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Direito Previdenciário - Evolução história, diferenças sobre os regimes

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FAN PADRÃO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Professora: Ludmila Pinheiro Fontes
GOIÂNIA / 2021
INTRODUÇÃO
Já vimos que o Direito Previdenciário está inserido no nosso ordenamento jurídico em conjunto com a Assistência Social e a Saúde, formano nosso tripé da Seguridade Social.
Agora vamos juntos estudar como é feita a assistência social, como é distribuída a saúde, e por fim como é o regime previdenciário no nosso país.
Não desânime! Já aprendemos muito até agora, e vamos aprender muito mais!
Logo você verá como essa parte que engloba a seguridade social está inserida na vida de todos e de quem está ao nosso redor.
 Vimos como é a participação de todos no custeio da saúde, da assistência social e da previdência social.
E a partir de agora vamos entender como cada um que forma o tripé da seguridade social funciona.
Antes de falarmos da Saúde e da Assistência Social vamos entender um pouco mais da Previdência Social, os tipos de Regime existentes em nosso país e como ela é exercida.
1. A Previdencia Social.
A Previdência Social passou por diversos avanços até ser considerada um direito fundamental social.
A Previdência Social, enquanto direito fundamental, está protegida pela
imutabilidade, ou seja, considera-se cláusula pétrea, não podendo ser suprimida.
O art. 201 da CF dispõe que:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (...).
A Previdência Social na Constituição de 1824 veio disciplinada no inciso XXXI do art. 179, com a garantia aos cidadãos do direito aos “socorros públicos”.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Políticos dos Cidadãos Brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Império, da seguinte forma: […]
XXXI. A Constituição também garante os soccorros públicos.
Tal dispositivo não apresentou utilidade prática, pois os cidadãos não dispunham de meios para exigir o efetivo cumprimento da aludida garantia, ou seja, apesar de previsto constitucionalmente, o direito aos “socorros públicos” não tinha exigibilidade.
Na Constituição brasileira de 1891 havia previsão em dois dispositivos relacionados à Previdência Social, art. 5º e art. 75, sendo que o primeiro dispunha sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade pública, caso estes solicitassem. Já o art. 75 dispunha sobre a aposentadoria por invalidez dos funcionários públicos.
Vale ressaltar que o art. 75 da Constituição de 1891 previa que a aposentadoria era concedida aos funcionários públicos que viessem a ficar inválidos, não dependendo de qualquer contribuição por parte do trabalhador, sendo custeada integralmente pelo Estado.
Com a industrialização das grandes cidades, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro, e as condições abusivas de trabalho, as quais levavam a inúmeros acidentes de trabalho, foi aprovado o Decreto Legislativo n. 3.724, de 15 de janeiro de 1919, que versava sobre proteção aos acidentes do trabalho, logo acompanhado da edição do Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecida por Lei Eloy Chaves, tendo este último ato legislativo criado as Caixas de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários, que funcionaram, em todo o território nacional, por muitos anos.
A Lei Eloy Chaves se tornou o marco do direito previdenciário, pois criou o primeiro sistema de previdência social para atender, especificamente, aos trabalhadores ferroviários, com as denominadas Caixas de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários, garantindo a eles a proteção em caso de invalidez e morte, além de proteção a título de assistência médica.
Após a Lei Eloy Chaves, foram criadas outras Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP’s) em empresas de diversos ramos da atividade econômica.
A primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito nacional, com base na atividade econômica, foi o IAPM – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, criada em 1933, pelo Decreto n. 22.872, de 29 de junho daquele ano. Seguiram-se o IAPC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários – e o IAPB – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários, em 1934; o IAPI – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, em 1936; o IPASE – Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado, e o IAPETC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas, em 1938.
A Constituição de 1934 consagrou o modelo tripartite de financiamento do sistema de previdência social, no qual os recursos deveriam advir da União, dos empregadores e dos empregados.
