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Livro Direito Previdenciário 2022 - Prof Eduardo Tanaka - 6º PARTE

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254 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
22- Aposentadoria Especial
22.1. REGRAS BÁSICAS DA APOSENTADORIA ESPECIAL1
Conceito:
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, 
trabalhador avulso e contribuinte individual, esse último somente quando cooperado filiado a cooperativa de 
trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condi-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
A aposentadoria especial é um benefício que tem por objetivo compensar o trabalho do segurado que 
presta serviços em condições prejudiciais à saúde, presumindo-se uma perda acelerada da integridade física, 
pela exposição a agentes nocivos.
Evento determinante:
Exposição contínua e habitual a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos, durante 15, 20 ou 25 
anos.
ATENÇÃO! Na aposentadoria especial não há diferença de tempo de 
contribuição entre homens e mulheres, como ocorre na aposentadoria 
programada, nem diferenças entre as idades mínimas.
Requisitos para a concessão:
A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação, pelo segurado, perante o Instituto 
Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo de 15, 20 ou 
25 anos.
O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou 
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para 
a concessão do benefício.
ATENÇÃO! Nota-se que o empregado que tem exposição eventual aos 
agentes nocivos não terá direito à aposentadoria especial, pois essa 
exposição deverá ser contínua e habitual e, ainda, durante todo o período 
exigido (15, 20 ou 25 anos) para que tenha direito à aposentadoria especial.
Além do tempo de contribuição, também é necessário a idade mínima, trazida pela Emenda Constitu-
cional nº 103, de 2019 - reforma da previdência.
Dessa forma, a idade e o tempo de contribuição deverão obedecer os valores (tempo de contribuição - 
idade) a seguir:
- Para aposentadoria especial aos 15 anos de contribuição – 55 anos de idade;
- Para aposentadoria especial aos 20 anos de contribuição – 58 anos de idade; e
1 Decreto 3048/99, art. 64.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 255 
- Para aposentadoria especial aos 25 anos de contribuição – 60 anos de idade.
Dessa forma, por exemplo, um segurado cuja aposentadoria especial ocorrerá aos 25 anos de contri-
buição, deverá ter no mínimo 60 anos de idade.
Quem tem direito:
• empregado;
• trabalhador avulso;
• contribuinte individual somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção.
Carência:
180 contribuições mensais.
Renda mensal de benefício2:
60% do salário de benefício, mais 2% para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos 
de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se mulher ou segurado com direito a aposentadoria 
especial aos 15 anos de contribuição.
Início do benefício:
A aposentadoria especial será devida:
I – ao segurado empregado:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for re-
querida após 90 dias da data de desligamento do emprego.
II – para os demais segurados (avulso e contribuinte individual cooperado de cooperativa de 
trabalho ou produção): a partir da data da entrada do requerimento.
ATENÇÃO! Note que a regra do início do benefício para aposentadoria 
especial é a mesma da aposentadoria por idade e tempo de contribuição.
(CESGRANRIO – Petrobras – adaptada) O benefício para o qual deverão ser comprovados, 
entre outros, o tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, e a 
exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes 
prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo período equivalente ao exigido para a 
concessão do benefício refere-se a
a) aposentadoria especial.
b) aposentadoria por idade e tempo de contribuição.
c) aposentadoria por incapacidade permanente.
d) auxílio-acidente.
e) auxílio por incapacidade temporária .
Resposta: A.
22.2. REGRAS ESPECÍFICAS DA APOSENTADORIA ESPECIAL
Suspensão da aposentadoria:
2 Decreto 3048/99, art. 67. 
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256 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes 
nocivos constantes do Anexo IV do RPS, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que 
seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação 
do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da 
notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado.3
Esse parágrafo único do art. 69 do RPS refere-se a “cessação da aposentadoria”. Porém, na verdade 
trata-se de uma suspensão, pois, se o aposentado, cuja aposentadoria foi “cessada”, se afastar da atividade 
ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, o benefício voltará a ser pago, pois trata-se de direito 
adquirido deste.
Entretanto, caso o beneficiário de aposentadoria especial volte a trabalhar em atividade NÃO exposta 
a agente nocivo constante do Anexo IV do RPS, não sofrerá qualquer sanção, pois a lei não o proíbe, neste 
caso.
(CESPE – Auditor Fiscal da Previdência Social – 2003) Carlos é aposentado especial do 
regime geral e trabalhou durante muito tempo na indústria química. Para aumentar sua 
renda, aceitou proposta para retomar ao trabalho em outra empresa, também da indústria 
química, na mesma atividade que exercia antes de se aposentar. Nessa situação, não há 
óbice para que Carlos retome à atividade e, por essa razão, será segurado obrigatório 
da Previdência Social, ficando sujeito às contribuições para o regime da Previdência 
Social.
Resposta: Errado.
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012) José recebe aposentadoria especial no 
Regime Geral de Previdência Social. Nessa situação, José
a) não poderá retornar ao mercado de trabalho.
b) não poderá retornar à função que ocupava anteriormente à aposentadoria.
c) gozará de isenção da contribuição previdenciária se retornar ao mercado de trabalho.
d) está inválido para o exercício da atividade laborativa.
e) deve provar o nexo de causalidade entre o agente nocivo e o trabalho desempenhado.
Resposta: B.
Tempo de trabalho:
Considera-se trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no 
qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável 
da produção do bem ou da prestação do serviço. Aplica-se, também, aos períodos de descanso determina-
dos pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de 
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-materni-
dade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.
Relação de agentes nocivos:
A relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, e da associação desses agentes, considerados 
para fins de concessão de aposentadoria especial, é aquela constante do Anexo IV do RPS. 
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia promoverá a elaboração 
de estudos com base em critérios técnicos e científicos para atualização periódica do disposto no Anexo IV 
do RPS.
Essa relação de agentes nocivos é uma listagem utilizada paraestabelecer o requisito para concessão 
da aposentadoria especial. A Emenda Constitucional da reforma da previdência veda estabelecer outros cri-
térios para a concessão da aposentadoria especial, que não seja a referida relação de agentes nocivos, tais 
como: categoria profissional ou ocupação e o enquadramento por periculosidade.4
3 Art. 69, parágrafo único do RPS.
4 Conforme art. 19, § 1º, inc I, da Emenda Constitucional de 2019.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 257 
Além do mais, nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, 
a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.5 E, na hipótese de não terem sido estabelecidos pela 
FUNDACENTRO a metodologia e os procedimentos de avaliação, caberá ao Ministério da Economia indicar 
outras instituições para estabelecê-los.
A seguir, alguns exemplos de agentes nocivos e respectivos tempos de exposição:
 - chumbo – 25 anos; 
- mercúrio – 25 anos; 
- ruído acima de 85 dB – 25 anos;
- radiações ionizantes (ex.: raio X) – 25 anos; 
- coleta e industrialização de lixo – 25 anos; 
- atividades permanentes no subsolo de minerações subterrâneas em frente de produção – 15 anos.
 Perfil profissiográfico previdenciário:
A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico previdenciário, ou o documento 
eletrônico que venha a substituí-lo, no qual deverão ser contempladas as atividades desenvolvidas durante o 
período laboral, garantido ao trabalhador o acesso às informações nele contidas6, sob pena de multa.
