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0 
 
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR 
SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA RENATA CARDOSO PIRES 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bebedouro 
2019 
 
1 
 
 MARIA RENATA CARDOSO PIRES 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a 
Universidade Pitágoras UNOPAR, para obtenção do 
título de Bacharel em Serviço Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bebedouro 
2019 
 
2 
 
 MARIA RENATA CARDOSO PIRES 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
Examinador:_________________________________________________________ 
 
Examinador:_________________________________________________________ 
 
Examinador:_________________________________________________________ 
 
 
 
 
Bebedouro, de de 2019. 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO, as crianças e aos adolescentes que 
sofrem maus tratos. 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus. 
Ao Vagner Pires. 
A conceição Aparecida Cardoso. 
Ao Luis Carlos da Silva. 
A Bruna de Oliveira. 
A Rita de Cassia Salvador Pinto. 
A Vilma Rangel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, 
sorria hoje. Se tiver que chorar, chore hoje. Pois o 
importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã 
talvez não venha. 
Chico Xavier 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
O objetivo geral deste estudo é analisar quais as violências sofridas pelos 
adolescentes e pelas crianças. Este trabalho dá ênfase aos adolescentes e crianças 
que sofrem violências em casa, nas escolas, na sociedade como um todo. Porque 
ainda hoje, adolescentes e crianças sofrem tantas violências num mundo tão 
globalizado? As violências sobre os jovens, considerados aqui crianças e 
adolescentes é notória, as mídias e redes sociais estão sempre expondo essa 
problemática. E nem por isso diminuem. Talvez porque a lei não dê tanto respaldo 
para eles, como anuncia. Recentemente adolescentes de uma escola em São Paulo 
foram assassinadas por outro adolescente. Não se pode esquecer a chacina na 
Candelária no Rio de Janeiro. Entre tantas violências sociais, muitas ocorrem nos 
próprios lares. E para quem esses jovens podem pedir socorro? É preciso que as leis 
brasileiras tenham mais atenção para os jovens que sofrem as violências, que lhes 
proporcionem mais qualidade de vida. Existem muitos profissionais capacitados que 
podem também auxiliar esses jovens, e até mesmo, evitar tais desconfortos sociais. 
 
Palavras-chave: Assistência Social. Crianças. Adolescentes. Violência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 
 
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 10 
2.1 A Família: conceitos .............................................................................................. 13 
2.2 O Adolescente ........................................................................................................ 15 
2.2 Ato Infracional ......................................................................................................... 16 
2.4 Análise dos resultados ........................................................................................... 15 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 22 
 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, o tema que trata sobre o temor com a infância e o seu 
desenvolvimento é antigo. Essas fases iniciais do desenvolvimento de jovens e 
adolescentes tem sido sistematicamente alvo de atenção de um grupo de instituições 
que visa dedicar-se ao “futuro da nação”. Dessa forma a atenção dada a essa fase da 
infância e adolescência significa enxergar os mesmos como a “promessa do futuro” 
(PAULA, 2004). 
Este cenário mostra que apesar dos jovens e adolescentes serem o “futuro da 
nação” a grande maioria, tem seus direitos subtraídos e veem a violência (física, 
sexual, psicológica) responsabilizá-los em quadros de risco social e suscetíveis a 
adversidades diversas (MONTE et al., 2011). 
Dessa forma, entender as variáveis que interferem na realização de 
comportamentos de adolescentes que resultam em atos de conflito com a lei é 
essencial, haja vista que tal ação colabora com o desenvolvimento e distribuição de 
projetos de intervenção e prevenção que promovem a redução de comportamentos 
infracionais (CASTRO; TEODORO, 2014). 
Concomitantemente a esse cenário, a adolescência e a complexidade 
resultante dessa fase do desenvolvimento que gera mudanças nos próprios jovens e 
adolescentes assim como em suas famílias. Em relação aos adolescentes, estes 
atravessam a urgência da sexualidade e buscam uma independência maior dos pais. 
Já em relação a família percebem-se, frequentemente mudanças em seu alicerce e 
funcionamento, havendo uma conciliação entre as funções e autoridade parental 
(PREDEBON; GIONGO, 2015). 
Segundo Predebon e Giongo (2015) o grande número de desafios que as 
famílias da atualidade vem enfrentando com os seus filhos adolescentes é de grande 
importância exaltar que a família brasileira exerce uma grande influência sobre a 
educação indireta e direta dos seus filhos, e a mesma tem que transmitir os valores 
éticos, morais e normas que os adolescentes precisam seguir como um parâmetro 
para sua vivência. 
A pesquisa se fundamenta, a princípio, como uma pesquisa bibliográfica. Esta 
classificação pode ser entendida como a etapa fundamental de todo trabalho de cunho 
9 
 
