Pública exclusivamente por sua atuação na qualidade de curadora
especial. Porém, a ela serão, sim, devidos honorários advocatícios sucumbenciais
no caso de vencer a demanda - estes a serem pagos pela parte vencida.
● A atuação de DP como curador especial não impede a condenação da parte
vencida em honorários advocatícios em favor da DP. CESPE2017
ATOS PROCESSUAIS
Prazos
● Próprios são os prazos destinados à prática dos atos processuais pelas
partes. Esses, uma vez não observados, ensejam a perda da faculdade de
praticar o ato, incidindo o ônus respectivo (preclusão temporal).
● Impróprios, a seu turno, são os prazos atinentes aos atos praticados pelo
juiz e que, em regra, não geram consequências processuais.
Os negócios processuais podem ser:
1) Unilaterais: quando o sujeito, sem necessidade de acordo com a outra parte,
pratica determinado ato que gera consequências no processo. Ex: desistência do
recurso (art. 998 do CPC).
2) Bilaterais: quando há um acordo de vontades, uma combinação entre as partes.
3) Plurilaterais: quando a sua eficácia depende de um acordo de vontade das
partes e do juiz. É o caso, por exemplo, do calendário processual (art. 191).
Os negócios processuais podem ser típicos ou atípicos:
1) Típicos: quando o legislador prevê expressamente a possibilidade de a parte
regular aquela situação jurídica. Exs: o foro de eleição (art. 63 do CPC), o
calendário processual (art. 191), o acordo para a suspensão do processo até 6
meses (art. 313, II).
2) Atípicos: ocorre quando as partes criam um ajuste que não foi previsto
previamente pela lei. A autorização para negócios processuais atípicos está no art.
190 do CPC, que é considerada como uma cláusula geral de negociação sobre o
processo. Obs: o negócio processual atípico é sempre um negócio jurídico
processual bilateral.
Negócio jurídico processual não pode dispor sobre ato regido por
norma de ordem pública
De acordo com a doutrina, quando o acordo processual interferir em
poderes, deveres ou faculdades do magistrado, será necessário
que este concorde com seus termos, com base em juízo
discricionário. O negócio jurídico processual que transige sobre o
contraditório e os atos de titularidade judicial se aperfeiçoa
validamente se a ele aquiescer o juiz. Info 686, STJ, julgado em
23/02/2021.
É possível afirmar que todas as vezes que a supressão do contraditório conduzir
à desigualdade de armas no processo, o negócio processual, ou a cláusula que
previr tal situação, deverá ser considerado inválido. Por outro lado, vislumbrando o
juiz, na análise do instrumento, que a transação acerca do contraditório não torna
uma das partes vulnerável, dada as peculiaridades do caso, é possível
reconhecer-lhe a validade.
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
O termo inicial de contagem do prazo para que o MP/DP/entes impugnem
decisão judicial prolatada em audiência se iniciará apenas com intimação
pessoal (por carga, remessa ou meio eletrônico), ainda que o promotor de justiça
tenha comparecido à audiência e tenha sido intimado nela. CESPE2018
● A citação do incapaz deve ser feita na pessoa do curador
NULIDADES
VALOR DA CAUSA
● Valor da causa não servirá de base de cálculo para a fixação de multa por
ato atentatório à dignidade da justiça caso seja irrisório ou
INESTIMÁVEL (não é demasiado elevado), pois será o valor do salário
mínimo.
● Dispõe o art. 293, do CPC/15, que "o réu poderá impugnar, em preliminar da
contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e
o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das
custas". Conforme se nota, o valor da causa não poderá ser impugnado
pelo réu a qualquer tempo. Porém, entende o STJ que ele poderia ser
alterado, de ofício, pelo juiz, a qualquer tempo, tendo o tribunal superior
afirmado inúmeras vezes que "o valor da causa é matéria de ordem pública,
cognoscível de ofício pelo julgador a qualquer tempo e grau de jurisdição,
não se sujeitando aos efeitos da preclusão"
● Valor da causa corresponderá, em causa relativa a obrigação por tempo
INdeterminado, à soma das parcelas vencidas mais o valor de uma
prestação anual relativa às parcelas vincendas.
