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Direito Previdenciário - Evolução história, diferenças sobre os regimes

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FAN PADRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora: Ludmila Pinheiro Fontes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA / 2021
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Já vimos que o Direito Previdenciário está inserido no nosso ordenamento 
jurídico em conjunto com a Assistência Social e a Saúde, formano nosso tripé da 
Seguridade Social. 
Agora vamos juntos estudar como é feita a assistência social, como é 
distribuída a saúde, e por fim como é o regime previdenciário no nosso país. 
Não desânime! Já aprendemos muito até agora, e vamos aprender muito 
mais! 
Logo você verá como essa parte que engloba a seguridade social está 
inserida na vida de todos e de quem está ao nosso redor. 
 Vimos como é a participação de todos no custeio da saúde, da assistência 
social e da previdência social. 
E a partir de agora vamos entender como cada um que forma o tripé da 
seguridade social funciona. 
Antes de falarmos da Saúde e da Assistência Social vamos entender um 
pouco mais da Previdência Social, os tipos de Regime existentes em nosso país e 
como ela é exercida. 
 
1. A Previdencia Social. 
 
 
A Previdência Social passou por diversos avanços até ser considerada um 
 
 
direito fundamental social. 
A Previdência Social, enquanto direito fundamental, está protegida pela 
imutabilidade, ou seja, considera-se cláusula pétrea, não podendo ser suprimida. 
O art. 201 da CF dispõe que: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime 
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (...). 
A Previdência Social na Constituição de 1824 veio disciplinada no inciso 
XXXI do art. 179, com a garantia aos cidadãos do direito aos “socorros públicos”. 
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Políticos dos Cidadãos 
Brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é 
garantida pela Constituição do Império, da seguinte forma: […] 
XXXI. A Constituição também garante os soccorros públicos. 
Tal dispositivo não apresentou utilidade prática, pois os cidadãos não 
dispunham de meios para exigir o efetivo cumprimento da aludida garantia, ou seja, 
apesar de previsto constitucionalmente, o direito aos “socorros públicos” não tinha 
exigibilidade. 
Na Constituição brasileira de 1891 havia previsão em dois dispositivos 
relacionados à Previdência Social, art. 5º e art. 75, sendo que o primeiro dispunha 
sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade pública, caso 
estes solicitassem. Já o art. 75 dispunha sobre a aposentadoria por invalidez dos 
funcionários públicos. 
Vale ressaltar que o art. 75 da Constituição de 1891 previa que a 
aposentadoria era concedida aos funcionários públicos que viessem a ficar inválidos, 
não dependendo de qualquer contribuição por parte do trabalhador, sendo custeada 
integralmente pelo Estado. 
Com a industrialização das grandes cidades, especialmente São Paulo e Rio 
de Janeiro, e as condições abusivas de trabalho, as quais levavam a inúmeros 
acidentes de trabalho, foi aprovado o Decreto Legislativo n. 3.724, de 15 de janeiro de 
1919, que versava sobre proteção aos acidentes do trabalho, logo acompanhado da 
edição do Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecida por Lei Eloy 
Chaves, tendo este último ato legislativo criado as Caixas de Aposentadoria e Pensões 
 
 
dos Ferroviários, que funcionaram, em todo o território nacional, por muitos anos. 
A Lei Eloy Chaves se tornou o marco do direito previdenciário, pois 
criou o primeiro sistema de previdência social para atender, especificamente, aos 
trabalhadores ferroviários, com as denominadas Caixas de Aposentadoria e Pensões 
dos Ferroviários, garantindo a eles a proteção em caso de invalidez e morte, além de 
proteção a título de assistência médica. 
Após a Lei Eloy Chaves, foram criadas outras Caixas de Aposentadoria e 
Pensões (CAP’s) em empresas de diversos ramos da atividade econômica. 
A primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito nacional, 
com base na atividade econômica, foi o IAPM – Instituto de Aposentadoria e Pensões 
dos Marítimos, criada em 1933, pelo Decreto n. 22.872, de 29 de junho daquele ano. 
Seguiram-se o IAPC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários – e o 
IAPB – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários, em 1934; o IAPI – 
Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, em 1936; o IPASE – Instituto 
de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado, e o IAPETC – Instituto de 
Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas, em 1938. 
A Constituição de 1934 consagrou o modelo tripartite de financiamento do 
sistema de previdência social, no qual os recursos deveriam advir da União, dos 
empregadores e dos empregados. 
 A partir daí foi instituída a tríplice forma de custeio (Governo, 
empregadores e empregados) e a noção do “risco social” (doença, invalidez, velhice e 
morte). 
A alínea m do art. 137 da Constituição Federal de 1937 instituiu seguros 
em decorrência de acidente de trabalho, sendo eles: seguros de vida, de invalidez e de 
velhice. 
Na vigência da Constituição de 1937 houve a edição do primeiro 
documento legal, o Decreto-Lei n. 288, de 23 de fevereiro de 1938. Referido decreto 
foi responsável pela criação do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores 
do Estado. 
Pouco depois, em 1939, foi editado o Decreto-Lei n. 1.142, de 9 de março, 
sendo responsável pela obrigatoriedade de filiação dos condutores de veículos ao 
Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas. 
 