científico e consiste no levantamento, na seleção, no fichamento e arquivamento de 
informações relacionadas à pesquisa. 
Segundo Amaral (2007) a pesquisa bibliográfica tem os seguintes objetivos: 
fazer um histórico sobre o tema; atualizar-se sobre o tema escolhido; encontrar 
respostas aos problemas formulados; levantar contradições sobre o tema e evitar 
repetição de trabalhos já realizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
De acordo com o artigo (BRASIL, 1990) 2° do Estatuto da Criança e do 
Adolescente - ECA (Lei n. 8.069/89) 1990, no Brasil caracteriza o adolescente como 
uma pessoa que possui de doze a dezoito anos (incompletos) de idade, em que os 
mesmos estão submetidos a um processamento especial de responsabilidade ao 
cometerem atos infracionais. As tais idades estão especificadas de acordo com os 
diversos estudos e teorias, em que estruturam a fase do desenvolvimento denominada 
a adolescência (ABERASTURY, 1981, ERIKSON, 1976, TIBA, 1993). 
De acordo com Molaib (2006) o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 
1990) tem como objetivo a garantia dos direitos fundamentais de seus tutelados sem 
qualquer discriminação sendo assim criou-se normas para que tivessem direito a uma 
vida de boa qualidade, faz parte da especialidade do ECA (BRASIL, 1990) a 
prevenção à ameaças ou violação dos direitos dos menores, caracteriza-se situações 
de risco pessoal ou social casos de: 
 
a) abandono e negligência b) abuso e maus-tratos na família e nas 
instituições c) exploração e abuso sexual d) trabalho abusivo e explorado e) 
tráfico de crianças e adolescentes f) uso e tráfico de drogas g) conflito com a 
lei, em razão de cometimento de ato infracional.(MOLAIB, 2006, p.16) 
 
De acordo com Ayres, (2006), Melo et al. (2007), os adolescentes são vistos 
como uma parte da população de alta vulnerabilidade, devido à estrutura social do 
Brasil. Em alguns pontos de vista está associado a essa vulnerabilidade onde a 
escassez de acesso a informações congruentes a necessidade da população, 
experimentar riscos e transgredir, as difíceis escolhas como a indefinição de 
identidades, a grande necessidade de ser incluído à um grupo, a desagregação em 
seu meio familiar e o acesso muito acessível a drogas. 
O Brasil é um país onde as desigualdades sociais e econômicas separam uma 
quantidade muito alta de pessoas, em que estas são marginalizadas em relação ao 
desenvolvimento político, social e econômico. Tendo em vista este contexto pode-se 
afirmar que as crianças e os adolescentes são os que mais sofrem mediante as essas 
circunstâncias (MONTE, 2011). 
11 
 