Considera-se perfil profissiográfico previdenciário o documento que contenha o histórico laboral do 
trabalhador, elaborado de acordo com o modelo instituído pelo INSS.7
O trabalhador ou o seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu 
perfil profissiográfico previdenciário e poderá, inclusive, solicitar a retificação de informações que estejam em 
desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de 
Estado da Economia.8
A comprovação da efetiva exposição do segurado a agentes prejudiciais à saúde será feita por meio 
de documento, em meio físico ou eletrônico, emitido pela empresa ou por seu preposto com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de 
segurança do trabalho.9
O laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) conterá informações sobre a existência 
de tecnologia de proteção coletiva ou individual e sobre a sua eficácia e será elaborado com observância às 
nor-mas editadas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério Economia e aos procedi-
mentos adotados pelo INSS.
A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreita-
da de mão de obra elaborará o perfil profissiográfico previdenciário com base nos laudos técnicos de condi-
ções ambientais de trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em estabeleci-
mento da contratante.10 
Os agentes reconhecidamente cancerígenos para humanos, listados pela Secretaria Especial de Previ-
dência e Trabalho do Ministério da Economia, serão avaliados e, caso sejam adotadas as medidas de contro-
le previstas na legislação trabalhista que eliminem a nocividade, será descaracterizada a efetiva exposição.11
O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial, podendo, 
se necessário, confirmar as informações contidas nos documentos mencionados neste item (PPP e LTCAT).12
A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes existentes no am-
biente de trabalho prejudiciais à saúde de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de 
efetiva exposição em desacordo com o referido laudo incorrerá em infração e estará sujeita às penalidades 
5 Art. 68, § 12 do RPS.
6 Art. 68, § 8º do RPS. 
7 Art. 68, § 9º do RPS.
8 Art. 68, § 10 do RPS.
9 Art. 68, § 3º do RPS.
10 Art. 68, § 11 do RPS.
11 Art 68, § 4º do RPS.
12 Art. 68, § 7º do RPS.
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258 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
previstas na legislação. 
(FUNRIO – Analista INSS – 2009) Para concessão da aposentadoria especial, a 
comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante 
formulário denominado:
a) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).
b) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO).
c) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
d) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
e) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT).
Resposta: A.
Conversão de tempo de trabalho:
a) Conversão de tempo especial para especial
Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes, sem completar em quaisquer delas o prazo 
mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após 
conversão, hipótese em que será considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento.13
A conversão será feita segundo a tabela abaixo:
Tempo a converter Multiplicadores
Para 15 Para 20 Para 25
De 15 anos – 1,33 1,67
De 20 anos 0,75 – 1,25
De 25 anos 0,60 0,80 –
DICA! Dificilmente o examinador faz questões sobre esses números da 
tabela. Porém, mesmo que eventualmente haja uma pergunta cobrando 
conhecimento sobre esses números, basta fazer uma simples conta 
de divisão. Ora, como essas tabelas de conversão representam uma 
proporcionalidade, basta dividir o tempo que se quer converter pelo tempo 
convertido. Por exemplo: se houver necessidade de converter aposentadoria 
especial aos 20 anos em aposentadoria especial aos 15 anos, basta dividir 
20 por 15, obtendo o valor do multiplicador 0,75. Isso evita a necessidade 
de decorar os valores dessa tabela. O mesmo raciocínio vale para a tabela 
a seguir.
b) Conversão de tempo especial para comum
A Emenda Constitucional nº 103 - reforma da previdência - proibiu a conversão de tempo especial em 
comum, após a data de sua entrada em vigor. Entretanto, reconhece esta conversão até a data de sua entra-
da em vigor - 13 de novembro de 2019.
Sendo assim, a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade co-
mum aplica-se somente ao trabalho prestado até 13 de novembro de 2019, em conformidade com o disposto 
na seguinte tabela:14 
Tempo a converter Multiplicadores
Mulher (para 30) Homem (para 35)
De 15 anos 2,00 2,33
De 20 anos 1,50 1,75
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 259 
De 25 anos 1,20 1,40
A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerão ao 
disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço.
Por exemplo: imagine que no período de 2000 a 2010 um empregado, homem, trabalhou durante 10 
anos em atividade com exposição a agente nocivo, que, na época, ensejava aposentadoria especial em 25 
anos de contribuição. Esse empregado troca de emprego para outra atividade sem qualquer exposição a 
agente nocivo. Dessa forma, os referidos 10 anos serão convertidos em: 10 x 1,4 (multiplicador de conver-
são de 25 anos para aposentadoria normal) = 14 anos. Lembrando que essa conversão só é possível pois o 
período foi anterior a 13/11/2019, data da publicação da Emenda Constitucional nº 103.
c) Conversão de tempo comum para especial
Esta conversão de tempo comum para especial não está prevista na legislação previdenciária. 
Sendo que, até a entradaem vigor da Emenda Constitucional nº 103 - reforma da previdência, pode-se 
converter o tempo especial em comum, utilizando-se esse tempo de contribuição na aposentadoria por idade 
e tempo de contribuição. 
Após a data de entrada em vigor da referida Emenda Constitucional, está vedada converter tempo 
especial em comum.
Eliminação e Neutralização15
A efetiva exposição a agente prejudicial à saúde configura-se quando, mesmo após a adoção das me-
didas de controle previstas na legislação trabalhista, a nocividade não seja eliminada ou neutralizada.
Eliminação - a adoção de medidas de controle que efetivamente impossibilitem a exposição ao agente 
prejudicial à saúde no ambiente de trabalho; e 
Neutralização - a adoção de medidas de controle que reduzam a intensidade, a concentração ou a 
dose do agente prejudicial à saúde ao limite de tolerância previsto neste Regulamento ou, na sua ausência, 
na legislação trabalhista. 
Dessa forma, conforme alterações trazidas pelo Decreto 10.410/2020 ao Decreto 3048/99, a aposen-
tadoria especial será devida somente se houver a efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes, de forma permanente, não ocasional nem intermiten-
te. Caso as medidas de controle eliminem ou neutralizem a nocividade, não caberá a aposentadoria especial.
Sendo assim, a exposição aos agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a asso-
ciação desses agentes, deverá superar os limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos 
ou estar caracterizada de acordo com os critérios da avaliação qualitativa.16 
E, conforme art. 64, § 2º do RPS:
A avaliação qualitativa de riscos e agentes prejudiciais à saúde será comprovada pela descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente ou associação de agentes 
prejudiciais à saúde presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho;
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da 
exposição, a frequência e a duração do contato.
Seguem jurisprudências a respeito do assunto:
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – STF (Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 
664.335)
“O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua 
saúde, de modo que se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar 
a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentadoria especial”.
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260 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
“Na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração 
do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário, no sentido da eficácia do EPI, não 
descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria”.
Regras de Transição da Aposentadoria Especial17
Esta regra de transição vale para o segurado que tenha se filiado ao Regime Geral de Previdência 
Social até a data de entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103, de 2019 e tenha direito à aposenta-
doria especial.
Neste caso, poderá aposentar-se quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de con-
tribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de: 
I – 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de efetiva exposição; 
II – 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de efetiva exposição; e 
III – 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição.
Perceba que, neste caso, pode ser somado, além do tempo de efetiva exposição, a idade e o tempo de 
contribuição em atividades não especiais. 
De modo que, para que o segurado tenha direito a aposentar por esta regra ele deverá cumprir o tem-
po mínimo de efetiva exposição (15, 20 ou 25 anos).
