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13 - Variações patrimoniais quantitativas e qualitativas Receita e despesa sob o enfoque patrimonial Realização da variação patrimonial Resultado patrimonial

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Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
1 de 86| www.direcaoconcursos.com.br 
Contabilidade Pública 
 
Aula 07 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
Marcel Guimarães 
2021 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Sumário 
AULA 07 – PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (I) ..................................................................... 3 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ...................................................................................................................... 3 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS .................................................................................................................. 4 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS ................................................................................................................ 4 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS MISTAS ............................................................................................................................ 5 
RECONHECIMENTO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ..................................................................................................... 7 
RESULTADO PATRIMONIAL .................................................................................................................... 11 
RECEITAS E DESPESAS EFETIVAS E NÃO EFETIVAS ................................................................................. 11 
INSUBSISTÊNCIAS E SUPERVENIÊNCIAS ................................................................................................. 14 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 18 
LISTA DE QUESTÕES...............................................................................................................................64 
GABARITO .............................................................................................................................................. 80 
REFLEXÃO .............................................................................................................................................. 80 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 81 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS .................................................................................................................................... 81 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS ............................................................................................................... 81 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS ............................................................................................................. 81 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS MISTAS ......................................................................................................................... 82 
RECONHECIMENTO DE VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ..................................................................................................... 82 
RESULTADO PATRIMONIAL .................................................................................................................................... 83 
RECEITAS E DESPESAS EFETIVAS E NÃO EFETIVAS ..................................................................................................... 83 
INSUBSISTÊNCIAS E SUPERVENIÊNCIAS ..................................................................................................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Aula 07 – Procedimentos Contábeis Patrimoniais (I) 
Pessoal, nesta aula falaremos sobre Variações Patrimoniais, que constituem elementos essenciais à 
formação do Patrimônio Público. Também falaremos sobre o resultado patrimonial, seu cálculo e interpretação, 
bem como sobre insubsistências e superveniências ativas e passivas, que são um tipo de variação patrimonial. 
Esta aula será um prelúdio, uma preparação, para a nossa próxima aula, na qual estudaremos outro 
importante balanço da Contabilidade Aplicada ao Setor Público: a Demonstração das Variações Patrimoniais. 
Vocês conseguem, vamos lá! 
Variações Patrimoniais 
Primeiramente vamos ver o conceito de Variações Patrimoniais. 
Variações Patrimoniais podem ser entendidas como quaisquer alterações nos elementos patrimoniais 
(bens, direitos e obrigações), que podem implicar ou não modificações do patrimônio líquido. As Variações 
Patrimoniais podem ser classificadas em: 
• Variações patrimoniais qualitativas; 
• Variações patrimoniais quantitativas; 
• Variações patrimoniais mistas (classificação doutrinária). 
As Variações Patrimoniais são resultado dos chamados fatos contábeis, ou fatos administrativos, os quais 
podem ser definidos como eventos/transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais e que não 
necessariamente acarretam modificações no patrimônio líquido. Os fatos contábeis são também chamados de 
transações econômico-financeiras e podem ser: 
• Permutativos: não alteram o patrimônio líquido; 
• Modificativos: alteram o patrimônio líquido. Podem ser aumentativos, quando elevam o patrimônio 
líquido, ou diminutivos, quando diminuem o patrimônio líquido. 
• Mistos: fatos que abrangem, simultaneamente, fato(s) permutativo(s) e fato(s) modificativo(s). 
Existem também os atos contábeis, que são eventos/transações que não provocam alterações no 
patrimônio da entidade, mas que eventualmente podem vir a provocar. São também chamados de transações 
administrativas. 
Tanto os fatos como os atos contábeis são objeto de registro contábil pela Contabilidade Pública. 
Falaremos agora de cada um dos tipos de Variações Patrimoniais mencionados acima. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Variações patrimoniais qualitativas 
As Variações Patrimoniais Qualitativas são decorrentes de fatos administrativos permutativos, ou seja, 
que alteram a composição dos elementos do patrimônio sem impactar o patrimônio líquido. 
Vejamos agora alguns exemplos de Variações Patrimoniais qualitativas. 
Exemplo 1: aquisição de bem imóvel pela administração pública à vista. Aqui, o patrimônio sofre uma 
variação qualitativa, com saída de dinheiro (diminuição do ativo) e entra de bem imóvel (aumento do ativo em 
valor correspondente). 
 
Exemplo 2: aquisição de bem imóvel pela administração pública a prazo. Aqui, o patrimônio também sofre 
uma Variação Patrimonial Qualitativa, com entrada de bem imóvel (aumento de ativo) e surgimento da obrigação 
de pagar pelo bem imóvel (aumento do passivo). 
 
Exemplo 3: pagamento de empréstimo tomado pelo Poder Público. Aqui, o patrimônio também sofre uma 
Variação Patrimonial Qualitativa, com saída de recursos em caixa (diminuição do ativo) e desaparecimento da 
obrigação de pagar o empréstimo (diminuição do Passivo). 
 
Variações patrimoniais quantitativas 
As Variações Patrimoniais Quantitativas são decorrentes de fatos administrativos modificativos, ou seja, 
aqueles que provocam alteração nos elementos do patrimônio E que impactam o patrimônio líquido. Se dividem 
em dois grupos: 
• Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA: correspondem a aumentos na situação patrimonial 
líquida da entidade não oriundos de contribuições dos proprietários. Decorrem de fatos modificativos 
aumentativos e são receitas sob o enfoque patrimonial. Anteriormente eram conhecidas como 
Variações Patrimoniais Ativas (então fiquem atentos para esse termo também caso ele apareça). 
• Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD: correspondem a diminuições na situação patrimoniallíquida da entidade não oriundas de distribuições aos proprietários. Decorrem de fatos modificativos 
diminutivos e são despesas sob o enfoque patrimonial. Anteriormente eram conhecidas como 
Variações Patrimoniais Passivas (então fiquem atentos para esse termo também caso ele apareça). 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Ainda não chegamos à nossa aula de Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. Mas, desde já, tenham em 
mente que essa codificação possui 07 (sete) níveis, sendo que o o primeiro, chamado classe, define, por exemplo, 
se a conta é uma Variação Patrimonial Diminutiva – VPD (classe 3) ou uma Variações Patrimoniais Aumentativas 
– VPA (classe 4). 
3 – Variação Patrimonial 
Diminutiva 
4 – Variações Patrimoniais 
Aumentativas – VPA 
Vejamos agora alguns exemplos de Variações Patrimoniais Quantitativas. 
Exemplo 1: receitas tributárias. Aqui, o patrimônio sofre uma Variação Patrimonial Aumentativa (no 
momento do lançamento da receita), pois o Ativo aumenta e o Patrimônio Líquido também. Como veremos 
adiante, quando a receita for arrecadada, haverá uma Variação Patrimonial Qualitativa (troca do direito a receber 
pelos recursos). 
 
Exemplo 2: despesas com pessoal. Aqui, o patrimônio sofre uma Variação Patrimonial Diminutiva, pois o 
Passivo aumenta e o Patrimônio Líquido diminui. Como veremos à frente, a VPD é reconhecida a cada mês 
trabalhado. 
 
Exemplo 3: depreciação. Aqui, o patrimônio sofre uma Variação Patrimonial Diminutiva, pois o Ativo diminui 
e o Patrimônio Líquido também. 
 
Variações patrimoniais mistas 
As Variações Patrimoniais Mistas são decorrentes de fatos administrativos mistos ou compostos, ou seja, 
que envolvem ao menos um fato permutativo, o qual altera a composição dos elementos patrimoniais sem alterar 
o patrimônio líquido, E um fato modificativo, que altera a composição dos elementos patrimoniais alterando o 
patrimônio líquido, sendo também subdividas em aumentativas e diminutivas. 
No entanto, vale mencionar que a classificação em Variações Patrimoniais Mistas NÃO é mencionada pelo 
MCASP (8ª ed.) e tampouco por outras normas relativas à Contabilidade Pública, sendo, portanto, meramente 
doutrinária. Igualmente, as questões de concurso costumam cobrar apenas a classificação QUALITATIVA e 
QUANTITATIVA das Variações Patrimoniais. Assim, para resolver questões, basta que vocês se atentem para 
essas duas classificações, ok? Assim temos o seguinte resumo esquemático: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
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Contabilidade Pública 
 
Vejamos como esse assunto foi cobrado em concurso: 
Questão para fixar 
 (FGV – Prefeitura de Niterói-RJ – 2018) Entre as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público está a Demonstração das Variações Patrimoniais. 
As Variações Patrimoniais podem ser classificadas como 
A) qualitativas e quantitativas. 
B) diretas e indiretas. 
C) monetárias e não monetárias. 
D) correntes e de capital. 
E) orçamentárias e extraorçamentárias. 
RESOLUÇÃO: 
Basta lembrar do nosso resumo esquemático: 
 
