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FAMEMA	
	PRIMEIRA	SÉRIE	
	MEDICINA	
 Amauri Doreto da Rocha Filho 
 2015 
 PROBLEM BASED LEARNING (PBL) 
 1) Histórico: É um método de aprendizagem ativa que surgiu na década de 60 na Universidade 
 McMaster (Canadá) e disseminou-se para a Europa, principalmente, na Universidade de 
 Maastricht (Holanda) e nos Estados Unidos. No Brasil, foi implantado, inicialmente, na 
 FAMEMA e na UEL. 
 2) Funcionamento: Problema deve ser usado como estímulo à aquisição de conhecimento ao 
 refletir a realidade, antecipando-a ao aluno. Problema deve ser estudado em pequenos grupos 
 (facilita o aprendizado do trabalho em grupo, desenvolve mais facilmente o pensamento crítico 
 e permite maior harmonia entre os estudantes) supervisionados por um tutor e/ou cotutor cuja 
 função é dar suporte para que estudantes desenvolvam uma discussão produtiva (facilitando e 
 orientando o aprendizado). Tutor deve garantir um mínimo de aprendizado, uma vez que busca 
 é realizada com base em um brainstrom grupal e os estudantes possuem diferentes vivências (ou 
 seja, diferenças entre os grupos são previstas); caso esse mínimo não seja atingido, problema é 
 falho e deve ser reformulado. Resultados são focados no desenvolvimento de habilidades. 
 3) Benefícios: Método coloca o estudante na posição do construtor de conhecimento (é sujeito 
 ativo), estimulando-o a aprender a partir de experiências prévias, ensinando-o a pensar 
 estrategicamente e aumentando sua autoconfiança na resolução de problemas. Além disso, o 
 método permite maiores conexões com a realidade prática da profissão e permite que os 
 estudantes desenvolvam sua capacidade de comunicação. 
 4) Passos da Sessão de Tutoria: Leitura do problema, compreensão/identificação, brainstorm a 
 partir de experiências prévias, formulação de hipóteses, identificação de objetivos por meio da 
 formulação de perguntas, estudo individual e rediscussão à luz dos novos conhecimentos. Essa 
 sequência é muito semelhante à do método científico, no qual observa-se uma situação, tenta-se 
 compreendê-la, formula-se hipóteses para explicá-la, realiza-se um experimento (formulação de 
 perguntas), avalia-se os resultados obtidos (estudo individual) e, por fim, elabora-se uma 
 conclusão que confirme ou negue a hipótese (rediscussão). 
 5) Comparação com Método Tradicional: O que se chama, hoje, de “Pedagogia Ocidental 
 Contemporânea” é fruto do pensamento dos gregos com alterações de alguns filósofos, sendo 
 René Descartes o principal deles. Segundo o Método Cartesiano, tem-se duas premissas; a 
 primeira diz que deve-se duvidar de tudo e questionar todas as “verdades” para se atingir uma 
 conclusão enquanto a segunda diz que deve-se desmembrar o conhecimento em fragmentos 
 cada vez menores para, assim, ter-se uma noção de cada pequena parte e, depois, deve-se 
 juntá-las para compor o todo. O PBL é um método que segue a primeira premissa do Método 
 Cartesiano, elaborando perguntas em cima de casos para verificar a validade das hipóteses 
 formulados. O método tradicional, por outro lado, divide o conhecimento em diferentes 
 disciplinas e cada disciplina também é dividida em áreas. O problema dessa divisão é o fato de o 
 aluno não conseguir juntar tão eficientemente o conhecimento de cada uma dessas disciplinas e, 
 assim, ter uma noção do todo; nesse sentido, observa-se, nas escolas, uma grande valorização da 
 interdisciplinaridade. Outro problema do método tradicional é a autonomia dada ao docente 
 sobre sua disciplina, que acumula conteúdo de ano para ano de forma quase anárquica e resulta 
 em uma quantidade exaustiva e desnecessária de avaliações. 
 SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 1) Origem: Apesar de ter começado a funcionar apenas em 1991, foi um sistema de saúde criado 
 em 5/10/1988 com a promulgação da Constituição Cidadã que, democrática, garante à 
 população um acesso universal à saúde. 
 2) Princípios 
 2.1) Universalidade: Princípios baseado no sistema de saúde inglês pós-Segunda Guerra 
 Mundial (posteriormente, também adotado pelo Canadá), garante o acesso à saúde a todos os 
 brasileiros, sem discriminação. 
 2.2) Integralidade: Ação do SUS é voltada tanto à saúde individual quanto coletiva. 
 2.3) Equidade: Atendimento deve priorizar a necessidade dos pacientes, não sua ordem de 
 chegada, mas deve ocorrer de forma que todos sejam atendidos. 
 3) Diretrizes 
 3.1) Descentralização: Cada esfera do poder público tem uma responsabilidade na manutenção 
 do SUS. Município é responsável pelo atendimento de baixa complexidade, Estado é 
 responsável pelos atendimentos de média e alta complexidade e União é responsável pela 
 formulação e gerenciamento de políticas públicas. 
 3.2) Regionalização: Plano de atendimento é realizado de acordo com a área que engloba várias 
 cidades, levando-se em consideração a existência de hospitais de referência em uma cidade e a 
 ausência em outra. 
 3.3) Hierarquização: Casos devem ser direcionados para postos de saúde e hospitais de acordo 
 com o grau de complexidade de cada um. 
 3.4) Resolubilidade: Organização deve ser feita para resolver casos da forma mais eficiente na 
 medida do possível. 
 3.5) Participação da Comunidade: Atuação do cidadão na promoção da saúde participando de 
 conselhos (municipais, estaduais ou nacionais) e de conferências nacionais em saúde. 
 3.6) Complementaridade do Setor Privado: Ao setor privado pode ser solicitado que contribua 
 com o SUS em casos de superlotação da rede pública, falta de remédios e necessidade da 
 realização de exames. 
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 ------------------------------- 
 OBSERVAÇÃO: Paciente é levado até unidade de atendimento de baixa complexidade (UBS 
 ou USF). Se necessário, é encaminhado para unidade de atendimento de média complexidade 
 (Unidade de Pronto Atendimento) com a guia de referência (guia que menciona estado do 
 paciente ao chegar e sair da unidade e os procedimentos realizados). Caso a situação seja mais 
 grave, ele é encaminhado para unidade de atendimento de alta complexidade (hospital) com 
 uma guia de referência. Paciente pode ser levado diretamente para unidade de média ou alta 
 complexidade sem passar pela de baixa complexidade. Uma vez que ele recebe alta, o hospital 
 ou Unidade de Pronto Atendimento envia à USF desse paciente a guia de contra-referência (que 
 menciona os procedimentos realizados, medicamentos a serem tomados, datas de retorno em 
 consultas e outros elementos. 
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 ------------------------------- 
 4) Unidades de Atendimento de Baixa Complexidade 
 4.1) Unidade Básica de Saúde (UBS): Composta por médicos especialistas (o que, geralmente, 
 leva pacientes a preferirem tal unidade), é composta por, no mínimo, um clínico geral, um 
 pediatra, um ginecologista, um enfermeiro e um dentista. Sua área de atuação abrange toda a 
 cidade em que está localizada. Nessas unidades, o contato com o paciente é menor, 
 estabelecendo-se um vínculo restrito. 
 4.2) Unidades de Saúde da Família (USF): Por abrangerem uma área limitada do município e 
 realizarem um atendimento contínuo de acompanhamento das famíliasque nela se encontram, 
 um maior vínculo médico-paciente é estabelecido. Composta por, no mínimo, médicos clínicos 
 gerais ou especialistas em saúde da família, enfermeiro e dentista. O trio 
 médico-enfermeiro-dentista compõe o trio gestor da USF (embora, na prática, uma boa parte das 
 responsabilidades caia nas mãos do enfermeiro). Nelas, o agente comunitário de saúde é, 
 obrigatoriamente, um morador da comunidade e é um elo entre a população local e a equipe de 
 saúde, sendo responsável pelo registro e atualização das famílias, realização de ações de 
 promoção e prevenção de saúde, além de identificar indivíduos expostos a situações de risco. O 
 acolhimento feito é o primeiro contato entre o paciente e a unidade, devendo ser realizado por 
 uma equipe multiprofissional qualificada para recepcionar esse paciente e ouvir suas primeiras 
 queixas. 
 ANATOMIA E HISTOLOGIA – INTRODUÇÃO 
 1) Coloração em Histologia: Uma técnica de coloração de elementos histológicos é a técnica 
 hematoxilina-eosina (HE). Hematoxilina é corante básico arroxeado que cora estruturas 
 ácidas/basófilas (como o núcleo). Eosina é corante ácido róseo que cora estruturas 
 básicas/acidófilas (como o citoplasma). 
 2) Planos: Superfícies que atravessam o corpo. Pode ser sagital (divide corpo em lado direito e 
 esquerdo, podendo ser mediano, quando o faz exatamente na metade, ou paramediano), frontal 
 (divide corpo em partes anterior e posterior) e transverso/horizontal (divide corpo em parte 
 superior ou inferior). 
 3) Posição Anatômica: É definida como a posição em que a pessoa está em pé, com a cabeça na 
 posição horizontal, os olhos voltados diretamente para frente, os pés estão plantados no solo e 
 dirigidos para frente enquanto os braços estão esticados, em cada lado, com as palmas voltadas 
 para frente. 