 
Ainda em 1939, tivemos a edição do Decreto-Lei n. 1.469, de 1° de agosto, 
o qual foi responsável pela criação do Serviço Central de Alimentação do Instituto de 
Aposentadoria e Pensões dos Industriários. 
Em 19 de janeiro de 1946, pouco antes da promulgação da Constituição 
Federal de 1946, foi editado o Decreto-Lei n. 8.742, o qual teve o condão de criar o 
Departamento Nacional de Previdência Social. 
A Constituição brasileira de 1946 não representou nenhuma mudança de 
conteúdo no que tange à Previdência Social, em comparação com a Constituição que a 
antecedeu. 
Trouxe a queda do termo “seguro social”, o qual foi substituído, pela 
primeira vez em termos constitucionais no Brasil, pelo termo “Previdência Social”. 
Foi editada a Lei Orgânica da Previdência Social, em 1960, a qual teve o 
condão de unificar todos os dispositivos infraconstitucionais relativos à Previdência 
Social que até então existiam. A Lei Orgânica, Lei n. 3.807/60, instituiu o auxílio-
reclusão, o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral, tendo, portanto, representado 
grandes avanços também no plano substancial. 
A instituição do seguro-desemprego foi a maior inovação trazida pela 
Constituição Federal de 1967. Nela houve a inclusão do salário-família, que antes só 
havia recebido tratamento infraconstitucional. 
• Em 14-9-1967, foi editada a Lei n. 5.316, a qual passou a incluir na 
Previdência Social o seguro de acidentes de trabalho. 
• Em 1°-5-1969, foi editado o Decreto-Lei n. 564, o qual passou a 
contemplar o trabalhador rural na Previdência Social. 
• Em 7-9-1970, foi editada a LC n. 7, responsável pela criação do PIS 
(Programa de Integração Social). 
• Em 3-12-1970, foi editada a LC n. 8, responsável pela criação do PASEP 
(Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). 
• Em 1°-5-1974, foi editada a Lei n. 6.036, a qual desmembrou o 
Ministério do Trabalho e Previdência Social, dando origem ao Ministério 
da Previdência e Assistência Social. 
• Em 4-11-1974, a Lei n. 6.125 criou, pelo Poder Executivo, a Empresa de 
Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV). 
 
 
• Em 24-1-1976, foi editado o Decreto n.77.077, o qual instituiu a 
Consolidação das Leis da Previdência Social. 
• Em 1°-9-1977, foi editada a Lei n. 6.439, responsável pela criação do 
Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o qual 
possuía o escopo de propor a política de previdência e assistência médica, 
farmacêutica e social. 
• Em 23-1-1984, foi editado o Decreto n. 89.312, aprovando a nova 
Consolidação das Leis da Previdência Social. 
Agora vamos falar da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988, que além de marcar o retorno de um Estado democrático de direito ao nosso 
país, contemplou diversos direitos e garantias fundamentais aos cidadãos. 
Nesse contexto, de direitos fundamentais sociais, no qual se inclui a 
Previdência Social, surge a discussão a respeito da eficácia de tais direitos, ou seja, se 
é possível se exigir do Estado prestações de cunho positivo a fim de que os direitos 
fundamentais sociais sejam efetivamente garantidos. 
Com o advento da Constituição, houve o nascimento de um Sistema 
Nacional de Seguridade Social, o qual possui a finalidade precípua de assegurar o 
bem-estar e a justiça sociais, para que, dessa forma, ninguém seja privado do mínimo 
existencial, ou seja, para que a todos os cidadãos seja assegurado o princípio da 
dignidade humana. 
 
