Buscar

E_Book_Processo_Penal_em_Questões_Competência (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, pessoal! 
Resolver questões de concursos passados durante a preparação é obrigatório. Trata-se de 
uma excelente estratégia para (i) revisar e fixar os assuntos, (ii) se autoavaliar e entender melhor 
quais os pontos merecem mais atenção nas revisões, bem como (iii) compreender os estilos das 
bancas - como costumam cobrar os assuntos. 
É certo que as formas de abordagens dos assuntos mudam a depender da carreira e da 
banca, mas nós (quase) sempre vamos encontrar pontos em comum de determinados assuntos nas 
diferentes provas. Resolver questões de outras organizadoras e carreiras é um estratégia excelente 
para formar uma base sólida durante a preparação! 
Foi pensando nisso que elaboramos este material! O ebook “Processo Penal em Questões: 
Competência” consiste em um compilado das questões cobradas sobre Competência no Processo 
Penal nos últimos 3 anos (2019-2022) nas provas de concurso da diversas carreiras jurídicas 
(Magistratura, Defensoria, Ministério Público, Polícia e Advocacia Pública). São mais de 40 
questões devidamente comentadas! 
Não há mistério: o intuito é ter um material para revisar, se autoavaliar e preparar para 
gabaritar as questões de Competência no Processo Penal, tema que despenca nas provas! 
Dito isso, se você deseja aprender definitivamente Processo Penal, não pode perder 
o CURSO COMPLETO que lançaremos no dia 10/05, próxima terça-feira! Por meio dele 
você estará preparado para prestar todo e qualquer concurso da área jurídica que cobre a matéria, 
da fase objetiva até a oral. As inscrições ficarão abertas por apenas UMA SEMANA e 
fecharemos a turma. Teremos um preço promocional garantido nas primeiras 48 horas! 
Não perde essa oportunidade! 
Esperamos que goste do material e seja útil nos estudos! 
Vamos em frente! 
 
Pedro Coelho e Carla Carolina Dias 
 
3 
 
PROCESSO PENAL EM QUESTÕES: 
COMPETÊNCIA 
 
FGV (PC-AM 2022) 
Luiz, vereador na cidade de Natal/RN, incorreu na prática do Art. 1º, incisos I, II e IV, c/c. os 
artigos 11 e 12, inciso I, todos da Lei nº 8.137/90, consubstanciada em fraude tributária consistente 
na redução de ICMS devido ao Estado do Amazonas, praticado no âmbito de filial da sucursal da 
Refinaria de Petróleo de Manguinhos, situada em Comarca de Careiro da Várzea/AM. 
Quando do comportamento delitivo do Luiz, havia pedido de recuperação judicial da Refinaria de 
Petróleo de Manguinhos processado na Comarca de Careiro da Várzea/AM. Posteriormente o 
TJAM, em sede de exceção de incompetência, acolheu o pedido defensivo e determinou que o 
processamento da recuperação judicial da Refinaria de Petróleo de Manguinhos passasse para a 
competência da Comarca do Rio de Janeiro/RJ, em razão deste ser o local da sede do principal 
estabelecimento comercial da referida empresa. 
A competência para o processo e o julgamento do crime tributário será 
A) da Vara Única da Comarca de Careiro da Várzea/AM. 
B) do Tribunal de Justiça do Amazonas. 
C) de uma das Varas Criminais da Comarca do Rio de Janeiro/RJ. 
D) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 
E) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. 
 
RESPOSTA: 
LETRA A. 
A questão pede a competência para crime tributário cometido numa filial da Refinaria de Petróleo 
de Manguinhos, situada na Comarca de Careiro da Várzea/AM, e traz uma informação de que há 
uma Recuperação Judicial da Refinaria sendo processada no Rio de Janeiro/RJ, sede da matriz. 
O artigo 183 da Lei n. 11.101/2005 estabelece que: 
Art. 183. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a 
recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal 
pelos crimes previstos nesta Lei. 
 
4 
 
Perceba que o crime objeto da questão não seria um crime falimentar, mas sim tributário. Nesse 
sentido: 
2. In casu, o crédito tributário referente ao delito objeto da denúncia que levou a este conflito de 
competência foi processado e concluído perante a autoridade fiscal do Estado do Paraná, local da 
sucursal da Refinaria de Petróleo de Manguinhos, motivo pelo qual se impõe reconhecer a 
competência do Juízo da Vara Criminal de Araucária/PR, o suscitado. 3. Não se aplica ao caso 
o art. 183 da Lei n. 11.101/2005, uma vez que não se trata de crime falimentar, pelo que não 
se justifica a remessa do feito ao Juízo falimentar. 4. Agravo regimental desprovido. (STJ. AgRg 
no CC 146.343/RJ, Rel. Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Terceira Seção, julgado em 
08/09/2021, DJe 13/09/2021) 
“A competência no processo penal, de regra, é estabelecida ratione loci, ou seja, em razão 
do local em que se consuma a infração penal ou, no caso de tentativa, onde se realizar o 
último ato de execução, nos termos do disposto no art. 70 do Código de Processo Penal. 
Assim, a definição do Juízo competente para processar e julgar a prática do crime previsto 
no art. 1º, I, da Lei n. 8.137/1990 reclama que se defina o local em que se dá a consumação 
da referida modalidade criminosa.” (Inteiro Teor. STJ. AgRg no CC 146.343/RJ, Rel. Ministro 
Antonio Saldanha Palheiro, Terceira Seção, julgado em 08/09/2021, DJe 13/09/2021). 
Aplica-se, portanto, o art. 69, I do CPP: 
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: 
I - o lugar da infração; 
Logo, compete a Vara Única da Comarca de Careiro da Várzea/AM processar e julgar o crime 
tributário. 
 
FGV (TJ-MG 2022) 
Considerando os dispositivos legais e constitucionais que regem o processo penal e a jurisprudência 
atualizada dos Tribunais Superiores, as afirmativas a seguir estão corretas, à exceção de uma. Assinale-
a. 
A) Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, apenas os 
relacionados com o cargo, praticados por Promotores de Justiça. 
B) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra do servidor 
público em razão do exercício de suas funções. 
C) Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admite interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito. 
D) Considere que um crime de estupro fora praticado a bordo de uma embarcação mercantil 
brasileira fundeada no porto Mudra, na Índia. Mesmo sendo o autor do delito e a vítima de 
 
5 
 
nacionalidade brasileira, não será aplicada a lei processual penal do Brasil por se considerar, no 
caso, que o delito fora cometido em solo estrangeiro. 
 
RESPOSTA: 
LETRA A. 
A) Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não 
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça. (CC 177.100-CE, Rel. 
Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 08/09/2021, DJe 
10/09/2021. – Info 708); 
B) Súmula 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do 
Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra 
a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
C) Código de Processo Penal: Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
D) Correto. A lei processual penal brasileira se aplica em território brasileiro. Logo, quanto à 
legislação processual penal não há que se falar em regras de extraterritorialidade, diferentemente da 
lei penal, em que tais regras estão dispostas no art. 7º do CP1. No caso, a alternativa não se encaixa 
em nenhuma hipótese. 
 