Os adolescentes se encontram com um rápido avanço tecnológico disparador, 
que traz aos adolescentes a obtenção de adquirir conhecimentos e uma diversidade 
que é fundamental e indispensável, provocadas pela cultura do consumo (ANTONI; 
KOLLER, 2002, ROCHA, 2002). 
A trajetória de afirmação da Assistência Social como política social, demonstra 
que as inovações legais estabelecidas na Constituição Federal, na LOAS, na Política 
Nacional de Assistência Social e na Norma Operacional Básica/SUAS, por si sós, são 
incapazes de modificar de imediato o legado das práticas de assistência social 
sedimentadas na ajuda, na filantropia e no clientelismo. 
As mudanças propostas precisam ser compreendidas, debatidas, incorporadas 
e assumidas por todos os envolvidos no processo de gestão da Política de Assistência 
Social, em todos os níveis da federação. 
Esse processo é contraditório, lento e gradual e requer a coordenação dos 
Estados e da União. 
No curso da história, a Política de Assistência Social adquiriu status de política 
social. Está em franco processo de institucionalização; de profissionalização e de 
alcance de racionalidade técnica e política. 
A regulação estabelece os fundamentos sobre os quais está colocada a 
possibilidade de reversão da lógica do favor para a lógica do direito à proteção social 
para todos os cidadãos. 
Considerando a atual conjuntura política, social e econômica em que se insere 
a Política de Assistência Social é necessário compreender os limites e 
constrangimentos de ordem estrutural, que comprometem a sua efetividade. Apesar 
de todos os esforços e avanços, ainda permanece um abismo entre os direitos 
garantidos constitucionalmente e a sua efetiva afirmação. 
Conforme avalia Yasbek (2004) 
 
Na árdua e lenta trajetória rumo à sua efetivação como política de 
direitos, permanece na Assistência Social brasileira uma imensa 
fratura entre o anúncio do direito e sua efetiva possibilidade de 
reverter o caráter cumulativo dos riscos e possibilidades que 
permeiam a vida de seus usuários (YASBEK, 2004, p. 26). 
 
 
Para analisar a Política de Assistência Social é fundamental investigar a sua 
trajetória. A Constituição Federal é um marco fundamental desse processo porque 
12 
 
reconhece a assistência social como política social que, junto com as políticas de 
saúde e de previdência social, compõem o sistema de seguridade social brasileiro. 
Portanto, pensar esta área como política social é uma possibilidade recente. 
 Mas, há um legado de concepções, ações e práticas de assistência social que 
precisa ser capturado para análise do movimento de construção dessa política social. 
A prática da assistência ao outro é antiga na humanidade. Em diferentes 
sociedades, a solidariedade dirigida aos pobres, aos viajantes, aos doentes e aos 
incapazes sempre esteve presente. Esta ajuda pautava-se na compreensão de que 
na humanidade sempre existirão os mais frágeis, que serão eternos dependentes e 
precisam de ajuda e apoio. 
Com a expansão do capital e a pauperização da força de trabalho, as práticas 
assistenciais de benemerência foram apropriadas pelo Estado direcionando dessa 
forma a solidariedade social da sociedade civil. 
No Brasil, até 1930, não havia uma compreensão da pobreza enquanto 
expressão da questão social e quando esta emergia para a sociedade, era tratada 
como “caso de polícia” e problematizada por intermédio de seus aparelhos 
repressivos. Dessa forma a pobreza era tratada como disfunção individual. 
A primeira grande regulação da assistência social no país foi a instalação do Conselho 
Nacional de Serviço Social – CNSS - criado em 1938 
O Conselho é criado como um dos órgãos de cooperação do Ministério da 
Educação e Saúde, passando a funcionar em uma de suas dependências, sendo 
formado por figuras ilustres da sociedade cultural e filantrópica e substituindo o 
governante na decisão quanto a quais organizações auxiliar. Transita pois, nessa 
decisão, o gesto benemérito do governante por uma racionalidade nova, que não 
chega a ser tipicamente estatal, visto que atribui ao Conselho certa autonomia. 
Dessa forma, é nesse momento que se selam as relações entre o Estado e 
segmentos da elite, que vão avaliar o mérito do Estado em conceder auxílios e 
subvenções (auxílio financeiro) a organizações da sociedade civil destinadas ao 
amparo social. O conceito de amparo social neste momento é tido como uma 
concepção de assistência social, porém identificado com benemerência. 
Portanto, o CNSS foi a primeira forma de presença da assistência social na 
burocracia do Estado brasileiro, ainda que na função subsidiária de subvenção às 
organizações que prestavam amparo social. 
13 
 