1.1 Fundamentos norteadores 
 Brasil adota o sistema misto sob a égide dos seguintes fundamentos: 
a) Intervenção do Estado e a dignidade da pessoa humana: aos nacionais e 
residentes no país, o Estado intervirá na sociedade para lhe garantir a efetividade das 
políticas sociais, reduzindo os riscos de doença e o fornecimento universal de 
benefícios, dessa forma ratifica a aplicabilidade constitucional da dignidade da pessoa 
humana. 
b) Solidariedade social: intimamente ligado ao princípio da dignidade da 
pessoa humana, pressupõe responsabilidade solidária entre Estado e nacionais para 
efetivação do “Bem-Estar Social”. 
c) A proteção aos previdentes: ativos contribuem, de forma que o 
 
 
previdente não seja prejudicado. 
d) Redistribuição da renda: ligado ao princípio da seletividade, visa 
orientar a ampla distribuição de benefícios sociais ao maior número de necessitados, 
garantindo a solidariedade na distribuição de recursos. 
e) Risco social: indivíduo que perder sua capacidade laborativa será 
assegurado pela coletividade representada pela seguridade social/previdência. 
Conforme vimos acima, a primeira constituição a reunir a saúde, a 
assistência social e a previdência em um único sistema de proteção social de caráter 
tridimensional: a seguridade social – foi a Constituição Federal de 1988. 
Então, vejamos, que as fontes do Direito Previdenciário são a Constituição 
Federal; as demais são Emendas Constitucionais; Lei Complementar; Lei Ordinária; 
Medida Provisória; Decreto Legislativo; Resolução do Senado Federal; Atos 
Administrativos Normativos (Ordem de Serviço); Circular, Orientação Normativa 
etc.; Jurisprudência dos tribunais superiores. 
Com o objetivo de atuar nas áreas de saúde, assistência social e previdência 
social, de maneira que as contribuições sociais começaram a custear as ações do 
Estado. 
O propósito da Carta Magna de 1988 é garantir o bem-estar e a justiça 
sociais, para que, dessa forma, ninguém seja privado do mínimo existencial. 
A Previdência Social é um seguro público e compulsório, ou seja, 
obrigatório. Possui caráter contributivo, embora sua filiação seja obrigatória. 
A Previdência Social visa amparar o trabalhador e a sua família dos 
possíveis infortúnios que podem vir a atingi-lo e proporcionar o bem-estar social 
através de sistema público de política previdenciária solidária. 
A Previdência é um sistema de seguro obrigatório para todos os 
trabalhadores que possuem carteira assinada. 
Em que pese o princípio da uniformidade de prestações previdenciárias, 
contemplado no texto constitucional, o fato é que no âmbito da Previdência Social no 
Brasil não existe somente um regime previdenciário, mas vários deles. 
Já falamos um pouco sobre eles em nossas aulas, lembra? 
Ludmila, mas ainda me restam dúvidas quanto a regime previdenciário. 
Então vamos lá! 
 
 
O regime previdenciário abarca, mediante normas disciplinadoras (que 
começa ali na constituição federal, certo?) da relação jurídica previdenciária, uma 
coletividade de indivíduos que têm vinculação entre si em virtude da relação de 
trabalho ou categoria profissional a que está submetida, garantindo a esta coletividade, 
no mínimo, os benefícios essencialmente observados em todo sistema de seguro social 
aposentadoria e pensão por falecimento do segurado. 
O Regime Geral da Previdência Social o famoso RGPS, que é nosso 
principal regime previdenciário na ordem interna, abrange obrigatoriamente todos os 
trabalhadores da iniciativa privada, ou seja: os trabalhadores que possuem relação de 
emprego; os trabalhadores autônomos, eventuais ou não; os empresários individuais e 
microempreendedores individuais ou sócios de empresas e prestadores de serviços 
remunerados por “pro labore”; trabalhadores avulsos; pequenos produtores rurais e 
pescadores artesanais trabalhando em regime de economia familiar; e outras 
categorias de trabalhadores, como agentes públicos que ocupam exclusivamente 
cargos em comissão, garimpeiros, empregados de organismos internacionais, 
ministros de confissão religiosa etc. 
É regido pela Lei n. 8.213/1991, intitulada “Plano de Benefícios da 
Previdência Social”, sendo de filiação compulsória e automática para os segurados 
obrigatórios, permitindo, ainda, que pessoas que não estejam enquadradas como 
obrigatórios e não tenham regime próprio de previdência se inscrevam como 
segurados facultativos, passando também a serem filiados ao RGPS. É o único regime 
previdenciário compulsório brasileiro que permite a adesão de segurados facultativos, 
em obediência ao princípio da universalidade do atendimento – art. 194, I, da 
Constituição. 
 
