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Doenças Exantemáticas São doenças nas quais ocorrem lesões em que a erupção cutânea é a característica dominate na evolução. São extremamente frequentes em crianças. Principal etiologia - infecções autolimitantes e benignas. Mecanismos de agressão à pele Invasão e multiplicação direta na própria pele, por exemplo, na infecção pelo vírus da varicela zóster, do herpes simples. 1) ação imunoalergica com expressão na pele, mecanismo mais frequente nas viroses exantemáticas. 2) dano vascular, podendo causar obstrução e necrose da pele, como no sarampo atípico, nas fezes hemorrágicas. 3) ação de toxinas, como na escarlatina e nas estafilococcias. Geralmente, esses mecanismos coexistem. Classificação Tipos de lesão Etiologia viral ou outras etiologias Etiologia infecciosa e não infecciosa Característica do Exantema Etiologia viral ou outras etiologias Sarampo Todo paciente que, independente da idade e situação vacinal, apresentar: ● Febre e exantema máculo-papular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: Tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; Etiologia: Paramixovírus; Mecanismo de transmissão: via aérea, por meio de aerossol; Tempo de incubação: 8 a 12 dias; Tempo de contágio: desde 2 dias antes do início do pródromo até 4 dias após o aparecimento do exantema; Cuidados com contactantes: aplicar a vacina contra o sarampo até 72 horas após o contágio; após esse período, are 7 dias, aplicar a imunoglobulina humana normal. Para crianças normais, a dose é de 0,25 mL/kg; nos imunodeprimidas, é 0,5 mL/kg. Período prodrômico: 1ª viremia (mucosa ocular), dias após, há a 2ª viremia coincidindo com o aparecimento dos sintomas: febre, mal estar, anorexia, seguidos por conjuntivite, tosse, coriza Quadro clínico: a doença começa com pródromos que du-ram de 3 a 4 dias, com febre, tosse, cefaleia, mal-estar, prostração intensa, incomum em doenças virais. A febre é elevada, atingindo o auge na época do aparecimento do exantema, o que difere também da maioria das viroses, e cai em lise no terceiro ou quarto dia do exantema. A tosse é seca, intensa (incomoda o paciente), está sempre presente e é acompanhada de uma coriza abundante, hialina no início e purulenta nos dias subsequentes. Os olhos ficam hiperemiados, com lacrimejamento e fotofobia e, nos casos mais graves, ocorre edema bipalpebral. A prostração pode ser intensa, denotando comprometimento sistêmico. O enantema é a primeira manifestação mucocutânea a aparecer e é característico. A orofaringe fica hiperemiada e na região oposta aos dentes molares aparecem manchas branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro, chamadas de manchas de Koplik. Período de Covalescença e Imunidade - SARAMPO CLÁSSICO ● Vírus do sarampo causa imunossupressão transitória por supressão células T. ● Imunidade permanente após a doença ● A tosse pode persistir por 1 a 2 semanas. ● Aocorrênciadefebreapósoterceiroaquartodiadoexantema sugere complicações SARAMPO MODIFICADO Pode ocorrer em pacientes com imunidade pré-existente, mas incompleta. ● Período de incubação mais longo ● Manifestações clínicas mais leves ● Situações: transferência de anticorpos maternos (geralmente até 9 meses de vida), utilização de imunoglobulina endovenosa, resposta incompleta à vacina Otite média é a principal complicação bacteriana do sarampo. - Sorologia para Sarampo ● Anticorpos detectáveis (IgM) 6 dias após o início da erupção ● Anticorpos identificados pela inibição da hemaglutinina na fase inicial, com aumento de até 4x os títulos em 2-3 semanas após. ● PCR para o vírus SARAMPO Diagnóstico: dosagem de anticorpos pela