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Rotinas de Líquidos
ROTINA DE LÍQUIDO PERITONIAL, ASCÍTICO, PLEURAL E PERICÁRDICO
	Estes líquidos estão nas cavidades pulmonares, órgãos da cavidade abdominal e coração. A função deste, é evitar o atrito entre as membranas dos órgãos tóraco lombares, sendo que qualquer alteração de acúmulo de líquido é anormal.
	Avaliação: Deve-se avaliar a composição celular (análise citológica, em que se conta hemácias e leucócitos em Câmara de Fuchs Rosenthal e lâmina), análise bioquímica (determinação quali e quantitativa de analitos), e aspectos macroscópicos (caracterização física – cor, volume, turbidez, pH, densidade), além da investigação microbiológica quando for necessário.
	Ressalta-se que não há VR para o exame, pois qualquer derrame nas cavidades serosas é anormal e patológico, devendo ser comparado ao quadro clínico do paciente para estabelecer a gravidade.
	Objetivo do exame: estabelecer se o líquido é um transudato ou exsudato, que fará diferença no tratamento e conduta do paciente, pois apenas o segundo normalmente depende de exames e testes adicionais para diagnóstico.
Transudatos: acúmulo de líquido de origem não inflamatória, mas ocasionado por doenças sistêmicas, como, por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva-ICC, e cirrose hepática. Esse processo ocorre devido ao aumento de pressão hidrostática na microcirculação, diminuição de pressão oncótica, aumento de permeabilidade e diminuição ou bloqueio da drenagem linfática.
Exsudatos: acúmulo de líquido de origem inflamatória ou neoplásica, advinda direto do mesotélio.
Aparência/ aspecto: Límpido; Possíveis alterações: acúmulo de leucócitos, células neoplásicas ou protéicas;
Cor: Amarelo pálida. Coloração verde: pode indicar pancreatite, colecistite, ou até mesmo perfuração do trato gastro intestinal ou biliar, só que nestes casos, normalmente há ainda possível presença de corpos estranhos ou fragmentos alimentares. Coloração leitosa: sugere efusão quilosa, e não se torna límpido mesmo após centrifugação.
pH: pleural 7,5 a 7,45 e peritonial 7,35 a 7,45;
Densidade: pleural 1,015 e peritonial 1,016;
	O exame de líquidos cavitários pode fornecer inúmeras informações sobre a etiologia e evolução do quadro clínico do paciente, auxiliando no processo diagnóstico quando aliado a outros exames e protocolos.
	Suas principais causas podem ser basicamente explicadas como infecções, inflamações, obstruções venosas, traumas, neoplasias e hipoproteinemias, ou mais detalhadamente como a seguir: aumento da pressão hidrostática nos capilares (ICC), diminuição da pressão osmótica do plasma (desnutrição, síndrome nefrótica), diminuição da reabsorção linfática (neoplasias), aumento da permeabilidade linfática (infecções como pneumonias e peritonites bacterianas), ruptura de vasos (hemorragias).
	Coleta: de líquidos serosos é realizada pelo médico através de punção nas cavidades torácica (pleural e pericárdica) e abdominal (peritonial), ou, através de drenos já inseridos nestes locais. 	Preenche-se três frascos estéreis devidamente identificados que irão para: análise e contagem global e diferencial (feitas em Câmara de Fuchs Rosenthal com a amostra pura, devendo ser contado todos os quadrantes – 256 unidades), dosagens bioquímicas (uma alíquota do frasco deve ser centrifugada a fim de avaliar glicose, proteínas totais, LDH e amilase), e microbiologia.
Aspectos macroscópicos e possível significado clínico:
	Aspecto
	Coloração pré centrifugação
	Coloração pós centrifugação
	Etiologia
	Límpido
	Amarelo claro
	Amarelo claro
	Transudato, empiema, parapneumônico
	Turvo/ hemorrágico
	Róseo/ vermelho
	Xantocrômico
	Neoplasia, tuberculose, quilotórax e linfoma
	Turvo
	Turvo
	Branco leitoso
	Câncer, trauma, doença crônica, pseudoquilotórax
	Turvo
	Amarelo esbranquiçado
	Branco leitoso
	Artrite reumato ide, tuberculose
	Os derrames são classificados como transudatos e exsudatos de acordo com a composição bioquímica e física, que podem ser diferenciadas a partir de testes macro e microscópicos.
	Composição quimiocitologica e divisão diagnóstica para líquidos pleural, pericárdico, e ascítico/ peritonial:
	