 CITOLOGIA – CICLO CELULAR E MECANISMOS DE MORTE 
 1) Ciclo Celular 
 1.1) Considerações Iniciais: O ciclo celular compreende o crescimento e a divisão mitótica. Um 
 ciclo dura, geralmente, entre 12 e 24 horas, dependendo do tecido; 95% desse tempo 
 corresponde à intérfase, ou seja, aos eventos celulares entre duas divisões mitóticas (mitose 
 dura, em média, cerca de 1 hora). Células podem se dividir continuamente (células embrionárias 
 ou de renovação rápida, como as do revestimento intestinal, do sistema linfático e da medula 
 óssea; são células extremamente sensíveis a agentes químicos/fármacos e físicos/radiação, que 
 afetam a replicação do DNA), permanecer em G0 e se dividirem apenas quando estimuladas 
 (células desprovidas de fatores de crescimento, mantém baixo metabolismo e velocidade de 
 síntese de macromoléculas, tendo tamanho reduzido e DNA não duplicado, o que caracteriza 
 G0; nutrientes, hormônios de crescimento e estímulos mecânicos podem induzir a divisão 
 dessas células, que correspondem, por exemplo, as hepatócitos, fibroblastos da pele, células 
 renais, células do músculo liso, células do pâncreas, células dos ovários, células dos pulmões, 
 células endoteliais, células ósseas e células da glândula adrenal) ou serem terminalmente 
 diferenciadas (neurônios e células da musculatura esquelética e cardíaca permanece 
 indefinidamente em G0 ao mesmo tempo que células sanguíneas e do epitélio, também nessa 
 situação, tem vida curta e são continuamente substituídas a partir de células tronco 
 pluripotentes, as stem cells ). 
 1.2) Fases 
 1.2.1) Interfase 
 1.2.1.1) Período G1: Caracteriza-se pelo reinício da síntese de RNA e proteínas após a mitose. 
 No final dessa fase, tem-se o ponto de restrição (R); caso o acúmulo de proteínas sintetizadas 
 alcance um determinado ponto crítico, células passa para a fase S da intérfase e, caso não 
 alcance, célula passa para a fase G0. 
 1.2.1.2) Período S: Seu início é marcado pelo início da síntese de DNA, cujo conteúdo é 
 dobrado/replicado. Surgem os pró-centríolos (primórdios dos centríolos). 
 1.2.1.3) Período G2: Término da replicação do DNA e reparação de eventuais erros 
 (mecanismos sensores de natureza molecular impedem a continuidade do ciclo em caso de erros 
 irreparáveis no DNA, levando à apoptose). Continuidade da síntese de RNA e proteínas, 
 iniciada em G1. 
 1.2.2) Mitose 
 1.2.2.1) Prófase: Condensação gradual das fibras de cromatina em processo que as torna 
 cromossomos individualizados (condensação e fundamental para evitar o emaranhamento e o 
 rompimento do material genético durante sua distribuição nas células-filhas); processo é 
 realizado por proteínas chamadas condensinas (as principais representantes são as histonas H1 e 
 H3), que são ativadas por fosforilação. Conforme a cromatina se condensa e vira cromossomo, 
 ela se torna geneticamente inativa, levando ao fim da síntese de RNAm e RNAr, à diminuição 
 da síntese de RNAt e, consequentemente, à desorganização do nucléolo. No citoplasma, 
 centrossomos atuam como centros polimerizadores de tubulina e microtúbulos, formando o fuso 
 mitótico; conforme centrossomos se polarizam na célula, envoltório nuclear é desfeito e 
 microtúbulos do fuso se prendem ao cinetócoro (estrutura proteica nos centrômeros dos 
 cromossomos que é produzida no final da prófase, um momento que alguns autores dizem ser 
 uma fase da mitose entre a prófase e a metáfase chamada de pró-metáfase). 
 1.2.2.2) Metáfase: Máximo grau de condensação dos cromossomos, que se alinham no equador 
 da célula e, assim, formam a placa metafásica. 
 1.2.2.3) Anáfase: Encurtamente dos microtúbulos (que ocorre por perda de dímeros de tubulina) 
 e aumento da distância entre os pólos da célula determinam a separação das cromátides-irmãs e 
 sua migração para os pólos. 
 1.2.2.4) Telófase: Inicia-se quando os cromossomos-filhos atingem seus respectivos pólos. 
 Núcleo se reconstitui e citoplasma se divide. 
 1.2.3) Citocinese: É a divisão do citoplasma (não ocorre em algumas células, como alguns 
 hepatócitos e nas fibras musculares cardíacas, resultando em células com vários núcleos). Na 
 maioria das células, começa na anáfase e termina logo após a conclusão da telófase. Enzima 
 RhoA, ativada no córtex celular do futuro sítio de divisão, promove a montagem de anel de 
 actina e miosina II (GTP se liga à enzima RhoA por troca de nucleotídeo no córtex celular do 
 futuro sítio de clivagem). 
 1.3) Mecanismos de Controle 
 1.3.1) Externo: Hormônios conhecidos como fatores de crescimento agem fundamentalmente 
 controlando a progressão de G1 para S, estimulando células em proliferação a ultrapassarem o 
 ponto de restrição (R) e, assim, não estagnarem em G0 ou estimulando células em G0 a 
 retornarem à atividade proliferativa. Mecanismo de regulação ocorre por meio de receptores de 
 membrana. 
 1.3.2) Interno: Controle genético do ciclo celular é feito por meio de enzimas quinases (CdK) 
 dependentes de ciclinas, que transferem grupo fosfato de um doador (ATP ou GTP) para um 
 aminoácido aceptor (geralmente, serinas ou treoninas), o que é chamado de fosforilação (genes 
 responsáveis pelas CdK’s constituem 2% do genoma humano). Essas CdK’s, ativadas ou 
 inativadas durante o ciclo, promovem padrões cíclicos de fosforilaçãode proteínas que regulam 
 os principais eventos do ciclo celular. Vários tipos de ciclinas podem se associar com vários 
 tipos de CdK’s de forma a formarem um de quatro complexos ciclina-CdK. A fosforilação da 
 proteína ribonuclease (Rb) resulta na liberação de fator E2F; este, além de ativar genes que 
 promovem a progressão do ciclo celular (dando início à transcrição do DNA), como a ciclina E, 
 também realiza a fosforilação da ribonuclease em um processo de retroalimentação positiva. 
 1.3.2.1) Complexo G1-CdK: Responsável pela decisão da célula de entrar ou não em divisão 
 celular, sendo ativado por fatores de crescimento. 
 1.3.2.2) Complexo G1/S-CdK: Estimula a duplicação dos centrossomos e desencadeia a 
 fosforilação de proteínas celulares (enzimas e polimerases) necessárias à síntese de DNA, 
 estimulando a célula a entrar na fase S da intérfase. 
 1.3.2.3) Complexo S-CdK: Ativado no final da fase G1, é responsável pela fosforilação com 
 Complexo de Reconhecimento (ORC), desencadeando a replicação do DNA (ORC atua após se 
 ligar ao complexo pré-replicativo, pré-RC; após a replicação, S-CdK desmonta o pré-RC, 
 impedindo que uma origem de replicação seja lida mais de uma vez). 
 1.3.2.4) Complexo M-CdK: Inativo durante todo o G2, em cujo final é ativado pela enzima 
 fosfatase CDC25, Induz a condensação de cromossomos (por meio da fosforilaçãos das histonas 
 H1 e H3), a fragmentação do envoltório nuclear (fosforila serina presente no envoltório) e 
 reorganiza o citoesqueleto para a montagem do fuso mitótico (fosforila MAP, proteína associada 
 aos microtúbulos, para reduzir a estabilidade dos microtúbulos e alterar a arquitetura celular). 
 Também atua na entrada da célula em anáfase, pois liga-se ao Complexo Promotor de Anáfase 
 (APC), que atua sobre proteína securina, cuja principal função é inibir a proteína separase; com 
 a destruição da securina, separase degrada complexo de coesina, que unia os 
 centrômeros-irmãos. Complexo Promotor de Anáfase também degrada ciclina M, inativando a 
 M-CdK; esse processo descondensa os cromossomos e reorganiza o envoltório nuclear, levando 
 a célula a sair da mitose e progredindo para a intérfase. 
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 ------------------------------- 
 OBSERVAÇÃO: Replicação do DNA 
 A replicação/replicação do DNA é assincrônica (diferentes regiões do material genético se 
 replicam em diferentes momentos; eucromatina, geneticamente ativa, replica-se desde o início 
 de S e heterocromatina, geneticamente inativa e condensada, replica-se a partir do final de S), 
 possui diferentes pontos de origem (replicação ocorre com velocidade entre 0,5 e 2 mm/min; 
 para que replicação não demore meses, ela ocorre a partir de diferentes pontos de origem do 
 DNA) e é bidirecional (uma vez iniciada a replicação a partir de um ponto de origem, ela se 
 propaga para ambas direções da molécula de DNA até encontrar os extremos da cadeia dos 
 pontos de origem adjacentes). 