inibição de hemaglutinação (IH), neutralização, fixação de complemento (CF), realizada na fase inicial e 2 a 3 semanas após, com aumento de 4 vezes o título, ou pela pesquisa de anticorpos da classe IgM, os quais se positivam a partir do sexto dia do exantema. Tratamento ● Suporte ● Vitamina A O tempo que o paciente deve ficar afastado é de 4 dias e com uso de máscara simples. Período de contágio é de 2 dias antes do pródromo Complicações: relacionadas ao vírus Sarampo hemorrágico Panencefalite esclerosante subaguda (PESA) Encefalite aguda Miocardite, Pericardite Glomerulonefrite Trombocitopenia Hepatite Complicações: secundárias a bactérias OMA, mastoidite Pneumonia, bronquiolite, laringotraqueobronquite Ceratite, úlceras de córnea Ileocolite, apendicite Gengivoestomatite Rubéola • Etiologia: togavírus; • transmissão: via aérea, por meio de perdigotos; • tempo de incubação: 14 a 21 dias; • Período Prodrômico: não há em crianças. Em adolescentes, sintomas inespecíficoque antecedem em 1-2 dias o exantema. • Síndrome Clínica: adenomegalia cervical posterior e retroauricular (pode antecipar até 7 dias o exantema), esplenomegalia (até 50% dos casos) Exantema - Lesões rosa-avermelhadas início face, rapidamente estendendo-se para pescoço, tronco e pernas. - No final do primeiro dia desaparecem da face e lesões do tronco podem coalescer. Nas extremidades permanecem discretas. - No final do terceiro dia, a erupção desaparece. - Febre baixa raramente após primeiro dia de exantema Isolamento: respiratório e de contato para os casos adquiridos pós- parto, até 7 dias após o exantema. As crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até 1 ano de idade ou até que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negative; Quadro clínico: principalmente em crianças não se observa pródromo, mas em adolescentes e em adultos podem aparecer sintomas gerais brandos antecedendo 1 a 2 dias o exantema que se inicia na face, espalhando-se rapidamente para o pescoço e o tronco e atingindo os membros já em 24 horas. O exantema é maculopapular róseo, pode, eventualmente, coalescer no tronco e tem curta duração, de 3 ou menos dias. Em alguns casos, observam-se, no palato mole, lesões petequiais, conhecidas como sinal de Forscheimer, que não é patognomônico dessa doença. Um achado marcante, entretanto, é a adenomegalia, que pode anteceder em até 7 dias o exantema. São acometidos, principalmente, os gânglios da cadeia cervical e retroauricular. Metade dos casos apresenta esplenomegalia discreta. As complicações na criança são raras, citando-se a púrpura trombocitopênica, a encefalite e, em mulheres, a artralgia. A grande importância da rubéola é na gestação em consequência da possibilidade de promover dano fetal; a vacinação em crianças visa fundamentalmente a proteger as mulheres suscetíveis do seu convívio; Diagnóstico: isolamento do vírus do material de nasofaringe ou da urina. Pesquisa de anticorpos de classe IgM e de IgG contra rubéola no soro; Prevenção: é realizada com a vacina de vírus vivo e atenuado, que é aplicada após os 12 meses de vida. Vacina Trivital -> Sarampo/Rubéola Única forma de prevenção da doença na população Necessário alto nível de imunidade na população, pode meio de coberturas elevadas, 95%, com alta homogeneidade - várias estratégias: Vacinação rotina; Vacinação indiscriminada (companhas seguimento); Intensificação vacinação extramuros; Campanhas de multivacinação; Vacinação de grupos de risco; Bloqueio vacinal; Operação limpeza → Tratamento Suporte AINE para artrite que pode ocorrer 2º-3º dia de doença Exantema Súbito ou Roséola Infantil Etiologia: herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7) Transmissão: