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Amanda Freitas Medicina 6° Período 1 Anatomia da Mama Sistema ductal A porção glandular da mama é composta por 12 a 15 sistemas de ductos independentes, sendo que cada um drena aproximadamente 40 lóbulos. Cada lóbulo é formado por 10 a 100 ácinos produtores de leite que drenam em pequenos ductos terminais. Esses ductos convergem entre si formando ductos de maior calibre até constituírem outros maiores, que se alargam em um reservatório abaixo do mamilo, chamado seio lactífero. Em geral, apenas 6 a 8 papilas são visíveis na superfície do mamilo. Essas papilas drenam os sistemas de canais que são responsáveis pelo volume glandular da mama. A aréola contém numerosas glândulas sebáceas lubrificantes, chamadas de glândulas de Montgomery, que costumam ser visualizadas como proeminências pontuais. Além das estruturas epiteliais, a mama é composta de estroma colágeno e gordura em proporções variáveis. Drenagem linfática A drenagem linfática aferente da mama é realizada pelos sistemas dérmico, subdérmico, interlobar e pré-peitoral. Os linfonodos axilares recebem maior parte da drenagem linfática da mama, por isso são os mais envolvidos nas metástases de câncer de mama. Desenvolvimento Na puberdade, em geral entre os 10 e 13 anos, o estrogênio e a progesterona ovarianos cooperam no direcionamento da comunicação organizada entre as células epiteliais e as células mesenquimais da mama, resultando em ramificação extensa do sistema ductal e no desenvolvimento de lóbulos. A diferenciação final da mama é mediada pela progesterona e pela prolactina, não sendo concluída até a primeira gravidez completa. Durante os anos reprodutivos, os ductos terminais próximos aos ácinos e os próprios ácinos ficam mais sensíveis aos hormônios ovarianos e à prolactina. A maioria das formas benignas e malignas de doença da mama surge nessas estruturas ácino-ducto terminal. Avaliação da massa mamária É impossível distinguir a massa mamária entre benigna e maligna, ou cística e sólida pelo exame clínico. Entretanto, os achados do exame, interpretados em conjunto com a imagem e o exame patológico (teste triplo), contribuem significativamente para as decisões sobre o tratamento. Exame físico A mama possui o formato de uma vírgula e seu prolongamento axilar corresponde à cauda de Spence. Essa extensão pode ser volumosa, em especial durante a gravidez e a lactação, e costuma ser confundida com uma massa axilar. Amanda Freitas Medicina 6° Período 2 O exame clínico da mama começa com sua inspeção para determinar se há ondulação, retração do mamilo ou alterações na pele. A presença e a característica de descarga mamilar são registradas. Além disso, a localização de uma massa deve ser especificamente documentada de acordo com sua posição no quadrante, e a distância desde seu centro até o centro do mamilo deve ser aferida com uso de uma régua ou compasso. Embora apenas com o exame clínico não seja possível excluir a possibilidade de câncer, a observação de que a massa apresenta características benignas, como consistência macia, formato arredondado e mobilidade, influenciará a decisão final de extirpar ou observar a lesão. A avaliação também deverá incluir exame cuidadoso de axilas, fossa infraclavicular e fossa supraclavicular. Diagnóstico por imagem O diagnóstico por imagem de uma massa suspeita pode ser iniciado com mamografia que inclui magnificação, compressão extra ou visões extras, além das habituais incidências mediolaterais oblíquas e craniocaudais que costumam ser usadas para rastreamento. Diferentemente da mamografia de rastreamento, a mamografia diagnóstica pode ser adequada para mulheres de qualquer idade. Além disso, a ultrassonografia é inestimável para determinar se uma massa é cística ou sólida e faz parte da maioria dos algoritmos de imagem diagnóstica. Certas características das massas sólidas, como margens irregulares, ecos internos ou proporção entre largura e