Ah, Ludmila agora já tenho uma boa noção do que é o Regime Geral da 
Previdência Social, quem são seus segurados, e quem pode ser; podemos falar um 
pouco do regime de previdência do servidor público para que eu possa entender 
melhor a diferença? 
 
Vamos lá! 
 
 
 
O Regime de Previdência dos Servidores Públicos destina-se aos ocupantes 
de cargos efetivos. 
 Considera-se Regime Próprio de Previdência Social – RPPS – aquele que 
assegure aos servidores de um ente da Federação a aposentadoria e, a seus 
dependentes, a pensão por morte. 
Em função da autonomia político-administrativa de cada um dos entes da 
Federação, incumbe especificamente à União estabelecer, normatizar e fazer cumprir a 
regra constitucional do artigo 40 da Constituição Federal, com relação aos seus 
servidores públicos ocupantes de cargos efetivos e aos vitalícios; a cada Estado-
membro da Federação e ao Distrito Federal, em relação a seus servidores públicos 
estaduais ou distritais e agentes públicos vitalícios; e a cada Município, em relação aos 
seus servidores públicos municipais, o que acarreta a existência milhares de Regimes 
de Previdência Social na ordem jurídica vigente. 
São regimes (no plural), porque cada ente da Federação (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios) deve ter seu próprio regime. 
Em função da autonomia político-administrativa de cada um dos Entes da 
Federação, incumbe especificamente à União estabelecer, normatizar e fazer cumprir 
 a regra constitucional do artigo 40 em relação aos seus servidores públicos; a cada 
Estado-membro da Federação e ao Distrito Federal, em relação a seus servidores 
públicos estaduais ou distritais; e a cada Município, em relação aos seus servidores 
públicos municipais, o que acarreta a existência milhares de Regimes de Previdência 
Social na ordem jurídica vigente. 
Como já salientado, a Previdência Social no Brasil é composta por regimes 
públicos, quais sejam, o Regime Geral de Previdência Sociale os Regimes Próprios 
de Servidores Públicos, todos em sistema de repartição, compulsórios, geridos pelo 
Poder Público, que cobrem a perda da capacidade de gerar meios para a subsistência 
até um valor-teto; e outro, complementar, privado e facultativo, gerido por entidades 
de previdência fiscalizadas pelo Poder Público. Assim, a exploração da previdência 
pela iniciativa privada é tolerada pela ordem jurídica, porém apenas em caráter 
supletivo. 
 
A Constituição Federal de 1988, quando promulgada, concedia o mesmo 
 
 
tratamento diferenciado aos agentes públicos ocupantes de cargos efetivos da União, 
 dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como os das autarquias e 
fundações públicas. 
 
Foi a Emenda Constitucional n. 20, de 15.12.1998, que inovou na matéria 
ao prever a instituição de um regime previdenciário próprio, o qual também se aplica 
aos agentes públicos ocupantes de cargos vitalícios (magistrados, membros do 
Ministério Público e de Tribunais de Contas) – art. 40, caput, com a redação conferida 
pela EC n. 41, de 2003. 
 
A Constituição Federal estabelece que para os agentes públicos ocupantes 
de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem 
como os das autarquias e fundações públicas, deve haver Regimes Previdenciários 
próprios, os quais também se aplicam aos agentes públicos ocupantes de cargos 
vitalícios (magistrados, membros do Ministério Público e de Tribunais de Contas) –
art. 40, caput, com a redação conferida pela EC n. 41, de 2003. 
Tais agentes públicos não se inserem no Regime Geral de Previdência 
Social, o que significa dizer que lhes é assegurado estatuto próprio a dispor sobre seus 
direitos previdenciários e a participação destes no custeio do regime diferenciado. 
Agora fez uma confusão né? Há diferença de quem é o servidor público 
regido pelo Regime Próprio de Previdência Social e o agente público que está sujeito 
ao Regime Geral da Previdência Social? 
Sim! 
Os servidores públicos compreendem: os servidores estatutários, ou 
servidores públicos em sentido estrito, ocupantes de cargos públicos; os empregados 
públicos, contratados sob o regime da CLT e ocupantes de emprego público; e os 
servidores temporários, contratados por tempo determinado (art. 37, IX, da 
Constituição), exercendo função, e não cargo ou emprego. 
Ainda está confuso? 
Então vamos esclarecer: 
Por força de disposição constitucional, as empresas públicas e sociedades 
de economia mista são regidas em suas relações jurídicas pelos diplomas que regem as 
 