aérea, provavelmente por perdigotos Período de Incubação: 5 a 15 dias. Período Prodrômico: febre sem sinais localizatórios podendo ser ALTA. Tempo de contágio: durante a viremia, especialmente na fase febril Síndrome Clínica: crianças de 6 meses - 6 anos de idade, predominando nas menores de 2 anos. BEG. Linfonodomegalia cervical e hiperemiade cavam são comuns. Isolamento: desnecessário Cuidados com os contratantes: observação clínica. O início da doença é súbito, com febre alta e contínua (a criança fica extremamente irritada e anoréxica) e é considerada uma das causas mais comuns de convulsão febril. Não há toxemia, apesar da magnitude da febre. Após 3-4 dias de febre, quando esta cessa bruscamente, aparece o exantema, também de modo súbito, constituído por lesões maculopapulares rosadas que iniciam no tronco e se disseminam para a cabeça e as extremidades. A erupção é de curta duração, de algumas horas a 2-3 dias, desaparecendo sem deixar descamação ou hiperpigmentação. O exantema pode passar despercebido. Diagnóstico: apenas a presença do herpes-vírus humano 6 ou 7 no sangue periférico fornece o diagnóstico de infecção primária. Podem ser realizados testes para detecção de anticorpos, mas o seu resultado deve ser analisado com cuidado, em razão da possibilidade de haver infecções crônicas (como todo herpes-vírus) com reativações. Exames Laboratoriais Anticorpos podem específicos podem ser identificados (IgM) Hemograma - Leucopenia Tratamento Suporte Imunização Não há vacinas disponíveis Complicações Relacionadas ao vírus não há! Crises convulsivas (relacionada a febre) Eritema Infeccioso Etiologia: parvovírus humano B19 Transmissão: via aérea, por perdigotos; Tempo de incubação: 4-14 dias; Tempo de contágio: desconhecido; Cuidados com os contratantes: observação, principalmente das pessoas que tenham hemoglobinopatia; Isolamento: desnecessário; Quadro clínico: em geral, não há pródromos. O primeiro sinal costuma ser o exantema, que se inicia na face como maculopapular que confluem, tornando-se uma placa vermelho-rubra, concentrada, principalmente, na região das bochechas. Poupa a região periodal, a testa e o nariz, conferindo um aspecto de “assa de borboleta”, semelhante ao observado no lúpus eritematoso. Dá às crianças aspecto de “cara esbofeteada”. A evolução é em geral afebril, podendo se acompanhar de artralgias e artrites. O hemograma é normal ou com discreta leucocitose e eosinofilia. Apesar de ter evolução benigna, na maioria dos casos, nos adolescentes e adultos os sintomas são mais proeminentes, principalmente o comprometimento articular. Complicações são conhecidas, sendo a mais grave, a morte fetal quando o vírus acomete mulheres grávidas. O parvovírus humano B19 é um vírus emergente em importância. Anteriormente responsável apenas pelo eritema infeccioso, hoje tem várias apresentações clínicas a ele creditadas. Este vírus tem como célula-alvo o eritroblasto do hospedeiro, os pacientes em geral apresentam anemia que pode ser profunda em pessoas com hemoglobinopatias. Caso acometa grávidas suscetíveis, provoca dano fetal, como aborto, parto prematuro e hidropsia, mas não é teratogênico. A síndrome das luvas e meias é também atribuída ao parvovírus. Essa apresentação incomum ocorre em crianças e adultos jovens e é caracterizada por lesões purpúricas simétricas e eritematosas indolores nas mãos e nos pés, e, eventualmente, na bochecha, cotovelo, joelho e nádega. Pode ser acompanhada por sintomas gerais, porém é autolimitada, melhorando em uma a duas semanas. Outros agentes infecciosos podem estar relacionados a essa síndrome. Diagnóstico – sorologia, IgG e IgM