TUTELAS PROVISÓRIAS
● valores recebidos por força de tutela provisória de urgência antecipada
posteriormente revogada, deverão ser devolvidos ou não?
1ª) tutela antecipada, que é, posteriormente, revogada na sentença ou
reformada em2ª instância: :
STJ e TCU: DEVOLVE
STF: NÃO DEVOLVE
2ª) sentença, mantida em 2ª instância, sendo, no entanto, reformada em Resp
ou reformada em ação rescisória:
STF, STJ, TCU: NÃO DEVOLVE
Em provas objetivas, atentar para o enunciado da questão para verificar se ele fala
em STF ou STJ. No entanto, se não mencionar nada, marque o entendimento do
STJ (deve devolver). Isso porque no STF o tema ainda não está consolidado,
enquanto que no STJ já existe até precedente em recurso especial repetitivo.
❖ A possibilidade de concessão, pelo juiz da causa, de tutela antecipatória
do mérito, inaudita altera parte, em razão de requerimento formulado nesse
sentido pela parte autora em sua petição inicial, está diretamente relacionada
ao princípio da INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL;
FGV2016
❖ No mandado de segurança coletivo, a LIMINAR EM TUTELAS
PROVISÓRIAS SÓ PODERÁ SER CONCEDIDA, após a audiência do
representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá
se pronunciar no prazo de 72 horas.
PROCEDIMENTO COMUM
princípio da adstrição/congruência
Ultra: a mais do que foi pedido; "Quero 5k de dano moral, juiz me concedeu 10k"
A sentença ultra petita, em vez de ser ANULADA pelo tribunal, deve, por
este, ser REDUZIDA aos limites do pedido.
Citra: menos do que foi pedido; "Quero anulação do ato e reconhecimento de
ausência de defesa, juiz julga apenas ausência de defesa".
Extra: além/fora do que foi pedido; "Quero proteção possessória, juiz reconhece
pelo domínio"
→ Petição inicial
● A interpretação do pedido deverá ocorrer no contexto geral da postulação.
→ não têm que ficar preso somente o que pede na área DOS PEDIDOS
É o que prevê o artigo 322, §2º, do CPC. Ademais, é a tese fixada pelo STJ, que
entende não haver julgamento extra petita: “Não há julgamento extra petita
quando o acolhimento da pretensão decorre da interpretação lógico-sistemática
da peça inicial, devendo os requerimentos ser considerados pelo julgador à luz da
pretensão deduzida na exordial como um todo” (STJ., j. 21.06.2016).
● O reconhecimento de Prescrição e Decadência é por sentença COM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO e é improcedência liminar do pedido!! logo, NÃO
PODE SER POR INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL (pois é SEM
resolução do mérito)
Na petição inicial de ação indenizatória fundada em dano moral, o autor
NÃO precisa SEMPRE apresentar só pedido GENÉRICO, podendo ser
DETERMINADO.
STJ/ 2016: Constitui FACULDADE atribuída ao autor, de formular pedido
genérico de compensação por dano moral ou material, caso haja impossibilidade
de se especificar o valor da causa, conforme Art. 324, §1º, CPC/2015
Súmula 642, STJ - O direito à indenização por DANOS MORAIS transmite-se com
o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa
para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória.
● A ausência de indicação dos fundamentos jurídicos do pedido também
causa indeferimento da petição inicial, conforme artigos 319, III e 321,
Parágrafo único do NCPC. Isso porque, o CPC adotou a TEORIA DA
SUBSTANCIALIZAÇÃO DA CAUSA DE PEDIR, que impõe ao autor o ônus
de indicar qual o fato jurídico e qual a relação jurídica dele que dão suporte
ao seu pedido. CESPE2019
FORMAÇÃO/SUSPENSÃO/ EXTINÇÃO DO PROCESSO
CAUSA DE PEDIR E PEDIDO
Há 3 momentos para alteração da causa de pedir e do pedido:
Antes da CITAÇÃO => pode-se alterar independentemente do consentimento do réu
Após a CITAÇÃO - ATÉ O SANEAMENTO => pode-se alterar desde que haja consentimento
do réu
Após o SANEAMENTO DO PROCESSO => não é possível a alteração
O CPC adota, quanto à CAUSA DE PEDIR (fatos e fundamento JURÍDICOS), a
TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO, portanto, ainda que o autor indique as
consequências jurídicas que pretende extrair dos fatos descritos em sua petição
inicial, o juiz NÃO está vinculado à pretensão autoral referente a essas
CONSEQUÊNCIAS. CESPE2021
● Também o STJ entende desta forma: "Não há se falar em violação ao
princípio da congruência/adstrição, devendo ser aplicada à espécie a
teoria da substanciação, segundo a qual apenas os FATOS vinculam o
julgador, que poderá atribuir-lhes a qualificação jurídica que entender
adequada ao acolhimento ou à rejeição do pedido".
