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UNIDADE II - ED FÍSICA ADPTADA E PRIMEITOS SOCORROS

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Educação Física Adaptada e Primeiros Socorros
TURMA: FLC 5088
Unidade II
Hemerson Lowe dos Santos
Tutor Externo
87040@tutor.uniasselvi.com.br 
1
UNIDADE 2 - PRIMEIROS SOCORROS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
TÓPICO 1 - ASPECTOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS
HISTÓRIA E CONTEXTUALIZAÇÃO
Em 1859, na região de Solferino (norte da Itália), o jovem suíço Jean Henry Dunant, foi em busca de Napoleão III, imperador da França, com o propósito de conseguir autorização para instalar uma Companhia na Argélia que pertencia ao domínio da França (NAYARA, 2011).
Chegando ao local, presenciou uma terrível guerra da França e Itália contra a Áustria, viu a chegada dos feridos de guerra e constatou que a assistência dos serviços médicos dada aos guerreiros tinha caído em colapso.
Dunant viu o sofrimento dos soldados que morriam abandonados nos campos de batalha, acompanhou doenças como tétano, gangrena, infecções, além de mutilações, fraturas e lesões por armas de fogo. (sem qualquer tipo de atendimento digno). 
Devido ao horror humano, Dunant organizou um “Corpo de Assistência aos Feridos”, composto por mulheres da comunidade e mais de trezentos soldados, sendo que a assistência era oferecida indistintamente a amigos e inimigos (BORGES, 2006). 
Durante aproximadamente dois meses, trabalhou entre os feridos, fazendo retornar ao “status quo” da normalidade, no que diz respeito àquela drástica situação. Retornou então a Genebra e escreveu um relatório de trinta mil palavras intitulado “Recordações de Solferino”, local da sangrenta batalha. 
Posteriormente fundou um Comitê Internacional de Socorro aos Feridos, surgindo a Cruz Vermelha; 
Dunant deu tudo o que tinha pela Cruz Vermelha, além do seu empenho, deu também todos os seus bens, recaindo-lhe a falência, chegando até a miséria, vivendo de esmolas em Paris (BORGES, 2006). 
Por muitos anos Dunant foi esquecido e considerado como morto, entretanto, em 1890 foi acolhido por um jovem professor, que proclamou ao mundo que o fundador da Cruz Vermelha e dos Primeiros Socorros estava vivo e na miséria (RESEK, 2002).
O governo suíço começou a ofertar-lhe pensão e para surpresa do próprio Dunant, em 1981, ele recebeu o primeiro Prêmio Nobel da Paz, falecendo após 10 anos, com 82 anos de idade (RESEK, 2002).
SELO COM A FACE DE DUNANT EM HOMENAGEM AO SEU HEROÍSMO
CONCEITO - (Várias definições para 1º socorros)
Refere-se aos cuidados imediatos que o socorrista deve ter, mediante algum acidente ou enfermidade, proporcionando à vítima segurança, confiança e agilidade para atuar diante de um acidente.
Deve ser oferecido até a chegada de uma ambulância, médico, paramédicos ou socorro especializado, sempre com o objetivo de ofertar à vítima um pré-cuidado, a fim de manter sua integridade física, ou seja, não executando manobras que prejudiquem a saúde de quem está acometido pelo mal súbito.
O termo “primeiros socorros”, reporta-se a um socorro fora do hospital, que equivale à ajuda que o professor desempenhará, desde que munido de conhecimento para atuar em situações inesperadas do cotidiano. (não é agir rapidamente sem ter consciência).
Em muitos casos, já foi observado que esses profissionais oferecem suporte inicial e direcionam a vítima para a residência, ao invés de ser encaminhada ao hospital, onde terá suporte de exames clínicos, laboratoriais e diagnósticos de imagem, a fim de verificar a gravidade da lesão. 
Os principais objetivos dos Primeiros Socorros são:
» Reconhecer o que fazer diante de algum acidente;
» Ligar para o serviço de emergência local;
» Aplicar procedimentos que mantenham ou restabeleçam a circulação e a respiração, em caso de necessidade;
» Controlar hemorragias;
» Evitar complicações com as lesões visualizadas;
» Promover conforto à vítima. 
Afastar curiosos e pessoas despreparadas que desejam ajudar no atendimento, pois quem socorre deve estar apto a assumir a liderança da situação de emergência e ser proativo.