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 1.4) Câncer 
 1.4.1) Definição e Características: Tumor é termo que designa qualquer aumento de volume em 
 um órgão, podendo, inclusive, ter origem inflamatória (nesse caso, é um edema). Se tumor é 
 resultado de proliferação celular anormal, é chamado de neoplasia. Neoplasia pode ser benigna 
 (células permancem localizadas, afetando apenas o órgão que se originou e os tecidos 
 adjacentes, sendo facilmente tratável com cirurgia; a existência de uma cápsula fibrosa nas 
 neoplasias benignas impede a metástase) ou maligna (uma célula do tumor primário se 
 desprender e coloniza tecidos saudáveis do organismo, dando origem a tumores secundários, a 
 metástase; a isso dá-se o nome de invasividade). Dá-se o nome de câncer às neoplasias 
 malignas. Surgimentos do câncer ocorre por mutações no DNA, causadas por vírus, substâncias 
 químicas e agentes físicos (radiação), que levam a defeitos no ciclo mitótico; células normais se 
 dividem de 50 a 60 vezes cada uma antes de morrerem, enquanto células cancerosas são 
 “imortais”, dividindo-se indiscriminadamente. Para que casa célula saudável se converta em 
 cancerosa, ela deve acumular vários acidentes de mutação raras e independentes nas células de 
 sua linhagem (o que é evidenciado pelo fato de alguns tipos de cânceres serem mais comuns 
 com a idade avançada). Cânceres estimulam a angiogênese (seu crescimento causa hipóxia e 
 essa resulta no aumento da liberação de fator indutível de hipóxia HIF-α, uma proteína que 
 induz genes a produzirem fatores pró-angiogênicos, como o fator de crescimento endotelial 
 vascular, VEGF). Cânceres são geneticamente instáveis (acumulam alterações genéticas em taxa 
 anormalmente rápida, tornando-se progressivamente mais resistentes à terapia). 
 1.4.2) Genes Tumorais 
 1.4.2.1) Anti-Oncogenes: Também chamados de Genes Supressores Tumorais (GST), são genes 
 que causam a supressão do ciclo celular. Alguns desses genes mantém a célula em G0 e outros 
 impedem que o ciclo continue normalmente. O principal desses genes é o que produz a 
 proteínas p53 (essa proteína, além de induzir a apoptose no caso de haver erros incorrigíveis no 
 material genético após a replicação do DNA, ativa proteínas p27 e p21, que inibem a ligação 
 entre ciclinas e quinases; 50% dos cânceres apresentam mutação ou deleção desse gene). Outro 
 gene importante é que produz a proteínas p16 (que também atua impedindo a ligação entre 
 ciclinas e quinases). 
 1.4.2.2) Oncogenes: Proto-Oncogenes são genes normais e necessários que estimulam o ciclo 
 celular (há um gene, por exemplo, que produz a proteína p14, responsável por inibir a proteína 
 p53); caso esses genes sofram mutações e passem a atuar de forma anormal, recebem o nome de 
 oncogenes. Os oncogenes codificam proteínas que promovem a perda do controle sobre o ciclo 
 mitótico, funcionando como ativadores mitogênicos; assim, atuam codificando fatores de 
 crescimentos quando esses não são necessários, codificando receptores de membranas 
 defeituosos que emitem sinais para a célula se dividir mesmo sem a estimulação por fatores de 
 crescimentos (como o gene RAS, que atua sobre a proteína G de um dos receptores de 
 membrana) ou inibindo a apoptose. 
 2) Lesão e Morte Celular 
 2.1) Irrigação Sanguínea: Uma boa circulação garante que o sangue atinja todas as áreas do 
 corpo, permitindo que elas sejam alvo das três funções básicas do sangue, que são o transporte 
 de substâncias (gases, nutrientes, hormônios, excretas), regulação (controle de pH por meio de 
 tampões e regulação da temperatura corporal devido à sua capacidade de absorção de calor e 
 resfriamento da água) e proteção (sangue coagula para evitar perdas excessivas após ferida e 
 transporta células de defesa e proteínas de ação imunológica, como os anticorpos e as proteínas 
 dos sistema complemente). A interação dessas três funções garante parte da homeostase do 
 corpo. 
 2.2) Agentes Lesivos:Uma lesão celular ocorre quando a célula é exposta a agentes lesivos à 
 sua natureza, quando são estressadas tão excessivamente que não conseguem mais se adaptar ou 
 quando são prejudicadas por anomalias intrínsecas. Geralmente, as causas de lesão celulares são 
 a privação de oxigênio (hipóxia é redução parcial do fluxo sanguíneo, que pode fazer com que o 
 tecido se adapte a atrofie ou morra, enquanto isquemia, caracterizada pela dor e pela cianose, é 
 uma interrupção completa do fluxo sanguíneo), agentes físicos (traumas mecânicos, extremos de 
 temperaturas, radiação, choques elétricos, alterações da pressão atmosférica), agentes químicos 
 e drogas (venenos e substâncias tóxicas), agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e 
 parasitas), reações imunológicas (doenças auto-imunes), defeitos genéticos (deficiência de 
 proteínas funcionais ou acúmulo de DNA danificado e proteínas anormalmente dobradas) e 
 desequilíbrios nutricionais (carências e excessos). A partir da lesão, morte celular pode ocorrer 
 por necrose ou apoptose. 
 2.3) Necrose: Morfologicamente descrita como a desnaturação de proteínas intracelulares e da 
 digestão enzimática de células lesadas. Células necróticas são incapazes de manter sua 
 integridade e seus conteúdos sempre extravasam. Ocorre por meio de enzimas digestivas de 
 lissosmos da própria células que está morrendo ou de leucócitos que são recrutados para 
 eliminá-la. 
 2.3.1) Depleção de ATP: Redução dos suprimentos de oxigênio e nutrientes diminuem a síntese 
 de ATP, sendo esse necessário para todos os processos sintéticos e degradativos que acontecem 
 dentro da célula. Ausência de ATP leva à falência da bomba de sódio e potássio e da bomba de 
 cálcio, acarretando influxo de íons cálcio, íons sódio e água e efluxo de íons potássio (como 
 consequência disso, tem-se a tumefação das células em necrose, bolhas e perda de 
 microvilosidades). Ao mesmo tempo, inicia-se o processo de glicólise anaeróbia com o 
 propósito de manter a síntese de ATP (mesmo que de forma menos eficiente), formando ácido 
 lático; disso resulta em uma diminuição do pH intracelular, reduzindo a atividade de muitas 
 enzimas. Além disso, a depleção prolongada de ATP causa rompimento estrutural do aparelho 
 de síntese proteica, manifestado com o despreendimentos dos ribossomos do retículo 
 endoplasmático granular e consequente redução da síntese proteica. 
 2.3.2) Influxo de Cálcio: Maior influxo/entrada de cálcio na célula pode ocorrer por falha na 
 bomba de cálcio ou por um agente lesivo. Acúmulo de cálcio citosólico leva à abertura de poros 
 de transição de permeabilidade mitocondrial, que causa a perda de potencial de membrana da 
 mitocôndria; assim, tem-se uma falha na fosforilação oxidativa e consequente diminuição da 
 produção de ATP. Acúmulo de cálcio também ativa enzimas fosfolipases (causa danos à 
 membrana), proteases (clivam proteínas de membrana e do citoesqueleto), endonucleases 
 (fragmentam cromatina e DNA) e ATP-ase (acelerando a depleção de ATP). 
 2.4) Apoptose: Via de morte celular induzida por um programa de suicídio no qual as células 
 destinadas a morrer ativam enzimas proteolíticas denominadas caspases que degradam o próprio 
 DNA e proteínas nucleares e citoplasmática. Fisiologicamente, pode ser causada para matar 
 células que já tenham cumprido seu papel (linfócitos e neutrófilos, por exemplo, que morrem 
 por estarem privadas dos sinais de sobrevivência, como os fatores de crescimento), involução de 
 tecidos hormônio-dependentes após privação de hormônio, ou eliminação de linfócitos 
 autorreativos (potencialmente nocivos, podem atacar tecidos saudáveis da própria pessoa); 
 patologicamente, pode ser causa por lesão do DNA, acúmulo de proteínas anormalmente 
 dobradas (leva a estresse do retículo endoplasmático) ou infecções (induzidas pelo 
 microorganismo ou por linfócitos T, na tentativa de destruir o reservatório do microorganismo). 
 A apoptose pode ocorrer por uma via intrínseca/mitocondrial ou extrínseca. Na via 
 intrínseca/mitocondrial, lesão no irreparável no DNA ativa proteína p53 e, consequentemente 
 via secundária que envolve proteína p21 e proteínas pró-apoptóticas da família de proteínas 
 Bcl-2, liberando citocromo c das mitocôndrias; no citoplasma, citocromo c associa-se a proteína 
 Apaf-1, ativando a pró-caspase 9 e a caspase 9 e dando início à cascata de caspases. Na via 
 extrínseca, também chamada de via dos receptores de morte, é ativada por meio do receptor de 
 fator de necrose tumoral 1 (TNFR-1) e pelo receptor CD95 (um receptor de FAS); estimulação 
 do receptor ativa caspases 8 e 10, que ativam as proteínas da família Bcl-2. Ao final do 
 processo, célula é fragmentado em corpos apoptóticos envoltos por membrana que são, assim, 
 fagocitados e digerido por células adjacentes. 
 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 ------------------------------- 
 OBSERVAÇÃO: 
 * Quadro comparativo entre necrose e apoptose. 
 CARACTERÍSTICA NECROSE APOPTOSE 
 Tamanho da Célula Aumentado/Tumefação Reduzido/Retração 
 Membrana Plasmática Rompida Intacta 
 Conteúdos Celulares Digeridos Intactos 
 Inflamação Adjacente Frequente Nenhuma 
 Papel Fisiológico 
 ou Patológico 
 Patológico (finalização de 
 lesão celular irreversível) 
 Fisiológico (elimina células 
 indesejadas) e patológico 
 *Autofagia: Processo pelo qual a célula digere seu próprio conteúdo. É um mecanismo de 
 sobrevivência em períodos de privação de nutrientes quando a célula privada sobrevive 
 canibalizando a si mesma enquanto digere componentes celulares para renová-los 
 posteriormente. 
