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Condropatia Patelar

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1 
__________________________________________________________________________________________________________________________________ 
1 
Pós graduanda em Fisioterapia Ortopedia e Traumatologia e graduada em Fisioterapia. 
2 Graduada em Fisioterapia; Mestre em Bioética e Direito em Saúde; Especialista em metodologia do Ensino 
Superior; Doutorando em Saúde Pública. 
 
 Fortalecimento muscular em pacientes com condromalácia patelar 
 
Maria Rachel Pessoa da Silva1 
rachel.pessoa_fisio@hotmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-Graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais_ Faculdade de 
FAIPE 
 
Resumo 
Condromalácia de patela é um termo aplicado à perda de cartilagem envolvendo uma ou 
mais porções da patela; sua incidência na população é muito alta, aumentando conforme a 
faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo feminino e com excesso de peso. A 
prática de exercício, aumenta os níveis de produção deste liquido lubrificante, diminuindo e 
amenizando os principais sintomas de dor e de crepitação. O presente estudo caracterizou-se 
por ser analítico descritivo de revisão bibliográfica. A seleção dos artigos ocorreu a partir de 
busca nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LiLacs) e Scientific Eletronic Library Online ScieLo, publicados entre 2005 a 2015. Pode-se 
concluir que o objetivo do presente estudo foi alcançado de forma satisfatória, pois foi 
possível ter resultados com relação ao Fortalecimento muscular em pacientes com 
condromalácia patelar. Os resultados permitem concluir que o fortalecimento muscular 
torna-se de suma importância em pacientes com condromalácia pelo mal alinhamento da 
patela, mantendo a estabilidade articular e o equilíbrio entre os grupos musculares 
antagonistas (flexores/extensores, adutores/abdutores). 
 
Palavras-chave: Fortalecimento muscular; Condromalácia Patelar; Fisioterapia. 
 
1. Introdução 
Condromalácia de patela é um termo aplicado à perda de cartilagem envolvendo uma ou mais 
porções da patela; sua incidência na população é muito alta, aumentando conforme a faixa 
etária, sendo mais comum em pacientes do sexo feminino e com excesso de peso [...] 
 
[...] As causas de condromalácia incluem instabilidade, trauma direto, fratura, 
subluxação patelar, aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q), músculo 
vasto medialineficiente, mau alinhamento pós-traumático, síndrome da 
pressão lateral excessivae lesão do ligamento cruzado posterior (FREIRE et 
al, 2006; AZEVEDO, 2008; BORGES, 2013). 
 
De acordo com Ferreira et al (2008); Pinto (2009), o tratamento adequado é baseado nos 
exames clínico e físico, na história do paciente e nos estudos radiológico e 
nucleotídico apropriados bem como no estágio, na duração e na gravidade da lesão [...] 
 
[...] O reforço na musculatura do quadríceps se torna necessário para 
uma melhora na articulação do joelho, como exercícios isométricos de 
fortalecimento visando manter a estabilidade articular e o equilíbrio 
entre os grupos musculares antagonistas (flexores/extensores, 
adutores/abdutores, etc.). Os exercícios isotônicos pendulares são também 
indicados desde que se respeite a amplitude de movimento em relação à dor. 
Dentre os vários benefícios do fortalecimento muscular, pode-se destacar 
uma melhora no estado de tônus muscular e nos movimentos das articulações 
bem como um reforço maior das mesmas. 
 2 
 
 
 
 
O autor supracitado relata ainda que uma das principais características da condromalácia é a 
crepitação, que pode ser gerada por uma baixa na produção de líquido sinovial para a 
articulação. A prática de exercício, aumenta os níveis de produção deste liquido lubrificante, 
diminuindo e amenizando os principais sintomas de dor e de crepitação. 
 