Por exemplo: Imagine um segurado, com 53 anos, com tempo de contribuição de 25 anos de efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos e tempo de contribuição de 8 anos como auxiliar de 
escritório. 
Neste caso, somando-se: 
53 anos (idade) + 25 anos (tempo de contribuição de efetiva exposição) + 8 anos (tempo de contribui-
ção) = 86 pontos. 
Nesta situação, o contribuinte poderá obter a aposentadoria especial. 
As regras da Renda Mensal de Benefício e do início do benefício são as mesmas já abordadas neste 
capítulo.18 
17 Art. 21 da Emenda Constitucional nº 103, de 2019.
18 Art. 188-P § 2º e § 3º do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 261 
23- Aposentadorias por Tempo de 
Contribuição e por Idade do Segurado com 
Deficiência
23.1. INTRODUÇÃO
A Emenda Constitucional nº 103, de 2019 - reforma da previdência - não inovou quanto às aposen-
tadorias concedidas a segurado com deficiência. Em seu art. 22, essa Emenda Constitucional afirma que a 
aposentadoria a pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social será concedida na 
forma da Lei Complementar nº 142/2013, inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios. 
Essa Lei Complementar 142/20131 regulamentou um direito do deficiente já previsto na Constituição 
Federal, em seu art. 201, § 1º2. Para o estudo deste capítulo, também utilizaremos o Decreto 3.048/1991 
(RPS), a partir de seu art. 70-A, que trata com maiores detalhes dessa espécie de aposentaria.
Para facilitar nosso estudo, vamos dividi-lo em três partes:
1 – Aspectos gerais das aposentadorias do segurado com deficiência.
2 – Aposentadoria por idade do segurado com deficiência.
3 – Aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência.
23.2. ASPECTOS GERAIS DAS APOSENTADORIAS DO SEGURADO COM 
DEFICIÊNCIA
A Lei Complementar 142/2013, em seu art. 2º, considera pessoa com deficiência aquela que tem 
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com 
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas.
A legislação previdenciária considera impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos de natu-
reza física, mental, intelectual ou sensorial, pelo prazo mínimo de 2 anos, contados de forma ininterrupta.3
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha reco-
nhecido, após ter sido submetido a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e inter-
disciplinar, grau de deficiência leve, moderada ou grave está condicionada à comprovação da condição de 
pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos 
para o benefício.4
(CESPE – Analista Judiciário – TJ-SE) A concessão da aposentadoria por tempo de 
contribuição ao segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional 
realizada por perícia própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está 
condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da perícia.
1 Conforme Lei no 13.146/2015: “Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) tem 
direito à aposentadoria nos termos da Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013”
2 EC 47/2005.
3 Conforme o art. 414, § 4o, da Instrução Normativa INSS PRES 77/2015.
4 Art. 70-A do RPS.
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262 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
Resposta: Errado. “(...) está condicionada à comprovação da condição de pessoa 
com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos 
requisitos para o benefício”.
Avaliação
Segundo art. 201,§ 1º, inc I da CF, há possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição 
distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados:
I - com deficiência, previamente submetidos à avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar
Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, a avaliação deverá, entre ou-
tros aspectos:5
I – avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e
II– identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em 
cada grau.
A avaliação da pessoa com deficiência será realizada para fazer prova dessa condição exclusivamente 
para fins previdenciários, sendo que o grau de deficiência poderá ser:
- leve;
- moderado;
- grave. 
A comprovação de pessoa com deficiência deverá ser:
 - na data da entrada do requerimento; ou
- na data da implementação dos requisitos para o benefício.
 
Avaliação Biopsicossocial
A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se à avaliação 
Biopsicossocial.
ATENÇÃO! O segurado com deficiência não é obrigado a aposentar-se 
exclusivamente com as regras das aposentadorias do segurado com 
deficiência. Isso porque é facultado ao segurado com deficiência optar 
pela percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria do RGPS que 
lhe seja mais vantajosa.6
23.3. APOSENTADORIA POR IDADE DO SEGURADO COM DEFICIÊNCIA – 
REGRAS BÁSICAS
Conceito:
5 Art. 70-D do RPS.
6 Conforme o art. 70-G do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 263 
A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos 
60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher.7
Evento determinante e requisito para concessão:
Idade avançada – 60 anos homem e 55 anos mulher. Verifica-se que a idade é semelhantemente à 
aposentadoria por idade dos trabalhadores rurais. 
Quem tem direito:
Todos os segurados com deficiência.
Carência:
15 anos cumpridos na condição de pessoa com deficiência, independentemente do grau.8 O que, na 
prática, são as 180 contribuições mensais.
Renda mensal de benefício:
A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada aplicando-se 
sobre o salário de benefício os seguintes percentuais:
70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo de 12 (doze) contri-
buições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento).9
Início do benefício:
Semelhante à aposentadoria programada.
23.4. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO 
COM DEFICIÊNCIA – REGRAS BÁSICAS
Conceito:
A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a carência, é devi-
da, observados os seguintes requisitos10 :
I – aos 25 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 20, se 
mulher, no caso de segurado com deficiência grave;
II – aos 29 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 24 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e
II – aos 33 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 28 
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
Evento determinante e requisitos para a concessão – veja o esquema a seguir:
7 Conforme o art. 70-C do RPS.
8 Art. 70-C, § 1º do RPS.
9 Art. 70-J, II do RPS.
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264 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
Grau de deficiência Homem (tempo de contribui-
ção)
Mulher (tempo de contribui-
ção)
Grave 25 anos 20 anos
Moderado 29 anos 24 anos
Leve 33 anos 28 anos
DICA: Verifique que continua a haver a diferença de 5 anos entre os tempos 
de contribuição do homem e da mulher. E perceba que entre um grau de 
deficiência e outro há uma diferença de 4 anos.
(EBSERH - Instituto AOCP – Médico do Trabalho) A Lei Complementar nº 142, de 08 
de maio/13, assegura a concessão de aposentadoria pelo Regime Geral de Previdência 
Social ao segurado com deficiência a partir de
a) vinte e cinco (25) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos, se 
mulher, no caso de segurado com deficiência grave.
b) trinta (30) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos, se mulher, no 
caso de segurado com deficiência moderada.
c) trinta e cinco (35) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25) anos, 
se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
d) quarenta (40) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25) anos, se 
mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
e) cinquenta (50) anos de idade, se homem, e quarenta e cinco (45) anos, se mulher, 
independente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição 
de 15 (quinze) anos, comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Resposta: A.
Quem tem direito:
A princípio, todos os segurados com deficiência.
Com exceção do:
• segurado especial, quando não contribui facultativamente como contribuinte individual; 
• contribuinte individual e o segurado facultativo que aderiram ao Plano Simplificado de Previdên-
cia Social, cuja contribuição é de 11% ou 5% sobre o limite mínimo, conforme o art. 21, § 2 o, da Lei nº 
8.212/1991. Entretanto, caso esse segurado pretenda contar o tempo de contribuição correspondente, para 
fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou de contagem recíproca do tempo de contri-
buição, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento da diferença entre o percentual 
pago e o de 20%, acrescido dos juros moratórios.
Carência:
180 contribuições mensais.
Renda mensal do benefício:
100% sobre o salário de benefício.11 
Início do benefício:
A regra é a mesma da aposentadoria programada; reveja a explicação no respectivo capítulo.