 * Lesões Hipóxica e Isquêmica: Hipóxia é a redução do oxigênio disponível (mais 
 frequentemente causada por obstrução mecânica do sistema arterial ou redução da drenagem 
 venosa), levando a produção de energia pela glicólise anaeróbia. A isquemia, por outro lado, é 
 uma redução total do suprimento de oxigênio e substratos ao tecido e, portanto, a glicólise 
 anaeróbia é sustentada até que as reservas glicolíticas do tecido tenham se exaurido ou quando a 
 glicólise é inibida pelo acúmulo de metabólitos que teriam sido facilmente eliminados pelo 
 fluxo sanguíneo. Por isso, a isquemia tende a causar lesão tecidual mais rápida e intensa que a 
 hipóxia. 
 PSICOLOGIA – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA & TEORIA PSICANALÍTICA DE 
 FREUD 
 1) Psicologia 
 1.1) Etiologia e Definição: Do grego, “psique” significa “alma”. Logo, a Psicologia é a ciência 
 encarregada do estudo do comportamento e dos sentimentos, bem como suas interferências na 
 vida humana. 
 1.2) História: Filósofos já se preocupavam com o estudo do homem em termos comportamentais 
 e sentimentais; esse estudo, contudo, foi barrado na Idade Média uma vez que, na época, a 
 alma/mente era domínio da Igreja Católica e, assim, a função dos cientistas era estudar as 
 constituições físicas e biológicas do homem. A psicologia separou-se da filosofia e tornou-se 
 uma ciência independente recentemente, há pouco mais de um século. 
 1.3) Objeto de Estudo: A psicologia estuda o comportamento, a vida psíquicae a consciência do 
 indivíduo. Para isso, atua em processo ontológico/metafísico (estuda a origem e a essência dos 
 fenômenos psíquicos) e processo experimental/empírico (analisa comportamento observável a 
 fim de testar teorias). 
 2) Teoria Psicanalítica de Sigmund Fred: Composta por duas tópicas que se complementam. 
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 OBSERVAÇÃO: Teoria é um modelo científico que deixou de ser uma simples hipótese após 
 ser comprovado; está, contudo, sujeito à alteração, substituição ou, até mesmo, anulação, caso 
 não seja mais eficiente para explicar determinado fenômeno. 
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 2.1) Teorias 
 2.1.1) Teoria Topográfica (Primeira Tópica): De acordo com o funcionamento mental, Freud 
 divide o aparelho psíquico em três sistemas/topus. 
 2.1.1.1) Inconsciente: Conteúdos fora da compreensão consciente, representa a parte mais 
 primitiva do aparelho psíquico, é a “representação sensorial das coisas” (fragmentos de antigas 
 percepções que funcionam como arquivo sensorial, ou seja, como conjunto de elementos 
 despido de palavras; nasce com as experiências e vivências emocionais). 
 2.1.1.2) Pré-Consciente: Pequeno arquivo próximo ao consciente cujos conteúdos podem ser 
 acessados por meio de atos voluntários, uma vez que são “representações de palavras”. 
 2.1.1.3) Consciente: Periferia do aparelho psíquico, abarca todos os fenômenos percebidos em 
 determinado momento da vida (recepciona experiência do exterior e interior), muitas vezes 
 através dos sentidos. 
 2.1.2) Teoria Estrutural (Segunda Tópica): Freud divide a personalidade humana em três 
 componentes. 
 2.1.2.1) Id: Pólo psicobiológico, representa pulsões que, em parte, são hereditárias e, em parte 
 são adquiridas. Impulsos que funcionam pelo princípio do prazer, (busca o prazer imediato e 
 evita a dor, não conhecendo a frustração). Desconhece o juízo, a lógica e a moral, sendo cego e 
 irracional; constitui a totalidade da personalidade humana ao nascer 
 2.1.2.2) Ego: Instância central da personalidade, desenvolve-se a partir do id quando criança 
 começa a, após entrar em contato com a realidade, introduzir a razão para que se possa retardar 
 o prazer até o momento em que a sua satisfação seja máxima e com o mínimo de experiência 
 negativas; ego busca, assim, harmonização entre os desejos do id e a realidade. Sua parte 
 consciente está relacionada à percepção, pensamentos, memórias, capacidade de síntese e 
 conhecimento; sua parte inconsciente está relacionada à angústia gerada pela não-satisfação 
 imediata dos desejos do id. Funciona através do princípio da realidade (tolera as frustrações e, 
 portanto, aceitar postegar a realização de desejos). 
 2.1.2.3) Superego: Pólo psicossocial, é herança sócio-cultural. Desenvolve-se a partir do ego, 
 forçando-o a se comportar de maneira moral, ou seja, respeitando os valores ditados pela 
 sociedade; é subdividido em ego ideal (o bem a ser procurado) e consciência (o mau a ser 
 evitado). 
 2.2) Mecanismos de Defesa do Ego: Na tentativa de aliviar as tensões/frustrações do ego ao não 
 satisfazer imediatamente os desejos do id, tem-se operações mentais para gerar alívio. 
 2.2.1) Compensação: Compensa deficiência real ou imaginária (como o caso de deficientes 
 físicos que se tornam gênios da ciência, por exemplo). 
 2.2.2) Deslocamento: Impulso/Sentimento é deslocado de um objeto original para um substituto, 
 como no caso de um dos pacientes de Freud que transferia o ódio do pai (de quem sofria 
 maus-tratos) para cavalos. 
 2.2.3) Fantasia: Idéias/Imagens mentais para resolver problemas intrapsíquicos, como alunos 
 que sofrem com estratégia de aula adotada por um professor e se imaginam na posição de 
 educadores, utilizando estratégias diferentes. 
 2.2.4) Formação Reativa: É a antítese do que realmente é almejado pelo impulso, é a hipocrisia 
 consciente enquanto o subconsciente sofre. É o caso de pessoas que dizem estar bem, quando 
 perguntadas, quando, na verdade, estão sofrendo. 
 2.2.5) Introjeção: Indivíduo busca se igualar a outro nas características de sua personalidade que 
 admira, como crianças que tentam copiar gestos e atitudes dos pais. 
 2.2.6) Negação: Bloqueio/Recusa de certas percepções intoleráveis para proteger-se do 
 sofrimento, como no caso de alcoólotras que não reconhecem sua condição. 
 2.2.7) Projeção: Atribuir sentimentos ou impulsos inaceitáveis para si mesmo a outra pessoa, 
 como em casos de pessoas que se apaixonam e dizem aos amigos que é a outra pessoa quem 
 está interessada. 
 2.2.8) Racionalização: Tentativa de explicar conscientemente impulsos que não são aceitos pelo 
 ego, como em casos de pessoas que se recusam a tomar vacinas e afirmam que isso é forma de 
 controle populacional do governo. 
 2.2.9) Repressão: Bloqueio involuntário de sentimentos e experiências desagradáveis, como 
 vítimas que não conseguem se lembrar do acidente. 
 2.2.10) Sublimação: Modificação do impulso para torná-lo aceitável às demandas do meio, 
 como pais que canalizam raiva após filho ser morto por motoristas bêbados e passam a atuar 
 como ativistas em programas de conscientização para que motoristas não bebam antes de dirigir. 
 2.2.11) Supressão: Bloqueio voluntário da própria consciência, identificável em pessoas que 
 dizem frases como “Não quero pensar nisso agora”. 
 2.2.12) Isolamento: Separar pensamento do sentimento ou evento relacionado a ele, como 
 mulheres que são estupradas e descrevem o crime de forma fria e sem emoção. 
 2.3) Desenvolvimento da Personalidade: Segundo Freud, a personalidade se desenvolve a partir 
 do libido, conceito biológico que faz referência à energia que está à disposição dos impulsos de 
 vida ou sexuais. Segundo Freud, a vida adulta é atingida em uma sucessão de fases que não é 
 linear, ou seja, apesar de haver um período de predomínio de cada uma delas, essas fases 
 interagem, sobrepõe-se e continuam, deixando uma impressão no psiquismo/inconsciente 
 chamada “ponto de fixação” (formado a partir da gratificações ou frustrações das zonas 
 erógenas). Na infância, tem-se as fases oral, anal, fálica e latente; essas são seguidas, 
 posteriormente, pela puberdade, adolescência, fase adulta e velhice. 
 2.3.1) Fase Oral (do nascimento ao final do primeiro ano de vida): Nessa fase, libido está 
 concentrado na parte posterior do trato digestório e, por isso, boca é a zona erógena principal, 
 estando ligada aos impulsos de auto-preservação (especialmente, a necessidade de alimentar-se). 
 Nesse sentido, a mãe é a fonte de satisfação da criança e é por meio dela que a criança começa a 
 conhecer o mundo, uma vez que ela não reconhece a diferença entre o “eu”e o “não-eu” (seio 
 materno representa o mundo e, portanto, se promover satisfação, introjetará na criança uma 
 imagem otimista e, se não promover satisfação, introjetará imagem negativa). Necessidade de 
 satisfação oral não está completamente depende da necessidade de alimentar-se, uma vez que, 
 mesmo sem fome, criança succionaa língua, dedos e outros objetos que consiga alcançar 
 (assim, percebe-se que crianças inquietas são tranquilizadas quando a chupeta lhes é oferecida, 
 aliviando as tensões do organismo que não podem ser satisfeitos com a simples ingestão de 
 alimentos). 