para parvovírus humano B19; deteccção de DNA viral por biologia molecular no sangue. Prevenção – não há, por enquanto, vacinas eficazes. Tratamento Sintomáticos, se necessários e transfusão de sangue na presença de anemia grave. Suporte AINE em caso de artrites Exames Laboratoriais Anticorpos específicos podem ser identificados (IgM) PCR para Parvovírus B19 Complicações: Crise aplásica Trombocitopenia Artralgia e artrite em adolescentes Abortamento Óbito fetal Hidropsia fetal Síndrome Mão-Pé-Boca - Enteroviroses Etiologia: RNA-vírus. Coxsackie A e B, eventualmente, enterovírus 71 Mecanismo de transmissão: via fecal-oral Período de incubação: 3 a 6 dias Tempo de contágio: variável Cuidado com os contactantes: observação Período prodrômico: diarreia e vômitos, pode haver febre. Exantema: exantema e vesículas em cavidade oral. Vesículas em face dorsal de mãos e pés, palmas e plantas. A doença mãos-pés-boca pode ser considerada bastante característica de enterovírus, sendo os responsáveis os Coxsackie A16, A5, A7, A9, A10, B2, B3, B5 e o enterovírus 71. Nessa doença, após um período prodrômico de febre baixa, irritabilidade, anorexia, aparecem lesões vesiculares na boca que rapidamente se rompem, transformando-se em úlceras dolorosas de tamanho variável. As lesões nas extremidades são constituídas por papulovesículas que variam entre três e sete mm de diâmetro que acometem principalmente dedos, dorso e palma das mãos e planta dos pés. Em lactentes não é infrequente acometimento perineal. As lesões desaparecem sem deixar cicatrizes.12 O exantema de Boston, causado pelo ECHO 16 é outra doença bem característica do enterovírus e se apresenta acompanhada por lesões ulceradas nas amígdalas e no palato mole semelhante àquelas encontradas na herpangina.4 Diagnóstico – isolamento do vírus nas fezes e detecção de elevação de anticorpos no soro em duas amostras, espaçadas de três a quatro semanas. RT-PCR para enterovirus nas fezes e no líquido cefalorraquidiano. Prevenção – cuidados higiênicos. Exames Laboratoriais Cultura de vírus em fezes, sangue e liquor Tratamento Suporte Imunização Não há vacinas disponíveis Complicações Meningoencefalite Mononucleose Infecciosa A mononucleose é considerada uma síndrome. A erupção cutânea ocorre em 10-15% dos casos, exceto quando administrados penicilina ou ampicilina. Agente etiológico Epstein Baar (80% dos casos) Outros: citomegalovírus, HIV, Hepatite B, e os não virais, como Toxoplasma gondii Sindrome clínica: febre, linfonodomegalia, hepatomegalia e faringotonsilite Exantema: apresentação variável Mácula-papular, petequial, urticariforme, papulovesiculares, escaratiniforme Exames laboratoriais Sorologia para EBV Hemograma pode evidenciar a presença de linfócitos atípicos Tratamento Suporte Imunização Não há vacinas disponíveis Complicações Raras, graves em imunodeprimidos Rotura esplênica Varicela Etiologia – vírus da varicela zóster, do grupo herpes vírus. Transmissão – por aerossol, contágio direto e raramente transmissão vertical. Tempo de incubação – 10 a 21 dias. Tempo de contágio – do décimo dia após o contato até a formação de crostas de todas as lesões. Isolamento – respiratório e de contato. Cuidados com os contactantes – a imunoglobulina humana antivírus varicela zóster (VZIG) deve ser indicada nas seguintes situações: crianças imunocomprometidas, sem história prévia de varicela; gestantes suscetíveis; recém-nascidos cuja mãe tenha tido catapora dentro de cinco dias antes ou 48 horas após o parto; prematuros (gestação com 28 semanas), cuja mãe não tenha tido varicela; e prematuros (gestação com menos de 28 semanas) independente da história materna. A dose indicada