COMO LIDAR COM A VÍTIMA NO PRIMEIRO ATENDIMENTO
• Acalmar a vítima e ouvir atentamente caso queira se comunicar seja por meio de queixas, ansiedades ou preocupações.
• Informar o que está fazendo para ajudá-la.
• Não mentir, não oferecer informações erradas, mas caso a situação física da vítima esteja lastimável, não ser “transparente” no sentido de falar a situação real, mas informe a verdade “entre as linhas”, por exemplo: (você está sangrando “um pouco”, mas logo irá ao hospital para obter os cuidados devidos (talvez a vítima esteja com uma hemorragia que a leve a óbito, mas você socorrista, não deve emitir seu parecer “mortal”).
• Em solidariedade à vítima, deve-se permanecer junto a ela, em um ângulo que ela o visualize.
ASPECTOS LEGAIS - IMPORTANTE!!!
Todo o profissional e cidadão comum tem obrigatoriedade de prestar socorro, caso contrário, está sujeito às penalidades da lei, sejam médicos, enfermeiros, bombeiros, dentistas, policiais, professores, comissário de bordo, os quais poderão ser enquadrados por omissão de socorro. 
Além do Código Penal, a Constituição Federal de 1988 oferece amparo legal quanto ao direito à saúde e redução dos riscos à vida.
 Obrigações e deveres legais que o socorrista deve ter durante o primeiro atendimento!!!
• Qualquer pessoa tem o direito de receber socorro em situações de emergência.
• A vítima consciente e entendedora dos fatos ocorridos, tem o direito de negar atendimento e, neste caso, a prestação de socorro não pode ser forçada, exceto em situações potencialmente fatais.
• Ao iniciar o atendimento voluntário, o socorrista não pode interromper e nem deixar o local, até que seja liberado por um profissional qualificado e responsável.
• Quem auxilia no atendimento deve seguir normas e protocolos reconhecidos e aceitos pelas normas legais vigentes no país.
• Durante o socorro, deve-se respeitar e manter a privacidade da vítima, revelando informações confidenciais somente quando questionado por profissionais especializados e que sirvam para o completo atendimento da vítima.
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM PRIMEIROS SOCORROS
» A fim de prestar primeiros socorros com eficiência, presteza e segurança, o professor de Educação Física deverá conhecer as condutas a serem tomadas para cada ocasião, pois para cada agravante há uma intervenção diferente (mesmo em acidentes simples). 
» O professor de Educação Física deve prestar o primeiro atendimento no sentido de solicitar o resgate, ajudar no transporte da vítima, evitar que os curiosos manipulem a vítima, entretanto, diante da urgência e da demora do atendimento pela equipe médica, deverá saber como ajudar, com sua capacidade técnica e habilidades adquiridas. 
» É importante saber o que fazer e o que não fazer, pois é muito comum na hora do “aperto” quem estiver socorrendo “recoloque o membro no lugar”, que manipule articulações inadequadamente ou realize outros procedimentos incorretos, que poderão trazer mais prejuízos do que benefícios.
» A falta de conhecimento por parte dos professores de educação física em primeiros socorros pode ocasionar inúmeros problemas ao indivíduo, como a manipulação inadequada da vítima ou até mesmo a solicitação às vezes desnecessária do socorro especializado em emergência. 
» Dessa forma, podemos afirmar que tanto o aluno graduando como o profissional já formado, tem o dever e a obrigação de saber atuar numa situação de emergência, realizando uma avaliação primária ou inicial da vítima, seguindo determinadas condutas, as quais abordaremos a seguir. 
» É de suma importância que o professor de educação física sempre se atualize mediante cursos, palestras, seminários, workshops (técnicas de primeiros socorros).
ATENDIMENTO INICIAL E CONDUTA
Segundo Ramos e Sanna (2005), existem duas modalidades de atendimento emergencial: 
O suporte básico de vida - consiste em manobras básicas objetivando a preservação da vida (avaliar se a vítima está com comprometimento nos sistemas respiratório e cardiovascular, a fim de manter a respiração e batimento cardíaco, sem hemorragias graves até que o socorro móvelchegue no local do acidente).
O suporte avançado de vida - é composto por manobras invasivas de alta complexidade, que necessita de ajuda de aparelhos e equipamentos operados por enfermeiros ou médicos. 