1 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209,de 11.7.1984) a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo 
Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) que, por tratado ou 
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) praticados por brasileiro; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) §1º - Nos casos 
do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.(Incluído pela 
Lei nº 7.209, de 1984) §2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) estar o 
crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) 
não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) e) 
não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei 
mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) houve requisição 
do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7
 
6 
 
 
FGV (TJ-MG 2022) 
A respeito da competência no Processo Penal, considerando as disposições do Código de Processo 
Penal, da Constituição da República, das leis processuais penais especiais e da jurisprudência 
atualizada do Superior Tribunal de Justiça, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a 
verdadeira e (F) para a falsa. 
(__) Leônidas, policial militar lotado no Estado do Rio Grande do Sul, cometeu um crime militar 
no Estado de São Paulo. Desse modo, compete à Justiça Militar do Estado de São Paulo julgá-lo. 
(__) Compete à Justiça Estadual julgar a conduta delituosa de divulgar pelo Facebook mensagens de 
cunho discriminatório contra o povo judeu. 
(__) Um índio que comete furto a um estabelecimento comercial deverá ser julgado pela Justiça 
Federal. 
(__) A competência para julgar crimes contra agência franqueada dos Correios é da Justiça 
Estadual. 
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, 
A) F – F – F – V. 
B) F – V – V – V. 
C) V – F – V – F. 
D) V – V – F – F. 
 
RESPOSTA: 
LETRA A. 
Falso: 
Súmula 78 do STJ: Compete a Justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, 
ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa. 
Falso: 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ART. 20, § 2º, DA LEI 7.716/89. 
DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO CONTRA O POVO JUDEU. CONVENÇÃO 
INTERNACIONAL ACERCA DO TEMA. RATIFICADA PELO BRASIL. DISSEMINAÇÃO. 
PRATICADA POR MEIO DA REDE SOCIAL "FACEBOOK". SÍTIO VIRTUAL DE 
AMPLO ACESSO. CONTEÚDO RACISTA ACESSÍVEL NO EXTERIOR. POTENCIAL 
TRANSNACIONALIDADE CONFIGURADA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
FEDERAL. IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM DAS POSTAGENS. POSSIBILIDADE DE 
 
7 
 
FIXAÇÃO DE TERCEIRO JUÍZO ESTRANHO AO CONFLITO. (...) Na presente 
investigação é incontroverso que o conteúdo divulgado na rede social "Facebook", na página 
"Hitler Depressão - A Todo Gás", possui conteúdo discriminatório contra todo o povo judeu e 
não contra pessoa individualmente considerada. Também é incontroverso que a "Convenção 
Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial", promulgada pela 
Assembleia das Nações Unidas foi ratificada pelo Brasil em 27.03.1968. O núcleo da controvérsia 
diz respeito exclusivamente à configuração ou não da internacionalidade da conduta. 4. À época 
em que tiveram início as investigações, não havia sólido entendimento da Suprema Corte acerca da 
configuração da internacionalidade de imagens postadas no "Facebook". Todavia, o tema foi 
amplamente discutido em recurso extraordinário cuja repercussão geral foi reconhecida. "A 
extração da potencial internacionalidade do resultado advém do nível de abrangência próprio de 
sítios virtuais de amplo acesso, bem como da reconhecida dispersão mundial preconizada no art. 
2º, I, da Lei 12.965/2014, que instituiu o Marco Civil da Internet no Brasil" (RE 628624, Relator 
Min. MARCO AURÉLIO, Relator p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, Dje 
6/4/2016) 5. Muito embora o paradigma da repercussão geral diga respeito à pornografia 
infantil, o mesmo raciocínio se aplica ao caso concreto, na medida em que o acórdão da 
Suprema Corte vem repisar o disposto na Constituição Federal, que reconhece a 
competência da Justiça Federal não apenas no caso de acesso da publicação por alguém 
no estrangeiro, mas também nas hipóteses em que a amplitude do meio de divulgação 
tenha o condão de possibilitar o acesso. No caso dos autos, diante da potencialidade de o 
material disponibilizado na internet ser acessado no exterior, está configurada a competência da 
Justiça Federal, ainda que o conteúdo não tenha sido efetivamente visualizado fora do território 
nacional. (STJ. CC 163.420/PR, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, julgado 
em 13/05/2020, DJe 01/06/2020). 
Falso: 
Súmula 140 do STJ: Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o 
indígena figure como autor ou vítima. 
Verdadeiro: 
“A Terceira Seção desta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, nos casosde 
delitos praticados em detrimento da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos EBCT, 
a competência será estadual quando o crime for perpetrado contra banco postal (situação 
assemelhada a de agência franqueada) e houver ocasionado efetivo prejuízo unicamente a 
bens jurídicos privados. Por outro lado, incidirá o art. 109, IV, da Constituição Federal - CF, nos 
casos em que a ofensa for direta à EBCT, ou seja, ao serviço-fim dos correios (os serviços postais) 
ou quando houver prejuízo ao patrimônio dos correios, atraindo, assim, a competência federal.” 
(STJ. CC 174.265/ES, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, julgado em 
25/11/2020, DJe 27/11/2020) 
 
CESPE/CEBRASPE (DPE-PA 2022) 
Sobre a competência em matéria penal, assinale a opção correta. 
A) Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes 
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na 
 
8 
 
prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, salvo se anterior ao oferecimento da 
denúncia ou da queixa. 
B) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no 
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução 
no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar 
em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. 
C) Nos crimes previstos no art. 171 do CP, quando estes forem praticados mediante a emissão de 
cheques sem suficiente provisão de fundos, a competência será definida pelo local em que houver 
a recusa de pagamento. 
D) A competência será determinada pela conexão quando duas ou mais pessoas forem acusadas 
pela mesma infração. 
E) Deverá haver a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em 
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e 
para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar 
conveniente a separação. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
A) Errado: CPP, Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo 
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver 
antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que 
anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c). 
B) Certo: CPP, Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar 
a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência 
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. 
C) Errado: CPP, Art. 70, § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de 
cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou 
mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art78.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
 
9 
 
vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído 
pela Lei nº 14.155, de 2021) 
D) Errado: CPP, Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou 
mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
E) Errado: CPP, Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações 
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo 
excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo 
relevante, o juiz reputar conveniente a separação. 
 
CESPE/CEBRASPE (MPE-TO 2022) 
Segundo o atual entendimento do STJ, no caso de um policial militar de folga promover a fuga de 
preso de estabelecimento penal estadual de natureza civil, e tendo o fugitivo posteriormente se 
evadido para outro estado, a competência para o julgamento do crime cometido pelo policial será 
da 
A) justiça militar da União. 
B) vara de crimes militares da Justiça federal. 
C) justiça estadual comum. 
D) justiça militar estadual. 
E) justiça federal comum. 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
Quanto à competência da Justiça Militar, a Constituição Federal de 1988 estabelece que: 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
Com base do Código Penal Militar, considera-se crime militar: 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou 
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; 
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal 
comum, quando praticados: 
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: 
(Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1
 
10 
 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou 
assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração 
militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
c) por militar em serviço, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do 
lugar sujeito a administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou 
civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, 
ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da 
reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996) 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou 
reformado, ou assemelhado, ou civil; 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a 
administração militar, ou a ordem administrativa militar; 
f) por militar em situação de atividade ou assemelhado que, embora não estando em serviço, use 
armamento de propriedade militar ou qualquer material bélico, sob guarda, fiscalização ou 
administração militar, para a prática de ato ilegal; 
f) revogada. (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996) 
Ainda, o CPM prevê o crime de fuga de preso, quando em quartel ou estabelecimento sujeito à 
administração militar: 
Fuga de preso ou internado 
Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de 
segurança detentiva: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Acontece que a questão apresenta “policial militar de folga”, bem como o estabelecimento penal é 
estadual de natureza civil. Sendo assim não se trata de crime militar, logo não está sujeito à 
jurisdição militar. Trata-se de crime comum, previsto no Código Penal, sujeito à jurisdição estadual: 
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança 
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de 
segurança detentiva: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Vale lembrarque a Súmula 75 do STJ (Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial 
militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal) foi superada pela Lei 
13.491/2017, que alterou o art. 9º, II, do CPM. Assim, o crime em questão – art. 351 do CP - 
deixou de ser obrigatoriamente de competência da Justiça Comum Estadual, passando a ser 
possível seu julgamento pela Justiça Militar, desde que preenchidos os demais requisitos da lei 
castrense (o que não é o caso da questão, como já mencionado, pois o policial estava de folga e o 
estabelecimento era estadual de natureza civil). 
 
