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0 UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR SERVIÇO SOCIAL MARIA RENATA CARDOSO PIRES VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Bebedouro 2019 1 MARIA RENATA CARDOSO PIRES VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Pitágoras UNOPAR, para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Bebedouro 2019 2 MARIA RENATA CARDOSO PIRES VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE FOLHA DE APROVAÇÃO Examinador:_________________________________________________________ Examinador:_________________________________________________________ Examinador:_________________________________________________________ Bebedouro, de de 2019. 3 DEDICO, as crianças e aos adolescentes que sofrem maus tratos. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus. Ao Vagner Pires. A conceição Aparecida Cardoso. Ao Luis Carlos da Silva. A Bruna de Oliveira. A Rita de Cassia Salvador Pinto. A Vilma Rangel. 5 Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha. Chico Xavier 6 RESUMO O objetivo geral deste estudo é analisar quais as violências sofridas pelos adolescentes e pelas crianças. Este trabalho dá ênfase aos adolescentes e crianças que sofrem violências em casa, nas escolas, na sociedade como um todo. Porque ainda hoje, adolescentes e crianças sofrem tantas violências num mundo tão globalizado? As violências sobre os jovens, considerados aqui crianças e adolescentes é notória, as mídias e redes sociais estão sempre expondo essa problemática. E nem por isso diminuem. Talvez porque a lei não dê tanto respaldo para eles, como anuncia. Recentemente adolescentes de uma escola em São Paulo foram assassinadas por outro adolescente. Não se pode esquecer a chacina na Candelária no Rio de Janeiro. Entre tantas violências sociais, muitas ocorrem nos próprios lares. E para quem esses jovens podem pedir socorro? É preciso que as leis brasileiras tenham mais atenção para os jovens que sofrem as violências, que lhes proporcionem mais qualidade de vida. Existem muitos profissionais capacitados que podem também auxiliar esses jovens, e até mesmo, evitar tais desconfortos sociais. Palavras-chave: Assistência Social. Crianças. Adolescentes. Violência. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 10 2.1 A Família: conceitos .............................................................................................. 13 2.2 O Adolescente ........................................................................................................ 15 2.2 Ato Infracional ......................................................................................................... 16 2.4 Análise dos resultados ........................................................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 22 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 23 8 1 INTRODUÇÃO No Brasil, o tema que trata sobre o temor com a infância e o seu desenvolvimento é antigo. Essas fases iniciais do desenvolvimento de jovens e adolescentes tem sido sistematicamente alvo de atenção de um grupo de instituições que visa dedicar-se ao “futuro da nação”. Dessa forma a atenção dada a essa fase da infância e adolescência significa enxergar os mesmos como a “promessa do futuro” (PAULA, 2004). Este cenário mostra que apesar dos jovens e adolescentes serem o “futuro da nação” a grande maioria, tem seus direitos subtraídos e veem a violência (física, sexual, psicológica) responsabilizá-los em quadros de risco social e suscetíveis a adversidades diversas (MONTE et al., 2011). Dessa forma, entender as variáveis que interferem na realização de comportamentos de adolescentes que resultam em atos de conflito com a lei é essencial, haja vista que tal ação colabora com o desenvolvimento e distribuição de projetos de intervenção e prevenção que promovem a redução de comportamentos infracionais (CASTRO; TEODORO, 2014). Concomitantemente a esse cenário, a adolescência e a complexidade resultante dessa fase do desenvolvimento que gera mudanças nos próprios jovens e adolescentes assim como em suas famílias. Em relação aos adolescentes, estes atravessam a urgência da sexualidade e buscam uma independência maior dos pais. Já em relação a família percebem-se, frequentemente mudanças em seu alicerce e funcionamento, havendo uma conciliação entre as funções e autoridade parental (PREDEBON; GIONGO, 2015). Segundo Predebon e Giongo (2015) o grande número de desafios que as famílias da atualidade vem enfrentando com os seus filhos adolescentes é