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Apostila MTC

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SNúcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora Silvia Cristina da Silva
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
A metodologia é encontrada em toda a pesquisa científi ca, de-
vendo ser detalhada o sufi ciente para que outro pesquisador possa re-
plicar o estudo descrito. O método científi co tenta minimizar a infl uência 
do viés ou preconceito no experimentador. Ao aplicar o método cien-
tífi co, o pesquisador poderá repetir o experimento para descobrir, por 
si mesmo, se as afi rmações de outro pesquisador são verdadeiras ou 
não. Este é considerado um fator chave que separa a ciência do dogma. 
De modo geral, a pesquisa científi ca ajuda as pessoas a apresentar 
perguntas e métodos racionais, objetivos, testáveis e reprováveis o que 
facilita explicar o mundo e sua natureza em constante mudança. A pes-
quisa é muito importante, pois permite ampliar o conhecimento das pes-
soas de maneira concreta e precisa, abrindo possibilidades em todos 
os tipos, como social, cultural, empresarial, natural, etc. Esse processo 
possibilita a evolução do ser humano, pois faz desenvolver e progredir 
através do conhecimento adquirido.
Artigos; Ciência; Conhecimento. 
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CAPÍTULO 01
 INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Apresentação do módulo ______________________________________ 10
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 CAPÍTULO 02
PESQUISA CIENTÍFICA 
Os métodos da Ciência: Conceito e Defi nições __________________
CAPÍTULO 03
ELABORAÇÃO
Processo Científi co ____________________________________________
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Processo de Elaboração da Pesquisa Científi ca __________________
Recapitulando _________________________________________________
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Metodologia Científi ca e Ciência _______________________________
Recapitulando _________________________________________________
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Referências ___________________________________________________ 74
Fechando Unidade ____________________________________________ 72
Considerações Finais __________________________________________
67
Linguagem e Argumentação Científi ca ________________________ 22
Recapitulando _________________________________________________ 29
Etapas da Pesquisa ____________________________________________
43Aplicação de Questionário _____________________________________
45Ética na Pesquisa ______________________________________________
49
Estruturas do Artigo Científi co _________________________________ 53
56Linguagem do Artigo __________________________________________
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Fichamentos __________________________________________________ 60
Resumo Científi co _____________________________________________
Resenha _______________________________________________________
Didática como Ciência no Ensino Superior ______________________ 23
Relatórios de pesquisa _________________________________________
Ficha catalográfi ca ____________________________________________
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O conhecimento científi co obtido no processo metodológico tem 
como fi nalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno 
baseado na verifi cação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, está di-
retamente vinculado a questões específi cas que trata de explicá-las e re-
lacioná-las com outros fatos. Dessa maneira, observa-se que, quando se 
analisa determinado fato, não se pode limitar apenas a tentar explicar os 
questionamentos que são suscitados acerca dos problemas, mas é impor-
tante também observar que existe a necessidade de se buscar elementos 
que possam realizar uma ligação estreita com outros fatos e, sendo assim, 
tentar explica-los. 
O método científi co pode ser defi nido como um conjunto de eta-
pas e instrumentos pelo qual o pesquisador direciona seu projeto de traba-
lho com critérios de caráter científi co para alcançar dados que suportam ou 
não sua teoria inicial.Desta forma, ele tem toda a liberdade para defi nir 
quais os melhores instrumentos vai utilizar para cada tipo de pesquisa a fi m 
de obter resultados confi áveis e com possibilidades de serem generaliza-
dos para outros casos.
Esse fato pode ser baseado em alguns fenômenos pré-universi-
tários como, por exemplo, baixa qualidade na formação de alunos interes-
sados, curiosos e exploradores que ingressam na comunidade acadêmica, 
assim como, no próprio grau de especifi cidade técnica para desenvolvi-
mento dos projetos propostos.
A pesquisa bibliográfi ca é fonte inesgotável de informação, ocu-
pando um lugar de destaque na vida do pesquisador, por constituir os pri-
meiros passos para a busca de conhecimento. Ela auxilia na atividade inte-
lectual e contribui para o conhecimento em todas as suas formas. 
É um estudo sistematizado, desenvolvido a partir de tudo aquilo 
que foi escrito, gravado ou fi lmado sobre determinado tema, assunto ou 
área do conhecimento. O material bibliográfi co é reunido em livros, revis-
tas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, material de acesso ao público em 
geral. A pesquisa bibliográfi ca tem a fi nalidade de colocar o pesquisador 
em contato direto com a informação sobre determinado objeto de estudo.
Qual seria sua principal característica? Para Knechtel (2014), se-
ria a leitura, a pesquisa em fontes concretas que forneçam fundamentos 
analíticos para todo o tipo de pesquisa, criando um universo de debate 
entre o pesquisador e outros autores. Ou seja, a pesquisa bibliográfi ca é 
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a base para qualquer tipo de pesquisa, com ela, o pesquisador inicia seus 
primeiros conhecimentos sobre o tema e objeto de estudo. 
Neste material veremos que a identifi cação bibliográfi ca é classi-
fi cada em fontes primárias e secundárias, sendo que será nessas fontes 
que o pesquisador irá encontrar as informações necessárias para a sua 
pesquisa. Por fontes primárias, entende-se a bibliografi a básica sobre o 
assunto, que traz embasamento teórico. Já as fontes secundárias se ca-
racterizam por serem bibliografi as complementares, que servem de apoio 
para o assunto pesquisado.
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INTRODUÇÃO AO 
CONHECIMENTO 
CIENTIFICO
METODOLOGIA CIENTIFICA E CIÊNCIA
O desenvolvimento do método científi co envolve algumas 
das culturas mais esclarecidas da história, bem como alguns grandes 
cientistas, fi lósofos e teólogos. Além de analisar as mudanças na fi loso-
fi a subjacente à descoberta científi ca, não podemos esquecer algumas 
das ferramentas que tornam a ciência possível, incluindo indexação de 
bibliotecas e revistas científi cas revisadas por pares. Desde as observa-
ções dos antigos gregos e zoroastrianos até o telescópio espacial Hub-
ble, a história do método científi co está subjacente ao desenvolvimento 
de toda ciência e tecnologia, e devemos nossa tecnologia moderna a 
algumas mentes grandes e inovadoras.
O método científi co deve ser diferenciado dos objetivos e pro-
dutos da ciência, como conhecimento, previsões ou controle. Métodos 
são os meios pelos quais esses objetivos são alcançados. O método 
científi co também deve ser diferenciado da meta-metodologia, que in-
clui os valores e justifi cativas por trás de uma caracterização específi ca 
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do método científi co (isto é, uma metodologia) - valores como objetivi-
dade, reprodutibilidade, simplicidade ou sucessos do passado. 
Regras metodológicas são propostas para governar o método 
e é uma questão meta-metodológica se os métodos que obedecem a 
essas regras satisfazem determinados valores. Finalmente, o método é 
distinto, até certo ponto, das práticas detalhadas e contextuais através 
das quais os métodos são implementados. 
O último pode variar: técnicas laboratoriais específi cas; for-
malismos matemáticos ou outras línguas especializadas usadas nas 
descrições e no raciocínio; meios tecnológicos ou outros meios mate-
riais; maneiras de comunicar e compartilhar resultados, seja com outros 
cientistas ou com o público em geral; ou as convenções, hábitos, cos-
tumes impostos e controles institucionais sobre como e que ciência é 
realizada. 
Embora seja importante reconhecer essas distinções, seus 
limites são confusos. Portanto, os relatos de método não podem ser 
totalmente divorciados de suas motivações ou justifi cativas metodológi-
cas e meta-metodológicas. 
Além disso, cada aspecto desempenha um papel crucial na 
identifi cação de métodos. Portanto, as disputas sobre o método ocorre-
ram nos níveis de detalhe, regra e meta-regra. Mudanças nas crenças 
sobre a certeza ou falibilidade do conhecimento científi co, por exemplo 
(que é uma consideração meta-metodológica do que podemos esperar 
que os métodos produzam), signifi caram diferentes ênfases no raciocí-
nio dedutivo e indutivo ou na importância relativa atribuída ao raciocí-
nio sobre observação (isto é, diferenças sobre métodos particulares). 
Crenças sobre o papel da ciência na sociedade afetarão o lugar que se 
atribui aos valores no método científi co.
“Etimologicamente, a palavra metodologia vem do grego metá,
que signifi ca ‘na direção de’, hodós, que signifi ca ‘caminho’, e logos, 
que signifi ca ‘estudo’” (Rodrigues, 2006, p.19), logo inferimos que é o 
estudo crítico dos métodos utilizados. São as opções disponíveis para o 
estudo daquilo que o pesquisador acredita poder saber mais. 