 A partir daí foi instituída a tríplice forma de custeio (Governo, empregadores e empregados) e a noção do “risco social” (doença, invalidez, velhice e morte).
A alínea m do art. 137 da Constituição Federal de 1937 instituiu seguros em decorrência de acidente de trabalho, sendo eles: seguros de vida, de invalidez e de velhice.
Na vigência da Constituição de 1937 houve a edição do primeiro documento legal, o Decreto-Lei n. 288, de 23 de fevereiro de 1938. Referido decreto foi responsável pela criação do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado.
Pouco depois, em 1939, foi editado o Decreto-Lei n. 1.142, de 9 de março, sendo responsável pela obrigatoriedade de filiação dos condutores de veículos ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas.
Ainda em 1939, tivemos a edição do Decreto-Lei n. 1.469, de 1° de agosto, o qual foi responsável pela criação do Serviço Central de Alimentação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários.
Em 19 de janeiro de 1946, pouco antes da promulgação da Constituição Federal de 1946, foi editado o Decreto-Lei n. 8.742, o qual teve o condão de criar o Departamento Nacional de Previdência Social.
A Constituição brasileira de 1946 não representou nenhuma mudança de conteúdo no que tange à Previdência Social, em comparação com a Constituição que a antecedeu.
Trouxe a queda do termo “seguro social”, o qual foi substituído, pela primeira vez em termos constitucionais no Brasil, pelo termo “Previdência Social”.
Foi editada a Lei Orgânica da Previdência Social, em 1960, a qual teve o condão de unificar todos os dispositivos infraconstitucionais relativos à Previdência Social que até então existiam. A Lei Orgânica, Lei n. 3.807/60, instituiu o auxílio-reclusão, o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral, tendo, portanto, representado grandes avanços também no plano substancial.
A instituição do seguro-desemprego foi a maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967. Nela houve a inclusão do salário-família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional.
• Em 14-9-1967, foi editada a Lei n. 5.316, a qual passou a incluir na Previdência Social o seguro de acidentes de trabalho.
• Em 1°-5-1969, foi editado o Decreto-Lei n. 564, o qual passou a contemplar o trabalhador rural na Previdência Social.
• Em 7-9-1970, foi editada a LC n. 7, responsável pela criação do PIS
(Programa de Integração Social).
• Em 3-12-1970, foi editada a LC n. 8, responsável pela criação do PASEP
(Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).
• Em 1°-5-1974, foi editada a Lei n. 6.036, a qual desmembrou o
Ministério do Trabalho e Previdência Social, dando origem ao Ministério
da Previdência e Assistência Social.
• Em 4-11-1974, a Lei n. 6.125 criou, pelo Poder Executivo, a Empresa de
Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV).
• Em 24-1-1976, foi editado o Decreto n. 77.077, o qual instituiu a
Consolidação das Leis da Previdência Social.
• Em 1°-9-1977, foi editada a Lei n. 6.439, responsável pela criação do
Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o qual
possuía o escopo de propor a política de previdência e assistência médica,
farmacêutica e social.
• Em 23-1-1984, foi editado o Decreto n. 89.312, aprovando a nova
Consolidaçãodas Leis da Previdência Social.
Agora vamos falar da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que além de marcar o retorno de um Estado democrático de direito ao nosso país, contemplou diversos direitos e garantias fundamentais aos cidadãos.
Nesse contexto, de direitos fundamentais sociais, no qual se inclui a Previdência Social, surge a discussão a respeito da eficácia de tais direitos, ou seja, se é possível se exigir do Estado prestações de cunho positivo a fim de que os direitos fundamentais sociais sejam efetivamente garantidos.
Com o advento da Constituição, houve o nascimento de um Sistema Nacional de Seguridade Social, o qual possui a finalidade precípua de assegurar o bem-estar e a justiça sociais, para que, dessa forma, ninguém seja privado do mínimo existencial, ou seja, para que a todos os cidadãos seja assegurado o princípio da dignidade humana.