 
pessoas jurídicas de direito privado, não se aplicando, por exemplo, em matéria de 
relações de trabalho e previdenciárias não se aplicando, por exemplo, em matéria de 
relações de trabalho e previdenciárias, as disposições do Capítulo VII do Título III da 
Constituição da República, salvo aquelas que expressamente sejam aplicáveis. 
Os servidores estatutários, ou servidores públicos são os que possuem 
vínculo de trabalho regido por estatuto próprio. 
Acredito que com a explanação acima sobre as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, já temos uma diferenciação deste servidor regido pelo 
RGPS e o que está regido pelo RPPS, certo? 
 Agora vamos voltar ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social). 
O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é gerenciado pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social (INSS). 
E conforme já vimos, essa é a opção de filiação de todos os trabalhadores 
que estão ligados ao INSS através da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). 
Destina-se aos trabalhadores do setor privado e empregados públicos celetistas, 
objetivando a proteção previdenciária a essas classes de cidadãos. 
 
Agora vamos falar novamente do RPPS: Regime Próprio de Previdência 
Social (RPPS), que é voltado ao servidor público que possui cargo efetivo no Estado, 
no Distrito Federal, no Município ou na União. Esse regime foi estabelecido por 
entidades de caráter público, como fundos previdenciários e institutos de previdência. 
A filiação dos trabalhadores nesse caso também é obrigatória. Esse regime torna 
efetivas as leis que regulamentam a proteção do beneficiário em idade avançada 
(aposentadoria) e de pensão por morte (aos dependentes do segurado). De caráter 
obrigatório e contributivo, instituído pela União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios em substituição ao RGPS, destinado aos seus respectivos membros e 
servidores. 
Ludmila além dos RGPS (Regime Geral da Previdência Social) e do RPPS 
(Regime Próprio da Previdência Social) existem outros Regimes Previdênciários? 
Lembra que falamos acima sempre no plural dos Regimes de Previdência, pois é, 
existe sim, e vamos conhecer! 
 
 
 
Regime dos Militares das Forças Armadas: Os servidores públicos 
militares, apesar da prestação de serviço à coletividade, têm um sistema de 
previdência diferenciado quanto ao tempo de contribuição e os valores contributivos. 
 
Regime de Previdência Complementar: é de caráter privado e funciona 
debaixo da autonomia exercida por entidades complementares de previdência, sejam 
elas abertas, sejam fechadas. A ideia desse tipo de regime é adicionar uma renda aos 
trabalhadores que desejam ampliar seus ganhos, além do plano previdenciário oficial. 
Dispõe o artigo 202 da Constituição Federal: O regime de previdência 
privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao 
regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de 
reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
Autopatrocínio: Instituto que faculta ao participante a permanência de sua 
contribuição ao plano, assumindo também a parte do patrocinador quando da perda do 
vínculo empregatício ou associativo. 
Benefício Programado: Benefício de caráter previdenciário, em que a data 
de seu início é previsível, conforme as condições estabelecidas no regulamento. 
A Previdência Social no Brasil é composta por regimes públicos, quais 
sejam, o Regime Geral de Previdência Social e os Regimes Próprios de Servidores 
Públicos, todos em sistema de repartição, compulsórios, geridos pelo Poder Público, 
que cobrem a perda da capacidade de gerar meios para a subsistência até um valor-
teto; e outro, complementar, privado e facultativo, gerido por entidades de previdência 
fiscalizadas pelo Poder Público. 
Assim, a exploração da previdência pela iniciativa privada é tolerada pela 
ordem jurídica, porém apenas em caráter supletivo. 
A Constituição Federal de 1988 previa, desde sua redação original, a 
existência de um regime complementar de previdência, gerido pela própria 
Previdência Social, sem, no entanto, trazer maiores disciplinamentos à matéria, que 
foi remetida para lei específica, jamais editada (§ 7º do art. 201 da Constituição – art. 
28, § 6º, da Lei n. 8.212/1991). 
Existe, contudo, desde antes da Carta Magna vigente, o regime 
complementar privado, que tem por prestadoras de benefícios previdenciários as 
 