de grande importância exaltar que a família brasileira exerce uma grande influência sobre a educação indireta e direta dos seus filhos, e a mesma tem que transmitir os valores éticos, morais e normas que os adolescentes precisam seguir como um parâmetro para sua vivência. A pesquisa se fundamenta, a princípio, como uma pesquisa bibliográfica. Esta classificação pode ser entendida como a etapa fundamental de todo trabalho de cunho 9 científico e consiste no levantamento, na seleção, no fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. Segundo Amaral (2007) a pesquisa bibliográfica tem os seguintes objetivos: fazer um histórico sobre o tema; atualizar-se sobre o tema escolhido; encontrar respostas aos problemas formulados; levantar contradições sobre o tema e evitar repetição de trabalhos já realizados. 10 2 DESENVOLVIMENTO De acordo com o artigo (BRASIL, 1990) 2° do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n. 8.069/89) 1990, no Brasil caracteriza o adolescente como uma pessoa que possui de doze a dezoito anos (incompletos) de idade, em que os mesmos estão submetidos a um processamento especial de responsabilidade ao cometerem atos infracionais. As tais idades estão especificadas de acordo com os diversos estudos e teorias, em que estruturam a fase do desenvolvimento denominada a adolescência (ABERASTURY, 1981, ERIKSON, 1976, TIBA, 1993). De acordo com Molaib (2006) o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) tem como objetivo a garantia dos direitos fundamentais de seus tutelados sem qualquer discriminação sendo assim criou-se normas para que tivessem direito a uma vida de boa qualidade, faz parte da especialidade do ECA (BRASIL, 1990) a prevenção à ameaças ou violação dos direitos dos menores, caracteriza-se situações de risco pessoal ou social casos de: a) abandono e negligência b) abuso e maus-tratos na família e nas instituições c) exploração e abuso sexual d) trabalho abusivo e explorado e) tráfico de crianças e adolescentes f) uso e tráfico de drogas g) conflito com a lei, em razão de cometimento de ato infracional.(MOLAIB, 2006, p.16) De acordo com Ayres, (2006), Melo et al. (2007), os adolescentes são vistos como uma parte da população de alta vulnerabilidade, devido à estrutura social do Brasil. Em alguns pontos de vista está associado a essa vulnerabilidade onde a escassez de acesso a informações congruentes a necessidade da população, experimentar riscos e transgredir, as difíceis escolhas como a indefinição de identidades, a grande necessidade de ser incluído à um grupo, a desagregação em seu meio familiar e o acesso muito acessível a drogas. O Brasil é um país onde as desigualdades sociais e econômicas separam uma quantidade muito alta de pessoas, em que estas são marginalizadas em relação ao desenvolvimento político, social e econômico. Tendo em vista este contexto pode-se afirmar que as crianças e os adolescentes são os que mais sofrem mediante as essas circunstâncias (MONTE, 2011). 11 Os adolescentes se encontram com um rápido avanço tecnológico disparador, que traz aos adolescentes a obtenção de adquirir conhecimentos e uma diversidade que é fundamental e indispensável, provocadas pela cultura do consumo (ANTONI; KOLLER, 2002, ROCHA, 2002). A trajetória de afirmação da Assistência Social como política social, demonstra que as inovações legais estabelecidas na Constituição Federal, na LOAS, na Política Nacional de Assistência Social e na Norma Operacional Básica/SUAS, por si sós, são incapazes de modificar de imediato o legado das práticas de assistência social sedimentadas na ajuda, na filantropia e no clientelismo. As mudanças propostas precisam ser compreendidas, debatidas, incorporadas e assumidas por todos os envolvidos no processo de gestão da Política de Assistência Social, em todos os níveis da federação. Esse processo é contraditório, lento e gradual e requer a coordenação dos Estados e da União. No curso da história, a Política de Assistência Social adquiriu status de política social. Está em franco processo de institucionalização; de profissionalização e de alcance de racionalidade técnica e política. A regulação estabelece os fundamentos sobre os quais está colocada a possibilidade de reversão da lógica do favor para a lógica do direito à proteção social para todos os cidadãos. Considerando a atual conjuntura política, social e econômica em que se insere a Política de Assistência Social é necessário compreender os limites e constrangimentos de ordem estrutural, que comprometem a sua efetividade. Apesar de todos os esforços