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fundamentos_de_comunicacoes_por_satelite_e_enlaces_terrestres

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ou maiores.
figura 1. exemplos das comunicações satelitais e de enlaces terrestres.
fonte: autor, 2017.
objetivos 
 » Na unidade I, visa e objetiva a sua compreensão do sistema de comunicação 
via satélite nos aspectos regulatórios, órbitas, lançamentos, footprint, 
antenas e seus apontamentos e estações terrenas.
 » Nas unidades II e III temos as apresentações das tecnologias DVB-S e 
DVB-S2 respectivamente objetivando as comunicações satelitais por 
radiodifusão televisiva.
 » A unidade IV tem o objetivo de compreensão das comunicações de dados 
via satélite, ou seja, as comunicações das redes VSAT. 
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 » A unidade V apresenta os cálculos necessários para estabelecer as 
comunicações satelitais sejam DVB-S, DVB-S2 ou VSAT.
 » E na unidade VI, teremos as apresentações dos modelos de comunicações 
dos enlaces terrestres que objetivam aos transportes de informações 
pela superfície terrena em curtas distâncias se comparadas com as 
comunicações satélites, entretanto de importância de mesma ordem de 
grandeza. 
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11
unidAdE i
introdução À 
ComuniCAção ViA 
SAtélitE
CAPítulo 1
Conceitos iniciais e fundamentais na 
comunicação via satélite
futuro!!!
figura 2. satélite star one d2.
fonte disponível em: <http://www.telesintese.com.br/embratel-vai-construir-mais-um-satelite-lancamento-previsto-para-2019/>, 2017 
A Embratel Star One, operadora de satélites do grupo América Móvil, anunciou a 
construção do seu décimo segundo satélite. O Star One D2, o maior já fabricado 
pela empresa, que deverá ser lançado até ao final de 2019. Até outubro 2017, 
serão anunciados os fornecedores internacionais contratados para sua fabricação 
e lançamento.
O Star One D2 irá operar na banda Ka para atender às demandas de backhaul de 
telefonia celular. Também será equipado com as bandas C e Ku, complementando 
as ofertas de capacidade para demandas de dados, vídeo e Internet de clientes 
corporativos, além de ampliar as redes de backhaul de celulares já existentes na 
banda Ku.
O Star One D2 possui uma potência estimada de 19,3  kW, e uma massa de 
lançamento estimada em 7 toneladas (7.000 kg). A sua vida útil espacial será 
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UNIDADE I │ INtroDUção À ComUNICAção vIA sAtélItE
de mais de 15 anos. Vai possuir 28 transponders (receptores e transmissores de 
sinais) em Banda C, 24 transponders em Banda Ku e capacidade de 20 Gbps em 
Banda Ka.
Será o segundo satélite da frota de quarta geração, denominada família D. 
Complementará a cobertura de Banda Ka do Star One D1, ampliando as ofertas de 
Internet e Banda Larga e abrangendo as Regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste 
do Brasil. Também viabilizará o aumento de serviços de dados corporativos para 
órgãos governamentais e de empresas dos mais diversos setores.
O Star One D2 irá ocupar a posição órbital de 70° W e também irá garantir a 
continuidade dos serviços em Banda C e Ku do Star One C2. Com a Banda Ku, o 
satélite irá garantir o fornecimento de capacidade para dados, vídeos e Internet 
para órgãos do Governo e grandes empresas que atuam nas Américas do Sul e 
Central, e México. Também possibilitará a transmissão de sinais para as ofertas 
de TV por Assinatura. Já a Banda C garantirá a manutenção e crescimento das 
ofertas de sinais de TV Aberta por utilizar a “hot position” de 70° W.
Este satélite será controlado a partir do centro de operações de satélites de 
Guaratiba no Rio de Janeiro. Fará parte das ofertas da Embratel Star One para 
atender clientes como as maiores empresas do Brasil, as principais emissoras de 
TV, canais independentes, bancos e governo, recebendo e transmitindo sinais 
de televisão, rádio, telefonia, Internet e dados para atividades empresariais e 
aplicações de entretenimento, telemedicina e tele-educação.