Podemos considerar a metodologia científi ca como uma fer-
ramenta maior que agrega vários meios que auxiliam na realização da 
pesquisa científi ca. Que ajuda nas questões éticas e legais, que ajuda 
a delimitar os temas e não deixa fugir do proposto, ou melhor, ajuda a 
deixar obvio as decisões, os meios e a questão a ser trabalhada para 
que não haja uma extensão desapropriada do assunto proposto, tam-
pouco um desfalque. Destarte Rodrigues, defi ne de modo resumido o 
que podemos identifi car como metodologia científi ca:
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Assim pode-se dizer que a metodologia científi ca consiste no estudo, 
na geração e na verifi cação dos métodos, das técnicas e dos proces-
sos utilizados na investigação e resolução de problemas, com vis-
tas ao desenvolvimento do conhecimento cientifi co. O conhecimento 
cientifi co se constrói por meio da investigação científi ca, da pesquisa 
utilizando-se a metodologia (2006, p.19).
Barros & Lehfeld (1986) afi rmam que a metodologia não pro-
cura soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá-las, integrando os 
conhecimentos a respeito dos métodos em vigor nas diferentes discipli-
nas científi cas ou fi losófi cas. E com relação à importância da disciplina 
metodologia científi ca, essa é baseada na apresentação e exame de 
diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange a estudar e 
aprender. 
Para nós, mais vale o conhecimento e manejo dessa instru-
mentação para o trabalho científi co do que o conhecimento de uma sé-
rie de problemas ou o aumento de informações acumuladas sistemati-
camente. Essa disciplina está, pois, voltada a assessorar e colaborar 
com o crescimento intelectual do aluno para a formação de um compro-
misso científi co frente à realidade empírica.
A complexidade do método fez dele uma disciplina denomina-
da metodologia. Metodologia cientifi ca é o estudo dos métodos de co-
nhecer. Trata-se de métodos de buscar o conhecimento, é uma forma 
de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja 
para explicá-lo ou estudá-lo.O método científi co é entendido como o 
conjunto de processos orientados por uma habilidade crítica e criadora 
voltada para a descoberta da verdade e para a construção da ciência 
hoje, a pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso 
(Cervo & Bervian, 2002).
Se contemplarmos o conceito de ciência, ou simplesmente nos 
perguntarmos o que é ciência, teremos que recorrer a uma disciplina 
externa: a fi losofi a da ciência.
Nessa perspectiva a fi losofi a se divide em três vastos grupos: 
a metodologia da pura fi losofi a ou epistemologia, o estudo do conheci-
mento científi co ou a fi losofi a da ciência e o estudo de possíveis coisas 
ou metafísica, ou meta-ciência. Usando uma terminologia menos preci-
sa, a fi losofi a analisa o mundo do que é possível e a ciência é limitada 
ao mundo comprovado. Se a fi losofi a da ciência não tem provas, res-
tringe conceitos; enquanto a fi losofi a geral precisa de provas para limitar 
um conceito. 
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A fi losofi a da ciência entendida como um nível de raciocínio 
que nos leva ao conceito de ciência e não como uma disciplina acadê-
mica que usa muitas palavras latinas ou gregas e cita inúmeros auto-
res. A fi losofi a da ciência é como a autolimitação que o pequeno fi lósofo 
estabelece para descobrir as maravilhas do novo mundo que têm pro-
fundo senso comum.
As defi nições dos termos ciência e metodologia são em si mes-
mas um objeto de estudo. Esse estudo, levado a efeito pela fi losofi a da 
ciência, deve nortear o pensamento humano sobre suas próprias des-
cobertas e representações. Tendo em vista a pergunta pela defi nição da 
ciência, vejamos: a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades 
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, 
capaz de ser submetido à verifi cação onde [...] A ciência é um conjun-
to de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodica-
mente, sistematizados e verifi cáveis, que fazem referência a objetos de 
uma mesma natureza. (LAKATOS & MARCONI, 1991, p.80).
 Para Bunge (1980) a ciência é como um sistema de ideias es-
tabelecidas (conhecimento científi co) é como uma atividade produtora 
de novas ideias (investigação científi ca). Gil (1999) mais próximo 
ao sentido cartesiano, diz que, etimologicamente, ciência signifi ca 
conhecimento, sendo o seu objetivo fundamental à veracidade dos fatos, 
com o objetivo de formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada 
às leis que regem os fenômenos.
Segundo Andery “a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do 
homem entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formu-
lar leis que, em última instância, permitam a atuação humana” (1996, 
p. 13). Ao longo dos anos, o homem sempre buscou entender-se e ao 
universo ao seu redor, formulando leis e procurando entender os meca-
nismos pelos quais o mundo “funciona”, através de ferramentas criadas 
para esse fi m, como a ciência.
Já na “sociedade ocidental, no entanto, a ciência é a forma 
hegemônica de construção da realidade, considerada por muitos críti-
cos como um novo mito, por sua pretensão de único promotor e critério 
de verdade” (Minayo, 2007, p. 9). E já que, assim como Minayo, não 
interessa para os fi ns deste trabalho, compactuar dessa visão compar-
tilharemos da visão de Meadows e Ziman que respalda a concepção de 
que conceituar ciência é, além de polêmico e pretensioso, quase des-
necessário já que “um cientista pode alcançar sucesso sem ter noção 
exata do que é ciência” (Targino, 2000).
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OS MÉTODOS DA CIÊNCIA: CONCEITO E DEFINIÇÕES
Os conceitos de método, que ora apresentamos, foram funda-
mentados em focos que remetem aos caminhos da metodologia, pois 
a história do método científi co se confunde com a história da própria 
ciência. Salienta-se a importância da escolha de um método de pesqui-
sa, por certifi car que não há ciência sem método, embora nem todos os 
estudos se constituam em ciência. Veja alguns conceitos e defi nições:
A metodologia científi ca nos ensina um caminho para 
chegarmos a um fi m científi co. A palavra “científi ca” vem 
de ciência. 
A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos 
a serem utilizados na obtenção do conhecimento. 
É a aplicação do método através de técnicas que 
garantem a legitimidade do saber obtido.
Considera-se a Ciência como conjunto de leis que buscam 
explicar alguns fenômenos até que existem outras leis 
para nos dar uma explicação mais completa sobre o assunto. 
Papel da ciência: Trazer luz onde reinam as trevas. 
O rigor científi co nega, na sua essência, as crendices, a magia, 
as superstições antigas e atuais. 
Segundo o dicionário Aurélio: Ciência é o conjunto 
organizado de conhecimentos relativos a um determinado
 objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, 
a experiência dos fatos e um método próprio. 
Podemos dizer que métodos e técnicas são coisas diferentes. 
Alguns autores defendem que a técnica é responsável por informar a 
maneira de fazer uma atividade. Dessa forma, podemos dizer que a téc-
nica é responsável por informar como fazer, enquanto que o método es-
tabelece o que fazer. A forma de aplicação do método é a técnica. 
Os métodos que fornecem as bases lógicas ao conhecimento 
científi co são: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-de-
dutivo, método dialético, método fenomenológico. Vejamos detalhada-
mente:
Método Indutivo
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Indução signifi ca oferecer uma verdade geral mostrando que, se é ver-
dade para um determinado caso. É verdade para todos esses casos. A 
abordagem indutiva é de natureza psicológica. O método indutivo de-
senvolve a curiosidade no indivíduo que é a necessidade do dia.
O exercício metódico do conhecer afi rma uma posição indutiva 
do sujeito em relação ao objeto, na qual a investigação científi ca é uma 
questão de generalização provável, a partir dos resultados obtidos por 
meio das observações e das experiências. Francis Bacon foi o “siste-
matizador do Método Indutivo, pois a técnica de raciocínio da indução 
já existia desde Sócrates e Platão”, conforme (Lakatos; Marconi, 2000, 
p. 71).
Conforme Ferreira (1998), o método indutivo defi ne suas re-
gras e etapas a partir de dois pressupostos que se sustentam na ideia 
da existência de um determinismo nas leis observadas na natureza, são 
eles: 
Determinadas causas produzem sempre os mesmos efeitos, 
sob as mesmas circunstâncias e determinações; 
A verdade observada em situações investigadas, torna-se ver-
dade para toda situação universal correspondente.
Raciocínio
A abordagem indutiva, também conhecida no raciocínio indu-
tivo, começa com as observações e as teorias são propostas no fi nal 
do processo de pesquisa como resultado das observações (Goddard, 
2004). A pesquisa indutiva “envolve a busca de padrões a partir da ob-
servação e o desenvolvimento de explicações - teorias - para esses pa-
drões através de séries de hipóteses” (Bernard, 2011). Nenhuma teoria 
ou hipótese se aplicaria em estudos indutivos no início da pesquisa e o 
pesquisador é livre em termos de alteração da direção do estudo após 
o início do processo de pesquisa.