CESPE/CEBRASPE (MPE-TO 2022) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9299.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9299.htm#art1
 
11 
 
Uma pessoa foi sequestrada no estado do Tocantins, onde ela residia, e levada até a Bolívia presa 
dentro do porta-malas de um carro. Durante o trajeto, a vítima começou a sofrer as primeiras lesões 
corporais, o que durou até quando saíram do território nacional, passando pelo estado do Mato 
Grosso, e entraram na Bolívia, onde a vítima morreu. O corpo foi encontrado e a perícia 
comprovou que as múltiplas lesões corporais sofridas ao longo do trajeto foram a causa da morte. 
Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que, de acordo com as regras da 
legislação processual penal brasileira, a competência pelo lugar da infração será 
A) da Bolívia, visto que foi o local onde se deu a consumação do crime. 
B) do Tocantins, visto que foi onde começou a execução do crime. 
C) do Tocantins, visto que é o local onde a vítima residia. 
D) da Bolívia, visto que foi o local onde o corpo foi encontrado. 
E) do Mato Grosso, visto que foi o local onde foi praticado o último ato de execução do crime no 
Brasil. 
 
RESPOSTA: 
LETRA E. 
Conforme o CPP: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, 
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a 
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último 
ato de execução. 
 
FGV (DPE-MS 2022) 
Durante a investigação de Raider, Chaise, Marchal, Iscai e Roque por associação criminosa, roubo 
e furto de veículos automotores, corrupção consistente no pagamento de propina a funcionários 
do Detran/MS e lavagem de dinheiro referente ao valor ilícito recebido da venda de veículos 
adulterados, a oitiva de Dagoberto fez menção à possível evasão de divisas, sem o fornecimento 
de elementos de prova que confirmassem tal alegação. A investigação revelou, por derradeiro, que 
Raider, deputado estadual, chefiava o grupamento criminoso e era quem determinava os modelos 
de veículos que deveriam ser subtraídos. Recebendo os autos do inquérito policial, o promotor de 
justiça da comarca em que os delitos foram praticados ofereceu denúncia contra os investigados, 
deixando de adotar qualquer providência em relação ao suposto delito contra o Sistema Financeiro 
Nacional. 
 
12 
 
A competência para o processo e julgamento do caso penal (desprezada a eventual necessidade de 
controle por instância superior) é: 
A) federal, em primeiro grau; 
B) estadual, em primeiro grau; 
C) federal, na competência originária do tribunal; 
D) estadual, na competência originária do tribunal. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
Inicialmente, consideremos que as Constituições Estaduais, no exercício do poder constituinte 
decorrente, poderão estabelecer foro por prerrogativa de função não prevista pela CF/88, 
conquanto respeitado o princípio da simetria. Sendo assim, a Constituição Estadual poderá prever 
foro de prerrogativa de função no TJ ao deputado estadual. 
Dito isso, há um deputado estadual na questão, que seria o chefe da associação criminosa. Supondo 
que, no caso, há foro de prerrogativa de função no TJ, no julgamento da AP 937 QO/RJ (2018), 
o plenário do STF fixou o entendimento que “O foro por prerrogativa de função aplica-se 
apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções 
desempenhadas”. Sendo assim, os crimes trazidos na questão não estão relacionados com o 
exercício do mandato de deputado estadual, o que afastaria a sua aplicação. 
Dando seguimento, os crimes mencionados – “associação criminosa, roubo e furto de veículos automotores, 
corrupção consistente no pagamento de propina a funcionários do Detran/MS e lavagem de dinheiro referente ao 
valor ilícito recebido da venda de veículos adulterados” - são de competência da Justiça Estadual, já que o 
Detran é uma autarquia estadual. Além disso, a respeito dos crimes contra a ordem econômica, 
entende o STJ: 
“1. Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, como as Leis 8.137/90 e 
8.176/91, que tratam de crimes contra a ordem econômica, não definiram a competência para o 
processo e julgamento dos crimes nelas previstos, compete, em regra, à Justiça Estadual o exame 
de crimes nelas previstos. 2. O eventual deslocamento da competência para o julgamento de tais 
delitos para a Justiça Federal depende da demonstração de ofensa direta a bens, serviços ou 
interesses da União, suas autarquias ou empresas públicas, nos exatos termos do inciso IV do art. 
109 da Carta Magna.” (CC 152.511/MT, Rel. Ministro Reynaldo Soares Da Fonseca, Terceira 
Seção, julgado em 14/06/2017, DJe 26/06/2017) 
 
 
13 
 
Atenção ao crime de “evasão de divisas”, que seria de competência do Juízo Federal! O próprio 
enunciado diz que: “a oitiva de Dagoberto fez menção à possível evasão de divisas, sem o fornecimento de elementos 
de prova que confirmassem tal alegação” e que o promotor deixou “de adotar qualquer providência em relação 
ao suposto delito contra o Sistema Financeiro Nacional”. Portanto, a denúncia não abarcou a suposta 
evasão de divisas. 
 
FGV (TJ-AP 2022) 
Determinada investigação foi instaurada para apurar estelionato consistente em fraude, ocorrido 
em 02 de julho de 2020, em Macapá, na obtenção de auxílio emergencial concedido pelo Governo 
Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, em decorrência da pandemia da Covid-19. Jack 
declarou na investigação que realizou depósito em sua conta do “ComércioRemunerado”, no valor 
de R$ 600,00 e depois percebeu que aquela quantia foi transferida para Russel, sendo que não foi 
Jack quem realizou a operação financeira nem a autorizou. Russel assinalou que a aludida quantia 
foi realmente transferida para sua conta no “ComércioRemunerado” e foi declarada como 
pagamento de conserto de motocicleta, para enganar os órgãos competentes e conseguir a 
antecipação do auxílio emergencial. Disse que foi Fênix, proprietária de uma loja de manutenção 
de telefones celulares, quem lhe propôs a prática de tais condutas, acrescentando que seria um 
procedimento legal, e ainda ofereceu R$ 50,00 para cada antecipação passada em sua máquina do 
“ComércioRemunerado”, sendo que Jack praticou a conduta quatro vezes. Disse ainda que o 
dinheiro entrava em sua conta no “ComércioRemunerado” e era transferido para a conta de Fênix. 
O auxílio emergencial era disponibilizado pela União, por meio da Caixa Econômica Federal. 
 