 
entidades de previdência complementar. O diploma regente das entidades de 
previdência privada complementar era a Lei n. 6.435/1977, regulamentada por dois 
Decretos: o n. 81.240/1978, que tratava das entidades fechadas de previdência 
privada, e o n. 81.402/1978, que tratava das entidades abertas de mesmo gênero. Tais 
textos foram recepcionados pela ordem constitucional vigente. 
Até o advento da Emenda Constitucional n. 20, a matéria relativa à 
previdência complementar na Constituição se limitava a estabelecer, como ônus da 
Previdência Social, a criação de um “seguro coletivo, de caráter complementar e 
facultativo, custeado por contribuições adicionais” (art. 201, § 7º, do texto original). 
Com a Emenda, a matéria passou a ser disciplinada nos arts. 40 e 202, 
determinando, ao contrário do texto anterior, a autonomia do regime previdenciário 
complementar em face dos regimes públicos de previdência, o que,de fato, já ocorria 
com os segurados do Regime Geral de Previdência Social, que participam 
compulsoriamente desse regime, em sistema contributivo de repartição e, 
facultativamente, de planos de previdência complementar, mediante sistema de 
capitalização. Com a Emenda n. 20, o art. 40, nos §§ 14 a 16, passou a prever a 
possibilidade de fundos de previdência complementar também para os agentes 
públicos ocupantes de cargos efetivos e vitalícios. 
Após a promulgação da Emenda n. 20, houve a publicação das Leis 
Complementares ns. 108 e 109, ambas datadas de 29.5.2001, para atender ao disposto 
no art. 202 da Lei Maior, revogando, assim, a Lei n. 6.435/1977. A primeira dispõe 
sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas 
autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e 
suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar. A segunda dispõe 
sobre a Lei Básica da Previdência Complementar. 
A Lei Complementar n. 109/2001 inicia preconizando os mesmos 
princípios estabelecidos no art. 202 da Constituição da República, quais sejam, o 
caráter meramente complementar do regime privado e a autonomia deste em relação à 
Previdência Social, assim como a facultatividade no ingresso e a necessidade de 
constituição de reservas que garantam a concessão dos benefícios (art. 1º). 
Entende-se por entidades de previdência privada “as que têm por objetivo 
principal instituir e executar planos privados de benefícios de caráter previdenciário” 
 
 
(art. 2º). Para a constituição e início de funcionamento de uma entidade previdenciária 
privada, a Lei prevê a necessidade de autorização governamental prévia (art. 33, 
inciso I, e art. 38, inciso I). 
O controle governamental é exercido pela Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar – PREVIC, autarquia de natureza especial criada pela Lei 
n. 12.154, de 23.12.2009, vinculada atualmente ao Ministério da Fazenda, com 
atribuição de fiscalizar e supervisionar as atividades das entidades fechadas de 
previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência 
Entidade fechada de previdência privada é aquela constituída sob a forma 
de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos, e que é acessível exclusivamente 
a empregados de uma empresa ou grupo de empresas, aos servidores dos entes 
públicos da Administração, quando o tomador dos serviços será denominado 
patrocinador da entidade fechada, e aos associados ou membros de pessoas jurídicas 
de caráter profissional, classista ou setorial, quando estas serão denominadas 
“instituidores”da entidade (art. 31 da Lei). 
Entidade aberta de previdência privada é aquela que não se enquadra na 
hipótese anterior. São instituições financeiras que exploram economicamente o ramo 
de infortúnios do trabalho, cujo objetivo é a instituição e operação de planos de 
benefícios de caráter previdenciário em forma de renda continuada ou pagamento 
único, constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas, podendo as 
seguradoras que atuem exclusivamente no ramo de seguro de vida virem a ser 
autorizadas a operar também planos de previdência complementar (Lei Complementar 
n. 109, art. 36 e seu parágrafo único). 
Neste regime complementar, utiliza-se para a pessoa do segurado, 
associado ou beneficiário o termo “participante” ou “assistido”. Para que um 
indivíduo se torne participante de um plano previdenciário de entidade fechada de 
previdência privada há necessidade de que preencha os requisitos exigidos pela 
entidade, geralmente, a vinculação a um empregador (empresa); já para ingressar num 
plano de entidade aberta, basta a adesão voluntária a ele, não havendo necessidade de 
vinculação a um empregador (art. 8º, inciso I, da Lei Complementar n. 109). 
O custeio dos planos de previdência complementar de entidades fechadas 
de que trata a Lei será feito por meio de contribuições dos participantes (trabalhadores 
 