Variações 
Patrimoniais 
Variações quantitativas: 
decorrem de fatos 
modificativos, ou seja, 
que provocam alteração 
nos elementos do 
patrimônio, impactando o 
patrimônio líquido.
Variações Patrimoniais 
Aumentativas: aumentam 
a situação líquida
Variações Patrimoniais 
Diminutivas: reduzem a 
situação líquida
Variações qualitativas: 
decorrem de fatos 
permutativos, ou seja, que 
alteram a composição dos 
elementos do patrimônio 
sem impactar o 
patrimônio líquido.
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Assim, as Variações Patrimoniais podem ser classificadas em qualitativas e quantitativas. Portanto, a 
alternativa correta é a letra A). 
Gabarito: LETRA A 
Reconhecimento das Variações Patrimoniais 
Uma vez que a Contabilidade Pública aplica integralmente o regime de competência no registro de receitas 
e despesas, tem-se que o registro de ambas ocorre no momento da ocorrência do fato gerador, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
Todavia, sob o enfoque patrimonial, as receitas e despesas relacionam-se com as Variações Patrimoniais 
aumentativas e diminutivas, respectivamente, as quais, conforme acabamos de ver, implicam alterações na 
composição dos elementos patrimoniais com impacto no patrimônio líquido. 
Tendo isso em mente, veremos a seguir os diferentes momentos nos quais podem ocorrer o reconhecimento 
das variações patrimoniais: 
Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA: antes, depois ou no momento da arrecadação da receita 
orçamentária. 
Segundo o MCASP, considera-se realizada a VPA: 
a) Nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem 
compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária, 
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por 
esta prestados; 
b) Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
c) Pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; 
d) No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
Variações Patrimoniais Diminutiva – VPD: antes, depois ou no momento da liquidação da despesa 
orçamentária. 
Segundo o MCASP, considera-se realizada a VPD: 
a) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para 
terceiro; 
b) Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
c) Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
Agora, veremos alguns exemplos de reconhecimento de VPA e VPD em diferentes momentos em relação à 
arrecadação das receitas e liquidação das despesas, respectivamente, com vistas a compreendermos melhor. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Eles estarão acompanhados de alguns dos lançamentos contábeis (embora não em sua totalidade), mas não 
se preocupe se você não os entender neste momento. Eles serão exibidos apenas para ilustrar e contextualizar as 
operações contábeis, e serão compreendidos no devido tempo.1 
Exemplo 1: Reconhecimento da VPA ANTES da ocorrência da arrecadação da receita orçamentária. 
 O fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ocorre no dia 
1º de janeiro de cada ano. Nesse caso, o reconhecimento do direito e da VPA deve ser feito no momento 
do fato gerador e não no momento da arrecadação, que ocorrerá futuramente. 
 Nesse caso, a VPA é reconhecida no momento do lançamento do tributo, em 1º de janeiro, quando 
ocorre o fato gerador do IPTU e, portanto, um aumento do patrimônio líquido. 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 
C 4.1.1.2.x.xx.xx Impostos Sobre Patrimônio e a Renda 
 Após, quando o imposto é arrecadado, ocorre meramente um fato permutativo, no qual se troca 
um direito a receber pela disponibilidade de caixa. 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 
C 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber (P) 
Natureza da informação: orçamentária 
D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 
C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada 
Exemplo 2: Reconhecimento da VPA APÓS a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária. 
 Considere o recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços. Nesse 
caso, a receita orçamentária é registrada antes da ocorrência do fato gerador, ou seja, a VPA ocorre emmomento posterior à arrecadação da receita orçamentária. Há troca de um direito (entrada antecipada 
dos valores) por uma obrigação de prestar o serviço, constituindo uma variação patrimonial qualitativa. 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 
C 2.2.9.1.x.xx.xx Variação Patrimonial Aumentativa Diferida (P) 
Natureza da informação: orçamentária 
D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 
C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada 
 Quando o serviço for prestado, ocorrerá o fato gerador da variação patrimonial aumentativa, 
causando impacto no resultado da entidade pública: 
 
1 Os lançamentos iniciados com a letra D correspondem a débitos, enquanto que aqueles que se iniciam com a letra C são 
créditos. Além disso, vale ressaltar que os lançamentos relativos a natureza da informação de controle foram supridos dos 
exemplos. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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Contabilidade Pública 
Natureza da informação: patrimonial 
D 2.2.9.1.x.xx.xx Variação patrimonial aumentativa (VPA) diferida (P) 
C 4.3.3.1.x.xx.xx Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de serviços 
Exemplo 3: Reconhecimento da VPA JUNTO com a ocorrência da arrecadação da receita orçamentária. 
 Considere o recebimento de valores provenientes da venda de serviços concomitantemente com 
a prestação do serviço, a receita orçamentária é contabilizada junto com a ocorrência do fato gerador. 
Desse modo teríamos: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F) 
C 4.3.3.1.x.xx.xx Valor Bruto de Exploração de Bens e Direitos e Prestação de Serviços 
 Nesse caso, a VPA é reconhecida no momento da arrecadação da receita orçamentária, isto é, o 
fato gerador da receita sob enfoque patrimonial (VPA) foi concomitante à arrecadação da receita, que 
determina a receita sob enfoque orçamentário! 
Exemplo 4: Reconhecimento da VPD ANTES da ocorrência da liquidação da despesa orçamentária. 
 O 13° salário, a ser pago no final do ano, deve ser reconhecido a cada mês trabalhado, ou seja, uma 
variação patrimonial diminutiva deve ser reconhecida mensalmente, mas o empenho, a liquidação e o 
pagamento da despesa orçamentária só acontecerão no mês do pagamento. 
 Nesse caso, reconhece-se um fato contábil com impacto diminutivo no patrimônio líquido a cada 
mês (1/12 do valor a ser pago no fim do ano). Nesse momento, anteriormente ao empenho, à liquidação e 
ao pagamento da despesa orçamentária, é reconhecida a VPD. 
Exemplo 5: Reconhecimento da VPD APÓS a liquidação da despesa orçamentária. 
 Quando há uma concessão de suprimento de fundos, a despesa orçamentária é empenhada, 
liquidada e paga no ato da concessão e só com a prestação de contas do suprido é que há o efetivo registro 
da variação patrimonial diminutiva. 
 Nesse caso, o fato contábil com impacto diminutivo no patrimônio líquido é reconhecido, apenas 
quando há a prestação de contas do que foi gasto pelo suprido. Ou seja, após o empenho, liquidação e 
pagamento da despesa orçamentária. 
Exemplo 6: Reconhecimento da VPD JUNTO com a liquidação da despesa orçamentária. 
 Quando ocorrer liquidação da despesa orçamentária concomitantemente com a prestação do 
serviço, a despesa orçamentária e o fato gerador da variação patrimonial diminutiva são contabilizados 
juntos. 
 Esses exemplos, e seus lançamentos contábeis correspondentes, podem ser consultados no 
MCASP (8ª ed., págs. 152/156). 
 Agora vamos ver como esse assunto tem aparecido em prova: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Questão para fixar 
 (Esaf – Esaf – 2015) As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais 
da entidade do setor público. No que diz respeito ao reconhecimento de variações patrimoniais quantitativas, é correto 
afirmar que: 
A) no caso do IPVA, o reconhecimento se dá antes da arrecadação da receita orçamentária. 
B) quando o recebimento de valores ocorre paralelamente à prestação a termo de serviço, o reconhecimento se 
dá após a arrecadação da receita orçamentária. 
C) o reconhecimento do direito ao 13º salário do servidor deve ser feito até o final de cada exercício, exceto se o 
pagamento for antecipado. 
D) no suprimento de fundos, o reconhecimento da variação patrimonial se dá no momento da concessão do 
suprimento, juntamente com a despesa orçamentária. 
E) no caso de Restos a Pagar processados, o reconhecimento da despesa ocorre por ocasião do seu pagamento. 
RESOLUÇÃO: 
Para resolver essa questão, vamos nos lembrar do conceito de variações patrimoniais aumentativas: 
Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA: correspondem a aumentos na situação patrimonial líquida da 
entidade não oriundos de contribuições dos proprietários. São receitas sob o enfoque patrimonial. 
 Além disso, as VPAs podem ser reconhecidas em três momentos: antes, depois ou no momento da 
arrecadação da receita orçamentária. 
Tendo isso em mente, vamos agora analisar as alternativas: 
A alternativa A) está certa! O reconhecimento da VPA no caso de impostos ocorre no estágio do lançamento, 
quando ocorre a formalização do crédito. Assim, uma vez que o lançamento precede a arrecadação da receita 
orçamentária, a alternativa está certa. 
A alternativa B) está errada. Nesse caso, como o recebimento de valores ocorre paralelamente à prestação a 
termo de serviço, tem-se que o reconhecimento da VPA se dá juntamente à arrecadação da receita. Esse exemplo 
exato se encontra no MCASP (8ª ed., pg. 153). 
A alternativa C) está errada, pois o reconhecimento de VPD referente ao 13º salário, a ser pago no final do 
ano, deve ser reconhecido a cada mês trabalhado, ou seja, uma VPD deve ser reconhecida mensalmente, mas o 
empenho, liquidação e pagamento da despesa orçamentária só acontecerá no mês do pagamento. 
A alternativa D) está errada, pois no caso de suprimento de fundos, o reconhecimento da VPD ocorre no 
momento da prestação de contas pelo servidor suprido, portanto, depois da sua concessão. 
A alternativa E) está errada. O texto da questão não detalha qual é a natureza da despesa em questão, sendo 
que a VPD pode ocorre em três momentos distintos: antes, depois ou no momento da liquidação da despesa 
orçamentária. Fato é que não se pode afirmar com certeza, como o texto do item fez, que o reconhecimento ocorre 
por ocasião do pagamento dos Restos a Pagar Processados. 
Gabarito: LETRA A 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Resultado Patrimonial 
O Resultado Patrimonial do exercício financeiro é obtido do confronto entre as Variações Patrimoniais 
Aumentativas – VPA e as Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD, isto é, da diferença entre as receitas e 
despesas do exercício sob o enfoque patrimonial. Ou seja: 
Resultado Patrimonial = VPAs – VPDs 
Caso a soma das VPAs seja superior à soma das VPDs, diz-se que o resultado patrimonial foi superavitário 
ou que houve um superávit patrimonial. Caso contrário, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que 
houve um déficit patrimonial. 
Esse resultado é muito importante na Contabilidade Pública e será visto novamente na aula que trata sobre 
Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP. 
Vamos ver como isso é exigido em concurso. 
Questão para fixar 
 (Cespe – MPE/PI – 2012) O resultado patrimonial de um determinado período deve ser apurado por meio do 
confronto entre as variações qualitativas aumentativas e as diminutivas 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, vamos relembrar o conceito de resultado patrimonial. Vejamos: 
O Resultado Patrimonial do exercício financeiro é obtido doconfronto entre as Variações Patrimoniais 
Aumentativas – VPA e as Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD, isto é, da diferença entre as receitas e 
despesas do exercício sob o enfoque patrimonial. Ou seja: 
Resultado Patrimonial = VPAs – VPDs 
 Agora note como essa questão é ardilosa: ela menciona que o resultado patrimonial apurado por meio do 
confronto entre as Variações Qualitativas Aumentativas e as Diminutivas, quando, na verdade o correto seria 
confronto entre Variações Quantitativas Aumentativas e as Diminutivas. Além disso, sequer faz sentido falar em 
Variações Qualitativas Aumentativas e as Diminutivas 
Gabarito: ERRADO 
Receitas e Despesas Efetivas e Não Efetivas 
Vocês se lembram do conceito de receitas e despesas efetivas e não efetivas que vimos nas primeiras aulas 
desse curso? Eles são classificações da receita e da despesa orçamentária quanto não impacto na situação líquida 
da entidade. Vamos relembrá-los agora pois eles nos serão úteis nesta aula e na próxima. 
Primeiramente, vamos falar das receitas efetivas e não efetivas: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
Receita Orçamentária Efetiva é aquela que, no momento do ingresso do recurso financeiro, aumenta a 
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. 
Exemplos: receitas tributárias, de aluguéis, serviços e industriais. 
Receita Orçamentária Não Efetiva é aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do 
ingresso do recurso financeiro. Constitui fato contábil permutativo. 
Exemplos: operações de crédito e alienação de bens. 
 
