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Princípios: 1. Princípio da indisponibilidade - A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. Princípio da indisponibilidade - AÇÃO PENAL PÚBLICA = O MP não poderá desistir da ação penal. 2. Princípio da disponibilidade = AÇÃO PENAL PRIVADA, pode desistir, mas se desistir de um, têm que desistir de todos 3. Princípio da indivisibilidade = AÇÃO PENAL PRIVADA 4. Princípio da divisibilidade = AÇÃO PENAL PÚBLICA CPP - DIAS CORRIDOS Todos os prazos correrão em cartório e serão CONTÍNUOS E PEREMPTÓRIOS, não se interrompendo por férias, domingo ou feriado. O que muda de um código para o outro, é que no CPC o prazo será contado somente em dias úteis, excluindo finais de semana e feriados. O MP não tem prazo em dobro no processo penal, apenas no processo civil. Somente a DEFENSORIA PÚBLICA têm prazo em dobro no CPP. STF: "O recebimento da denúncia por magistrado absolutamente incompetente NÃO interrompe a prescrição penal" (CP, art. 117, I). (HC 104907/PE, rel. Min. Celso de Mello, 10.5.2011). OBS: Cuidado para não confundir pois o oferecimento da queixa crime perante juízo incompetente, não haverá extinção da punibilidade por decadência de 6 meses" (STJ – HC 11.291/SE – 6ª Turma – Rel. Min. Hamilton Carvalhido – DJ 23/10/2000) Juiz das Garantias NA FASE INVESTIGATIVA ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA CESSA APÓS O RECEBIMENTO QUALQUER INFRAÇÃO PENAL, EXCETO AS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO recebimento da denúncia antes: juiz das garantias após: juiz da instrução e julgamento Função de salvaguardar as garantias dos indivíduos que são submetidos a uma investigação criminal, na fase inquisitorial. Art. 155, CPP Preservar a imparcialidade de quem julgar. A audiência de custódia será de sua competência. investigação criminal abrange tanto inquérito penal, como as investigações feitas pelo MP e as CPIs. Lei Processual Penal: Eficácia no tempo e no espaço Princípio do Tempus regit actum – O art. 2º, do CPP, contempla a regra segundo a qual norma processual possui aplicação imediata, de tal sorte que os atos processuais devem ser exercidos na forma que a lei determinar ao tempo de sua prática. Pouco importa se o fato delituoso objeto do processo tenha sido cometido anteriormente à entrada em vigor da lei processual. Qualquer que seja a data do crime, a lei processual a ser aplicada é a que vigora ao tempo da prática do ATO (não é do FATO, crime) processual. Na análise processual não se verifica o fato praticado (crime), mas o ato praticado (teoria do isolamento dos atos processuais). Assim, embora a lei processual nova não possa retornar para atingir atos processuais já findados, ela pode retroagir para atingir fatos anteriores, no sentido da própria repercussão ao fato criminoso. NÃO É O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PROCESSUAL PENAL. CUIDADO - A regra do art. 2º, do CPP, se presta, apenas, às normas de caráter processual. Há leis, contudo, que tratam, a um só tempo, de direito material e processual, isto é, trazem em seu bojo normas penais e processuais penais. Ex.: Art. 366 do CPP, alterado pela Lei 9.271/96 é uma norma mista (suspensão do processo [norma processual vantajosa para o réu, pois impede que seja julgado à revelia] + suspensão da prescrição [norma material não vantajosa ao réu, pois garante o jus puniendi do Estado]) – O réu, citado por edital, que não comparece e não constitui defensor, terá o processo suspenso, bem como a prescrição. Nos casos de normas mistas (material e processual) a doutrina chegou a cogitar da cisão (divisão) na aplicação da lei, ou seja, naquilo que ela possui de processual, se aplicaria desde logo, como base no dispositivo em exame. E, no ponto em que é apenas penal, não poderia ser aplicada, posto que desfavorável ao réu (art. 1º CP). STF discordou. Decidiu o STF que o art. 366, não retroage para atingir os crimes pretéritos. Não podemos cindir a norma, portanto, a sua parte penal é que vai ditar a sua retroatividade. Ou seja, A LEI MISTA SÓ É RETROATIVA SE A PARTE MATERIAL FOR MAIS BENÉFICA. O Brasil adota o sistema de isolamento dos atos processuais, não necessitando que uma única lei rege todo o processo, portanto não adota o sistema da unidade processual. CESPE2018 A lei que vai reger o processo é a lei em vigor no momento da prática do ato processual. A lei processual penal tem aplicação no momento em que entra em vigor (não é no momento do crime), não sendo retroativa, mesmo que mais benéfica. Diferente da lei penal, por ser material, pode retroagir ou ter ultratividade para beneficiar. Inquérito Policial É PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PREPARATÓRIO/INQUISITÓRIO ● Os procedimentos utilizados para instauração de inquéritos policiais incluem a requisição, o requerimento e de ofício pelo delegado. ( NÃO É QUEIXACRIME, pois essa é a peça da ação penal privada) ● Os elementos informativos do inquérito podem servir como fundamentação em decreto condenatório no processo penal, ainda que não confirmados pelo contraditório judicial. CESPE2021 (Desde que a condenação não seja com base exclusivamente em provas colhidas no IP) ● É cabível o trancamento de inquérito policial quando sua duração for desarrazoadamente excessiva, o que permite a reabertura, caso surjam novas provas, ainda que o prazo de conclusão do inquérito policial seja impróprio. O princípio constitucional da razoável duração do processo também se aplica à fase do inquérito policial CESPE2017 ● é possível constatar constrangimento ilegal em razão da excessiva e desarrazoada duração da investigação, ainda que o prazo de conclusão do inquérito policial seja impróprio. CESPE2019 O TCO é um procedimento administrativo QUE SUBSTITUI o APF e o IP. CESPE2020 Qualquer pessoa do povo que souber de crime de ação pública poderá comunicar: ➔ VERBALMENTE OU POR ESCRITO AO DELEGADO Qualquer pessoa do povo que souber de crime de ação pública poderá provocar a iniciativa: ➔ POR ESCRITO DO MP ❖ Para a instauração de inquérito policial, bastam indícios suficientes da existência do crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade do delito ou de sua autoria. CESPE2020 ❖ A denúncia anônima por si só não tem força para que se instaure o inquérito policial, mas a autoridade policial deve fazer diligência para apurar a veracidade da denúncia. CESPE2018 ❖ O princípio da vedação ao anonimato impede que o MP, em regra, acolha a DELAÇÃO APÓCRIFA (falsa, desprovida de autenticidade) como fundamento para a instauração de procedimento criminal. CESPE2018 ❖ Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a instauração de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito. CESPE2016 ❖ Em regra, a apreensão de objetos na fase inquisitorial não depende de autorização judicial. CESPE2019 ❖ No inquérito policial, a autoridade policial assegurará o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade e, no procedimento investigatório criminal (leia-se processo criminal), os atos e peças, em regra, são públicos. ❖ O membro do “Parquet”, com atuação na área de investigação criminal, NÃO pode avocar a presidência do inquérito policial, em sede de controle difuso da atividade policial. ❖ O STF reconheceu que a investigação direta pelo MP é SUBSIDIÁRIA E EXCEPCIONAL. Assim, se já existe IP, o MP deveria requisitar eventuais diligências e não instaurar um. A única autoridade apta a instaurar e presidir o inquérito policial é o delegado de polícia. PROMOTOR NÃO INSTAURA, PRESIDE OU AVOCA INQUÉRITO POLICIAL. Quando realiza investigação criminal, o MP instaura um “procedimento investigatório criminal” (PIC). Lembrar: investigação criminal (gênero) não é atividade privativa da autoridade policial, mas o IP (espécie) sim. ❖ Súmula 234 do STJ: a participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística. ● O juiz NÃO PODE indeferir a diligência requisitada pelo Ministério Público, pois ao juiz se reserva apenas o exercício de atos de jurisdição e não de investigação. Arquivamento do Inquérito Policial arquivar e desarquivar = pedido ao juiz O delegado NÃO arquiva IP. ❖ A jurisprudência não admite arquivamento implícito do inquérito policial. ❖ O pedido de arquivamento formulado pelo titular da ação penal IMPEDE que eventual terceiro interessado impugne essa decisão. ❖ Do despacho que indeferir a abertura de inquérito caberá recurso ao chefe de polícia (DELEGADO). ❖ O despacho que decide pelo arquivamento do inquérito é IRRECORRÍVEL, NEM MANDADO DE SEGURANÇA! CESPE2017 ❖ STJ - INFO 565 (...) a vítima não tem o poder de, por si só, impedir o arquivamento. Cumpre salientar, por oportuno, que, se a vítima ou qualquer outra pessoa trouxer novas informações que justifiquem a reabertura do inquérito, pode a autoridade policial proceder a novas investigações, nos termos do citado art. 18 do CPP. CESPE2017 ---> Regra: Faz coisa julgada Formal. Pode ser desarquivado e rediscutir o assunto, desde que surjam novas provas [requisito obrigatório]. ---> Exceção: faz coisa julgada Material, de forma que não poderá ser desarquivado, nem que surjam novas provas, e não poderá ser ofertada denúncia pelo mesmo fato, seja na mesma ou em outra relação processual. ---> STJ e Doutrina Majoritária: Arquivamento que faz coisa julgada material: 1) ATIPICIDADE da conduta. 