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Patologia do Testículo

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EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 – PATOLOGIA MOD XI 1 
 
Patologia do Testículo – Aula 4 
 
 
 
 
Figura 1 - Epidídimo com túbulos com epitélio ciliado que auxiliam no 
transporte do espermatozóide 
 
Figura 2 - REDE DE CANALÍCULOS 
 
CRIPTORQUIDIA 
- Ausência da descida dos testículos para o escroto (1% 
dos meninos de 1 ano de idade) 
- 25% bilateral 
- Ausência (bloqueio no desenvolvimento) de células 
germinativas, hialinização da m. basal dos túbulos, 
persistência das céls. de leydig 
- Deterioração histológica por volta dos 2 anos 
(esterilidade) 
- Risco aumentado para câncer 
ATROFIA: principalmente + velhos 
- Causas: 
 - Diminuição suprimento sanguíneo (aterosclerose) 
 - Orquite 
 - Criptorquidia 
 - Hipopituitarismo 
 - Desnutrição 
 - Irradiação: CA na região próxima 
 - Excesso de hormônios sexuais femininos 
- Só vai ter esterilidade se tiver atrofia bilateral. 
 
 
TORÇÃO 
Figura 3 - Cápsula 
branca (albugínea), 
com diminuição do 
tamanho que 
representa a atrofia. 
Figura 4 - População 
grande céls de Leydig 
(intersticiais), 
hialinização dos TS. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 – PATOLOGIA MOD XI 2 
 
- Obstrução venosa e arterial 
- Movimento violento ou trauma 
- Ingurgitamento vascular, congestão e infarto 
hemorrágico 
- Precipitantes: 
 - Descida incompleta 
 - Ausência de ligamentos escrotais 
 - Atrofia (mobilidade) 
 - Fixação anormal do testículo ao epidídimo 
INFLAMAÇÕES (Epidídimo e testículo) 
INESPECÍFICA 
 - Comumente relacionada à ITU (através do duc. def.) 
 - Sex. Ativos = Chlamydia / Neisseria gonorrhoeae 
 - Acima 35a = E. coli / Pseudomonas 
ESPECÍFICAS 
 - Gonorréia 
 - Caxumba (Paramixovírus) 
 - Pós-púberes = 20 a 30% 
 - 1 semana após parotidite 
- Infertilidade = bilateral, Inflamação intensa 
hialinização tubular completa. 
 - Tuberculose 
 - Sífilis 
NEOPLASIAS 
- Variedade de tipos anatômicos 
- Tumor mais comum entre os homens, na faixa de 15-34a 
- Categorias principais: 
 - Tu Puros (40%) 
 - Tu de células germinativas (95%) 
- Tu não-germinativos derivados do estroma ou 
cordões sexuais (5%) 
 - Tu mistos (60%) 
CLASSIFICAÇÃO PATOLÓGICA – OMS 
Tumores de células germinativas 
Tumores de 1 padrão histológico 
 Seminoma 
 Seminoma espermatocítico 
 Carcinoma embrionário 
 Tu do saco vitelino 
 Coriocarcinoma 
 Teratoma 
 Poliembrioma 
Tu de mais de um padrão histológico (mistos) 
Tu do estroma – cordão sexual 
Formas bem diferenciadas 
 Tu de céls de leydig 
 Tu de céls de sertoli 
 Tu de céls da granulosa 
Formas mistas 
Formas incompletamente diferenciadas 
Figura 6 - Células Pluripotenciais 
 
TU DE CÉLULAS GERMINATIVAS 
- Lesão Precursora: Neoplasia de células germinativas 
intratubulares (in situ). 
- Não tratada: Tu de céls germinativas em 50% dos casos 
– seguimento de 5 anos 
- Não se faz biópsia pq pode espalhar o CA, se houver. 
- TTO: Radioterapia em baixas doses: destruição das 
células germinativas, com manutenção da produção de 
androgênios das células de leydig. 
 - “Evita a progressão para câncer” 
SEMINOMA 
- Tu germinativo mais comum (50%) 
- 4ª e 5ª décadas (15 – 40 anos) 
- 3 Variantes: Clássico (85%), Anaplásico (raro e pior - 5 
a 10%) e Espermatocítico (4 a 6%) 
- Raramente bilateral 
Morfologia: 
 - Massas volumosas (testículo 10X >) 
 - Homogêneo branco-acinzentado e lobulado, quase 
sempre sem necrose ou hemorragia 
Figura 5 - Infarto hemorrágico do testículo, cordão e epidídimo 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 – PATOLOGIA MOD XI 3 
 
 - Massas de céls seminomatosas arredondadas 
(Células gigantes- sincíciotrofoblasto em 15% dos casos) 
Prognóstico: 
- Sensível à QT e RT. Se faz depois da cirurgia. 
- Excelente prognóstico quando forma pura (Sobrevida 5 
anos de 99% para tumores confinados ao testículo e 70 a 
89% com metástases) 
- Seminoma Espermatocítico: 
 - Raro, distinto clínico e histologicamente do seminoma 
 - Acima dos 65 anos 
 - Comportamento benigno (raras metástases) 
 - Massa cinzenta, mole e friável 
 - Céls espermatocíticas – formas variadas 
Figura 7 - Figura 7 - 
Células seminomatosas 
proliferadas, com 
infiltrado inflamatório. 
Células gigantes 
multinucleadas. 
 