É importante enfatizar que a abordagem indutiva não 
implica desconsiderar as teorias ao formular questões e objetivos de 
pesquisa. Essa abordagem visa gerar signifi cados a partir do conjunto 
de dados coletados, a fi m de identifi car padrões e relacionamentos para 
construir uma teoria; no entanto, a abordagem indutiva não impede 
o pesquisador de usar a teoria existente para formular a questão de 
pesquisa a ser explorada (Saunders, 2012). 
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O raciocínio indutivoé baseado no aprendizado da experiên-
cia. Padrões, semelhanças e regularidades na experiência (premissas) 
são observados para se chegar a conclusões (ou gerar teoria). O ra-
ciocínio indutivo começa com observações detalhadas do mundo, que 
avançam em direção a generalizações e ideias mais abstratas (Neu-
man, 2003). Ao seguir uma abordagem indutiva, começando com um 
tópico, um pesquisador tende a desenvolver generalizações empíricas 
e a identifi car relações preliminares à medida que progride em sua pes-
quisa. Nenhuma hipótese pode ser encontrada nos estágios iniciais da 
pesquisa e o pesquisador não tem certeza sobre o tipo e a natureza dos 
resultados da pesquisa até que o estudo seja concluído.
Método Dedutivo
O método dedutivo, por sua vez, realiza-se por meio do desen-
volvimento de um raciocínio lógico, que tem por ponto de partida uma 
ideia geral, uma verdade estabelecida, da qual decorrerão preposições 
particulares. O raciocínio, neste caso, parte de uma ideia geral para 
conclusões particulares. Enquanto que o processo analógico represen-
ta um raciocínio baseado em razões de relevante similitude. 
Raciocínio
O raciocínio dedutivo geralmente segue etapas. Primeiro, há 
uma premissa, depois uma segunda premissa e, fi nalmente, uma in-
ferência. Uma forma comum de raciocínio dedutivo é o silogismo, no 
qual duas afi rmações - uma premissa principal e uma premissa menor 
- chegam a uma conclusão lógica. Por exemplo, a premissa “Todo A é B” 
pode ser seguida por outra premissa, “Este C é A.” Essas declarações 
levariam à conclusão “Este C é B.” Os silogismos são considerados 
uma boa maneira de testar o raciocínio dedutivo para garantir que o 
argumento seja válido.
O raciocínio dedutivo, a dedução lógica ou a lógica “de cima 
para baixo” é o processo de raciocínio de uma ou mais declarações 
para chegar a uma conclusão logicamente certa. O método dedutivo de 
ensino é totalmente diferente do método indutivo. Uma dedução-méto-
do é uma abordagem mais centrada no professor. Isso signifi ca que o 
professor dá um novo conceito, explica e depois os alunos praticam o 
uso do método conceito.
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Indutiva x dedutiva
O ponto mais importante a ter em mente ao considerar se deve 
usar uma abordagem indutiva ou dedutiva é, primeiro, o objetivo de sua 
pesquisa; e segundo, os métodos mais adequados para testar uma hi-
pótese, explorar uma área nova ou emergente dentro da disciplina ou 
para responder a perguntas específi cas de pesquisa.
Por fi m, entende-se que o método indutivo (geralmente cha-
mado de método científi co) é o método dedutivo “virado de cabeça 
para baixo”. O método dedutivo começa com algumas afi rmações ver-
dadeiras (axiomas) com o objetivo de provar muitas afi rmações ver-
dadeiras (teoremas) que logicamente seguem-se a ele. O método in-
dutivo começa com muitas observações da natureza, com o objetivo 
de encontrar algumas afi rmações poderosas sobre como a natureza 
funciona (leis e teorias).
No método dedutivo, a lógica é a autoridade. Se uma afi rmação 
segue logicamente a partir dos axiomas do sistema, deve ser verdadei-
ra. No método científi co, a observação da natureza é a autoridade. Se 
uma ideia entra em confl ito com o que acontece na natureza, ela deve 
ser alterada ou abandonada.
Método Hipotético-dedutivo
O modelo ou método hipotético-dedutivo é uma descrição pro-
posta do científi co. Segundo ele, a investigação científi ca prossegue 
formulando uma hipótese de uma forma que pode ser falsifi cável, 
usando um teste em dados observáveis, onde o resultado ainda não 
é conhecido. Um resultado de teste que pode ter e é contrário às pre-
visões da hipótese é considerado uma falsifi cação da hipótese. Um re-
sultado de teste que poderia ter, mas não corre contrário à hipótese, 
corrobora a teoria. Propõe-se, então, comparar o valor explicativo das 
hipóteses concorrentes, testando quão rigorosamente elas são corro-
boradas por suas previsões.O método hipotético-dedutivo, ou o teste 
de hipóteses, não levanta problemas em princípio, uma vez que sua 
validade depende dos resultados do teste empírico apropriado. O mes-
mo tende a ser usado para melhorar ou esclarecer teorias anteriores 
de acordo com novos conhecimentos, onde a complexidade do modelo 
não permite formulações lógicas. Portanto, possui caráter e necessida-
des predominantemente intuitivos, não apenas para rejeitar uma teoria, 
mas também para impor sua validade, o contraste de suas conclusões.
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Método Dialético
O método dialético é diferente do método científi co. Este últi-
mo, o teimoso legado da maneira antiquada de formular o pensamen-
to, derivado de conceitos religiosos baseados na revelação dogmática, 
apresenta os conceitos das coisas como imutáveis, absolutas, eternas, 
fundamentadas em alguns primeiros princípios, alheios um ao outro e 
com um tipo de vida independente. 
Para o método dialético, não apenas tudo está em movimento, 
mas todas as coisas se infl uenciam reciprocamente, e isso também vale 
para seus conceitos, ou os refl exos dessas coisas em nossas mentes, 
que estão “conectadas e unidas” (entre si). A metafísica procede por 
meio de antinomia, isto é, por termos absolutos que se opõem. Esses 
termos opostos nunca podem se misturar ou tocar.
A lógica e a dialética nos ajudam a seguir um caminho que não 
é falso se, após começarmos a formular certos resultados da observa-
ção do mundo real, queremos poder enunciar outras propriedades além 
daquelas que acabamos de deduzir. Se tais propriedades forem verifi -
cadas experimentalmente, poder-se-ia dizer que nossas fórmulas e a 
maneira como as empregamos eram sufi cientemente precisas.
Método Fenomenológico
A disciplina da fenomenologia é defi nida por seu domínio de 
estudo, seus métodos e seus principais resultados. A fenomenologia é 
uma produção teórica deste mundo vívido, que se mostra a cada ser. No 
decorrer do texto, encontramos, logo a seguir a seguinte frase: “A feno-
menologia só é acessível a um método fenomenológico” (Merleau-Pon-
ty, 1971, pág. 6). Isso signifi ca que a fenomenologia tem um conjunto 
de ferramentas próprias, que só tem fi nalidade para essa investigação.
A fenomenologia estuda a estrutura de vários tipos de expe-
riência, variando de percepção, pensamento, memória, imaginação, 
emoção, desejo e vontade à consciência corporal, ação incorporada 
e atividade social, incluindo a atividade linguística. A estrutura dessas 
formas de experiência envolve tipicamente o que Husserl chamou de 
“intencionalidade”, isto é, a direção da experiência em relação às coisas 
no mundo, a propriedade da consciência de que é uma consciência de 
ou sobre algo. 
De acordo com a fenomenologia clássica husserliana, nossa 
experiência é direcionada para - representa ou “pretende” - coisas so-
mente através de conceitos, pensamentos, ideias, imagens etc. especí-
fi cos. Estes compõem o signifi cado ou o conteúdo de uma determinada 
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experiência e são distintos das coisas.
O método fenomenológico não é, portanto, o método deduti-
vo da lógica, nem o método empírico das ciências naturais; em vez 
disso, consiste em perceber a presença de um objeto e elucidar seu 
signifi cado por meio da intuição. Husserl considerou o objeto do método 
fenomenológico a apreensão imediata, em um ato de visão, do conteúdo 
inteligível ideal do fenômeno” (Husserl, 1992). Sua obra-chave e defi ni-
dora do início do século XX é agora reimpressa em uma tradução para 
o inglês.
Como a fenomenologia trata de observáveis, ela tem uma re-
lação com a hermenêutica, a teoria da interpretação (Winograd & Flo-
res, 1986, p. 27), para preencher a necessidade de explicar o que é 
observado. Historicamente, a hermenêuticatratava da interpretação de 
obras artísticas e literárias, especialmente de textos míticos e sagrados, 
e de como a compreensão humana desses textos mudou ao longo do 
tempo. Contudo, “uma das ideias fundamentais da fenomenologia é que 
essa atividade de interpretação não se limita a tais situações, mas per-
meia nossa vida cotidiana” (Winograd & Flores, 1986, p. 27).