A primeira grande instituição de assistência social será a Legião Brasileira de 
Assistência – LBA - que tem sua gênese marcada pela presença das mulheres e pelo 
patriotismo. 
Segundo Sposati (2004, p.19): 
 
A relação da assistência social com o sentimento patriótico foi 
exponenciada quando Darcy Vargas, a esposa do presidente, reúne 
as senhoras da sociedade para acarinhar pracinhas brasileiros da 
FEB – Força Expedicionária Brasileira – combatentes da II Guerra 
Mundial, com cigarros e chocolates e instala a Legião Brasileira de 
Assistência – LBA. A ideia de legião era a de um corpo de luta em 
campo, ação. 
 
Dessa forma compreende-se que o intuito inicial da LBA era atuar como uma 
legião, como um corpo em ação numa luta em campo. 
 
2.1 A família: conceitos 
 
A família não é considerada como modelo único e atualmente muitos são os 
arranjos familiares que compõe essa instituição. Como os papéis, as funções estão 
igualmente implícitas nas famílias. As famílias como agregações sociais, ao longo dos 
tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus 
membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. 
As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou 
renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às 
necessidades da sociedade pertencente. Nesta perspectiva, as funções da família 
regem-se por dois objectivos, sendo um de nível interno, como a protecção 
psicossocial dos membros, e o outro de nível externo, como a acomodação a uma 
cultura e sua transmissão. 
 “A família deve então, responder às mudanças externas e internas de modo a 
atender às novas circunstâncias sem, no entanto, perder a continuidade, 
proporcionando sempre um esquema de referência para os seus membros” 
(MINUCHIN, 1990,p. 33). 
Para Serra (1999), a família tem como função primordial a de proteção, tendo 
sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas 
e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas, a 
14 
 
família ajuda a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior 
recurso natural para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida 
na comunidade. 
Relativamente à criança, a necessidademais básica da mesma, remete-se 
para a figura materna, que a alimenta, protege e ensina, assim como cria um apego 
individual seguro, contribuindo para um bom desenvolvimento da família e 
consequentemente para um bom desenvolvimento da criança. A família é então, para 
a criança, um grupo significativo de pessoas, de apoio, como os pais, os pais 
adoptivos, os tutores, os irmãos, entre outros. 
Assim, a criança assume um lugar relevante na unidade familiar, onde se sente 
segura. A nível do processo de socialização a família assume, igualmente, um papel 
muito importante, já que é ela que modela e programa o comportamento e o sentido 
de identidade da criança. Ao crescerem juntas, família e criança, promovem a 
acomodação da família às necessidades da criança, delimitando áreas de autonomia, 
que a criança experiencia como separação. 
As mudanças são particularmente difíceis, uma vez que as experiências vividas 
e simbolizadas na família têm como referência, a respeito desta, definições 
cristalizadas que são socialmente instituídas pelos dispositivos jurídicos, médicos, 
psicológicos, religiosos e pedagógicos, enfim, pelos dispositivos disciplinares 
existentes em nossa sociedade, os quais têm nos meios de comunicação um veículo 
fundamental, além de suas instituições específicas. 
Essas referências constituem os “modelos” do que é e como deve ser a família, 
ancorados numa visão que a considera como uma unidade biológica constituída 
segundo leis da “natureza”, poderosa força simbólica. 
No Brasil, a Constituição Federal de 1998 institui duas profundas alterações no 
que se refere à família; uma delas é a quebra da chefia conjugal masculina, tornando 
a sociedade conjugal compartilhada em direitos e deveres pelo homem e pela mulher 
e a outra é o fim da diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos, reiterada pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, que os defino 
como “sujeitos de direitos”. 
Embora a família continue sendo objeto de profundas idealizações, a realidade 
das mudanças em curso abala de tal maneira o modelo idealizado que se torna difícil 
sustentar a ideia de um modelo “adequado”. Não se sabe mais, de antemão, o que é 
adequado ou inadequado relativamente à família. 
15 
 