Regras específicas:
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 265 
No decorrer do tempo, uma pessoa pode alterar seu grau de deficiência ou, então, um trabalhador 
pode passar a adquirir algum tipo de deficiência e ter parte da sua vida laboral em atividade na condição de 
deficiente. Nesses casos em que houve diversas contribuições na condição de deficiente e de não deficiente, 
ou na condição de distintos graus de deficiência, haverá uma tabela para conversão de tempo de contribui-
ção, semelhante ao que ocorre com a aposentadoria especial.
Dessa forma, para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou 
tiver seu grau alterado, os parâmetros da aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com defici-
ência serão proporcionalmente ajustados e os respectivos períodos serão somados após conversão.
Aposentadoria especial e o segurado com deficiência:
A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo 
período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a atividades exercidas 
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Dessa forma, no caso do segurado 
com deficiência que exerce atividades sob condições especiais e que teria direito à aposentadoria especial, 
este deverá escolher entre aposentar-se pela aposentadoria especial (conforme visto em capítulo anterior) ou 
aposentar-se por tempo de contribuição do segurado com deficiência.
Sendo assim, é garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da 
aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, se resultar mais favorável aosegura-
do. O contrário não é válido, assim, não se pode converter tempo de contribuição da pessoa com deficiência 
para fins de concessão da aposentadoria especial. Veja o quadro a seguir:
Converter tempo de 
contribuição:
Para fins da: PODE?
Cumprido em condições 
especiais (que ensejam 
aposentadoria especial).
Aposentadoria por tempo de 
contribuição do segurado com 
deficiência.
SIM12 
Cumprido na condição de 
segurado com deficiência.
Aposentadoria especial. NÃO
Cumprido em condições 
normais (que ensejam 
aposentadoria programada).
Aposentadoria por tempo de 
contribuição do segurado com 
deficiência.
SIM13 
(CESPE – MPU - Analista MPU) A aposentadoria por exposição a condições prejudiciais à 
saúde é concedida ao beneficiário que, presumidamente, desenvolverá uma deficiência 
de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, sendo sua concessão 
garantida ao segurado com deficiência grave de acordo com o tempo de contribuição: 
se homem, por 25 anos; se mulher, por 20 anos.
Resposta: Errado. Nesse caso, o examinador está a tratar da aposentadoria especial 
cujas regras são iguais a todos, independentemente de deficiência. Como vimos, o 
segurado com deficiência pode optar por se aposentar pela aposentadoria especial. E 
relembrando: a aposentadoria especial é conferida ao trabalhador que tenha laborado 
em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física e obedece aos tempos de 
contribuição: 15, 20 ou 25 anos, não diferenciando homens de mulheres.
ATENÇÃO! Além das regras estudadas neste capítulo, aplicam-se à pessoa 
12 Art. 70-F, § 1º do RPS.
13 Art. 70-E do RPS.
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266 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
com deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS.14
Regra de transição quanto à conversão
Para a aposentadoria por idade concedida a pessoa com deficiência, será assegurada, exclusivamen-
te para fins de cálculo do valor da renda mensal, a conversão do período de exercício de atividade sujeito 
a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física, cumprido na condição de 
pessoa com deficiência até 13 de novembro de 2019, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de 
carência.15 
14 Conforme o art. 70-I do RPS.
15 Art. 188-Q do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 267 
24- Auxílio por Incapacidade Temporária 
(auxílio-doença)
O termo auxílio por incapacidade temporária vem a substituir o auxílio-doença. Entretanto, na legisla-
ção previdenciária, bem como no próprio site do INSS, ainda podemos encontrar o termo antigo “auxílio-do-
ença”.
 
24.1. REGRAS BÁSICAS DO AUXÍLIO por INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Conceito:
O auxílio por incapacidade temporária será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o 
caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual 
por mais de 15 dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico-pericial.1
Evento determinante:
Incapacidade temporária para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias 
consecutivos.
Requisitos para a concessão:
Qualidade de segurado. Incapacidade verificada em exame médico-pericial. 
Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao RGPS já portador de 
doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, exceto quando a incapacidade sobre-
vier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.2
Quem tem direito:
Todos os segurados.
Carência:
12 contribuições mensais para auxílio por incapacidade temporária comum.
Nenhuma carência para auxílio por incapacidade temporária acidentário. Será devido auxílio por inca-
pacidade temporária, independentemente do cumprimento de período de carência, aos segurados obrigatório 
e facultativo quando sofrerem acidente de qualquer natureza.
(FCC – Analista Judiciário – TRF 3ª Região – atualizado) De acordo com a legislação 
previdenciária, em regra, a concessão do benefício do auxílio por incapacidade temporária
a) não possui período de carência preestabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
1 Art. 71 do RPS, acrescentado pelo recente Decreto 10.410/2020.
2 Art. 71, § 1º do RPS.
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268 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, 
trinta dias.
Resposta: B.
Renda mensal de benefício:
91% do salário de benefício.
ATENÇÃO! O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a 
média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição, inclusive 
em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12, a 
média aritmética simples dos salários de contribuição existentes.3
Início do benefício:
O auxílio por incapacidade temporária será devido:
I – a contar do 16º dia do afastamento da atividade para o segurado empregado (exceto o doméstico);
II – a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados; ou
III – a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o 30º dia do afastamento da 
atividade, para todos os segurados.
Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da 
empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento.
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012 - atualizada) Silvia trabalhou na empresa X, 
de janeiro de 2009 a janeiro de 2010, como digitadora, quando foi acometida de tendinite, 
por 30 dias, que a impedia de exercer suas atividades habituais. Submetida a tratamento 
médico, recuperou-se para suas atividades. Nessa situação, Silvia teve direito a receber
a) auxílio-acidente.
b) aposentadoria por invalidez.
c) auxílio por incapacidade temporária.
d) reabilitação profissional.
e) tratamento médico fornecido pelo INSS.
Resposta: C.
24.2. REGRAS ESPECÍFICAS DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE 
TEMPORÁRIA
Segurado Recluso em Regime Fechado4
Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado. Isso porque, em tese, 
esse segurado tem garantida sua subsistência dentro da prisão. 
O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o benefício suspenso. 
Essa suspensão será de até 60 (sessenta) dias, contados da data do recolhimento à prisão, cessado o bene-
fício após o referido prazo. E na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto 
de 60 dias, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura. 
3 Art. 29, § 10, da Lei no 8.213/1991.
4 Art. 59, da Lei 8.213/91. Regras incluídas pela Lei 13.846/19. 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 269 
Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção do benefício por todo o perío-
do devido, efetuado o encontro de contas na hipótese de ter havido pagamento de auxílio-reclusão com valor 
inferior ao do auxílio por incapacidade temporária no mesmo período.
Essas regras aplicam-se somente aos benefícios dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir 
da data de publicação da Lei 13.846, de 18/06/2019.
Já, o segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto fará jus ao auxílio 
por incapacidade temporária.
Cancelamento do benefício:
O segurado que, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, vier a exercer atividade remu-
nerada que lhe garanta a subsistência poderá ter o benefíciocancelado a partir do retorno à atividade.5
Essa regra é semelhante ao que ocorre na aposentadoria por invalidez. Se o segurado está a gozar 
de auxílio por incapacidade temporária, é porque está incapacitado para o trabalho. Mas, caso ele venha a 
exercer atividade laboral, o benefício poderá ser cancelado a partir do retorno à atividade.
Entretanto, há exceção à regra, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer 
atividade diversa daquela que gerou o benefício. Sendo assim, deverá ser verificada a incapacidade para 
cada uma das atividades exercidas.6 Veremos a seguir como fica essa situação.