 2.3.2) Fase Anal (do primeiro ao terceiro ano de vida): Nessa fase, energia libidinosa está 
 concentrada na porção posterior do trato digestivo e satisfação anal, obtida pela estimulação da 
 mucosa retal e partes adjacentes, ganha destaque; soma-se a isso a atenção que os pais dão para 
 que a criança aprenda a controlar os esfíncteres. Inicialmente, criança sente prazer em esvaziar 
 bexiga e intestinos imediatamente mas, com as exigências do meio, aprende a ter prazer em 
 reter fezes e urina para eliminá-las posteriormente; assim, prazer deixa de estar localizado na 
 expulsão de excrementos e passa a estar localizado em sua retensão. Por outro lado, valorização 
 dos adultos pela evacuação pode fazer criança acreditar que produtos fecais são preciosos e, 
 assim, querer guardá-los para si, não evacuando (aspecto sádico da fase anal). 
 2.3.3) Fase Fálica: (do terceiro até o quinto ou sexto ano de vida): Aos três anos de idade, zona 
 oral já perdeu predominância como área de gratificação pessoal e criança já aprendeu a 
 controlar os esfíncteres, além de já perceber com mais clareza o mundo que a rodeia. Assim, 
 nessa fase, aumenta o interesse pelo próprio corpo, principalmente pelos genitais 
 (masturbação/reconhecimento genital, exibicionismo e tendências de maior contato físico com o 
 sexo oposto); ou seja, a libido concentra-se nos órgãos genitais. Nas meninas, esse processo é 
 menos evidente, mas há a percepção da abertura vaginal e conflito entre ter cavidade a ser 
 introduzida (tendência feminina) e introduzir (tendência masculina); nos meninos, sensações 
 genitais confundem-se com as as anais e, dessa forma (por também terem hormônios 
 femininos), surge tendência bissexual que persiste por toda a vida e pode se transformar em 
 homossexualismo caso elemento heterossexual seja suprimido (como ocorre, por exemplo, em 
 prisões, quartéis e colégios internos). Nessa fase, também, tem-se o surgimento de fantasias 
 incestuosas das crianças para com o progenitor do sexo oposto com concomitantes impulsos 
 homicidas pelo progenitor do mesmo sexo, o Complexo de Édipo; inicialmente, ao perceber a 
 relação do pai com a mãe, menino tenta se comportar como o pai para conquistá-la antes de 
 oferecer ajuda ao pai para realizar suas tarefas (tornam-se “aliados”) e, por fim, deixar o pai 
 para tentar fazer essas atividades sozinho; nas meninas, esse processo ocorre de forma diferente 
 uma vez que elas não se aliam a mãe, vendo-as como concorrentes durante todo o processo e 
 tentando conquistar o pai com características próprias (Síndrome de Elektra); uma vez que 
 criança percebe que não conquistará o progenitor do sexo oposto, uma vez que ele é mais 
 poderoso, inicia-se a fase latente. 
 2.3.4) Fase Latente (do quinto/sexto ao décimo/décimo primeiro ano de vida): Nessa fase, por 
 não terem conseguido conquistar a mãe com as características do pai, meninos começam a 
 conhecer a si próprio para obterem satisfação; meninas também o fazem. Nessa fase, contudo, 
 menino percebe que possui mais força que as meninas e, assim, suas redes sociais se separam 
 (meninos e meninas passam não mais a conviverem juntos), formando grupos apenas de 
 meninos e apenas de meninos (meninos reproduzem entre si as características que observaram 
 em seus pais e meninas reproduzem entre si as características que observaram em suas mães). 
 2.3.5) Puberdade (do décimo/décimo primeiro ao décimo terceiro ano de vida): Dentro da 
 análise de Freud, a puberdade não é uma fase do desenvolvimento da personalidade, mas um 
 momento de transição entre duas fases. Dentro do grupo formado na fase latente, meninos e 
 meninos percebem que suas características sexuais são parecidas com a de seus amigos; 
 meninos tem necessidade de saber que outros meninos também podem ter o mesmo prazer que 
 ele e precisa ver o órgão fálico dos amigos ou até precisam ser tocados por eles; meninas, além 
 de estarem passando por um rápido desenvolvimento intelectual (caso isso não ocorra, passam a 
 ser tratadas como meninos pelas amigas), descobrem que, mesmo não tento um pênis, também 
 podem sentir prazer sexual e passam a se interessar por meninos. Na menina, essa necessidade é 
 quebrada com a menstruação, que a faz perceber que precisa de outra pessoa para gerar uma 
 criança além de perceber que o prazer sexual é um estímulo bom, dando início à masturbação. 
 2.3.6) Adolescência (do décimo terceiro ao vigésimo ano de vida; em alguns casos, até o 
 trigésimo): Com a expansão da rede social, indivíduo recebe novas influências e, assim, seus 
 pais deixam de seu a fonte principal do saber, tornando-se uma fonte secundária consultada 
 apenas em momentos de extrema necessidade. A adolescência é marcada pelos 
 desenvolvimentos físico, emocional, intelectual, sexual e vocacional. Essa expansão da rede 
 social também é responsável por uma depressão causada pelo fato de o adolescente comparar 
 seus desenvolvimento físico e intelectual com o de outros adolescentes. Além disso, tem-se o 
 planejamento do futuro com sonhos irreais. Essa fase só chega ao fim quando indivíduo sai da 
 casa dos pais e se torna independente em relação a eles. 
 2.3.7) Fase Adulta (do vigésimo ao Sexagésimo ano de vida): Nessa fase, indivíduo adquire 
 maturidade intelectual muito forte Além disso, tem-se o amadurecimento intelectual (indivíduo 
 compreende que é único, que suas ações determinam seu futuro e trazem independência, além 
 de fazer sonhos realistas para o futuro), emocional (aprende que emoções podem ser 
 controladas; redes sociais antigas já não trazem mais contentamento de antes, de forma que 
 precisa construir novas com mais intimidade e convivência; reconhece suas responsabilidades e 
 compreenda a reciprocidade do respeito na formação de vínculos) e sexual (percebe que 
 contatos táctil e visual constroem vínculos, compreende-se como ser reprodutor, compreende 
 intensidade do prazer sexual e a capacidade de ele proporcionar os vínculos de matrimônio, 
 além de buscar novas formas de prazer com a realização de fantasias eróticas para manter 
 vínculo). 
 2.3.8) Velhice (inicia-se no sexagésimo ano de vida): Em um primeiro momento, chamado de 
 velhice juvenil, idoso não reconhece que é dependente de outras pessoas para realizar tarefas 
 que antes fazia; em um segundo momento, chamado de velhice anciã, idoso aceita esse fato e 
 passa a aceitar ajuda para a realização dessas tarefas (nesse ponto reside a importância da 
 família). Assim, surge um sentimento de angústia/depressão que é seguido por um sentimento 
 de aceitação (idoso compreende que vai morrer e começa a fazer as atividades que ainda 
 consegue). Velhice é dividida em primária (nessa fase, tem-se a mudança do sentimento de 
 angústia para a aceitação e a consequente preparação paraa morte, na qual o idoso escolhe 
 roupas e caixão para ser enterrado), secundária (doenças típicas da velhice e consequentes dor e 
 sofrimento) e morte (pode ocorrer por se entregar após se despedir de familiares e amigos ou 
 por agravamentos de doenças). 
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 OBSERVAÇÃO: Fases do desenvolvimento da personalidade e seus respectivos objetos 
 sexuais. 
 FASE PERÍODO OBJETO SEXUAL 
 Oral 0 até 1 ano Boca 
 Anal 1 até 3 anos Ânus 
 Fálica 3 até 5/6 anos Órgão genital 
 Latente 5/6 até 10/11 anos Realização própria 
 Puberdade 10/11 até 13 anos Órgão genital e corpo 
 Adolescência 13 até 20/30 anos Órgão genital 
 Adulta 20/30 anos – 60 anos Órgão genital 
 Velhice 60 anos em diante – 
 BIOÉTICA – INTRODUÇÃO & AUTONOMIA 
 1) Ética 
 1.1) Etiologia e Definição: Em grego, “ethos” significa “caráter”, “comportamento”. Sendo 
 assim, ética é a ciência da conduta humana e educação da vontade (a escolha dos meios 
 adequados para se chegar a um fim) e é fruto da sabedoria e da prudência. Segundo Leonardo 
 Boff, “ético significa tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma 
 moradia materialmente saldável, psicologicamenta integrada e espiritualmente fecunda”. Nesse 
 sentido, enquanto a moral é a ação dos homens, a ética é a reflexão sobre essa moral. 
 1.2) Modelos Éticos: Uma vez que o bom é o objeto de estudo da ética, tem-se alguns modelos 
 para esse estudo, como o subjetivismo (bom é o que se aprova e mal é o que se desaprova), 
 relativismo (não há verdades), hedonismo (busca pelo prazer), pragmatismo/utilitarismo (bom é 
 o que é útil), personalismo (ser humano é o fim, não o meio, e por isso deve ter a sua dignidade 
 reconhecida, uma vez que ela é inata a ele, não atribuída). 
 1.3) Escolhas Éticas: Com o ideal/bom como referência, deve-se buscar o maior bem possível 
 na situação; deve-se considerar a realidade como plural e complexa e manter seus princípios. 