Então, segundo Bento (2004), a existência de outros métodos 
também merece destaque: 
Método analítico (análise): compreende a decomposição 
do todo em suas partes.
Método de Direito Comparado: pesquisas legislativas, 
doutrinárias e jurisprudenciais de outros países; 
Método histórico: observação da evolução histórica 
sobre o tema; 
Método lógico: desenvolvimento de raciocínio relacionado 
entre si;
Método sistemático: envolve em sistema de ideias 
relacionadas, sistemas de referências, teoria, hipóteses, 
fontes de informação, todos relacionados;
Muitos cientistas que conduzem um projeto de pesquisa maior 
começam com um estudo indutivo (desenvolvendo uma teoria). O estu-
do indutivo é acompanhado de pesquisas dedutivas para confi rmar ou 
invalidar a conclusão.
PROCESSO CIENTÍFICO
Um conceito científi co é uma ideia ou modelo explicando al-
gum fenômeno natural. Por exemplo, nosso entendimento de objetos 
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caindo em direção à Terra é explicado em nosso conceito de gravidade. 
Existem diferentes formas de conceitos. Eles diferem principalmente na 
quantidade de evidência de apoio e aceitação por a comunidade cien-
tífi ca.
Os cientistas aprendem e adquirem conhecimento com obser-
vações e experimentos. O processo científi co começa com uma pergun-
ta, desenvolvendo uma hipótese e fazendo previsões educadas. Se-
guem-se experiências, avaliação de dados, ajustes e confi rmação de 
resultados. Os resultados científi cos devem ser observáveis, mensu-
ráveis e repetíveis. Elementos comuns do processo científi co incluem 
identifi car, medir e relatar causa e efeito. O processo científi co é im-
portante porque elimina preconceitos pessoais e pode mudar o que os 
outros decidem acreditar.
Organizar objetos e fenômenos em uma ordem lógica ajuda as 
pessoas a entender a complexidade de um sujeito ou colocá-lo em uma 
lista de hierarquias. Por exemplo, plantas e animais são organizados 
por reino, fi lo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Os cientistas 
também organizam vários componentes em sistemas. Um sistema so-
lar, por exemplo, contém sol, planetas, luas, planetas anões e cometas.
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO CIENTÍFICA
De acordo com Jorge e Puig (2000), só há uma maneira de se 
produzir a argumentação científi ca, que é através da produção de textos 
argumentativos, nos quais se devem utilizar determinadas habilidades 
como descrever, defi nir, explicar, justifi car, argumentar e demonstrar. 
Esta aprendizagem implica ao aluno analisar, comparar, deduzir, inferir, 
avaliar. 
No que tange à argumentação no ensino de ciências, Velloso 
(2009) aponta que alguns pesquisadores têm trabalhado nessa pers-
pectiva com ênfase nos seguintes aspectos: o espaço ocupado pela 
argumentação em aulas de ciências; atividades de ensino que se mos-
tram efi cientes no fomento ao discurso argumentativo; mecanismos que 
possam favorecer o aperfeiçoamento das habilidades argumentativas 
e a qualidade dos argumentos produzidos pelos alunos em aulas de 
ciências. 
A argumentação é imprescindível na linguagem científi ca, 
vários pesquisadores propõem que o ensino e a aprendizagem das 
ciências devem ser estruturados a partir da argumentação, pois isso 
contribuiria para o desenvolvimento de competências como relacionar 
os dados, avaliar afi rmações teóricas e/ou empíricos, modifi car as afi r-
mações de novos dados e utilizar conceitos e modelos científi cos para 
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apoiar as conclusões (Kelly et al, 2009; Nascimento; Vieira, 2008; Sá; 
Queiroz, 2007).
FERRAMENTAS TEÓRICAS
Teorias, Hipóteses, Variáveis dependentes e independentes
Hipóteses, variáveis dependentes e independentes formam um 
conjunto de ferramentas que nos auxiliam a criar teorias sobre fenôme-
nos da natureza. O processo para investigar um determinado fenômeno 
da natureza normalmente envolve três níveis. No primeiro nível aconte-
ce a observação dos fatos, fenômenos, comportamentos e atividades; 
no segundo nível, temos as hipóteses e fi nalmente, no terceiro nível, 
surgem as teorias, hipóteses válidas e sustentáveis (aquelas que foram 
testadas). 
Por hipótese, conforme Marconi e Lakatos (2000, p. 139), defi -
ne-se um enunciado geral de relação entre variáveis (fatos, fenômenos) 
que é elaborado como solução provisória para um determinado pro-
blema, apresentando caráter explicativo ou preditivo, consistência lógi-
ca (coerência interna), compatibilidade com o conhecimento científi co 
(coerência externa) e verifi cabilidade empírica. Diante de um problema 
qualquer o pesquisador supõe uma resposta que, em princípio, ainda 
não é a sua solução. O processo de investigação consiste justamente 
em verifi car se a suposta solução, de fato, resolve o problema. Dito de 
modo informal e anedótico, uma hipótese é “uma resposta que não é, 
mas que o pesquisador supõe que seja para ver o que seria se de fato 
fosse”.
 Uma variável pode ser defi nida como classifi cação ou me-
dida, quantidade variável, conceito operacional que expressa valores, 
aspecto, propriedade ou fator, que pode ser distinguido em um objeto 
examinado e que seja susceptível à medição.
 
De maneira simbólica, podemos idealizar o “universo” da ciên-
cia como organizado em três níveis: no primeiro, acontecem as obser-
vações dos fatos e fenômenos reais; no segundo, estabelecem-se as 
hipóteses; no terceiro, emergem as teorias e hipóteses válidas. A pas-
sagem de maior interesse e importância é a que ocorre entre o primeiro 
e o segundo nível, que é, por sua vez, fundamentada no enunciado 
das variáveis. De forma esquemática podemos descrever esta relação 
como:
Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóte-
ses → Nível III - Hipóteses Válidas e Teorias.
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Variáveis são quaisquer características de pessoas ou obje-
tos que podem assumir diferentes valores numa situação experimental. 
Uma variável é qualquer atributo que pode assumir diferentes valores 
entre os membros de uma classe de sujeitos ou acontecimentos, mas 
que só tem um valor para um dado membro dessa classe num momento 
qualquer.
Variável independente:
Uma variável independente é uma variável que representa 
uma grandeza que está sendo manipulada em um experimento. Para 
dizê-lo simplesmente, a “causa, antecedente, origem de um fenómeno, 
um processo, que constitui o objeto de estudo” (Carrasco). Para mim, é 
a “primeira”. Pode ser manipulada em estudos experimentais ou compa-
rativos com grupos de controle.
Variáveis dependentes:
Uma variável dependente representa uma grandeza cujo va-
lor depende de como a variável independente é manipulada. Sendo 
o efeito, consequência, o resultado observado da infl uência da Variável 
independente. 
Em suma, no contexto da pesquisa a variável independente 
é o antecedente e a variável dependente é o consequente. Os cientis-
tas procuram fazer previsões acerca do comportamento das variáveis 
dependentes com base no aspecto das variáveis independentes, e, de 
maneira inversa, podem desejar aclarar um determinado fato ou fenô-
meno (variável dependente), por meio da identifi cação do acontecimen-
to (variável independente) que o ocasionou.
Em essência, toda pesquisa quantitativa gira em torno da no-
ção de variáveis quantifi cadas. Segundo Hegenberg (1976, p. 80-81), 
nesse tipo de pesquisa, a quantifi cação é relevante na proporção em 
que se supõeque a quantifi cação caracteriza mais adequadamente 
certos conceitos (por exemplo, ‘100 metros’ é expressão mais preci-
sa do que ‘perto’); gera descrições precisas que seriam impraticáveis 
sem a atribuição de números; conduz a classifi cações mais acuradas; 
contribui decisivamente para a formulação de hipóteses, estabelecendo 
nexos mais precisos entre variáveis e fórmulas; e permite confrontar 
hipóteses e teorias rivais.
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Delineamentos de um estudo cientifi co: projeto de pesquisa
Segundo Cervo & Bervian (2002), o tema de uma pesquisa é 
qualquer assunto que necessite melhores defi nições, melhor precisão e 
clareza do que já existe sobre o mesmo. O tema da pesquisa indica um 
assunto, que após a sua elaboração torna-se determinado, específi co, 
preciso, com seus limites muito bem defi nidos. Esta elaboração baseia-
-se no conhecimento do campo de observação e suas respectivas uni-
dades de observação bem como de suas variáveis. 