e avanços, ainda permanece um abismo entre os direitos garantidos constitucionalmente e a sua efetiva afirmação. Conforme avalia Yasbek (2004) Na árdua e lenta trajetória rumo à sua efetivação como política de direitos, permanece na Assistência Social brasileira uma imensa fratura entre o anúncio do direito e sua efetiva possibilidade de reverter o caráter cumulativo dos riscos e possibilidades que permeiam a vida de seus usuários (YASBEK, 2004, p. 26). Para analisar a Política de Assistência Social é fundamental investigar a sua trajetória. A Constituição Federal é um marco fundamental desse processo porque 12 reconhece a assistência social como política social que, junto com as políticas de saúde e de previdência social, compõem o sistema de seguridade social brasileiro. Portanto, pensar esta área como política social é uma possibilidade recente. Mas, há um legado de concepções, ações e práticas de assistência social que precisa ser capturado para análise do movimento de construção dessa política social. A prática da assistência ao outro é antiga na humanidade. Em diferentes sociedades, a solidariedade dirigida aos pobres, aos viajantes, aos doentes e aos incapazes sempre esteve presente. Esta ajuda pautava-se na compreensão de que na humanidade sempre existirão os mais frágeis, que serão eternos dependentes e precisam de ajuda e apoio. Com a expansão do capital e a pauperização da força de trabalho, as práticas assistenciais de benemerência foram apropriadas pelo Estado direcionando dessa forma a solidariedade social da sociedade civil. No Brasil, até 1930, não havia uma compreensão da pobreza enquanto expressão da questão social e quando esta emergia para a sociedade, era tratada como “caso de polícia” e problematizada por intermédio de seus aparelhos repressivos. Dessa forma a pobreza era tratada como disfunção individual. A primeira grande regulação da assistência social no país foi a instalação do Conselho Nacional de Serviço Social – CNSS - criado em 1938 O Conselho é criado como um dos órgãos de cooperação do Ministério da Educação e Saúde, passando a funcionar em uma de suas dependências, sendo formado por figuras ilustres da sociedade cultural e filantrópica e substituindo o governante na decisão quanto a quais organizações auxiliar. Transita pois, nessa decisão, o gesto benemérito do governante por uma racionalidade nova, que não chega a ser tipicamente estatal, visto que atribui ao Conselho certa autonomia. Dessa forma, é nesse momento que se selam as relações entre o Estado e segmentos da elite, que vão avaliar o mérito do Estado em conceder auxílios e subvenções (auxílio financeiro) a organizações da sociedade civil destinadas ao amparo social. O conceito de amparo social neste momento é tido como uma concepção de assistência social, porém identificado com benemerência. Portanto, o CNSS foi a primeira forma de presença da assistência social na burocracia do Estado brasileiro, ainda que na função subsidiária de subvenção às organizações que prestavam amparo social. 13 A primeira grande instituição de assistência social será a Legião Brasileira de Assistência – LBA - que tem sua gênese marcada pela presença das mulheres e pelo patriotismo. Segundo Sposati (2004, p.19): A relação da assistência social com o sentimento patriótico foi exponenciada quando Darcy Vargas, a esposa do presidente, reúne as senhoras da sociedade para acarinhar pracinhas brasileiros da FEB – Força Expedicionária Brasileira – combatentes da II Guerra Mundial, com cigarros e chocolates e instala a Legião Brasileira de Assistência – LBA. A ideia de legião era a de um corpo de luta em campo, ação. Dessa forma compreende-se que o intuito inicial da LBA era atuar como uma legião, como um corpo em ação numa luta em campo. 2.1 A família: conceitos A família não é considerada como modelo único e atualmente muitos são os arranjos familiares que compõe essa instituição. Como os papéis, as funções estão igualmente implícitas nas famílias. As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. Nesta perspectiva, as funções da família regem-se por dois objectivos, sendo um de nível interno, como a protecção psicossocial dos membros, e o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. “A família deve então, responder às mudanças externas e internas de modo a atender às novas circunstâncias sem, no entanto, perder a continuidade, proporcionando sempre um esquema de referência para os seus membros” (MINUCHIN, 1990,p. 33). Para Serra (1999), a família tem como função primordial a de proteção, tendo sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas, a 14 família ajuda a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida na comunidade. Relativamente à criança, a necessidademais básica da mesma, remete-se para a figura materna, que a alimenta, protege e ensina, assim como cria um apego individual seguro, contribuindo para um bom desenvolvimento da família e consequentemente para um bom desenvolvimento da criança. A família é então, para a criança, um grupo significativo de pessoas, de apoio, como os pais, os pais adoptivos, os tutores, os irmãos, entre outros. Assim, a criança assume um lugar relevante na unidade familiar, onde se sente segura. A nível do processo de socialização a família assume, igualmente, um papel muito importante, já que é ela que modela e programa o comportamento e o sentido de identidade da criança. Ao crescerem juntas, família e criança, promovem a acomodação da família às necessidades da criança, delimitando áreas de autonomia, que a criança experiencia como separação. As mudanças são particularmente difíceis, uma vez que as experiências vividas e simbolizadas na família têm como referência, a respeito desta, definições cristalizadas que são socialmente instituídas pelos dispositivos jurídicos, médicos, psicológicos, religiosos e pedagógicos, enfim, pelos dispositivos disciplinares existentes em nossa sociedade, os quais têm nos meios de comunicação um veículo fundamental, além de suas instituições específicas. Essas referências constituem os “modelos” do que é e como deve ser a família, ancorados numa visão que a considera como uma unidade biológica constituída segundo leis da “natureza”, poderosa força simbólica. No Brasil, a Constituição Federal de 1998 institui duas profundas alterações no que se refere à família; uma delas é a quebra da chefia conjugal masculina, tornando a sociedade conjugal compartilhada em direitos e deveres pelo homem e pela mulher e a outra é o fim da diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos, reiterada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, que os defino como “sujeitos de direitos”. Embora a família continue sendo objeto de profundas idealizações, a realidade das mudanças em curso abala de tal maneira o modelo idealizado que se torna difícil sustentar a ideia de um modelo “adequado”. Não se sabe mais, de antemão, o que é adequado ou inadequado relativamente à família. 15 2.2 O Adolescente Quando se pensa em relação do adolescente e de seu contexto familiar há que se aprofundar também a reflexão do que é ser adolescente. São igualmente múltiplas as compreensões sobre o entendimento do que seja ser adolescente. Muitas têm sido as investidas para esta definição. Apesar de ser uma noção construída socialmente, que não pode ser definida segundo critérios exclusivamente biológicos, psicológicos, jurídicos ou sociológicos, a juventude tem limites mínimos e máximos, e esses limites variam em cada conjuntura histórica. Ao questionar se a juventude “existe” como grupo social relativamente homogêneo ou se ela é “apenas uma palavra” (BORDIEU,1983 p.113, apud GOMES, 2002) aponta que as “divisões etárias são arbitrárias (...) os cortes, seja em classes de idade, ou em gerações, variam inteiramente e são objeto de manipulação. As relações entre idade social e idade biológica são muito complexas”. A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta. Etimologicamente tal termo deriva do latim adolecer, cujo significado é “crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a maioridade” (TIBA, 1985) As idades não possuem um caráter universal. A própria noção da infância, de juventude e de vida adulta, resultantes da história, varia segundo as formações humanas. Em muitas dessas definições, puberdade, adolescência e juventude unem- se numa mesma categoria: juventude. Poucos determinamos as diferenças processuais e as complementaridades que compõem a chamada etapa de transição entre a vida infantil e a vida adulta. Há um grande risco ao se adotar essa perspectiva de etapa de transição – movimento, passagem de um lugar para outro – que no senso comum é confundida com transitoriedade, com curta duração. Essa confusão leva à representação, no cotidiano, de que os comportamentos apresentados pelos jovens são resultantes de sua vivência em um momento relativamente curto no que se refere à dimensão da vida. A atitude mais adequada é “deixar passar”, sem necessidade de atenções especiais aqueles que estejam vivendo essa fase (CARRARO, 1999). O adolescente é um viajante que deixou um lugar e ainda