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MARC 4 - Doencas Exantematicas

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PRINCIPAIS LESÕES CUTÂNEAS 
 
MÁCULA: lesão plana e não palpável, 
com alteração da 
coloração da pele. 
PÁPULA: lesões pequenas elevadas, 
que quando maiores se 
chamam nódulos; 
VESÍCULA: pequenas lesões que 
contem liquido, que 
quando maiores se 
chamam bolhas; 
PÚSTULA: lesões que contem liquido 
purulento; 
PLACA: lesões palpáveis, elevadas, 
perceptíveis ao tato e 
grandes; 
ERITEMA: Coloração avermelhada, 
desaparecem por 
digitopressão, pois são 
devidas a vasodilatação; 
PÚRPURA: são eritemas com 
extravasamento de 
sangue: 
 Pequenas; 
 Petequeais; 
 Equimoses(maiores); 
 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
As doenças exantemáticas são um conjunto de 
doenças infecciosas nas quais a erupção cutânea 
eritematosas é a característica dominante, mas 
geralmente também apresentam manifestações 
sistêmicas. 
MECANISMOS DE AGRESSÃO DA PELE: 
Os microrganismos podem causar erupção 
cutânea por diversos mecanismos: 
 Invasão e multiplicação direta na própria 
pele, como a varicela e herpes simples; 
 Dano imunoalérgico com expressão na 
pele (maioria das viroses exantemáticas) 
 Dano vascular que pode causar obstrução 
e necrose na pele, como no sarampo 
atípico e nas febres hemorrágicas; 
 Ação de toxinas, como na escarlatina e 
nas estafilococcias. 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS: 
- MACULOPAPULAR: É o padrão mais comum. Com 
presença de máculas (manchas vermelhas) e 
pápulas (manchas vermelhas com relevo). É 
observada no sarampo, rubéola, eritema 
infeccioso, exantema súbito, escarlatina, síndrome 
da pele escaldada e doença de Kawasaki. 
- PAPULOVESICULAR: Também se inicia com máculas 
que evoluem para pápulas e posteriormente para 
vesículas (conteúdo líquido). Observa-se na 
varicela e doença mão-pé-boca. 
- PETEQUIAL / PURPÚRICO: É decorrente de alterações 
vasculares. Podendo apresentar, ou não, distúrbio 
de plaquetas e coagulação. Não some a 
digitopressão. É mais comum em doenças 
infecciosas invasivas graves, como 
meningococcemia, septcemias bacterianas, 
febre purpúrica e febre maculosa. 
 
SARAMPO: 
TRANSMISSÃO: 
Agente Etiológico: Morbillivirus. A porta de entrada 
do vírus do sarampo é através do trato respiratório 
ou conjuntiva após contato com gotículas. O vírus 
pode ser transmitido num período de 3 dias antes 
ou até 4 a 6 dias após o início da erupção. 
FISIOPATOLOGIA: 
O sarampo é composto por 4 fases: 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
*
 
 
- PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Durante a incubação, o 
vírus do sarampo migra para linfonodos regionais. 
O vírus primeiro é disseminado para o sistema 
reticoendotelial, em seguida é espalhado para as 
superfícies do corpo. 
*S.T.E: Componente do Sistema Imune, constituído 
por células hematopoiéticas e de defesa. 
- PERÍODO DE PRÓDROMO: fase em que aparecem os 
sinais e sintomas inespecíficos (febre, rinorreia, 
astenia, cefaleia, inapetência etc.). Período em 
que começa a disseminação do vírus. 
- FASE EXANTEMÁTICA: fase autolimitada em que 
aparecem as manifestações clinicas específicas 
da doença infecciosa. 
- FASE DE RECUPERAÇÃO: período de destruição e 
neutralização dos microorganismos pelo sistema 
de defesa. 
O vírus pode se instalar em tecidos como a 
conjuntiva, trato urinário, capilares sanguíneos, 
tecido linfático, sistema nervoso central e no trato 
respiratório, onde o vírus leva a necrose epitelial e 
a formação de células gigantes. O vírus causa 
certa repressão da resposta Th1 gerando 
imunossupressão. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
 EXANTEMA: A infecção das células 
endoteliais e dos linfócitos T gera a 
alteração macroscópica denominada 
exantema, sinal característico do 
sarampo. 
O exantema começa na testa (em torno da linha 
de implanteção do cabelo), atrás das orelhas e na 
porçaõ superior do pescoço. Em seguida se 
dissemina para o tronco e extremidades. Com o 
aparecimento da erupção, os sintomas começam 
a diminuir e o exantema desaparece com cerca 
de 7 dias. 
 FEBRE ALTA (>38º): Se o sistema 
imunológico está sofrendo algum ataque, 
o hipotálamo aumenta a temperatura 
corporal para combater os invasores. 
 MANCHAS DE KOPLIK: Sinal 
patognomônico do sarampo. São pontos 
vermelhos com o centro branco. 
Aparecem 1 a 2 dias antes do exantema e 
desaparecem 2 a 3 dias após. 
 