 
2.2 O Adolescente 
 
Quando se pensa em relação do adolescente e de seu contexto familiar há que 
se aprofundar também a reflexão do que é ser adolescente. São igualmente múltiplas 
as compreensões sobre o entendimento do que seja ser adolescente. Muitas têm sido 
as investidas para esta definição. Apesar de ser uma noção construída socialmente, 
que não pode ser definida segundo critérios exclusivamente biológicos, psicológicos, 
jurídicos ou sociológicos, a juventude tem limites mínimos e máximos, e esses limites 
variam em cada conjuntura histórica. 
Ao questionar se a juventude “existe” como grupo social relativamente 
homogêneo ou se ela é “apenas uma palavra” (BORDIEU,1983 p.113, apud GOMES, 
2002) aponta que as “divisões etárias são arbitrárias (...) os cortes, seja em classes 
de idade, ou em gerações, variam inteiramente e são objeto de manipulação. As 
relações entre idade social e idade biológica são muito complexas”. 
A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta. 
Etimologicamente tal termo deriva do latim adolecer, cujo significado é “crescer, 
engrossar, tornar-se maior, atingir a maioridade” (TIBA, 1985) 
As idades não possuem um caráter universal. A própria noção da infância, de 
juventude e de vida adulta, resultantes da história, varia segundo as formações 
humanas. Em muitas dessas definições, puberdade, adolescência e juventude unem-
se numa mesma categoria: juventude. Poucos determinamos as diferenças 
processuais e as complementaridades que compõem a chamada etapa de transição 
entre a vida infantil e a vida adulta. 
Há um grande risco ao se adotar essa perspectiva de etapa de transição – 
movimento, passagem de um lugar para outro – que no senso comum é confundida 
com transitoriedade, com curta duração. Essa confusão leva à representação, no 
cotidiano, de que os comportamentos apresentados pelos jovens são resultantes de 
sua vivência em um momento relativamente curto no que se refere à dimensão da 
vida. A atitude mais adequada é “deixar passar”, sem necessidade de atenções 
especiais aqueles que estejam vivendo essa fase (CARRARO, 1999). 
O adolescente é um viajante que deixou um lugar e ainda não chegou no 
seguinte. Vive um intervalo entre liberdades anteriores e 
16 
 
responsabilidades/compromissos subsequentes; vive uma última hesitação antes dos 
sérios compromissos da fase adulta (LOSACCO, 2005, p. 69). 
Aberastury (apud PASCUIM, 2006, p.36) define a adolescência como: 
Um momento crucial da vida do homem e constitui a etapa decisiva de um 
processo de desprendimento que começou com o nascimento. As 
modificações psicológicas que produzem neste período, e que são o correlato 
de modificações corporais, levam a uma nova relação com os pais e o mundo. 
Isso só é possível se elabora, lenta e dolorosamente, o luto pelo corpo infantil, 
pela identidade infantil e pela relação com os pais na infância. 
 
Se faz entender que as transformações afetam tanto os adolescentes bem 
como as famílias, que passam por estranhamentos diante da fase de adolescência 
dos filhos. 
 
2.3 Ato Infracional 
 
O artigo 103 do ECA considera ato infracional a conduta descrita como crime 
ou contravenção penal, e o artigo 110 do mesmo Estatuto estabelece que “Nenhum 
adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal”. (CAMARGO, 
2013, p. 1). 
ECA – Estatuto da Criança de do Adolescente, foi criado em 1990 sob a Lei nº 
8069 de 13 de julho, é um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que 
tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas 
e expedindo encaminhamentos para o juiz, definidos no artigo 227 da Constituição 
Federal. 
Art. 227 caput da Constituição Federal diz: "É dever da família, da sociedade 
e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, 
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao lazer e à 
profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência crueldade e opressão." 
 