A teoria da substanciação afirma a necessidade e importância da narrativa dos
fatos. Na petição inicial não precisa ter exatidão dos fundamentos legais (os
artigos da lei), mas só os fatos e os fundamentos JURÍDICOS.
SANEAMENTO DO PROCESSO
Em regra, o saneamento do processo é feito unilateralmente pelo juiz, tendo as
partes 5 dias úteis, a partir da decisão, para pedir esclarecimentos ou solicitar
ajustes (art. 357, § 1º, CPC).
Passado esse prazo, a decisão se torna ESTÁVEL. Observe que se trata
de preclusão tanto para as partes quanto para o juízo, de forma que aquilo que
foi esclarecido e decidido NÃO possa mais ser modificado.
Isso é importante, porque a DECISÃO DE SANEAMENTO e organização
do processo NÃO É RECORRÍVEL POR AGRAVO DE INSTRUMENTO (não está
na lista do art. 1.015 do NCPC). Assim, o pedido de esclarecimento e ajustes será a
única forma de as partes se insurgirem contra a decisão, indiscutivelmente de
natureza interlocutória.
No entanto, sendo complexas as matérias de fato ou de direito, o
magistrado designará audiência, para que o saneamento seja feito em
cooperação com as partes (art. 357, § 3º, CPC).
Nessa última hipótese, há divergência doutrinária quanto ao momento para
os pedidos de esclarecimentos, se serão feitos na própria audiência ou nos 5 dias
após a decisão, já que, apesar da cooperação, compete ainda ao juiz decidir.
O CESPE entende que, havendo a audiência de saneamento, as questões versadas
nos incisos do art. 357 não poderão mais ser discutidas após esse ato, devendo
ser na audiência. CESPE2019
PEDIDO
ESPÉCIES DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Pedidos SUBSIDIÁRIOS: NÃO precisam ser compatíveis entre si
Pedidos CUMULATIVOS: PRECISAM ser compatíveis entre si, mesmo que
não haja conexão
1.1) Cumulação própria ou propriamente dita: ocorre quando o autor tem interesse
no acolhimento de TODOS os pedidos formulados. Pode ser:
a) Simples: os pedidos são INDEPENDENTES entre si, ou seja, poderiam ser objeto de ação
autônoma. (QUANDO PEDIR DANOS MORAIS E MATERIAIS)- pedidos autônomos:
Quero A e B
CUIDADOOOO b) SUCESSIVA: se dá quando existir entre os pedidos uma relação
de prejudicialidade, ou seja, para análise de um depende a análise do outro, como
por exemplo, investigação de paternidade com pedido de alimentos. CESPE2018
Quero B, se conseguir A
c) Propriamente incidente ou superveniente: se dá quando os pedidos são formulados
em momentos processuais diversos. Ex: ação declaratória incidental, incidente de falsidade
documental, etc.
1.2) Cumulação Imprópria: ocorre quando o autor não pretende o acolhimento de
todas as pretensões cumuladas. Pode ser:
a) ALTERNATIVA: se dá quando o autor pede uma coisa OU outra. Quero A ou B
CUIDADOOOO b) EVENTUAL, SUBSIDIÁRIA ou em ordem sucessiva: se dá
quando o autor faz um pedido principal e propõe para hipótese de rejeição daquele,
pedidos secundários ou supletivos. CESPE2021
Quero B, só se não conseguir A.