A competência para o processo e julgamento do presente caso é do(a): 
A) Justiça Federal em primeiro grau; 
B) Justiça Federal em segundo grau; 
C) Justiça Estadual em primeiro grau; 
D) Justiça Estadual em segundo grau; 
E) Superior Tribunal de Justiça. 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
 
14 
 
Apesar do enunciado confuso, a questão se resolve pelo conhecimento do seguinte entendimento 
do STJ, veiculado no Informativo 716: 
Não compete à Justiça Federal processar e julgar o desvio de valores do auxílio 
emergencial pagos durante a pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de 
segurança de instituição privada, SEM QUE HAJA FRAUDE DIRECIONADA À 
INSTITUIÇÃOFINANCEIRA FEDERAL. (CC 182.940-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, 
Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 27/10/2021, DJe 03/11/2021.) 
Para o melhor compreender, vejamos informações do Inteiro Teor: 
“No caso concreto não se identificou ofensa direta à Caixa Econômica Federal - CEF ou à União, 
uma vez que não houve qualquer notícia de que a beneficiária tenha empregado fraude. Em outras 
palavras, houve ingresso lícito no programa referente ao auxílio emergencial e transferência lícita 
da conta da Caixa Econômica Federal para a conta do Mercado Pago, ambas de titularidade da 
beneficiária do auxílio. 
Por outro lado, o procedimento investigatório revela transferência fraudulenta de valores entre 
contas do Mercado Pago de titularidade da vítima e do agente delituoso, ou seja, a vítima não foi 
induzida a erro e tampouco entregou espontaneamente o numerário, de tal forma que o atual 
estágio das investigações indica suposta prática de furto mediante fraude. 
Dessa forma, o agente delituoso ao transferir para si os valores pertencentes à vítima não 
fraudou eletronicamente o sistema de segurança da Caixa Econômica Federal, mas apenas 
o sistema de segurança de instituição privada para a qual o numerário foi transferido por 
livre vontade da vítima. Neste contexto, SEM FRAUDE AO SISTEMA DE SEGURANÇA 
DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA FEDERAL NÃO HÁ DE SE FALAR EM 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
Com efeito, no caso de violação ao sistema de segurança de instituição privada, qual seja, o Mercado 
Pago, sem qualquer fraude ou violação de segurança direcionada à Caixa Econômica Federal, o 
prejuízo fica adstrito à instituição privada e particulares, não se identificando situação prevista no 
art. 109, inciso I, da Constituição Federal” (grifos nossos). 
 
FGV (MPE-GO 2022) 
Segundo orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, no caso de situações envolvendo 
agentes com prerrogativa de foro e outros agentes: 
A) se derivadas de serendipidade de primeiro grau, é possível a separação em primeira instância, 
com encaminhamento apenas dos detentores de foro para a competência originária; 
B) se derivadas de encontro fortuito de prova de segundo grau, devem ser encaminhadas na sua 
integralidade à competência originária, que decidirá sobre a cisão; 
C) a cisão do processo pode ser deliberada pelo juízo de primeiro grau, ad referendum do tribunal 
competente, que detém a palavra final sobre a competência; 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre='202103043102'.REG.
 
15 
 
D) a determinação do desmembramento é orientada pela discricionariedade do tribunal 
competente, bem como pela quantidade de agentes imputados; 
E) quando a cisão por si só implique prejuízo ao seu esclarecimento, não é facultado o 
desmembramento do processo. 
 
RESPOSTA: 
LETRA E. 
Serendipidade se refere ao encontro fortuito de prova. É dizer, em uma investigação que tem por 
objeto determinado crime ou agente, se “acha” elementos de provas relativos a outros crimes ou 
agente - diferentes dos objetos daquela investigação. Importa lembrar que, quanto ao fenômeno da 
serendipidade, o STF trouxe a expressão “crime achado”, no julgamento do HC 129678/SP pela 
Primeira Turma, em 2017 (Info 869). 
Pela doutrina, a serendipidade pode ser objetiva e subjetiva, além da possibilidade de ser de 
primeiro grau e de segundo grau. Vejamos: 
Serendipidade objetiva: quando surge indícios da prática de outro crime que não o objeto da 
investigação (tem a ver com o fato criminoso); 
Serendipidade subjetiva: quando surge indícios de envolvimentos de outros agentes que não os 
que já estavam sendo investigados (tem a ver com o agente); 
Serendipidade de primeiro grau: quando as provas fortuitamente encontradas apresentam 
relação de conexão ou continência com os fatos investigados. Nesse caso, a doutrina e a 
jurisprudência entendem que os elementos encontrados podem ser utilizados em sua totalidade 
como prova. 
Serendipidade de segundo grau: quando as provas fortuitamente encontradas não apresentam 
relação de conexão ou continência com os fatos que se investigavam. Aqui, os elementos 
encontrados não poderiam ser utilizados no novo crime, servindo no máximo como notitia criminis. 
Dito isso, quanto a cisão do processo, é o posicionamento do STF: 
Compete ao STF, com exclusividade, emitir qualquer juízo a respeito do desmembramento 
ou não de inquéritos ou processos nos quais se desse o surgimento de questões jurídicas 
 
16 
 
a envolver detentor de prerrogativa de foro (STF, Plenário. Rcl 23457 Referendo-MC/PR, rel. 
Min. Teori Zavascki, 31.3.2016. (Rcl-23457) – Info 819). 
O desmembramento de inquéritos ou de ações penais de competência do STF deve ser 
regra geral, admitida exceção nos casos em que os fatos relevantes estejam de tal forma 
relacionados que o julgamento em separado possa causar prejuízo relevante à prestação 
jurisdicional. (STF. Plenário. Inq 3515 AgR/SP, rel. Min. Marco Aurélio, 13.2.2014.(Inq-3515) – 
Info 735) 
Agravo regimental. Reclamação. Desmembramento de representação criminal. Envolvimento de 
parlamentar federal. Desmembramento ordenado perante o primeiro grau de jurisdição. Usurpação 
da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Anulação dos atos 
decisórios. 1. Até que esta Suprema Corte procedesse à análise devida, não cabia ao Juízo 
de primeiro grau, ao deparar-se, nas investigações então conjuntamente realizadas, com 
suspeitos detentores de prerrogativa de foro - em razão das funções em que se encontravam 
investidos -, determinar a cisão das investigações e a remessa a esta Suprema Corte da 
apuração relativa a esses últimos, com o que acabou por usurpar competência que não 
detinha. 2. Inadmissível pretendida convalidação de atos decisórios praticados por autoridade 
incompetente. Atos que, inclusive, foram delimitados no tempo pela decisão agravada, não 
havendo, evidentemente, ao contrário do que afirmado pelo recorrente, determinação de “reinício 
da investigação, com a renovação de todos os atos já praticados”, devendo, tão somente, emanar 
novos atos decisórios, desta feita, da autoridade judiciária competente. 3. Agravo regimental não 
provido (Rcl 7913 AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 12/05/2011, 
DJe-173 DIVULG 08-09-2011 PUBLIC 09-09-2011 EMENT VOL-02583-01 PP-00066). 
Dito isso, de pronto já se excluem as alternativas que permitem ao juízo de primeiro grau realizar 
a cisão (assertivas A e C). Quanto à assertiva “B”, sendo serendipidade de segundo grau, não se 
tratará de separação, mas sim de uma nova investigação, já que servirá apenas como notitia criminis 
(vale destacar que essa classificação não é mais pertinente na jurisprudência do STF e STJ, 
que têm conferido igual tratamento para ambas as situações, validando a utilização como 
prova legítima. Entretanto, considerando que a assertiva circunstanciava o conceito de 
serendipidade de 2º grau, com ele é que deveríamos trabalhar). A “quantidade de agentes” 
(assertiva D) que por si só não é um requisito para determinar o desmembramento do processo. 
Portanto, temos como assertiva correta a “E”: quando a cisão por si só implique prejuízo ao seu 
esclarecimento, não é facultado o desmembramento do processo, conforme os entendimentos do 
STF acima colacionados. 
 