não chegou no seguinte. Vive um intervalo entre liberdades anteriores e 16 responsabilidades/compromissos subsequentes; vive uma última hesitação antes dos sérios compromissos da fase adulta (LOSACCO, 2005, p. 69). Aberastury (apud PASCUIM, 2006, p.36) define a adolescência como: Um momento crucial da vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de desprendimento que começou com o nascimento. As modificações psicológicas que produzem neste período, e que são o correlato de modificações corporais, levam a uma nova relação com os pais e o mundo. Isso só é possível se elabora, lenta e dolorosamente, o luto pelo corpo infantil, pela identidade infantil e pela relação com os pais na infância. Se faz entender que as transformações afetam tanto os adolescentes bem como as famílias, que passam por estranhamentos diante da fase de adolescência dos filhos. 2.3 Ato Infracional O artigo 103 do ECA considera ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal, e o artigo 110 do mesmo Estatuto estabelece que “Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal”. (CAMARGO, 2013, p. 1). ECA – Estatuto da Criança de do Adolescente, foi criado em 1990 sob a Lei nº 8069 de 13 de julho, é um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas e expedindo encaminhamentos para o juiz, definidos no artigo 227 da Constituição Federal. Art. 227 caput da Constituição Federal diz: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao lazer e à profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência crueldade e opressão." Ishida (2009, p.158) preceitua ato infracional dizendo: “Existem basicamente dois conceitos para crime: o primeiro como fato típico e antijurídico e o segundo, atualmente predominante, onde é considerado como fato típico, antijurídico e culpável”. Conforme Santos (2013, p. 1) Os menores de dezoito anos, ao cometerem crimes ou contravenções, serão enquadrados tão somente como atos infracionais, sendo por lei inimputáveis, estando, como dito anteriormente, excluídos da possibilidade de aplicação de http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10602274/artigo-103-da-lei-n-8069-de-13-de-julho-de-1990 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90 17 pena, que, por sua vez, sua conduta delituosa virá a sofrer aplicações de medidas bem mais brandas, conhecidas também como medidas sócio- educativas. Medidas sócio-educativas constituem na resposta estatal, aplicada pela autoridade judiciária, ao adolescente que cometeu ato infracional, sendo elas: advertência, reparação de danos, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade, internação, da remissão (AQUINO, 2018. p. 1). Mas porque crianças e adolescentes sofrem tanta violência? 2.4 Análise dos resultados O Código Penal adotou um critério estritamente biológico para estabelecer a presunção absoluta de inimputabilidade para os indivíduos “menores” de 18 (dezoito) anos. O mencionado diploma legal não define expressamente a imputabilidade. Dispõemos seus artigos: Art.26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art.27. Os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Segundo o Código Penal pátrio, “menor” é toda pessoa com menos de 18 (dezoito) anos, sendo, assim, incapaz de responder por atos ilícitos antes de completar a idade legal. Ou seja, “menor” é aquela pessoa a quem não é imposta responsabilidade penal em razão de ser considerado incapaz de entender o caráter delituoso da sua conduta. Imputabilidade, no âmbito penal, é atribuir à pessoa a responsabilidade de autor ou causador do ato ou fato ilícito. Segundo Júlio Fabbrini Mirabete (2004, p.210), há imputabilidade quando o sujeito é capaz de compreender a ilicitude de sua conduta e de agir de acordo com esse entendimento, ensejando, assim, a imputação penal mediante sua conduta ilícita e antijurídica. O vigente Código Penal adotou o sistema da inimputabilidade absoluta para os “menores” de 18 anos, assim, necessário tornou-se um estatuto de complementação, 18 conforme prevê o artigo 27, quando se refere às normas estabelecidas por legislação especial. Em 2006, docentes cursando Pós-Graduação em Psicologia, intitularam sua pesquisa em “Conselho Tutelar e Comunidade: o Impacto dos Conselhos nas Práticas Sociais com Crianças e Adolescentes”, tendo como base verificar o impacto produzido pela ação do Conselho Tutelar no Município sobre as práticas familiares e institucionais com crianças e adolescentes. Foi realizado um levantamento das estatísticas de atendimento de 2000 a 2003 (quatro anos) do Conselho Tutelar de um