Buscar

RESENHA CRIMINOLOGIA APLICADA

Prévia do material em texto

Resenha Criminologia Aplicada
Toda sistematização oriunda dos embasamentos teóricos das escolas da antropologia e sociologia da criminologia oportunizaram uma identificação nos processos crimes de perfis criminológicos, inaugurando um movimento denominado Criminologia Aplicada. Tal movimento, baseado exclusivamente em estatísticas criminais, passou a identificar os criminosos em três categorias básicas: os passionais, os circunstanciais e os cruéis. 
Os passionais seriam aqueles motivados pela emoção e paixão, dotados de baixa autoestima e sentimentos visíveis de inferioridade, ridículo, insegurança e inutilidade. Sentimentos esses existenciais, ou seja, que dizem respeito de forma inequívoca ao comportamento dessas pessoas na sociedade. Os passionais demonstram um arrependimento enfermiço que conduz a processos suicidas. São portadores de cóleras incontroláveis.
Os criminosos identificados como circunstanciais são aqueles que mais preocupam a criminologia aplicada, no tocante à observação de uma eventual inimputabilidade por doença mental, isto porque são portadores (taxativamente) de patologias mentais como esquizofrenias e oligofrenias, essas últimas uma associação da esquizofrenia com algumas psiconeuroses. São criminosos que traduzem grande sentimento de rejeição, bem como remorso patológico (fuga e ausência da realidade). Quando cometem crimes, invariavelmente, estão em processo de alucinação, assim, serão considerados inimputáveis e eventualmente semi-imputáveis pelo processo crime.
Os criminosos cruéis são aqueles portadores de psicopatias. São criminosos essencialmente antissociais que apresentam descarga de agressividade contra si e contra outrem. São portadores de toxicotimia, ciclotimia e esquizotimia. Apresentam grave quadro de paranoias, notadamente mania de perseguição. São ainda extremamente racionalistas, dissimulados, hipocondríacos e portadores de grande impulso sexual. Possuem grande controle de suas cóleras, bem como, são destituídos de arrependimento.
Os criminosos passionais e cruéis, identificados como delinquentes essenciais, serão sempre imputáveis ou semi-imputáveis. Já os circunstanciais serão sempre, estatisticamente, inimputáveis.
A Escola Antropológica de Cesare Lombroso identifica os perfis criminológicos a partir da Teoria do Atavismo, a qual preceitua uma origem exclusivamente orgânica, somática e psicopatológica para as condutas delituosas. A Escola Sociológica de Enrico Ferri, sem refutar a Teoria do Atavismo, agrega fatores familiares, ambientes de trabalho e meio ambiente como determinantes para a resolução delituosa. A Escola Sociológica de Rafael Garofalo identifica a origem criminosa como conflitos societários.
As escolas supramencionadas enfatizam que a conduta criminosa começa com a cogitação delituosa do Iter Criminis, a qual irá evoluir para a resolução delituosa onde se inicia a cenestesia criminal, baseada na teoria Freudiana da sinestesia, a qual enfatiza a busca pelo prazer existencial. A resolução delituosa portanto seria a exteriorização de prazeres (insurgências, emoções, domínios, etc). Para Freud, a conduta criminosa é o “retorno” à infância, uma vez que o delinquente não aceita cerceamento e limitações aos seus prazeres.

Continue navegando