Antes de prestar ajuda, o socorrista deve avaliar o ambiente aonde ocorreu o acidente, identificando potenciais riscos à segurança (atropelamentos, batidas, colisões, explosões, entre outros). 
Caso existam condições de risco, é necessário remover a vítima para um local seguro e em seguida iniciar o atendimento (OLIVEIRA et al., 2007). 
Durante o atendimento inicial, vários cuidados devem ser tomados, a fim de evitar contaminação do socorrista com sangue, vômito, suor, saliva e demais secreções, por isso é aconselhável a utilização dos (EPI).
A avaliação da vítima é dividida em dois tempos principais: PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
» Avaliação Primária - é sempre o primeiro passo do socorrista após a verificação das condições de segurança no local do acidente. 
Essa avaliação objetiva identificar e sanar eventuais problemas que possam causar risco de morte à vítima, EXEMPLO (verificar se as vias áreas estão obstruídas, se a respiração está ruidosa, se há algum problema circulatório, se há hemorragias e muito importante, manter a vítima imóvel a fim de evitar traumas (OLIVEIRA et al., 2007). 
Essa etapa inicial deve ser realizada no máximo em 60 segundos, pois se a vítima estiver em colapso, poderá ir a óbito rapidamente, portanto, celeridade é fundamental. Diante da avaliação, o socorrista deverá chamar ou não o serviço de atendimento móvel ou iniciar imediatamente a RCP (OLIVEIRA et al., 2007).
Diante disto, as medidas devem seguir a sequência de avaliação conforme a American Heart Association (2015):
Circulação: verificar se há hemorragia e pulso em no máximo 10 segundos. 
Na ausência do pulso, não deverá esperar o atendimento de urgência, deverá ser iniciado 30 compressões torácicas na frequência de 100 vezes por minuto.
• Vias aéreas e estabilização da coluna cervical: verificar se as vias aéreas estão livres ou se há obstrução.
• Respiração – se houver ausência da respiração, deve-se realizar duas ventilações. 
• Avaliação neurológica – É extremamente necessário diferenciar uma situação de colapso cardíaco, de um mal-estar súbito, para isso, a pessoa que irá socorrer a vítima, deve realizar uma avaliação do nível de consciência através do AVDI.
Conforme Timerman (2000), a sigla AVDI traz recomendações de como avaliar a vítima, conforme indicação a seguir:
A – Acordado: significa verificar se o indivíduo está no estado de alerta, através de uma breve conversa com a vítima, por meio da análise das respostas para as seguintes perguntas: Qual é seu nome? Você está bem? Posso ajudar? O que aconteceu? Normalmente a vítima responde ao estimulo visual, auditivo e tátil. 
V – Verbal: verificar se há confusão nas respostas, pois muitas vezes a vítima responde ao comando de voz, mas as frases são desconexas. Se ocorrer esse tipo de confusão, a vítima deve ser mantida acordada, caso contrário poderá perder a consciência. 
D – Doloroso: nessa fase, a vítima não consegue se comunicar, muitas vezes emite gemidos, mas sem contato visual direto com o socorrista. Nesse estágio, normalmente, a vítima ouve o que está acontecendo ao seu redor, pois a audição é o último sentido que se perde. Dessa forma, é importante tentar alterar o estado de semiconsciência da vítima ao retorno da resposta verbal, incentivando a melhora do nível de consciência. 
I – Inconsciente: Nessa fase não há respostas ao estímulo doloroso, realizar algum beliscão com grande pressão não provocará uma resposta a dor, caracterizando uma situação grave e crítica.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
Esta avaliação é composta pela avaliação objetiva que é o exame físico, sinais vitais e avaliação subjetiva composta de uma breve entrevista, sendo realizada somente após o término da avaliação primária ou das manobras de reanimação cardiopulmonar, quando instituídas com sucesso (FLEGEL, 2010).
Nesta fase, o socorrista deverá estabelecer um contato com a vítima consciente, identificando-se e posteriormente obtendo e usando o nome dela para explicar movimentos pretendidos, de forma a transmitir segurança e tranquilidade. 
O socorrista deverá verificar lesões e buscar alguma informação relacionada com a saúde, através de perguntas como: o que aconteceu? Está em tratamento médico? É alérgico a alguma medicação ou alimento?