Município do Estado de Santa Catarina. Os resultados indicaram um impacto maior nas práticas sociais familiares e nas práticas sociais institucionais de saúde. Através da análise dos indicadores, pôde-se constatar que o Conselho Tutelar produziu mudanças nas práticas sociais em níveis diferenciados nas famílias e nas instituições. Esta pesquisa focou as práticas sociais, e os principais índices que contribuíram para a mudança das famílias, foram: a violência física e a psicológica. Em outro artigo, publicado em 2005, com o tema “Violência Doméstica: Reflexões sobre o Agir Profissional”, o qual se identifica melhor com este trabalho, estabeleceu discussões sobre dificuldades no manejo dos maus-tratos infantis, em especial do abuso sexual. Este artigo baseou-se num referencial teórico, e concluiu que problemática da violência contra crianças, em especial o abuso sexual, é uma tarefa bastante árdua, envolve aspectos emocionais do profissional que está atendendo a criança, e estruturais, tais como o apoio legal, a existência de órgãos e serviços de apoio bem como treinamento para detectar e manejar tais situações. Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2005, analisaram “Abuso Sexual Infantil e Dinâmica Familiar: Aspectos Observados em Processos Jurídicos”, visando contribuir com tais objetivos, mapeando fatores de risco para abuso sexual intrafamiliar identificados nos processos jurídicos. Para esse estudo foi realizada uma análise de documentos a partir de todos os processos de casos denunciados de violência sexual ajuizados pelas Promotorias Especializadas na Infância e na Juventude de Porto Alegre – Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul – entre 1992 e 1998, num total de 71 expedientes e 94 vítimas, uma vez que algumas vítimas constavam no mesmo expediente por pertencerem à mesma família. 19 As crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual eram, na maioria dos casos, do sexo feminino (80,9%), enquanto que apenas 19,1% das vítimas eram do sexo masculino. A idade de início dos abusos concentrou-se em três faixas etárias, sendo que 10,6% das crianças apresentavam idade entre 2 e 5 anos, 36,2% destas tinham entre 5 e 10 anos e 19,1% tinham entre 10 e 12 anos. A maioria das crianças (26,6%) frequentava o ensino fundamental no início das agressões. A idade da denúncia concentrou-se na adolescência, uma vez que 42,6% apresentavam idade entre 12 e 18 anos quando a situação abusiva foi delatada. Os demais casos foram denunciados quando a vítima tinha entre 1 e 5 anos (14,9%), 5 a 10 anos (20,2%) e 10 a 12 (22,3%). Em 90, dos 94 documentos analisados, havia registro de características do agressor. Na maioria dos casos este era do sexo masculino (98,8%) e tinha vínculos afetivos e de confiança com a vítima. Em 57,4% dos casos, o agressor era pai da vítima e em 37,2% dos casos, este era padrasto ou pai adotivo desta. Neste estudo, os alunos e pesquisadores sugeriram, diante dos resultados obtidos, a necessidade urgente de capacitação profissional para identificar e diagnosticar os casos de violência sexual, bem como de promover intervenções preventivas e terapêuticas para as crianças e adolescentes e para suas famílias. Embora este artigo já tenha alguns anos, atualmente a sociedade se depara todos os dias com a mídia mostrando os mesmos problemas. Mais recentemente, em Ribeirão Preto, no ano de 2008, uma aluna da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, abordou o tema “Violências contra crianças e adolescentes: análise de quatro anos de notificações feitas ao Conselho Tutelar na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil”. Teve como objetivo principal discutir o sistema conceitual de classificação das diferentes violências dirigidas à infância e à adolescência, a partir da descrição e análise qualitativa e quantitativa das notificações efetuadas entre os anos de 2000 e 2003. Diversas foram as violências, mas a familiar destacou-se muito nesse estudo, pois há um rol mais amplo de situações, com potencial para produzir sequelas mais ou menos evidentes nas crianças/adolescentes, equivalentes às tradicionalmente incluídas pelas definições estritas, que deveriam ser pensadas nesta classe, o que 20 concorreria imediatamente para uma consequente ampliação de sua importância quantitativa Em 2007, outra pesquisa intitulada “O perfil da violência contra crianças e adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: vítimas, agressores e manifestações de violência”, em Feira de Santa na Bahia, teve como objetivo, estimar a