 TOSSE SECA E INTENSA: associada a coriza 
abundante, hialina no início e purulenta 
nos dias subsequentes; 
 OLHOS HIPEREMIADOS e com 
lacrimejamento, associado a fotofobia e 
pode ocorrer edema bipalpebral; o 
Orofaringe hiperemiada; 
 CEFALEIA; 
 ASTENIA; 
 PROSTRAÇÃO INTENSA, incomum em 
doenças virais. 
*SARAMPO SUBCLINICO: Pessoas com anticorpos 
adquiridos passivamente, como os lactentes, ou 
vacinados, quando expostos ao vírus, podem 
adquirir uma forma subclínica do sarampo. 
Podendo haver exantema leve ou totalmente 
ausente. Essas pessoas não transmitem o vírus. 
 
DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico de sarampo é clínico-
epidemiológico. Em casos de dúvida diagnóstica 
é possível a realização do teste sorológico: 
 ELISA: detecta anticorpos IgM específicos 
ou aumento de anticorpos IgG. Os IgM são 
detectados na fase aguda da doença 
(dos primeiros dias até 4 semanas após 
aparecimento do exantema) e os IgG 
ainda são detectados muitos anos após a 
infecção. 
*NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: Os casos em que 
os resultados forem de IgM reagente ou 
inconclusivo devem ser notificados 
imediatamente e a coleta de segunda amostra 
de sangue deverá ser realizada entre 15 e 25 após 
a primeira coleta. 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
 
 
 PESQUISA DE RNA VIRAL: (swab nasofaringe, 
orofaríngeo ou pela urina) entre o 1º e o 3º 
dia do exantema. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Na pediatria, as principais doenças que fazem 
diagnóstico diferencial com o sarampo são: 
eritema infeccioso, doença de Kawasaki, 
exantema súbito e escarlatina, enquanto que nos 
adultos são: dengue, rubéola, infecção aguda 
pelo HIV. 
*A presença das manchas de koplik caracterizam 
o sarampo! 
TRATAMENTO: 
Não existe tratamento específico para o sarampo, 
sendo que, por ser uma doença autolimitada, os 
recursos terapêuticos visam aliviar os sintomas. 
Dessa maneira, é de grande importância atentar 
para a promoção de uma maior ingesta de 
líquidos e de um amparo nutricional, como 
também a administração de antipiréticos e 
antibióticos em casos de complicações 
bacterianas. 
Segundo o Guia de Vigilância em Saúde do 
Ministério da Saúde de 2019, é recomendado 
ministrar vitamina A, na forma de palmitato de 
retinol, para todas as crianças diagnosticadas 
com sarampo, visando diminuir o número de casos 
graves e fatais, assim como prevenir as 
complicações da doença. As seguintes dosagens 
são preconizadas: 
 50.000UI de palmitato de retinol na forma 
de solução oral para crianças com idade 
entre 0 e 6 meses; 
 100.000UI de palmitato de retinol na forma 
de cápsula para crianças com faixa etária 
entre 6 meses e 11 meses e 29 dias; 
 200.000UI de palmitato de retinol na forma 
de cápsula para crianças acima de 12 
meses de idade. 
Independente do grupo etário, deve-se 
administrar 2 doses, sendo a primeira no dia do 
diagnóstico e a segundo no dia seguinte. 
PREVENÇÃO: 
 CRIANÇAS: duas doses aos 12 e 15 meses de 
idade, podendo ser realizada com as 
vacinas tríplice viral e tetraviral; 
Após 10 anos, muitas pessoas perdem os 
anticorpos e podem contrair o sarampo, 
recomendando-se a tomar uma dose de reforço 
nos grupos de risco. 
Crianças, adolescentes e adultos que não 
receberam essas doses na infância e que não 
tiveram sarampo, devem ser vacinados a 
qualquer momento: 
 Duas doses com intervalo mínimo de 30 
dias entre elas. 
O Ministério da Saúde disponibiliza duas doses da 
vacina para todos com até 29 anos de idade e 
dose única para aqueles 30 a 49 anos. 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO: 
Aplicar a vacina contra o sarampo até 72h após o 
contagio, para a modificação do sarampo. Após 
esse período, aplicar a imunoglobulina, solução a 
16% IM, até 6 dias após o contágio. 
CRIANÇASIMUNOCOMPETENTES: 
0,25 mL/kg IM 
CRIANÇAS 
IMUNOCOMPROMETIDAS: 
0,5 mL/kg 
máx: 15 mL 
 