Segundo Timerman (2000), de maneira resumida, a avaliação secundária é dividida em três etapas distintas, são elas:
1. Entrevista com a vítima ou testemunhas: etapa da avaliação onde o socorrista conversa com a vítima buscando obter informações dela própria, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados relevantes.
2. Aferição dos sinais vitais: respiração, pulso, pressão arterial e temperatura. 
3. Exame padronizado da cabeça aos pés: palpação e inspeção visual realizada pelo socorrista, de forma ordenada e sistemática, buscando identificar na vítima, indicações de lesões ou problemas médicos.
TÓPICO 2 - FUNÇÕES VITAIS E PLANEJAMENTO
Você sabia que Hipócrates já defendia a ideia da verificação de sinais vitais no exame físico?
Pois é, depois de séculos os sinais vitais continuam sendo imprescindíveis no atendimento à vítima, através deles podemos constatar inúmeros problemas como: hipertensão, choque, febre, taquicardia, entre outras doenças e também monitorar a evolução das doenças em curso. (sinais vitais e sintomas)
PULSO
O pulso é a propulsão de sangue, ou seja, é força que o sangue exerce ao passar pelas artérias, resultante da distensão das mesmas, sendo facilmente percebido pela palpação e que se repete com regularidade, conforme as batidas do coração (BERGERON et al., 2007). 
Os locais para se verificar o pulso são: carotídeo, temporal, braquial, radial, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso, entretanto na prática, os mais utilizados são a palpação da artéria radial, pediosa e femoral (SILVA, 2005). 
Para Presto (2009), a forma mais comum para aferir o pulso do indivíduo é com a polpa do dedo indicador ou médio, através da localização do pulso radial.
SINAIS VITAIS
São representações das funções do organismo, constituindo uma tradução do equilíbrio ou desequilíbrio do corpo. Desta forma, os sinais vitais são indícios que permitem entender o estado geral de uma pessoa. 
Há equipamentos específicos para a verificação de cada sinal vital, que devem ser realizados com cuidado e de preferência sem comentar com o paciente, para não criar expectativas tanto positivas quanto negativas. (Os sinais devem ser verificados várias vezes,).
Os valores estabelecidos da frequência cardíaca, podem variar de acordo com a idade do indivíduo, estado de saúde e forma física. 
• Recém-nascidos até 23 meses – 120 a 140 batimentos por minuto.
• Crianças de 2 a 6 anos – de 100 a 110 batimentos por minuto.
• Crianças de 8 anos até a adolescência – 80 a 100 batimentos por minuto.
• Adulto sedentário – 70 a 80 batimentos por minuto.
• Adulto – 60 a 100 batimentos por minuto.
• Atletas – cerca de 50 batimentos por minuto. 
Conforme Silva (2005), o pulso apresenta características que devem ser avaliadas durante sua inspeção como:
– Frequência: é o número de vezes que o coração contrai, ou seja, quantas vezes o coração bate.
– Amplitude: maneira como se sente o pulso, o qual pode ser dividido em: cheio (quando a batida é forte) e fino (quando a batida é fraca).
– Ritmo: é o intervalo entre um pulso (batida) e outro. (regular (intervalos iguais) e irregulares (intervalos diferentes). 
Existem causas fisiológicas que podem interferir no aumento dos batimentos do pulso são: digestão, atividade física, banho frio, ansiedade e qualquer estado de reatividade do organismo (OLIVEIRA et al., 2007).
RESPIRAÇÃO
A respiração é comandada pelo Sistema Nervoso Central. Seu funcionamento acontece de maneira involuntária e automática. 
Os movimentos realizados no organismo para respirar são:
• Inspiração, quandoo tórax expande e inalamos ar para os pulmões.
• Expiração, quando o tórax regressa à posição anatômica normal e o ar sai dos pulmões.
Técnica de avaliação da ventilação:
• Coloque o braço da vítima cruzando a parte inferior do tórax, se ela estiver consciente. Segure o pulso da vítima enquanto estiver observando a respiração.
• Aproxime seu rosto da vítima, olhando para o tórax, assim, você perceberá a movimentação do tórax de subida e descida.
• Conte os movimentos respiratórios durante um minuto.
• É importante anotar os valores para não esquecer e verificar de tempo em tempo, até a chegada do socorro. 