é de 125U para cada 10 kg de peso e deve ser aplicada dentro de 48 horas, até no máximo 96 horas após a exposição. O uso de aciclovir em comunicantes, como profilaxia, é discutível, mas quando este for um adulto, ou um paciente imunodeprimido e para o qual não se disponha da VZIG, talvez seja de interesse, pois nessas situações as manifestações da doença podem ser mais intensas e graves. Quadro clínico – principalmente em crianças, o exantema é o primeiro sinal da doença, mas eventualmente pode se notar febre baixa e mal-estar, mais proeminentes em adolescentes e em adultos. A erupção inicia-se na face, como máculas eritematosas que rapidamente se tornampápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas. Essas lesões aparecem em surtos, em geral por três a cinco dias, antecedidas por febre (viremia), promovendo um aspecto polimórfico do exantema. O envolvimento do couro cabeludo, das mucosas orais e genitais é frequente. As crostas permanecem por cinco a sete dias e depois caem, deixando uma mácula branca, que não é permanente. Quando a pele foi anteriormente traumatizada ou sofreu abrasão, como cirurgias, radioterapia, queimadura, presença de eczema, dermatite de fraldas etc., as lesões costumam ser mais numerosas nesta região. A varicela costuma ser uma doença benigna; entretanto, complicações às vezes muito sérias são observadas. Dentre elas podemos citar: a) infecções bacterianas secundárias – são as complicações mais frequentes, sendo causadas por estreptococos e estafilococos. Podem ser pouco graves, como piodermites (quando a “catapora irá deixar marca”), ou mais sérias, como a erisipela e a celulite. Ocasionalmente servem de porta de entrada para infecções sistêmicas; b) pneumonia – a pneumonite intersticial parece ser regra na varicela e é em geral um achado radiológico. Entretanto, em algumas ocasiões assume proporções mais graves, evoluindo para insuficiência respiratória, às vezes fatal. Nos adultos, a expressão clínica do acometimento pulmonar é maior, chegando a mais de 10%, sendo também mais grave. Nas crianças imunodeprimidas a pneumonite é a causa mais importante de óbito; c) encefalite – o acometimento do SNC não é frequente e pode anteceder ou preceder o exantema. Como regra, aparece entre três e oito dias após o início do exantema. A região mais frequentemente atingida é o cerebelo, traduzindo-se por ataxia. A encefalite, por sua vez, é responsável pela sonolência, coma e hemiplegia, podendo deixar sequelas; d) manifestações hemorrágicas – podem ser decorrentes de trombocitopenia, que aparece na fase de convalescença, ou por uma coagulopatia de consumo, felizmente mais rara e que dá origem à temida varicela hemorrágica e que quando acomete as suprarrenais evolui para a púrpura fulminante, semelhante àquela que ocorre nas meningococcemias; e) varicela e gravidez – quando acomete uma gestante, o feto pode sofrer as consequências, e as mais frequentes são focomelia, coriorretinite, meningoencefalite, lesões cicatriciais na pele, além de morte fetal e aborto. Quando as lesões aparecem durante os primeiros 16 dias após o parto, denomina-se varicela perinatal e aparece em 25% dos recém-nascidos cujas mães apresentam a doença um a cinco dias antes e dentro de 48 horas após o parto; f) síndrome de Reye – a degeneração aguda do fígado, acompanhada de encefalopatia hipertensiva grave tem sido descrita em crianças com varicela, mormente quando estas receberam ácido acetilsalicílico como antitérmico. Tratamento Nos pacientes com imunodepressão ou que apresentem risco de doença grave com acometimento visceral, há indicação de tratamento antiviral com o uso de aciclovir. Suporte Cuidados