prevalência das diferentes formas de violência contra crianças e adolescentes (vítimas) registradas nos Conselhos Tutelares. E chegaram à conclusão que os agressores, segundo as diferentes formas de violências, foi verificado que a mãe foi o agressor que contribuiu com a maior prevalência para a negligência (60,7%) (violência mais frequentemente denunciada); o pai contribuiu com 37,6%; o padrasto com 24,3% e outros familiares com 25,7%. A violência física foi mais prevalente entre “outros agressores” (41,9%); a madrasta contribuiu com 38,9%; o padrasto com 32,1% e a mãe com 28,5%. Nesse estudo os encaminhamentos dos casos denunciados nos Conselhos de Feira de Santana, observou-se que dos 1.525 casos que foram encaminhados, mais de 40% foram para notificação e mais de 25% para sindicância. Em 2013, Padovani e Ristum, num estudo realizado em Salvador, voltado para a área da educação como influência aos adolescentes infratores, concluíram que a escola pode tornar-se uma oportunidade de inclusão, dentro da medida socioeducativa de internação. Graciano e Lanbach (2014) em sua pesquisa, analisaram uma série de adolescentes que faziam uso de drogas no ambiente escolar. Em suas considerações finais, a influência familiar junto com a escola, podem ajudar os adolescentes a analisarem uma oportunidade única e singular, que foi a aproximação de pessoas com diversos problemase necessidades, isso contribuiu para que os adolescentes começassem a entender as drogas como uma doença, uma fragilidade do organismo. Como bem salienta Iamamoto (2003), o Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas, sobretudo na realidade. o assistente social apresenta-se como mediador da relação entre Estado, instituição e classe trabalhadora. Isso porque as políticas sociais constituem-se como espaços conflitantes, onde ocorre o controle dos sujeitos, mas também onde ocorre a luta por direitos (YAZBEK, 1999). Os sujeitos, usuários dos serviços prestados pelo assistente social, se colocam muitas vezes frente ao profissional em estado de sofrimento, aparente passividade ou 21 revolta, desacreditado ou esperançoso de possíveis soluções para situações singulares que vivenciam (FÁVERO, 2004). Como salienta Battini (2009), coloca-se como exigência da própria intervenção profissional do assistente social a atitude investigativa, pois ela aguça o espírito de descoberta, tornando-se condição para ultrapassagem do aparente, evidenciando a essência dos fenômenos nos seus nexos e conexões. De acordo com Guerra (2009), a própria sociedade na qual o assistente social intervém, e a dinâmica, interesses, objetivos, metas e finalidades das instituições onde se realiza o trabalho profissional, determinam os limites da intervenção do assistente social. A peculiaridade do SERVIÇO DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE exige esforços profissionais e institucionais na proteção à criança e adolescente em situação de risco ou violência, requerendo, sobretudo, significativo empenho na potencialização das famílias de modo a garantir a convivência familiar e comunitária, conforme legalmente consagrado. Diante disso, é evidente a complexidade que envolve as respostas profissionais. E a partir dos desafios colocados pela própria realidade é que o profissional fará a escolha por seus instrumentos de trabalho. E tal escolha cumpre além de uma função técnica e operacional, uma função política e ideológica (SANTOS e NORONHA, 2010) uma vez que não está desconectada de objetivos e projetos profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Todo adulto já foi criança já foi adolescente, em todos os lares já tiverem ou ainda tem jovens procurando empregos, crianças querendo estudar, e muitas vezes 22 não conseguem atingir seus objetivos, pois são vítimas de uma sociedade que prega mas que não cumpre as normas estabelecidas no ECA. Espera-se com este trabalho, que tem o lado negativo da história, compartilhar com os futuros profissionais da assistência social, dados críticos e reais sobre a violência, com o intuito de ajudar esses jovens. Obviamente não se espera que tenhamos a resposta pronta, mesmo porque se tivesse, não teríamos tanta violência focando os jovens, mas espera-se que esses profissionais possam voltar seus olhares para alternativas há um curto espaço de tempo, minimizando o sofrimento dos jovens brasileiros. REFERENCIAS ABERASTURY, A. O adolescente e a liberdade. In A. Aberastury; M. Knobel (Eds.), Adolescência normal: um enfoque psicanalítico (p. 13-23). 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