RECONVENÇÃO
★ A extinção da ação sem resolução do mérito ou a desistência da ação
principal NÃO OBSTA (NÃO PREJUDICA) O PROSSEGUIMENTO DA
RECONVENÇÃO.
★ NÃO VAI EXTINGUIR A RECONVENÇÃO
★ O réu pode propor reconvenção INDEPENDENTEMENTE de oferecer
contestação
★ CUIDADO PRA NÃO CONFUNDIR COM RECURSO ADESIVO, QUE
PREJUDICA!
REVELIA
EFEITO PROCESSUAL DA REVELIA - segundo Leonardo Carneiro Cunha - é
aplicável à Fazenda, e consiste na previsão que os prazos processuais correrão
contra o réu independente de intimação. CESPE2019
NCPC Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão
da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Já os EFEITOS MATERIAIS DA REVELIA - que consiste no ônus de se presumir
verdadeiros os fatos alegados na exordial.
A revelia é a condição do réu que não apresentou contestação. Dela poder-lhe-ão
advir duas consequênciasde grande importância:
1) a presunção (RELATIVA) de veracidade dos fatos narrados na petição
inicial;
O ônus do réu é de que impugne especificamente, precisamente, os fatos
narrados na petição inicial. Os que não forem impugnados presumir-se-ão
verdadeiros. Tal presunção não é absoluta, mas relativa, e sofre atenuações, que
devem ser observadas.
A presunção só pode dizer respeito aos FATOS, nunca ao DIREITO: fará o
juiz, em princípio, concluir que eles ocorreram na forma como o autor os narrou,
mas não o obrigará a extrair as consequências jurídicas pretendidas por ele.
Exclusão da presunção de veracidade:
Há fatos que têm cunho genérico e dizem respeito a todos os réus. Se apenas
um deles contestar, contrariando-os, a presunção de veracidade (EFEITO) será
afastada em relação aos que não contestaram, porque o fato terá se tornado
controvertido.
Mas é possível que haja um fato específico, que diga respeito tão somente ao
réu que contestou (defesa de seu exclusivo interesse), e se só este contestar,
os demais não serão beneficiados. Mas podem ser beneficiados e vai
depender de identidade de conteúdo da contestação.
Portanto, não haverá presunção de veracidade das alegações feitas pelo autor
quando:
- Pluralidade de réus e um deles contestar =
a) houver contestação de um litisconsorte unitário (vai beneficiar os réus
que não contestaram, e não serão presumidos verdadeiro os fatos alegados pelo
autor) (decisão é a mesma para todos): a contestação apresentada por um,
aproveitará aos demais;
b) houver contestação de um litisconsorte simples (decisão diferente para
cada um): DEPENDE do conteúdo da contestação, que alegue fato comum, que
também diga respeito ao revel.
- Direitos INdisponíveis
São indisponíveis, em regra, os direitos extrapatrimoniais ou públicos, ex. guarda
e educação dos filhos, sobre os quais não se admite confissão. E são disponíveis os
direitos patrimoniais e privados, sobre os quais se pode transigir.
FAZENDA PÚBLICA REVEL
É ERRADO afirmar que o efeito MATERIAL da revelia de presunção de
veracidade dos fatos alegados pelo autor, serão sempre afastados quando o réu
for um ente público. O afastamento ou não desse efeito vai depender de a
demanda tratar de um direito indisponível ou não. Sendo indisponível o direito,
restará afastado o efeito da confissão ficta, mas, não sendo este indisponível,
o mencionado efeito incidirá.
INDISPONÍVEL = não terá efeito material
DISPONÍVEL = terá presunção de veracidade
2) a desnecessidade de intimação do revel para os demais atos do
processo.
REVEL SEM ADVOGADO = NÃO SERÁ INTIMADO DOS ATOS PROCESSUAIS
O prazo vai fluir da PUBLICAÇÃO DO ATO.
Exceto: no cumprimento de sentença será intimado por AR.
Se o revel não tiver advogado, com a publicação no órgão oficial só será
intimado o advogado da parte contrária. Mesmo assim, o prazo para o revel começa
a correr. Portanto, para ele, os prazos correm independentemente de intimação.