 
 Agora vamos relembrar os conceitos de despesas efetivas e não efetivas: 
Despesa Orçamentária Efetiva é aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida 
patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. 
Exemplos: despesas com pessoal, despesa com pagamento dos juros da dívida pública. 
Despesa Orçamentária Não Efetiva é aquela que, no momento de sua realização, não altera a situação 
líquida patrimonial da entidade financeiro. Constitui fato contábil permutativo. 
Exemplos: despesa com obras públicas, despesa com aquisição de imóveis, despesa com amortização da 
dívida pública. 
 
Notem que esses conceitos têm tudo a ver com nossa aula sobre variações patrimoniais! De fato, podemos 
estabelecer uma conexão entre eles. Vejamos a relação que existe entre receitas e despesas, efetivas e não 
efetivas, com os tipos de fatos contábeis (modificativos e permutativos) e os tipos de Variações Patrimoniais 
(quantitativas e qualitativas): 
Receitas efetivas
Provoca EFETIVA alteração no
patrimônio líquido da entidade no
momento do ingresso financeiro.
Receitas não 
efetivas
NÃO EFETIVA alteração no
patrimônio líquido da entidade no
momento do ingresso financeiro.
Despesas efetivas
Provocam EFETIVA alteração no
patrimônio líquido da entidade no
momento de sua realização.
Despesas não 
efetivas
NÃO PROVOCAM EFETIVA alteração
no patrimônio líquido da entidade no
momento de sua realização.
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Receitas efetivas Fatos contábeis modificativos Variações Patrimoniais Aumentativas 
Receitas Não efetivas Fatos contábeis permutativos Variações Patrimoniais Qualitativas 
Despesas Efetivas Fatos contábeis modificativos Variações Patrimoniais Diminutivas 
Despesas Não Efetivas Fatos contábeis permutativos Variações Patrimoniais Qualitativas 
 Uma dica para acertar se uma receita/despesa é efetiva ou não efetiva é fazer um link com as receitas e 
despesas correntes e de capital. Vejamos o quadro-resumo a seguir: 
Categoria Econômica Efetivas Não Efetivas 
Receitas Correntes 
Tributária, de contribuições, 
patrimonial, agropecuária, industrial, 
serviços, transferências correntes, 
juros recebidos, multas, etc. 
Recebimento da Dívida Ativa 
Receitas de capital Transferências de capital 
Operação de crédito, 
alienação de bens, 
amortização de empréstimos. 
Despesas Correntes 
Pessoal civil, serviços de terceiros, 
subvenções, inativos, pensionistas, 
juros da dívida, transferências 
correntes. 
Material de consumo, 
adiantamento de salário 
Despesas de Capital Transferências de capital 
Investimentos (material 
permanente, obras, etc), 
inversões financeiras, 
amortização da dívida. 
 Note que a maioria das receitas Correntes são efetivas e a maioria das receitas de capital são não efetivas, 
com poucas exceções! Igualmente, note que a maioria das despesas correntes são efetivas e a maioria das 
despesas de capital são não efetivas! 
 Além disso, vale mencionar que, como veremos na próxima aula, a estrutura antiga da Demonstração das 
Variações Patrimoniais – DVP, segundo a Lei nº 4.320/1964, previa o registro das receitas e despesas não efetivas 
como mutações patrimoniais, ativas, no caso das despesas e passivas, no caso das receitas. 
Receitas Não efetivas Mutações Patrimoniais passiva (ou decorrente da receita) 
Despesas Não Efetivas Mutações Patrimoniais ativa (ou decorrente da despesa) 
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 Essa denominação e o seu registro na estrutura antiga da DVP funcionava como um artifício contábil para 
anular o efeito das receitas e despesas não efetivas de modo que, desse modo, o Resultado Patrimonial não fosse 
afetado. 
 Vamos ver como isso é exigido em concurso. 
Questão para fixar 
(FCC – TRT-9ªRegião – 2013) A concessão de auxílio a estudantes e a obtenção de um empréstimo de longo prazo 
são, respectivamente, uma despesa: 
A) efetiva e uma receita por mutação patrimonial. 
B) efetiva e uma receita efetiva. 
C) por mutação patrimonial e uma receita efetiva. 
D) efetiva e uma despesa efetiva. 
E) por mutação patrimonial e uma receita por mutação patrimonial. 
RESOLUÇÃO: 
Para resolver essa questão, basta analisarmos as operações que ela mencionou e classificá-las. 
A concessão de auxílio a estudante é uma despesa. Note que há apenas saída de recursos do ente para o 
estudante. Assim ela altera a situação líquida da entidade, sendo, portanto, uma despesa efetiva. 
Já a obtenção de um empréstimo de longo prazo caracteriza uma operação de crédito que é uma receita não 
efetiva, uma vez que a situação líquida da entidade não se altera (entram recursos e assume-se uma obrigação). 
Logo, ela será registrada, na estrutura antiga da DVP, como uma mutação passiva. (ou decorrente da receita). 
Portanto, está certa a alternativa A). 
Observação: 
O MCASP não contempla a figura de mutações patrimoniais, no entanto, uma vez que a estrutura antiga 
ainda integra a Lei nº 4.320/1964, achamos importante expor vocês a situações desse tipo, uma vez que a questão 
pode vir a cobrar conhecimentos literais da lei mencionada. 
Gabarito: LETRA A 
Insubsistências e Superveniências 
 Quando ocorre alguma mudança eventual ou esporádica nos elementos patrimoniais que acarrete alteração 
da situação líquida (ou seja, uma Variação Patrimonial Quantitativa), diz-se que ela constitui uma insubsistência 
ou superveniência, que pode ser ativa ou passiva. 
 É importante observar que as insubsistências e superveniências só ocorrem quando as variações patrimoniais 
quantitativas forem independentes da execução orçamentária. 
 Vejamos o significado de cada um desses termos segundo a lógica que a maioria das bancas de concursos 
seguem (doutrinária): 
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Superveniência Significa o aparecimento de um ativo ou de um passivo. 
Insubsistência Significa o desaparecimento de um ativo ou de um passivo. 
Ativa Referente ao ativo. 
PassivaReferente ao passivo. 
 E agora vocês perguntariam: “Como ficaria então se eu combinasse ‘superveniência’ e ‘insubsistência’ com 
as características ‘ativa’ e ‘passiva’??? Você poderia dar exemplos disso, professor???” 
 Calma, gafanhotos... vamos ver no quadro seguinte: 
Equivalência das superveniências/insubsistências segundo a maioria das bancas de 
concurso 
Superveniência 
do ativo 
Superveniência Ativa 
Temos necessariamente um aumento do ativo, causando 
uma variação positiva do Patrimônio Líquido. 
Exemplo: Imóvel recebido em doação pelo Poder Público. 
Superveniência 
do passivo 
Superveniência 
Passiva 
Temos necessariamente um aumento do passivo, 
causando uma variação negativa do Patrimônio Líquido. 
Exemplo: decisão judicial condenando o Estado ao 
pagamento de precatórios. 
Insubsistência 
do ativo 
Insubsistência Ativa 
Temos necessariamente uma redução do ativo, causando 
uma variação negativa do Patrimônio Líquido. 
Exemplo: apropriação de perdas em razão de reavaliação 
de um ativo com diminuição do seu valor patrimonial. 
Prescrição de dívidas tributárias. 
Insubsistência 
do passivo 
Insubsistência passiva 
Temos necessariamente uma redução do passivo, 
causando uma variação positiva do Patrimônio Líquido. 
Exemplo: cancelamento de Restos a Pagar. 
 Ou seja, para a maioria bancas de concurso: ativa = “do ativo” e passiva = “do passivo”. Fácil, não?! 
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Fique atento 
 Mas calma, isso não é tudo! Como digo às vezes: a vida é dura, o mundo não perdoa e a maldade 
das bancas é infinita! Assim, há algumas divergências sobre essa nomenclatura que acabamos de ver! 
 E para melhorar (só que não), a divergência se dá em razão da Nota Técnica CFC nº 314/2004, cujo 
entendimento é o adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN e, consequentemente, pela banca 
ESAF! 
 Ou seja, a doutrina e o CFC/STN divergem! YES! 
 Uma vez que as bancas podem cobrar o entendimento literal da Nota Técnica CFC nº 314/2004, faz-se 
necessário expô-lo aqui para preparar vocês. Esse documento traz a seguinte lógica para os termos 
superveniência, insubsistência, ativa e passiva: 
Superveniência Significa o aparecimento de um ativo ou de um passivo. 
Insubsistência Significa o desaparecimento de um ativo ou de um passivo. 
Ativa Caracteriza uma operação com variação positiva do Patrimônio Líquido. 
Passiva Caracteriza uma operação com variação negativa do Patrimônio Líquido. 
 