» Quando temos alterações na frequência respiratória, empregamos alguns termos para essa descompensação, como:
• Apneia: parada brusca da respiração.
• Bradneia: respiração lenta e sistemática.
• Taquipneia: respiração rápida.
• Dispneia: respiração irregular e com exigência de esforço.
PRESSÃO ARTERIAL
(PA) é a pressão da força realizada pelo sangue, incidindo diretamente nas paredes das artérias, por meio da força de contração do coração, pelo grau de distensibilidade do sistema arterial, da quantidade de sangue e sua viscosidade. 
O funcionamento desta pressão é fundamental para a vida, pois ela sinaliza o percurso correto em que o sangue sai do coração e alcança todos os demais órgãos. 
A PA pode variar conforme alguns fatores como:
 idade, atividade física, estresse, medo, entre outros. 
A pressão alta pode ocasionar hipertensão, doenças coronárias, hemorragia cerebral, distúrbios de retina, doenças do sistema urinário e outras. 
A pressão arterial baixa ou hipotensão, pode causar sonolência, fadiga, mal-estar, entre outros sintomas. 
Podemos dividir a pressão em duas categorias, a pressão sistólica (pressão máxima) e a pressão diastólica (pressão mínima). 
Os valores de referência de pressão arterial variam de acordo com a idade, Oliveira (2007) demonstra conforme destacado abaixo:
• 4 anos – 85/60mmHg
• 6 anos – 95/62mmHg
• 12 anos – 108/67 mmHg
• Adulto – 120/80mmHg
TEMPERATURA (termômetro: digital/mercúrio)
A temperatura corporal reflete o grau de calor mantido pelo corpo e seu controle é realizado pelo sistema nervoso central através do hipotálamo, ela é um indicador importante para o corpo (é provocada por reações metabólicas do organismo).
O valor da temperatura é verificado em graus Celsius, sendo estipulado para o indivíduo a temperatura média 36,5°C, entretanto, algumas variações podem ser consideradas dentro do padrão de normalidade: 0,3 a 0,6°C acima ou abaixo dos valores trazidos pela literatura (OLIVEIRA et al., 2007). 
Situações (aumento temperatura): atividade física, digestão, estresse, infecções, ansiedade, determinados tipos de roupa. 
Situações (diminuição): frio, estado de choque e hemorragias. 
Classificação da temperatura
• Hipotermia: é a temperatura abaixo dos valores estabelecidos pela literatura, é caracterizada por índices abaixo de 35°C, caracterizando tremores em função das contrações e relaxamentos musculares e dos vasos sanguíneos abruptamente, no processo em que o corpo tenta gerar calor para manter o equilíbrio corporal.
• Hipertermia: é o aumento repentino da temperatura do corpo acima dos valores normais e acontece quando o corpo produz mais calor do que consegue liberar, é importante lembrar que acima de 40°C a pessoa corre risco de morte. (banho frio?).
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DO PLANEJAMENTO
As aulas de educação física, por si só, representam um potencial risco para ocorrer acidentes (fadiga, quedas, torções, materiais inadequados, vestimenta inadequada, contato físico, aparelhos inapropriados). 
Silva (1998) complementa essa informação, ressaltando que as técnicas utilizadas para o ensino e condução das atividades devem ser adaptadas sempre que envolverem riscos para a integridade física dos alunos ou praticantes. 
PLANEJAMENTO ESCOLAR
Os professores sempre devem planejar suas aulas para evitar surpresas desagradáveis como falta de material, falta do que fazer e falta de local para comportar os alunos.
Evitar jogos ou atividades agitadas em espaços confinados e pequenos;
As bolas devem ter tamanho e peso adequados de acordo com a faixa etária. 
É importante ressaltar que não deve ser ignorado a queixa dolorida de um aluno, deve-se investigar o problema e encaminhar para o serviço médico quando necessário (PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA, 2012).
INSTALAÇÕES
Conforme Silva (1998), as instalações e os equipamentos relacionados à prática de esportes, devem estar de acordo com a atividade.
ACADÊMICOS... 
Em nossas escolas vocês acham que todas seguem os padrões recomendados para a prática?
Flegel (2010) relata que embora haja manutenção das áreas esportivas, a responsabilidade se reporta ao professor de educação física. 