2) Extinção da PUNIBILIDADE. 3) Excludentes de ILICITUDE (LEEE) ---> STF: Arquivamento que faz coisa julgada material: 1) ATIPICIDADE da conduta. 2) Extinção da PUNIBILIDADE. DICA!!! --- > O cespe leva o posicionamento do STF, logo excludente de ilicitude não faz coisa julgada material. No caso de excludente de ilicitude, há divergência. É possível a reabertura da investigação e o oferecimento de denúncia se o inquérito policial havia sido arquivado com base em excludente de ilicitude? STJ: NÃO. Para o STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa excludente da ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18 do CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam provas novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento ocorreu por falta de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de indícios de autoria e certeza de materialidade). STJ. julgado em 25/11/2014 (Info 554). STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de inquérito policial em razão do reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada material. (Info 796). ➔ A homologação, pelo juízo criminal competente, do arquivamento de inquérito forma coisa julgada endoprocessual (dentro do processo). CESPE2017 Coisa Julgada Formal: Endoprocessual, os efeitos se limitam ao processo, quando por exemplo haver insuficiência de provas, podendo haver novas provas. Coisa Julgada Material: Exoprocessual, os efeitos transcendem ao processo, não há nova discussão. . MP pede arquivamento > Juiz concorda > Juiz arquiva · MP pede arquivamento > Juiz discorda > Encaminha ao PG > PG concorda em arquivar > JUIZ é obrigado a arquivar · MP pede arquivamento > Juiz discorda > Encaminha ao PG > PG discorda do arquivamento > Oferece Denúncia OU nomeia outro membro do MP para oferecer Questões: A decisão de arquivamento do inquérito por atipicidade impede que seja denunciado posteriormente pela mesma conduta, ainda que sobrevenham novos elementos de informação. CESPE2019 O arquivamento do inquérito policial embasado no princípio da insignificância faz coisa julgada material, o que impede seu desarquivamento diante do surgimento de novas provas. CESPE2015 Em caso de ATIPICIDADE da conduta, é possível o trancamento do inquérito policial via HABEAS CORPUS. O trancamento é a situação de paralisação do inquérito policial, a suspensão temporária, determinada através de acórdão proferido no julgamento de habeas corpus. Embora já tenha havido decisões que determinaram o trancamento do inquérito policial por fundar-se em provas ilícitas (HC 42693-PR), a jurisprudência é pacífica no sentido de que somente caberá o trancamento do inquérito policial quando o fato for atípico, quando verificar-se a ausência de justa causa, quando o indiciado for inocente ou quando estiver presente causa extintiva da punibilidade. Características: INQUÉRITO POLICIAL É(e) IDOSO Escrito Inquisitivo Dispensável Oficial Sigiloso Oficioso ❖ NÃO POSSUI CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO IP. prazo decadencial de 6 meses NÃO sofre suspensão nem interrupção ❖ A instauração do inquérito policial NÃO suspende e nem interrompe o prazo decadencial de 6 meses, pois este somente é interrompido pelo OFERECIMENTO da queixa-crime em juizo, sendo pacífico o entendimento no STJ de que o ajuizamento da queixa no juízo mesmo que incompetente é causa interruptiva do prazo decadencial. Portanto, o ofendido ou seu representante legal decairão do direito de queixa ou de representação se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, contado do dia em que vierem, a saber, quem é o autor do crime (art. 103 do CP) ou, no caso, do art. 29 do CPP, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia (art. 38 CPP). ❖ A omissão de poderes especiais no instrumento de mandato judicial somente poderá ocorrer se ainda não consumada a decadência do direito de queixa. (6 meses) (STF- RT609/444) ❖ O inquérito policial não é indispensável à propositura de ação penal, mas denúncia desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa causa. Retratação --> CPP = até o oferecimento da denúncia Retratação --> Maria da Penha = até o RECEBIMENTO da denúncia. Art. 25 - CPP. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. ❖ RENÚNCIA = PRÉ-PROCESSUAL, até o OFERECIMENTO da denúncia ou queixa. Unilateral. ❖ PERDÃO = depois de ajuizada a ação, até o trânsito em julgado. Bilateral (depende do aceite em 3 dias, silêncio é aceitação). ❖ Em relação às autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função junto ao STF, a instauração do inquérito policial e indiciamento dependerão de prévia autorização do MINISTRO RELATOR. ❖ INCOMUNICABILIDADE Doutrina majoritária: a incomunicabilidade não foi recepcionada pela CF/88. É vedada, inclusive, pela CF, em sede de Estado de Defesa, o Art. 136, §3, IV, CF. ❖ Arquivado o inquérito policial por requerimento do Ministério Público, não é mais cabível a propositura de ação penal privada subsidiária da pública. Como o MP "se mexeu", não cabe oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública. O MP, em relação à ação penal privada subsidiária da pública, atuará como espécie de assistente litisconsorcial em relação ao querelante. Mas o ofendido não recebe a titularidade da ação. Prazo para conclusão do inquérito Prazos impróprios, e a extrapolação deste por si só não vai invalidar o inquérito, podendo relaxar a prisão por excesso. Regra geral 10 dias preso/30 dias solto -Na lei DROGAS 30 dias preso/90 dias solto -Ordem da justiça federal 15 dias preso/30 dias solto -Crime contra economia popular 10 dias preso ou solto -Crimes Militares - Inquérito Policial Militar 20 dias preso/40 solto O prazo para o término do inquérito policial caso haja conversão da prisão temporária em preventiva será contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva. CESPE2018 ❖ Arquivamento por juiz absolutamente incompetente PRODUZ coisa julgada MATERIAL. Juiz INcompetente // arquivamento INdireto. ❖ Info 933, STF - A Lei nº 13.245/2016 NÃO impôs um dever à autoridade policial de intimar previamente o advogado constituído para os atos de investigação. Portanto,NÃO é obrigatória a participação de defensor quando do ato de interrogatório do investigado no âmbito do Inquérito Policial. ❖ O advogado tem acesso aos autos do inquérito policial, ou seja, às provas já documentadas. Assim, conclui-se que: o IP, apesar de ser sigiloso, não veda o advogado de ter acesso aos procedimentos ou provas já documentadas. O advogado não terá acesso a atos de investigação que ainda serão realizados. A autodefesa é um direito ilimitado? Não. A AUTODEFESA NÃO É UM DIREITO ABSOLUTO. Exemplo disso é o fato de que se o réu, em seu interrogatório, imputar falsamente o crime a pessoa inocente responderá por denunciação caluniosa (art. 399, CP). Juízo de subsunção PRECÁRIA: tipo penal indicado pela POLÍCIA Juízo de subsunção PRÓPRIO: tipo penal indicado pelo MP ● INDICIAMENTO O indiciamento constitui ato próprio do inquérito policial, privativo do delegado (MP NÃO PODE INDICIAR). Não há momento exato para o indiciamento, mas somente poderá ser praticado até o recebimento da denúncia. Delegado em despacho fundamentado fará análise sobre a autoria do crime. O inquérito pode ser encerrado sem o indiciamento. ele NÃO É OBRIGATÓRIO, quando não se esclarece a autoria do crime por exemplo. ● O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, MP e Juiz não podem requisitar e muito menos indiciar alguém. CESPE2019/17/16 Indiciamento indireto: ocorre quando o investigado não é encontrado, estando em local incerto e não sabido. CESPE2019 Indiciamento formal: deve ser realizado durante o desenvolvimento da investigação criminal, sempre que o Delegado de Polícia formar seu convencimento no sentido de que existem provas da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria. Indiciamento material: Determina que este ato deve ser fundamentado. Sendo assim, o indiciamento material consiste no despacho do Delegado de Polícia onde ele expõe as razões e os fundamentos da sua decisão. Indiciamento coercitivo: é aquele proveniente da lavratura do APF. DADOS CADASTRAIS: - MP ou Delegado; - SEM autorização judicial; - Para órgão público ou empresa privada; - 24h para atenderem solicitação. SINAIS DE LOCALIZAÇÃO: - MP ou delegado; - COM autorização judicial; - Para