Ishida (2009, p.158) preceitua ato infracional dizendo: “Existem basicamente 
dois conceitos para crime: o primeiro como fato típico e antijurídico e o segundo, 
atualmente predominante, onde é considerado como fato típico, antijurídico e 
culpável”. 
Conforme Santos (2013, p. 1) 
Os menores de dezoito anos, ao cometerem crimes ou contravenções, serão 
enquadrados tão somente como atos infracionais, sendo por lei inimputáveis, 
estando, como dito anteriormente, excluídos da possibilidade de aplicação de 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10602274/artigo-103-da-lei-n-8069-de-13-de-julho-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
17 
 
pena, que, por sua vez, sua conduta delituosa virá a sofrer aplicações de 
medidas bem mais brandas, conhecidas também como medidas sócio-
educativas. 
 
Medidas sócio-educativas constituem na resposta estatal, aplicada pela 
autoridade judiciária, ao adolescente que cometeu ato infracional, sendo elas: 
advertência, reparação de danos, prestação de serviço à comunidade, liberdade 
assistida, semiliberdade, internação, da remissão (AQUINO, 2018. p. 1). 
Mas porque crianças e adolescentes sofrem tanta violência? 
 
2.4 Análise dos resultados 
 
O Código Penal adotou um critério estritamente biológico para estabelecer a 
presunção absoluta de inimputabilidade para os indivíduos “menores” de 18 (dezoito) 
anos. O mencionado diploma legal não define expressamente a imputabilidade. 
Dispõemos seus artigos: 
 
Art.26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art.27. Os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
 
Segundo o Código Penal pátrio, “menor” é toda pessoa com menos de 18 
(dezoito) anos, sendo, assim, incapaz de responder por atos ilícitos antes de 
completar a idade legal. Ou seja, “menor” é aquela pessoa a quem não é imposta 
responsabilidade penal em razão de ser considerado incapaz de entender o caráter 
delituoso da sua conduta. 
Imputabilidade, no âmbito penal, é atribuir à pessoa a responsabilidade de autor 
ou causador do ato ou fato ilícito. Segundo Júlio Fabbrini Mirabete (2004, p.210), há 
imputabilidade quando o sujeito é capaz de compreender a ilicitude de sua conduta e 
de agir de acordo com esse entendimento, ensejando, assim, a imputação penal 
mediante sua conduta ilícita e antijurídica. 
O vigente Código Penal adotou o sistema da inimputabilidade absoluta para os 
“menores” de 18 anos, assim, necessário tornou-se um estatuto de complementação, 
18 
 
conforme prevê o artigo 27, quando se refere às normas estabelecidas por legislação 
especial. 
Em 2006, docentes cursando Pós-Graduação em Psicologia, intitularam sua 
pesquisa em “Conselho Tutelar e Comunidade: o Impacto dos Conselhos nas Práticas 
Sociais com Crianças e Adolescentes”, tendo como base verificar o impacto produzido 
pela ação do Conselho Tutelar no Município sobre as práticas familiares e 
institucionais com crianças e adolescentes. Foi realizado um levantamento das 
estatísticas de atendimento de 2000 a 2003 (quatro anos) do Conselho Tutelar de um 
Município do Estado de Santa Catarina. Os resultados indicaram um impacto maior 
nas práticas sociais familiares e nas práticas sociais institucionais de saúde. 
Através da análise dos indicadores, pôde-se constatar que o Conselho Tutelar 
produziu mudanças nas práticas sociais em níveis diferenciados nas famílias e nas 
instituições. Esta pesquisa focou as práticas sociais, e os principais índices que 
contribuíram para a mudança das famílias, foram: a violência física e a psicológica. 
Em outro artigo, publicado em 2005, com o tema “Violência Doméstica: 
Reflexões sobre o Agir Profissional”, o qual se identifica melhor com este trabalho, 
estabeleceu discussões sobre dificuldades no manejo dos maus-tratos infantis, em 
especial do abuso sexual. 
Este artigo baseou-se num referencial teórico, e concluiu que problemática da 
violência contra crianças, em especial o abuso sexual, é uma tarefa bastante árdua, 
envolve aspectos emocionais do profissional que está atendendo a criança, e 
estruturais, tais como o apoio legal, a existência de órgãos e serviços de apoio bem 
como treinamento para detectar e manejar tais situações. 
Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2005, analisaram 
“Abuso Sexual Infantil e Dinâmica Familiar: Aspectos Observados em Processos 
Jurídicos”, visando contribuir com tais objetivos, mapeando fatores de risco para 
abuso sexual intrafamiliar identificados nos processos jurídicos. 
Para esse estudo foi realizada uma análise de documentos a partir de todos os 
processos de casos denunciados de violência sexual ajuizados pelas Promotorias 
Especializadas na Infância e na Juventude de Porto Alegre – Ministério Público 
Estadual do Rio Grande do Sul – entre 1992 e 1998, num total de 71 expedientes e 
94 vítimas, uma vez que algumas vítimas constavam no mesmo expediente por 
pertencerem à mesma família. 
19 
 
As crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual eram, na maioria dos 
casos, do sexo feminino (80,9%), enquanto que apenas 19,1% das vítimas eram do 
sexo masculino. A idade de início dos abusos concentrou-se em três faixas etárias, 
sendo que 10,6% das crianças apresentavam idade entre 2 e 5 anos, 36,2% destas 
tinham entre 5 e 10 anos e 19,1% tinham entre 10 e 12 anos. A maioria das crianças 
(26,6%) frequentava o ensino fundamental no início das agressões. A idade da 
denúncia concentrou-se na adolescência, uma vez que 42,6% apresentavam idade 
entre 12 e 18 anos quando a situação abusiva foi delatada. Os demais casos foram 
denunciados quando a vítima tinha entre 1 e 5 anos (14,9%), 5 a 10 anos (20,2%) e 
10 a 12 (22,3%). 
Em 90, dos 94 documentos analisados, havia registro de características do 
agressor. Na maioria dos casos este era do sexo masculino (98,8%) e tinha vínculos 
afetivos e de confiança com a vítima. Em 57,4% dos casos, o agressor era pai da 
vítima e em 37,2% dos casos, este era padrasto ou pai adotivo desta. 
Neste estudo, os alunos e pesquisadores sugeriram, diante dos resultados 
obtidos, a necessidade urgente de capacitação profissional para identificar e 
diagnosticar os casos de violência sexual, bem como de promover intervenções 
preventivas e terapêuticas para as crianças e adolescentes e para suas famílias. 
Embora este artigo já tenha alguns anos, atualmente a sociedade se depara todos os 
dias com a mídia mostrando os mesmos problemas. 
Mais recentemente, em Ribeirão Preto, no ano de 2008, uma aluna da 
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São 
Paulo, Ribeirão Preto, abordou o tema “Violências contra crianças e adolescentes: análise 
de quatro anos de notificações feitas ao Conselho Tutelar na cidade de Ribeirão Preto, São 
Paulo, Brasil”. 
Teve como objetivo principal discutir o sistema conceitual de classificação das 
diferentes violências dirigidas à infância e à adolescência, a partir da descrição e 
análise qualitativa e quantitativa das notificações efetuadas entre os anos de 2000 e 
2003. 
Diversas foram as violências, mas a familiar destacou-se muito nesse estudo, 
pois há um rol mais amplo de situações, com potencial para produzir sequelas mais 
ou menos evidentes nas crianças/adolescentes, equivalentes às tradicionalmente 
incluídas pelas definições estritas, que deveriam ser pensadas nesta classe, o que 
20 
 