 2) Bioética: Objetiva distinguir o lícito e o ilícito no âmbito do tecnologicamente admissível, 
 identificando limites e finalidades das intervenções do homem sobre a vida, indicando valores 
 de referência racionalmente fundamentados e denunciando riscos das possíveis aplicações. É a 
 parte da moral que estuda critérios éticos para o julgamento do bem e do mal das ações sobre a 
 vida humana e todas as outras formas de vida em sinergia biofílica (promove e tutela a vida com 
 qualidade e dignidade). Termo foi criado pelo bioquímico americano Van Potter, deveria servir 
 como ponte entre os saberes científicos e humanistas para evitar desastre ambiental; termo 
 surgiu da ambivalência do progresso biomédico, direitos humanos e crise do mito da 
 neutralidade da ética na ciência na segunda metade do século XXI. É carcaterizada por ser uma 
 ciência interdisciplinar. 
 2.1) Níveis de Reflexão da Bioética 
 2.1.1) Geral/Fundamental: Questões preliminares básicas (modelos antropológicos, teorias 
 éticas, princípios e produção de normas). 
 2.1.2) Especial: Grandes problemas (resolvidos à luz dos modelos e fundamentos). 
 2.1.3) Clínica de Decisão/Resolução/Deliberação: Examina valores em jogo e por quais 
 caminhos encontrar uma linha de conduta sem modificar esses valores. Processo inclui um 
 momento empírico (caso em si e aspectos científicos relacionados), momento hermenêutico 
 (mediação interpretativa a partir de princípios, modelos e fundamentos) e momento 
 nromativo/ético (decisão/deliberação). 
 2.2) Princípios 
 2.2.1) Princípio do Duplo Efeito: Quando ação possui efeito bom e desejável e efeito danoso e 
 indesejável de forma indissociável, o efeito bom deve ser desejado e o efeito danoso deve ser 
 apenas tolerado. 
 2.2.2) Princípio da Totalidade/Terapêutica: Superação do princípio do duplo efeito, afirma que 
 parte pode ser sacrificada em nome do todo. 
 2.2.3) Princípio da Solidariedade/Caridade: Sacrifício de parte para salvar o todo (como as 
 doações de órgãos) deve ser ato voluntário. 
 2.2.4) Princípios Prima Facie: São imediatos, como os princípios da beneficência (fazer o bem), 
 autonomia (consentimento informado), justiça (obrigação da igualdade de tratamento e justa 
 distribuição de verbas para a saúde) e não-maleficência (não causar dano/mal ao paciente). 
 2.2.5) Princípio de Defesa da Vida (anterior ao princípio da liberdade e responsabilidade). 
 2.2.6) Princípio da Liberdade e Responsabilidade. 
 2.2.7) Princípio da Sociabilidade e Subsidiariedade: Garantir tratamento sem exageros ou 
 abandono (equidade). 
 2.2.8) Princípio da Beneficência e da Não-Maleficência: Fazer o bem ao paciente e não fazer o 
 mal. 
 2.2.9) Princípio da Justiça: Com caráter social, é a distribuição igual, equitativa e apropriada do 
 acesso à saúde de acordo com as necessidades. 
 2.2.10) Princípio do Respeito à Austeridade: Profissional deve respeitar a diversidade cultural e 
 social do paciente. 
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 OBSERVAÇÕES: 
 *Em um tratamento para manter um paciente, podem ser usados meios proporcionais/ordinários 
 (meios simples), desproporcionais/extraordinários (meios complexos, como a internação) e a 
 obstinação terapêutica. Enquanto os dois primeiros visamà cura, o último se constitui nos 
 excessos para a manutenção das funções vitais. 
 *Em biótica, define-se o testamento biológico, ou seja, a antecipação da vontade. Nesse sentido, 
 tem-se a eutanásia (alguém decide pela morte do paciente), o suicídio assistido (o paciente 
 decide pela própria morte), s distanásia (prolongamento obstinado da vida) mistanásia (morte 
 precoce e evitável) e ortotanásia (morte digna). 
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 3) Autonomia 
 3.1) Definição: Conceito que considera a liberdade e a qualidade do agente (capacidade de agir 
 perante a lei), é, em bioética, a capacidade de o paciente pensar/decidir/agir de forma livre e 
 independente em relação ao tratamento pela qual passará. Decisão deve ser tomada após o 
 profissional de saúde esclarecer ao paciente o seu real quadro de saúde. Esse conceito rompe 
 com a idéia de uma Medicina paternalista, na qual o médico era o único responsável pela 
 organização do tratamento. 
 3.2) Autonomia Reduzida: Em alguns casos, a autonomia pode ser retirada do paciente e 
 transferida à família ou, em casos de urgência, ao profissional de saúde responsável. Isso pode 
 acontecer de forma temporária, no caso de crianças (menores de idades estão sujeitos às 
 determinações de seus pais responsáveis legais) ou presidiários (a manutenção de sua vida e 
 saúde é responsabilidade do Estado), ou de forma permanente, no caso de pessoas com 
 enfermidades que comprometam a sua racionalidade. 
 3.3) Polêmica: Em alguns casos em que o paciente não esteja com sua racionalidade 
 comprometida mas opte por um tratamento que ofereça riscos à sua vida, profissional de saúde 
 pode recorrer à justiça para agir de forma a romper a autonomia do pacientee salvar sua vida. 
 ATENDIMENTO A ACIDENTADOS 
 1) Avaliação de Segurança: Avaliação feita pelo profissional mais graduado da equipe de resgate 
 para definir se a equipe pode adentrar a área do acidente. Para isso, deve-se avaliar o local de 
 forma a identificar a causa do acidente e assim, “prever” os possíveis traumas dos acidentados e 
 possíveis alterações nas cenas (explosões, desmoronamentos, quedas de ávores, entre outros). 
 2) Avaliação do Acidentado 
 2.1) Avaliação Primária: No local, avalia-se a responsividade/consciência do paciente, bem 
 como as suas vias aéreas, seu pulso e a presença de possíveis hemorragias. Para isso, segue-se o 
 protocolo internacional ABCDE. Após ser feita pela primeira vez, deve ser repetida antes de se 
 passar para a avaliação secundária. 
 2.1.1) A ( Airway ): Após a imobilização manual da coluna cervical, seguida pela imobilização 
 com o uso do colar cervical (após a colocação, deve-se soltar a cabeça do paciente), o socorrista 
 deve conferir e garantir a permeabilidade das vias aéreas, desobstruindo-as, realizando 
 procedimetnos cirúrgicos (intubações endotraqueais orais/nasais) ou fazendo uso de 
 oxigenoterapia (com centração próxima de 100%, deve-se tomar cuidado com chamas no 
 ambiente pois é um comburente). 
 2.1.2) B ( Breathing ): Avalia-se a ventilação do paciente ao ver e ouvir a sua respiração, 
 analisando a frequência, amplitude e simetria por meio de palpação do tórax e ausculta. 
 Alterações mais frequentes encontradas incluem dor, fratura de costelas, deminuição da 
 consciência, pneumotóraz e hemotórax. 
 2.1.3) C (C irculation ): Avalia-se a circulação do paciente e controlam-se grandes hemorragias 
 (sangramentos arterias e venosos s”ao, geral e respectivamente, em jatos e contínuos). Deve-se 
 comprimir o ponto de sangramento e, caso não haja controle, comprimir ponto arterial prévio 
 após levantar o membro acometido. Avalia-se o pulso radial bilateral quanto à frequência, ritmo 
 e amplitude. 
 2.1.4) D ( Disability ): Avaliação neurológica (estado de consciência, diâmetro e reatividade das 
 pupilas e escala de coma de Galasgow). 
 2.1.5) E ( Exposure & Environment ): Retira-se as roupas do paciente se expô-lo excessivamente 
 ao público (não retirar roupas aderidas à pele queimada). Deve-se estar atentto à perda de calor 
 para o ambiente. 
 2.2) Avaliação Secundária: Na ambulância, faz-se uma inspeção da cabeça aos pés em busca 
 mais minuciosa de lesões superficiais, graves ou que possam significar risco de morte. 
 3) Escala de Coma de Glasgow: Utilizada para avaliações e comparações reptidas do nível de 
 consciência. São atribuídas pontuações numéricas para as atividades responsivas do paciente 
 que, ao final, serão somadas e resultando em um valor que pode variar de 3 a 15 pontos 
 (pontuações abaixo de 8 sugerem estado de coma). 
 ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
 PARÂMETROS PONTUAÇÃO 
 Abertura Ocular 
 Não 1 
 À dor 2 
 Aos estímulos verbais 3 
 Espontâneo 4 
 Melhor Resposta 
 Motora 
 Sem resposta 1 
 Extensão 2 
 Flexão anormal 3 
 Retirada em flexão 4 
 Localiza a dor 5 
 Obedece 6 
 Sem resposta 1 
 Sons incompreensíveis 2 
 Melhor Resposta 
 Verbal 
 Palavras desconexas 3 
 Desrientado 4 
 Conversa com orientação 5 
 4) Serviços de Resgate no Brasil 
 4.1) Particulares: Podem ser de empresa privada ou própria do hospital. Alguns hospitais 
 terceirizam suas frotas de ambulância. Médicos reguladores (os que orientam diretrizeas a serem 
 tomadas pela equipe de atendimento) devem obedecer grade de referência da Secretaria da 
 Saúde. 
 4.2) Públicos: Surgiram à partir de Projeto Piloto em 1986. 