órgão público ou empresa privada - 72h para instaurar inquérito, contados da ocorrência policial de tráfico de pessoa; - 30 dias é o tempo que as empresas vão fornecer os sinais, prorrogável uma única vez por igual período; - 12h juiz inerte, manda bala, pede direto pra empresa e só comunica o juiz depois, ou seja, SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL POR INÉRCIA DO JUIZ POR 12h. - NÃO terá acesso ao conteúdo da comunicação Ação Penal Princípio da inércia - NÃO CABE AÇÃO PENAL SEM DEMANDA, SEM PROVOCAÇÃO, DE OFÍCIO Condições da ação penal Já existiam antes da lei 11.719/2008 1. Possibilidade Jurídica do Pedido (CPC não consta, se interpretar a luz do NCPC, no CPP também não existe mais); 2. Interesse de agir (interesse – necessidade, adequação e utilidade); 3. Legitimidade de partes, (ad causam - subjetiva, e ad processum) Após a lei 11.719/2008 acrescentou a: 4. Justa causa (condição autônoma da ação, síntese de todas as passadas); CESPE2017 REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA: O recebimento da denúncia é um mero despacho, sem conteúdo decisório e que NÃO PRECISA SER FUNDAMENTADO. CESPE2015 CPP: Cabe RESE JESP crime: Cabe APELAÇÃO EM 10 DIAS, POR PETIÇÃO ESCRITA (não é por termo nos autos) RECEBIMENTO DA DENÚNCIA No momento do recebimento da denúncia, o juiz não pode rejeitar os crimes que o MP declarou e mudar por conta própria, ele pode receber parcialmente a denúncia, rejeitando-a em parte, mas não pode alterar, neste momento, a classificação jurídica do crime. Não é possível que o juiz determine a devolução dos autos ao MP para que seja oferecida a denúncia substitutiva. Há a possibilidade de litisconsórcio ativo entre o MP e o QUERELANTE na AÇÃO PENAL ADESIVA (quando há conexão ou continência entre uma ação penal pública e privada) ● Súmula 636-STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência. DECADÊNCIA cabimento: 1. Ação penal PRIVADA 2. Ação penal pública condicionada à representação - se o ofendido não representar em 6 meses contado da ciência de quem é o autor, será extinta a punibilidade. 3. Ação penal privada subsidiária da pública - aqui quem vai perder o direito de oferecer a queixa substitutiva será o ofendido, mas a ação continua sendo ação penal pública incondicionada, e o MP pode oferecer a denúncia. Prazo decadencial: 6 MESES DA CIÊNCIA DE QUEM É O AUTOR DO CRIME. CONTA O PRIMEIRO DIA DO PRAZO, o dia que teve a ciência já é o primeiro dia, não é como no prazo processual que exclui o primeiro dia! Não há decadência: 1. ação penal pública incondicionada. 2. ação penal pública condicionada à requisição do ministro da Justiça. REGRA: A TITULARIDADE DA AÇÃO É DO MP AÇÃO PENAL PÚBLICA 1) Incondicionada: Depende somente da existência de prova de materialidade e de indício de autoria ou participação. 2) Ação Penal Pública Condicionada > representação (pedido) do ofendido ou representante !!! > requisição (ordem) do Ministro da JUSTIÇA O direito de representação, assim como a queixa, também decai em 6 meses, a contar da ciência de quem é o autor do crime. ● CRIME DE ESTELIONATO É CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO A representação será irretratável após o oferecimento da denúncia. ➔ A representação da vítima é uma CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE para a ação penal que DISPENSA FORMALIDADE, bastando a intenção das vítimas em autorizar essa persecução penal. CESPE2021 Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, não exige maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem interesse na persecução penal. Dessa forma, não há necessidade de que exista nos autos peça processual com esse título, sendo suficiente que a vítima ou seu representante legal leve ao conhecimento das autoridades o ocorrido. ➔ Nas ações penais condicionadas à representação, a representação poderá ser realizada oralmente, desde que devidamente reduzida a termo por autoridade competente. CESPE2020 AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA: ==> Não se sujeita a prazo decadencial (pode ser executada enquanto o crime não prescrever) ==> São casos de crimes específicos ==> É dirigida ao MP (NÃO OBRIGA O MP A PROMOVER A AÇÃO) CESPE2015 3) Ação Penal Privada > queixa crime !!! ❖ De acordo com o STJ, a teoria do juízo aparente SERVE para a ratificação de atos decisórios emanados por autoridade posteriormente considerada incompetente em razão da matéria. A “Teoria do Juízo Aparente” diz respeito à possibilidade de se admitir uma prova inicialmente ilícita, se tal ilicitude está ligada UNICAMENTE à incompetência do juízo que a determinou, naqueles casos onde este, até então, acreditava ser o juízo natural para decidir sobre a realização e produção da mesma. ● MP NÃO PODE incluir outros réus quando aditar a queixa, mas poderá acrescentar ao processo elementos que influam na fixação da pena, no exercício da função de custos legis. CESPE2014 Espécies: 1. Privada PROPRIAMENTE DITA Somente se procede mediante queixa. 2. personalíssima - art. 236, CP É exclusiva da vítima, nem aos seus substitutos processuais CADI. Induzir o outro a casar, mas se utilizar de erro essencial. 3. PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA Em caso de OMISSÃO DO MP Os substitutos são o CADI: em caso de ausência (morte presumida) ou morte Princípios específicos da ação penal privada: 1- OPORTUNIDADE - O ofendido tem ampla liberdade para decidir se vai ou não processar o agente do crime, ainda que existam provas suficientes da autoria. 2- DISPONIBILIDADE - o querelante pode desistir da propositura ou do prosseguimento da ação penal privada até o trânsito em julgado da sentença condenatória. 3- INDIVISIBILIDADE - Ou processa todos ou não processa nenhum. Se não oferecer queixa sobre um, não poderá sobretodos. Se perdoar um, terá que perdoar todos, mas o perdão depende de aceitação. ● Informativo 813 STF: Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia tácita ao direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF. julgado em 2/2/2016 (Info 813). ● Informativo 562 STJ O princípio da indivisibilidade significa que a ação penal deve ser proposta contra todos os autores e partícipes do delito. ● As limitações ao direito de renúncia e ao perdão do ofendido são decorrentes da indivisibilidade da ação penal privada. CESPE2021 Segundo a posição da jurisprudência, o princípio da indivisibilidade só se aplica para a ação penal privada (art. 48 do CPP). Observação 1: Se a omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA): se o querelante deixou, deliberadamente, de oferecer queixa contra um dos autores ou partícipes, o juiz deverá rejeitar a queixa e declarar a extinção da punibilidade para todos (arts. 104 e 109, V, do CP). Todos ficarão livres do processo. Observação 2: Se a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a intimação do querelante para que ele faça o aditamento da queixa-crime e inclua os demais coautores ou partícipes que ficaram de fora. ● Assim, conclui-se que a não inclusão de eventuais suspeitos na queixa-crime não configura, por si só, renúncia tácita ao direito de queixa. Para o reconhecimento da renúncia tácita ao direito de queixa, exige-se a demonstração de que a não inclusão de determinados autores ou partícipes na queixa-crime se deu de forma deliberada pelo querelante. STJ. julgado em 12/5/2015 (Info 562). PEREMPÇÃO: Falta de andamento de processo - art. 60, CPP SOMENTE NA QUEIXA ● Ocorrerá perempção se o QUERELANTE deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente. CESPE2021 A CESPE colocou pegadinha nessa questão e no lugar do requerente colocou REPRESENTANTES, e está errada. O único inciso do art. 60 que cita os representantes é se o querelante FALECER e não comparecer os representantes em 60 dias para representá-lo. ● O STJ NÃO admite, por analogia, a imposição de multa por litigância de má-fé em processo penal. Não pode no CPP usar analogia in malam partem, em prejuízo do réu. CESPE2020 ● No caso de morte do ofendido ou declarado ausente por decisão judicial, os sucessores (CADI) para oferecer a queixa, o prazo continuará sendo de 06 meses, conforme art. 38, do CPP, sendo transferido o restante do prazo (que já estava correndo) aos sucessores. Não será restituído todo o prazo de 6 meses. CESPE2020 CUIDADO: Medidas despenalizadoras 1. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL - art. 28-A 2. SUSPENSÃO CONDICIONAL 3. TRANSAÇÃO PENAL 4. COMPOSIÇÃO CIVIL 5. COLABORAÇÃO PREMIADA ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL ❖ O acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a FATOS ocorridos antes da Lei nº 13.964/2019 (pacote anticrime), desde que não RECEBIDA a denúncia. Assim, mostra-se impossível realizar o ANPP quando já recebida a denúncia em data anterior à entrada em vigor da Lei nº 13.964/2019. Info 683, STJ, julgado em 24/11/2020 ➔ Prevalece que é cabível ANPP se a infração foi cometida com violência contra coisa. Assim, o ANPP somente é proibido se a infração foi praticada com grave ameaça ou violência contra pessoa. ➔ No momento de decidir se vai propor o ANPP, o membro do MP deverá analisar se, nos últimos 5 anos (contados da infração), aquele investigado já foi beneficiado com outro ANPP, com transação penal ou com suspensão condicional do processo. Certo é que o magistrado não poderá apreciar o mérito/conteúdo do acordo, matéria privativa do Ministério Público e do investigado, dentro do campo de negociação reconhecido pela Justiça Penal Consensual, sob pena de violação da sua imparcialidade e do próprio sistema acusatório. ❖ O Poder Judiciário não pode impor ao Ministério Público a obrigação de ofertar acordo de não persecução penal (ANPP). Não cabe ao Poder Judiciário, que não detém atribuição para participar de negociações na seara investigatória, impor ao MP a celebração de acordos. STF. 11/5/2021 (Info 1017). “Não se tratando de hipótese de manifesta inadmissibilidade do ANPP, a defesa pode requerer o reexame de sua negativa, nos termos do art. 28-A, § 14, do CPP, não sendo legítimo, em regra, que o Judiciário controle o ato de recusa, quanto ao mérito, a fim de impedir a remessa ao órgão superior no MP. Isso porque a redação do art. 28-A, § 14, do CPP determina a iniciativa da defesa para requerer a sua aplicação.” TRANSAÇÃO PENAL ● Compete EXCLUSIVAMENTE AO SEU TITULAR, na ação penal privada, propor a transação penal ao querelado, não cabendo ao Ministério Público a prerrogativa de ofertá-la, mesmo diante da inércia do titular. CESPE2019 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO A suspensão condicional do processo NÃO É DIREITO SUBJETIVO do acusado, mas sim um poder-dever do Ministério Público, titular da ação penal, a quem cabe, com exclusividade, analisar a possibilidade de aplicação do referido instituto, desde que o faça de forma fundamentada. E cabe também na ação penal privada, cabendo ao ofendido oferecer. O juiz NÃO PODE CONCEDER DE OFÍCIO a susp. cond. processo, pois a suspensão importa na restrição da titularidade da Ação Penal Pública, razão pela qual depende do MP e não da vontade do juiz. ● Súmula 696 do STF: “Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal." Do JUIZ, AUXILIARES DA JUSTIÇA... ● Não se aplicam ao ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO os impedimentos previstos em lei para o juiz e para o órgão do Ministério Público, pois não se é exigida a eles qualquer imparcialidade. DO ACUSADO E DEFENSOR ● ADVOGADO DATIVO: SERÁ SEMPRE REMUNERADO. O Estado arcará com os honorários do advogado dativo, mas no caso de o acusado não ser pobre, ele será OBRIGADO a pagar. CESPE2020 ● O defensor NÃO poderá ser dispensado, o direito de defesa técnica é IRRENUNCIÁVEL, por isso não pode o defensor ser dispensado. CESPE2020 ● Súmula 523 do STF: no processo penal, a FALTA de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua DEFICIÊNCIA só o anulará quando houver prova de prejuízo para o réu. A defesa deficiente importa em nulidade relativa, exigindo a demonstração do prejuízo. Aos serventuários e os peritos aplicam-se a SUSPEIÇÃO dos juízes. NÃO CITA IMPEDIMENTOS SUSPEIÇÃO DOS JUÍZES CPC CPP 1. amigo ou inimigo 2. receber presentes, aconselhar ou subministrar as despesas 3. credor ou devedor 4. interessado no julgamento em favor de qualquer das partes 1. amigo ou inimigo 2. responder a processo por fato análogo, caráter criminoso haja controvérsia 3. processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes 4. aconselhado 5. credor ou devedor, tutor ou curador (CPC é só credor ou devedor) 6. sócio, acionista ou administrador (CPC esse é impedido) DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES CITAÇÕES É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico, bem como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual. STJ. 5a Turma. HC 641.877/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021 (Info 688). ★ réu fora do território da jurisdição do juiz processante = precatória ★ militar = por intermédio do chefe do respectivo serviço. ★ réu preso = pessoalmente citado ★ réu não for encontrado = citado por edital, com o prazo de 15 dias ★ réu se oculta para não ser citado = oficial de justiça certificará a ocorrência que houve 2 tentativas e procederá à citação com hora certa ★ acusado no estrangeiro, em lugar sabido = carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescriçãoaté o seu cumprimento ★ acusado no estrangeiro, em lugar NÃO sabido = edital INTIMAÇÕES / INTIMAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA ★ intimação do defensor constituído, advogado do querelante e assistente = por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado ★ intimação do MP e defensor nomeado (dativo) ou defensoria pública = pessoalmente INTIMAÇÃO DA SENTENÇA ● QUERELANTE E ASSISTENTE DO MP = PESSOALMENTE OU NA PESSOA DE SEU ADVOGADO. SE NÃO ENCONTRADOS = EDITAL EM 10 DIAS ● RÉU PRESO = PESSOALMENTE ● RÉU SOLTO = PESSOALMENTE OU AO DEFENSOR. SE NÃO ENCONTRADOS = EDITAL 90 DIAS PPL igual ou superior a 1 ANO, e 60 DIAS NOS DEMAIS CASOS ● De acordo com o STJ, a prerrogativa legal de intimação pessoal do defensor dativo no processo penal pode ser renunciada expressamente pelo profissional. Info 560, stj A citação é ATO PESSOAL, está intimamente ligada ao direito à ampla defesa, e não há previsão desta ser realizada ATRAVÉS DE ADVOGADO, ao contrário do que existe com a intimação, que é a ciência da parte para algum ato processual. Por isso, não sendo o acusado encontrado, deve ser feita a citação por edital, neste caso o réu poderá constituir advogado, não fazendo e nem comparecendo, ficará suspenso o processo e o prazo prescricional. ● NÃO cabe a citação mediante entrega da contrafé a um parente que resida no mesmo endereço do réu; FGV2020 ● A citação é necessária para dar ao réu ciência de que há processo contra ele, por mais que ele constitua advogado, deverá ser citado por edital se não for encontrado. Por mais que se encontre em local incerto e não sabido cabe ao juiz determinar a citação editalícia, ainda que ele tenha constituído advogado nos autos. FGV2020 ● Quando o defensor do paciente renuncia ao mandato que lhe foi outorgado, cabe ao juiz determinar a intimação do acusado para constituir outro advogado ou, caso não encontrado, deve ser intimado via edital e, após, na falta de manifestação do réu, deve indicar defensor público ou dativo. CESPE2019 ● A lei processual penal NÃO oferece restrições à citação pessoal do réu durante a realização de cultos religiosos ou fúnebres. CESPE2018 ● Quando da prolação de sentença condenatória de primeiro grau, o acusado e o seu defensor devem ser intimados pessoalmente e em separado, iniciando-se o prazo para recurso a partir da última intimação. CESPE2018/16 A CITAÇÃO por mandado é a REGRA GERAL do Código de Processo Penal. A citação por mandado é realizada pelo oficial de justiça, não havendo previsão para que se dê por meio do escrivão ou do diretor de secretaria. NO CPP OS PRAZOS SÃO EM DIAS CORRIDOS não são prazos em dias úteis EXCLUI O 1º DIA E INCLUI O ÚLTIMO É importante não confundir a contagem no Processo Penal e no Processo Civil: No Processo Penal, aplica-se a Súmula 710 do STF: contam-se os prazos da DATA DA INTIMAÇÃO, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. No Processo Civil, considera-se dia do começo do prazo (Art. 231 NCPC): I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça; A nomeação judicial de Núcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa de réu dispensa a juntada de procuração. Isso porque, neste caso, não há uma atuação provocada pelo assistido, mas sim o exercício de um munus público por determinação judicial. STJ. (Info 624). ➔ Prazos processuais para o juiz proferir: CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - Art. 800 DESPACHO DE MERO EXPEDIENTE - 1 dia; DECISÃO INTERLOCUTÓRIA SIMPLES - 5 dias; DECISÃO DEFINITIVA OU INTERLOCUTÓRIA MISTA - 10 dias; CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - Art. 226 DESPACHO - 5 dias; DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - 10 dias; SENTENÇA - 30 dias. Síntese: REGRA: preso será pessoalmente citado (art. 360, CPP), sendo nula por edital se na mesma federação. EXCEÇÃO1: válida citação por edital se preso em federação distinta. EXCEÇÃO2: nulidade da citação por edital em federação distinta se informação constava nos autos. ➔ Havendo dois réus não encontrados e sem advogados, mas posteriormente comparecendo um deles, o juiz deverá prosseguir com o feito com relação a este réu que compareceu, desmembrando os processos e manter suspenso, levando em conta o máximo da pena cominada, o processo e o prazo prescricional em relação ao outro que