altura < 1,7, sugerem malignidade. Os resultados das imagens diagnósticas devem ser resumidos de acordo com a classificação do Sistema de Banco de Dados e de Relatórios das Imagens das Mamas (BI-RADS). As lesões classificadas como BI-RADS 5 são altamente sugestivas de malignidade, e ≥ 95% delas serão cancerosas. Classificações numericamente decrescentes estão associadas à menor probabilidade de malignidade. Biópsia de mama A avaliação de uma massa sólida de mama é finalizada com biópsia por agulha. Essas biópsias devem ser realizadas após exame de imagem ou, no mínimo, duas semanas antes do exame de imagem, uma vez que o trauma tecidual resultante pode produzir artefatos de imagem que simulam malignidade. As opções incluem biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF) ou biópsia por agulha grossa. Teste triplo A combinação de exame clínico, de imagem e biópsia por agulha é denominada teste triplo. Quando todas essas avaliações sugerem lesão benigna ou câncer de mama, o teste triplo é considerado concordante. Um teste triplo concordante benigno é 99% acurado, e os nódulos mamários nessa categoria Amanda Freitas Medicina 6° Período 3 podem ser acompanhados apenas com exame clínico a cada seis meses. Se qualquer uma das avaliações sugerir malignidade, o nódulo deve ser retirado independentemente dos resultados das outras duas avaliações. Considera-se apropriada a conduta de oferecer à paciente a possibilidade de retirada de um nódulo mamário avaliado por completo, mesmo com teste concordante benigno, já que esses nódulos podem ser fonte de ansiedade significativa. Cistos ↪ A maioria dos cistos mamários forma-se a partir de metaplasia apócrina de ácino lobular. Em geral, são revestidos por uma única camada de epitélio, que varia de plano a colunar. ↪ Os cistos de mama são diagnosticados e classificados a partir de exame ultrassonográfico. ↪ Existem três tipos de cistos: simples, complicado e complexo. ↪ Os cistos simples são sonoluscentes, com margem definida e reforço acústico posterior. Essas lesões não exigem tratamento ou monitoramento especial, mas podem ser aspiradas de forem dolorosas. Os cistos recorrentes podem ser submetidos a novos exames de imagem e à nova punção com aspiração, mas se sintomáticos, a melhor conduta é a excisão. ↪ Os cistos complicados apresentam ecos internos à ultrassonografia e algumas vezes não é possível distingui-los de massas sólidas. Todos os cistos complicados devem ser aspirados. O material aspirado pode ser submetido à cultura, se for purulento ou à citologia. Se a anormalidade ultrassonográfica não se resolver por completo com a aspiração, deve-se realizar biópsia por agulha grossa. ↪ Os cistos complexos apresentam septações ou massas intracísticas ao exame USG. A massa intracística geralmente é um papiloma. Recomenda-se a excisão de todos os cistos complexos. Fibroadenoma ↪ Os fibroadenomas representam uma anormalidade focal no desenvolvimento de um lóbulo mamário e, como tal, não são neoplasias verdadeiras. ↪ Histologicamente, são constituídos por estruturas glandulares e epiteliais císticas envolvidas por estroma celular. ↪ Em geral, surgem na adolescência, são identificados frequentemente na pré- menopausa e sofrem involução após a menopausa.↪ Os fibroadenomas classificados como benignos no teste triplo concordante podem ser acompanhados com segurança sem excisão. ↪ Um fibroadenoma que estiver crescendo deve excisado. Tumores filoides ↪ Os tumores filoides são similares aos fibroadenomas. ↪ Nos tumores filoides, as células estromais são monoclonais e neoplásicas. ↪ Esses tumores são classificados como benignos, intermediários ou malignos, com Amanda Freitas Medicina 6° Período 4 base em grau de atipia das células estromais, número de mitoses, características das margens do tumor e abundância de células estromais. ↪ São responsáveis por menos de 1% das neoplasias de mama e a média de idade de diagnóstico é de 40 anos. ↪ Os tumores malignos