2. Fundamentação Teórica 
 
2.1 Anatomia do joelho 
A articulação do joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do corpo. Ela é uma 
articulação em dobradiça sinovial, que satisfaz os requisitos de uma articulação de sustentação 
de peso, permitindo livre movimento em um plano somente combinado com considerável 
estabilidade, particularmente em extensão (MULLER, 2006; CIRIMBELLI, 2005). 
Geralmente estabilidade e mobilidade são funções incompatíveis na maioria das articulações 
sacrificando uma pela outra. Entretanto, no joelho ambas as funções são executadas pela 
interação de ligamentos, músculos e movimentos complexos de deslizamento e rolamento nas 
superfícies articulares (GARRIDO et al, 2009; NUNO et al, 2012). 
O joelho consiste em três articulações inter-relacionadas: femorotibial, femoropatelar e 
tibiofibular proximal. Há quatro ossos sesamóides: a patela, a fabela medial e lateral e o 
sesamóide poplíteo. O suporte ligamentoso primário para o joelho é proporcionado pelos 
ligamentos colaterais, medial e lateral, e os ligamentos cruzados, cranial e caudal, intra-
articulares. Interpostos entre os côndilos femorais e o platô tibial estão os meniscos medial e 
lateral (PAVAN, 2009; SILVA e SILVA, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Anatomia joelho 
Fonte: http://melhorcomsaude.com/seus-joelhos-doem-conheca-causas-e-os-remedios/ 
 
2.1.1 Músculos do joelho 
De acordo com Guaitanele (2005); Lima (2007), os quatro extensores do joelho consistem em 
reto da coxa, vasto intermédio, vasto lateral e vasto medial são coletivamente conhecidos 
como quadríceps femoral. O ligamento da patela (também conhecido como ligamentum 
patellae, tendão patelar e tendão infrapatelar) é a extensão do complexo muscular do 
quadríceps desde o pólo inferior da patela até a tuberosidade da tíbia, na parte ântero-posterior 
[...] 
 3 
 
 
 
 
[...] o tendão de inserção destas porções do músculo quadríceps da coxa é o 
mesmo que serve à inserção do músculo reto da coxa. O ligamento patelar, 
que se estende do ápice da patela à tuberosidade da tíbia, é, na verdade, a 
extremidade distal do tendão do quadríceps. Este tendão emite fortes 
expansões fasciais, os retináculos medial e lateral da patela, que unem seus 
lados e o ligamento patelar aos côndilos femorais e tibiais e ajudam a formar 
a cápsula da articulação do joelho. 
 
Os principais flexores do joelho consistem em três grandes músculos femorais, coletivamente 
conhecidos como músculos isquiotibiais da coxa: bíceps femoral, semitendíneo e 
semimenbranáceo. Os músculos isquiotibiais atravessam tanto a articulação do joelho como a 
do quadril e, portanto, têm função não apenas como flexores do joelho, mas também 
extensoras do quadril [...] 
 
[...] na flexão da perna ela pode tocar a face posterior da coxa, sendo a 
extensão o retorno do segmento de qualquer grau de flexão. A extensão é, 
obviamente, menos ampla. Outros músculos que compõem a flexão do joelho 
são: gastrocnêmio, poplíteo e o trato iliotibial (Dangelo e Fattini, 2004 apud 
Lima 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Anatomia joelho 
Fonte: http://melhorcomsaude.com/seus-joelhos-doem-conheca-causas-e-os-remedios/ 
 
2.1.2 Patela 
A patela é um osso sesamóide incluído no tendão do músculo quadríceps. A superfície 
articular interna é lisa e curva, para a completa articulação com a tróclea. A articulação 
deslizante normal da patela e tróclea é necessária para a manutenção das exigências 
nutricionais das superfícies articulares troclear e patelar [...] 
 
[...] A ausência de articulaçãonormal resulta na degeneração da cartilagem 
articular troclear. A patela é também componente essencial no mecanismo 
funcional do aparelho extensor mantendo uma tensão regular quando o joelho 
é estendido, e também atua como um braço de alavanca, aumentando as 
vantagens mecânicas do grupo do músculo quadríceps. Juntamente com todo 
o aparelho extensor, fornece estabilidade à articulação do joelho (PONTEL, 
2005; SILVA, 2005; PALMER, 2009). 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Patela 
Fonte: http://www.sogab.com.br/anatomia/cingulodosmembrosinferiores.htm 
 