não compareceu, excepcionando-se a regra de continência por cumulação subjetiva (02 ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração). CESPE2019 ➔ Os prazos do Ministério Público são contados a partir da entrega do processo em setor administrativo do órgão, bastando que a carga seja formalizada pelo servidor competente.CESPE2019 ➔ A intimação pessoal feita pelo escrivão no momento da audiência DISPENSARÁ a publicação do ato judicial no órgão oficial de publicidade. CESPE2019 ➔ Súmula 366 STF - Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. FGV2018 Súmula 415, STJ: O PERÍODO DE SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL É REGULADO PELO MÁXIMO DA PENA COMINADA. Quando for contabilizar o tempo de suspensão, não vai ser a pena máxima do delito em razão do qual foi denunciado, mas vai levar em conta o art. 109, CP, que diz sobre as prescrições das penas antes de transitar em julgado. CESPE2019 SENTENÇA INTIMAÇÃO DA SENTENÇA POR EDITAL 1. escrivão dar ciência ao MP em 3 dias, sob pena de suspensão disciplinar em 5 dias 2. QUERELANTE E ASSISTENTE DO MP = pessoalmente ou por advogado. Se não estiverem na sede, por edital em 10 DIAS 3. RÉU E ADVOGADO não encontrados = PPL = OU > 1 ANO: 90 DIAS PPL < 1 ANO: 60 DIAS ➔ STJ já decidiu que a sentença penal ABSOLUTÓRIA FAZ COISA JULGADA NO JUÍZO CÍVEL, nos casos em que o juízo criminal afirma a inexistência material do fato típico ou exclui sua autoria, tornando preclusa a responsabilização civil, bem como na hipótese de reconhecida ocorrência de alguma das causas excludentes de antijuridicidade. CESPE2014 ➔ Independentemente do prazo, não há constrangimento ilegal se o réu estiver solto. Se preso, sim, o prazo para prolação da sentença é de 10 dias e, não sendo cumprido, cabe um HC. ➔ Em nome do princípio da congruência, é possível atribuir-se, mesmo em grau recursal, definição jurídica diversa (EMENDATIO LIBELLI=JUIZ) da descrição do fato contida na denúncia ou na queixa, não podendo, porém, ser agravada a pena quando somente o réu houver apelado da sentença. CESPE2017 O princípio da Adstrição ou Congruência ou Correlação, indica que o acusado defende-se dos FATOS descritos na denúncia e não da capitulação jurídica nela estabelecida. Destarte, faz-se necessária apenas a correlação entre o fato descrito na peça acusatória e o fato pelo qual o réu foi condenado, sendo IRRELEVANTE a menção expressa na denúncia de eventuais causas de aumento ou diminuição de pena. ➔ A parte dispositiva da sentença é a fase relacionada à fundamentação em que o juiz condena ou absolve o réu. CESPE2012 ➔ Info 642 STJ: STJ decidiu que diante do duplo julgamento do mesmo fato, deve prevalecer a sentença que TRANSITOU EM JULGADO primeiro, NÃO É A SENTENÇA MAIS BENÉFICA PARA O RÉU. CESPE2020 TERMINATIVA é sem resolução do mérito NÃO implica coisa julgada material. Classificação das decisões As sentenças em sentido amplo são: a) Interlocutória simples: São as decisões relativas à regularidade ou marcha processual (sem discutir o mérito da causa). Exemplo: Recebimento da denúncia, decretação de prisão preventiva, despachos ordinatórios. b) Interlocutória mista: Tais decisões também chamadas de força definitiva, são aquelas que decidem definitivamente o processo ou uma fase processual. Subdividem-se em : b.1) Interlocutória mista NÃO terminativa São aquelas que encerram uma etapa, procedimental, mas não põem fim ao processo. Exemplo : Decisão de pronúncia. CESPE2011 b.2)Interlocutória mista terminativa Ao contrário, são aquelas que põem termo/ fim ao processo, extinguindo-o SEM o julgamento do mérito. Exemplo : Rejeição de denúncia, impronúncia, despronúncia. 3- Sentenças em Sentido Estrito – solucionam a lide, julgando o mérito. a) Terminativas de Mérito - encerram a relação processual, julgam o mérito, mas não absolvem ou condenam. Ex: extinção da punibilidade (rese). b) Condenatória - acolhem, total ou parcialmente, a pretensão punitiva. Apelação c) Absolutória- não acolhem a pretensão punitiva Própria = sem ônus Imprópria = com ônus para o réu = medida de segurança. Apelação. PROCEDIMENTO COMUM Testemunhas: as que não prestarem compromisso e as referidas NÃO SERÃO CONSIDERADAS para as 8 testemunhas Jurados: os excluídos por impedimento, suspeição ou incompatibilidade SERÃO CONSIDERADOS para o número da sessão de julgamento (15) números de testemunhas que aparecem no CPP: ● SUMARÍSSIMO: 3 testemunhas - Art. 34 da Lei 9.099, em regra para infrações com pena máxima até 2 anos, de menor potencial ofensivo. ● SUMÁRIO: 5 testemunhas - Art. 532 do CPP, em regra para infrações com pena máxima INFERIOR a 4 anos. (art. 394. § 1º , II do CPP) ● ORDINÁRIO: 8 testemunhas - Art. 401 do CPP, em regra para infrações com pena igual ou acima de 4 anos. ● 1° fase do JÚRI: 8 testemunhas ● 2° fase do JÚRI: 5 testemunhas ● Na MUTATIO LIBELLI e MP aditar a denúncia: arrolar até 3 testemunhas CPC = não superior a 10 testemunhas, até 3 para cada fato TRIBUNAL DO JÚRI CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA TENTADOS OU CONSUMADOS ● NÃO é possível a pronúncia do acusado baseada exclusivamente em elementos informativos obtidos na fase inquisitorial (inquérito). A decisão de pronúncia é um mero juízo de admissibilidade da acusação, não sendo exigido, neste momento processual, prova incontroversa (bastam indícios suficientes de autoria e certeza da materialidade). Muito embora a análise aprofundada seja feita somente pelo Júri, não se pode admitir, em um Estado Democrático de Direito, a pronúncia sem qualquer lastro probatório colhido sob o contraditório judicial, fundada exclusivamente em elementos informativos obtidos na fase inquisitorial. Info 686, STJ, julgado em 23/02/2021 (MUDANÇA DE ENTENDIMENTO) ● Os jurados poderão requerer a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis. CESPE2019 ● Havendo excesso de linguagem, o Tribunal deverá ANULAR (ANULAÇÃO ABSOLUTA), independentemente de demonstração de prejuízo causado ao réu, a sentença de pronúncia e os consecutivos atos processuais, determinando-se que outra seja prolatada. Não basta o desentranhamento e envelopamento. Caso haja a efetiva constatação do excesso de linguagem na pronúncia, a nulidade deve ser caracterizada. Ademais, é INADMISSÍVEL que o DESENTRANHAMENTO OU ENVELOPAMENTO DA DECISÃO possa sanar o vício (mas é possível RASURAR TRECHO para afastar tal nulidade). CESPE2019/16 ● Informativo 779, STF: Não é qualquer referência ou leitura da decisão que acarretará, obrigatoriamente, a nulidade do julgamento, somente haverá nulidade se a leitura da pronúncia ou as referências forem feitas como argumento de autoridade para BENEFICIAR OU PREJUDICAR o acusado. CESPE2021 O Tribunal do Júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida, quais sejam: art. 121 a 128, CP. a) homicídio b) infanticídio c) participação em suicídio CESPE2016 d) aborto ➔ crime de júri conexo com eleitoral, o processo vai ser cindido, separado. ➔ Militar matar um civil (cidadão normal) - prevalece o tribunal do júri. ➔ prerrogativa de foro em constituição estadual → vai pro JURI ➔ se prerrogativa na CF → NÃO VAI PRO JURI Princípios: Plenitude da defesas Sigilo das votações: um jurado não pode ver as votações dos outros, não podem conversar. Soberania dos veredictos: O juiz presidente do júri não pode alterar o que o jurado decidiu. Exceção: NÃO VIOLA o princípio da soberania dos veredictos a CASSAÇÃO da decisão do júri MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. Esse princípio não é absoluto, afinal de contas, no julgamento da revisão criminal, o Tribunal de Justiça poderá absolver o réu condenado injustamente pelo júri em sentença transitada em julgado. Aliás, isso é possível justamente porque a revisão criminal, assim como o próprio tribunal do júri, é instituto previsto para favorecer o réu: no conflito entre eles, deve prevalecer aquele que efetivamente resguarde a situação da defesa." COMPETÊNCIA 1 Juiz togado: no momento da sentença ele deve fundamentar Conselho de Sentença: 7 jurados: mas são os jurados que vão absolver ou condenar pela íntima convicção, não precisa justificar. CARACTERÍSTICAS 1) TEMPORARIEDADE O júri não é um órgão permanente, dependendo da quantidade de habitantes estes jurados julgarão temporariamente. 2) ÓRGÃO COLEGIADO Decisão coletiva, por 7 jurados, prevalecendo a decisão por maioria. 3) HETEROGENEIDADE juízes leigos (JURADOS) e juízes togados (PRESIDENTE) JURADOS Função OBRIGATÓRIA, sob pena de 1 a 10 salários mínimos, se recusado sem justificativa. 