EQUIPAMENTOS
Conforme Silva (1998), deve-se evitar o uso de calçados inadequados à prática de esportes. 
Um tênis adequado, dependerá também do seu tipo de pé, falando nisso, você conhece que tipo de pé você tem? Então, faça o teste do pé molhado descrito no próximo slide. 
Tipos de pisada e relacioná-los ao tênis adequado. 
• Pisada Pronada: é a pisada para dentro, fazendo rotação interna, o tênis indicado seria um específico para o controle da passada, a fim de evitar torções. 
• Pisada Neutra: é o tipo de pisada da maioria das pessoas, a pisada inicia no calcanhar, percebe-se o desgaste da sola do calçado. O tênis indicado seria com equilíbrio e estabilidade (CASTANHO, 2010).
• Pisada Supinada: é a pisada para fora, o tênis ideal seria com maior amortecimento.
TÓPICO 3 - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E ÉTICA
EMERGÊNCIA E URGÊNCIA
Saber diferenciar urgência e emergência é o primeiro passo para planejar o atendimento à vítima e executar manobras e procedimentos de forma a garantir a segurança da vítima e da pessoa que a socorre. 
Existem várias situações que requerem o atendimento de um socorrista ou pessoa apta ao atendimento de urgência e emergência, podemos citar alguns casos típicos frequentes: traumatismos, ferimentos, mordedura de animais, intoxicações, afogamentos, queimaduras, choques, parada cardiorrespiratória etc.
EMERGÊNCIA - é uma situação onde uma pessoa se encontra em perigo iminente, com risco de morte e necessita de atendimento imediato. 
• Emergência
- parada cardiorrespiratória;
- dor torácica acompanhada de desconforto respiratório;
- politraumatismo em geral;
- hemorragias de alta intensidade;
- queimaduras extensas;
- perda do nível de consciência;
- intoxicações em geral;
- ferimento por arma de fogo;
ferimento por arma branca; 
- estados de choque;
- estado febril acima de 40°C;
- gestações em curso com complicações.
URGÊNCIA - é a situação onde uma pessoa está acometida de algum mal que necessita de atendimento especializado, mas que pode haver uma espera de curto prazo, não representando risco de morte, podendo aguardar até 24 horas para receber atendimento. 
Santos (2012) define como procedimentos de urgência, ações iniciais prestadas a uma vítima que sofreu algum tipo de acidente. 
• Urgência
- dor torácica sem complicações respiratórias;
- alguns tipos de queimaduras;
- fraturas sem sinais de choque ou outras lesões mais sérias;
- vômito e diarreia, acompanhados ou não por estado febril abaixo de 39°C;
- sangramentos e ferimentos leves e moderados.
ÉTICA E ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
ÉTICA 
Teoricamente o ser humano possui intrinsicamente a capacidade de distinguir o que é certo e errado, o qual denominamos de consciência moral. 
Acredita-se que o meio em que o indivíduo cresce e se socializa, pode influenciá-lo a ter uma conduta digna ou não da sua vida, de qualquer modo, a moral permite o indivíduo discernir o bem do mal. 
A ética pode ser pensada como sendo um conjunto de valores adquiridos pelo ser humano, denunciados em seu comportamento no cotidiano de sua vida, seja no convívio familiar, com os amigos ou no trabalho. 
Podemos entender que ética é um conjunto de atitudes e valores que se transformam em um princípio norteador da conduta humano, expresso em ações e normas a serem seguidas.ÉTICA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Pare um pouco para pensar nessa história: um ônibus sofreu um acidente e bem no momento que você estava próximo ao local, quando avista 32 pessoas gravemente feridas, entre elas estavam crianças, adultos e idosos, alguns com traumatismo craniano, outras com hemorragias, fraturas e poucas com escoriações pelo corpo. 
A quem socorrer primeiro?
Os acidentes com múltiplas vítimas são aqueles que requerem atendimento baseado no conhecimento científico, ético e operacional, utilizando os recursos disponíveis, adotando a doutrina operacional protocolada.
O protocolo de seleção de atendimento das vítimas utilizado no Brasil é o START (Simple Triage and Rapid Treatment), baseado em uma triagem rápida. 