1.1 Fundamentos norteadores
 Brasil adota o sistema misto sob a égide dos seguintes fundamentos: 
a) Intervenção do Estado e a dignidade da pessoa humana: aos nacionais e residentes no país, o Estado intervirá na sociedade para lhe garantir a efetividade das políticas sociais, reduzindo os riscos de doença e o fornecimento universal de benefícios, dessa forma ratifica a aplicabilidade constitucional da dignidade da pessoa humana.
b) Solidariedade social: intimamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana, pressupõe responsabilidade solidária entre Estado e nacionais para efetivação do “Bem-Estar Social”.
c) A proteção aos previdentes: ativos contribuem, de forma que o previdente não seja prejudicado.
d) Redistribuição da renda: ligado ao princípio da seletividade, visa orientar a ampla distribuição de benefícios sociais ao maior número de necessitados, garantindo a solidariedade na distribuição de recursos.
e) Risco social: indivíduo que perder sua capacidade laborativa será assegurado pela coletividade representada pela seguridade social/previdência.
Conforme vimos acima, a primeira constituição a reunir a saúde, a assistência social e a previdência em um único sistema de proteção social de caráter tridimensional: a seguridade social – foi a Constituição Federal de 1988. 
Então, vejamos, que as fontes do Direito Previdenciário são a Constituição Federal; as demais são Emendas Constitucionais; Lei Complementar; Lei Ordinária; Medida Provisória; Decreto Legislativo; Resolução do Senado Federal; Atos Administrativos Normativos (Ordem de Serviço); Circular, Orientação Normativa etc.; Jurisprudência dos tribunais superiores.
Com o objetivo de atuar nas áreas de saúde, assistência social e previdência
social, de maneira que as contribuições sociais começaram a custear as ações do Estado.
O propósito da Carta Magna de 1988 é garantir o bem-estar e a justiça sociais, para que, dessa forma, ninguém seja privado do mínimo existencial.
A Previdência Social é um seguro público e compulsório, ou seja, obrigatório. Possui caráter contributivo, embora sua filiação seja obrigatória.
A Previdência Social visa amparar o trabalhador e a sua família dos possíveis infortúnios que podem vir a atingi-lo e proporcionar o bem-estar social através de sistema público de política previdenciária solidária. 
A Previdência é um sistema de seguro obrigatório para todos os trabalhadores que possuem carteira assinada.
Em que pese o princípio da uniformidade de prestações previdenciárias, contemplado no texto constitucional, o fato é que no âmbito da Previdência Social no
Brasil não existe somente um regime previdenciário, mas vários deles.
Já falamos um pouco sobre eles em nossas aulas, lembra?
Ludmila, mas ainda me restam dúvidas quanto a regime previdenciário.
Então vamos lá!
O regime previdenciário abarca, mediante normas disciplinadoras (que começa ali na constituição federal, certo?) da relação jurídica previdenciária, uma coletividade de indivíduos que têm vinculação entre si em virtude da relação de trabalho ou categoria profissional a que está submetida, garantindo a esta coletividade, no mínimo, os benefícios essencialmente observados em todo sistema de seguro social aposentadoria e pensão por falecimento do segurado.
O Regime Geral da Previdência Social o famoso RGPS, que é nosso principal regime previdenciário na ordem interna, abrange obrigatoriamente todos os trabalhadores da iniciativa privada, ou seja: os trabalhadores que possuem relação de emprego; os trabalhadores autônomos, eventuais ou não; os empresários individuais e microempreendedores individuais ou sócios de empresas e prestadores de serviços remunerados por “pro labore”; trabalhadores avulsos; pequenos produtores rurais e pescadores artesanais trabalhando em regime de economia familiar; e outras categorias de trabalhadores, como agentes públicos que ocupam exclusivamente cargos em comissão, garimpeiros, empregados de organismos internacionais, ministros de confissão religiosa etc. 