Atenção!! 
Notem que para a Nota Técnica CFC nº 314/2004, os termos ‘ativa’ e 
‘passiva’ não se referem aos elementos patrimoniais ‘Ativo’ e ‘Passivo’. 
Esses termos indicam o tipo de variação que a superveniência ou a 
insubsistência acarreta no Patrimônio Líquido. 
 Vejamos esquematicamente: 
 
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Equivalência das superveniências/insubsistências segundo a Nota Técnica nº 314/2004 e 
adotado pela Banca Esaf 
(grifamos as divergências com o entendimento tradicional adotado pelas bancas) 
Classificação quanto ao 
reflexo no ELEMENTO 
PATRIMONIAL 
Descrição da situação 
Classificação quanto à 
VARIAÇÃO da 
situação líquida 
Superveniência 
do ativo 
Temos necessariamente um aumento do 
ativo, causando uma variação positiva do 
Patrimônio Líquido. 
Superveniência Ativa 
Superveniência 
do passivo 
Temos necessariamente um aumento do 
passivo, causando uma variação negativa do 
Patrimônio Líquido. 
Superveniência Passiva 
Insubsistência 
do passivo 
Temos necessariamente uma redução do 
passivo, causando uma variação positiva do 
Patrimônio Líquido. 
Insubsistência Ativa 
Insubsistência 
do ativo 
Temos necessariamente uma redução do 
ativo, causando uma variação negativa do 
Patrimônio Líquido. 
Insubsistência Passiva 
 
Atenção!! 
Notem que as insubsistências possuem diferença de nomenclatura e 
de conceito com o entendimento majoritário das bancas. Para a Nota 
Técnica CFC nº 314/2004, insubsistência do passivo = insubsistência 
ativa e insubsistência do ativo = insubsistência passiva. 
De maneira resumida, vejamos os posicionamentos divergentes quanto à nomenclatura das insubsistências 
nas abordagens tradicionais das bancas de concurso e do CFC/STN (a nomenclatura e os conceitos das 
superveniências são os mesmos): 
Fenômeno Abordagem tradicional (bancas) Abordagem CFC/STN 
Insubsistência do Ativo Insubsistência Ativa Insubsistência Passiva 
Insubsistência do Passivo Insubsistência Passiva Insubsistência Ativa 
Ufa! Agora chega de teoria e vamos às questões! 
 
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Questões Comentadas 
1. (Cespe – TJ/PA – 2020) Quanto ao impacto que exercem sobre o patrimônio do ente público, a despesa 
orçamentária efetiva e a despesa orçamentária não efetiva constituem fatos contábeis, respectivamente, 
A) modificativo diminutivo e modificativo aumentativo. 
B) modificativo aumentativo e permutativo. 
C) modificativo aumentativo e modificativo diminutivo. 
D) modificativo diminutivo e permutativo. 
E) permutativo e modificativo diminutivo. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, vamos nos lembrar do que são exatamente despesas efetivas e não efetivas: 
 
 
Note que a despesa efetiva altera o Patrimônio Líquido, o que implica, logicamente, que o diminui. Logo, 
ela constitui um fato contábil modificativo diminutivo. 
Por outro lado, a despesa não efetiva não altera o Patrimônio Líquido. Portanto, ela constitui um fato 
contábil permutativo. 
Dessa forma, a alternativa correta é a letra D). 
Gabarito: LETRA D 
 
2. (Cespe – TJ/PA – 2020) Caso a liquidação da despesa orçamentária ocorra concomitantemente com o fato 
gerador da prestação do serviço, a variação patrimonial diminutiva 
A) será contabilizada no momento do empenho da despesa orçamentária. 
B) será contabilizada juntamente com a liquidação da despesa orçamentária. 
C) será contabilizada no momento do pagamento da despesa orçamentária. 
D) não será contabilizada porque já cumpriu o ritual da execução orçamentária. 
Despesas efetivas
Provocam EFETIVA alteração no
patrimônio líquido da entidade no
momento de sua realização.
Despesas não 
efetivas
NÃO PROVOCAM EFETIVA
alteração no patrimônio líquido da
entidade no momento de sua
realização.
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E) não será contabilizada porque essa transação configura fato permutativo, ou seja, não afeta a situação 
patrimonial líquida. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, a questão está querendo detalhes acerca do momento do reconhecimento da Variação Patrimonial 
Diminutiva – VPD em relação à despesa orçamentária. 
Note que o próprio comando da questão menciona que o fato gerador e a liquidação ocorrem 
concomitantemente. Logo, não há outra alternativa a não ser contabilizar a VPD juntamente com a liquidação da 
despesa orçamentária. Portanto, está certa a letra B). 
Gabarito: LETRA B 
 
3. (Cespe – MPE/CE – 2020) Julgue o item que se segue, com relação ao regime e ao tratamento contábil 
aplicável aos impostos e contribuições. 
 O registro da variação patrimonial aumentativa pelo regime de competência deve ser feito 
concomitantemente com a execução orçamentária da receita. 
RESOLUÇÃO: 
NÃO! Variações Patrimoniais Quantitativas, tanto as aumentativas quanto as diminutivas, são reconhecidas 
conforme o regime da competência com o reconhecimento do fato gerador. Noutras palavras, o fato gerador é 
que manda! No caso de impostos e contribuições, geralmente o fato gerador coincide com o lançamento, mas 
inexiste uma regra quanto a isso. 
Assim, a questão erra ao dizer que o registroda VPA deve ser feito concomitantemente com a execução 
orçamentária da receita. 
Gabarito: ERRADO 
 
4. (Cespe – SEFAZ/AL – 2020) Acerca da necessidade de relacionamento do regime orçamentário com o 
regime contábil, julgue o item que se segue. 
A previsão da receita orçamentária pode ser usada como reconhecimento da atividade tributária, pois essa 
etapa é o resultado das metodologias de projeção usualmente adotadas. 
RESOLUÇÃO: 
 Não! A previsão da receita orçamentária não assegura nada! Conforme o MCASP, 8ª ed., pg. 51: 
O reconhecimento do crédito apresenta como principal dificuldade a determinação do momento de 
ocorrência do fato gerador. No entanto, no âmbito da atividade tributária, pode-se utilizar o momento 
do lançamento como referência para o seu reconhecimento, pois é por esse procedimento que: 
 a. Verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; 
 b. Determina-se a matéria tributável; 
 c. Calcula-se o montante do tributo devido; e 
 d. Identifica-se o sujeito passivo. 
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Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito a receber em contrapartida 
de variação patrimonial aumentativa, o que representa o registro da variação patrimonial aumentativa 
por competência. 
Gabarito: ERRADO 
 
5. (Cespe – SEFAZ/AL – 2020) Os dados a seguir referem-se à aquisição de computadores por uma entidade 
pública com o objetivo de melhorar e otimizar os serviços prestados à sociedade. 
Quantidade 100 
Preço unitário R$ 3.000 
Impostos não recuperáveis 20% 
Vida útil estimada 4 anos 
Data de aquisição 31/12/2017 
Método de depreciação Cotas constantes 
Valor residual Não há 
 
Após 3 anos de uso desses computadores, foi feita a contratação de laudo técnico sobre a recuperabilidade 
das máquinas utilizadas, por recomendação de um auditor ao gestor patrimonial. Conforme o laudo, o valor líquido 
de venda dos computadores era de R$ 80.000 e o valor em uso, de R$ 100.000. 
A partir dessas informações, julgue o próximo item. 
O valor correspondente à despesa de depreciação dos computadores é uma variação patrimonial diminutiva. 
RESOLUÇÃO: 
 A depreciação de bens é um exemplo de variação patrimonial diminutiva, uma vez que, ao ser reconhecida, 
o valor do ativo é reduzido sem lançamento correspondente no passivo. 
 De fato, segundo o MCASP, 8ª ed., depreciação, exaustão e amortização são registradas em conta 
retificadora do ativo em contrapartida a uma VPD. 
 