Segurado que exerce mais de uma atividade:
O auxílio por incapacidade temporária do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida 
pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, 
hipótese em que o segurado deverá informar a Perícia Médica Federal a respeito de todas as atividades que 
estiver exercendo.7 
Nesse caso, o auxílio por incapacidade temporária será concedido em relação à atividade para a qual 
o segurado estiver incapacitado, consideradas para fins de carência somente as contribuições relativas a 
essa atividade. Ademais, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior ao salário-míni-
mo, desde que, se somado às demais remunerações recebidas, resulte em valor superior ao salário-mínimo.
Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afasta-
mento de todas. Constatada durante o recebimento do auxílio por incapacidade temporária concedido nos 
termos do disposto neste artigo a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor 
do benefício deverá ser revisto com base nos salários de contribuição de cada uma das atividades.
Quando o segurado que exercer mais de uma atividade for considerado definitivamente incapacitado 
para uma delas, o auxílio por incapacidade temporária deverá ser mantido indefinidamente, hipótese em que 
não caberá a concessão de aposentadoria por incapacidade permanente enquanto a incapacidade não se 
estender às demais atividades.8 Nessa situação, o segurado somente poderá transferir-se das demais ativi-
dades que exerce após o conhecimento da reavaliação médico-pericial.
(CESPE – Auditor Fiscal do Trabalho – atualizada) Caso um segurado do INSS que exerça 
mais de uma atividade se torne incapaz de realizar definitivamente uma delas, ele deverá 
ser aposentado por incapacidade permanente, sendo vedada a manutenção da outra 
atividade.
Resposta: Errado. Nesse caso, o auxílio por incapacidade temporária será mantido 
indefinidamente.
 
Os primeiros 15 dias:
Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de incapacida-
5 Art. 73, § 5º do RPS.
6 Art. 60, §§ 6o e 7o, da Lei no 8.213/1991.
7 Art 73 do RPS.
8 Art. 74 do RPS.
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270 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
de temporária, compete à empresa pagar o salário ao segurado empregado.9
Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono 
das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento.
Quando a incapacidade ultrapassar o período de 15 dias consecutivos, o segurado será encaminhado 
ao INSS para avaliação médico-pericial.
Se concedido novo benefício decorrente do mesmo motivo que gerou a incapacidade no prazo de 
60 dias, contado da data da cessação do benefício anterior, a empresa ficará desobrigada do pagamento 
relativo aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias 
trabalhados, se for o caso.
Se o segurado empregado, por motivo de incapacidade, afastar-se do trabalho durante o período de 15 
dias, retornar à atividade no 16º dia e voltar a se afastar no prazo de 60 dias, contado da data de seu retorno, 
em decorrência do mesmo motivo que gerou a incapacidade, este fará jus ao auxílio por incapacidade tem-
porária a partir da data do novo afastamento. Nessa hipótese, se o retorno à atividade tiver ocorrido antes do 
período de 15 dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio por incapacidade temporária a partir do dia 
seguinte ao que completar aquele período.
Na impossibilidade de realização do exame médico-pericial inicial antes do término do período de 
recuperação indicado pelo médico assistente em documentação, o empregado é autorizado a retornar ao 
trabalho no dia seguinte à data indicada pelo médico assistente, mantida a necessidade de comparecimento 
do segurado à perícia na data agendada. 
Processamento do benefício de ofício:
A previdência social processará, de ofício, o benefício quando tiver ciência da incapacidade do segura-
do sem que este tenha requerido auxílio por incapacidade temporária.
É facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio por incapacidade temporária ou documento 
dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma 
estabelecida pelo INSS. 
A empresa terá acesso às decisões administrativas de benefícios requeridos por seus empregados, 
resguardadas as informações consideradas sigilosas, na forma estabelecida em ato do INSS.
Obrigações do segurado:
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária concedido judicial ou administrativamente 
está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a 
exame médico a cargo da Perícia Médica Federal, processo de reabilitação profissional a cargo do INSS e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária concedido judicial ou administrativamente 
poderá ser convocado a qualquer tempo para avaliação das condições que ensejaram sua concessão ou 
manutenção.10
Cessação do auxílio por incapacidade temporária:
O auxílio por incapacidade temporária cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela 
concessão de aposentadoria por incapacidade permanente ou, na hipótese de o evento causador da redução 
da capacidade laborativa ser o mesmo que gerou o auxílio por incapacidade temporária, pela concessão do 
auxílio acidente.11
Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio por incapacidade temporária, 
judicial ou administrativo, deverá estabelecer o prazo estimado para a duração do benefício. 
Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a sua 
prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS.
9 Art. 75 do RPS.
10 Art. 77-A do RPS.
11 Art. 78 do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 271 
E, caso não seja estabelecido o referido prazo, o benefício cessará após o prazo de 120 dias, contado 
da data de concessão ou de reativação do auxílio por incapacidade temporária, exceto se o segurado reque-
rer a sua prorrogação ao INSS.
A comunicação da concessão do auxílio por incapacidade temporária conterá as informações necessá-
rias ao requerimento de sua prorrogação.
O segurado que se considerar capaz antes do prazo estabelecido pela Perícia Médica Federal no ato 
da concessão ou da prorrogação do auxílio por incapacidade temporária somente retornará ao trabalho após 
nova avaliação médico-pericial.
O segurado que não concordar com o prazo da avaliação médico pericial poderá apresentar, no prazo 
de trinta dias, recurso da decisão proferida pela Perícia Médica Federal perante o Conselho de Recursos da 
Previdência Social - CRPS, cuja análise médico-pericial, se necessária, será feita por perito médico federal 
diverso daquele que tenha realizado o exame anterior.
Reabilitação profissional:
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária insuscetível de recuperaçãopara sua 
atividade habitual deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra ativi-
dade.
O auxílio por incapacidade temporária será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado 
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, 
seja aposentado por incapacidade permanente.
A alteração das atribuições e responsabilidades do segurado compatíveis com a limitação que tenha 
sofrido em sua capacidade física ou mental não configura desvio de cargo ou função do segurado reabilitado 
ou que estiver em processo de reabilitação profissional a cargo do INSS.12 
Licença:
O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio por incapacidade temporária será 
considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado.
A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe, durante o pe-
ríodo do auxílio por incapacidade temporária, a eventual diferença entre o valor do benefício recebido e a 
quantia garantida pela licença. 
Reclamação trabalhista:
O auxílio por incapacidade temporária será devido durante o curso de reclamação trabalhista relacio-
nada com a rescisão do contrato de trabalho, ou após a decisão final, desde que implementadas as condi-
ções mínimas para a concessão do benefício.
12 § 2º, do art. 62, da Lei 8.213/91, incluído pela Lei 13.846/19. 
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272 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
25- Salário-Família
25.1. REGRAS BÁSICAS DO SALÁRIO-FAMÍLIA (ARTS. 81 E SS. DO RPS)
Conceito:
O salário-família é devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao tra-
balhador avulso com salário de contribuição inferior ou igual a R$ 1.655,9813, na proporção do respectivo 
número de filhos ou de enteados e de menores tutelados, desde que comprovada a dependência econômica 
dos dois últimos.14
É o benefício pago aos segurados (empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e 
determinados aposentados) de baixa renda, para ajudar na manutenção dos dependentes.