É regido pela Lei n. 8.213/1991, intitulada “Plano de Benefícios da Previdência Social”, sendo de filiação compulsória e automática para os segurados obrigatórios, permitindo, ainda, que pessoas que não estejam enquadradas como obrigatórios e não tenham regime próprio de previdência se inscrevam como segurados facultativos, passando também a serem filiados ao RGPS. É o único regime previdenciário compulsório brasileiro que permite a adesão de segurados facultativos, em obediência ao princípio da universalidade do atendimento – art. 194, I, da Constituição.
Ah, Ludmila agora já tenho uma boa noção do que é o Regime Geral da Previdência Social, quem são seus segurados, e quem pode ser; podemos falar um pouco do regime de previdência do servidor público para que eu possa entender melhor a diferença?
Vamos lá!
O Regime de Previdência dos Servidores Públicos destina-se aos ocupantes de cargos efetivos.
 Considera-se Regime Próprio de Previdência Social – RPPS – aquele que assegure aos servidores de um ente da Federação a aposentadoria e, a seus dependentes, a pensão por morte.
Em função da autonomia político-administrativa de cada um dos entes da Federação, incumbe especificamente à União estabelecer, normatizar e fazer cumprir a regra constitucional do artigo 40 da Constituição Federal, com relação aos seus servidores públicos ocupantes de cargos efetivos e aos vitalícios; a cada Estado-membro da Federação e ao Distrito Federal, em relação a seus servidores públicos estaduais ou distritais e agentes públicos vitalícios; e a cada Município, em relação aos seus servidores públicos municipais, o que acarreta a existência milhares de Regimes de Previdência Social na ordem jurídica vigente.
São regimes (no plural), porque cada ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) deve ter seu próprio regime.
Em função da autonomia político-administrativa de cada um dos Entes da Federação, incumbe especificamente à União estabelecer, normatizar e fazer cumprir
 a regra constitucional do artigo 40 em relação aos seus servidores públicos; a cada Estado-membro da Federação e ao Distrito Federal, em relação a seus servidores públicos estaduais ou distritais; e a cada Município, em relação aos seus servidores públicos municipais, o que acarreta a existência milhares de Regimes de Previdência
Social na ordem jurídica vigente.
Como já salientado, a Previdência Social no Brasil é composta por regimes públicos, quais sejam, o Regime Geral de Previdência Social e os Regimes Próprios de Servidores Públicos, todos em sistema de repartição, compulsórios, geridos pelo Poder Público, que cobrem a perda da capacidade de gerar meios para a subsistência até um valor-teto; e outro, complementar, privado e facultativo, gerido por entidades de previdência fiscalizadas pelo Poder Público. Assim, a exploração da previdência pela iniciativa privada é tolerada pela ordem jurídica, porém apenas em caráter supletivo.
A Constituição Federal de 1988, quando promulgada, concedia o mesmo tratamento diferenciado aos agentes públicos ocupantes de cargos efetivos da União,
 dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,bem como os das autarquias e fundações públicas.
Foi a Emenda Constitucional n. 20, de 15.12.1998, que inovou na matéria ao prever a instituição de um regime previdenciário próprio, o qual também se aplica aos agentes públicos ocupantes de cargos vitalícios (magistrados, membros do Ministério Público e de Tribunais de Contas) – art. 40, caput, com a redação conferida pela EC n. 41, de 2003.
A Constituição Federal estabelece que para os agentes públicos ocupantes de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como os das autarquias e fundações públicas, deve haver Regimes Previdenciários próprios, os quais também se aplicam aos agentes públicos ocupantes de cargos vitalícios (magistrados, membros do Ministério Público e de Tribunais de Contas) –art. 40, caput, com a redação conferida pela EC n. 41, de 2003.
Tais agentes públicos não se inserem no Regime Geral de Previdência Social, o que significa dizer que lhes é assegurado estatuto próprio a dispor sobre seus direitos previdenciários e a participação destes no custeio do regime diferenciado.
