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tcc junior e pablo PROJETO correção FINAL f (1)

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 FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIAE CIENCIAS HUMANAS GAMALIEL – FATEFIG CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA - CECAM CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
JOÃO DE MOURA MARQUES JÚNIOR 
PABLO AUGUSTO DE LEÃO BARBOSA
ESTRATÉGIAS EFICAZES NO AUTOCUIDADO PARA O CONTROLE DA DIABETES: Uma revisão integrativa da literatura
TUCURUÍ – PA
2020
JOÃO DE MOURA MARQUES JÚNIOR
PABLO AUGUSTO DE LEÃO BARBOSA
ESTRATÉGIAS EFICAZES NO AUTOCUIDADO PARA O CONTROLE DA DIABETES: Uma revisão integrativa da literatura
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado a Faculdade De Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel, como requisito parcial para obtenção de grau de bacharel em Enfermagem
Orientadora: Natalia k N da Silva
TUCURUÍ – PA
2020
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO 
	04
	1.2 ESTRATÉGIAS NO CONTROLE DA DIABETES
	05
	1.3 PARTICIPAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
	07
	1.4 AUTOCUIDADO NO CONTROLE DA DIABETES
	07
	2. OBJETIVO 
	09
	2.1OBSTIVO GERAL
	
	2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
	09
	3. MATERIAIS E MÉTODOS 
	09
	3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA 
	09
	3.2 PESQUISA NA LITERATURA CIENTÍFICA 
	10
	3.3 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE SELEÇÃO
	12
	3.4 CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS
	12
	4. RESULTADOS E DISCURSSÕES
	19
	4.1 EDUCAÇÃO EM GRUPO
	19
	4.2 VISITA DOMICILIAR
	20
	4.3 TECNOLOGIAS EM SAÚDE
	21
	5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	22
	6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
	23
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e em especial nossa família que sempre estiveram ao nosso lado, as nossas esposas Daniela Garcia e Ivna Ramos. Agradeço as pessoas que me inspiraram a ser melhores quando ser humano e profissionais, em nome do nosso querido Enf. Adalberto Patrício, Enf. Bruna Mercedes, Enf. Nathália Menezes Dias “lindinha”, Dra Natalia Nascimento, Enf. Amanda Ouriques, Enf. Juliana Oliveira, Enf. Andréia Rodrigues, Enf. Lays Barbosa, Prof. Lindolfo Nunes. 
Agradeço a nossa querida Francisca Franceni Alencar Porto (Dona Francisca da secretaria), ao Robson Souza, que contribuíram no decorrer desta jornada. As minhas amigas de grupo que me deram suportem para realização deste sonho (Bruna Roberta, Patrícia Prestes, Patrícia Carvalho, Saína Santos, Jaqueline Almeida), meu amigo José Maria e sua esposa Mara Rúbia. 
Agradeço a todos os professores e preceptores de estágio da Faculdade Gamaliel, que com excelência transmitiram seu saber, suas experiências e que foram fundamentais em minha formação acadêmica. Agradeço aos colegas de curso pelo companheirismo em sala de aula e nos estágios durante esses 5 anos. Aos componentes da banca de TCC por fazerem parte da realização deste trabalho.
RESUMO
Considerando a importância do autocuidado no controle da diabete mellitos, a equipe de Saúde da Família (ESF), possui papel fundamental no desenvolvimento das ações de prevenção e controle de agravos, de modo a que o usuário tenha acesso a todos os serviços. Este estudo tem o objetivo de comparar estratégias eficazes da equipe de saúde aplicadas no cuidado ao paciente portador de diabetes. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foi realizada uma revisão crítica nos bancos de dados e nas plataformas eletrônicos: (BDEnf, CINAHL, LILACS,), o portal PubMed, que engloba o MEDLINE, duas bibliotecas digitais (Banco de Teses da CAPES e SciELO) e um buscador acadêmico (Google Acadêmico), com os seguintes descritores de saúde (diabetes, autocuidado, estratégias, educação em saúde, domicilio) de acordo com os critérios de inclusão os artigos foram dos anos de 2009 à 2020.. Os resultados deste estudo mostram que as estratégias de saúde voltadas a diabetes mellitos tem uma grande relevância na atenção primaria de saúde, trabalhando na prevenção da doença; reabilitação e controle de suas complicações. Em síntese podemos concluir que a promoção a saúde voltada ao paciente portador de diabetes deve ser de forma continua para diminuição dos seus agravos, e que as estratégias voltadas para o autocuidado podem ser implantadas de diversas formas favorecendo o contato interpessoal do cliente juntamente a equipe multiprofissional trazendo um controle glicêmico e por consequência a melhora no estilo de vida, assim prevenindo possíveis complicações. 