Presente!!!
figura 3. satélite spacebus 4.000 C4 lançada em 2017.
fonte disponível em: <http://www.arianespace.com/>; 2017 
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Introdução À ComunICação vIa satélIte │ unIdade I
Foi realizado no dia 4 de maio de 2017, o lançamento do Satélite Geoestacionário 
de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) Brasileira em Kourou, na Guiana 
Francesa. É um programa do governo federal com o objetivo de prover parte do 
plano nacional de banda larga com serviços de internet em 100 % do território 
nacional no objetivo de inclusão digital. Além de fornecer um meio seguro e 
soberano para as comunicações estratégicas do governo brasileiro.
O satélite nomeado de Spacebus 4.000 C4 possui uma envergadura de 37 m e 
uma altura de 7m com peso de 5,8 toneladas (5.800 kg) e potência da 11 kW e 
uma vida útil de 18 anos. Sua faixa de frequência de operação são nas bandas Ka 
e X, sendo que na banda Ka pode chegar a taxa de 58 Gbps.
Você pode assistir ao lançamento no link disponível em: <http://www.
visionaespacial.com.br/sgdc> (2017).
O foguete que transportou o satélite Spacebus 4.000 C4 até a sua órbita foi 
o Ariane 5 ECA, da fabricante ArianeSpace, é referência mundial na categoria 
de grandes lançadores. Com um elevado grau de precisão em suas missões, o 
Ariane 5 foi capaz de transportar cargas úteis com peso superior a 10 toneladas 
para órbitas geoestacionárias (GTO) e mais de 20 toneladas para órbitas baixa 
(LEO). Esta performance assegura ao Ariane 5 uma alta taxa de eficiência nos 
lançamentos de satélites de telecomunicações, com uma confiabilidade de 
98,7%, com a impressionante marca de 75 lançamentos seguidos bem-sucedidos.
Para conhecer os detalhes do foguete Ariane 5 ECA que transportou o satélite 
Spacebus 4.000 C4 acesse o site disponível em: <http://www.visionaespacial.
com.br/files/LAUNCH-KIT_SGDC.pdf> (2017).
figura 4. Ilustração de um lançamento de satélite.
0 km
70 km
100 km
200 km
300 km
400 km
fonte disponível em: <http://www.arianespace.com/>, 2017.
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UNIDADE I │ INtroDUção À ComUNICAção vIA sAtélItE
figura 5. lançamento do satélite spacebus 4.000 C4 pelo foguete ariane em 4 de maio de 2017.
fonte disponível em: <http://www.arianespace.com/>; 2017.
Passado!!!
figura 6. lixo espacial.
fonte disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/05/25/lixo-espacial-em-órbita-torna-saida-
da-terra-muito-mais-perigosa.htm; http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/05/china-identifica-lixo-espacial-russo-que-caiu-
no-pais.html; https://www.campograndenews.com.br/cidades/objeto-no-ceu-pode-ser-lixo-espacial-ou-resto-de-aeronave-avalia-
agencia; http://link.estadao.com.br/blogs/renato-cruz/lixo-espacial/>, 2017.
Aproximadamente 170 milhões de pedaços de equipamentos obsoletos estão 
orbitando o nosso planeta neste exato momento, de acordo com informações da 
Agência Espacial Europeia (ESA). São todos considerados lixos espaciais, e estão 
circulando em volta de nosso planeta a uma velocidade de aproximadamente 
8.000 km/s (quilômetros por segundo), cerca aproximadamente de dez vezes 
mais rápido do que uma bala de arma de fogo. Enquanto alguns pedaços são 
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Introdução À ComunICação vIa satélIte │ unIdade I
tão grandes quanto um caminhão, outros são pequeninos, mas, ainda assim, 
representam um risco enorme ao funcionamento dos satélites que estão em 
operação e naves com missões espaciais. Existem diversas iniciativas para limpar 
ou minimizar os lixos espaciais. Tal como a iniciativa do Japão que pode ser 
acessado em:< https://canaltech.com.br/espaco/empresa-japonesa-usara-imas-
para-limpar-lixo-espacial-da-órbita-terrestre-98932/> (2017), porém não é uma 
tarefa fácil de ser realizada.
Seguindo uma tendência mundial de preservação ambiental em todos os âmbitos 
fica a pergunta e questionamento: Porque todos os satélites são projetados para 
ter uma vida útil média entre 15 a 20 anos? E não muito mais do que isso? Qual 
seria essa motivação? Na persistência da dúvida para essa resposta, procure o 
professor que terá um imenso prazer em conduzir este assunto junto com você. 
Aspectos regulatórios para radiofrequência 
A União Internacional de Telecomunicações (UIT)
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