podem produzir metástase para órgãos distantes, e o pulmão é o sítio primário. ↪ As radiografias simples ou a tomografia computadorizada do tórax fazem parte dos exames para estadiamento nos casos malignos. ↪ É raro os tumores filoides produzirem metástase para linfonodos e, portanto, não há necessidade de estadiamento axilar, exceto se houver linfonodos clinicamente envolvidos. ↪ O tratamento consiste na excisão local com margem mínima de 1 cm. ↪ A mastectomia pode ser necessária para que se obtenha essa margem, uma vez que o tamanho médio do tumor é de 5 cm. Descarga papilar ↪ Em geral, o líquido tem origem em mais de um ducto e sua coloração pode variar de branca leitosa a verde-escura ou marrom. ↪ A cor esverdeada está relacionada à presença de diepóxido de colesterol, não sendo sugestiva de infecção ou de malignidade subjacente. ↪ As descargas multiductais que ocorrem apenas após expressão manual, são consideradas fisiológicas e não exigem avaliação adicional. ↪ As descargas espontâneas devem ser consideradas patológicas e merecem avaliação. ↪ A descarga espontânea leitosa→ denominada galactorreia pode ter várias causas. ↪ Descarga multiductal hemorrágica é comum durante a gravidez. ↪ Defini-se descarga papilar como patológica quando é: uniductal, espontânea, serosa ou hemorrágica. ↪ A maioria das descargas patológicas do mamilo é causada por papilomas intraductais benignos, que são pólipos simples nos ductos lactíferos. ↪ A avaliação da descarga patológica do mamilo se inicia com o exame da mama. ↪ O teste de sangue oculto e o exame microscópico fornecem informações adicionais. ↪ Após esses exames há indicação de mamografia diagnóstica e de avaliação dos ductos subareolares por ductografia, ductoscopia ou USG mamária. ↪ A descarga patológica do mamilo é diagnosticada e tratada definitivamente com a excisão do ducto subareolar→ microductectomia. Amanda Freitas Medicina 6° Período 5 Infecções mamárias ↪ As infecções mamárias costumam ser divididas em puerperais, que ocorrem durante a gravidez e a lactação, e não puerperais. Infecções puerperais ↪ É caracterizada por eritema difuso, sensível e quente da mama com sinais sistêmicos de infecção, como febre, mal-estar, mialgias e leucocitose. ↪ O tratamento com antibióticos orais ou intravenosos é bem-sucedido, dependendo da gravidade, mas a infecção também pode progredir formando abscessos parenquimatosos profundos que exigem drenagem cirúrgica. ↪ A USG é indicada para identificação de abscessos parenquimatosos profundos. ↪ As mulheres com mastite puerperal deverão continuar a amamentar ou retirar o leite por bomba durante o tratamento para evitar estase do leite, o que poderia contribuir para a evolução da infecção. ↪ Mamilos rachados ou escoriados podem ser fonte de entrada de bactérias → tratar com loções ou unguentos à base de lanolina. ↪ Prescrição por 7 dias de cefalexina ou dicloxacilina 500 mg VO 4x/dia ou associação de amoxicilina e clavulanato 500 mg VO 3x/dia. ↪ Se não houver melhora → suspeitar de Staphilococcus aureus → sulfametoxazol- trimetoprima 1 ou 2 cp VO 3x/dia ou clindamicina 300 mg VO 3x/dia. ↪ Nas pacientes graves → clindamicina 600 mg IV 8/8 h ou vancomicina 1g 12/12 h por 24 a 48 hrs → completar tratamento por VO até completar 7-10 dias. Infecções não puerperais ↪ Celulite: exames de imagem + biópsia para excluir câncer de mama inflamatório. ↪ Abscesso: classificados como periféricos ou subareolares. o Abscessos periféricos: foliculite ou infecção de cistos de inclusão epidérmica, ou de glândulas de Montgomery. Trata-se com drenagem + antibióticos. o Abscessos subareolares: originam-se de ductos lactíferos obstruídos. Tratamento efetivo com excisão do ducto e remoção total do complexo ductal. Se drenagem→ realizar biópsia para descartar câncer. Amanda Freitas Medicina 6° Período 6 Mastalgia ↪ A dor na mama é comum e a prevalência é maior nas mulheres perto da menopausa em comparação com as mais jovens. ↪ Etiologia não está determinada, mas pode estar relacionada com alterações no conteúdo aquoso intersticial e na pressão intersticial, mediadas por estrogênio e progesterona. ↪ Pode ser classificada como cíclica ou acíclica. o Acíclica: costuma ser focal e sem relação com o ciclo menstrual. Deve ser identificada com exame físico cuidadoso + exame de imagem focado + biópsia; o Cíclica: costuma ser bilateral, difusa, mais intensa no final da fase lútea do ciclo menstrual. Tende a sofrer remissão com o início da menstruação. Não requer avaliação especifica e é tratada com AINES. Doença mamária proliferativa benigna Alteração fibrocística ↪ Os componentes teciduais primários da mama são gordura, estroma fibroso e estruturas epiteliais. ↪ O componente hormônio- -responsivo é o epitélio, mas há comunicação parácrina considerável entre o epitélio e o estroma. ↪ O estímulo hormonal pode resultar em um ácino lobular dilatado repleto de fluido, interpretado como microcisto nos cortes histológicos e com frequência acompanhado de relativa abundância de estroma. Em geral, esse quadro é denominado alteração fibrocística. ↪ Dependendo do padrão particular das estruturas epiteliais e do estroma associado, a mama pode ter aspecto denso na mamografia, ser percebida como nodular à palpação, ou ambas. ↪ A alteração fibrocística costuma ser classificada como proliferativa ou não proliferativa, de acordo com as características epiteliais do processo. Hiperplasia ductal e lobular ↪ Na maioria das vezes, as alterações proliferativas desenvolvem-se nos ductos terminais e nos ácinos dos lóbulos. ↪ Essas estruturas são revestidas por uma camada interna de células epiteliais luminais cuboides e uma camada externa de células mioepiteliais. ↪ A proliferação das células epiteliais luminais resulta em ductos terminais ou em ácinos com várias camadas de células, o que é referido como hiperplasia ductal ou lobular, respectivamente. ↪ À medida que esse processo evolui, os ductos terminais ou os ácinos passam a ficar envoltos pelas células, que começam a apresentar atipia nuclear → hiperplasia ductal atípica (HDA) ou hiperplasia lobular atípica (HLA). ↪ Cada vez mais os ductos terminais ou os ácinos ficam envolvidos, e essa condição é reconhecida como carcinoma ductal in situ (CDIS) ou carcinoma lobular in situ (CLIS). Amanda FreitasMedicina 6° Período 7 Carcinoma lobular in situ ↪ Não está associado a quaisquer características mamográficas ou palpáveis específicas, por isso só é diagnosticado incidentalmente. ↪ O CLIS clássico tradicionalmente não é visto como precursor direto de câncer de mama, mas sim como um marcador de risco aumentado. Isto porque os cânceres de mama subsequentes desenvolvem-se com frequência quase igual em ambas as mamas. ↪ O carcinoma lobular in situ tende a ser multifocal e bilateral. Portanto, a excisão local com margens cirúrgicas livres de doença quase sempre é impossível e desnecessária. ↪ As opções de tratamento incluem acompanhamento com reforço na vigilância, quimioprevenção ou mastectomia profilática bilateral. ↪ O acompanhamento deve incluir exames clínicos e mamografia duas vezes ao ano, alternando com imagem por ressonância magnética (RM) de rastreamento. ↪ Os cânceres lobulares infiltrantes, que podem se desenvolver, frequentemente não aparecem nas imagens mamográficas. ↪ A maioria das pacientes com CLIS rejeita a mastectomia profilática bilateral. No entanto, para aquelas com CLIS e história familiar de câncer de mama, ou para aquelas que continuam necessitando de múltiplas biópsias, a opção por mastectomia frequentemente é bem-vinda. Carcinoma ductal in situ ↪ As células cancerosas preenchem porções de um sistema ductal mamário sem invadir sítios além da membrana basal do ducto. ↪ Embora as células do CDIS acumulem muitas das alterações do DNA comuns ao câncer de mama invasivo, elas não possuem certas alterações decisivas que possibilitariam sua permanência fora do ducto. ↪ O CDIS é classificado