Palavras-chave: Diabete mellitos, Autocuidado, controle de agravos, estratégias eficazes.
ABSTRACT
Considering the importance of self-care in the control of diabetes mellitos, the Family Health (ESF) team has a fundamental role in the development of actions for the prevention and control of diseases, so that the user has access to all services. This study aims to compare effective health team strategies applied in the care of patients with diabetes. It is an integrative literature review, in which a critical review was carried out on databases and electronic platforms: (BDEnf, CINAHL, LILACS,), the PubMed portal, which includes MEDLINE, two digital libraries (Banco de CAPES and SciELO theses) and an academic search engine (Google Scholar), with the following health descriptors (diabetes, self-care, strategies, health education, home) according to the inclusion criteria the articles were from 2009 to 2020 .. The results of this study show that health strategies aimed at diabetes mellitos have a great relevance in primary health care, working to prevent the disease; rehabilitation and control of its complications. In summary, we can conclude that health promotion aimed at patients with diabetes must be continuous in order to reduce their problems, and that strategies aimed at self-care can be implemented in different ways favoring the interpersonal contact of the client together with the multidisciplinary team. bringing glycemic control and consequently improving lifestyle, thus preventing possible complications.
Keywords: Diabetes mellitos, Self-care, disease control, effective strategies.
1. INTRODUÇÃO 
 Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica de etiologia diversificada, caracterizada por hiperglicemia relacionada à deficiência de insulina, em se tratando de DM tipo II ou DM tipo I, elevando os riscos de danos micro e macro vasculares nos portadores e causando redução da expectativa e da qualidade de vida (BRASIL.; 2013). 
No Diabetes Mellitus tipo 1, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, como resultado, a glicose fica no sangue em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o DM tipo 1, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença (SOUZA; ALBERNAZ; SOBRINHO.; 2016). 
Já a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizada por uma série de complicações que o indivíduo passa ao longo da sua vida, como o sedentarismo e a má alimentação são fatores pré-determinastes para esse agravo, o rápido envelhecimento da população, a falta de conhecimento e o estilo de vida como a dieta rica em carboidrato, e o consumo de tabaco e álcool são os fatores responsáveis pelas doenças crônicas serem a principal causa de mortalidade no mundo. (MENDES, et al.; 2011). 
SILVA et al (2018), relatam que até 2030 a Diabetes mellitus será a 7ª causa de morte no mundo, no Brasil cerca de 6,9% da população convive com a diabetes, correspondendo a 13 milhões de pessoas segundo dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito telefônico (Vigitel). Dados do Ministério da Saúde mostra que entre de 2006 e 2016, o número de diabéticos no país aumentou 61,8%. Apontando um alto índice na atualidade. Entre as pessoas idosas nos países europeus e nos Estados Unidos, e em pessoas de todas as idades nos países em desenvolvimento, chegando a duplicar na faixa dos 20 aos 44 anos.
FEREIRA et al (2011), destaca várias complicações que a diabetes mellitus causa no indivíduo entre elas estão: DM gestacional, diabetes insípidos, o pé diabético, retinopatia diabética que é uma complicação na retina do paciente causando cegueira e as neuropatia diabética quecausa insuficiência renal crônica (IRC) entre outras, ou seja, a falta de assistência do tratamento dessa patologia é desenvolvida uma serie de complicações agravando ainda mais a situação do paciente.
Nesta perspectiva, a equipe de Saúde da Família possui papel fundamental no desenvolvimento das ações de prevenção e controle de agravos, de modo a que o usuário tenha acesso a todos os serviços, que abrangem: consultas médicas e de enfermagem, exames complementares, recebimento de medicamentos anti-hipertensivos e/ou antidiabéticos, mensuração de peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial e glicemia capilar, além do atendimento odontológico e encaminhamento a outras especialidades ( FÍLHA; NOGUEFRAÉ; VTANA, 2007).
Medidas de prevenção reduzem significativamente a morbimortalidade por DM, por isso constituem prioridades para a saúde pública no mundo, a prevenção pode ser realizada mediante a identificação de indivíduos em risco (prevenção primária), identificação de casos não diagnosticados (prevenção secundária) e pelo tratamento dos indivíduos já afetados pela doença, visando a prevenir complicações agudas e crônicas (prevenção terciária). O Sistema HiperDia foi desenvolvido com os objetivos principais de permitir o monitoramento dos pacientes atendidos e cadastrados na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e gerar informações para aquisição, dispensarão e distribuição de medicamentos, de maneira sistemática, a estes pacientes (FERREIRA; FERREIRA. 2009).