Agora fez uma confusão né? Há diferença de quem é o servidor público regido pelo Regime Próprio de Previdência Social e o agente público que está sujeito ao Regime Geral da Previdência Social?
Sim!
Os servidores públicos compreendem: os servidores estatutários, ou servidores públicos em sentido estrito, ocupantes de cargos públicos; os empregados públicos, contratados sob o regime da CLT e ocupantes de emprego público; e os servidores temporários, contratados por tempo determinado (art. 37, IX, da Constituição), exercendo função, e não cargo ou emprego.
Ainda está confuso?
Então vamos esclarecer: 
Por força de disposição constitucional, as empresas públicas e sociedades de economia mista são regidas em suas relações jurídicas pelos diplomas que regem as pessoas jurídicas de direito privado, não se aplicando, por exemplo, em matéria de relações de trabalho e previdenciárias não se aplicando, por exemplo, em matéria de relações de trabalho e previdenciárias, as disposições do Capítulo VII do Título III da Constituição da República, salvo aquelas que expressamente sejam aplicáveis. 
Os servidores estatutários, ou servidores públicos são os que possuem vínculo de trabalho regido por estatuto próprio.
Acredito que com a explanação acima sobre as empresas públicas e as sociedades de economia mista, já temos uma diferenciação deste servidor regido pelo RGPS e o que está regido pelo RPPS, certo?
 Agora vamos voltar ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social).
O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é gerenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
E conforme já vimos, essa é a opção de filiação de todos os trabalhadores que estão ligados ao INSS através da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Destina-se aos trabalhadores do setor privado e empregados públicos celetistas, objetivando a proteção previdenciária a essas classes de cidadãos.
Agora vamos falar novamente do RPPS: Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que é voltado ao servidor público que possui cargo efetivo no Estado, no Distrito Federal, no Município ou na União. Esse regime foi estabelecido por entidades de caráter público, como fundos previdenciários e institutos de previdência. A filiação dos trabalhadores nesse caso também é obrigatória. Esse regime torna efetivas as leis que regulamentam a proteção do beneficiário em idade avançada (aposentadoria) e de pensão por morte (aos dependentes do segurado). De caráter obrigatório e contributivo, instituído pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios em substituição ao RGPS, destinado aos seus respectivos membros e servidores.
Ludmila além dos RGPS (Regime Geral da Previdência Social) e do RPPS (Regime Próprio da Previdência Social) existem outros Regimes Previdênciários? Lembra que falamos acima sempre no plural dos Regimes de Previdência, pois é, existe sim, e vamos conhecer!
Regime dos Militares das Forças Armadas: Os servidores públicos militares, apesar da prestação de serviço à coletividade, têm um sistema de previdência diferenciado quanto ao tempo de contribuição e os valores contributivos.
Regime de Previdência Complementar: é de caráter privado e funciona debaixo da autonomia exercida por entidades complementares de previdência, sejam elas abertas, sejam fechadas. A ideia desse tipo de regime é adicionar uma renda aos trabalhadores que desejam ampliar seus ganhos, além do plano previdenciário oficial.
Dispõe o artigo 202 da Constituição Federal: O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
Autopatrocínio: Instituto que faculta ao participante a permanência de sua contribuição ao plano, assumindo também a parte do patrocinador quando da perda do vínculo empregatício ou associativo.
Benefício Programado: Benefício de caráter previdenciário, em que a data de seu início é previsível, conforme as condições estabelecidas no regulamento.
A Previdência Social no Brasil é composta por regimes públicos, quais sejam, o Regime Geral de Previdência Social e os Regimes Próprios de Servidores Públicos, todos em sistema de repartição, compulsórios, geridos pelo Poder Público, que cobrem a perda da capacidade de gerar meios para a subsistência até um valor-teto; e outro, complementar, privado e facultativo, gerido por entidades de previdência fiscalizadas pelo Poder Público. 