Gabarito: CERTO 
 
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6. (Cespe – MPE/CE – 2020) Considere que as seguintes transações tenham sido contabilmente registradas 
no primeiro exercício financeiro já encerrado de determinada entidade governamental. 
I Aprovação da lei orçamentária anual no valor de $ 200.000, sendo 50% na categoria econômica corrente e 
50% na categoria econômica de capital. 
II Lançamento de impostos no valor de $ 100.000, sendo arrecadados 80% desse valor. 
III Contratação de operação de crédito no valor de $ 100.000, para pagamento em 10 anos, com recebimento 
imediato do recurso. 
IV Aquisição de imóvel a vista no valor de $ 100.000. 
V Empenho, liquidação e pagamento de despesas de pessoal do exercício no valor de $ 60.000. 
VI Empenho e liquidação de despesas de água, luz e telefone do exercício no valor de $ 40.000, sendo 50% 
do valor pago no exercício e o restante inscrito em restos a pagar. 
Com base nessas informações, julgue o item seguinte, relativo à apuração dos resultados das demonstrações 
contábeis dessa mesma entidade. 
O resultado patrimonial do exercício (RPE) foi superavitário em $ 20.000. 
RESOLUÇÃO: 
Pessoal, a questão mencionou “resultado patrimonial”, ou seja, estamos falando da DVP. O cálculo do 
resultado patrimonial é dado pela diferença entre o total das VPA e das VPD. Para tanto, precisamos classificar os 
registros constantes da questão e fazer o cálculo. Vamos ver: 
Transação Classificação 
Aprovação da lei orçamentária anual no valor de $ 
200.000, sendo 50% na categoria econômica 
corrente e 50% na categoria econômica de capital. 
Mero fato orçamentário. Não implica Variação 
Patrimonial. 
Lançamento de impostos no valor de $ 100.000, 
sendo arrecadados 80% desse valor. 
O lançamento de impostos implica, nesse caso, 
reconhecimento de fato gerador de uma VPA, uma vez 
que há aumento do ativo, no valor de R$ 100.000, sem 
reflexo correspondente no passivo. 
Contratação de operação de crédito no valor de $ 
100.000, para pagamento em 10 anos, com 
recebimento imediato do recurso. 
Trata-se de Variação Patrimonial Qualitativa, uma vez 
que entraram recursos no ativo e foi constituída uma 
dívida. 
Aquisição de imóvel a vista no valor de $ 100.000. Trata-se de Variação Patrimonial Qualitativa, uma vez 
que saíram recursos no ativo, mas entrou um bem. 
Empenho, liquidação e pagamento de despesas de 
pessoal do exercício no valor de $ 60.000. 
Aqui temos uma VPD, uma vez que foi reconhecido um 
fato gerador da despesa com pessoal, no valor de R$ 
60.000, incorrendo no aumento do passivo, sem reflexo 
correspondente no ativo. 
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Empenho e liquidação de despesas de água, luz e 
telefone do exercício no valor de $ 40.000, sendo 
50% do valor pago no exercício e o restante inscrito 
em restos a pagar. 
Aqui temos uma VPD, uma vez que foi reconhecido um 
fato gerador, no valor de R$ 40.000, referente a 
despesas de água, luz e telefone do exercício, 
incorrendo no aumento do passivo, sem reflexo 
correspondente no ativo. 
Agora, vamos calcular o resultado patrimonial: 
Total das VPA – Total das VPD = 100.000 – (60.000 + 40.000) = 0 
Ou seja, o resultado patrimonial foi nulo e não superavitário em R$ 20.000. Portanto o item está errado. 
Note que no último lançamento, o fato gerador implicou uma VPA de R$ 40.000, não importando o quanto 
foi pago no exercício e inscrito em Restos a Pagar. 
Gabarito: ERRADO 
 
7. (FCC – AL/AP – 2020) Considere as transações ocorridas no mês de setembro de 2019 em uma Assembleia 
Legislativa Estadual: 
− Empenho e liquidação de despesa com material de expediente no valor de R$ 300.000,00. A despesa foi paga 
pelo valor total do empenho em outubro de 2019. 
− Arrecadação de receitas de aluguel no valor de R$ 35.000,00. Tais receitas são referentes ao mês de agosto de 
2019. 
− Lançamento de Receitas de Serviços no valor de R$ 300.000,00. Tais receitas são referentes ao mês de setembro 
de 2019 e foram arrecadadas em outubro de 2019. 
− Pagamento de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 8.400.000,00. A despesa foi 
empenhada e liquidada em agosto de 2019. 
− Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 8.430.000,00 referente 
ao mês de setembro de 2018. A despesa foi paga pelo valor total do empenho em outubro de 2019. 
− Reconhecimento da depreciação mensal do Ativo Imobilizado no valor de R$ 960.000,00. 
− Consumo de material de expediente no valor de R$ 269.000,00 na prestação de serviços à população. 
− Recebimento de Transferências Intragovernamentais no valor de R$ 10.100.000,00 referentes ao mês de 
setembro de 2019. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto, no mês de setembro de 2019, o resultado patrimonial 
referente ao exercício financeiro de 2019 foi 
A) aumentado em R$ 710.000,00. 
B) aumentado em R$ 776.000,00. 
C) aumentado em R$ 741.000,00. 
 D) reduzido em R$ 9.359.000,00. 
E) reduzido em R$ 9.329.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão exige conhecimentos de Variações Patrimoniais, Demonstração das VariaçõesPatrimoniais 
e cálculo do Resultado Patrimonial. 
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Primeiramente, temos que saber que o Resultado Patrimonial é igual a diferença do total das Variações 
Patrimoniais Aumentativas (VPAs) e das Variações Patrimoniais Diminutivas (VPDs). 
Agora precisamos classificar cada um dos lançamentos da questão a fim de saber se eles constituem ou não 
VPAs/VPDs referentes a setembro de 2019 (é isso que a questão exige quando considera apenas as "transações 
tomadas em conjunto, no mês de setembro"). Vamos a eles: 
Empenho e liquidação de despesa com material de expediente no valor de R$ 300.000,00. A despesa foi paga pelo 
valor total do empenho em outubro de 2019: mero fato permutativo, uma vez que no caso de material de 
expediente a VPD é reconhecida apenas quando do seu consumo. 
Arrecadação de receitas de aluguel no valor de R$ 35.000,00. Tais receitas são referentes ao mês de agosto de 
2019: a arrecadação foi mero fato permutativo, uma vez que o fato gerador se deu em agosto 2019. 
Lançamento de Receitas de Serviços no valor de R$ 300.000,00. Tais receitas são referentes ao mês de setembro 
de 2019 e foram arrecadadas em outubro de 2019: constitui uma VPA, haja vista que o fato gerador da receita se 
deu em setembro de 2019. 
Pagamento de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 8.400.000,00. A despesa foi 
empenhada e liquidada em agosto de 2019: mero fato permutativo, uma vez que o fato gerador se deu em agosto 
de 2019. 
Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 8.430.000,00 referente 
ao mês de setembro de 2018. A despesa foi paga pelo valor total do empenho em outubro de 2019: mero fato 
permutativo, uma vez que o fato gerador ocorreu ainda em 2018. No entanto, aqui provavelmente ocorreu um 
erro de digitação da banca, que grafou 2018 em vez de 2019, uma vez que não faz muito sentido, na prática, a 
realização do empenho e liquidação de despesa de pessoal em setembro de 2018 e seu pagamento em outubro de 
2019 (mais de 1 ano depois). Caso ambos os fatos tivessem se dado em 2019, teríamos aqui uma VPD ocorrida em 
setembro de 2019. 
Reconhecimento da depreciação mensal do Ativo Imobilizado no valor de R$ 960.000,00: constitui VPD, uma vez 
que o reconhecimento do fato gerador que implicou a diminuição do ativo se deu em setembro de 2019. 
 
Consumo de material de expediente no valor de R$ 269.000,00 na prestação de serviços à população: constitui 
VPD, uma vez que no caso de material de expediente, o fato gerador da VPD ocorre justamente no momento do 
seu consumo, que se deu em setembro de 2019. 
Recebimento de Transferências Intragovernamentais no valor de R$ 10.100.000,00 referentes ao mês de setembro 
de 2019: constitui VPA, uma vez que no caso de transferências intergovernamentais, o fato gerador é reconhecido 
apenas quando da efetivação da transferência. 
Assim, total de VPA = 300.000 + 10.100.000 = 10.400.000 
e total de VPD = 960.000 + 269.000 = 1.229.000 
Portanto, Resultado Patrimonial = Total de VPA – Total de VPD = 10.400.000 - 1.229.000 = 9.171.000 
Note que esse valor não consta de nenhuma das alternativas. 
No entanto, caso o lançamento “Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos 
Sociais no valor de R$ 8.430.000,00 referente ao mês de setembro de 2018” fosse considerado uma VPD (caso em 
que o fato gerador da despesa se referisse a setembro de 2019 e não de 2018, como consta na questão), teríamos 
um Resultado Patrimonial de 10.400.000 - 9.659.000 = 741.000, que corresponde à alternativa C). 
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Como o resultado encontrado não se encontra nas alternativas e como não podemos supor que houve erro 
de digitação na questão (apesar de isso parecer lógico), tem-se que essa questão deveria ser anulada. 
Gabarito: ANULADA 
 
