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Centro de Ensino Univest INSTITUIÇÃO JURIDICA DO DIREITO ISLÂMICO DIREITO MULÇUMANO Por volta de 570 d.c, nasce em Meca aquele que seria o criador de uma das maiores religiões do mundo, em número de fiéis-Maomé. Maomé perdeu seus pais na infância e foi criado por seu tio, que o recolheu e o iniciou no comércio e nas caravanas, aos vinte e cinco anos casa-se com uma viúva de nome Cadja, à época com 40 anos que possuía um importante casa de comércio para qual ele trabalhava, esta desempenhou importante papel na vida de Maomé, devotando grande confiança em suas revelações e possibilitando-lhe, com seus bens, iniciar as primeiras lutas contra o politeísmo; A religião islâmica baseia-se na crença de um único Deus (Al jlah=Alá) que teria enviado o último de seus profetas Maomé para pregar sua palavra, antes dele, teria enviado Adão, Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus. Logo, além de suas crenças próprias, aproveita muitos conceitos do cristianismo e do judaísmo, atribuindo-lhe nova roupagem ou simplesmente utilizando-os como foram fixados nas suas com concepções originais. Antes do surgimento da doutrina religiosa preconizada por Maomé o universo religioso árabe era povoado por vários números de divindades, sendo que cada tribo tinha influência de culto sobre as outras como acontecia com os de coraixitas, a que pertenceu a Maomé e que imperava em Meca. A sociedade islâmica é marcada pela submissão total á doutrina religiosa inclusive supremacia sobre a autoridade temporal, ou seja, o Estado. O Estado, assim como os seus regulamentos, só tem seus fundamentos e regulamentos ante sua total compatibilidade com a religião, e o seguidor dessa religião é denominado muçulmano, ou seja, aquele que se submete. A condição da mulher islã é de inferioridade em relação ao homem, e isto se manifesta em várias ocasiões, dentro do direito, como a questão do testemunho, em que a mulher vale sempre a metade de um homem; e na herança, onde os filhos herdam o dobro das filhas, assim segundo alude o alcorão. Em face destas passagens, podemos compreender a concepção de Chalitta, que no Alcorão, Alá “fala aos homens e fala-lhes das mulheres”, todavia o Alcorão condenou o antigo costume de se enterrar vivos aquelas do sexo feminino. Por temerem contato com civilizações que utilizavam o Direito Romano, os muçulmanos adotaram alguns conceitos deste sistema jurídico, como por exemplo a propriedade e domínio, sendo que a aquisição da propriedade além dos meios previstos pelo direito romano, podia ser dada pela ocupação, porém para que a ocupação se concretizasse, fazia-se necessário, dentre outros fatores, a ausência de proprietários na terra e a posse (corpus e animus). Quanto ao quesito família, o casamento é poligâmico, para os homens podendo ter até quatro mulheres legítimas e quantas concubinas puder manter, o casamento legítimo compõe-se de um contrato feito ente o noivo do pai da noiva, pelo que é fixado o dote e obtido o consentimento, momento em que a mulher é substituída pelo seu pai, em razão de sua incapacidade para praticar tal ato. É vedado aos crentes tomar como esposas mulheres infiéis, enquanto não se converterem, o repúdio e o adultério são formas de ruptura do casamento. Devendo-se acrescentar a esses, ainda, o divórcio por mútuo consentimento, garantindo-se à mulher o direito de amamentar os filhos por dois anos, obrigando o marido ao seu sustento. As regras de sucessão são minuciosas reguladas pelo alcorão, o testamento é admitido, todavia, pode incidir somente 1/3 da herança que em geral, segue pela via paterna. Quanto ao direito muçulmano não é uma ciência autônomo, é um direito revelado por Deus, constituindo-se apenas em uma das partes da religião, que de um lado comporta a teologia fixando dogmas e a crença e de outro, às regras de conduta que devem ser conservadas pelo crente, desta forma todo o muçulmano fica ciente, de acordo com a religião, de como deve comporta-se sempre faz distinção entre as obrigações devidas a Deus e aos seus iguais. E quanto as obrigações dos homens estão vinculadas à condição religiosa da qual decorre em uma sanção, tal situação explica o porquê o mesmo é aplicado somente nas relações entre os muçulmanos, salvo quando o mesmo for adotado como base do sistema jurídico nacional. A fonte principal deste direito, da mesma forma que o hebreu, é o livro sagrado da religião denominada Corão ou Alcorão, sua denominação advém da raíz árabe "qara" "a" quer dizer ( ler, recitar, reclamar), sendo também denominado livro bíblia, contendo as revelações de Alá e Maomé Escrito o alcorão em 114 suras (revelações), compostas de 6.236 versículos, sua redação é atribuída a um dos seguidores de Maomé, Zid Ibn Thabet, cerca de vinte anos depois de sua morte, eis que o profeta não sabia ler nem escrever. Dentre às sanções preconizadas no alcorão este consigna penas duras aos criminosos, enfatizando porém a possibilidade da regeneração ante ao arrependimento com a expiação da culpa através do castigo, a exemplo: ao ladrão e à ladra cortai as duas mãos em pagamento pelo o que tiverem lucrado: um exemplo imposto por Deus, Deus é poderoso e sábio, quem se arrepender e se emendar após ter após cometer uma prevaricação será perdoado pois Deus é clemente e misericórdia, nestes meandros a sanção também é aplicada a mulher adultera que é castigada com cem açoites. REFERÊNCIAS: CRETELLA, J. Júnior. Curso de Direito Romano. Editora Forense: São Paulo, 2011.
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