1) Brasileiro nato ou naturalizado 2) Cidadão 3) maior de 18 4) Notória idoneidade moral 5) Alfabetizado 6) Saúde mental e sentidos PROCEDIMENTO Caráter Bifásico ou Escalonado 1º Fase / precedente: “Judicium Accusationis” / Sumário de Culpa Vai do recebimento da denúncia à pronúncia (juízo de admissibilidade para ir ao júri) do réu para o tribunal do júri. Mesmo procedimento comum. Sistema Presidencialista: As perguntas são feitas por intermédio do juiz, não podendo serem feitas diretamente pelas partes. Fase de Decisão: 4 possíveis decisões 1- PRONÚNCIA: Interlocutória mista NÃO terminativa É imutável (“Rebus sic stantibus”): enquanto houver fundados indícios de materialidade. É resumida: não pode ter muitos detalhes, NÃO podendo influenciar no julgamento dos jurados, pode ter os dispositivos legais, mas não detalha e não faz referência atenuantes ou agravantes. O juiz pode fazer a “Emendatio libelli” neste momento. terá QUALIFICADORAS e causas de AUMENTO de pena. Quer dizer que o juiz acredita que o réu é culpado ou tem dúvida (“in dubio pro societate”). Fundados indícios de autoria e materialidade. ★ Interlocutória pois está no andamento do processo e não no final. ★ Mista pois pode ser terminativa ou não terminativa. Princípio da identidade física do juiz: o juiz que pronunciou NÃO tem que ser o mesmo que preside a 2º fase. Fundamentação da pronúncia LIMITAR-SE-Á 1. materialidade do fato 2. indícios de autoria 3. dispositivo legal 4. circunstâncias QUALIFICADORAS e causas de AUMENTO de pena NÃO VAI ESPECIFICAR: 1. AGRAVANTES 2. ATENUANTES 3. causas de DIMINUIÇÃO de pena EFEITOS Dá prosseguimento levando o réu para 2º fase. Demarca os limites da acusação: o que deve ser incriminado INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO: a partir da pronúncia ela fica interrompida. Súmula 191 STJ ● A pronúncia é causa INTERRUPTIVA da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime. FCC2018 RECURSO CABÍVEL: RESE (para decisões interlocutórias que não põe fim ao processo) 2- IMPRONÚNCIA X DESPRONÚNCIA São conceitos que não se confundem. Ocorre a IMpronúncia na hipótese em que o juiz que conduz o processo, na fase da admissibilidade da acusação, conclui pela INexistência de indicativos de autoria ou de prova de materialidade do fato. Por essa razão, deixa de submeter o acusado ao Tribunal do Júri, determinando o arquivamento do processo criminal. Por outro lado, a DESpronúncia é decisão que tem lugar em duas situações: - primeira, quando, diante de RESE interposto contra a pronúncia, o próprio juiz prolator daquela decisão, utilizando-se do juízo de retratação que é inerente ao RESE (art. 589 do CPP), reconsidera sua decisão anterior, não submetendo o acusado a júri popular; - segunda, na hipótese em que o juiz não se retrata da pronúncia, mas o tribunal, julgando o RESE interposto, revoga tal pronunciamento e determinao arquivamento do processo criminal. Em resumo, é quando ele é pronunciado, e DEPOIS A DECISÃO É ALTERADA Em qualquer caso – impronúncia ou despronúncia –, incide o permissivo do art. 414, parágrafo único, do CPP, dispondo que, enquanto não ocorrer a extinção da PUNIBILIDADE, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova SUBSTANCIALMENTE nova (DESCONHECIDA). → não é FORMALMENTE Impronúncia e despronúncia será interlocutória mista TERMINATIVA NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL. Havendo novos indícios, pode o MP fazer nova denúncia. RECURSO CABÍVEL: APELAÇÃO AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL - é aquela que visa a aplicação de medida de segurança. Podendo ter decisão absolutória imprópria e também é possível proferir sentença declaratória, como de extinção da punibilidade pela prescrição, que não se confunde com a de absolvição. CESPE2019 3- ABSOLVIÇÃO DO JÚRI Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do , salvo quando esta for a ÚNICA tese defensiva. OBS: Inimputável: 415, CPP Caso a inimputabilidade seja a única tese defensiva, não sendo o caso de impronúncia, o juiz poderá, desde logo, proferir absolvição imprópria, impondo ao acusado o cumprimento de medida de segurança. Terá isenção de pena e será absolvido se for a ÚNICA TESE DEFENSIVA, será absolvição imprópria: implementação de medida de segurança AO INIMPUTÁVEL. Se NÃO for a única tese defensiva, irá a júri. ABSOLVIÇÃO NA SENTENÇA Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal; IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena e, ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII – não existir prova suficiente para a condenação. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA APÓS A RESPOSTA À ACUSAÇÃO - procedimento COMUM ➔ CERTEZA DE INOCÊNCIA ➔ JULGA MÉRITO RECURSO CABÍVEL: APELAÇÃO Hipóteses: 1) Excludente de ILICITUDE (LEEE) ● Legítima defesa ● Estado de necessidade ● Estrito cumprimento do dever legal ● Exercício regular de direito. 2) Excludente de CULPABILIDADE ● Ausência de imputabilidade (se for inimputável não cabe a excludente de culpabilidade) ● Ausência de potencial conhecimento da ilicitude ● Inexigibilidade de conduta diversa 3) NÃO CONSTITUIR CRIME (ATÍPICO) 4) Extinta a PUNIBILIDADE ● Morte ● Anistia, graça ou indulto ● Abolitio Criminis ● Prescrição, decadência ou perempção ● Perdão Judicial 4- DESCLASSIFICAÇÃO NÃO SE TRATA DE CRIME DOLOSO CONTRA VIDA, DEVENDO REMETER OS AUTOS AO JUÍZO COMPETENTE, se na 1° fase, e na 2° pelo presidente do júri. O processo vai continuar em outra esfera. Interlocutória mista NÃO terminativa RECURSO CABÍVEL: RESE DESCLASSIFICAÇÃO PRÓPRIA. Ocorre quando, em plenário, os jurados consideram que o crime não é da competência do Júri, SEM ESPECIFICAR QUAL DELITO. Neste caso, o juiz presidente assume TOTAL CAPACIDADE DECISÓRIA para julgar a imputação, podendo, inclusive, absolver o acusado. DESCLASSIFICAÇÃO IMPRÓPRIA. Dá-se quando os jurados reconhecem a sua incompetência para julgar o crime INDICANDO QUAL TERIA SIDO O CRIME PRATICADO. Nesta hipótese, o juiz presidente é OBRIGADO A ACATAR A DECISÃO DOS JURADOS, condenando o acusado pelo delito por eles indicado. 2º FASE: “Fase Judicium Causae” / Juízo de Causa A partir da pronúncia até o julgamento. Nesta fase atuam o juiz presidente e os jurados. Faz o juízo de mérito. É possível o mesmo conselho atuar em mais de 1 processo, desde que: ★ haja ACEITAÇÃO das partes ★ firme NOVO compromisso ESTOURO DE URNA: quando for retirando jurados cada parte até 3 sem justificativa, até que tenha menos de 15. DESAFORAMENTO - NÃO CABE RECURSO, usar HC COMARCA MESMA REGIÃO, preferindo-se as MAIS PRÓXIMAS A DEFESA tem que se manifestar sobre o desaforamento, sob pena de NULIDADE da decisão. MAAS, eventual discordância da defesa não ocasiona o indeferimento do desaforamento. Súmula 712, STF - É NULA a decisão que determina o desaforamento de processo de júri SEM AUDIÊNCIA DA DEFESA. Prova segura de ato: 1) Interesse da ordem pública: por exemplo a cidade odeia o réu, podendo ser linchado 2) Dúvida da imparcialidade do juiz: juiz conhece as partes 3) Dúvida sobre a segurança do réu. 4) Excesso de serviço: Julgamento não puder ser realizado nos 6 meses, contados do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. ★ 1, 2 e 3 pode ser requerido pelas partes e pelo JUIZ ★ o excesso de serviço SÓ PODE SER REQUERIDO PELAS PARTES A mera alegação de dúvida sobre a imparcialidade dos jurados sem a devida comprovação não autoriza o desaforamento. A divulgação do fato criminoso pela mídia NÃO reflete o ânimo dos membros integrantes do Conselho de Sentença. INSTRUÇÃO E JULGAMENTO TESTEMUNHAS: sempre quem pergunta primeiro é quem deu a testemunha ACUSAÇÃO 1º acusação 2º defesa DEFESA 1º defesa 2º acusação A oitiva das testemunhas e ofendido é um Sistema Misto: PARTES: sistema cross examination JURADOS: Sistema presidencialista OBS: as partes perguntam diretamente para as testemunhas e ofendido, mas os jurados NÃO. Somente por intermédio do juiz. ★ Se o réu foi acusado por dois crimes, sendo um crime comum, se ele for DESCLASSIFICADO no júri pelo doloso contra a vida, o crime comum será julgado pelo juiz presidente e não pelo júri. ★ Caso os jurados ABSOLVAM acusado do crime de homicídio, persistirá a competência (júri) deles para julgar demais crimes conexos que existirem. ★ Somente será julgado pelo júri em séries distintas se ele for condenado no crime do júri, aí o crime conexo também será no júri. ★ – JULGAMENTO DOS CRIMES CONEXOS EM CADA FASE: – NA 1º FASE DO JÚRI, não caberá ao juiz sumariante o julgamento do crime conexo se impronunciar, absolver sumariamente ou desclassificar a infração da sua competência. – Deve remeter os autos ao juiz competente (Art.81, §ú). – NA 2º FASE DO JÚRI, se o Conselho de Sentença DESCLASSIFICAR o crime doloso contra a vida, o juiz presidente julga o crime conexo e a infração desclassificada (Art.492, §1º). – EXCEÇÃO: Se desclassificar para um crime militar remete a justiça militar, o juiz presidente não julga. – NA 2º FASE DO JÚRI, se o Conselho de Sentença ABSOLVER o acusado pelo crime doloso contra a vida, também cabe aos jurados o julgamento dos crimes conexos. – No caso da absolvição, os jurados reconheceram a sua