8. (FCC – AL/AP – 2019) Em 31/12/2018, uma Assembleia Legislativa Estadual realizou o pagamento no valor 
de R$ 3.600,00 referente ao seguro de um dos seus veículos que é utilizado para a prestação de serviços à 
população, cuja vigência do seguro foi de 01/01/2019 a 31/12/2019. Sendo assim, no 
 
A) mês de janeiro de 2019, foi reconhecida uma variação patrimonial qualitativa de R$ 300,00. 
B) exercício financeiro de 2019, foi reconhecida uma variação patrimonial diminutiva de R$ 3.600,00. 
C) exercício financeiro de 2019, houve a liquidação de uma despesa orçamentária corrente. 
D) mês de janeiro de 2019, houve a liquidação de restos a pagar não processados no valor de R$ 300,00. 
E) exercício financeiro de 2018, houve a redução do patrimônio líquido no valor de R$ 3.600,00. 
RESOLUÇÃO: 
Para resolver essa questão, utilizaremos noções de Variações Patrimoniais, momento de reconhecimento 
do fato gerador e um pouco de escrituração contábil. 
Primeiramente, note que o pagamento pelo seguro foi realizado em 2018. Deduz-se, portanto, que a 
execução da despesa orçamentária ocorreu totalmente em 2018. Por outro lado, há implicações patrimoniais em 
2019, como veremos quando analisarmos as alternativas. 
Segundo, em 2018, o lançamento na natureza de informação patrimonial foi o seguinte: 
D - 1.1.9.1.0.00.00 - Prêmios de Seguros a Apropriar - R$ 3.600,00 
C - 1.1.1.1.0.00.00 - Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional - R$ 3.600,00 
Passemos à análise das alternativas: 
A) Essa alternativa está errada. Isso porque em 2019, que é o ano de vigência do seguro em questão, é reconhecida 
mês a mês uma Variação Patrimonial Quantitativa Diminutiva, uma que o fato gerador do seguro contratado 
ocorre a cada mês de sua vigência, e não Qualitativa, como diz a alternativa. Além disso, o valor dessa VPD é de 
exatamente 1/12 do valor do seguro, ou seja, R$ 300,00 todo mês e é feita em contrapartida a um crédito de igual 
valor na conta Prêmios de Seguros a Apropriar mencionada acima. 
B) Essa alternativa está certa. Como é reconhecida uma VPD no valor de R$ 300,00 a cada mês de 2019, ao final 
do exercício, tem-se uma variação patrimonial diminutiva no total de R$ 3.600,00 (ainda que a terminologia mais 
correta fosse "redução/variação no resultado patrimonial", uma vez que teremos doze VPDs reconhecidas em 2019 
em razão do seguro, sendo uma a cada mês). 
C) Essa alternativa está errada, pois como dito anteriormente, toda a execução orçamentária relativa à despesa 
com o seguro foi realizada em 2018, incluindo a liquidação da despesa. 
D) Essa alternativa está errada, pois como dito anteriormente, toda a execução orçamentária relativa à despesa 
com o seguro foi realizada em 2018. Além disso, uma vez que ela foi paga em 2018, não há que se falar em inscrição 
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da despesa em restos a pagar, uma vez que restos a pagar são despesas orçamentárias empenhadas e não pagas 
até 31/12. 
E) Essa alternativa está errada, pois não houve redução do Patrimônio Líquido em 2018, como pode-se constatar 
do lançamento contábil acima, no qual houve uma saída de recursos seguida pelo registro de um direito no mesmo 
valor. É em 2019 que há redução do Patrimônio Líquido, na medida que mês a mês o saldo do direito será reduzido, 
em contrapartida de uma VPD. 
Gabarito: LETRA B 
 
 
9. (FCC – Prefeitura/PE – 2019) Em um ente público municipal, uma variação patrimonial qualitativa decorre 
do 
A) lançamento de uma receita tributária. 
B) pagamento a fornecedor de material de consumo adquirido a prazo. 
C) recebimento, em doação, de equipamentos sem especificações a eles atreladas. 
D) reconhecimento de uma provisão trabalhista. 
E) empenho de despesa com a contratação de serviços de terceiros. 
RESOLUÇÃO:Questão que exige conhecimentos de Variações Patrimoniais. Vale lembrar que Variações Patrimoniais 
podem ser: 
Qualitativas: são decorrentes de fatos administrativos permutativos, ou seja, que alteram a composição dos 
elementos do patrimônio sem impactar o patrimônio líquido. 
Quantitativas: são decorrentes de fatos administrativos modificativos, ou seja, aqueles que provocam alteração 
nos elementos do patrimônio E que impactam o patrimônio líquido. Podem ser Aumentativas ou Diminutivas a 
depender a depender do impacto no Patrimônio Líquido. 
Agora vamos analisar as alternativas: 
A) Essa alternativa está errada, pois, em geral, o lançamento de uma receita tributária coincide com o fato gerador 
de uma Variação Patrimonial Aumentativa, uma vez que temos um aumento do ativo (crédito a receber) sem 
contrapartida no passivo. 
B) Essa alternativa está certa, pois o pagamento da tem o condão apenas de quitar uma obrigação previamente 
reconhecida, ou seja, há uma diminuição do ativo (caixa) e uma diminuição do passivo (fornecedores). 
C) Essa alternativa está errada, pois essa doação incorre numa Variação Patrimonial Aumentativa, uma vez que 
há um aumento do ativo (crédito a receber) sem contrapartida no passivo. 
D) Essa alternativa está errada, pois esse reconhecimento implica o reconhecimento de uma Variação 
Patrimonial Diminutiva, uma vez que há um aumento do passivo (provisão trabalhista) sem contrapartida no 
ativo. 
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E) Essa alternativa está errada, pois na fase do empenho da despesa sequer há lançamentos patrimoniais, quanto 
mais o reconhecimento de uma Variação Patrimonial Qualitativa. 
Gabarito: LETRA B 
 
10. (FCC – Prefeitura/PE – 2019) Para responder à questão, considere as transações a seguir, ocorridas em 
dezembro de 2018 em um ente público municipal: 
- Lançamento e arrecadação de Receita Tributária no valor de R$ 9.000.000,00. 
- Recebimento, no valor de R$ 1.200.000,00, de créditos tributários inscritos em dívida ativa em outubro de 2017. 
- Pagamento dos salários dos servidores, no valor de R$ 6.350.000,00, referentes a novembro de 2018. 
- Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$ 8.600.000,00, 
referentes a dezembro de 2018. O pagamento da despesa foi realizado em janeiro de 2019. 
- Reconhecimento da depreciação mensal do ativo imobilizado no valor de R$ 1.100.000,00. 
- Reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 200.000,00, referente ao ativo 
intangível com vida útil indefinida. 
- Pagamento, no valor de R$ 820.000,00, de restos a pagar processados inscritos em 31/12/2017 referentes a 
despesas correntes com Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto, em dezembro de 2018, o saldo do ativo do referido ente 
público municipal foi 
A) aumentado em R$ 1.730.000,00. 
B) aumentado em R$ 7.700.000,00. 
C) aumentado em R$ 530.000,00. 
D) reduzido em R$ 8.470.000,00. 
E) reduzido em R$ 1.300.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão exige conhecimentos de lançamentos contábeis e elementos patrimoniais. 
Vamos analisar os lançamentos contábeis e determinar se eles se relacionam com o ativo, aumentando-o 
ou reduzindo-o em dezembro de 2018: 
- Lançamento e arrecadação de Receita Tributária no valor de R$ 9.000.000,00: aqui temos um aumento do ativo, 
em R$ 9.000.000,00, sem contrapartida no passivo; 
- Recebimento, no valor de R$ 1.200.000,00, de créditos tributários inscritos em dívida ativa em outubro de 2017: 
mero fato permutativo entre a conta caixa e equivalentes de caixa (que aumenta) e a conta dívida ativa tributária 
(que diminui). Não impacta o saldo do ativo em dezembro de 2018; 
- Pagamento dos salários dos servidores, no valor de R$ 6.350.000,00, referentes a novembro de 2018: aqui temos 
uma redução do saldo do ativo em R$ 6.350.000,00, que saíram do caixa para quitar uma obrigação do passivo; 
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- Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$ 8.600.000,00, 
referentes a dezembro de 2018. O pagamento da despesa foi realizado em janeiro de 2019: aqui não há impacto 
no ativo, que se dará apenas em janeiro de 2019, quando do pagamento; 
- Reconhecimento da depreciação mensal do ativo imobilizado no valor de R$ 1.100.000,00: aqui temos uma 
redução do saldo do ativo no valor de R$ 1.100.000,00 decorrente do reconhecimento da depreciação mensal; 
- Reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 200.000,00, referente ao ativo 
intangível com vida útil indefinida: igualmente, aqui temos uma redução do saldo do ativo no valor de R$ 
200.000,00 decorrente da redução ao valor recuperável; 
- Pagamento, no valor de R$ 820.000,00, de restos a pagar processados inscritos em 31/12/2017 referentes a 
despesas correntes com Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica: por fim, aqui temos uma redução do saldo 
do ativo em R$ 820.000,00, que saíram do caixa para quitar uma obrigação do passivo. 
Assim, o saldo do ativo, considerando os lançamentos de dezembro de 2018, foi de: 
9.000.000 - 6.350.000 - 1.100.000 - 200.000 - 820.000 = 530.000 
Portanto o saldo do ativo foi aumentado em R$ 530.000,00 em dezembro de 2018, o que corresponde à 
alternativa C). 
Gabarito: LETRA C 
 