Para isso, não basta a revelia do réu, sendo imprescindível que ele não tenha
patrono nos autos.
➔ Não enseja preclusão temporal o fato de o réu deixar de alegar a
litispendência ou a coisa julgada em preliminar de contestação.
PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
É uma SENTENÇA COM resolução de mérito e faz coisa julgada MATERIAL.
réu deverá ser INTIMADO do trânsito em julgado da sentença, não sendo citado
para integrar o processo, somente sendo citado caso o autor interponha a apelação
O autor interpondo a apelação, o juiz poderá ou não se retratar, retratando-se ou
não o réu será citado:
juiz se retratou = réu é citado para dar prosseguimento à ação
Juiz NÃO se retratou = réu é CITADO (NÃO É INTIMADO) para apresentar
CONTRARRAZÕES da apelação
PROVAS
➔ O CPC, adota, quanto à valoração das provas, o sistema do livre
convencimento MOTIVADO e não o sistema do livre
convencimento puro. Esses sistemas se diferenciam porque o primeiro
exige que o órgão julgador explicite as suas razões de decidir, enquanto o
segundo, não. Obs: É importante lembrar que o sistema da livre convicção
é ainda adotado em nosso ordenamento jurídico em uma situação
excepcional: no julgamento pelo tribunal do júri, no âmbito penal.
➔ A parte que requereu a produção de determinada prova NÃO poderá
requerer sua desconsideração ou desentranhamento, mesmo que lhe seja
desfavorável. A sistemática processual brasileira adota o entendimento de
que, produzida a prova, ela passa a pertencer ao processo, não às partes.
Ou seja, o requerimento de produção de prova não vincula sua permanência
ao procedimento ou ao interesse da parte que o efetuou.
➔ Confissão: A confissão judicial faz prova contra o confitente, não
prejudicando, todavia, os litisconsortes. Se for um casal, a confissão da
esposa não seria prova nem contra ela mesma, pois dependeria da confissão
do marido tbm. (art. 391, p.u., CPC)
➔ Ônus da prova em relação à impugnação de documento:
a) Alegação de FALsidade DO DOCUMENTO: daquele que FALa que é
falso.
b) Alegação de AUTenticidade: do AUTor da prova. CESPE2017
Quando diz que há a falsidade de assinatura, aí será impugnação de
autenticidade
Arguição de falsidade
A questão da falsidade é resolvida como questão incidental, mas não em
incidente apartado. Ademais, não há previsão de suspensão do processo principal,
justamente porque a matéria será analisada conjuntamente ao mérito.
O STJ pacificou o entendimento de que a ARGUIÇÃO DE FALSIDADE é o
meio adequado para impugnar a falsidade material do documento, e também de
falsidade ideológica.
● A declaração de falsidade do documento, em questão PRINCIPAL, incidirá coisa
julgada.
SENTENÇA
RITO ORDINÁRIO / CF
● Trata-se de REPRESENTAÇÃO processual
● Precisa de autorização individual
● A eficácia subjetiva originada da ação só beneficia aqueles que já eram filiados ao
tempo da propositura da demanda (Esses efeitos podem ser reivindicados por meio
de execução de título JUDICIAL)
MANDADO DE SEGURANÇA/INJUNÇÃO COLETIVO
● Trata-se de SUBSTITUIÇÃO processual
● Não exige autorização individual
● Os efeitos da decisão beneficiam todos os associados, INDEPENDENTEMENTE se já
eram ou não filiados ao tempo da impetração do mandamus.
A jurisprudência é firme no sentido de que a decisão em MS coletivo impetrado por
associação BENEFICIA TODOS OS ASSOCIADOS, sendo IRRELEVANTE a filiação ter
ocorrido APÓS A SUA IMPETRAÇÃO. CESPE2021
A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito
ordinário, ajuizada por associação civil na defesa de interesses dos associados,
somente alcança os filiados, residentes no âmbito da jurisdição do órgão
julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da propositura da
demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do processo de
conhecimento. STF. julgado em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). CESPE2018
A limitação da coisa julgada à competência do órgão prolator da
decisão está contida somente na lei da ação civil pública, senão vejamos:
"Art. 16, Lei nº 7.347/85 (Lei da ação civil pública). A sentença civil fará
coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão
prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de
provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova";
"Art. 18, Lei nº 4.717/65 (Lei da ação popular). A sentença terá eficácia
de coisa julgada oponível 'erga omnes', exceto no caso de haver sido a ação
julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova
prova".