FCC (DPE-AM 2021) 
Roberta, residente na cidade de Maceió, estava em férias em Brasília e através de um amigo em 
comum conheceu Rubens, também a passeio na capital federal. Após conversarem, Rubens 
mostrou diversas fotos de um automóvel seu que estaria a venda, convencendo Roberta a adquiri-
lo em 15/09/2018. Após a concretização do negócio, Roberta, em 25/09/2018 e já em Maceió, 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=23457&classe=Rcl&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=23457&classe=Rcl&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=3515&classe=Inq&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M17 
 
realizou o depósito bancário no valor de R$ 30 mil reais na conta de Rubens, domiciliado em São 
Paulo, mesmo local de sua agência bancária. Após a confirmação do pagamento e efetuado o saque 
na mesma data do depósito, Rubens indicou a concessionária onde o veículo se encontrava, na 
cidade de Santo André/SP, para onde a vítima se locomoveu em 30/09/2018 e percebeu se tratar 
de um golpe, não havendo nenhum veículo ou pessoa no local. Roberta registrou o boletim de 
ocorrência em Santo André, estando os autos ainda em fase investigativa. No caso relatado, em 
caso de denúncia criminal por estelionato em desfavor de Rubens, a competência será da Comarca 
de 
A) São Paulo. 
B) Maceió. 
C) Santo André. 
D) Brasília. 
E) São Paulo ou Santo André, definido pela prevenção. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
O Código de Processo Penal, alterado pela Lei 14.155/21, prevê que: 
Art. 70, §4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
(Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente 
provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência 
de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade 
de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) 
A questão diz a data do crime (2018), que é anterior a inovação legislativa. Ocorre que o STJ já 
entendeu que: 
Nos crimes de estelionato, quando praticados mediante depósito, por emissão de cheques sem 
suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou por meio da 
transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, em 
razão da superveniência de Lei n. 14.155/2021, ainda que os fatos tenham sido anteriores à 
nova lei (STJ. CC 180.832-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 
25/08/2021. Info 706) 
Portanto, a competência será da comarca de Maceió. 
 
FUMARC (PC-MG 2021) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28CC.clas.+e+%40num%3D%22180832%22%29+ou+%28CC+adj+%22180832%22%29.suce.
 
18 
 
Num crime de estelionato praticado em Belo Horizonte contra uma agência bancária do Banco do 
Brasil S.A, no qual o agente obteve vantagem financeira, é CORRETO afirmar que a competência 
para a ação penal é da 
A) Justiça Estadual ou da Justiça Federal, a depender da regra de prevenção. 
B) Justiça Estadual ou da Justiça Federal, o que será definido a partir da autoridade policial 
responsável pela condução do inquérito, respectivamente, Polícia Civil ou Polícia Federal. 
C) Justiça Estadual. 
D) Justiça Federal. 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
O Banco do Brasil tem natureza jurídica de sociedade de economia mista. Assim sendo, o 
entendimento dos Tribunais Superiores é de que compete à Justiça Comum Estadual as causas em 
que for parte. Vejamos: 
Súmula 556 do STF – É competente a JUSTIÇA COMUM para julgar as causas em que é parte 
sociedade de economia mista. 
Súmula 42 do STJ – Compete à JUSTIÇA COMUM ESTADUAL processar e julgar as causas 
cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento 
 
FAPEC (PC-MS 2021) 
Considerando as duas situações descritas abaixo, assinale a alternativa correta. 
1ª situação: Tício, que estava na cidade de Douradina – MS, efetuou uma ligação para a vítima, 
Isadora, que naquele momento se encontrava em sua residência, na cidade de Terenos – MS. Na 
ligação, passando-se falsamente por um sequestrador, Tício afirmou ter sequestrado Vicente, filho 
de Isadora, e exigiu que ela lhe transferisse a quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) como preço 
de resgate, do contrário Vicente iria morrer. Temendo pela vida de seu filho, Isadora deslocou-se 
até Campo Grande – MS e transferiu o valor exigido para a conta bancária de Mévio, comparsa de 
Tício, que mantinha uma conta na agência bancária de Itaporã – MS. 
2ª situação: Caio, estelionatário contumaz, anunciou na internet a venda de um aparelho de telefone 
celular. Seduzido pelo preço anunciado, Jaime realizou a compra do telefone e transferiu o valor 
indicado no anúncio para a conta bancária fornecida por Caio. Entretanto, tudo não passava de um 
“golpe”, e Jaime nunca recebeu o produto. Apurou-se que no momento do anúncio Caio se 
 
19 
 
encontrava na cidade de Laguna Carapã – MS; Jaime, que reside na cidade de Fátima do Sul – MS, 
encontrava-se em Dourados – MS quando fez a compra pela internet; e a conta bancária para a 
qual Jaime transferiu o valor pertencia a uma agência situada na cidade de Caarapó – MS. 
Os juízos competentes para julgar as ações penais, são, respectivamente, 
A) a vara criminal da comarca de Douradina – MS (1ª situação) e a vara criminal da comarca de 
Caarapó – MS (2ª situação). 
B) a vara criminal da comarca de Campo Grande – MS (1ª situação) e a vara criminal da comarca 
de Dourados – MS (2ª situação). 
C) a vara criminal da comarca de Terenos – MS (1ª situação) e a vara criminal da comarca de Fátima 
do Sul – MS (2ª situação). 
D) a vara criminal da comarca de Itaporã – MS (1ª situação) e a vara criminal da comarca de Laguna 
Carapã – MS (2ª situação). 
E) a vara criminal da comarca de Terenos – MS (1ª situação) e a vara criminal da comarca de 
Dourados – MS (2ª situação). 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
Primeiramente, necessita identificar os delitos apresentados nas situações. 
Na “1ª situação” temos o crime de extorsão: 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para 
si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer 
alguma coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
A extorsão, no caso, deu-se mediante ameaça. Tendo em vista se tratar de um crime formal, a 
consumação se deu no momento da exigência (constrangimento). Assim, considerando a 
regra do art. 70 do CPP, de que a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se 
consumar a infração, a competência será da vara criminal da cidade de Terenos – MS, onde estava 
a vítima Isadora no momento do constrangimento. 
Na “2º situação” temos o delito de estelionato: 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - 
reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei nº 
7.209, de 1984) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2.
 
20 
 
Nesse caso, aplica-se o Art. 70, §4º do CPP2, determinando que a competência será definida pelo 
local do domicílio da vítima, qual seja vara criminal da comarca de Fátima do Sul – MS. 
 