1.2 ESTRATÉGIAS NO CONTROLE DA DIABETES
No Brasil, a prevalência do Diabetes mellitus (DM) está aumentando. Portanto, iniciativas para a promoção da saúde constituem uma das estratégias de prevenção e controle da doença, a fim de implementar e efetivar o controle da comorbidade, elaboramos um estudo fundamentado na teoria educacional e comportamental, propondo um tipo de intervenção pautada em conceitos, como conhecimentos, habilidades e atitudes a respeito da doença, para que indivíduos com DM possam realizar as atividades de autocuidado. (TORRES, et al. 2011).
A literatura reconhece que é necessário monitorar e acompanhar prática do autocuidado dos usuários, proporcionando conhecimentos atualizados sobre a doença, comunicação efetiva, escuta e compreensão, visando à redução das barreiras ao atendimento de qualidade para alcançar a educação em saúde de forma efetiva em diabetes, facilitando a organização de estratégias eficazes no controle da doença, buscando transmitir as informações sobre o autocuidado, de forma clara e objetiva, procurando detectar as inquietações dos usuários frente às dificuldades e barreiras para a realização frequente de exercício físico e de um plano alimentar. (TORRES, et al. 2013).
Para alcançar êxito em estratégias voltadas a pacientes acometidos por diabetes, profissionais devem programar novas práticas de cuidado capazes de promover a saúde dos diabéticos, já que a adesão ao tratamento e o autocuidado são pontos frágeis da educação em saúde e que, portanto, merecem ser refletidos profundamente, dessa forma, observamos o quanto é válido manter o diabético atento à importância da adesão ao tratamento por meio de educação continuada (XAVIER; BITTAR; ATAÍDE. 2009).
A educação continuada e a educação permanente colaboram para melhorar a qualificação dos profissionais, padronizar e sistematizar um atendimento ao usuário com diabetes em termos de integralidade, educação em saúde e desenvolvimento do autogerenciamento (RODRIGUES.; 2010). A educação voltada para a prevenção e o controle em DM apresenta um desafio quer para os indivíduos quer para profissionais de saúde, visando alcançar melhorias no autocuidado. Uma vez que o controle e a prevenção de complicações do diabetes são possíveis por meio de programas educativos e profissionais de saúde capacitados para atuarem no processo educativo. (TORRES; PEREIRA E ALEXANDRE.2010).
A Educação Permanente em Saúde vem também ao encontro das novas diretrizes curriculares propostas aos cursos de graduação na área da saúde, pois se destina à transformação do modelo de atenção a saúde, fortalecendo a promoção e prevenção de agravos no Sistema Único de Saúde, em especial o diabetes, oferecendo assistência integral e autonomia aos trabalhadores de saúde para a eficácia da pratica educativa (RODRIGUES; VIEIRA; TORRES. 2010).
O grande desafio permanece nos cuidados de prevenção e na garantia de assistência médica de qualidade à população, com intenção de conhecer as possíveis dificuldades e serem corrigidas, garantindo uma boa assistência ao paciente com DM (SILVA, et al.2018).
1.3 PARTICIPAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
Cabe ao enfermeiro esclarecer os pacientes tanto dos cuidados que lhe serão aplicados quanto dos cuidados que caberão a ele realizar. Esse profissional deve ter competência técnica, intelectual e interpessoal para analisar as condições do paciente e desenvolver as intervenções necessárias, obtendo assim bons resultados. Portanto o diagnóstico de enfermagem é um dos elementos fundamentais no processo do cuidar e é de responsabilidade exclusiva do enfermeiro (FRAZEN, et al. 2007). 
Estudos revelam que a equipe multiprofissional deve prestar assistência na atenção primaria em saúde de forma humanizada e integralizada, tendo uma visão holística do indivíduo prestando assistência qualificada através da consulta de enfermagem, no qual possui um papel imprescindível na atenção a esses indivíduos com caráter cientifico e respaldo legal (OLIVEIRA, 2010).