Para Gil (2002) a escolha do tema deve estar relacionada com 
o interesse do estudante, sendo necessário que ele já tenha refl etido 
sobre diferentes temas. A primeira escolha deve ser feita com relação a 
um campo delimitado, dentro da respectiva ciência de que trata o traba-
lho científi co (Cervo e Bervian, 2002).
Segundo Fernandes (2002), a escolha do tema deve-se aos 
seguintes aspectos: interesse da comunidade científi ca; deve ser rela-
cionado com a atividade profi ssional do pesquisador; viabilidade técnica 
e fi nanceira.
O delineamento diz respeito ao planejamento da pesquisa em 
um sentido mais amplo, abrangendo tanto a sua diagramação quanto 
a perspectiva de análise e a respectiva interpretação dos dados que 
foram coletados. Em outras palavras, o delineamento leva em conside-
ração o contexto no qual são retirados os dados, assim como os meios 
de controle das variáveis relacionadas ao caso.
Outro elemento que defi ne o que é delineamento de pesquisa é 
que ele corresponde a uma fase na qual o pesquisador começa a levar 
em conta a aplicação de metodologias discretas, ou melhor dizendo, 
aquelas que propiciam os meios técnicos para a investigação.
Tipos de delineamento de pesquisa:
Pesquisa bibliográfi ca e pesquisa documental
A pesquisa documental associa paradigmas dissonantes de ge-
renciamento e verifi cação de evidências documentais, concebidas nas 
ciências sociais tradicionais, com a criação e formulação de apresenta-
ções estéticas, como concebidas a partir das artes e humanidades. As 
perspectivas documentais fundamentais incluem modos de representa-
ção (imagens, diários, publicações, gravações sonoras, monumentos e 
memoriais, etc.) e modos de envolvimento como uma empresa criativa 
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de apresentação, ou seja, a apresentação estética do rádio, fi lme e fo-
tografi a documentais (Nichols, 2006).
 A estética dos estudos documentais chama a atenção para os 
modos de narração (o documentário como forma de contar histórias) e os 
protocolos de subjetividades (o alinhamento de diferentes perspectivas 
e interpretações como parte dos itens documentais) (Austin & de Jong, 
2008).
Com o uso de materiais primários e secundários, o pesquisa-
dor deve avaliar e analisar os próprios documentos antes de extrair o 
conteúdo. A avaliação de documentos geralmente inclui quatro critérios: 
autenticidade, credibilidade, representatividade e signifi cado (Scott, 
2006). A autenticidade aborda se os materiais são genuínos ou de ori-
gem questionável e se sua produção é original e confi ável e não foi alte-
rada posteriormente. Se o documento tiver sido transformado, por meio 
de edição textual, margens ou outros meios, o pesquisador procura 
identifi car claramente essas alterações. A autenticidade é normalmente 
vista como o critério mais fundamental para toda pesquisa documental 
em educação, uma vez que a confi rmação da autoria, local e data são 
tipicamente determinadas antes que qualquer pesquisador continue tra-
balhando com o documento.
Pesquisa experimental
Pesquisa experimental é qualquer pesquisa realizada com uma 
abordagem científi ca, na qual um conjunto de variáveis é mantido cons-
tante enquanto o outro conjunto de variáveis está sendo medido como 
objeto do experimento. Há momentos em que você não possui dados 
sufi cientes para apoiar suas decisões. Em tais situações, você precisa 
realizar experimentos para descobrir os fatos. A pesquisa experimental 
pode reunir muitos dados que podem ajudá-lo a tomar melhores deci-
sões.
A maioria das experiências tende a fi car entre a defi nição estri-
ta e a ampla. Uma regra prática é que as ciências físicas, como física, 
química e geologia, tendem a defi nir experimentos mais estritamente do 
que as ciências sociais, como sociologia e psicologia, que conduzem 
experimentos mais próximos da defi nição mais ampla.
O exemplo mais simples de uma pesquisa experimental é a 
realização de um teste de laboratório. Enquanto a pesquisa estiver sen-
do conduzida sob condições cientifi camente aceitáveis - ela se quali-
fi ca como uma pesquisa experimental. Uma verdadeira pesquisa ex-
perimental é considerada bem-sucedida apenas quando o pesquisador 
confi rma que uma alteração na variável dependente é exclusivamente 
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devida à manipulação da variável independente.
Experimentos são conduzidos para prever fenômenos. Nor-
malmente, um experimento é construído para poder explicar algum tipo 
de causa. A pesquisa experimental é importante para a sociedade - ela 
nos ajuda a melhorar nossa vida cotidiana. Após decidir o tópico de 
interesse, o pesquisador tenta a pesquisa. Isso ajuda o pesquisador 
a se concentrar em uma área de pesquisa mais estreita para poder 
estudá-la adequadamente. Defi nir o problema de pesquisa ajuda a for-
mular uma pesquisa, que é testada contra a nula.
Existem tipos de pesquisa que auxiliam o estudante na hora de 
executar essa parte do trabalho acadêmico, sendo alguns deles:
Pesquisa com abordagem e apresentação de r
esultados quantitativos
Para Richardson (1999, p. 70) a abordagem quantitativa ca-
racteriza-se pelo emprego da quantifi cação tanto nas modalidades de 
coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas 
estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-pa-
drão, às mais complexas, como coefi cientes de correlação, análise de 
regressão, etc. A abordagem quantitativa é importante para garantir a 
precisão dos resultados, evitando assim, distorções de análise e inter-
pretação, permitindo uma margem de segurança com relação a possí-
veis interferências, buscando analisar o comportamento de uma popu-
lação através da amostra. 
A pesquisa quantitativa, para Michel (2005, p. 33) realiza-se na 
busca de resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas 
de variáveis preestabelecidas, na qual se procura verifi car e explicar 
sua infl uência sobre outras variáveis, através da análise da frequência 
de incidências e correlações estatísticas. Sendo assim, este estudo tem 
características quantitativas, porque os dados coletados serão subme-
tidos às técnicas estatísticas, trabalhando com quantidades e percen-
tuais. Pesquisa com abordagem e apresentação de resultados qualita-
tivos:
As pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas de 
observação e entrevistas devido à propriedade com que esses instrumentos 
penetram na complexidade de um problema” (RICHARDSON, 1999, p. 82).
De acordo com Godoy (1995b, p.21) existe três tipos de 
abordagem qualitativa:
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Pesquisa Documental. Acontece quando pesquisador analisa 
materiais, documentos e artefatos,possibilitando ao pesquisador que 
guie sua pesquisa considerando enfoques diferenciados. Documentos 
são fontes ricas de informação registradas por um longo período de 
tempo.
Estudo de Caso. Utilizado quando se quer um aprofundamento 
da unidade de estudo, pois tem como objetivo o exame de um sujeito, 
uma situação particular ou até mesmo um ambiente. Para mais detalhes 
de como executar um estudo de caso.
Etnografi a. Tem sua origem nas ciências sociais. Seu principal 
foco é o estudo da cultura ou comportamento de grupos de indivíduos. 
O pesquisador vai até o local e faz uma série de observações: tendo 
contato direto e participando de diferentes atividades.
As diferenças entre os dois grandes grupos de refere-se a 
lógica usada para fazer inferências a partir dos dados coletados. As 
metodologias quantitativas usam uma lógica muito próxima à lógica da 
matemática, enquanto as metodologias qualitativas utilizam-se de uma 
lógica muito semelhante à lógica de classes. Segundo esses autores, 
a pesquisa qualitativa envolve um processo dialético: coleta de dados 
descritivos, análise e, posteriormente, generalizações. 
Ainda, segundo os autores, os dados são tratados por um pro-
cesso de análise ou crítica que produz uma generalização baseada 
naquele tipo de raciocínio, que permitiria penetrar no signifi cado dos 
dados existentes. Os métodos quantitativos, por sua vez, assim como a 
maioria das pesquisas nas ciências naturais, usam o processo inverso: 
estabelecem primeiro uma generalização, e depois a testam. Há diver-
gências, também, quanto à formulação de conceitos. Na abordagem 
quantitativa inicia-se com uma hipótese, confi rmada ou refutada com 
base em dados ou evidência obtida por meios empíricos, e, aplicando 
aos dados o raciocínio dedutivo, são, então, formulados aqueles. Na 
abordagem qualitativa, porém, é o raciocínio indutivo que possibilita a 
sua formulação.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: FIOCRUZ Prova: Desenvolvimento 
de Biofármacos Nível: Superior
A Metodologia Científi ca é o conjunto de etapas ordenadamente 
dispostas a serem executadas na investigação de um fenômeno. 
A Metodologia Científi ca é constituída pelas etapas de formulação 
do problema, formulação de hipóteses, coleta dos dados, análise 
dos dados, conclusões e generalizações. Sobre a elaboração de 
hipóteses, assinale a afi rmativa incorreta.