 4.2.1) SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência): Serviço de remoção de pacientes, 
 atende casos como dores no peito; intoxicações por envenenamento; queimaduras; trabalho de 
 parto com risco de morte para a mãe e para o feto; queda acidental; crises convulsivas; acidentes 
 de trânsito com atropelamento; trauma no tórax, abdômem ou crânio; fraturas, desmaios e 
 sangramentos/hemorragias. Possui suporte básico (com equipamentos para intubação, 
 desfibrilador, medicamentos, soro...) e avançado (além dos equipamentos para suporte básico, 
 possui respiradores e monitores cardíacos avançados), levando os pacientes para hospitais ou 
 unidades de pronto atendimento, de acordo com a gravidade de cada caso. Ao ser acionado, os 
 médicos reguladores podem, por telefone, isntruir o paciente ou seu acompanhante sobre o que 
 deve ser feito em cada caso até a chegada do resgate ou para onde se direcionar. 
 4.2.2) Bombeiros: Não é serviço de remoção de pacientes, dedicando-se ao atendimento local. É 
 acionado em casos de acidentes de trânsito com vítimas presas em ferragens, acidentes 
 domésticos, acidentes com substâncias inflamáveis ou tóxicas, acidentes traumáticos pessoais 
 ou de trabalho, emergência em via pública e atende ocorrências relacionadas à presença de 
 animais que ofereçam risco à população. Não atende partos de emergência, intoxicações, casos 
 clínicos em geral e casos psiquiátricos (o que é função do SAMU). 
 NECESSIDADES DE SAÚDE (LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CECILIO) 
 1) Definição: Conjunto de ações necessárias à assistência integral à saúde do paciente. 
 2) Pilares 
 2.1) Autonomia: No que diz respeito ao modo de conduzir a própria vida. 
 2.2) Vínculo: Relacionamento do paciente com a equipe da unidade de saúde a qual pertence é a 
 porta de entrada do paciente para o sistema de saúde como um todo. 
 2.3) Condições de Vida: No que tange ao ambiente em que vive e sua relação com o processo 
 saúde-doença (sentido funcionalista) e o lugar que o paciente ocupa no processo produtivo da 
 sociedade (sentido marxista). 
 2.4) Acesso a Tecnologias: Paciente pode ter acesso a tecnologias leves (de baixa complexidade, 
 como medicamentos e procedimentos), leve-duras (de média complexidade, como alguns 
 procedimentos e exames, como os de raio-X) e dura (de alta complexidade, como cirurgias e 
 exames mais complexos, como tomografias). 
 BIOQUÍMICA – METABOLISMO ENERGÉTICO 
 1) Introdução 
 1.1) Metabolismo: Conjunto de todas as reações químicas que acintecem no organismo. Pode 
 ser dividido em catabolismo (a decomposição de noléculas orgânicas grandes e/ou complexas 
 em moléculas mais simples) e anabolismo (combinação de moléculas orgânicas simples e 
 monoméricas para formar moléculas maiores; favorecido em situações pós-prandiais). 
 1.2) Transferência de Energia 
 1.2.1) Reação de Oxidação e Redução: As reações de oxidação são aquelas em que ocorre a 
 remoção de elétrons de átomos ou moléculas, tendo como consequência a diminuição da energia 
 potencial desses átomos ou moléculas (como a maioria das reações de oxidação biológicas 
 compreende a perda de átomo de hidrogênio, também são chamadas de reações de 
 desidrogenação). Já as reações de redução, por outro lado, compreendem a adição de elétrons ao 
 átomo ou molécula, aumentando sua energia potencial. Reações de oxidação e redução são 
 simultâneas/acopladas e, portando, quando uma substância é oxidada, átomos de hidrogênio não 
 ficam livres, sendo transferidos para a redução das coenzimas dinucleotídeo de nicotinamida 
 (NAD) ou dinucleotídeo de flavina adenina (FAD).𝑁𝐴𝐷 + + 𝐻 + + 𝐻 − → 𝑁𝐴𝐷𝐻 + 𝐻 + 𝐹𝐴𝐷 + 𝐻 + + 𝐻 − → 𝐹𝐴𝐷𝐻 
 2 
 1.2.2) Geração de ATP: A adenosina trifosfato (ATP) é a molécula que mais participa da 
 trasnferência de energia e do equilíbrio entre as reações anabólicas e catabólicas. O ATP é 
 formado a partir do influxo de energia (E) liberado na oxidação da adenosina difosfato (ADP) 
 em uma reação chamada fosforilação, na qual é adicionado uma partícula de fosfato inorgânico 
 (Pi) ao ADP. 
 𝐴𝐷𝑃 + 𝑃𝑖 + 𝐸 → 𝐴𝑇𝑃 
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 OBSERVAÇÃO: Fontes primária, secundária, terciária e quaternária de energia para o ser 
 humano são, respectivamente, a glicose, o glicogênio, os triglicerídeos/triacilgliceróis (TAG; 
 gordura) e as proteínas. As vias de metabolização dessas substâncias são hierarquizadas de 
 acordo com os subprodutos gerados e seus consequentes efeitos colaterais. A metabolização de 
 proteínas, por exemplo, produz amônia, um composto tóxico; a metabolização de gorduras 
 produz corpos cetônicos, responsáveis pela cetoacidose; a metabolização de glicose, no ciclo de 
 Krebs, forma o radical livre hidroxila, que é muito reativo e provoca lesões tissulares (radical 
 hidroxila é bloqueado por vitaminas). 
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 2) Carboidratos: Também chamados de glicídios ou hidratos de carbono, são compostos de 
 função mista poliálcool-cetona ou poliálcool aldeído. No processo de digestão, polissacarídeos 
 são hidrolisados em monossacarído glicose (80%) enquanto os outros 20% são hidrolisados em 
 monossacarídeo frutose (parte é convertid em glicose enquanto é absorvida pelas células do 
 epitélio intestinal ou é convertida em glicose pelos hepatócitos) e monossacarídeo galactose 
 (convertido em glicose pelos hepatócitos); portanto, falar de metabolismo de carboidratos é o 
 mesmo que falar do metabolismo da glicose. Processo de feedback negativo mantém a glicemia 
 (nível de glicose no sangue) a 90 mg/100ml de sangue (ou seja, aproximadamente 2 ou 3 
 gramas circulantes no corpo). No organismo, glicose é utilizada para sintentizar ATP, 
 aminoácidos, glicogênio e triglicerídios. Glicose é absorvida por transporte ativo no trato 
 gastrointestinal e nos túbulos renais e entra no citoplasma atravessandi a membrana plasmática 
 por difusão facilitada pela feita GluT, uma classe de proteínas transportadoras (insulina aumenta 
 a inserção do tipo GluT4 na membrana); ao entrar na célula, glicose é fosforilada (como GluT 
 não transporta glicose fosforilada, essa reação “aprisona” a glicose na célula). 
 2.1) Catabolismo: Respiração celular. 
 2.2) Anabolismo 
 2.2.1) Glicogênese: Processo que ocorre nos hepatócitos quando a glicose não é necessária à 
 imediata formação de ATP. Nesse caso, ocorre a polimerização da glicose, formando glicogênio, 
 um polissacarídeo que é formado no interior das céulas (corpo consegue armazer, em média, 
 500 gramas de glicogênio, sendo 75% nas fibras musculares e 25% nos hepatócitos). Esse 
 processo é estimulado pela insulina e mediado pela enzima glicogênio sintetase. Esse processe 
 ocorre em situação pós-prandial (após a alimentação) e em repouso. 
 2.2.2) Glicogenólise: Quando há falta de glicose no sangue e ela é necessária para que 
 organismo possa desempenhar suas atividades, hormônio glucagon estimula a quebra do 
 glicogênio ao ativar a enzima glicogênio fosforilase e estimula a liberação da glicose no sangue 
 por meio da GluT (glicose é re-formada a partir da enzima fosfatase; como os hepatócitos são as 
 únicas células que possuem fosfatase, a glicose liberada a partir do glicogênio do fígado pode 
 ter atuação sistêmica enquanto a glicose liberada a partir do glicogênio da fibras musculares 
 possuirá atuação local). Esse processo ocorre em situações de jejum. 
 2.2.3) Gliconeogênese/Neoglicogênese: Quando os suprimentos de glicogênio hepático é 
 escasso, devemos nos alimentar; caso isso não ocorra, corpo começa a catabolizar triglicerídios 
 (gorduras) e proteínas para formar glicose (isso ocorre naturalmente no corpo, mas em menor 
 escala). Esse processo é estimulado pelo cortisol (principal hormônio glicocorticóide da 
 glândula suprarrenal) e pelo glucagon (pâncreas). Nessa situação, ácido lático e alguns 
 aminoácidos são convertidos em ácido pirúvico, alguns aminoácidos são convertidos em ácido 
 oxalacético e o glicerol proveniente dos triglicerídios é convertido em gliceraldeído 3-fosfato. 
 Esse processo ocorre em situações de jejum. Mesmo que, por vezes, esse processo consuma 
 ATP, o consumo será reposto pelo ATP gerado na oxidação da glicose formada; em outros casos, 
 processo é feito para tornar glicose livre/disponível para órgãos que dela precisem. 
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 OBSERVAÇÕES 
 *Fome: Estimulada pelos núcleos laterais do hipotálamo (“centro da fome”), que recebe sinais 
 referentes ao enchimento/esvaziamento do trato gastrointestinal e da quantidade de nutrientes 
 (glicose, aminoácidos, ácidos graxos) no sangue. 
 *Cortisol converte proteínas em aminoácidos, disponibilizando-os para a gliconeogênese. 