A participação dos pacientes com DM em seguimento sistemático em serviço de atenção básica à saúde, acompanhados por equipe multiprofissional, contribuiu para a melhoria de quatro parâmetros clínicos/laboratoriais. As manutenções de alguns parâmetros dentro dos padrões de normalidade devem ser valorizadas como um benefício advindo das atividades Programadas aos usuários de unidade básica de saúde com DM. (OTERO.2010)
É de suma importância explicar para o usuário do serviço de saúde que o diabetes mellitus tipo 2 não tem cura, e, portanto, o tratamento inclui várias abordagens, como a orientação à mudança dos hábitos de vida, educação para saúde, realização de atividade física e se necessário, medicamentos (BELLO et al. 2014). Para (RIBEIRO; ALVES; MEIRA. 2009). É de grade valia que o profissional de saúde estimule o paciente ao autocuidado, à aceitação de suas limitações e ao retorno às atividades.
1.4 AUTOCUIDADO NO CONTROLE DA DIABETES
Para o tratamento dos indivíduos, além do uso das medicações, as atividades de autocuidado são significantes, uma vez que, auxilia no controle metabólico, abrange um programa de educação continuada e modificações no estilo de vida (como a inserção de atividade física e reeducação alimentar, abolição do fumo e do álcool) (SANTOS, et al. 2018).
O controle de DM é possível por meio de programas educativos, da mobilização das pessoas e da incorporação de conhecimentos e atitudes sobre a doença. Essas estratégias favorecem a mudança de comportamentos a partir do estabelecimento de uma dieta balanceada e a adoção da prática de atividades físicas, que possibilitam reduzir as complicações da doença e as necessidades de hospitalização (TORRES; HORTALE; SCHALLC, 2005).
 O autocuidado estimula o desenvolvimento da autonomia do usuário com diabetes, proporcionando maior alocação de recursos centrados em medidas educativas e preventivas sendo necessário que o indivíduo com diabetes adote habilidades de autocuidado que lhe permita controlar sua doença, quanto maior o acesso à informação e ao conhecimento sobre sua comorbidade, maior será sua capacidade aprendida de realizar uma ação de maneira competente, instituindo medidas que lhe permitam a adoção de uma nutrição saudável e a prática de atividade física diária que irá refletir diretamente na melhoria de sua qualidade de vida.(RODRIGUES; VIEIRA; TORRES.; 2010).
No campo da Enfermagem, a Enfermeira Dorothea Elizabeth Orem foi pioneira com reflexões sobre Autocuidado, cujos conceitos englobam o autocuidado, as atividades deautocuidado, as exigências terapêuticas de autocuidado e os preceitos do autocuidado. Em sua Teoria, orem defende a responsabilidade dos indivíduos em cuidar de si e a importância do profissional Enfermeiro na identificação dos cuidados que satisfazem as necessidades dos clientes. (SANTOS et al. 2018). 
Em relação aos fatores que influenciaram as práticas de controle do diabetes, verificou-se que escolaridade e renda não influenciaram as práticas realizadas pelos portadores para controle do diabetes. O mesmo foi observado para o hábito de fumar (MENDES et al. 2011)
A educação para a saúde é reconhecida como mecanismo eficaz na capacitação para o autocuidado, em que os pacientes são os autores no controle da afecção, dessa forma entende-se que o desenvolvimento da confiança do indivíduo nas suas próprias capacidades, visa maximizar os recursos disponíveis e fornecer aos pacientes o conhecimento, as habilidades e a responsabilidade de efetuar mudanças de atitudes para promoção da melhora na qualidade de vida (IQUIZE et al. 2016).
2.OBJETIVO
2.1OBJETIVO GERAL
Comparar estratégias eficazes da equipe de saúde aplicadas no cuidado ao paciente portador de diabetes através de uma revisão integrativa da literatura.
2.2 OBJETIVO ESPECIFICO 
Identificar estratégias exitosas no atendimento ao paciente portador de diabetes;
Elencar ações de qualidade na assistência a pessoas acometidas por diabetes, frente a manutenção do autocuidado, prestado aos usuários do SUS. 
Identificar possíveis falhas na sistematização do atendimento ao paciente portador de diabetes.
3.MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa com o foco em evidenciar estratégias eficazes no autocuidado no controle da diabetes, buscando a identificação das dificuldades encontradas para realização do autocuidado pelos pacientes. Esse método de pesquisa constitui ferramenta importante, pois permite a análise de subsídios na literatura de forma ampla e sistemática.
A revisão integrativa de literatura como metodologia de pesquisa, tem como objetivo unir e concentrar em si o saber cientifico já reproduzido sobre o assunto que está sendo investigado. A prática baseada em evidencia (PBE) une as evidencias vindas de pesquisas, a competência clínica do profissional e as escolhas do cliente para as tomadas de decisão relacionada à saúde (SILVEIRA, 2005).