MPE-PR 2021 
Segundo o disposto no Código de Processo Penal, assinale a alternativa incorreta: 
A) Se, iniciada a execução de um crime no território nacional, mas a infração se consumar fora dele, 
a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de 
execução. 
B) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no 
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o primeiro ato de execução. 
C) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da 
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
D) Verifica-se a conexão intersubjetiva por simultaneidade quando, ocorrendo duas ou mais 
infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, sem qualquer ajusto prévio, por várias 
pessoas reunidas, como quando várias pessoas, após o tombamento de um caminhão narodovia, 
saqueiam sua mercadoria. 
E) No caso dos crimes permanentes praticados em territórios de duas ou mais jurisdições, a 
competência será determinada pela prevenção. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
A) Certo: 
CPP, Art. 70, § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, 
a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de 
execução. 
B) Errado: 
CPP, Art. 70 A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, 
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ÚLTIMO ato de execução. 
 
2 Art. 70, § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), 
quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do 
sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo 
local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
 
21 
 
C) Certo: 
CPP, Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio 
ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
D) Certo: Conexão intersubjetiva por simultaneidade: 
CPP, Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais 
infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas (...) 
E) Certo: 
CPP, Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 
FCC (DPE-SC 2021) 
Sobre as disposições legais referentes à competência no Processo Penal, 
A) quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, será do território mais 
populoso ou que apresente o maior número de Fóruns criminais. 
B) nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da 
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
C) tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais 
jurisdições, será do lugar onde se iniciou a execução do delito. 
D) será determinada, em regra, pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, 
pelo lugar em que foi praticado o primeiro ato de execução. 
E) no caso em que houver conexão e continência e as jurisdições forem de mesma categoria, firmar-
se-á primeiro pela prevenção. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
A) Errado: 
CPP, Art. 70, § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando 
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
B) Certo: 
 
22 
 
CPP, Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio 
ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
C) Errado: 
CPP, Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
D) Errado: 
CPP, Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, 
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
E) Errado: 
CPP, Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as 
seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Il - no concurso de jurisdições da 
mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da 
infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas 
penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a 
competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
FCC (DPE-RR 2021) 
A competência no Processo Penal será definida pela conexão objetiva ou teleológica 
A) quando duas ou mais pessoas forem acusadas da mesma infração penal. 
B) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas por várias pessoas, umas contra 
as outras. 
C) se, no mesmo caso, duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou 
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. 
D) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na 
prova de outra infração. 
E) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
A) Errado: Trata-se de continência por cumulação subjetiva. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
 
23 
 
CPP, Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas 
forem acusadas pela mesma infração; 
B) Errado: Conexão intersubjetiva por reciprocidade. 
CPP, Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais 
infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas (conexão 
intersubjetiva por simultaneidade), ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar (conexão intersubjetiva concursal), ou por várias pessoas, umas contra as outras; 
C) Certo: Conexão objetiva ou teleológica. 
CPP, Art. 76. A competência será determinada pela conexão: II - se, no mesmo caso, houverem 
sido umas praticadas para facilitar (objetiva teleológica) ou ocultar (objetiva consequencial) as outras, ou 
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; 
D) Errado: Conexão probatória ou instrumental. 
CPP, Art. 76. A competência será determinada pela conexão: III - quando a prova de uma infração 
ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. 
E) Errado: Conexão intersubjetiva concursal. 
CPP, Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais 
infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as 
outras; 
 
CESPE/CEBRASPE (MPE-SC 2021) 
Julgue o item a seguir, acerca do direito processual penal. 
Compete à justiça comum estadual julgar crime contra a vida consumado contra policiais militares 
no contexto de crime de roubo armado em desfavor de empresa pública da União. 
 
RESPOSTA: 
ERRADO. 
Compete à Justiça Federal julgar crime contra a vida em desfavor de policiais militares, 
consumado ou tentado, PRATICADO NO CONTEXTO DE CRIME DE ROUBO 
ARMADO CONTRA ÓRGÃOS, AUTARQUIAS OU EMPRESAS PÚBLICAS DA 
UNIÃO. (STJ. CC 165.117-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, 
julgado em 23/10/2019, DJe 30/10/2019. Info 659) 
 
FCC (TJ-GO 2021) 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28CC.clas.+e+%40num%3D%22165117%22%29+ou+%28CC+adj+%22165117%22%29.suce.
 
24 
 
No tocante à competência no processo penal, o Código de Processo Penal estabelece: 
A) Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição 
por ter sido a infração consumadaou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência 
firmar-se-á pelo domicílio ou residência do réu. 
B) Na determinação da competência por conexão ou continência, no concurso de jurisdições de 
mesma categoria, preponderará sempre a competência por prevenção. 
C) Nos casos de exclusiva ação de iniciativa privada, o querelante poderá preferir o foro de seu 
domicílio ou residência, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
D) Em caso de estelionato praticado mediante depósito, a competência será definida pelo local de 
domicílio da vítima e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
E) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no 
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o primeiro ato de execução. 
 
RESPOSTA: 
LETRA D. 
A) Errado: 
CPP, Art. 70, §3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando 
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
B) Errado: 
CPP, Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as 
seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Il - no concurso de jurisdições da 
mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da 
infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas 
penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a 
competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
C) Errado: 
CPP, Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
D) Certo: 
CPP, Art. 70, § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
 
25 
 
suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante 
transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em 
caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído pela 
Lei nº 14.155, de 2021) 
E) Errado: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, 
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
 
NC-UFPR (PC-PR 2021) 
Versa a Súmula 704 do STF que não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados. Nesse contexto, quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração, 
a competência será determinada pelo(a): 
A) distinção. 
B) prevenção. 
C) domicílio da vítima. 
D) conjugação de autores. 
E) continência. 
 
RESPOSTA: 
LETRA E. 
CPP, Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
 
FGV (TJ-PR 2021) 
Em relação à conexão no processo penal, é correto afirmar que: 
A) a conexão que justifica a fixação da competência demanda a avaliação, caso a caso, da 
necessidade de julgamento conjunto dos delitos para melhor esclarecimento dos fatos ou para 
prevenir decisões judiciais conflitantes; 
B) a conexão determina a reunião dos processos, em diferentes fases procedimentais, seja na fase 
de investigação preliminar, na fase de instrução processual ou na fase recursal; 
C) a descoberta de vários delitos em uma mesma diligência implica a existência de conexão entre 
eles, em razão da conexão intersubjetiva, da conexão finalista ou da conexão instrumental; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2
 
26 
 
D) o fato de um mesmo agente praticar tanto crimes estaduais quanto crimes federais induz a 
reunião dos processos na Justiça Federal para o julgamento de todos os delitos; 
E) a prorrogação de competência, por força da conexão, é aceita quando houver dependência ou 
vínculo existente entre os fatos, desde que formem uma espécie de unidade. 
 