Assim, a exploração da previdência pela iniciativa privada é tolerada pela ordem jurídica, porém apenas em caráter supletivo.
A Constituição Federal de 1988 previa, desde sua redação original, a existência de um regime complementar de previdência, gerido pela própria Previdência Social, sem, no entanto, trazer maiores disciplinamentos à matéria, que foi remetida para lei específica, jamais editada (§ 7º do art. 201 da Constituição – art. 28, § 6º, da Lei n. 8.212/1991).
Existe, contudo, desde antes da Carta Magna vigente, o regime complementar privado, que tem por prestadoras de benefícios previdenciários as entidades de previdência complementar. O diploma regente das entidades de previdência privada complementar era a Lei n. 6.435/1977, regulamentada por dois Decretos: o n. 81.240/1978, que tratava das entidades fechadas de previdência privada, e o n. 81.402/1978, que tratava das entidades abertas de mesmo gênero. Tais textos foram recepcionados pela ordem constitucional vigente.
Até o advento da Emenda Constitucional n. 20, a matéria relativa à previdência complementar na Constituição se limitava a estabelecer, como ônus da Previdência Social, a criação de um “seguro coletivo, de caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições adicionais” (art. 201, § 7º, do texto original).
Com a Emenda, a matéria passou a ser disciplinada nos arts. 40 e 202, determinando, ao contrário do texto anterior, a autonomia do regime previdenciário complementar em face dos regimes públicos de previdência, o que, de fato, já ocorria com os segurados do Regime Geral de Previdência Social, que participam compulsoriamente desse regime, em sistema contributivo de repartição e, facultativamente, de planos de previdência complementar, mediante sistema de capitalização. Com a Emenda n. 20, o art. 40, nos §§ 14 a 16, passou a prever a possibilidade de fundos de previdência complementar também para os agentes públicos ocupantes de cargos efetivos e vitalícios.
Após a promulgação da Emenda n. 20, houve a publicação das Leis Complementares ns. 108 e 109, ambas datadas de 29.5.2001, para atender ao disposto no art. 202 da Lei Maior, revogando, assim, a Lei n. 6.435/1977. A primeira dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar. A segundadispõe sobre a Lei Básica da Previdência Complementar.
A Lei Complementar n. 109/2001 inicia preconizando os mesmos princípios estabelecidos no art. 202 da Constituição da República, quais sejam, o caráter meramente complementar do regime privado e a autonomia deste em relação à Previdência Social, assim como a facultatividade no ingresso e a necessidade de constituição de reservas que garantam a concessão dos benefícios (art. 1º).
Entende-se por entidades de previdência privada “as que têm por objetivo
principal instituir e executar planos privados de benefícios de caráter previdenciário” (art. 2º). Para a constituição e início de funcionamento de uma entidade previdenciária privada, a Lei prevê a necessidade de autorização governamental prévia (art. 33, inciso I, e art. 38, inciso I).
O controle governamental é exercido pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, autarquia de natureza especial criada pela Lei n. 12.154, de 23.12.2009, vinculada atualmente ao Ministério da Fazenda, com atribuição de fiscalizar e supervisionar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência
Entidade fechada de previdência privada é aquela constituída sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos, e que é acessível exclusivamente a empregados de uma empresa ou grupo de empresas, aos servidores dos entes públicos da Administração, quando o tomador dos serviços será denominado patrocinador da entidade fechada, e aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, quando estas serão denominadas “instituidores”da entidade (art. 31 da Lei). 
Entidade aberta de previdência privada é aquela que não se enquadra na hipótese anterior. São instituições financeiras que exploram economicamente o ramo de infortúnios do trabalho, cujo objetivo é a instituição e operação de planos de benefícios de caráter previdenciário em forma de renda continuada ou pagamento único, constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas, podendo as seguradoras que atuem exclusivamente no ramo de seguro de vida virem a ser autorizadas a operar também planos de previdência complementar (Lei Complementar n. 109, art. 36 e seu parágrafo único).