11. (FCC – Prefeitura/PE – 2019) Para responder à questão, considere as transações a seguir, ocorridas em 
dezembro de 2018 em um ente público municipal: 
- Lançamento e arrecadação de Receita Tributária no valor de R$ 9.000.000,00. 
- Recebimento, no valor de R$ 1.200.000,00, de créditos tributários inscritos em dívida ativa em outubro de 2017. 
- Pagamento dos salários dos servidores, no valor de R$ 6.350.000,00, referentes a novembro de 2018. 
- Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$ 8.600.000,00, 
referentes a dezembro de 2018. O pagamento da despesa foi realizado em janeiro de 2019. 
- Reconhecimento da depreciação mensal do ativo imobilizado no valor de R$ 1.100.000,00. 
- Reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 200.000,00, referente ao ativo 
intangível com vida útil indefinida. 
- Pagamento, no valor de R$ 820.000,00, de restos a pagar processados inscritos em 31/12/2017 referentes a 
despesas correntes com Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto, em dezembro de 2018, o resultado patrimonial do 
referido ente público municipal referente ao exercício financeiro de 2018 teve 
A) uma redução de R$ 520.000,00. 
B) um aumento de R$ 530.000,00. 
C) uma redução de R$ 700.000,00. 
D) um aumento de R$ 300.000,00. 
E) uma redução de R$ 900.000,00. 
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RESOLUÇÃO: 
Essa questão exige conhecimentos da Demonstração das Variações Patrimoniais e de Variações 
Patrimoniais propriamente ditas. 
O Resultado Patrimonial é a diferença entre o total de Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas. 
Dessa forma, precisamos identificar nos lançamentos quais constituem VPA e VPD em dezembro de 2018. Vamos 
analisá-los: 
- Lançamento e arrecadação de Receita Tributária no valor de R$ 9.000.000,00: aqui temos uma VPA (no 
lançamento do tributo), uma vez que há um aumento do ativo (crédito tributário a receber) sem contrapartida no 
Passivo. 
- Recebimento, no valor de R$ 1.200.000,00, de créditos tributários inscritos em dívida ativa em outubro de 2017: 
aqui temos uma Variação Patrimonial Qualitativa, uma vez que o fato gerador da VPA decorrente dos créditos 
tributários já ocorreuanteriormente (quando do lançamento do tributo). Portanto, temos apenas uma baixa em 
um ativo (dívida ativa tributária) em contrapartida de um aumento no ativo (caixa). 
- Pagamento dos salários dos servidores, no valor de R$ 6.350.000,00, referentes a novembro de 2018: aqui, temos 
uma Variação Patrimonial Qualitativa, uma vez que o fato gerador da VPD ocorreu em novembro de 2018. Em 
dezembro, ocorre apenas a baixa de uma obrigação no passivo (pessoal a pagar) em contrapartida de uma 
diminuição no ativo (caixa). 
- Empenho e liquidação de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$ 8.600.000,00, 
referentes a dezembro de 2018. O pagamento da despesa foi realizado em janeiro de 2019: o reconhecimento da 
obrigação referente a pessoal e encargos realmente se dá em dezembro de 2018 (que é o mês de referência), 
constituindo uma VPD, uma vez que há um aumento do passivo (pessoal a pagar) sem contrapartida no ativo. 
- Reconhecimento da depreciação mensal do ativo imobilizado no valor de R$ 1.100.000,00: aqui temos uma VPD, 
uma vez que há uma diminuição do ativo (depreciação, exaustão e amortização acumuladas) sem contrapartida 
no passivo. 
- Reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 200.000,00, referente ao ativo 
intangível com vida útil indefinida: aqui temos uma VPD, uma vez que há uma diminuição do ativo (redução valor 
recuperável de intangível) sem contrapartida no passivo. 
- Pagamento, no valor de R$ 820.000,00, de restos a pagar processados inscritos em 31/12/2017 referentes a 
despesas correntes com Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica: mera Variação Patrimonial Qualitativa, 
tendo em vista que há uma diminuição do passivo por conta da quitação de uma obrigação em contrapartida de 
uma diminuição do ativo (caixa). 
Assim: Total de VPA = 9.000.000 
Total de VPD = 8.600.000 + 1.100.000 + 200.000 = 9.900.000 
Resultado Patrimonial = Total de VPA - Total de VPD = 9.000.000 - 9.900.000 = - 900.000, valor que é 
correspondente à alternativa E). 
Gabarito: LETRA E 
 
12. (VUNESP – MPE/SP – 2019) Considere o lançamento de um direito a receber de IPTU, com a definição do 
nome do devedor e do valor da dívida, conforme a lei. Esse lançamento 
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A) seria uma despesa orçamentária e uma receita patrimonial. 
B) seria uma receita orçamentária e uma despesa patrimonial. 
C) orçamentariamente, não seria receita, mas o seria no sistema patrimonial. 
D) patrimonialmente, não seria contabilizado, mas seria receita no sistema orçamentário. 
E) seria contabilizado no ativo do balanço orçamentário como “Direitos a Receber – Tributos a Arrecadar”. 
RESOLUÇÃO: 
Primeiramente, o IPTU é um imposto e, como tal, constitui uma receita do Estado. De fato, "lançamento" 
é uma das fases de execução da receita orçamentária. Vale dizer, ainda, que por ser uma receita efetiva, estamos 
falando de uma receita também do ponto de vista patrimonial, ou seja, uma Variação Patrimonial Aumentativa 
(considerando todo o processo). Por isso, podemos descartar preliminarmente as alternativas A e B, uma vez que 
elas mencionam "despesa orçamentária" e "despesa patrimonial" respectivamente. 
Agora passemos à análise das demais alternativas: 
C) Essa é a alternativa correta, pois, no enfoque orçamentário, as receitas são reconhecidas apenas na fase da 
arrecadação, posterior a do lançamento. Logo, não há que se falar em receita orçamentária no lançamento do 
IPTU. Diferentemente, no enfoque patrimonial, é exatamente no lançamento do IPTU que se reconhece o fato 
gerador da Variação Patrimonial Aumentativa, que nada mais é do que a receita do ponto de vista patrimonial. 
D) Essa alternativa está errada, pois, conforme explicado na alternativa C, trata-se de uma receita sob o enfoque 
patrimonial (uma VPA), portanto, ele é contabilizado patrimonialmente. Diferentemente, não há registro no 
sistema orçamentário. 
E) Por fim, essa alternativa também está errada. Primeiro porque o Balanço Orçamentário não contém esse tipo 
de lançamento (ele tão somente coteja receitas previstas e realizadas, bem como despesas fixadas e realizada). 
Segundo porque seria na conta Créditos Tributários a Receber - Impostos (1.1.2.1.1.01.xx). 
Gabarito: LETRA C 
 