como câncer de mama de estádio 0. ↪ Na maioria das vezes é diagnosticado por mamografia de rastreamento e frequentemente está associado a calcificações pleomórficas, lineares ou ramificadas. ↪ O carcinoma ductal in situ é classificado em função de tipo morfológico, presença ou ausência de comedonecrose e graduação nuclear. ↪ Os tipos morfológicos mais comuns incluem cribriforme, sólido, micropapilar e comedo. ↪ A comedonecrose aparece como um núcleo necrótico eosinofílico abaixo do centro de um ducto envolto com células cancerígenas. ↪ De todas as variáveis classificatórias, o grau nuclear é a mais preditiva para câncer invasivo associado, extensão da doença e recorrência após o tratamento. ↪ O CDIS sem tratamento completo pode recidivar localmente, e 50% das recorrências estão associadas a câncer de mama invasivo totalmente desenvolvido. ↪ O tratamento principal do CDIS é excisão ampla com margem negativa. Para tanto, talvez haja necessidade de mastectomia se o CDIS for extenso ou se houver outras contraindicações à conservação da mama. ↪ Quando for possível a conservação da mama, a irradiação pós-operatória da mama reduzirá a taxa de recorrência local de 18 para 9%, sendo este o tratamento adjuvante-padrão. ↪ Recomendam-se cinco anos de administração de tamoxifeno para os casos de CDIS positivo para receptor de estrogênio, tratados com conservação da mama. Amanda Freitas Medicina 6° Período 8 Doença de Paget do mamilo ↪ Esse tipo de CDIS apresenta-se como rash eczematoso focal do mamilo. ↪ Células do carcinoma ductal, em resposta a substâncias quimioatrativas secretadas por células da derme, migram para a superfície do mamilo provocando rachadura na pele. ↪ A condição é de fácil diagnóstico histológico após a excisão da ponta do mamilo afetado sob bloqueio anestésico local de aréola/mamilo. ↪ A mamografia identifica densidades ou calcificações suspeitas. ↪ O tratamento inclui excisão ampla com margens negativas. A conservação da mama, que requer ressecção central mamária incluindo o complexo mamilo-aréola e toda a área subjacente identificável como comprometida pela doença, é seguida por radioterapia pós-operatória na mama. ↪ O estadiamento axilar por biópsia do LNS não é necessário, exceto se um componente invasivo for identificado ou tiver sido realizada mastectomia total. Fatores de risco para câncer de mama ↪ Ser do gênero feminino; ↪ Idade avançada; ↪ Menarca precoce (< 12 anos); ↪ Menopausa tardia (> 55 anos); ↪ Primeira gravidez após os 30 anos; ↪ Nuliparidade; ↪ Uso de contraceptivos orais; ↪ Terapia de reposição hormonal pós- menopausa; ↪ Etilismo, sobrepeso e obesidade, inatividade física, exposição à radiação ionizante; ↪ Tabagismo? ↪ Fatores genéticos: genes BRCA1, BRCA2 PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D, TP53; ↪ Doença mamária proliferativa benigna e história familiar; Rastreamento do câncer de mama Mamografia de rastreamento ↪ É atualmente o melhor e mais validado meio de rastreamento do câncer de mama. Ultrassonografia de rastreamento ↪ Identifica câncer não percebido à mamografia em menos de 1% das mulheres; ↪ A USG de rastreamento é demorada e sua precisão é altamente dependente do operador; Ressonância magnética de rastreamento ↪ É interessante ser realizado em mulheres de alto risco; ↪ Apresenta alto custo e pode dar resultados falso-positivos; ↪ Requer radiologistas especialmente treinados, especializados no equipamento; ↪ Pode ser realizada com ou sem contraste intravenoso de gadolínio; Exame físico de rastreamento ↪ Não deve ser negligenciado; ↪ Alta sensibilidade; Amanda Freitas Medicina 6° Período 9 ↪ Grande importância do autoexame; Termografia ↪ Exibe informações sobre as variações de temperatura em tecidos da mama; Tomossíntese ↪ Fornece várias imagens bidimensionais em diversos ângulos da mama; Critérios de rastreamento do câncer de mama Câncer de mama invasivo Características do tumor ↪ O carcinoma ductal infiltrante é a forma