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UNICAMP IFGW - Instituto de Física "Gleb Wataghin" Atividade Experimental 1 Data de Entrega: 07/10/2021 Turma I F129 Estudo de Crateras: Lei de Escala Maria Beatriz Teixeira, RA:239129 Reynaldo Souza de Carvalho, RA: 251874 Italo Petriccioni Silva, RA: 240358 São Paulo – SP 2021 Introdução: Tenho como objetivo fazer uma análise da formação de crateras após a colisão entre uma esfera, em uma altura h, e a areia. A análise será pautada em previsões teóricas e reais, cálculos matemáticos e o uso da lei de escala. Objetivo: Definir a equação matemática que relaciona o diâmetro D da cratera com a energia cinética E da esfera no momento do impacto e identificar o mecanismo mais provável através do qual a energia da esfera é gasta ao impactar com a areia. Materiais e métodos: Para realizar o experimento foi utilizado uma esfera de aço de massa pré-determinada que será lançada em diferentes alturas e irá sofrer colisão com a areia. Após todo este processo, mediu-se as crateras formadas. Resultados: Para estimar os valores de energia cinética correspondentes, foram consideradas diferentes alturas de lançamento. Assim, foram construídas duas tabelas (tabela 3 e 4) com os dados fornecidos e pré-estabelecidos (tabela 1 e 2). Assim, com esses dados, foi possível construir dois gráficos - um em escala linear e outro, em escala logarítmica - gráfico log-log - (gráficos 1 e 2, respectivamente). O gráfico de escala linear conclui-se que é uma função potência de expoente . Já o segundo, abraça a “Lei de Escalas” e, assim, temos ,𝑛 𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 com e . Assim, estabelece desta forma: ,𝑘 ≃ 0, 095 𝑚/𝐽𝑛 𝑛 = 0, 27 𝐷 = 0, 095 . 𝐸0,275 tendo uma relação matemática entre o diâmetro e a energia cinética da cratera no momento do impacto. Discussão: Tendo , o expoente da lei utilizada é a melhor aceitação com o𝑛 = 0, 27 fenômeno pois é caracterizado por ter um expoente ¼ em oposição com o da areia que é ⅓ - Segundo Willians e Amarato, em 1997 - . Com isso, foi possível identificar a energia liberado no impacto, sendo . Sabe-se que este valor varia dado as incertezas𝐸 = 1, 82 . 1023𝐽 𝑘 𝑒 𝑛 tendo que e , ocorrendo incertezas instrumentais na altura, cálculo da𝑘 = 𝑚 𝐽𝑛 𝑛 = 𝐿 2 𝐿 1 massa que influenciam diretamente nos valores das constantes. Além disso, temos fatores naturais como o tempo geológico da cratera, processo artificiais e limitações da borda da mesma. Conclusão: Com o desenvolvimento do experimento, conclui-se a relação matemática entre a energia cinética e o diâmetro da cratera no impacto da esfera e da areia. Também foi descoberto os valores das constantes . Elas correspondem a e𝑘 𝑒 𝑛 𝑘 = 0, 095 𝑚/𝐽𝑛 . Assim, é descoberto a equação que relaciona D x E é .𝑛 = 0, 27 𝐷 = 0, 095 . 𝐸0,275 Referência: [1] “Size and morphology of the Chicxulub impact crater”, Morgan, 1997 [2] “Extraterrestrial Cause for Cretaceous-Tertiary Extinct Experimental results and theoretical interpret”. Luis W. Alvarez, Walter Alvarez, Frank Asaro, Helen V.1 1980 [3]”Crater formation in the laboratory: An introductory experiment in error analysis”. Joseph C. Amatoa) and Roger E. Willian, 1997 Anexos Anexo 1: Informações sobre a esfera Material Aço Massa (kg) 0,007 Diâmetro (m) 0,012 Tabela 1: Dados da esfera fornecidos e utilizados. Anexo 2: Altura h (m) Diâmetro da cratera D (m) 0,05 0,0213 0,1 0,0277 0,25 0,035 0,5 0,0393 1 0,0485 2,5 0,059 3,7 0,0663 Tabela 2: Dados da altura de lançamento e diâmetro da cratera. Anexo 3: Sabendo que, antes do lançamento, a energia total era potencial e, depois do lançamento, ela foi transformada e tornou-se