RUBÉOLA 
TRANSMISSÃO: 
Agente Etiológico: Rubivírus. A transmissão da 
rubéola acontece diretamente de pessoa a 
pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas 
expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou 
respirar. O período de transmissibilidade é de 5 a 
7 dias antes e depois do início do exantema, que 
é uma erupção cutânea. A maior 
transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois 
do início do exantema. Também pode ser de 
transmissão congênita. 
FISIOPATOLOGIA: 
A rubéola transmitida através da inalação dos 
aerossóis infectados e possui um período de 
incubação que varia de 12 a 23 dias. Primeiro o 
vírus se replica nas células da nasofaringe e nos 
linfonodos e após 5 a 7 dias da inoculação ocorre 
início da viremia. Os indivíduos infectados são 
contagiosos por uma a duas semanas antes que a 
infecção se torne aparente, sendo que em vários 
casos a infecção é assintomática, dificultando o 
controle da rubéola. Após a infecção, os 
acometidos desenvolvem anticorpos IgG que 
oferece uma imunidade protetora. Contudo, 
pode ocorrer reinfecção. Esta raramente pode 
resultar em viremia detectável ou risco para o feto. 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
As manifestações clínicas da rubéola pós-natal 
costumam serem leves e em muitos casos são 
assintomáticos. Geralmente, elas têm início com: 
 Exantema maculopapular róseo 
 Febre baixa; 
 Linfadenomegalia retro auricular, occipital 
e cervical. 
 Manchas de Forchheimer: Hemorragias em 
forma de petéquias no palato mole. Não 
sendo patognomônico, pois também 
aparecem nas faringites e escarlatina. 
A forma da rubéola congênita é mais severa, 
causando: 
 Vasculite generalizada: Quando a 
transmissão ocorre no primeiro trimestre da 
gestação. 
 Miocardite; 
 Pneumonia intersticial; 
 Trombocitopenia; 
 Encefalite e hepatite; 
 Surdez: Manifestação mais comum, pois o 
pavilhão auricular é uma das estruturas 
mais afetadas. 
DIAGNÓSTICO: 
Os sinais e sintomas da rubéola são inespecíficos e 
pode ser facilmente confundido com doenças 
causadas por outros patógenos, o que torna 
necessário a associação dos dados clínicos com 
os dados epidemiológicos e laboratoriais. As 
palpações dos linfonodos da região do pescoço 
associado à febre baixa e erupções cutâneas 
ajudam para nortear o diagnóstico. 
O diagnóstico padrão ouro é o isolamento viral 
pela nasofaringe entre o 1º ao 7º dia de sintomas, 
contudo pode-se fazer outros exames 
laboratoriais: 
 Sorologia: Fase aguda (IgM); Fase de 
convalescença (IgG). 
 Hemograma: Leucopenia com 
neutropenia e Trombocitopenia leve. 
TRATAMENTO: 
O tratamento é sintomático e com 
acompanhamento. 
 Analgésicos 
 Corticoides e imunoglobulina, para casos 
de trombocitopenia grave não remitente; 
*Precaução de contato e de gotículas até 0 7º dia 
pós-exantema. 
PREVENÇÃO: 
A vacina da rubéola é recomendada para todas 
as crianças. Normalmente, é aplicada em bebês 
de 12 a 15 meses, mas algumas vezes é 
administrada antes e durante epidemias. Dose de 
reforço para crianças entre quatro e seis anos. As 
vacinas podem ser: tríplice viral ou tetra viral. 
EXANTEMA SÚBITO 
Também chamado de Roséola Infantil. É causada 
pelo herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7). 
Acomete apenas as crianças entre 6 meses e 6 
anos de idade, sendo comum nos lactentes e pré-
escolares predominando nos menores de 2 anos. 
Não ocorre antes dos seis meses devido a 
proteção pelos anticorpos maternos1. Por ser um 
vírus altamente prevalente na comunidade 
acredita-se que na idade pré-escolar quase todas 
as crianças já estão imunes e infectadas 
subclinicamente, porém somente 9-17% delas 
desenvolveram a doença. 
TRANSMISSÃO: 
A transmissão ocorre por gotículas contaminadas 
excretadas da saliva de adultos saudáveis 
portadores do vírus. O tempo de incubação é 
entre 5 a 15 dias (alguns autores 3 a 7 dias). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
O início é súbito com febre alta e contínua. Não 
há toxemia, com estado geral bom e poucos 
sintomas respiratórios, mas a criança fica 
extremamente irritada e com perda de apetite 
devido a febre, e em até 10% das crianças causa 
convulsão febril. A adenopatia cervical é um 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
 