concorreria imediatamente para uma consequente ampliação de sua importância 
quantitativa 
Em 2007, outra pesquisa intitulada “O perfil da violência contra crianças e 
adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: vítimas, agressores e 
manifestações de violência”, em Feira de Santa na Bahia, teve como objetivo, estimar 
a prevalência das diferentes formas de violência contra crianças e adolescentes 
(vítimas) registradas nos Conselhos Tutelares. 
E chegaram à conclusão que os agressores, segundo as diferentes formas de 
violências, foi verificado que a mãe foi o agressor que contribuiu com a maior 
prevalência para a negligência (60,7%) (violência mais frequentemente denunciada); 
o pai contribuiu com 37,6%; o padrasto com 24,3% e outros familiares com 25,7%. A 
violência física foi mais prevalente entre “outros agressores” (41,9%); a madrasta 
contribuiu com 38,9%; o padrasto com 32,1% e a mãe com 28,5%. 
Nesse estudo os encaminhamentos dos casos denunciados nos Conselhos de 
Feira de Santana, observou-se que dos 1.525 casos que foram encaminhados, mais 
de 40% foram para notificação e mais de 25% para sindicância. 
Em 2013, Padovani e Ristum, num estudo realizado em Salvador, voltado para 
a área da educação como influência aos adolescentes infratores, concluíram que a 
escola pode tornar-se uma oportunidade de inclusão, dentro da medida 
socioeducativa de internação. 
Graciano e Lanbach (2014) em sua pesquisa, analisaram uma série de 
adolescentes que faziam uso de drogas no ambiente escolar. Em suas considerações 
finais, a influência familiar junto com a escola, podem ajudar os adolescentes a 
analisarem uma oportunidade única e singular, que foi a aproximação de pessoas com 
diversos problemase necessidades, isso contribuiu para que os adolescentes 
começassem a entender as drogas como uma doença, uma fragilidade do organismo. 
Como bem salienta Iamamoto (2003), o Serviço Social não atua apenas sobre 
a realidade, mas, sobretudo na realidade. 
o assistente social apresenta-se como mediador da relação entre Estado, 
instituição e classe trabalhadora. Isso porque as políticas sociais constituem-se como 
espaços conflitantes, onde ocorre o controle dos sujeitos, mas também onde ocorre a 
luta por direitos (YAZBEK, 1999). 
Os sujeitos, usuários dos serviços prestados pelo assistente social, se colocam 
muitas vezes frente ao profissional em estado de sofrimento, aparente passividade ou 
21 
 
revolta, desacreditado ou esperançoso de possíveis soluções para situações 
singulares que vivenciam (FÁVERO, 2004). 
Como salienta Battini (2009), coloca-se como exigência da própria intervenção 
profissional do assistente social a atitude investigativa, pois ela aguça o espírito de 
descoberta, tornando-se condição para ultrapassagem do aparente, evidenciando a 
essência dos fenômenos nos seus nexos e conexões. 
De acordo com Guerra (2009), a própria sociedade na qual o assistente social 
intervém, e a dinâmica, interesses, objetivos, metas e finalidades das instituições onde 
se realiza o trabalho profissional, determinam os limites da intervenção do assistente 
social. 
A peculiaridade do SERVIÇO DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA À 
CRIANÇA E AO ADOLESCENTE exige esforços profissionais e institucionais na 
proteção à criança e adolescente em situação de risco ou violência, requerendo, 
sobretudo, significativo empenho na potencialização das famílias de modo a garantir 
a convivência familiar e comunitária, conforme legalmente consagrado. Diante disso, 
é evidente a complexidade que envolve as respostas profissionais. 
E a partir dos desafios colocados pela própria realidade é que o profissional 
fará a escolha por seus instrumentos de trabalho. E tal escolha cumpre além de uma 
função técnica e operacional, uma função política e ideológica (SANTOS e 
NORONHA, 2010) uma vez que não está desconectada de objetivos e projetos 
profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Todo adulto já foi criança já foi adolescente, em todos os lares já tiverem ou 
ainda tem jovens procurando empregos, crianças querendo estudar, e muitas vezes 
22 
 
não conseguem atingir seus objetivos, pois são vítimas de uma sociedade que prega 
mas que não cumpre as normas estabelecidas no ECA. 
Espera-se com este trabalho, que tem o lado negativo da história, compartilhar 
com os futuros profissionais da assistência social, dados críticos e reais sobre a 
violência, com o intuito de ajudar esses jovens. 
Obviamente não se espera que tenhamos a resposta pronta, mesmo porque se 
tivesse, não teríamos tanta violência focando os jovens, mas espera-se que esses 
profissionais possam voltar seus olhares para alternativas há um curto espaço de 
tempo, minimizando o sofrimento dos jovens brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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