De acordo com Thompson (2005); Tontini e Aroca (2008), o papel da patela consiste em 
aumentar a distância em relação ao eixo da articulação, proporcionar uma superfície articular 
lisa e proteger a face anterior do joelho. Sua fixação está a cargo de mecanismos estáticos e 
dinâmicos. 
Os autores acima relatam também que a patela funciona como um fulcro que aumenta a 
vantagem mecânica do músculo quadríceps femoral. A estabilidade ativa da patela resulta da 
tração exercida pelo músculo vasto medial, que confere certo grau de estabilidade estática, 
juntamente com outros tecidos moles. O sulco troclear também contribui para a estabilidade, 
auxiliando pelo tamanho da patela e pela orientação vertical da mesma. 
 
2.2 Biomecânica femoropatelar 
A articulação femoropatelar é constituída pela face patelar (fêmur) e a face posterior da 
patela, esses dois ossos precisam funcionar em perfeita harmonia para que haja não só um 
bom deslizamento da patela sobre o fêmur, mais também para que os côndilos femorais 
possam rolar, deslizar e rodar sobre o platô tibial [...] 
 
[...] O perfeito funcionamento femoropatelar será influenciado vigorosamente 
pelos estabilizadores estáticos (estruturas não contráteis) e dinâmicos 
(estruturas contráteis) da articulação. A patela se desloca constantemente nos 
movimentos ativos do joelho, movimentando-se, em um padrão com um 
formato de “C”. No plano frontal em extensão do joelho a 0 graus começa 
supero – lateral, a partir dos primeiros 40 graus de flexão a patela tornar-se 
mais inferiorizada e medializada. No plano sagital a patela sofre uma flexão 
de 65 a 75 graus, que ocorre depois da flexão da tíbia (VEIGA, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Biomecânica 
Fonte: http://www.sogab.com.br/anatomia/cingulodosmembrosinferiores.htm 
 5 
 
 
 
 
2.3 Condromalácia 
Segundo Ferreira et al (2008), a condromalácia patelar, é caracterizada pelo amolecimento da 
cartilagem articular devido a fatores como o desequilíbrio bioquímico do líquido sinovial. É 
uma patologia na qual a cartilagem da superfície articular da patela apresenta-se rugosa. 
O autor acima relata que para a maioria dos autores, a condromalácia patelar é um 
amolecimento seguido de fragmentação da cartilagem articular em consequência das 
alterações do mecanismo extensor do joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Condromalácia 
Fonte: https://o2porminuto.ativo.com/condromalacia-patelar-cuide-da-lesao-no-joelho/ 
 
2.3.1 Classificação 
Segundo Monnerat et al, (2010), a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 4 níveis 
de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem: 
 
- I - amolecimento da cartilagem e edemas 
- II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro 
- III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm 
- IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso 
subcondral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Classificação da Condromalácia 
Fonte: https://o2porminuto.ativo.com/condromalacia-patelar-cuide-da-lesao-no-joelho/ 
 
2.3.2 Etiologia 
As causas da condromalácia envolvem alterações de alinhamento da patela, que excursiona 
fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular 
 6 
 
 
 
 
do fêmur, desse modo provocando “desgaste” [...] 
 
[...] Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à 
desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e 
encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da 
patela (rotação interna femural, tróclea rasa, patela alta, ...). Também estão 
correlacionados microtraumatismos de repetição, bastante comuns em 
esportes de impacto (futebol, vôlei, basquete, ...). Deve ainda ser citada a 
chamada causa idiopática, quando não são identificadas alterações 
anatômicas que justifiquem o desenvolvimento da doença (MONNERAT et 
al, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Encurtamento 
Fonte: https://o2porminuto.ativo.com/condromalacia-patelar-cuide-da-lesao-no-joelho/ 
 