Evento determinante:
Ser segurado (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e determinados aposentados) de 
baixa renda (salário de contribuição inferior ou igual a R$ 1.655,98) e ter filho ou enteado ou menor tutelado, 
desde que comprovada a dependência econômica dos dois últimos, até quatorze anos de idade ou inválido.
Requisitos para a concessão:15
• Apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao enteado e ao me-
nor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos dois últimos, até quatorze anos de idade 
ou inválido.
• Apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória dos referidos dependentes, de até 6 anos 
de idade.
• Apresentação de comprovação semestral de frequência à escola dos referidos dependentes, a partir 
de 4 anos de idade.
• A invalidez do filho, do enteado ou do menor tutelado, desde que comprovada a dependência eco-
nômica dos dois últimos, maior de 14 anos de idade será verificada em exame médico-pericial realizado pela 
Perícia Médica Federal.
ATENÇÃO! O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão de 
nascimento do filho ou a documentação relativa ao enteado e ao menor 
tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos dois 
últimos.16
(VUNESP – Assistente de RH – Prefeitura de Caieiras-SP) No mês de junho, João do Amor 
Divino foi admitido na empresa “Contratos e Riscos” e vai receber o salário mínimo, 
além do salário-família. João tem 4 filhos: um de 3 anos, um casal de gêmeos de 8 anos 
e mais um de 9 anos. Para ter direito ao benefício do salário-família, os documentos 
referentes a seus filhos que João terá que apresentar são:
a) 4 registros de nascimento; 1 carteira de vacinação atualizada; 3 declarações de 
frequência escolar atualizadas. 
b) 1 registro de nascimento; 4 carteiras de vacinação atualizadas; 1 declaração de 
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 273 
frequência escolar atualizada. 
c) 3 registros de nascimento; 4 carteiras de vacinação atualizadas; 3 declarações de 
frequência escolar atualizadas. 
d) 4 registros de nascimento; 4 carteiras de vacinação atualizadas; 3 declarações de 
frequência escolar atualizadas. 
e) 4 registros de nascimento; 3 carteiras de vacinação atualizadas; 3 declarações de 
frequência escolar atualizadas.
Resposta: A. 
Quem tem direito: 
Segurado empregado, empregado doméstico e o trabalhador avulso.
Segurado empregado, empregado doméstico e o trabalhador avulso aposentados por incapacidade 
permanente ou em gozo de auxílio por incapacidade temporária.
Segurado empregado, empregado doméstico e o trabalhador avulso aposentados aos 65 anos de 
idade, se homem, ou aos 60 anos, se mulher.
Trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55 anos, se do sexo 
feminino. 
Carência: 
Não há carência. 
Renda mensal de benefício:17 
R$ 56,47, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 1.655,98, por filho ou por en-
teado e por menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos dois últimos, até 14 anos 
de idade ou inválido.
Início do benefício:
O pagamento do salário-família será devido a partir da data de apresentação dos documentos mencio-
nados no item acima “Requisitos para concessão”.
25.2. REGRAS ESPECÍFICAS DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Pagamento do salário-família:
O salário-família será pago mensalmente:
I – ao empregado, inclusive o doméstico, pela empresa ou pelo empregador doméstico, juntamente 
com o salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, por meio de convênio; 
II – ao empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso aposentados por incapacidade per-
manente ou em gozo de auxílio por incapacidade temporária, pelo INSS, juntamente com o benefício;
III – ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinqüen-
ta e cinco anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposenta-
doria; e
IV – aos demais empregados, inclusive os domésticos, e aos trabalhadores avulsos aposentados aos 
17 Esses valores são os atualizados e mudam anualmente, conforme é alterado o valor do salário mínimo, por meio de Portaria inter-
ministerial do Ministério da Economiae Ministério do Trabalho e da Previdência.
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274 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
sessenta e cinco anos de idade, se homem, ou aos sessenta anos, se mulher, pelo INSS, juntamente com a 
aposentadoria.
As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente, 
junto com o salário, efetivando-se o reembolso quando do recolhimento das contribuições.18
Quando o salário do empregado não for mensal, o salário-família será pago com o último pagamento 
relativo ao mês.
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o 
seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.
Atenção! O salário-família correspondente ao mês de afastamento 
do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo empregador 
doméstico ou pelo sindicato ou pelo órgão gestor de mão de obra, conforme 
o caso, e, ao mês da cessação de benefício, pelo INSS.19
O que ocorre quando pai e mãe são segurados:
Quando o pai e a mãe são segurados empregados, inclusive domésticos, ou trabalhadores avulsos, 
ambos têm direito ao salário-família.
Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente 
caracterizado ou perda do pátrio poder, o salário-famíliapassará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo 
ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.
(CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS) Rubens e sua esposa Amélia têm, juntos, 
dois filhos, trabalham e são segurados do Regime Geral da Previdência Social, além 
de serem considerados trabalhadores de baixa renda. Nessa situação, o salário-família 
somente será pago a um dos cônjuges.
Resposta: Errado.
Conservação dos documentos:
A empresa e o empregador doméstico deverão conservar, durante o prazo decadencial, os comprovan-
tes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização.20
Obrigações da apresentação de documentos pelo segurado:
Se o segurado empregado ou de o trabalhador avulso não apresentar o atestado de vacinação obriga-
tória e a comprovação de frequência escolar do filho, do enteado ou do menor tutelado, desde que compro-
vada a dependência econômica dos dois últimos , nas datas definidas pelo INSS, o benefício do salário-famí-
lia será suspenso até que a documentação seja apresentada.
Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de compro-
vação da frequência escolar e o seu reativamento, exceto se provada a frequência escolar regular no perío-
do.
A comprovação semestral de frequência escolar será feita por meio da apresentação de documento 
emitido pela escola, na forma estabelecida na legislação específica, em nome do aluno, de qual conste o 
registro de frequência regular, ou de atestado do estabelecimento de ensino que comprove a regularidade da 
matrícula e a frequência escolar do aluno.21 
Afastamento:
18 Lei no 8.213, art. 68, com redação dada pela LC 150/2015.
19 Art. 86 do RPS, redação dada pelo recente Decreto 10.410/2020.
20 Art. 84, § 1º do RPS.
21 Art. 84, § 4º do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 275 
O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela 
empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de bene-
fício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
Cessação do salário-família:
O direito ao salário-família cessa automaticamente (art. 88 do RPS):
I – por morte do filho, do enteado ou do menor tutelado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
II – quando o filho, o enteado ou o menor tutelado completar quatorze anos de idade, exceto se inválido, 
a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;
III – pela recuperação da capacidade do filho, do enteado ou do menor tutelado inválido, a contar do 
mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou
IV – pelo desemprego do segurado.
 
Termo de responsabilidade e comunicação do segurado:
Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado firmará termo de responsabili-
dade, no qual se comprometerá a comunicar à empresa, ao empregador doméstico ou ao INSS, conforme o 
caso, qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício e ficará sujeito, em caso 
de descumprimento, às sanções penais e trabalhistas.22
A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família e a prática, pelo se-
gurado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento autorizam a empresa, o empregador domés-
tico ou o INSS, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos, 
enteados ou menores tutelados ou, na falta delas, do próprio salário do segurado ou da renda mensal do seu 
benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
A restituição de importância recebida indevidamente por beneficiário da Previdência Social, nos casos 
comprovados de dolo, fraude ou má-fé, deverá ser atualizada e feita de uma só vez ou mediante acordo de 
parcelamento, independentemente de outras penalidades legais.