cinética, temos: 𝐸𝑝 = 𝑚𝑔ℎ 𝐶𝑜𝑚𝑜 𝐸𝑐 = 𝐸𝑝, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝐸𝑐 = 𝑚𝑔ℎ Como o experimento utiliza diferentes alturas, os dados estão organizados em uma tabela. Altura h (m) Ec (J) 0,05 0,00343 0,1 0,00686 0,25 0,01715 0,5 0,0343 1 0,0686 2,5 0,1715 3,7 0,25382 Tabela 3: Relação entre a massa da esfera, a determinada altura e sua energia cinética Ec. Pode-se relacionar a energia cinética Ec com a altura, assim temos: Diâmetro da cratera D (m) Ec (J) 0,0213 0,00343 0,0277 0,00686 0,035 0,01715 0,0393 0,0343 0,0485 0,0686 0,059 0,1715 0,0663 0,25382 Tabela 4: Relação do diâmetro da cratera D em função da energia cinética. Anexo 5: Gráfico 1: Diâmetro da cratera em função da energia cinética correspondente em um gráfico linear. Anexo 6: Gráfico 2: Diâmetro da cratera em função da energia cinética correspondente em um gráfico log-log Anexo 7: Ao analisar o gráfico 1, percebe-se que ele não há uma relação linear, mas há uma do tipo função exponencial . Sendo que essa função obedece a seguinte condição: . Ou𝑓 1 > 𝑓 > 0 seja, . Para o gráfico 2, a relação é observada. Ou seja, a reta é linear. A partir dele,𝑦 = 𝑥 conseguimos perceber, pela Lei de Escala, que os números obtidos revelam que são uma função potência. Anexo 8: Tendo em vista a conclusão tida no anexo 7, é possível encontrar a equação que relaciona D e E. Sabendo que a Lei de escala conclui que e que D e E se relacionam,𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 consegue-se achar valor das constantes n e k. Para n, utiliza-se a relação . Para descobrir é medido com uma régua𝑛 = 𝐿 2 𝐿 1 𝐿 1 𝑒 𝐿 2 milimetrada. Assim, 𝑛 = 𝐿 2 𝐿 1 𝑛 = 2,5 𝑐𝑚9,1 𝑐𝑚 = 0, 274 ≃ 0, 275 Para descobrir o valor do k, tem-se que igualar , quando . Fazendo um 𝐸 = 0 𝑛 = 0 prolongamento na reta do gráfico 2 até cruzar o ponto ou . Assim,𝑘 = 100; 𝐷( ) 𝑘 = (1; 𝐷) temos que . Para descobrir a unidade de medida de k, tem-se:𝑘 ≃ 0, 095 𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑚 = 𝑘 . (𝐽𝑜𝑢𝑙𝑒 𝐽)𝑛 𝑘 = 𝑚 𝐽𝑛 Então, .𝑘 ≃ 9, 5 𝑚/𝐽𝑛 Assim, pela equação da Lei de Escala, tem-se: . Substituindo pelos valores𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 correspondentes, tem-se: 𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 .𝑘 ≃ 0, 095 𝑚/𝐽𝑛 𝑛 = 0, 27 𝐷 = 0, 095 . 𝐸0,275 Anexo 8: Tendo como base o artigo de Morgan, em seu artigo “Size and morphology of the Chicxulub impact crater”, a cratera é de 180 km e libera , podemos avaliar a precisão e5 . 1023 𝐽 qualidade pela Lei de Escala. Sabendo que , tem-se:𝐷 = 𝑘𝐸𝑛 180 km = m1, 8 . 105 = 0,095 .1, 8 . 105 𝐸( )0,27 = = = = 1894737𝐸( )0,27 1,8 . 10 5 0,095 1,8 . 105 9500 . 10−5 0, 0001894737 . 1010 𝑙𝑜𝑔 𝐸 = 𝑙𝑜𝑔 1,8 . 10 5 9500 . 10−5 0,27 𝑙𝑜𝑔 𝐸 = 𝑙𝑜𝑔 18947370,27 𝑙𝑜𝑔 𝐸 = 6,280,27 𝑙𝑜𝑔 𝐸 = 23, 26 𝐸 = 1023,26 𝐸 = 1, 82 . 1023𝐽 Assim, há uma diferença de duas ordens de grandeza que, dadas as proporções, é aceitável. Além disso, há outros fatores - como o tempo de acontecimento, a profundidade, a velocidade - que impedem de determinar o verdadeiro tamanho da cratera. Isso impede, diretamente, na precisão e na exatidão da elaboração do modelo. Anexo 9: Como dito anteriormente, há vários fatores que implicam no resultado do modelo e de sua realidade. As incertezas presentes neste relatório são da régua milimetrada, da trena, do paquímetro e das medições feitas em papel milimetrado pois depende da pessoa que está analisando e se os instrumentos utilizados para medir estavam corretos, ou, até mesmo, posicionados corretamente. Os arredondamentos feitos durantes os cálculos realizados também são uma fonte de incertezas.
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