2.3.3 Quadro Clínico 
De acordo com Ramos (2011), os principais sintomas podem ser: dor na região anterior do 
joelho (atrás da patela) ao subir e descer escadas ou mesmo ladeiras, aos exercícios físicos, ao 
levantar de uma cadeira, ao agachar-se e até mesmo ao manter o joelho flexionado por 
períodos prolongados; crepitação e estalidos atrás da patela ao flexionar e extender o joelho, 
por vezes audíveis; edema e derrame articular que são ocasionados pelo acúmulo excessivo de 
líquido sinovial formado no processo inflamatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Quadro clínico 
Fonte: https://o2porminuto.ativo.com/condromalacia-patelar-cuide-da-lesao-no-joelho/ 
 7 
 
 
 
 
2.3.4 Diagnóstico 
Nos pacientes jovens, as lesões da cartilagem, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem 
resultar em osteoartrose prematura. Utilizando-se a radiografia simples e a tomografia 
computadorizada, consegue-se diagnosticar lesões condrais, indiretamente, pela presença de 
osteófitos, cistos e esclerose subcondrais e redução do espaço articular, e injetando-se 
contraste intra-articular é possível, por meio destes dois métodos, demonstrar diretamente 
lesões condrais, notadamente pela tomografia computadorizada. A ressonância magnética, 
com seu excelente contraste de partes moles, é a melhor técnica de imagem disponível para 
estudo das lesões de cartilagem (FREIRE et al, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.tuasaude.com/exercicios-para-artrose-no-joelho/ 
Figura 9: Ressonância 
 
2.3.5 Tratamento 
Normalmente o tratamento para condromalácia é conservador e dificilmente reverterá o 
quadro de lesão da cartilagem. No entanto, ocorrerá melhora nos sintomas dolorosos e 
funcionais do joelho. O tratamento conservador consiste na correção do “mal alinhamento” da 
patela através de programas de fortalecimento para os estabilizadores dinâmicos da patela. 
Muitos pesquisadores buscam o recrutamento seletivo do Vasto Medial Oblíquo, com o 
intuito de otimizar o tratamento (MONNERAT et al, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.tuasaude.com/exercicios-para-artrose-no-joelho/ 
Figura 10: Fortalecimento de quadríceps 
 
 8 
 
 
 
 
3. Metodologia 
O presente estudo caracterizou-se por ser analítico descritivo de revisão bibliográfica.A 
seleção dos artigos ocorreu a partir de busca nas bases de dados Literatura Latino-Americana 
e do Caribe em Ciências da Saúde (LiLacs) e Scientific Eletronic Library Online ScieLo, 
publicados entre 2005 a 2015. 
Foi realizado um levantamento e análise em materiais bibliográficos como: 16 artigos 
científicos no idioma Português e 6 Monografias. Os descritores utilizados para a busca das 
referências foram: “Fortalecimento muscular”, “Condromalácia Patelar” e “Fisioterapia”. 
Como critério de inclusão as referências deveriam abordar o fortalecimento muscular em 
pacientes com condromalácia patelar, ou que contribuíssem para o objetivo da pesquisa. 
Foram excluídas as referências publicadas antes de 2005 e que não se enquadraram no ponto 
de vista do presente estudo. 
Foi encontrado um total de 45 referências, onde 20 foram excluídas por não se enquadrar no 
enfoque do estudo, sendo assim selecionadas 25 referências. Para análise dos resultados foi 
realizada uma tabela, que continha de forma organizada autores, tipos de fortalecimento e 
resultados. 
 
4. Resultados e Discussão 
Os artigos escolhidos foram criteriosamente analisados extraindo informações primordiais 
relacionadas ao tipo de estudo e os tipos de fortalecimento muscular em pacientes com 
condromalácia patelar e como estes poderiam contribuir para a restauração do movimento do 
joelho. 
 
 
Segundo Gabriel (2005), o tratamento adequado é baseado nos exames clínico e físico, na 
história do paciente e nos estudos radiológico apropriados bem como no estágio, na 
duração e na gravidade da lesão. Normalmente o tratamento para condromalácia é 
conservador e dificilmente reverterá o quadro de lesão da cartilagem. No entanto, ocorrerá 
 
Autor / Ano 
 
 
Tipos de fortalecimento 
 
 
Resultados 
 
 
Gabriel (2005) 
 
 
Fortalecimento para os estabilizadores 
dinâmicos da patela. 
 