Quitação à empresa:
O empregado, inclusive o doméstico, ou o trabalhador avulso deve dar quitação à empresa ou ao 
empregador doméstico de cada recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por 
outra forma admitida, de modo que a quitação fique claramente caracterizada.23
Geralmente, essa quitação é feita quando do recebimento da remuneração e do salário-família por 
meio da assinatura do empregado no holerite (recibo de salário).
Não incorporação do salário-família:
As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício. 
Dessa forma, consequentemente, não será parcela integrante do salário de contribuição.
(FCC – Auditor Controle Externo – TCM-GO – 2015) No tocante ao salário-família, 
considere:
I. O aposentado por invalidez terá direito ao salário-família, pago juntamente com a 
aposentadoria.
II. O valor da cota do salário-família é paga por filho ou equiparado de qualquer condição, 
até quinze anos de idade ou inválido de qualquer idade.
22 Art. 89 do RPS.
23 Art. 91 do RPS.
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276 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
III. A cota do salário-família é incorporada ao salário ou ao benefício para efeito de 
pagamento de 13º salário.
De acordo com a Lei nº 8.213/1991, está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I e III.
Resposta: A.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 277 
26- Salário-Maternidade
26.1. REGRAS BÁSICAS DO SALÁRIO-MATERNIDADE
Conceito:
O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 dias, com início no 
período entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições pre-
vistas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.
Poderá ser pago, também, ao segurado da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial 
para fins de adoção, conforme estudaremos neste capítulo.
Evento determinante:
- Nascimento. 
- Natimorto (nascido morto) – a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação. 
- Aborto não criminoso – antes da 23a semana de gestação (esta gozará apenas 2 semanas de salá-
rio-maternidade). 
- Adoção ou guarda judicial com a finalidade de adoção. 
Requisitos para a concessão:
- Qualidade de segurado.
- Nascimento, adoção, guarda judicial com a finalidade de adoção, aborto não criminoso.
Quem tem direito:
Todos os segurados.
ATENÇÃO! A partir da Lei nº 12.873/2013, o homem passou a ter direito ao 
salário-maternidade nas situações previstas na referida lei.
Carência:
A carência vai depender do tipo de segurado, conforme a seguir:
- Sem carência para a(o) segurada(o) empregada(o), avulsa(o) e a(o) empregada(o) domésti-
ca(o).
- Para a(o) segurada(o) especial: deve comprovar o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses 
imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, 
mesmo que de forma descontínua.
• Para contribuinte individual e facultativa(o): 10 contribuições mensais.
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278 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
ATENÇÃO! Em caso de parto antecipado, o período de carência será 
reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em 
que o parto foi antecipado. Por exemplo: se o parto de uma contribuinte 
individual for antecipado em 1 mês, a carência não será de 10, mas sim de 
9 contribuições mensais.
(CESPE – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – INSS – 2008) Cláudia está grávida e exerce 
atividade rural, sendo segurada especial da previdência. Nessa situação, ela tem direito 
ao salário-maternidade desde que comprove o exercício da atividaderural nos últimos 
dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, 
quando solicitado antes do parto, mesmo que a atividade tenha sido realizada de forma 
descontínua.
Resposta: Certo.
Renda mensal de benefício:
A renda mensal de benefício será diferente para cada tipo de segurado, conforme a seguir:
- Empregada(o): consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será paga pela 
empresa, efetivando-se a compensação. Nos meses de início e término do salário-maternidade da(o) se-
gurada(o) empregada(o), o salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho. No 
caso dessa(e) segurada(o) empregada(o), o valor do salário-maternidade pago pelo INSS pode chegar ao 
teto constitucional, que é o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Caso a remunera-
ção da(o) empregada(o) seja superior ao subsídio mensal dos ministros do STF, a empresa deverá pagar a 
diferença.
- Empregada(o) intermitente24: consiste na média aritmética simples das remunerações apuradas no 
período referente aos doze meses que antecederem o parto, a adoção ou a obtenção da guarda para fins 
de adoção. O salário-maternidade devido à empregada intermitente será pago diretamente pela previdência 
social.
- Trabalhadora avulsa(o): consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral equivalente a 
um mês de trabalho, pago diretamente pela Previdência Social. No caso da trabalhadora avulsa, o valor do 
salário-maternidade pago pelo INSS também pode chegar ao teto constitucional, que é o subsídio mensal 
dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
- Empregada(o) doméstica(o): consiste em valor correspondente ao do seu último salário de contribui-
ção, pago diretamente pela Previdência Social.
- Segurada(o) especial: consiste em um salário mínimo, pago diretamente pela Previdência Social.
- Segurada(o) contribuinte individual e facultativa(o), e para desempregada(o) que mantém a qualidade 
de segurada (período de graça): consiste em um doze avos da soma dos 12 últimos salários de contribuição, 
apurados em período não superior a 15 meses, pago diretamente pela Previdência Social.
O valor da contribuição previdenciária deverá ser deduzido da renda mensal do benefício
Início do benefício:
O salário-maternidade tem início no período entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrência deste, 
com duração de 120 dias. É importante observar que 120 dias não são, necessariamente, 4 meses.
O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado 
médico ou certidão de nascimento do filho.
26.2. REGRAS ESPECÍFICAS DO SALÁRIO-MATERNIDADE
Obrigações da empregada e da empresa:
Como no caso da empregada, é a empresa quem paga o salário-maternidade (e se compensa perante 
24 Art. 100-B, § 1º do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 279 
a Previdência Social), a empregada deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-ma-
ternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida (por exemplo, por meio de recibo de 
pagamento), de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.
Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados médicos 
necessários. Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a Certidão de 
Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial junto ao Instituto 
Nacional do Seguro Social.
(FCC – Técnico do Seguro Social – INSS – 2012) Em relação ao salário-maternidade e ao 
salário-família pagos às seguradas empregadas, é correto afirmar que são
a) pagos pela empresa que poderá compensá-los com as contribuições incidentes sobre 
a folha de salários.
b) pagos pelo INSS.
c) pagos pelas empresas sem direito à compensação.
d) pagos pela Assistência Social.
e) indevidos às seguradas autônomas.
Resposta: A.
Adoção ou guarda judicial para fins de adoção:
O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada da previdência social que adotar ou obtiver 
guarda judicial, para fins de adoção de criança de até 12 anos de idade, pelo período de 120 dias.25 
Verifica-se a possibilidade dada pela Lei de o homem poder receber salário-maternidade no caso de 
adoção de criança.
O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada independentemente de a mãe biológica ter 
recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança.
ATENÇÃO! Não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, 
decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os 
cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de 
Previdência Social.
Assim, por exemplo, no caso de adoção de uma criança por um casal homoafetivo, apenas um dos 
pais terá o direito ao salário-maternidade.
Para a concessão do salário-maternidade é indispensável:
- que conste da nova certidão de nascimento da criança o nome do segurado ou da segurada adotan-
te; ou
- no caso do termo de guarda para fins de adoção, que conste o nome do segurado ou da segurada 
guardião. 
O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é 
para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro.
Na hipótese de haver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, será devido 
somente um salário-maternidade. Isso ocorre, por exemplo, quando são adotados vários irmãos. Suponha 
que são adotadas três crianças ao mesmo tempo: a mais velha com 7 anos, a do meio com 3 anos e a mais 
nova com 10 meses. Nesse caso o salário-maternidade será único. Assim, a adotante terá direito a 120 dias 
de salário-maternidade.