O critério de avaliação baseia-se na respiração, circulação e nível de consciência, dividindo as vítimas em quatro prioridades, utilizando cartões para definir as prioridades, conforme destacado por Brasil (2006):
• Cartão vermelho: as vítimas apresentam poucas chances de sobrevida e necessitam de atendimento médico antes do transporte ao hospital.
• Cartão amarelo: as vítimas não apresentam risco de vida imediato, podem aguardar o transporte até o hospital, assim, são atendidas pela equipe local. 
• Cartão verde: as vítimas conseguem deambular, possuem apenas lesões e não necessitam de atendimento pré-hospitalar e nem hospitalar.
• Cartão preto: vítimas estão mortas ou certamente não terão chances de sobreviver, pois não respiram.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
» A Parada Cardiorrespiratória é uma situação de emergência ocorre quando a pessoa deixa de respirar e o coração para de bater.
» A partir do 5 º minuto da parada, sem atendimento, iniciam os danos cerebrais à vítima (células nervosas começam a morrer - risco de sofrer lesões irreversíveis) , porém, se atendidos rapidamente, existe grande chance de sobrevida.
PRINCIPAIS CAUSAS - Respiratórias: 
• Mecânicas: obstrução das vias aéreas superiores por corpos estranhos, compressão externa da traqueia ou laringe, aspiração, edema de lote, queda de língua. 
• Depressão do Sistema Nervoso Central: intoxicação, superdosagem de drogas, edema cerebral, choque elétrico, hipóxia. 
• Concentração insuficiente de oxigênio no ar inspirado: grandes altitudes, soterramentos.
• Deficiência no transporte de oxigênio pelo sangue: intoxicação por monóxido de carbono. 
• Alteração na respiração celular: envenenamento por cianeto.
PRINCIPAIS CAUSAS - Cardíacas:
As causas de parada cardíaca são variadas, podendo-se considerar entre elas: arritmias cardíacas, tamponamento, choque elétrico, superdosagem de drogas como digitálicos, potássio, depressores do Sistema Nervoso Central, antiarrítmicos, choque elétrico, entre outras causas. 
Conforme Brasil (2003), o motivo da parada pode ser classificado em dois grupos:
I. Primários
Desencadeados por problemas naturais cardíacos como arritmia ou isquemia (quantidade de sangue oxigenado que chega ao coração é insuficiente para bombear o sangue)
II. Secundários
Normalmente causado por traumatismos com as seguintes complicações: obstrução das vias aéreas, doenças pulmonares, hemorragia grave, estado de choque, intoxicação por monóxido de carbono.
REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 
Consiste num conjunto de procedimentos que visa restabelecer os sinais vitais, quando for constatada a ausência de batimentos cardíacos e movimentos respiratórios com inconsciência. 
Verifique a respiração e o pulso, para isso incline a cabeça da vítima para trás e procure ver, sentir e ouvir a sua respiração e apalpe alguma artéria com os dedos indicador e médio, preferencialmente a carótida, pois é de fácil acesso.
Na ausência de pulso e respiração, inicie a Reanimação Cardiopulmonar (RCP):
• Posicionamento
- Coloque a vítima de costas em uma superfície dura.
- Ajoelhe-se ao lado dela.
- Usando a mão, percorra a parte interior das costelas, em direção ao peito, com os dedos médio e indicador, até sentir a ponta do apêndice xifoide (extremidade inferior do esterno) é mais ou menos na linha dos mamilos.
- Coloque o calcanhar de uma mão no centro do peito da vítima e a outra mão em cima da primeira.
Comprima o centro do peito forte e rápido 100 vezes por minuto, com a pressão numa profundidade de cerca de 5 cm até a ajuda chegar. 
• Compressão e respiração
- Posicionar a vítima de costas sobre uma superfície dura.
- Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto.
- Efetuar 2 ventilações, não se esqueça de fechar o nariz da vítima enquanto insufla o pulmão.
- Manter as compressões e ventilações na frequência 30:2.
- Verificar o pulso a cada 2 minutos e se não houver pulso, deve-se continuar com 30 compressões torácicas e 2 ventilações, até a ajudar especializada chegar.
Assista ao vídeo: RCP
Hemerson Lowe dos Santos
Tutor Externo
87040@tutor.uniasselvi.com.br 
Acadêmico! 
Não esqueça de ler o conteúdo da Unidade II do Caderno de Estudos.
Bons estudos! E até a próxima.
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