(A) A hipótese é uma resposta em potencial para a pergunta deduzida 
pelo pesquisador, a partir da revisão bibliográfi ca.
(B) Em estudos quantitativos, as hipóteses não podem ser testadas por 
meio de testes estatísticos.
(C) Hipótese é uma aposta que o pesquisador faz sobre os resultados 
prováveis de pesquisa.
(D) A formulação de hipóteses deriva necessariamente do problema em 
questão.
(E) A hipótese se caracteriza por apresentar uma força explicativa pro-
visória, que será verifi cada no trabalho de campo.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Assis-
tente Social Nível: Superior
No âmbito das competências teórico-metodológicas, a pesquisa 
científi ca contribui para o/a assistente social:
(A) entender seu papel profi ssional no contexto das relações com a ins-
tituição.
(B) compreender que somente uma intervenção vinculada à pós-moder-
nidade é mais adequada à realidade atual.
(C) determinar quais as ações são mais adequadas para garantir igual-
dade de oportunidades dos usuários.
(D) inferir que a totalidade social é caótica, e manter a ordem social 
depende de uma intervenção vinculada aos interesses das classes fun-
dantes.
(E) compreender seu papel profi ssional no contexto das relações so-
ciais, numa perspectiva de totalidade social.
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QUESTÃO 3
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Cientista Social Ní-
vel: Superior
A partir do arcabouço metodológico proposto por Émile Durkheim, 
no que se refere às fases de uma investigação científi ca, a sequên-
cia correta é:
(A) Defi nir - Classifi car - Explicar - Provar
(B) Classifi car - Defi nir - Provar - Explicar
(C) Defi nir - Provar - Explicar - Classifi car
(D) Explicar - Provar - Classifi car - Defi nir
(E) Defi nir - Classifi car - Provar - Explicar
QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: Pedagogia Nível: Su-
perior
De acordo com Lakatos (Fundamentos de Metodologia Científi ca) 
todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos cien-
tífi cos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que em-
pregam estes métodos são ciências. Dessas afi rmações podemos 
concluir que a utilização de métodos científi cos não é da alçada ex-
clusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos 
científi cos. Assinale a alternativa que defi ne corretamente o que é 
método científi co, de acordo com o autor acima citado.
(A) O método é a base para o desenvolvimento de uma pesquisa es-
tritamente científi ca com maior segurança e economia. É por meio da 
escolha e utilização de métodos que o pesquisador alcança os objetivos 
e comprova de forma imutável e infalível suas hipóteses.
(B) O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, 
com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhe-
cimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, 
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
(C) O método é o conjunto das atividades assistemáticas desenvolvidas 
pelo pesquisador, para que por meio do seu problema de pesquisa pos-
sa alcançar o objetivo - conhecimentos válidos, verdadeiros e infalíveis 
-, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as 
decisões do cientista.
(D) O método é o conjunto das atividades que buscam viabilizar a or-
ganização do trabalho do pesquisador, para que assim encontrar as 
respostas para seu problema de pesquisa, com maior segurança e eco-
nomia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos, verdadeiros 
e infalíveis -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e 
auxiliando as decisões do cientista.
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(E) O método é o conjunto das atividades defi nidas pelo pesquisador 
para que suas hipóteses possam ser verifi cadas e nunca negadas e 
para que, com maior segurança e economia, permita alcançar o objetivo 
do problema de pesquisa - conhecimentos válidos, verdadeiros e imutá-
veis -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando 
as decisões do cientista.
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: Engenharia Quími-
ca Nível: Superior. Na metodologia científi ca, encontram-se vários 
métodos científi cos para descreverem relações entre variáveis, 
predizerem acontecimentos, determinarem causas e explicarem 
ou compreenderem o comportamento dos fenômenos científi cos. 
Quando um cientista ao tentar resolver um problema, apresenta 
algumas hipóteses visando a formulação de uma teoria provisória, 
passa a testar as suas hipóteses por meio de observação e experi-
mentação para eliminar possíveis erros, qual o método científi co o 
cientista está utilizando?
(A) Método dedutivo.
(B) Método dialético.
(C) Método hipotético dedutivo.
(D) Método indutivo.
(E) Método monográfi co
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O método científi co está presente desde o início, estando diretamen-
te relacionado às várias áreas do saber e da ciência, pois sem a sua 
boa compreensão as pesquisas não serão realizadas da maneira que 
se deseja. Assim, pode-se afi rmar que metodologia e método são 
sinônimos?
TREINO INÉDITO
A ____________ é a responsável por oferecer uma informação ge-
ral, uma verdade geral, a ser aplicada para um determinado caso. 
Dessa forma, o ___________ desenvolve a curiosidade do indiví-
duo e é dotado de uma natureza psicológica.
O trechoem questão faz relação a que método? Assinale a alterna-
tiva correta.
a) Método comparativo
b) Método indutivo
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c) Método dedutivo
d) Método hipotético-dedutivo
e) Método dialético
NA MÍDIA
SIMULADOR USADO NO CASO KAUÃ E JOAQUIM VAI AJUDAR PE-
RÍCIA NA VILA RUBIM
Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o Comandante do 1º Batalhão do 
Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Scharlyston Paiva, adiantou que 
além de drones, a corporação utiliza um simulador computacional para 
chegar ao ponto de origem do incêndio. Este último equipamento já foi 
utilizado pela perícia para a elucidação do crime que envolveu a morte 
dos irmãos Joaquim e Kauâ, fi lhos de pastores, em Linhares, em 2018.
Com o equipamento, as declarações de testemunhas, informações so-
bre tamanho da área, metragem, fotos e vídeos serão computadoriza-
dos em um sistema que gera uma simulação.
Fonte: A Gazeta
Data: 24 de setembro de 2019
Leia a notícia na íntegra: https://www.agazeta.com.br/es/gv/simulador-
-usado-no-caso-kaua-e-joaquim-vai-ajudar-pericia-na-vila-rubim-0919
NA PRÁTICA
METODOLOGIA CIENTIFICA – 9 EXEMPLOS FÁCEIS DE POR EM 
PRATICA
Pode-se afi rmar que, em virtude das várias formas de abordagem rea-
lizadas para desenvolver pesquisas de TCC, foi possível classifi cá-las 
em nove tipos diferentes de Metodologia Cientifi ca. Veja exemplos de 
metodologias prontas, onde cada uma delas estão divididas em classes 
de acordo com suas metas:
- Levantamento de opinião;
- Levantamento sobre um fato após um acontecimento;
- Experimento;
- Estudo de campo;
- Estudo de caso para identifi car o porquê dos fenômenos;
- Estudo de caso aplicando o método Cornell;
- Estudo bibliográfi co para identifi car causas, importância ou forma 
de aplicação;
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Estudo bibliográfi co I;
Estudo bibliográfi co II.
Fonte: Douglas Tybel
Data: 2016
Disponível em: https://guiadamonografi a.com.br/metodologia-cientifi ca/
PARA SABER MAIS
Filme: Gênio indomável
Peça de teatro: Vida de professor
Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=TTWrpBRXWUs
https://www.youtube.com/watch?v=NLMf3OKFJxg
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA
Para compreender a articulação das etapas de uma pesquisa, 
Quivy & Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre os princípios 
contidos nos três eixos de uma pesquisa e da lógica que os une. 
- A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura. 
Nossa bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte 
das nossas ideias se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos. 
Elas são seguidamente ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa 
nessas bases é construí-la sobre um terreno arenoso. Daí a importância da 
ruptura que consiste em romper com as ideias preconcebidas e com as fal-
sas evidências que nos dão somente a ilusão de compreender as coisas. A 
ruptura é, portanto, o primeiro eixo constitutivo das etapas metodológicas da 
pesquisa (p. 15). 
 
- A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema 
conceitual organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador 
supõe ser a base do objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem 
construir as propostas explicativas do objeto em estudo e que se pode elabo-
rar o plano de pesquisa a ser realizado, as operações necessárias a serem 
PESQUISA 
CIENTÍFICA
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colocadas em prática e os resultados esperados ao fi nal da pesquisa. Sem 
esta construção teórica, não há pesquisa válida, pois não podemos submeter 
à prova qualquer proposta. As propostas explicativas devem ser o produto de 
um trabalho racional fundamentado numa lógica e num sistema conceitual 
validamente constituído (p. 17). 
 
- A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científi co 
quando ela é suscetível de ser verifi cada por informações da realidade con-
creta. Esta comprovação dos fatos é chamada constatação ou experimenta-
ção. Ela corresponde ao terceiro eixo das etapas da pesquisa (p. 17).