A renda mensal do salário-maternidade, para a segurada adotante e guardiã, é calculada de acordo 
com a forma de contribuição desta à Previdência Social e será paga diretamente pela Previdência Social, 
mesmo no caso da segurada empregada.
25 Art. 93-A do RPS.
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280 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
Pagamento do salário-maternidade ao cônjuge ou companheiro sobrevivente:
No caso de óbito do segurado ou da segurada que fazia jus ao recebimento do salário-maternidade, o 
benefício será pago, pelo tempo restante a que o segurado ou a segurada teria direito ou por todo o período, 
ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso de óbito do 
filho ou de seu abandono.26
Essa regra aplica-se também ao segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.
Vamos a alguns exemplos: imagine a segurada que morre no parto, se o cônjuge (marido) ou compa-
nheiro sobrevivente for segurado, ele terá direito a receber o salário-maternidade por todo o período.
Uma segunda situação: a segurada (mãe) morre no 20º dia a contar do dia do parto (inclusive). O 
cônjuge ou companheiro sobrevivente, se for segurado, terá direito a receber salário-maternidade pelo tempo 
restante, nesse caso, por mais 100 dias.
Mais uma situação: uma criança foi adotada por um casal homoafetivo. Como estudado, apenas um 
dos pais tem o direito ao salário-maternidade. Imagine que o pai que recebe o salário-maternidade venha 
a falecer, após 100 dias de recebimento desse benefício. Nesse caso, o companheiro sobrevivente, se for 
segurado, terá o direito a receber o salário-maternidade pelo tempo restante, nesse caso, por mais 20 dias.
(FCC – Juiz do Trabalho – TRT 18ª Região – 2014) No caso de falecimento da segurada 
que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício
a) cessará, uma vez que a prestação é devida exclusivamente à segurada.
b) será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge 
ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado.
c) será pago aos representantes legais da criança,caso tenham a qualidade de segurado.
d) será transformado em pensão por morte.
e) será transformado em pecúlio.
Resposta: B.
O pagamento do salário-maternidade ao cônjuge ou companheiro sobrevivente deverá ser requerido 
até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. Se o requerimento de 
salário-maternidade for efetuado após essa data, o benefício será indeferido. 
Esse benefício será pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente diretamente pela Previdência So-
cial durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário.
O valor não será o mesmo que o(a) segurado(a) falecido(a) recebia como salário-maternidade. Nesse 
caso, o que se transfere ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que este seja segurado, é apenas 
o direito ao salário-maternidade no período restante, calculado de acordo com sua própria renda mensal de 
benefício.
Assim, é como se um novo benefício fosse concedido ao cônjuge ou companheiro sobrevivente no 
período restante.
Dessa forma, esse salário-maternidade para o cônjuge ou companheiro sobrevivente será calculado 
sobre (art. 71-B, § 2o, da Lei no 8.213/1991):
I – a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;
II – o último salário de contribuição, para o empregado doméstico;
III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados em um 
período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado 
(este, que mantenha a qualidade de segurado); e
IV – o valor do salário mínimo, para o segurado especial.
(FCC – Juiz do Trabalho – TRT 6ª Região – 2015) No que se refere ao salário-maternidade, 
26 Art. 93-B do RPS.
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Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka 281 
a lei previdenciária dispõe que, no caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer 
jus ao seu recebimento, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante 
a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de 
segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as 
normas aplicáveis ao salário-maternidade. Este benefício será pago diretamente pela 
Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do 
salário-maternidade originário e será calculado sobre
a) o valor do salário mínimo estadual, para o segurado especial.
b) o valor do salário mínimo, para o segurado eventual.
c) o salário mínimo estadual, para o empregado doméstico.
d) a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso.
e) 1/12 da soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não
superior a 18 meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado.
 
Resposta: D.
Necessidade de afastamento do trabalho:
O salário-maternidade tem o objetivo de substituir o salário de contribuição ou o rendimento do traba-
lho do segurado, para que este possa dar atenção e cuidado a seu filho num momento fundamental para a 
vida da criança.
De modo que, o recebimento do salário-maternidade está condicionado ao afastamento do segurado 
do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.27
Períodos do salário-maternidade:
A segurada tem direito aos 120 dias, mesmo em caso de parto antecipado.
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados 
de mais duas semanas, por meio de atestado médico específico submetido à avaliação medico-pericial.
Em caso de aborto não criminoso, ocorrido antes da 23ª semana de gestação (6º mês), comprovado 
mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a 2 semanas.
Caso o aborto não criminoso ocorra após a 23ª semana de gestação, será considerado caso de nati-
morto (nasceu morto), com direito a 120 dias.
Veja o quadro-resumo a seguir:
Ocorrência que enseja o direito ao salário-
maternidade:
Período de recebimento do salário-
maternidade:
Nascimento 120 dias
Adoção ou guarda judicial para fins de adoção 120 dias
Natimorto (após a 23a semana de gestação) 120 dias
Aborto não criminoso (antes da 23a semana de 
gestação)
2 semanas
 
(IADES – Eletrobras – Médico do Trabalho – 2015) Acerca do salário-maternidade, 
considerando as disposições do Decreto n.° 3.048/1999, assinale a alternativa correta.
a) O salário-maternidade para a empregada doméstica será de 90 dias.
b) Para a trabalhadora rural, não haverá salário-maternidade, apenas licença de saúde 
por prazo mínimo de 30 dias após o parto.
c) Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, o 
salário-maternidade devido será multiplicado pelo número de crianças adotadas.
d) O salário-maternidade é devido por 15 dias à segurada da previdência social que 
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282 Direito Previdenciário - Eduardo Tanaka
adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, independentemente da idade da 
criança.
e) Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada 
terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
Resposta: E.
 
Segurada desempregada em “período de graça”:
O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela Previdência Social enquanto existir 
relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa. Durante o 
período de graça, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de 
demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, 
situações em que o benefício será pago diretamente pela Previdência Social. O evento gerador do benefício 
deve ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do “período de graça”.
A segurada desempregada, desde que mantida a qualidade de segurada, receberá como salário-ma-
ternidade o valor de um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um 
período não superior a quinze meses, para as demais seguradas. 
IMPORTANTE! “Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da 
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses 
após o parto.”28
Empregos concomitantes:29
A segurada que exerça atividades concomitantes fará jus ao salário-maternidade relativo a cada ativi-
dade para a qual tenha cumprido os requisitos exigidos, observadas as seguintes condições: 
I - na hipótese de uma ou mais atividades ter remuneração ou salário de contribuição inferior ao 
salário-mínimo mensal, o benefício somente será devido se o somatório dos valores auferidos em todas as 
atividades for igual ou superior a um salário-mínimo mensal; 
II - o salário-maternidade relativo a uma ou mais atividades poderá ser inferior ao salário-mínimo men-
sal; e 
III - o valor global do salário-maternidade, consideradas todas as atividades, não poderá ser inferior ao 
salário-mínimo mensal.
Vedação de acumulação:
O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. Quando ocorrer in-
capacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapa-
cidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de 
início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de 120 dias.
Segurada aposentada:
A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade.
Empregada do MEI:30
O salário-maternidade devido à empregada do MEI será pago diretamente pela previdência social, e o 
valor da contribuição previdenciária será deduzido da renda mensal do benefício.
28 Segundo o art. 10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.
29 Art. 98 do

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