	TRANSUDATOS
	EXSUDATOS
	COR
	Amarelo palha, citrino, incolor
	Amarelo ouro, vermelho
	ASPECTO
	Límpido, transparente
	Turvo, seroso, hemorrágico
	COÁGULO
	ausente (quase sempre)
	presente (quase sempre)
	CELULARIDADE
	<500/mm3
	>500/mm3
	DENSIDADE
	<1015
	>1015
	PROTEÍNAS
	<3,0g%
	>3,0g%
	LDH
	<240U/L
	Maior ou igual 240U/L
	COLESTEROL
	<60 mg/dL
	Maior ou igual 60mg/dL
	BIÓPSIA
	Não indica
	Indica
ROTINA DE LÍQUIDO SINOVIAL
	Líquido sinovial tem como função lubrificar, nutrir, proteger, e limpar as articulações.
	A coleta é realizada pelo médico através do procedimento artrocentese, e a análise do LS pode diagnosticar distúrbios articulares na seguinte classificação:
-Não Inflamatórios: Distúrbios atriculares degenerativos;
-Inflamatórios: Problemas imunológicos (artrite e lúpus);
-Sépticos: Infecção bacteriana;
-Provocado por Cristais: Gota;
-Hemorrágicos: Traumatismo, e deficiência de coagulação;
Características macroscópicas avaliadas: Cor, viscosidade, coágulo de fibrina, coágulo de mucina, pH, densidade;
Características microscópicas avaliadas: Contagem global em câmara de Fuchs Rosenthal, e pesquisa de cristais;
Viscosidade: Observa-se o líquido sinovial caindo da ponta de uma seringa ou pipeta. O líquido normal deve formar um fio de 04 a 06 centímetros. A diminuição da viscosidade indica a produção de hialuronato e sua capacidade de polimerizar-se estão afetadas (artrite reumatoide).
Coágulo de fibrina: Está presente quando há coagulação espontânea do líquido ascítico (por aumento de fibrina);
Coágulo de mucina:
Avaliado a partir da prova de Ropes, onde em um tubo de ensaio é adicionado algumas gotas de líquido ascítico em solução de ácido acético 2 a 5%.
A avaliação é macroscópica, classificando da seguinte maneira:
Bom: Forma um coágulo sólido circuncidado por líquido transparente;
Regular: Forma um coágulo mole;
Ruim: Forma um coágulo friável;
Péssimo: Ausência de coágulo;
	Quanto mais ruim for o coágulo de mucina formado, pior é a polimerização do hialuronato que lubrifica a articulação.
Densidade:1,008 a 1,015
pH: 7,3 a 7,8
RELAÇÃO DA ANÁLISE VISUAL E SIGNIFICADO CLÍNICO
	
	NORMAL
	NÃO INFLAMATÓRIO
	INFLAMATÓRIO
	SÉPTICO
	HEMORRÁGICO
	ASPECTO
	Límpido
	Límpido
	Turvo
	Turvo
	Sangue
	COÁGULO DE FIBRINA
	Ausente
	Ausente
	Pode ocorrer
	Pode ocorrer
	Ausente
	VISCOSIDADE
	Aumentado
	Aumentado
	Baixa
	Baixa
	Variável
	COÁGULO DE MUCINA
	Bom
	Bom
	Bom a ?
	Bom a ?
	Variável
	GLICOSE
	<10
	<10
	>25
	>25
	>25
	LEUCÓCITOS
	<200
	200 a 5.000
	2.000 a 100.000
	20.000 a 200.000
	200 a 10.000
	NEUTRÓFILOS
	<25%
	<25%
	>50%
	>75%
	>50%
	CULTURA
	Negativo
	Negativo
	Negativo
	Positivo
	Negativo
ROTINA DE LIQUOR
	O liquor circula o cérebro e a medula espinhal através do espaço subaracnoideo, ventrículos cerebrais e canal central da medula. O líquido é produzido nos plexos coroide dos ventrículos cerebrais e no epitélio ependimário, sendo que é constituído por proteína, glicose, lactato, enzimas, potássio, magnésio e cloreto de sódio.
	O organismo produz em média 500mL de LCR ao dia em adultos, sendo renovado de quatro em quatro horas, variando sua totalidade entre 90 e 150mL, e 10 a 60mL em recém-nascidos.
	Sua funcionalidade está ligada a homeostase como proteção (contra impactos no encéfalo e medula espinhal) e circulação (distribuindo nutrientes filtrados do sangue e removendo impurezas).
	Coleta: Pode ser realizada de três maneiras, sendo as principais respectivamente: lombar, suboccipital e ventricular.
	Indicação: Investigação de infecção das meninges, hemorragia subaracnoide, malignidade primária ou metastática, e doenças desmielinizantes.
	Avaliação: Avalia-se macro e microscopicamente: composição celular, análise física e citológica, determinação quantitativa de analitos;
Aplicação
Dosagens bioquímicas:
	Glicose- Sua concentração no liquor pode variar conforme a idade do paciente. Os níveis dosados estão altamenterelacionados na diferenciação de meningite bacteriana e viral;
	Proteínas- Constituído principalmente pela albumina e complementado por globulinas. Os níveis dosados estão relacionados com doenças do Sistema Nervoso Central (SNC), associados com o aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica ou, à proteção intratecal das imunoglobulinas. Quando a dosagem estivas com valor diminuído, pode haver perda de fluído no SNC, já seu aumento pode estar associado a infecções, hemorragias intracranianas, esclerose múltipla Guillain- Barré, anormalidades endócrinas, entre outros. Em pacientes recém-nascidos, os valores podem ser alterados, pois é comum que o LCR seja xantocrômico devido a elevação dos níveis de bilirrubina e proteínas.
	LDH- A Lactato Desidrogenase apresenta níveis elevados em pacientes com patologias intracranianas e infecções bacterianas.
Leucócitos e Hemácias- A contagem total diferencial é útil para avaliar doenças inflamatórias do SNC, e para que o médico possa saber qual a linhagem medicamentosa será necessária para o tratamento.
	VR: Linfócitos 60-70%, monócitos 30-50%, neutrófilos 1-3%. Não deve apresentar hemácias;
	Linfocitose: caracteriza infecções virais, fúngicas, e tuberculosas so SNC;
	Neutrófilos aumentados: caracteriza meningite bacteriana;
	Coleta de liquor é realizada pelo médico através de punção, preenchendo três frascos estéreis devidamente identificados que irão para: análise e contagem global e diferencial (feitas em Câmara de Fuchs Rosenthal com a amostra pura, devendo ser contado todos os quadrantes – 256 unidades), dosagens bioquímicas (uma alíquota do frasco deve ser centrifugada), e microbiologia.
Fonte: GNUTZMANN, Laisa Vieira et al. Análise dos valores de referência do líquido cefalorraquidiano. Revista brasileira de análises clínicas, 2016.
Estado de Santa Catarina. Diretoria de vigilâncias epidemiológicas. Meningites em geral e doença meningocócica. Florianópolis, 2014.

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