NA AÇÃO POPULAR NÃO TÊM LIMITE DA COMPETÊNCIA
TERRITORIAL DO ÓRGÃO PROLATOR
➔ A decisão que conceder a tutela antecipada em caráter antecedente NÃO
FAZ COISA JULGADA. CESPE2020
A regra do art. 489, §1º, VI, do CPC, segundo a qual o juiz, para deixar de aplicar
enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente (DEVE SER VINCULANTE)
INVOCADO PELA PARTE, devedemonstrar a existência de distinção ou de
superação, somente se aplica às súmulas ou precedentes vinculantes, mas
não às súmulas e aos precedentes apenas persuasivos, como, por exemplo, os
acórdãos proferidos por Tribunais de 2º grau distintos daquele a que o julgador está
vinculado. STJ, julgado em 01/09/2020 (Info 679).
Precedente vinculante x precedente persuasivo
O precedente é vinculante quando tiver eficácia vinculativa em relação aos casos
que, em situações análogas, lhe forem supervenientes. Os precedentes vinculantes
estão elencados no art. 927 do CPC.
O precedente persuasivo não tem eficácia vinculante. Possui apenas força
persuasiva, ou seja, é uma forma de tentar convencer o julgador a partir daquilo
que já decidiu outro órgão jurisdicional. Nenhum magistrado está obrigado a
segui-lo.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
Título executivo JUDICIAL estrangeiro → Depende de homologação do STJ para surtir efeitos
no Brasil - art.515, VIII, CPC
Título executivo EXTRAJUDICIAL estrangeiro → NÃO depende de homologação – art.784,
§2o, CPC
● Art. 516, p.ú, CPC: O exequente pode optar em ajuizar o cumprimento de
sentença no atual domicílio do executado (se ele mudar de endereço pode ir
pra lá), ou no juízo do local dos bens ou no local de fazer e não fazer)
O credor pode optar pela remessa dos autos ao foro de domicílio do
executado, mesmo após o início do cumprimento de sentença. STJ.
03/12/2019 (Info 663).
Intimação do devedor no cumprimento de sentença:
Se só requerer a intimação após 1 ano do trânsito em julgado: na PESSOA DO DEVEDOR por
correios (carta com AR).
1. Diário de Justiça = Com advogado
2.correios (carta com AR) = Defensoria Pública / Sem advogado: - pessoa física
3. Pessoas jurídicas públicas e privadas, sem adv.: meio eletrônico.
4. Citado por edital da fase de conhecimento e tiver sido revel, sem adv.: edital.
STF e STJ entendem que há, sim, incidência de juros de mora no período compreendido
entre a data de realização dos cálculos e a da expedição da requisição de pequeno valor ou
do precatório. Contra a fazenda pública devem incidir os juros da mora no período
compreendido entre a data de realização dos cálculos e a da expedição da RPV ou do
precatório.
1) INCIDEM JUROS DE MORA entre a data da realização dos CÁLCULOS e a da EXPEDIÇÃO
de PRECATÓRIO/RPV (STF, Info 861). CESPE2020
2) NÃO INCIDEM JUROS DE MORA entre a EXPEDIÇÃO do precatório/RPV e a data final de
PAGAMENTO.
A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de
conhecimento, a fim de obter título executivo judicial
Em ação que contenha pedido de reconhecimento de paternidade cumulado com
pedido de alimentos, ainda que já seja possível a execução provisória em razão do
recurso do réu ter sido recebido apenas no efeito devolutivo, o prazo prescricional para o
cumprimento da sentença que condene o réu ao pagamento de verba alimentícia retroativa
não se iniciará antes do trânsito em julgado da sentença que reconheça a paternidade.
REMESSA NECESSÁRIA - Art. 496, CPC
● sentença ILÍQUIDA, de QUALQUER VALOR, deve ser submetida ao
reexame necessário.