 
achado muito frequente, assim como a hiperemia 
de faringe. Pode ocorrer um pródomo de sintomas 
inespecíficos, como diarreia leve, pápulas 
eritematosas na mucosa do palato mole, tosse, 
edema palpebral, abaulamento da fontanela 
anterior e inflamação do tímpano. 
A febre cessa em 3 a 4 dias quando então surge o 
exantema morbiliforme, também súbito, 
caracterizado por lesões maculopapulares 
eritematosas, com área sã de pele ao redor, 
algumas rodeadas por um halo claro, podendo 
desaparecer à digito-pressão. Começa no tronco 
e se disseminam para a cabeça e as 
extremidades. A erupção é de duração curta, 
desaparecendo dentro de algumas horas a 2 ou 
3 dias, podendo passar despercebido. 
Principalmente durante o período febril a criança 
é capaz de transmitir o vírus e por isso deve ser 
afastada da creche ou escola. 
DIAGNÓSTICO: 
A presença do herpes vírus humano no sangue 
periférico pode fornecer o diagnóstico de uma 
infecção primária. 
TRATAMENTO: 
O tratamento é sintomático apenas com 
antitérmicos devido o HVH6 ser resistente ao 
aciclovir e a doença ser autolimitada e benigna. 
Em pacientes imunocomprometidos, usar 
Ganciclovir por 2-3 semanas. 
ERITEMA INFECCIOSO 
É a manifestação mais comum da infecção pelo 
parvovírus humano B19. É benigna, assintomática 
na maioria dos casos e afeta predominantemente 
crianças e jovens com idade entre 5 e 15 anos. 
TRANSMISSÃO: 
A transmissão ocorre principalmente por gotículas 
das vias respiratórias, e as taxas de infecção 
secundária entre contatos domiciliares é alta. 
Possui período de incubação longo, entre 4 a 14 
dias. 
QUADRO CLÍNICO: 
Começa com o exantema na face, caracterizado 
por lesões eritematosas ou eritematopapulosas 
que confluem, tornando-se uma placa vermelho-
rubra concentrada na região da bochecha e 
poupando quase sempre a região perioral e o 
queixo, conferindo aspecto de “cara 
esbofeteada” ou “asa de borboleta” (semelhante 
ao observado no lúpus eritematoso). Em seguida 
se espalha pelo corpo. 
O desaparecimento ocorre em 1 ou 2 semanas, 
sem descamar e pode exacerbar ou reaparecer 
quando a criança é exposta ao sol, estresse, faz 
exercícios ou quando há alterações de 
temperatura. 
 
DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico também é clínico através da 
história e característica das lesões. Testes 
sorológicos são desnecessários em crianças 
saudáveis. O hemograma é normal ou com 
discreta leucocitose e eosinofilia. Pacientes 
imunocomprometidos ou com hemoglobinopatias 
devem ser investigados para supressão 
hematopoiética e detecção do vírus pela técnica 
do PCR. 
TRATAMENTO: 
O tratamento é sintomático quando necessário. 
Não há profilaxia e contactantes de risco 
(gravidas, imunossuprimidos ou anemia 
hemolítica) devem evitar o contato. 
VARICELA 
TRANSMISSÃO: 
Agente Etiológico: Herpes-Zoster 3 (HSV-3). A 
catapora ocorre mediante transmissão de pessoa 
a pessoa, por meio do líquido presente nas bolhas 
ou ainda por secreções respiratórias, podendo 
também permanecer sobre a forma de 
perdigotos. Sua incubação varia de 4 a 16 dias, 
com transmissão 1 a 2 dias antes de aparecerem 
as primeiras lesões até 6 dias após, quando todas 
as lesões se tornarem crostosas. Levando isso em 
consideração, é recomendado o isolamento da 
criança por 7 dias a partir do dia de aparecimento 
das manchas no corpo. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 o quadro de varicela é iniciado por um período 
prodrômico, caracterizado pela presença de 
sinais gripais leves (mal estar, astenia, cefaleia, 
inapetência, febre baixa) e procedido pelo 
aparecimento das lesões cutâneas. Sua principal 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
 
 
característica é opolimorfismo, em que 
concomitantemente aparecem lesões 
vesiculosas, crostosase cicatriciais. Aparece 
inicialmente na face, evoluindo de forma 
centrífuga (do centro para as extremidades) no 
tronco. É uma doença de regressão espontânea, 
sendo que em cerca de 21 dias há remissão total 
do quadro. Apesar disso as complicações são 
bem graves, podendo evoluir para síndrome de 
Reye, encefalopatia e pneumonia grave, sendo 
estas mais frequentes em imunodeprimidos. 
 