 
13. (FCC – Sefaz/BA – 2019) Atenção: Para responder à questão, considere as informações a seguir: 
Considere as seguintes transações ocorridas no mês de agosto de 2018 em uma determinada entidade 
pública estadual: 
- Arrecadação de receita de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria no valor de R$ 9.550.000,00. Tal receita 
foi lançada em julho de 2018. 
- Empenho, liquidação e pagamento de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 
2.100.000,00 referente a agosto de 2018. 
- Lançamento de receita de Contribuições no valor de R$ 1.500.000,00. Tal receita foi arrecadada em setembro de 
2018. 
- Reconhecimento da depreciação mensal dos bens móveis e imóveis no valor de R$ 90.000,00. 
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- Empenho de despesa no valor de R$ 85.000,00 referente à aquisição de um veículo novo. A entrega do veículo 
pelo fornecedor e a liquidação da despesa, pelo valor total do empenho, ocorreram em setembro de 2018. Tal 
despesa foi paga em janeiro de 2019 pelo valor total do empenho. 
- Lançamento e arrecadação de Receita Patrimonial no valor de R$ 79.000,00. 
- Empenho de despesa no valor de R$ 28.500,00 referente à aquisição de material de limpeza. A entrega do 
material pelo fornecedor e a liquidação e o pagamento da despesa, pelo valor total do empenho, ocorreram em 
setembro de 2018, mês em que todo o material adquirido foi utilizado pela entidade pública. 
- Liquidação de despesa corrente no valor de R$ 3.300,00 referente a Outros Serviços de Terceiros- Pessoa Física. 
A despesa liquidada se refere ao serviço prestado, no mês de agosto de 2018, para a pintura das paredes internas 
da referida entidade, cuja nota de empenho foi emitida em junho de 2018. Tal despesa foi paga, pelo valor total 
do empenho de R$ 3.300,00, em dezembro de 2018. 
- Pagamento a fornecedores no valor de R$ 1.400,00 referente a despesas com a aquisição de extintores de 
incêndio, cujo empenho e liquidação ocorreram em março de 2018. 
- Utilização de plaquetas de alumínio para identificação de patrimônio no valor de R$ 1.100,00. As plaquetas 
estavam em estoque no início do mês de agosto de 2018 e se referem a despesa corrente paga em fevereiro de 
2018. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto e de acordo com o regime de competência, o impacto no 
ativo total no mês de agosto de 2018 foi 
A) uma redução de R$ 522.400,00. 
B) uma redução de R$ 613.500,00. 
C) um aumento de R$ 7.436.500,00. 
D) uma redução de R$ 635.900,00. 
E) um aumento de R$ 7.414.100,00. 
RESOLUÇÃO: 
 Aqui precisamos analisar cada transação para determinar se houve impacto no ativo. Vamos lá: 
Transação Classificação 
Arrecadação de receita de Impostos, Taxas e 
Contribuições de Melhoria no valor de R$ 
9.550.000,00. Tal receita foi lançada em julho de 
2018. 
Aqui não houve alteração do ativo, tendo havido 
apenas uma Variação Patrimonial Qualitativa. Por sua 
vez, o aumento do ativo deu-se ainda em julho de 2018 
quando a receita foi lançada. 
Empenho, liquidação e pagamento de despesa 
corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor 
de R$ 2.100.000,00 referente a agosto de 2018. 
Aqui há impacto no ativo, haja vista a saída de recursos 
sem entrada de outro. Além disso, tem-se que o fato 
gerador da despesa com pessoal referente a agosto de 
2018 ocorre nesse mês, em contrapartida ao 
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reconhecimento de uma Variação Patrimonial 
Diminutiva. 
O impacto é negativo em R$ 2.100.000,00. 
Lançamento de receita de Contribuições no valor 
de R$ 1.500.000,00. Tal receita foi arrecadada em 
setembro de 2018. 
O fato gerador da receita ocorreu por ocasião do seu 
lançamento em agosto de 2018, ensejando uma 
Variação Patrimonial Aumentativa em contrapartida a 
um aumento do ativo (créditos a receber). 
Portanto, há um impacto positivo de R$ 1.500.000,00. 
Reconhecimento da depreciação mensal dos bens 
móveis e imóveis no valor de R$ 90.000,00. 
O reconhecimento da depreciação enseja uma Variação 
Patrimonial Diminutiva e, nesse caso, um impacto 
negativo no ativo em R$ 90.000,00, por conta da 
diminuição do valor de ativos. 
Empenho de despesa no valor de R$ 85.000,00 
referente à aquisição de um veículo novo. A entrega 
do veículo pelo fornecedor e a liquidação da 
despesa, pelo valor total do empenho, ocorreram 
em setembro de 2018. Tal despesa foi paga em 
janeiro de 2019 pelo valor total do empenho. 
Em agosto, que é que nos interessa, ocorreu apenas o 
empenho, o que não gera nenhuma modificação em 
termos patrimoniais. Assim, não há impacto no ativo. 
Vale dizer que em setembro, há o registro do veículo no 
ativo e da obrigação a pagar no passivo, que constitui 
uma variação patrimonial qualitativa. 
Finalmente, em janeiro ocorre o pagamento com uma 
redução do ativo (caixa) e uma redução do passivo com 
a baixa da obrigação a pagar. Outra Variação 
Patrimonial Qualitativa. 
Lançamento e arrecadação de Receita Patrimonial 
no valor de R$ 79.000,00. 
O fato gerador da receita ocorreu por ocasião do seu 
lançamento, ensejando uma Variação Patrimonial 
Aumentativa em contrapartida a um aumento do ativo 
(créditos a receber). Posteriormente, houve a troca 
desse direito pela entrada de recursos. 
Portanto, há um impacto positivo de R$ 79.000,00. 
Empenho de despesa no valor de R$ 28.500,00 
referente à aquisição de material de limpeza. A 
entrega do material pelo fornecedor e a liquidação 
e o pagamento da despesa, pelo valor total do 
empenho, ocorreram em setembro de 2018, mês 
em que todo o material adquirido foi utilizado pela 
entidade pública. 
Em agosto de 2018 não houve impacto no ativo, tendo 
havido meramente o reconhecimento de uma Variação 
Patrimonial Qualitativa. 
Liquidação de despesa corrente no valor de R$ 
3.300,00 referente a Outros Serviços de Terceiros – 
Pessoa Física. A despesa liquidada se refere ao 
serviço prestado, no mês de agosto de 2018, para a 
pintura das paredes internas da referida entidade, 
Essa transação é um pouco mais complicadinha. Em 
agosto, de fato, há o reconhecimento de uma Variação 
Patrimonial Diminutiva, por ocasião da prestação do 
serviço de pintura. Entretanto, em contrapartida, há um 
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cuja nota de empenho foi emitida em junho de 
2018. Tal despesa foi paga, pelo valor total do 
empenho de R$ 3.300,00, em dezembro de 2018. 
registro no passivo. Dessa forma, não há impacto no 
ativo em agosto. 
Apenas quando do pagamento, em setembro, é que há 
um impacto no ativo! 
Pagamento a fornecedores no valor de R$ 1.400,00 
referente a despesas com a aquisição de extintores 
de incêndio, cujo empenho e liquidação ocorreram 
em março de 2018. 
Apesar de ser um fato permutativo, tem-se que aqui há 
um impacto negativo no ativo de R$ 1.400,00. 
Isso porque quando o serviço foi prestado, houve o 
registro de uma Variação Patrimonial Diminutiva em 
contrapartida a um lançamento no passivo. 
Apenas posteriormente houve a saída de recursos, com 
consequente impacto no ativo. 
Utilização de plaquetas de alumínio para 
identificação de patrimônio no valor de R$ 
1.100,00. As plaquetas estavam em estoque no 
início do mês de agosto de 2018 e se referem a 
despesa corrente paga em fevereiro de 2018. 
Aqui também há impacto no ativo, por ocasião da 
utilização do material permanente, o que enseja o 
reconhecimento de uma Variação Patrimonial 
Diminutiva em contrapartida. 
O impacto negativo foi, portanto, de R$ 1.100,00. 
Agora, basta calcularmos o impacto total no ativo causado pelas transações identificadas: 
(–) R$ 2.100.000,00 
(+) R$ 1.500.000,00 
(–) R$90.000,00 
(+) R$ 79.000,00 
(–) R$ 1.400,00 
(–) R$ 1.100,00 
R$ 613.500,00 
Ou seja, o impacto no ativo total no mês de agosto de 2018 foi uma redução de R$ 613.500,00. Portanto, 
está certa a alternativa B). 
Gabarito: LETRA B 
 
14. (FCC – Sefaz/BA – 2019) Atenção: Para responder à questão, considere as informações a seguir: 
Considere as seguintes transações ocorridas no mês de agosto de 2018 em uma determinada entidade 
pública estadual: 
- Arrecadação de receita de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria no valor de R$ 9.550.000,00. Tal receita 
foi lançada em julho de 2018. 
- Empenho, liquidação e pagamento de despesa corrente com Pessoal e Encargos Sociais no valor de R$ 
2.100.000,00 referente a agosto de 2018. 
- Lançamento de receita de Contribuições no valor de R$ 1.500.000,00. Tal receita foi arrecadada em setembro de 
2018. 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 07 
 
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Contabilidade Pública 
- Reconhecimento da depreciação mensal dos bens móveis e imóveis no valor de R$ 90.000,00. 
- Empenho de despesa no valor de R$ 85.000,00 referente à aquisição de um veículo novo. A entrega do veículo 
pelo fornecedor e a liquidação da despesa, pelo valor total do empenho, ocorreram em setembro de 2018. Tal 
despesa foi paga em janeiro de 2019 pelo valor total do empenho. 
- Lançamento e arrecadação de Receita Patrimonial no valor de R$ 79.000,00. 
- Empenho de despesa no valor de R$ 28.500,00 referente à aquisição de material de limpeza. A entrega do 
material pelo fornecedor e a liquidação e o pagamento da despesa, pelo valor total do empenho, ocorreram em 
setembro de 2018, mês em que todo o material adquirido foi utilizado pela entidade pública. 
- Liquidação de despesa corrente no valor de R$ 3.300,00 referente a Outros Serviços de Terceiros- Pessoa Física. 
A despesa liquidada se refere ao serviço prestado, no mês de agosto de 2018, para a pintura das paredes internas 
da referida entidade, cuja nota de empenho foi emitida em junho de 2018. Tal despesa foi paga, pelo valor total 
do empenho de R$ 3.300,00, em dezembro de 2018. 
- Pagamento a fornecedores no valor de R$ 1.400,00 referente a despesas com a aquisição de extintores de 
incêndio, cujo empenho e liquidação ocorreram em março de 2018. 
- Utilização de plaquetas de alumínio para identificação de patrimônio no valor de R$ 1.100,00. As plaquetas 
estavam em estoque no início do mês de agosto de 2018 e se referem a despesa corrente paga em fevereiro de 
2018. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto, o impacto no resultado patrimonial no mês de agosto 
de 2018 foi 
A) um aumento de R$ 7.434.600,00. 
B) uma redução de R$ 615.400,00. 
C) uma redução de R$ 612.400,00. 
D) uma redução de R$ 634.500,00. 
E) um aumento de R$ 7.415.500,00. 
RESOLUÇÃO: 
Aqui precisamos analisar cada transação para determinar quais constituem Variações Patrimoniais 
aumentativas ou diminutivas. Lembrem-se de que o Resultado Patrimonial é dado pela diferença entre Variações 
Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas. Vamos lá: 
Transação Classificação 
Arrecadação de receita de Impostos, Taxas e 
Contribuições de Melhoria no valor de R$ 
9.550.000,00. Tal receita foi lançada em julho de 
2018. 
Aqui houve mera Variação Patrimonial Qualitativa, uma 
vez que entraram recursos e foi dada baixa em um crédito 
a receber. 
Por sua vez, a Variação Patrimonial Aumentativa deu-se 
ainda em julho de 2018, quando houve o fato gerador da 
receita e ela lançada. 
Profs. Indio Artiaga do

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