com a pele Anti-histamínicos? Aciclovir Não usar AAS (Síndrome de Reye) Diagnóstico – na fase de vesícula, o exame do líquido da lesão pela microscopia eletrônica ou por PCR fornece o diagnóstico imediato. Anticorpos podem ser detectados pelo método de IFI. Prevenção Vacina contra varicela (vírus vivo atenuado) - > 1 ano de idade Gamaglobulina Hiperimune (VZIG) - > resguardada para grupos de risco Exames Laboratoriais Isolamento do vírus em lesão de pele Sorologia para varicela - Aos detectáveis 7 dias após o início da doença AAS + varicela zoster ou influenza = pode ocasionar em síndrome de Reye (insuficiência hepática e encefalopatia) - em crianças em uso de AAS por qualquer motivo, é indicado utilizar do aciclovir (casos graves - endovenoso) para parar a evolução da doença o mais rápido possível, ou interrupção do anti inflamatório. Complicações relacionadas à infecção bacteriana secundária dependente da imunidade do hospedeiro e dos mecanismos patogênicos do vírus IMPETIGO, CELULITE, ABSCESSO CUTÂNEO, PNEUMONIA Complicações relacionadas à infecção viral depende da imunidade do hospedeiro. VISCERALIZAÇÃO DA DOENÇA VARICELA NECRO-HEMORRÁGICA VARICELA CONGÊNITA VARICELA NEONATAL PNEUMONITE, ENCEFALITE, PANCREATITE, HEPATITE Escarlatina AGENTE ETIOLÓGICO: Streptococcus pyogenes ou Estreptococo beta- hemolítico do grupo A Mecanismo de transmissão: Aérea, por meio de perdigotos Período de incubação: 2 a 5 dias (podendo ser 1-7 dias) Acomete, predominantemente, crianças em idade escolar e adolescentes Período prodrômico: febre alta, vômitos, dor de garganta. Sintomas inespecíficos (cefaleia, mialgia, anorexia) EXANTEMA: Aparece 12-18 horas após o início da doença Exantema escarlatiniforme puntiforme, com lesões coalescentes que ficam esbranquiçadas à digito pressão Lesões são confluentes em dobras cutâneas (Sinal de Pastia) Pele áspera (aspecto de lixa) Exantema progride rapidamente (24 horas) atingindo face que pode apresentar palidez perioral (Sinal de Filatov) Pode evoluir com descamação (“em luva e botas”) ENANTEMA: Hipertrofia, hiperemia de tonsilas faríngeas ○ Edema em orofaringe Petéquias no palato Língua em “framboesa” SINAL DE FILATOV DESCAMAÇÃO SINAL DE PASTIA LÍNGUA “FRAMBOESA” PETÉQUIAS EM PALATO EXAMES LABORATORIAIS: Cultura de secreção de orofaringe (padrão-ouro) Prova rápida para o estreptococo beta-hemolítico grupo A ASLO PREVENÇÃO: Não há vacinas disponíveis Profilaxia dos contactantes Isolamento respiratório até 24 horas após início de ATB TRATAMENTO: Penicilina benzatina 50.000 U/kg dose única Amoxicilina 50 mg/kg 1 vez ao dia - 10 dias OPÇÕES: Cefalexina 50-80 mg/kg 12/12 h - 10 dias Cefadroxil 30 mg/kg 1 vez ao dia - 10 dias Azitromicina 12 mg/kg 1 vez ao dia - 5 dias Claritromicina 15 mg/kg 12/12h - 10 dias Choque Séptico Hipotensivo Choque Tóxico por Streptococcus Pyogenes Síndrome do choque tóxico : Ocorre em resposta a formação de superantígenos doença rapidamente progressiva (febre alta+hipotensão+falência múltiplos órgãos) Exames Laboratoriais HMC PCR IMUNIZAÇÃO: Boa perspectiva para a criação de vacina que contemple o patógeno responsável por doença invasiva TRATAMENTO: Ceftriaxone 50-100mg/kg 12/12h Clindamicina 60mg/kg 6/6h ü Choque Séptico Compensado Meningococcemia Conduta inicial Estafilococcia - Síndrome da Pele Escaldada Estafilococcia- Síndrome Choque Tóxico Síndrome de Kawasaki Agente Etiológico: Toxinas do S.aureus (toxina esfoliativa) Acomete RN e lactentes jovens Síndrome clínica: Inicia-se com febre, irritabilidade e presença de eritrodermia, que evolui para a formação de bolhas em 24 a 48 horas. Sinal de Nikolsky + Exames Laboratoriais Biópsia de pele HMC