competência. PREFERÊNCIA NA ORDEM DO JULGAMENTO: 1. PRESOS 2. dentro os presos, OS QUE ESTIVEREM MAIS TEMPO NA PRISÃO 3. em igualdade de condições, OS PRECEDENTEMENTE PRONUNCIADOS 4. SOLTOS DEBATES ORAIS MP pode pleitear: - agravantes genéricas - desclassificação - absolvição Os recursos da primeira fase do tribunal do júri (só vale nesse caso!) FGV2016 CESPE2020 Apelação (NÃO É AGRAVO): Impronúncia, DESPRONUNCIA, e Absolvição (vogais) e CONDENAÇÃO Rese: Pronúncia e Desclassificação (consoantes) ● A afirmação pelos jurados da existência de crime de homicídio tentado prejudica a análise do quesito de desistência voluntária. ● Um indivíduo, para ocultar furto que praticara em uma residência e conseguir impunidade do crime, matou o vigia que trabalhava no local. Nessa situação, o tribunal do júri será o órgão competente para processar e julgar os crimes de furto e homicídio. ● CUIDADO: Latrocínio é ROUBO com o resultado MORTE. Se a questão disser sobre furto e depois morte, a competência do JÚRI PREVALECE. Parágrafo único. É vedada a presença dos agentes policiais responsáveis pela prisãoou pela investigação durante a audiência de custódia. ➔ A conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e da Justiça Estadual importará na prevalência da competência da Justiça Federal, perante a qual se procederá ao julgamento do denunciado pela prática de crime de competência estadual, mesmo na hipótese de extinção da punibilidade pela morte do único corréu denunciado pela prática do crime de competência da Justiça Federal. ➔ É de competência da Justiça FEDERAL processar e julgar crime contra funcionário público federal, somente se este estiver no exercício da função. ★ O assistente da acusação só pode requerer sua habilitação ATÉ 5 DIAS ANTES da sessão PRISÕES Súmula 639, STJ - NÃO FERE o contraditório e o devido processo decisão que, SEM OUVIDA PRÉVIA DA DEFESA, determine TRANSFERÊNCIA OU PERMANÊNCIA de custodiado em presídio FEDERAL. Não é mais possível a conversão da prisão em flagrante em preventiva de ofício pelo juiz, devendo ter a provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do Ministério Público, mesmo nas situações em que não ocorre audiência de custódia. Info 686, julgado em 24/02/2021 Audiência de custódia As audiências de custódia, no prazo de 24 horas, deverão ser feitas em todas as modalidades prisionais, inclusive prisões temporárias, preventivas e definitivas. ► não é o momento adequado para colheita de PROVAS, e INTERROGATÓRIO. A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO, de caráter fundamental. Traduz prerrogativa não suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua imprescindibilidade. STF., julgado em 6/10/2020 (Info 994). CESPE2021 Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes (LEEE - EXCLUDENTES DE ILICITUDES), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação. § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. § 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão. § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. Art. 310 - AUDIÊNCIA de CUSTÓDIA > Analisa a LEGALIDADE da prisão ● Indaga-se só acerca da legalidade da prisão > Quem faz parte? ● Juiz, MP, DP ou adv, Réu > Fundamentação do juiz ● Relaxar a prisão ilegal ● converter prisão em flagrante em preventiva, quando presente os requisitos, desde que requerido por alguém ● Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança ★ A audiência de custódia serve para verificar a legalidade da prisão, devendo o juiz ABSTER-SE DE FAZER INTERROGATÓRIO. CESPE2021 A não realização da audiência de custódia autoriza a decretação da prisão preventiva de ofício? NÃO. A não realização da audiência de custódia (qualquer que tenha sido a razão para que isso ocorresse ou eventual ausência do representante do Ministério Público quando de sua realização) não autoriza a prisão, de ofício, considerando que o pedido para tanto pode ser formulado independentemente de sua ocorrência. O fato é que as novas disposições legais trazidas pela Lei nº 13.964/2019 impõem ao Ministério Público e à Autoridade Policial a obrigação de se estruturarem de modo a atender os novos deveres que lhes foram impostos. A prisão é uma exceção que ocorre o cerceamento de liberdade. A REGRA É A LIBERDADE PROVISÓRIA Prisões cautelares NUNCA serão consideradas penas ou antecipação de penas. ★ CAUTELARES: três modalidades de prisão cautelar (ou prisão provisória, pois não é definitiva.) CESPE2021 1. flagrante; 2. temporária 3. preventiva. Espécies: 1) Prisão PENA: Decorre de uma sentença condenatória transitada em julgado 2) Prisão CAUTELAR: serve como garantia da aplicação do direito penal (JUS PUNIENDI) Jurisprudência: Execução provisória da pena: prisão com recurso pendente Decisão atual é que NÃO é possível o cumprimento provisório da pena durante o curso do processo. MAAS, o tribunal do júri admite a execução provisória no art. 492, inc E - presentes os requisitos da preventiva ou condenação = ou + a 15 anos ● NÃO corre o prazo prescricional enquanto o agente está cumprindo pena, ainda que determinada em execução provisória. PRISÃO PREVENTIVA E TEMPORÁRIA Requisitos: 1) Fumus Comissi Delicti: fumaça do cometimento do delito a) Indícios fundados de autoria b) Prova de materialidade 2) Periculum libertatis a) Garantia da ordem pública b) Garantia da ordem econômica c) Conveniência da investigação criminal d) Assegurar a aplicação da lei penal Pode ser preso a qualquer dia e hora, salvo as exceções da residência. Exceção: Código eleitoral - Nenhuma pessoa poderá ser presa até 5 dias antes das votações e até 48 horas depois, salvo flagrante. Os candidatos 15 dias antes das votações não podem ser presos. DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA Diferenças entre prisão temporária (azul) e prisão preventiva (vermelho) PrIsão temPOrária ( Inquérito POlicial) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Prisão preventiva -Tem cabimento APENAS na fase do IP x em qq fase (o juiz decreta apenas se for provocado, DE OFÍCIO NÃO PODE MAIS) OBS: CORRENTE MAJORITÁRIA: Lei nova revoga lei velha - A lei maria da penha também não se admitirá a decretação de prisão preventiva de ofício. -Prazo pré estabelecido (5+5 crime comum/ 30+30 hediondos) xxxxxxxxx não tem prazo -Juiz NÃO pode decretar de ofício xxxxx Juiz TAMBÉM NÃO pode decretar de ofício nem -------------------------------------------------------------- na fase processual São legitimados a provocar o judiciário x MP, assistente, autoridade policial e o APENAS MP e autoridade policial querelante → O magistrado não poderá determinar de ofício a prisão temporária nem a prorrogação do prazo da prisão temporária, ainda que comprovada pela autoridade judiciária a necessidade da referida medida, exige-se requerimento do MP ou representação da autoridade policial. ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS PACOTE ANTI CRIME ART 282, CPP § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz (RETIROU O DE OFÍCIO) a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º Ressalvados os casos de urgência ou deperigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 que justifiquem essa medida excepcional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz (RETIROU O DE OFÍCIO), mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, REVOGAR a medida cautelar ou SUBSTITUÍ-LA quando verificar a FALTA DE MOTIVO PARA QUE SUBSISTA, bem como VOLTAR A DECRETÁ-LA, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado NÃO OBSTARÁ A PRISÃO, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Prisão Temporária NÃO PODE EXTRAPOLAR O PRAZO DO INQUÉRITO A PRISÃO TEMPORÁRIA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO PELO JUIZ, TAMBÉM NÃO PODENDO PRORROGÁ -LA DE OFÍCIO! ● O magistrado não poderá determinar de ofício a prorrogação do prazo da prisão temporária, ainda que comprovada pela autoridade judiciária a necessidade da referida medida. CESPE2019 ● Quando o MP ou o delegado representarem por prisão temporária, é possível que o juiz decrete a prisão preventiva, não sendo ofensa ao princípio da inércia da jurisdição. Será possível a decretação da preventiva quando os fundamentos para o pedido de temporária coincidam com os requisitos da preventiva, pois cabe ao juiz ofertar o melhor direito aplicável à espécie. CESPE2019 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 ● A lei NÃO prevê a legitimidade do ofendido para requerer a prisão TEMPORÁRIA no curso das investigações policiais em que se apure crime de ação penal privada. CESPE2019 CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO DECRETAÇÃO: PELO JUIZ por meio de provocação, MAS NÃO DE OFÍCIO NÃO CABE PRISÃO TEMPORÁRIA PARA CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FCC2019 Réu PRESO INQUÉRITO 10 DIAS - OFERECIMENTO DA DENÚNCIA MP EM 5 DIAS Réu SOLTO INQUÉRITO 