mais comum de câncer de mama invasivo (80%), e o carcinoma lobular infiltrante é a segunda mais comum (15%), outras malignidades, como tumores filoides, sarcoma e linfoma, formam o restante. ↪ Sem considerar o estádio, as características do tumor primário que mais influenciam o prognóstico e as decisões de tratamento são status de receptor hormonal, grau nuclear e expressão Her-2/neu. ↪ Quase dois terços dos cânceres de mama são positivos para o receptor de estrogênio- - progesterona. Em geral, essa característica está associada a prognóstico melhor e a mais opções de tratamento. Estadiamento do câncer de mama ↪ Cada paciente é classificada em um estádio clínico e em um estádio patológico. ↪ O estádio clínico tem como base exame clínico e achados radiográficos, e o estádio patológico tem como base as medidas reais do tumor e as avaliações patológicas dos linfonodos após a cirurgia primária. ↪ O estadiamento cirúrgico do câncer de mama tem como base o sistema TNM, que inclui tamanho do tumor primário (T), ausência ou presença e extensão de metástase em linfonodos regionais (N, de node) e presença ou ausência de metástases a distância (M). ↪ O sítio de metástase mais comum no câncer de mama é o osso, e a prática varia em relação ao rastreamento para doença metastática. No entanto, as modalidades de rastreamento comuns incluem TCs do tórax, do abdome e da pelve combinadas com cintilografia óssea ou com tomografia por emissão de pósitrons (PET). ↪ Metástases axilares podem ser diagnosticadas na fase pré-operatória por meio de biópsia com agulha guiada por ultrassonografia em Amanda FreitasMedicina 6° Período 10 18% das pacientes com axilas clinicamente negativas. Tratamento do câncer de mama ↪ Cirúrgico: Seguindo-se à quadrantectomia, a radioterapia em toda a mama é o procedimento-padrão. Pode ser feita também a mastectomia radical com dissecção de linfonodos axilares. ↪ Quimioterápico: inclui uma antraciclina, como a doxorrubicina, em conjunto com ciclofosfamida. ↪ Terapia hormonal: é empregada para tumores positivos para receptor de estrogênio. Nas pacientes antes ou após a menopausa, uma opção é o modulador seletivo do receptor de estrogênio, tamoxifeno. ↪ Radioterapia Acompanhamento ↪ Deve incluir anamnese e exame físico periódicos, tanto gerais quanto direcionados para a detecção de sinais ou sintomas de recorrência. ↪ Exames laboratoriais e de imagem são realizados para investigação complementar de sinais ou sintomas específicos. Câncer de mama inflamatório ↪ É responsável por 1 a 5% dos cânceres de mama. ↪ Esse câncer apresenta-se com alterações na pele que podem variar desde um rosado claro até um rash vermelho vivo associado a edema de pele (alteração em casca de laranja). ↪ Distingue-se do câncer de mama primário avançado sem tratamento por suas instalação e evolução rápidas, em poucas semanas. ↪ O câncer se espalha por toda a mama e cria endurações difusas. Como resultado, a mama pode aumentar em duas a três vezes o seu volume original em semanas. ↪ A investigação deve sempre incluir mamografia diagnóstica e biópsia por punção da pele, mas pode haver necessidade de biópsias múltiplas e exames adicionais de imagem, como RM ou rastreamento com sestamibi. ↪ O tratamento inicial inicial inclui quimioterapia de indução, seguida de mastectomia radical modificada (mastectomia total e dissecção axilar) seguidas por radioterapia pós- operatória na parede do tórax com ou sem quimioterapia adicional. Prevenção do câncer de mama ↪ Mudança de fatores de risco modificáveis ↪ Atividade física regular ↪ Autoexame das mamas regularmente ↪ Acompanhamento médico assíduo (a cada seis meses para mulheres com alto risco) ↪ Atenção aos sinais de alterações mamárias: Referências Bibliográficas ↪ Ginecologia de Willians-Hoffman 2° ed; ↪ NACIONAL DE CÂNCER, I.; GOMES DA SILVA, J. Ministério da Saúde Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil.
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