Neste regime complementar, utiliza-se para a pessoa do segurado, associado ou beneficiário o termo “participante” ou “assistido”. Para que um indivíduo se torne participante de um plano previdenciário de entidade fechada de previdência privada há necessidade de que preencha os requisitos exigidos pela entidade, geralmente, a vinculação a um empregador (empresa); já para ingressar num plano de entidade aberta, basta a adesão voluntária a ele, não havendo necessidade de vinculação a um empregador (art. 8º, inciso I, da Lei Complementar n. 109). 
O custeio dos planos de previdência complementar de entidades fechadas de que trata a Lei será feito por meio de contribuições dos participantes (trabalhadores que aderirem), dos assistidos (dependentes de trabalhadores que possam aderir também ao plano) e do patrocinador (empregador). Já os de entidades abertas são custeados exclusivamente com aportes do trabalhador participante (cotização individual).
No caso da previsão constitucional de previdência complementar facultativa para s agentes públicos ocupantes de cargos efetivos e vitalícios, convém frisar que os fundos de previdência complementar terão de ser instituídos por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo e terão de ser geridos por entidade com personalidade jurídica de direito público (autarquia ou fundação).
Quanto às normas que disciplinam a relação entre o participante de planos de previdência complementar e as entidades respectivas, cumpre frisar o entendimento
consolidado pelo STJ na Súmula n. 563: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas”.
Agora que vimos os Regimes de Previdência no nosso país, podemos, Vamos para mais um exercício?
1) Augusto César, servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão no Ministério das Cidades, em razão desse vínculo, está sujeito ao seguinte regime previdenciário:
a) geral do INSS;
b) estatutário extraordinário;
c) especial de caráter público;
d) público de caráter complementar; 
e) privado de caráter complementar
2)É correto afirmar sobre os segurados do Regime Geral de Previdência:
a) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo da União, é excluído do Regime Geral de Previdência Social.
b) Quando amparado por Regime Próprio de Previdência Social, o servidor civil ocupante de cargo efetivo dos Municípios é excluído do Regime Geral de Previdência Social.
c) O Regime Próprio de Previdência Social é subsidiário ao Regime Geral de Previdência Social, podendo o servidor público civil optar pela filiação em qualquer deles.
d) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo militar da União, poderá optar pela filiação ao Regime Geral de Previdência Social ou ao Regime Próprio de Previdência Social.
e) O servidor civil ocupante de cargo ou emprego público em autarquias e fundações é filiado obrigatório do Regime Próprio de Previdência Social.
Exercício 1) Gabarito letra A. O artigo 40, §13, CF diz : aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Dessa forma, a CF é firme no sentido de atribuir ao ocupante exclusivamente de cargo em comissão a condição de beneficiário do RGPS como empregado. Mas, cuidado: se houver vínculo efetivo com a Administração, será o Regime Próprio de Previdência Social.
Exercício 2) Gabarito letra B.A) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo da União, é excluído do Regime Geral de Previdência Social. (A letra "A" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.) 
B) Quando amparado por Regime Próprio de Previdência Social, o servidor civil ocupante de cargo efetivo dos Municípios é excluído do Regime Geral de Previdência Social. ( A letra "B" está certa porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. ) 
C) O Regime Próprio de Previdência Social é subsidiário ao Regime Geral de Previdência Social, podendo o servidor público civil optar pela filiação em qualquer deles. (A letra "C" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.)
 D) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo militar da União, poderá optar pela filiação ao Regime Geral de Previdência Social ou ao Regime Próprio de Previdência Social. (A letra "D" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.)
 E) O servidor civil ocupante de cargo ou emprego público em autarquias e fundações é filiado obrigatório do Regime Próprio de Previdência Social. (A letra "E" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.)

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