Súmula 490 do STJ: A dispensa de reexame necessário, quando o valor da
condenação ou do direito controvertido for inferior a 60 salários mínimos, não se
aplica a sentenças IIILÍQUIDAS.
Resumindo
Valor MENOR DE 60 SM --> DISPENSA DE REEXAME NECESSÁRIO
EXCETO: Sentença IIIIILÍQUIDA
Súmula 325, STJ - A remessa oficial devolve ao Tribunal o reexame de todas as parcelas da
condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos honorários de advogado.
SÚMULA 45, STJ - NO REEXAME NECESSÁRIO É DEFESO, AO TRIBUNAL AGRAVAR A
CONDENAÇÃO IMPOSTA À FAZENDA.
OBS: NÃO é o valor da causa que determina se haverá ou não a remessa
necessária, e sim, o valor do proveito OBTIDO ou a condenação.
Nas hipóteses em que a sentença se sujeite à remessa necessária, caso seja
interposta apelação total pelo ente público vencido, o juiz estará dispensado de
proceder à formalização do duplo grau obrigatório. CESPE2017
Se a apelação for PARCIAL, terá o reexame.
RECURSOS
O efeito devolutivo consiste na aptidão que todo recurso tem de devolver ao
conhecimento do órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. A profundidade
do efeito devolutivo, no que tange aos argumentos do autor e do réu a fim de que seja
apreciado o recurso, o órgão ad quem pode reapreciar todos os fundamentos, ainda que
não analisados pelo órgão ad quo.
O efeito suspensivo é a qualidade que têm alguns recursos de impedir que a decisão
proferida se torne eficaz até que eles sejam examinados. O comando contido na decisão
não será cumprido, até a decisão no recurso.
O efeito TRANSLATIVO é a aptidão que os recursos em geral têm de permitir que o órgão
ad quem examine de ofício matérias de ORDEM PÚBLICA, conhecendo-as ainda que
não integrem o objeto do recurso. ESTÁ PRESENTE EM TODOS OS RECURSOS NO
PROCESSO CIVIL. CESPE2014
O efeito expansivo é a aptidão de alguns recursos cuja eficácia pode ultrapassar os
limites objetivos ou subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente. São de dois
tipos: subjetivos quando atingir partes que não apresentaram o recurso, como no caso
de litisconsórcio unitário; ou objetivos quando as matérias que guardam entre si
relação de prejudicialidade, assim, ainda que haja recurso de apenas um deles, vai haver
repercussão em todos.
O primeiro recurso protocolado no tribunal TORNARÁ PREVENTO O RELATOR
para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em
processo conexo.
A concessão de tutela antecipada recursal também poderá ser feito ANTES da
distribuição do recurso.
RECURSO ADESIVO
O recurso adesivo é cabível em ARERE
Apelação
Recurso
Especial
Recurso
Extraordinário
DESISTÊNCIA/INADMISSÍVEL DE RECURSO PRINCIPAL: ADESIVO NÃO SERÁ
CONHECIDO
É possível a desistência do recurso principal, pois o recurso adesivo é
SUBORDINADO ao recurso independente e a desistência deste não depende
de anuência do recorrente adesivo, que não terá seu recurso conhecido.
• Tutela provisória concedida em decisão interlocutória → AGRAVO DE
INSTRUMENTO (art. 1.015, II, CPC)
sentença interlocutória parcial de mérito = agravo de instrumento
• Tutela provisória concedida na sentença → APELAÇÃO (art. 1.013, § 5º)
EFEITO INTERPÕE juízo de
admissibilidade NO
AQUO
APELAÇÃO REGRA: têm efeito
suspensivo
exceção: não
AO JUIZ DE
PRIMEIRO GRAU,
depois ele envia ao
2° grau
1° grau NÃO
quem faz é
TRIBUNAL DE 2°
GRAU
AGRAVO DE
INSTRUMENTO
DEPENDE DA
DECISÃO
JUDICIAL, PODE
OU NÃO TER
EFEITO
SUSPENSIVO
DIRETAMENTE
AO 2° GRAU
NÃO, pois vai direto
pro 2° grau
EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO
NÃO TÊM EFEITO
SUSPENSIVO
ao juiz que
prolatou a decisão
AGRAVO DE INSTRUMENTO
art. 1015, CPC - Cabe agravo de instrumento contra decisão que admite e
inadmite a intervenção de 3°.