 
que aderirem), dos assistidos (dependentes de trabalhadores que possam aderir 
também ao plano) e do patrocinador (empregador). Já os de entidades abertas são 
custeados exclusivamente com aportes do trabalhador participante (cotização 
individual). 
No caso da previsão constitucional de previdência complementar 
facultativa para s agentes públicos ocupantes de cargos efetivos e vitalícios, convém 
frisar que os fundos de previdência complementar terão de ser instituídos por lei de 
iniciativa do respectivo Poder Executivo e terão de ser geridos por entidade com 
personalidade jurídica de direito público (autarquia ou fundação). 
Quanto às normas que disciplinam a relação entre o participante de planos 
de previdência complementar e as entidades respectivas, cumpre frisar o entendimento 
consolidado pelo STJ na Súmula n. 563: “O Código de Defesa do Consumidor é 
aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos 
contratos previdenciários 
celebrados com entidades fechadas”. 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que vimos os Regimes de Previdência no nosso país, podemos, 
Vamos para mais um exercício? 
1) Augusto César, servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão no 
Ministério das Cidades, em razão desse vínculo, está sujeito ao seguinte regime 
previdenciário: 
a) geral do INSS; 
b) estatutário extraordinário; 
c) especial de caráter público; 
d) público de caráter complementar; 
e) privado de caráter complementar 
 
2)É correto afirmar sobre os segurados do Regime Geral de Previdência: 
a) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo da União, é excluído do Regime 
Geral de Previdência Social. 
b) Quando amparado por Regime Próprio de Previdência Social, o servidor civil ocupante 
de cargo efetivo dos Municípios é excluído do RegimeGeral de Previdência Social. 
c) O Regime Próprio de Previdência Social é subsidiário ao Regime Geral de Previdência 
Social, podendo o servidor público civil optar pela filiação em qualquer deles. 
d) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo militar da União, poderá optar pela 
filiação ao Regime Geral de Previdência Social ou ao Regime Próprio de Previdência 
Social. 
e) O servidor civil ocupante de cargo ou emprego público em autarquias e fundações é 
filiado obrigatório do Regime Próprio de Previdência Social. 
 
 
Exercício 1) Gabarito letra A. O artigo 40, §13, CF diz : aplica-se ao 
agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, 
ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. 
Dessa forma, a CF é firme no sentido de atribuir ao ocupante 
exclusivamente de cargo em comissão a condição de beneficiário do RGPS como 
empregado. Mas, cuidado: se houver vínculo efetivo com a Administração, será o 
Regime Próprio de Previdência Social. 
 
 
 
Exercício 2) Gabarito letra B. A) O servidor público civil, ocupante de 
cargo efetivo da União, é excluído do Regime Geral de Previdência Social. (A letra 
"A" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil 
ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do 
Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados 
por regime próprio de previdência social.) 
B) Quando amparado por Regime Próprio de Previdência Social, o servidor 
civil ocupante de cargo efetivo dos Municípios é excluído do Regime Geral de 
Previdência Social. ( A letra "B" está certa porque de acordo com o artigo 13 da Lei 
8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e 
fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado 
nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. ) 
C) O Regime Próprio de Previdência Social é subsidiário ao Regime Geral 
de Previdência Social, podendo o servidor público civil optar pela filiação em 
qualquer deles. (A letra "C" está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 
8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e 
fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado 
nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.) 
 D) O servidor público civil, ocupante de cargo efetivo militar da União, 
poderá optar pela filiação ao Regime Geral de Previdência Social ou ao Regime 
Próprio de Previdência Social. (A letra "D" está errada porque de acordo com o artigo 
13 da Lei 8.212\91 o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas 
autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social 
consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência 
social.) 
 E) O servidor civil ocupante de cargo ou emprego público em autarquias e 
 
 
fundações é filiado obrigatório do Regime Próprio de Previdência Social. (A letra "E" 
está errada porque de acordo com o artigo 13 da Lei 8.212\91 o servidor civil 
ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do 
Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados 
por regime próprio de previdência social.) 
 
 
 
	FAN PADRÃO
	GOIÂNIA / 2021
	1. A Previdencia Social.

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