Pesquisa é a construção de conhecimento original de 
acordo com certas exigências científi cas. Para que seu estudo 
seja 
considerado científi co você deve obedecer aos critérios de 
coerência, consistência, originalidade e objetivação. Para a 
realização de uma pesquisa científi ca, segundo Goldemberg 
(1999, p.106), é imprescindível: 
“a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam 
chegar à resposta; c) a indicação do grau de confi abilidade na 
resposta obtida”. 
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente 
de três fases: 
Fase decisória: referente à escolha do tema, à defi nição e 
à delimitação do problema de pesquisa; 
Fase construtiva: referente à construção de um plano de pes
quisa e à execução da pesquisa propriamente dita; 
Fase redacional: referente à análise dos dados e informações 
obtidas na fase construtiva. É a organização das ideias de 
forma sistematizada visando à elaboração do relatório fi nal. 
A apresentação do relatório de pesquisa deverá obedecer às 
formalidades requeridas pela Academia.
ETAPAS DA PESQUISA
O primeiro passo do processo de pesquisa científi ca envolve a 
defi nição do problema e a realização de pesquisas. Primeiro, um tópico 
amplo é selecionado sobre algum tópico ou uma pergunta de pesquisa 
é feita. O cientista pesquisa a pergunta para determinar se ela foi res-
pondida ou os tipos de conclusões que outros pesquisadores tiraram e 
os experimentos realizados em relação à pergunta.
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A pesquisa envolve a leitura de artigos de periódicos acadê-
micos de outros cientistas, que podem ser encontrados na Internet por 
meio de bancos de dados de pesquisa e periódicos que publicam arti-
gos acadêmicos on-line. Durante a pesquisa, o cientista restringe o tópi-
co amplo a uma questão de pesquisa específi ca sobre algum problema.
Todas as investigações científi cas começam com uma pergun-
ta de pesquisa específi ca e a formulação de uma hipótese para respon-
der a essa pergunta. A hipótese deve ser clara, específi ca e objetiva 
diretamente responder à pergunta da pesquisa. Uma hipótese forte e 
testável é a parte fundamental da pesquisa científi ca. O próximo passo 
é testar a hipótese usando o método científi co para aprová-la ou desa-
prová-la.
O método científi co deve ser neutro, objetivo, racional e, como 
resultado, deve poder aprovar ou desaprovar a hipótese. O plano de 
pesquisa deve incluir o procedimento para obter dados e avaliar as va-
riáveis. Deve garantir que os dados analisáveis sejam obtidos. Também 
deve incluir planos sobre a análise estatística a ser realizada. O número 
de sujeitos e controles necessários para obter resultados estatísticos 
válidos deve ser calculado e os dados devem ser obtidos em números 
e métodos apropriados. O pesquisador deve observar e registrar conti-
nuamente todos os dados obtidos.
A ética é um padrão usado para diferenciar comportamentos 
aceitáveis e inaceitáveis. A adesão a padrões éticos na pesquisa cien-
tífi ca é digna de nota por muitas razões diferentes. Primeiro, esses pa-
drões promovem os objetivos da pesquisa, como conhecimento, verda-
de e prevenção de erros. Por exemplo, proibições contra a fabricação, 
falsifi cação ou deturpação de dados de pesquisa promovema verdade 
e minimizam o erro. Além disso, os padrões éticos promovem valores 
essenciais ao trabalho colaborativo, como confi ança, responsabilidade, 
respeito mútuo e justiça. Muitos padrões éticos na pesquisa, como di-
retrizes para autoria, políticas de direitos autorais e patentes, políticas 
de compartilhamento de dados e regras de confi dencialidade na revisão 
por pares, foram projetados para proteger os interesses de propriedade 
intelectual e incentivar a colaboração. 
Muitos padrões éticos, como políticas sobre má conduta na 
pesquisa e confl itos de interesse, são necessários para garantir que 
os pesquisadores possam ser responsabilizados perante o público. Por 
último, mas não menos importante, os padrões éticos da pesquisa pro-
movem uma variedade de outros importantes valores morais e sociais, 
como responsabilidade social, direitos humanos, bem-estar animal, con-
formidade com a lei e saúde e segurança pública (Resnik, 2015). Con-
cluindo, para o bem da ciência e da humanidade, a pesquisa tem a 
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inevitável responsabilidade de transferir com precisão o conhecimento 
para as novas gerações (Ruacan, 2005).
Você inicia o processo de pesquisa escolhendo um tópico am-
plo, selecionando um fenômeno específi co e, com a ajuda da literatura 
adequada, precisa justifi car seu trabalho. Em seguida, você formula o 
conhecimento adquirido na literatura de pesquisa em seu próprio plano. 
Criar um plano de pesquisa é uma etapa essencial desse pro-
cesso, na qual você precisa mencionar as orientações, os métodos, a 
coleta de dados e a análise de dados em detalhes. Seu plano de pesqui-
sa orientará o orientará e poderá até transformar ou melhorar esse pro-
cesso. Depois de coletar e analisar seus dados, você precisa informar 
(escreva seu relatório de pesquisa) sobre os resultados.
Seu relatório de pesquisa obedecerá aos princípios da redação 
científi ca com o objetivo de esclarecer as etapas da pesquisa e discu-
tir a validade dos resultados apresentados. Em todas as etapas desse 
processo é necessário fazer anotações de forma organizada em um 
formato ou outro: escrever comentários em um caderno, anotar ideias 
de pesquisa, escrever plano, escrever a análise e os resultados obtidos 
em seu relatório de pesquisa. 
No fi nal do seu relatório você precisa (embora não seja obri-
gatório) formular e apresentar novas perguntas de pesquisa, o que per-
mitiria a você e a outros pesquisadores levar adiante a pesquisa dos 
fenômenos selecionados. Vejamos mais detalhadamente as etapas da 
pesquisa:
Etapa 1: Identifi car o problema
O primeiro passo no processo é identifi car um problema ou de-
senvolver uma pergunta de pesquisa. O problema de pesquisa pode ser 
algo que a agência identifi ca como um problema, algum conhecimento 
ou informação. Veja abaixo a interação entre as três primeiras etapas 
da pesquisa:
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Figura 1: Interação entre as três primeiras etapas da pesquisa
Fonte: Elaborado pela autora (2019), adaptado de Quivy & Campe-
nhoudt (1995).
Etapa 2. Revisão de Literatura
Depois de entender o problema, o pesquisador deve entrar em 
detalhes sobre o tópico. Isso pode ser feito através da revisão da lite-
ratura e trabalhos anteriores realizados sobre o tema da pesquisa. Isso 
ajudará a fornecer algumas informações sobre o problema de pesquisa 
ao pesquisador. O pesquisador também terá uma ideia de como os 
estudos anteriores foram realizados e as áreas problemáticas desses 
estudos.
A revisão de trabalhos anteriores parece mais estranha, pois 
muitos acham que seus trabalhos são únicos e não serão cobertos por 
pesquisas anteriores. Quando uma revisão é feita, lança luz sobre as 
variáveis e a interação entre elas, que também podem infl uenciar sua 
pesquisa. Além disso, a revisão lança luz sobre vieses que podem sur-
gir. Se você não leu as hipóteses de mercado efi cientes e começou sua 
pesquisa sobre técnicas de negociação, espera-se que seja um traba-
lho tendencioso ao fogo. É o trabalho de revisão que pode diferenciar 
um bom pesquisador de um mau. A revisão também ajuda a entender o 
assunto adequadamente e a formar hipóteses (é obtida subdividindo a 
declaração do problema em pequenos pedaços mensuráveis).
Etapa 3. Esclareça o problema
O problema inicial identifi cado pelo pesquisador geralmente 
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tem um escopo bastante amplo e levaria muito tempo e energia. Nes-
ta etapa, o pesquisador encurta os problemas e diminui o escopo do 
estudo. Isso é possível apenas através do conhecimento obtido pelo 
pesquisador após a revisão da literatura.
Etapa 4. Examine os resultados e tire conclusões
Depois que um pesquisador projetou o estudo e coletou os da-
dos, é hora de examinar essas informações e tirar conclusões sobre o 
que foi encontrado. Usando estatísticas, os pesquisadores podem resu-
mir os dados, analisar os resultados e tirar conclusões com base nessas 
evidências.
Então, como um pesquisador decide o que signifi cam os resul-
tados de um estudo? A análise estatística não apenas pode apoiar (ou 
refutar) a hipótese do pesquisador; também pode ser usado para deter-
minar se os resultados são estatisticamente signifi cativos.
Quando se diz que os resultados são estatisticamente signi-
fi cativos, isso signifi ca que é improvável que esses resultados sejam 
devidos ao acaso. Com base nessas observações, os pesquisadores 
devem determinar o que os resultados signifi cam. Em alguns casos, um 
experimento apoiará uma hipótese, mas em outros casos, não apoiará 
a hipótese. Então, o que acontece se os resultados de um experimento 
em psicologia não sustentarem a hipótese do pesquisador? Isso signi-
fi ca que o estudo foi inútil? Só porque os resultados não sustentam a 
hipótese não signifi ca que a pesquisa não seja útil ou informativa. 