CARCINOMA EMBRIONÁRIO 
- 20 a 30 anos 
- Menos volumoso, mas mais agressivo e letal que o 
seminoma. Diagnóstico pode demorar, por isso agressivo. 
Morfologia: 
- Aspecto variegado, mal delimitado, com hemorragia e 
necrose 
 - Infiltração da albugínea e epidídimo é frequente. 
 - Padrões glandulares, alveolares, tubulares e sólidos 
 - Céls de aparência epitelial, grandes e anaplásicas 
 - Mitoses 
Figura 8 - Parte mais 
branca é a lesão, com áreas 
de necrose e hemorragia. 
NA histologia, ha células 
grandes, formando espécie 
de cordões. Hemácia entre 
as células. 
TU DO SACO VITELINO (SEIO ENDODÉRMICO) 
- É o Tu testicular mais comum até os 3 anos de idade. 
- Bom prognóstico em crianças. 
- Em adultos é raro e geralmente combinado com Ca 
embrionário (forma mista). 
Morfologia: 
 - Tu não encapsulado 
 - Aparência mucinosa, branco-amarelada, homogênea 
 - Corpúsculos de Schiller-Duval 
 - Alfafetoproteína positiva 
Figura 9 - Padrão sólido, 
meio amarelado. Corp. de 
Schiller-Duval, que forma 
um amontoado ao redor de 
células. 
 
CORIOCARCINOMA 
- Altamente maligno. Semelhante a placenta? 
- Tumores mistos (forma pura rara, <1% dos tu cel. germ.) 
- 2ª e 3ª décadas. 
Morfologia: 
 - Pequenos, até 5cm, com hemorragia e necrose. 
 - Céls do cito e sincíciotrofoblasto (multinucleadas). 
 - Produtores de gonadotrofina coriônica (HCG). 
 - Metástases por via hematogênica. (Pulmonar) 
TERATOMA 
- Céls derivadas dos 3 folhetos embrionários. Pode ter 
qualquer tecido dentro. 
- Até a 3ª década 
- Crianças: comum benignos (bom prognóstico) 
- Adultos: comum malignos (sempre tratar como malignos) 
Morfologia: 
 - Teratoma maduro (benigno) 
 - Teratoma imaturo (maligno) 
 - Teratoma com “transformação maligna” (raríssimo) 
Figura 11 - Histologia com 
queratinização,. Maduro: mais 
cístico. 
 
 
POLIEMBRIOMA 
- Mais raro 
TU DE ESTROMA/CORDÃO SEXUAL 
TU DE CÉLULAS DE LEYDIG 
- Derivados do estroma, responsáveis pela testosterona. 
- 1 a 3% dos Tu testiculares 
- Qualquer idade, mais comum entre 20 e 60a 
Figura 10 - Histologia com atipias, 
células com vários tamanhos, 
multinucleadas, material 
hemorrágico associado. 
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 – PATOLOGIA MOD XI 4 
 
- Podem secretar androgênios, estrogênio, corticóide 
- Ginecomastia e precocidade sexual 
- Maioria benigno; Metástases em 15 a 20% 
Morfologia: 
 - Tu amarelado < 5 cm 
 - Céls de leydig e cristalóides de Reinke 
Figura 12 - Amarelinho, com 
células de Leydig 
proliferadas. Há proliferação 
normal, mas um aumento 
forma os cristais (cilindro). 
 
TU DE CÉLULAS DE SERTOLI 
- Tu derivados do cordão sexual. 
- Menos de 1% dos Tu testiculares. 
- Pode produzir pequenas quantidades de androgênios ou 
estrogênio, maioria sem expressão clínica. 
- Pode haver ginecomastia. 
- Maioria benignos; 10% malignos. 
Morfologia: 
 - Nódulos pequenos branco-acinzentados a amarelos 
 ou marrom, homogêneos. 
 - Cordões semelhantes a túbulos seminíferos imaturos. 
 
ESTADIAMENTO CLÍNICO 
Estágio I 
- Tu confinado ao testículo, epidídimo ou cordão 
espermático. 
Estágio II 
- Disseminação à distância confinada a LN 
retroperitoniais, abaixo do diafragma. 
Estágio III 
- Metástases fora dos LN retroperitoniais ou acima do 
diafragma. 
PROGNÓSTICO – CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA 
Seminomatosos 
- Tu grandes (diagnóstico + cedo) 
- Localizados no testículo por mais tempo (70% estagio I) 
- Metástases linfonodais + comuns 
- Metástaseshematogênicas tardias 
- Boa resposta à RT 
- Cura 95% nos estágios I e II 
Não-seminomatosos 
- Tu menores (diagnóstico tardio) 
- 60% estágio II ou III ao diagnóstico 
- Metástases antes de expressão clínica (+ cedo) 
- Metástases hematogênicas na maioria (pulmões/fígado) 
- Radiorresistentes - 90% remissão com QT agressiva. 
Não responde a RT.

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