Correção do “mal alinhamento” 
Marczyk e Gomes 
(2006) 
 
Exercícios isométricos e contra 
resistência 
 
Mantém-se o trofismo dos músculos 
quadríceps, adutores, abdutores e 
isquiotibiais 
 
Domingues (2008) 
 
Cinesioterapia ativa 
 
E uma importante etapa para recuperação 
das lesões de joelho como a condromalácia 
 
Ferreira et al, (2008) 
 
 
Atividade aquática e a musculação 
 
 
Mantem a estabilidade articular e o 
equilíbrio entre os grupos musculares 
antagonistas (flexores/extensores, 
adutores/abdutores 
 
Monnerat et al (2010) 
 
Fortalecimento do vasto intermédio e 
do vasto lateral 
 
Posicionamento da patela 
 9 
 
 
 
 
melhora nos sintomas dolorosos e funcionais do joelho. O tratamento conservador consiste na 
correção do “mal alinhamento” da patela através de programas de fortalecimento para os 
estabilizadores dinâmicos da patela. 
Marczyk e Gomes (2006), afirmam em seu estudo que a partir de 48 horas do trauma, pode-se 
iniciar os exercícios isométricos, com isso mantém-se o trofismo dos músculos quadríceps, 
adutores, abdutores e isquiotibiais. Após a diminuição da dor está indicado o uso de 
movimentação passiva e ativa da articulação do joelho. Os exercícios contra resistência 
devem ter progressão lenta, individualizada, dependendo da presença da dor, do derrame, e da 
força muscular desenvolvida. Os exercícios devem ser feitos entre 0 e 30 graus de 
flexoextensão do joelho. O autor relata também que além do fortalecimento muscular, não 
deve ser esquecido o alongamento da banda iliotibial, pois seu encurtamento pode determinar 
lateralização da patela, e o alongamento dos isquiotibiais, pois o encurtamento destes acarreta 
mais pressão na articulação femoropatelar. 
Confirma-se no estudo de Domingues (2008), que o fortalecimento do músculo vasto medial 
por meio da cinesioterapia ativa é uma importante etapa para recuperação das lesões de joelho 
como a condromalácia, não porque seja um músculo extensor terminal do joelho ou pela 
ocorrência de maior hipertrofia em relação às outras porções do quadríceps, mas porque sua 
porção mais distal é um importante estabilizador dinâmico da tendência natural da patela em 
lateralizar-se. 
De acordo com Ferreira et al (2008), como o reforço na musculatura do quadríceps se 
torna necessário para uma melhora na articulação do joelho, deve-se considerar dois 
tipos de exercício físico: a atividade aquática e a musculação. A atividade aquática é 
mais indicada, pois neutraliza o impacto sobre as articulações. Portanto, recomenda-se 
hidroterapia e alongamentos associados a exercícios isométricos de fortalecimento visando 
manter a estabilidade articular e o equilíbrio entre os grupos musculares antagonistas 
(flexores/extensores, adutores/abdutores, etc.). Os exercícios isotônicos pendulares são 
também indicados desde que se respeite a amplitude de movimento em relação à dor. 
O autor citado acima relata ainda que deve ser dada uma maior atenção no trabalho muscular 
do quadríceps, por razões, como compressão e relaxamento da cartilagem patelar, difusão 
de enzimas nociceptivas extra-articulares dentro da articulação, tensão dos ligamentos 
parapatelares e produção de endorfinas. Inicialmente, os exercícios dedicados ao quadríceps 
devem ser isotônicos, passando para concêntricos de pequena amplitude, mas ao persistir a 
dor, devem ser iniciados exercícios de contração isométrica. 
Pode-se observar a importância do fortalecimento muscular no estudo de Monnerat et al 
(2010), ao destacar que dentre as possíveis causas da condromalácia destacam-se o mau 
alinhamento e a disfunção muscular. O vetor resultante da somatória das forças do vasto 
intermédio e do vasto lateral provoca uma tendência de deslocamento lateral da patela. 
Quando as forças do vasto lateral e do vasto medial oblíquo estão equilibradas, cria-se uma 
resultante direcionada superiormente no eixo da coxa. Quando não há esse equilíbrio, 
observam-se alterações no posicionamento da patela. Se houver predomínio do vasto lateral 
sobre o vasto medial oblíquo, a patela é tracionada lateralmente. 
 