30 DIAS - OFERECIMENTO DA DENÚNCIA MP EM 15 DIAS REQUISITOS 1. Imprescindível para o IP ou investigação criminal 2. Não houver identificação ou residência 3. Crime com fundadas razões do envolvimento (este precisa estar em todos) 4. → não precisa dos 3 juntos OBS: Somente poderá ser decretada prisão temporária se o crime que originou a investigação estiver elencado entre as infrações penais taxativamente previstas em lei. ROL TAXATIVO. CESPE2019 LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989. Prisão temporária Art. 1° Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa OU não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: ROL TAXATIVO NENHUMA das infrações penais arroladas no inciso III é processada mediante AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA, por isso não pode o ofendido requerer! a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); LATROCÍNIO PODE!! d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificada pela morte l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; → Com o advento da Lei nº 12.850/13, o antigo crime de quadrilha ou bando foi substituído pelo delito de associação criminosa, cuja tipificação demanda apenas a presença de 3 (três) pessoas. m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016) ABORTO NÃO Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. FGV/FCC/CESPE2019 NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL PARA O OFENDIDO REQUERER. Passado o prazo, ele será imediatamente posto em liberdade, (NÃO é necessário alvará de soltura), salvo a conversão em prisão preventiva. A PRISÃO TEMPORÁRIA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO PELO JUIZ. REGRA: 5 + 5 → Prisão temporária em crimes Hediondos/ TTT: 30 + 30 TTT: tráfico, tortura e terrorismo → A prisão temporária NÃO poderá ser convertida, após a sua decretação, em medida cautelar MENOS gravosa, a exemplo da liberdade provisória, o juiz deve aguardar o prazo do término da prisão temporária e aí sim expedir a liberdade. § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatadodentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento. § 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito. § 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm#art18 ao indiciado e servirá como nota de culpa. A outra via irá para o delegado. § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial. § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5° da Constituição Federal. § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente separados dos demais detentos. Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte redação: i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade;" Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4898.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4898.htm#art4 Prisão Preventiva - ART. 311 a 316 MUDANÇA PACOTE ANTICRIME Quem poderá requerer/representar durante o curso do Inquérito Policial: não cabe no curso do inquérito o juiz decretar a prisão preventiva de ofício -Delegado; -MP; -Querelante; Quem poderá requerer/representar durante o curso do Ação Penal (após o recebimento da denúncia): - Delegado - MP; - Querelante; - Assistente de acusação. PACOTE ANTICRIME: O juiz não pode mais decretar a prisão preventiva DE OFÍCIO durante a ação penal e nem pode decretar Prisão Preventiva DE OFÍCIO durante o inquérito policial e antes do recebimento da denúncia. Pelo sistema acusatório, o juiz tem que ser imparcial, devendo esperar o requerimento de algum dos legitimados. Info 554/ Informativo 585 do STJ: Atos infracionais PRETÉRITOS PODEM ser utilizados como fundamento para decretação/manutenção da prisão preventiva. Art. 314. A prisão PREVENTIVA EM NENHUM CASO SERÁ DECRETADA se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato em: EXCLUDENTES DE ILICITUDE I - estado de necessidade; II - legítima defesa; III - estrito cumprimento de dever legal ou IV - exercício regular de direito. HIPÓTESES: REGRA: - crime doloso e PPL max. SUPERIOR A 4 ANOS (NÃO É IGUAL OU SUPERIOR) a 4 anos - Outros casos: - Condenação anterior (nos últimos 5 anos) condenação por crime doloso (qualquer crime doloso, não necessariamente superior a 4 anos) - Violência doméstica, para garantir as medidas protetivas - Não houver identificação civil OBSERVAÇÕES 1) NÃO CABE PRISÃO PREVENTIVA: - Contravenções penais - Excludente de ilicitude: estado de necessidade / legítima defesa / Estrito cumprimento do dever legal/ exercício regular do direito - Crime que não prevê prisão privativa de liberdade 2) CARÁTER SUBSIDIÁRIO: Pois a preventiva vai ser implementada em última hipótese 3) APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA: Regra não admite flagrante, mas se presente os pressupostos de preventiva ou temporária, pode ser presa. 4) REDECRETAÇÃO: caso posto em liberdade e novamente tenha os pressupostos para decretar a prisão, pode ser redecretada. CONTRA CAUTELARES Medida que inibe/remedia uma cautelar prévia imposta. 1) Relaxamento (ILEGAL): Liberação do preso por prisão ilegal. 2) Revogação (LEGAL): Princípio da autotutela, por conveniência ou oportunidade, o juiz por critério de mérito pode revogar. súmula 473,STF. 3) Liberdade Provisória ● O indulto (perdão) da pena privativa de liberdade NÃO ALCANÇA a pena de multa que tenha sido objeto de parcelamento espontaneamente assumido pelo sentenciado. Liberdade provisória com ou sem fiança O juiz pode decretar a liberdade provisória para quem cometeu o crime de tráfico de drogas ilícitas/ inafiançáveis, desde que sem fiança, já que é crime inafiançável. O STF possui entendimento PACÍFICO no sentido de que a inafiançabilidade de um delito não impede a concessão de liberdade provisória, eis que são institutos distintos, sendo cabível, portanto, a concessão de liberdade provisória SEM FIANÇA aos crimes inafiançáveis. DELEGADO NÃO PODE CONCEDER DE OFÍCIO A LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA, SOMENTE PODENDO CONCEDER COM FIANÇA EM PENA MÁXIMA NÃO SUPERIOR A 4 ANOS → = OU < 4 ANOS CLASSIFICAÇÃO ★ Liberdade Provisória OBRIGATÓRIA. Aquela que é obrigatória ser posta em liberdade: - Infração de menor potencial ofensivo - pena sem pena privativa de liberdade ★ Liberdade Provisória PERMITIDA - não cabe prisão preventiva ★ Liberdade Provisória PROIBIDA/VEDADA - Lei veda, não existe no brasil .Fiança SEMPRE DEFINITIVA / NÃO É PROVISÓRIA É MEDIDA CAUTELAR É espécie de caução, para pagar custas, indenização, multa, prestação pecuniária. CONCESSÃO: Regra: Juiz vai decidir em 48 horas Mas não é só o juiz que arbitra fiança, pode o delegado Liberdade provisória COM FIANÇA: PPL MÁXIMA = ou < 4 anos ---> DELEGADO PPL MÁXIMA > 4 anos --- > só o juiz pode ★ O MP NÃO precisa ser ouvido sobre fiança. ★ A fiança não se limita por fatores como "crimes com violência ou grave ameaça", embora em alguns crimes assim cometidos realmente seja vedada como no caso dos crimes hediondos. CESPE2019 ABSOLVIÇÃO: DEVOLUÇÃO DA FIANÇA, ATUALIZADA COM CORREÇÃO MONETÁRIA. CASSAÇÃO Você cassa/retira o que não poderia ter sido feito. A fiança será devolvida e atualizada. Ex.: concessão de fiança por engano, como em crime inafiançável. REFORÇO Você complementa/reforça a fiança. Ex: valor insuficiente, bem depreciado ou nova classificação do delito, que agora exige uma fiança de valor maior. QUEBRA- Perda de 1/2 (metade) do valor: Quebra a fiança quando o agente quebra a confiança que o Estado tinha nele. Ex.: não comparecer injustificadamente, praticar obstrução, descumprir medida imposta com a fiança, resistir a ordem injustificadamente, praticar inovação dolosa ou violar deveres. PERDA = não devolve Agente, CONDENADO, não aparece para cumprir pena ou sentença condenatória transitado em julgado. CABE RESE: quando não achar justa a fiança == SEM FIANÇA: quando não há perigo - Quando o ato for desnecessário (ex. excludente de licitude, contravenção penal, IMPO menor potencial ofensivo) - Crimes Inafiançáveis: pode ser libertado provisoriamente mas SEM FIANÇA. COM FIANÇA: - Crimes Afiançáveis: - Necessária: quando apresentar periculum in libertatis (perigo social) Flagrante Delito - art 301 - 310 NATUREZA JURÍDICA: PRISÃO CAUTELAR QUALQUER DO POVO - PODE POLÍCIA - DEVE A entrada forçada em determinado domicílio é lícita, mesmo sem mandado judicial e ainda que durante a noite, caso esteja ocorrendo, dentro da casa, situação de flagrante delito nas modalidades PRÓPRIO, IMPRÓPRIO OU FICTO. CESPE2019 Será incabível a prisão em flagrante do autor de crime processável mediante ação pública condicionada à representação, caso inexista autorização/manifestação do ofendido ou de seu representante legal para a formalização do auto. CESPE2018 A controvérsia sobre a possibilidade de realização ou não do flagrante nos crimes de ação privada e pública
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