RESPOSTA: 
LETRA E. 
A) Errado: Conexão e continência são causas de modificação ou prorrogação da competência, 
não de fixação. 
B) Errado: 
Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. 
C) Errado: 
“A mera descoberta de vários delitos em uma mesma diligência não implica, necessariamente, 
na existência de conexão entre eles. Precedentes da 3ª Seção”. (RHC 107.002/RJ, Rel. Ministro 
Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 04/08/2020, DJe 12/08/2020) 
D) Errado: É preciso que haja conexão entre os crimes. 
Súmula 122 - STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes 
conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do 
Código de Processo Penal. 
“5. O fato de a mesma organização criminosa praticar tanto crimes estaduais quanto federais não 
induz necessariamente à reunião de processos na Justiça Federal para o julgamento de todos os 
delitos por ela praticados se não houver conexão entre eles.” (RHC 107.002/RJ, Rel. Ministro 
Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 04/08/2020, DJe 12/08/2020) 
E) Certo: 
“4. A prorrogação de competência, por força de conexão probatória, é aceita quando houver 
dependência ou vínculo existente entre os fatos, desde que formem uma espécie de unidade, para 
que o julgador tenha visão uniforme do quadro probatório, evitando-se decisões díspares.” (RHC 
93.295/RJ, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 16/08/2018, DJe 
28/08/2018) 
 
CESPE/CEBRASPE (MPE-AP 2021) 
Acerca da competência derivada da prerrogativa de função, assinale a opção correta. 
 
27 
 
A) Cessada a função pública que originou o privilégio, o processo já iniciado permanecerá em 
tramitação no foro especial. 
B) A competência do tribunal do júri prevalece sobre a competência estabelecida exclusivamente 
por Constituição estadual. 
C) Tratando-se de crime federal praticado por prefeito, prepondera a competência do tribunal de 
justiça estadual. 
D) O procurador de justiça estadual que praticar crime comum será julgado criminalmente pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
E) Caso promotor de justiça estadual cometa crime federal em estado da Federação diverso daquele 
em que ele oficia, a competência para o respectivo processo e julgamento será do tribunal regional 
federal. 
 
RESPOSTA: 
LETRA B. 
A) Errado: 
“O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do 
cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução processual, com a 
publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a 
competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o 
agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja 
o motivo.” (STF. Plenário, AP 937 QO/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 2 e 3.5.2018. 
(AP-937) – Info 900) 
Portanto, o réu perde o foropor prerrogativa de função, sendo os autos remetidos à 1ª instância, 
se deixar de ocupar o cargo que o justifica antes do final da instrução. 
B) Certo: 
Súmula Vinculante 45 - STF: A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre 
o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
C) Errado: 
Súmula 702 - STF: A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos 
crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária 
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau. 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=937&classe=AP&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
 
28 
 
D e E) Errado: 
CF/88: Art. 96. Compete privativamente: 
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem 
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada 
a competência da Justiça Eleitoral. 
“Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não 
relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça.” (STJ. CC 177.100-
CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 08/09/2021, DJe 
10/09/2021. – Info 708) 
ATENÇÃO: Vale ressaltar que o STF, no julgamento da QO na AP 937-RJ, estabeleceu que o 
foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes praticados no exercício e em razão da 
função pública exercida. Acontece que esse julgamento diz respeito apenas a cargos eletivos, ao 
passo que a prerrogativa de foro disciplinada no art. 96, III, da CF/88, que abrange magistrados e 
membros do Ministério Público, será analisada pela Suprema Corte no julgamento do ARE 
1.223.589, com repercussão geral. 
 
FUNDEP (MPE-MG 2021) 
Sobre jurisdição e competência, é CORRETO afirmar: 
A) O entendimento restritivo adotado pelo Supremo Tribunal Federal acerca do foro por 
prerrogativa de função não dispensa o Tribunal mais graduado de decidir sobre a própria 
competência, apreciando, ainda que em cognição não exauriente, o vínculo entre o crime praticado 
e o exercício das funções. 
B) No concurso entre a jurisdição comum e a militar, a separação dos processos é obrigatória, 
exceto nas hipóteses de conexão intersubjetiva. 
C) Havendo conexão entre crimes comuns e crimes eleitorais, a Justiça Eleitoral tem competência 
para processar e julgar apenas os últimos, sendo, portanto, hipótese de separação obrigatória de 
processos. 
D) A “Teoria do Juízo Aparente” foi desenvolvida para validar atos decisórios proferidos por juízo 
incompetente, não sendo aplicável às hipóteses de incompetência absoluta. 
 
RESPOSTA: 
LETRA A. 
A) Certo: Sim, cabe ao Tribunal avaliar sua própria competência nos casos de foro por prerrogativa 
de função, como fez o STF, por exemplo, no Inq. 4.789/RJ, de relatoria do Min. Roberto Barroso, 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre='202100102546'.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre='202100102546'.REG.
 
29 
 
ao avaliar pertinência entre o crime imputado (no caso, homicídio) e as funções do cargo com 
prerrogativa de foro (legislativo federal). No relatório, o ministro esclarece que: 
“Em 28.06.2019, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por constatar possível 
envolvimento da Deputada Federal Flordelis dos Santos de Souza no crime investigado, remeteu 
cópia do inquérito instaurado ao Supremo Tribunal Federal, para que fosse analisada a 
competência para a supervisão das investigações sobre pessoa que ostenta foro por 
prerrogativa de função”. 
Assim sendo, decidiu: 
“9. Observo que a Deputada Federal Flordelis dos Santos de Souza exerce mandato parlamentar - 
56ª Legislatura (2019-2023) – e o crime de que, em tese, teria participado, ocorreu em 16.06.2019, 
portanto, durante o exercício do mandato. 10. No entanto, os crimes como o de homicídio não 
têm, como regra, pertinência com as funções exercidas por ocupante de cargo parlamentar. E não 
há até aqui qualquer indicação de que teria no caso concreto. 11. Assim, como tenho afirmado, o 
foro privilegiado constitui instrumento para garantir o livre exercício de certas funções públicas, 
não havendo sentido em estendê-lo a crimes que, cometidos após a investidura, sejam estranhos 
ao exercício das respectivas funções. 12. Desse modo, não restando evidenciados, ao menos 
nesse primeiro momento, elementos que poderiam revelar relação de causalidade entre o 
crime imputado e o exercício do cargo, acolho o pedido formulado pela Procuradoria-Geral 
da República para fixar a competência do Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de 
Niterói/RJ.” 
Trata-se da mesma lógica do entendimento para a cisão dos processos em caso de prerrogativa de 
foro. Há que se remeter ao Tribunal competente para que avalie: 
“Até que esta Suprema Corte procedesse à análise devida, não cabia ao Juízo de primeiro 
grau, ao deparar-se, nas investigações então conjuntamente realizadas, com suspeitos 
detentores de prerrogativa de foro - em razão das funções em que se encontravam 
investidos -, determinar a cisão das investigações e a remessa a esta Suprema Corte da 
apuração relativa a esses últimos, com o que acabou por usurpar competência que não 
detinha.” (STF. Rcl 7913 AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 
12/05/2011, DJe-173 DIVULG 08-09-2011 PUBLIC 09-09-2011 EMENT VOL-02583-01 PP-
00066). 
B) Errado: Nesses casos a separação é obrigatória, não havendo exceção. 
CPP, Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: 
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
C) Errado: 
COMPETÊNCIA – JUSTIÇA ELEITORAL – CRIMES CONEXOS. Compete à Justiça 
Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos – inteligência dos 
artigos 109, inciso IV, e 121 da Constituição Federal, 35, inciso II, do Código Eleitoral e 78, inciso 
IV, do Código de Processo Penal. (STF. Inq 4435 AgR-quarto, Relator(a): MARCO AURÉLIO, 
 