Tratamento Drogas anti-estafilocócicas Controle hidroeletrolítico Agente etiológico: toxinas do S.aureus (TSST1-toxic shock syndrome toxin 1] Síndrome clínica: Critérios diagnóstico (4 ou mais) Febre > 38o C Eritrodermia difusa (tronco, membros, com acentuação nas dobras) Edema de extremidades Hiperemia conjuntival Enantema, língua em “framboesa”) Descamação 1 a 2 sem após (mãos e pés) Hipotensão (PA sistólica < p5 ou queda de 15mmHg) Envolvimento de 3 ou + sistemas ou órgãos: TGI, sistema muscular, rins, fígado, sistema hematológico e SNC. Etiologia: desconhecia Doença cutânea mucosa da infância Acomete, predominantemente, crianças < 5 anos de idade, com leve predominância no sexo masculino e em orientais. Vasculite universal (CORONAVÍRUS - Aneurisma ->. Trombo. ->. Obstrução ->. IAM) CRITÉRIOS CLÍNICOS PARA DIAGNÓSTICO: Febre com duração > 5dias Conjuntivite asséptica Exantema polimorfo seguido de descamação (extremidades, períneo) Alterações de mucosa oral: hiperemia, edema, secura e fissura de lábios, língua em “framboesa”, enantema difuso Alterações de extremidades: hiperemia palmoplantar, edema endurado de mãos e pés, edema das articulações falangeanas, descamação periungueal na fase mais tardia Adenomegalia cervical não supurativa. Conduta inicial Agente etiológico: Neisseria meningitidis (diplococo gram negativo) Mecanismo de transmissão: Aérea, por meio de perdigotos Síndrome clínica: Febre, mal-estar, prostração, gemência, toxemia Cefaleia, vômitos, sinais de irritação meníngea Lesões máculo-eritematosas difusas, pequenas e irregulares (preferencialmente em extremidades e tronco) que progridem rapidamente de lesões petequiais a equimoses EXAMES LABORATORIAIS: Hemocultura PCR (Neisseria meningitidis) PREVENÇÃO: Vacina N.meningitidis (A,B,C,W,Y) TRATAMENTO: Cefalosporina de 3a geração - Ceftriaxone 100mg/kg 12/12h A ausência de meningite não descarta o diagnóstico e é fator de pior prognóstico Quimioprofilaxia para os contactantes: Rifampicina 10 mg/kg (máximo de 600mg) 12/12 h por 2 dias. Ceftriaxone 250mg dose única Ciprofloxacina 500mg dose única ! EXAMES LABORATORIAIS: Hemograma Provas de atividade inflamatória (VHS, PCR) AST e ALT Urina tipo I Proteínas totais e frações Sódio e Potássio Líquor Ecocardiograma Kawasaki típico: febre + 4 critérios OU febre + 3 critérios + Eco alterado Kawasaki atípico: febre + 3 critérios OU febre + 2 critérios + Eco alterado TRATAMENTO: Gamaglobulina endovenosa 2g/kg em dose única ( 8 a 12 horas) Aspirina 80 -100mg/kg/dia 4x/dia (1 semana) Aspirina 3-5 mg/kg/dia 1x/dia Relembrar As lesões podem ainda ter cor eritematosa, que quando desaparece com a vitropressão são devidas a vasodilatação e, quando não, o extravasamento de sangue do vaso, quando são chamadas de purpúricas e que podem ser pequenas, petequiais ou maiores, equimóticas. Ainda podem ser divididas em morbiliformes quando existem áreas de pele sã entre as lesões e escarlatiniformes quando o acometimento é difuso. Mácula é uma lesão plana, não palpável Geralmente essas lesões são vermelhas e na evolução vai ficando acastanhada. Pápulas são lesões pequenas perceptíveis ao tato que, quando maiores, são chamadas de Nódulos. As papilas são lesões elevadas, pequenas e com conteúdo sólido. Vesículas são pequenas lesões que contêm líquido e que são chamadas de bolhas, quando maiores. As vesículas são clássico na varicela. Pústula Coleção de até 1 cm, com pus. (ex: acne, foliculite). Quando o líquido é purulento, tornam-se pústulas. Placa Placas são lesões planas, mas elevadas, perceptíveis ao tato e grandes, ocorre por extensão ou coalescência delesões.
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