Mas há uma divergência quanto ao amicus curiae, pois no art. 138 diz que a
decisão que admitir ou solicitar a participação do amicus curiae é
IRRECORRÍVEL! Mas e da inadmissão? é ou não recorrível?
★ Mas o tema não é pacifico= É recorrível a decisão denegatória de ingresso
no feito como amicus curiae. STF. 6/8/2020 (Info 985).
O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente
da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. CESPE2019
"A jurisprudência do STJ firmou entendimento no sentido de ser desnecessário
aguardar o trânsito em julgado para a aplicação do paradigma firmado em sede
de Recurso Repetitivo ou de Repercussão Geral".CESPE2018
JUIZ DE 1° GRAU NÃO FAZ JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE - CABE RECLAMAÇÃO
QUEM FAZ O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO É O TRIBUNAL DE 2º GRAU
Julgado improcedente o seu pedido, a parte autora manejou recurso de apelação
para impugnar a sentença. Mas, observando que a peça recursal padecia de
irregularidades formais, o JUIZ reputou inadmissível o apelo, deixando de
recebê-lo. Inconformado com essa decisão, deveo autor se valer de
RECLAMAÇÃO.
O juízo de admissibilidade de recurso de apelação é feito tão somente pelo
tribunal, por intermédio do relator, ou em sede de agravo interno pelo órgão
colegiado, quando o relator não conhece do recurso.
Nesse caso, quando o juízo de primeira instância faz tal análise, temos usurpação
de competência do tribunal, que poderá ser afastada por intermédio de
reclamação, com fundamento no art. 988, I, do NCPC.
● ENUNCIADO 68 da 1ª Jornada – A intempestividade da apelação
desautoriza o órgão a quo a proferir juízo positivo de retratação. CESPE2018
APELAÇÃO
REGRA: EFEITO SUSPENSIVO
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚBLICA
● Não ofende a ordem constitucional determinação judicial de que a União proceda
aos cálculos e apresente os documentos relativos à execução nos processos em
tramitação nos juizados especiais cíveis federais, ressalvada a possibilidade de o
exequente postular a nomeação de perito. STF, julgado em 20/5/2021 (Info 1018).
Pois, em regra, o autor que deve apresentar o demonstrativo de cálculos de débito, mas em
se tratando de autor dispor de poucos recursos, é possível essa execução invertida.
A execução de título executivo judicial se dá em fase processual posterior à sua
formação, denominada CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, E NÃO PROCESSO DE
EXECUÇÃO (o qual é para ação extrajudicial. CESPE2018
A impugnação no cumprimento de sentença possui efeito suspensivo?
O juiz pode conceder efeito suspensivo, desde que preenchidos quatro requisitos:
1. deve haver requerimento expresso do executado/impugnante;
2. deve estar garantido o juízo, com penhora, caução ou depósito
suficientes;
3. os fundamentos da impugnação devem ser relevantes;
4. o executado/impugnante deverá demonstrar que o prosseguimento da
execução poderá causar a si grave dano de difícil ou incerta reparação.
JUIZADOS ESPECIAIS
Só cabe Recurso ESPECIAL contra acórdão de TRF ou TJ, por isso não cabe
esse recurso contra decisão dos juizados, apenas Recurso EXTRAORDINÁRIO
no juizado. CESPE2019
Súmula 203 do STJ dispõe que: "Não cabe recurso especial contra decisão
proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais".
Por sua vez, o Recurso Extraordinário ao STF é cabível, conforme Súmula 640
do STF: "É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de
primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível
e criminal".
> Não cabe recurso especial STJ
> Cabe recurso extraordinário STF
● A parte pode renunciar ao montante do valor da causa que
exceder a 40 s.m para enquadrar no juizado especial
Na hipótese de o pedido englobar prestações vencidas e vincendas, o teto do JESP
é calculado pela soma das prestações vencidas mais DOZE parcelas
vincendas. Essa soma não pode ser superior a 40 salários mínimos

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