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Figura 2: Etapas da pesquisa científi ca
Fonte: Quivy & Campenhoudt (1995).
De fato, essa pesquisa desempenha um papel importante em 
ajudar os cientistas a desenvolver novas perguntas e hipóteses a serem 
exploradas no futuro.
A etapa fi nal é publicar os resultados e sua subsequente revi-
são por um especialista. Com base no experimento realizado, a hipóte-
se válida é agrupada e o resultado publicado. Se alguém puder se lem-
brar, a coleta de dados das ondas gravitacionais terminou em setembro 
de 2015, mesmo assim, demorou muito tempo para executar a análise 
e publicar os resultados. Uma vez que os resultados são publicados, ele 
passa por um painel que avalia se a pesquisa foi realizada de maneira 
imparcial, uma vez que está bastante confi ante na ausência de vieses, 
a pesquisa é publicada.
Existem algumas ressalvas nesse processo de pesquisa cien-
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tífi ca. No processo de pesquisa científi ca acima mencionado, o pesqui-
sador faz o experimento para confi rmar seu sentimento. Por exemplo, 
a descoberta de ondas gravitacionais era para confi rmar se as ondas 
gravitacionais existem ou não. Esse tipo de confi rmação do sentimento 
intestinal é chamado de pesquisa de confi rmação. Também existe outro 
ramo de pesquisa chamado pesquisa exploratória, que segue um pro-
cesso de pesquisa científi ca diferente, mas, em vez de testar hipóteses, 
apenas mede as variáveis e tenta construir uma relação entre as variá-
veis. 
Após a conclusão, o próximo passo é compartilhar os resulta-
dos com o resto da comunidade científi ca. Essa é uma parte importante 
do processo, pois contribui para a base geral de conhecimento e pode 
ajudar outros cientistas a encontrar novos caminhos de pesquisaa se-
rem explorados.
Etapa 5: Coleta de Dados
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por 
meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados. 
Ao longo dessa etapa, várias informações são, portanto, coletadas. Elas 
serão sistematicamente analisadas na etapa posterior. Conceber essa 
etapa de coleta de dados deve levar em conta três questões a serem 
respondidas: O que coletar? Com quem coletar? Como coletar? 
O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis 
para testar as hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos 
indicadores. Podemos chamá-los de dados pertinentes. 
Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das 
análises empíricas em um espaço geográfi co e social, bem como num 
espaço de tempo. De acordo com o caso, o pesquisador poderá estudar 
a população total ou somente uma amostra representativa (quantitativa-
mente) ou ilustrativa (qualitativamente) dessa população. 
Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumen-
tos de coleta de dados, que comporta três operações: conceber um 
instrumento capaz de fornecer informações adequadas e necessárias 
para testar as hipóteses; por exemplo, um questionário ou um roteiro de 
entrevistas ou de observações; testar o instrumento antes de utilizá-lo 
sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e de 
precisão; colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à co-
leta de dados pertinentes (Quivy & Campenhoudt, 1995, p. 209).
Etapa 6: Analise das Informações
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Nessa etapa as informações coletadas e os resultados são 
observados para entender se correspondem aos resultados esperados 
pelas hipóteses ou questões de pesquisa. Normalmente a coleta de da-
dos traz novos elementos ou outras relações não cogitadas inicialmen-
te. Nesse contexto, os fatos não cogitados são interpretados e revistos 
para entender se é necessário refi nar as hipóteses e, assim, propor e 
mostrar refl exões para pesquisas futuras.
No cenário em que o pesquisador opta pela análise de dados 
quantitativos ele deve executar três passos:
Descrever os dados e apresentá-los (agregados ou não) sob a 
forma das variáveis requeridas pelas hipóteses.
Mensurar as relações entre as variáveis, observando como 
essa relação foi prevista pelas hipóteses.
Comparar relações observadas com as relações teoricamente 
esperadas pelas hipóteses e verifi car o distanciamento entre elas.
Se o distanciamento é nulo ou muito pequeno podemos con-
cluir que a hipótese está confi rmada; caso contrário, verifi car de onde 
vem o distanciamento e tirar as devidas conclusões.
Etapa 7: As conclusões
De acordo com Quivy & Campenhoudt (1995, p. 247-53) pode-
mos dividir essa etapa em três partes:
Apresentar as questões de pesquisa e as hipóteses. Apresen-
tar como foi feita a coleta de dados e o método utilizado. Comparar 
e comentar os resultados esperados pela hipótese com os resultados 
obtidos.
Mostrar no que o estudo descobriu sobre o objeto de estudo e 
o que pode ser descoberto a partir dos seus resultados.
Mostrar o que você descobriu sobre a problemática, como fez 
o teste de hipótese e como fez e analisou os dados.
Se possível, mostrar como o seu trabalho tem relação com a 
prática, em caso de estudos mais técnicos. Vale ressaltar que nem sem-
pre é possível fazer essa relação entre pesquisa e ação.
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Comunicação e Publicação
Os cientistas comunicam os resultados da pesquisa por vários 
meios formais e informais. Antigamente, novas descobertas e interpreta-
ções eram comunicadas por carta, reunião pessoal e publicação. Hoje, 
redes de computadores e máquinas de fax suportam. 
Parte inferior do formulário cartas e telefones complementa-
dos, facilitando a rápida troca de resultados. As reuniões científi cas ro-
tineiramente incluem sessões de pôsteres e conferências de imprensa, 
além de apresentações formais. Embora as publicações de pesquisa 
continuem documentando os resultados da pesquisa, o surgimento de 
publicações eletrônicas e outras tecnologias da informação anunciam 
mudanças.
Além disso, os incidentes de plágio, o crescente número de 
autores por artigo em campos selecionados e os métodos pelos quais 
as publicações são avaliadas na determinação de compromissos e pro-
moções aumentaram a preocupação com as tradições e práticas que 
orientaram a comunicação e publicação.
A publicação em periódicos, tradicionalmente um importante 
meio de compartilhar informações e perspectivas entre os cientistas, 
também é o principal meio de estabelecer um registro de realizações 
científi cas. A avaliação das realizações de cientistas individuais geral-
mente envolve não apenas o número de artigos que resultaram de um 
esforço de pesquisa selecionado, mas também os periódicos específi -
cos em que os artigos apareceram. As datas de envio de periódicos ge-
ralmente são importantes para estabelecer reivindicações de prioridade 
e propriedade intelectual.
APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO
A ordem na qual as perguntas são apresentadas pode ser cru-
cial para o sucesso da pesquisa. Não há regras estabelecidas, mas 
alguns cuidados devem ser tomados. Mattar (1994) recomenda: Iniciar 
o questionário com uma pergunta aberta e interessante (para deixar o 
respondente mais à vontade e assim ser mais espontâneo e sincero ao 
responder as perguntas restantes). Iniciar com perguntas sobre a opi-
nião do respondente pode fazer com que se sinta prestigiado e se torne 
disposto a colaborar.
O questionário, segundo Gil, pode ser defi nido “como a técni-
ca de investigação composta por um número mais ou menos elevado 
de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o 
conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectati-
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vas, situações vivenciadas etc” (1999, p.128).
 Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma 
técnica que servirá para coletar as informações da realidade, tanto do 
empreendimento quanto do mercado que o cerca, e que serão basila-
res. 
O mesmo autor supracitado (p. 128-129) apresenta as seguin-
tes vantagens do questionário sobre as demais técnicas de coleta de 
dados:
a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que 
estejam dispersas numa área geográfi ca muito extensa, já que o ques-
tionário pode ser enviado pelo correio; 
b) implica menores gastos com pessoal, posto que o questio-
nário não exige o treinamento dos pesquisadores; 
c) garante o anonimato das respostas; 
d) permite que as pessoas o respondam no momento em que 
julgarem mais conveniente; 
e) não expõe os pesquisadores à infl uência das opiniões e do 
aspecto pessoal do entrevistado.
Lado outro, ele aponta pontos negativos da técnica em análise: 
a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em 
certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da 
investigação; 
b) impede o auxílio ao informante quando este não entende 
corretamente as instruções ou perguntas; 
c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi res-
pondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das res-
postas; 
d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas de-
volvam-no devidamente preenchido, o que pode implicar a signifi cativa 
diminuição da representatividade da amostra; 
e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de per-
guntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam 
alta probabilidade de não serem respondidos;
 f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objeti-
vidade, pois os itens podem ter signifi cados diferentes para cada sujeito 
pesquisado.
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