30 
 
Tribunal Pleno, julgado em 14/03/2019, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-182 DIVULG 20-08-
2019 PUBLIC 21-08-2019) 
D) Errado: A Teoria do Juízo Aparente é aplicada à incompetência absoluta. 
“1. As provas colhidas ou autorizadas por juízo aparentemente competente à época da autorização 
ou produção podem ser ratificadas a posteriori, mesmo que venha aquele a ser considerado 
incompetente, ante a aplicação no processo investigativo da teoria do juízo aparente. 
Precedentes: HC 120.027, Primeira Turma, Rel. p/ Acórdão, Min. Edson Fachin, DJe de 
18/02/2016 e HC 121.719, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 27/06/2016.” (HC 
137438 AgR, Relator(a): LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/05/2017, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-133 DIVULG 19-06-2017 PUBLIC 20-06-2017) 
 
FGV (PC-RN 2021) 
Lucas foi preso em flagrante na cidade de Parnamirim após intensa perseguição policial. De acordo 
com o que consta do procedimento, Lucas praticou um crime de extorsão qualificada (pena: reclusão, 
de 6 a 12 anos, e multa) em Natal e, depois, utilizando-se dos mesmos instrumentos do crime, 
enquanto fugia dos agentes da lei em perseguição, realizou mais dois crimes de furto simples (pena: 
reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) e um de dano qualificado (pena: detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa) em 
Parnamirim, onde veio a ser preso. Considerando apenas a situação narrada, será competente para 
julgamento o juízo criminal de: 
A) Natal em relação a todos os crimes, em razão da conexão e pelo fato de a pena da extorsão ser 
mais alta; 
B) Parnamirim em relação a todos os delitos, pois, diante da conexão, prevalece o local da prisão 
em flagrante; 
C) Natal em relação ao crime de roubo e Parnamirim em relação aos demais delitos, pois não há 
conexão na situação narrada; 
D) Parnamirim em relação a todos os delitos, pois, diante da conexão, prevalece o local da práticado maior número de infrações penais; 
E) Natal em relação ao crime de roubo e Parnamirim em relação aos demais delitos, pois, apesar 
da conexão, deve ocorrer separação pela diferença territorial dos fatos. 
 
RESPOSTA: 
LETRA A. 
Trata-se de caso de conexão, previsto no art. 76, II do CPP: 
 
31 
 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para 
conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; 
Sendo assim, a resposta se encontra na regra do art. 78, CPP, II, “a”, CPP: 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as 
seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 
23.2.1948) 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada 
pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
No caso descrito na questão, a infração de pena mais grave foi a extorsão qualificada praticada 
em Natal, lugar esse em que se dará a competência para o julgamento de todos os crimes 
cometidos. 
 
MPDFT 2021 
Considere as assertivas abaixo: 
I. O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido 
nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a 
realização do inquérito. 
II. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de sessenta dias contados da data da apreensão, guardando-se 
amostra necessária à realização do laudo definitivo. 
III. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em 
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando, pelo excessivo número de acusados e 
para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o Ministério Público, 
como responsável pelo ônus da prova condenatória, reputar conveniente a separação. 
A partir do que fora exposto, é possível dizer: 
A) As assertivas I, II e III estão corretas. 
B) Somente a assertiva I está correta. 
C) As assertivas I, II e III estão incorretas. 
D) Somente a assertiva II está correta. 
E) somente a assertiva III está correta. 
 
RESPOSTA: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3
 
32 
 
LETRA B. 
I. Certo: 
Súmula 397 – STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso 
de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em 
flagrante do acusado e a realização do inquérito. 
II. Errado: 
Lei n. 11.343/06, Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em 
flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da 
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Redação dada pela 
Lei nº 13.840, de 2019) 
III. Errado: 
CPP, Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido 
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número 
de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz 
reputar conveniente a separação. 
 
MPDFT 2021 
Considerando as afirmativas abaixo, é incorreto afirmar que: 
A) O rol de testemunhas deve ser apresentado pela defesa na resposta à acusação, sob pena de 
preclusão, nos termos do art. 396- A do Código de Processo Penal. Contudo, poderá o magistrado 
ouvir outras testemunhas além daquelas indicadas pelas partes, desde que julgue necessário, 
conforme previsão estabelecida no art. 209 do Código de Processo Penal. 
B) Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a 
recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal 
pelos crimes previstos relacionados a essas hipóteses. 
C) Tendo havido transação penal e sendo extinta a punibilidade, ante o cumprimento das cláusulas 
nela estabelecidas, é legítimo o ato judicial que decreta o confisco do bem que teria sido utilizado 
na prática delituosa. 
D) Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por 
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados. 
E) O princípio do juiz natural não resta violado na hipótese em que lei estadual atribui à Vara 
especializada competência territorial abrangente de todo o território da unidade federada com 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art6
 
33 
 
fundamento no art. 125 da Constituição Federal, porquanto o tema gravita em torno da organização 
judiciária, inexistindo afronta aos princípios da territorialidade e do juiz natural. 
 
RESPOSTA: 
LETRA C. 
A) Certo: 
“II - A jurisprudência desta Corte Superior firmou-se no sentido que o rol de testemunhas deve 
ser apresentado pela defesa na resposta à acusação, sob pena de preclusão, nos termos do 
art. 396-A do Código de Processo Penal. Contudo, poderá o magistrado ouvir outras 
testemunhas além daquelas indicadas pelas partes, desde que julgue necessário, conforme 
previsão estabelecida no art. 209 do Código de Processo Penal” (HC 393.172/RS, Rel. 
Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 28/11/2017, DJe 06/12/2017). 
B) Certo: 
Lei n. 11.101/2005, Art. 183. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a 
falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, 
conhecer da ação penal pelos crimes previstos nesta Lei. 
C) Errado: 
“As consequências jurídicas extrapenais previstas no art. 91 do Código Penal são decorrentes de 
sentença condenatória. Tal não ocorre, portanto, quando há transação penal, cuja sentença 
tem natureza meramente homologatória, sem qualquer juízo sobre a responsabilidade 
criminal do aceitante. As consequências geradas pela transação penal são essencialmente aquelas 
estipuladas por modo consensual no respectivo instrumento de acordo.” (STF. Plenário RE 
795567/PR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 28/5/2015 - Info 787). 
D) Certo: 
Súmula 704 - STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo 
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de 
função de um dos denunciados. 
E) Certo: 
“10. O princípio do juiz natural não resta violado na hipótese em que Lei estadual atribui a Vara 
especializada competência territorial abrangente de todo o território da unidade federada, com 
fundamento no art. 125 da Constituição, porquanto o tema gravita em torno da organização 
judiciária, inexistindo afronta aos princípios da territorialidade e do Juiz natural.” (ADI 4414, 
Relator(a): Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 31/05/2012, Processo Eletrônico DJe-114 Divulg 
14-06-2013 Public 17-06-2013) 
 
 
34 
 
FGV (DPE-RJ 2021) 
Carlos foi vítima de calúnia perpetrada por João, quando ambos estavam comemorando o 
aniversário de Patrícia em uma casa de festas em Nova Iguaçu. Quatro meses após os fatos, Carlos, 
que mora em Niterói, registrou a ocorrência e apresentou queixa-crime na Comarca de Volta 
Redonda, local onde reside João. De acordo com as informações acima apresentadas, o juízo de 
Volta Redonda deverá: 
A) rejeitar a queixa-crime, eis que a competência é exclusiva do juízo da Comarca de Nova Iguaçu, 
local onde a infração aconteceu; 
B) rejeitar liminarmente a queixa-crime,

Continue navegando