DIAGNÓSTICO: 
É geralmente clínico, podendo ser auxiliado: 
 TESTE DE TZANK: em que é realizada uma 
raspagem na base da lesão, colorado 
com Giemsa e visualizada a presença de 
células balonizantes, gigantes e 
multinucleadas. 
 AGLUTINAÇÃO PELO LÁTEX; 
 ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) 
 IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA 
 BIÓPSIA: para melhorar a acuidade do 
diagnóstico. 
Em casos atípicos e de evolução exuberante 
deve-se investigar ainda condições que 
acarretam em imunossupressão. 
TRATAMENTO: 
Na varicela, deve-se utilizar: 
 Anti-histaminicos para controle do prurido 
 Soluções antissépticas para evitar 
infecção secundária (água boricada, 
permanganato de potássio). 
Recomenda-se ainda manter isolamento até 2 
dias após resolução da última lesão. Pode-se 
utilizar imunoglobulina em pacientes de alto risco, 
como imunodeprimidos, recém-nascidos, 
grávidas, prematuros e não vacinados. Mãos, 
vestimentas, roupas de cama, e outros objetos 
com potencial de estarem contaminados devem 
passar por uma higienização rigorosa de forma a 
evitar o contágio de outros indivíduos. 
PREVENÇÃO: 
Vacina tetra viral, que protege contra sarampo, 
caxumba, rubéola e varicela (catapora), 
para crianças entre 15 meses e 2 anos de 
idade que já tenham sido vacinadas com a 
primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola). 
A vacina para varicela (catapora) tem suas 
indicações precisas, levando em conta a situação 
epidemiológica da doença, por isso não está 
disponível de forma universal no SUS. 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA 
Agente etiológico: Coxsackie vírus. O coxsackie 
vírus habita normalmente o sistema digestivo e 
pode provocar estomatites (aftas orais que 
afetam a mucosa). Os principais tipos causadores 
da doença são o coxsackie A16 e o enterovírus 71 
A5, A7 e A9. Sua transmissão ocorre via oral-oral, 
fecal-oral e pelas vias aéreas. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
A doença tem início com a ocorrência de sinais 
gripais e dores na garganta. Estes se procedem 
pelo aparecimento de vesículas de coloração 
branco-acinzentadas na boca, amígdalas e 
faringe e pela erupção de bolhas em região 
plantar dos pés e palmar das mãos, podendo 
ocorrer também em nádegas e região genital. A 
incubação varia entre 1 e 7 dias. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 É sobretudo clínico, podendo ser auxiliado pelo 
raspado de vesícula ou mucosas, e pelo RT-PCR, 
apesar de ser pouco usado na prática. 
TRATAMENTO: 
Analgésicos, como paracetamol, e 
antiinflamatórios, como ibuprofeno, para o alívio 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP 
 
 
da dor e do desconforto causado pela febre e 
pelas lesões orais. 
ESCARLATINA 
TRANSMISSÃO: 
Agente Etiológico: Streptococcus Pyogenes. A 
transmissão ocorre através do contato com saliva 
ou secreção nasal da pessoa infectada e 
acomete crianças entre 3 e 15 anos de idade. 
FISIOPATOLOGIA: 
A escarlatina é uma doença infecciosa que surge 
mais comumente após complicação do quadro 
de Faringite Estreptocócica. 
O período de incubação é de 2-5 dias e o início 
do quadro costuma ser abrupto apresentando 
sintomas como febre alta e cefaleia. 
Nos dois dias após a instalação desse quadro, 
surge o exantema micropapular dando aspecto 
áspero a pele, sendo esta chamada de “pele em 
lixa”, desaparece 6-9 dias depois deixando uma 
descamação lamelar nas regiões plantares e 
palmares. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 SINAL DE PASTIA: que consiste em uma 
exacerbação do exantema em regiões de 
dobras como a axilar, inguinal e pregas 
cubitais; 
 LÍNGUA EM FRAMBOESA: onde as papilas 
encontram-se aumentadas sobre a língua. 
 
DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico da escarlatina é normalmente feito 
clinicamente, através do exame físico, pois a 
história de dor de garganta associada ao rash 
típico é bem característica. 
Se houver dúvidas, o médico pode colher 
amostras da orofaringe para pesquisa 
do Streptococcus pyogenes. 
TRATAMENTO: 
O tratamento de escolha para a escarlatina é: 
 PENICILINA BENZANTINA (IM) DOSE ÚNICA: 
que elimina os estreptococos, evita as 
complicações da fase aguda, previne a 
febre reumática e diminui a possibilidade 
de aparecimento de glomerulonefrite. Nos 
doentes alérgicos a Penicilina o 
medicamento habitualmente utilizado é a 
Eritromicina. 
 AMOXICILINA: VO, por 10 dias. 
CALENDÁRIO VACINAL: 
 
REFERÊNCIAS: 
Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 
Volume único / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de 
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 
3ª. ed. – Brasília, 2019. 2. 
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de 
Pediatria, 5ª edição, Barueri, SP: Manole,2022. 
SILVA, Josenilson Antônio da et al. Abordagem 
diagnóstica das doenças exantemáticas na 
infância. 2012. 
XAVIER, Analucia R. et al. Diagnóstico clínico, 
laboratorial e profilático do sarampo no 
Brasil. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina 
Laboratorial, v. 55, p. 390-401, 2019. 
 
ANA CLARA SANTOS / 6P IESVAP

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