 *Hormônios tireoidianos (tiroxina e tri-iodotironina) também mobilizam proteínas e 
 triglicerídios do tecido adiposo, disponibilizando-os para a gliconeogênese). 
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 3) Lipídios: São compostos formados pela associação de um ácido graxo e um álcool. Possuem 
 uma composição molecular de caráter apolar/hidrofóbico e combinam-se com proteínas do 
 fígado e do intestino para se tornarem solúveis, na forma de lipoproteínas, e poderem ser 
 transportados pelo sangue. As principais lipoproteínas são os quilmicrons (formadas nas células 
 epiteliais da mucosa do intestino delgado, levam lipídios não digeridos da dieta para serem 
 armazenados no tecido adiposo), lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL; formada nos 
 hepatócitos, transporta glicerídio sintetizado para adipócito e, é, assim, convertido em LDL; sua 
 produção é aumentada após a ingestão de alimentos muito gordurosos), lipoproteína de baixa 
 densidade (LDL; transporta lipídios para reparo de membranas e para síntese de hormônios 
 esteroidais e sais biliares; em excesso, deposita colesterol nas fibras musculares e nas artérias 
 sendo, por isso, chamado popularmente de “colesterol ruim”) e lipoproteína de alta densidade 
 (HDL; remove excesso de colesterol das células do corpo, transportando-o para o fígado para 
 ser eliminado). Lipídios podem ser oxidados para a produção de ATP; caso não haja necessidade 
 imediata, são armazenados (50% na tela subcutânea e os outros 50% se dividem entre as áreas 
 genitais, músculos, atrás dos olhos, rins,sulcos do coração e área externa do intestino grosso). 
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 OBSERVAÇÃO: 
 * Colesterol: Obtido em alimentos de origem animal (carne e ovos) ou sintetizado nos 
 hepatócitos, desempenha algumas funções essenciais no organismo, como sintetizar hormônios 
 e vitamina D e conferir estabilidade para a membrana plasmática. Alimentos gordurosos isentos 
 de colesterol podem aumentar a quantidade de colesterol no sangue por causar uma maior 
 reabsorção de colesterol da bile (menos colesterol é eliminado nas fezes) ou porque parte dos 
 produtos da decomposição de gorduras saturadas são convertidos em colesterol nos hepatócitos. 
 *Níveis normais de LDL e HDL são, respectivamente, inferior a 200 mg/dL de sangue e inferior 
 a 130 mg/dL de sangue. 
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 3.1) Catabolismo (Lipólise): É a hidrólise de triglicerídeos/triacilgliceróis em glicerol e ácidos 
 graxos por meio de reações catalisadas por enzimas chamadas lipases e intensificadas pela ação 
 da epinefrina e da norepinefrina (é inibido pela insulina). Processo ocorre de forma mais intensa 
 em situação de jejum logo após o esgotamento dos estoques de glicogênio. Ácidos graxos 
 liberados a partir da lipólise passam pelo processo de betaoxidação, formando acil-CoA; essa 
 passa para o interior da mitocôndria com auxílio da carnitina acil-transferase e se converte em 
 acetil-CoA, que participará do ciclo de Krebs para a geração de ATP (condensação de duas 
 acetil-CoA nos hepatócitos forma o ácido acetoacético que, através de um processo chamado 
 cetogênese, é convertido em compostos chamados corpos cetônicos, como o ácido 
 beta-hidroxibutírico e a acetona, que se difundem livremente pela membrana plasmática e caem 
 na corrente sanguínea, chegando até as células do músculo cardíaco e do córtex renal, que os 
 utilizam para produzir ATP). Processo ocorre em situação de jejum. 
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 OBSERVAÇÃO: Excesso de corpos cetônicos abaixa o pH do sangue, mudando o padrão 
 respiratório do indivíduo; essa situação é muito comum em diabéticos, sendo conhecida como 
 cetoacidose diabética. 
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 3.2) Anabolismo (Lipogênese): Síntese de triacilgliceróis/lipídios a partir de glicose e 
 aminoácidos nos hepatócitos e nos adipócitos, é processo estimulado pela insulina. Ocorre 
 quando pessoa consome mais calorias do que as necessárias para satisfazer suas necessidades de 
 ATP. 
 4) Proteínas: São macromoléculas constituídas pela polimerização de alfa-aminoácidos. 
 Proteínas não armazenadas para uso posterior e seu excesso é convertido em glicose 
 (gliconeogênese) ou triglicerídeos (lipogênese), mas jamais eliminado na urina ou nas fezes. 
 Aminoácidos podem ser essenciais (obtidos na dieta) ou não-essenciais (corpo consegue 
 sintetizar por meio de processo chamado transaminação, no qual um grupo amino é transferido 
 ao ácido pirúvico); aminoácidos também podem ser classificados como cetogênicos (formam 
 acetil-CoA) e glicogênicos (produzem oxalacetato, um dos percursores da gliconeogênese). 
 4.1) Catabolismo: Estimulado pelo cortisol (produzido no córtex da glândula suprarrenal). 
 Proteínas são decompostas em aminoácidos (convertidos em ácidos graxos, glicose ou corpos 
 cetônicos pelos hepatócitos) ou oxidadas no corpo todo para a produção de acetil-CoA que será 
 utilizada no ciclo de Krebs ou na síntese de triacilgliceróis (lipogênese). Antes de serem 
 utilizados pelo organismo, aminoácidos passam pelo processo de desaminação, no qual perdem 
 o grupo amino e, consequentemente, dão origem à amônia (processo estimulado por 
 aminotransferases). 
 4.2) Anabolismo: Realizado nos ribossomos em quase todas as células em processo dirigido por 
 DNA e RNA e influenciado pelos hormônios T3 e T4. 
 5) Respiração Celular 
 5.1) Fases 
 5.1.1) Glicólise: Única fase que ocorre no citoplasma da célula, independe da presença de 
 oxigênio para acontecer. Nesse momento, ocorre a clivagem da molécula de glicose (C 6 H 12 O 6 ) 
 em duas moléculas de ácido pirúvico, cada uma com três carbonos. Inicialmente, a glicose é 
 fosforilada pela enzima hexoquinase em um processo que consome ATP, formando a glicose 
 6-fosfato que, sobre a ação do hormônio T4, dá origem à frutose 6-fosfato. Essa, sobre a ação da 
 enzima PFK/fosofofrutoquinase, em um processo que consome ATP e é estimulado pela 
 insulina, dá origem à frutose 1,6-disfosfato; essa, por sua vez, origina o equilíbrio químico entre 
 o gliceraldeído 3 fosfato e a di-hidroxiacetona. Em seguida, o gliceraldeído 3-fosfato é oxidado 
 a 1,3-bifosfoglicerato, 3-fosfoglicerato, 2-fosfoglicerato e fosfoenolpiruvato. O 
 fosfoenolpiruvato, então, devido à atuação da enzima piruvatoquinase, é convertido em piruvato 
 em um processo estimulado pela insulina. 
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 OBSERVAÇÃO: Todos os NADH ou FADH 2 produzidos durante a glicólise e o ciclo de Krebs 
 serão usados na cadeia transportadora de elétrons para a geração de energia. No entanto, em 
 condições anaeróbias, o NADH formado na conversão do gliceraldeído 3-fosfato pode ser 
 utilizado para um processo de respiração anaeróbia; nesse processo, o ácido pirúvico/piruvato 
 formado ao final da glicólise é convertido em ácido lático/lactato (processo oposto pode ocorrer 
 na gliconeogênese por meio da enzima lactato desidrogenase). 
 𝑃𝐼𝑅𝑈𝑉𝐴𝑇𝑂 + 𝑁𝐴𝐷𝐻 → 𝐿𝐴𝐶𝑇𝐴𝑇𝑂 
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 5.1.2) Ciclo de Krebs/ Ciclo de Ácido Cítrico: Inicialmente, o piruvato formado ao final da 
 glicólise entra na mitocôndria e, em sua matriz, será convertido em acetil-coenzima A 
 (acetil-CoA) por processo estimulado pela insulina; nesse processo, cuja primeira etapa é 
 estimulada pela enzima piruvato desidrogenase, piruvato será descabroxilado (perde uma 
 molécula de gás carbônico) e ocorre a formação de NADH (acetil-CoA também pode ser 
 formada a partir de aminoácidos). 
 𝑃𝐼𝑅𝑈𝑉𝐴𝑇𝑂 + 𝑁𝐴𝐷 + + 𝑃𝐼𝑅𝑈𝑉𝐴𝑇𝑂 𝐷𝐸𝑆𝐼𝐷𝑅𝑂𝐺𝐸𝑁𝐴𝑆𝐸 → 𝐴𝐶𝐸𝑇𝐼𝐿 + 𝑁𝐴𝐷𝐻 + 𝐻 + + 𝐶𝑂 
 2 
 𝐴𝐶𝐸𝑇𝐼𝐿 + 𝐶𝑂𝐸𝑁𝑍𝐼𝑀𝐴 𝐴 → 𝐴𝐶𝐸𝑇𝐼𝐿 − 𝐶𝑂𝐸𝑁𝑍𝐼𝑀𝐴 𝐴 
 Ao mesmo tempo, o ácido oxalacético/oxalacetato pode ser formado a partir de aminoácidos ou 
 a partir do piruvato que sofrerá a influência da enzima piruvato carboxilase e dos hormônios 
 cortisol e T4. O ciclo de Krebs inicia-se formalmente quando o oxalacetato e a acetil-CoA 
 reagem, formando o ácido cítrico/citrato. Em seguida, é formado um isômero dessa última 
 substância, o ácido

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