5. Conclusão 
Pode-se concluir que o objetivo do presente estudo foi alcançado de forma satisfatória, pois 
foi possível ter resultados com relação ao Fortalecimento muscular em pacientes com 
condromalácia patelar. 
Os resultados permitem concluir que o fortalecimento muscular torna-se de suma importância 
em pacientes com condromalácia pelo mal alinhamento da patela, mantendo a estabilidade 
articular e o equilíbrio entre os grupos musculares antagonistas (flexores/extensores, 
adutores/abdutores). 
 10 
 
 
 
 
Com relação ao tipo de exercício, durante os resultados mostraram que no início pode-se 
começar com exercícios isométricos, com isso mantém-se o trofismo dos músculos 
quadríceps, adutores, abdutores e isquiotibiais; após o quadro álgico pode se dar início 
exercício isotônicos passando para excêntricos. Dentre os músculos, os mais citados foram o 
vasto medial, porque sua porção mais distal é um importante estabilizador dinâmico da 
tendência natural da patela em lateralizar-se. 
Devido à natureza multifatorial da condromalácia, muitas têm sido as propostas de 
intervenção em fisioterapia para esta condição clínica. Entretanto, sugere-se que mais 
pesquisas ressaltem o fortalecimento muscular em pacientes com condromalácia. Esses dados 
podem ser úteis no, direcionamento para escolha do planejamento de novos estudos em 
pacientes com condromalácia. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
AZEVEDO, Ana Filipa Costa PereiraReis. A luxação traumática do joelho – revisão. Dissertação apresentada 
para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Medicina. Covilhã, 2008. 
 
BORGES, Alex Rodrigo. Joelho. Fisioterapia desportiva, 2013. 
 
CIRIMBELLI, Luigi Olivo. Tratamento hidroterapêutico na artrose de joelho: estudo de caso. 85p. 
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia como requisito parcial para a obtenção de título de bacharel em 
Fisioterapia. Tubarão, 2005. 
 
CIRIMBELLI, Luigi Olivo. Tratamento hidroterapêutico na artrose de joelho: estudo de caso. 85p. 
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia como requisito parcial para a obtenção de título de bacharel em 
Fisioterapia. Tubarão, 2005. 
 
DOMINGUES CB. Ativação seletiva do vasto medial por meio dacinesioterapia ativa. Fisioterapia em 
Movimento, 2008; 21 (1):21-31. 
 
FERREIRA, Cícero Leonardo de Souza. Efeitos dos exercícios de musculação para o fortalecimento da 
musculatura da coxa em portadora de condromalácia patelar. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.7, nº 
3 – 2008 - ISSN: 1981 – 4313. 
 
FREIRE, Maxime Figueiredo de Oliveira. et al. Condromalácia de patela: comparação entre os achados em 
aparelhos de ressonância magnética de alto e baixo campo magnético. Radiol Bras, 39(3):167–174, 2006. 
 
GABRIEL, M. R. S.; PETIT, J.D.; CARRIL, M. L. S. Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e 
Reumatologia. Rio de Janeiro (RJ): Revinter, 2005. 
 
GARRIDO, Carlos Antônio. et al. Estudo comparativo entre a classificação radiológica e análise macro e 
microscópica das lesões na osteoartrose do joelho. Rev Bras Ortop. 2011;46(2):155-9. 
 
 11 
 
 
 
 
GUAITANELE, Tais Giseli. A eficácia da aplicação de laser asalga 830nm em pacientes portadores de 
osteoartrite de joelho. 132 P. Monografia apresentada ao corpo docente da Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de fisioterapeuta, Cascavel, 2005. 
 
LIMA, Adriana Farah. Fisioterapia em lesão do ligamento cruzado anterior com ênfase no tratamento pós-
operatório. 57 p. Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade 
 
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