3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Nessa etapa realizamos a identificação do tema e problema de pesquisa, que foram definidos como tema: Autocuidado dos pacientes diabéticos, onde a questão norteadora para direcionamento da identificação e seleção dos estudos foi: Quais estratégias da equipe da atenção básica são utilizadas para promoção e cuidado do paciente diabético visando o autocuidado?
3.2 PESQUISA NA LITERATURA CIENTÍFICA 
Após a identificação, realizou-se a seleção dos estudos primários, de acordo com a questão norteadora que se trata da prevenção das complicações da diabetes e os critérios de inclusão previamente definidos. Todos os estudos identificados por meio da estratégia de busca foram inicialmente avaliados por meio da análise dos títulos e resumos. Nos casos em que os títulos e os resumos não se mostraram suficientes para definir a seleção inicial, procedeu-se à leitura na íntegra da publicação.
Os critérios de inclusão constituem-se em artigos científicos que tratem da abordagem desse estudo. Foram verificados artigos completos, publicados, que faz referência as estratégias da equipe da atenção básica para promoção e cuidado do paciente diabético visando o autocuidado. E para os critérios de exclusão foram empregados: artigos que não estavam disponíveis com textos completos, assim como artigos fora do período determinado, do ano de 2009 a 2020, que não apresentasse o tema em questão e artigos na integra. 
A pesquisa ocorreu nos meses de fevereiro a maio de 2020 por meio de análises literárias. As bases de dados foram coletadas nas plataformas de dados eletrônicos (BDEnf, CINAHL, LILACS,), o portal PubMed, que engloba o MEDLINE, duas bibliotecas digitais (Banco de Teses da CAPES e SciELO) e um buscador acadêmico (Google Acadêmico), com os seguintes descritores de saúde (diabetes, autocuidado, estratégias, educação em saúde, domicilio).
 A amostra inicial constitui-se de 354 artigos, sendo: 275 (google acadêmico); 26 (SciELO); 51 (lilacs), 02 (pubmedb). As bases de dados, estratégias de busca correspondentes e o número de artigos encontrados e suas respectivas fontes de informação estão registradas no quadro a baixo: 
QUADRO 01: Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos encontrados.
	FONTES DE
INFORMAÇÃO
	Descritores 
	RESULTADOS
	Google acadêmico 
	Diabetes and., Autocuidado and. Estratégia and., educação em saúde and., domicilio.
	 
 275
	SciELO
	Diabetes and. Autocuidado and. Estratégias 
	 
 26
	LILACS 
	Diabetes and., autocuidado and., estratégias and., educação em saúde 
	 
 51
	PUBMED
	Diabetes (DIABETES) and. Autocuidado (SELF-CARE)
	 2
FONTE: MARQUES; BARBOSA. 2020
O processo leitura dos dados ocorreu previamente por leitura textual, a qual se trata de um modo de aprofundamento em processos discursivos, visando alcançar saberes sob a forma de compreensões reconstruídas dos discursos. Essa leitura permite identificar e isolar enunciados dos conteúdos a ele submetidos, categorizar tais enunciados e produzir textos, de maneira a integrar descrição e interpretação.
Posteriormente a coleta de dados, realizou-se a seleção dos estudos primários, de acordo com a questão norteadora e os critérios de inclusão previamente definidos, e foi realizado o refinamento por ano de publicação de 2009 a 2020 onde, a partir disso, foi realizada a leitura e análise por título e resumo, que resultou na exclusão de 315 artigos, finalizando em 30 para a leitura de texto completo, obtendo-se a amostra final, constituída por 16 artigos.
Na análise do texto completo foram analisados na íntegra 16 artigos, onde todos atenderam aos critérios de inclusão propostos na metodologia deste estudo. Sendo importante que na seleção dos artigos para amostra final, que todos os artigos respondam à questão norteadora deste estudo, que se trata da prevenção das complicações da diabetes.
Dentro das amostras foram encontradas 3 categorias que destacaram as estratégias utilizadas em cada estudo, sendo elas; educação em grupo; tecnologias em saúde; visita domiciliar.
QUADRO 02: quadro de artigos avaliados.
	Fontes de informação
	Artigos
Encontrados
	Artigos
Selecionados
	Google acadêmico
	 275
	 6
	SciELO
	 26
	 5
	LILACS 
	 51
	 4
	PUBMED
	 2
	 1
	TOTAL 
	 354
	 16
FONTE: MARQUES; BARBOSA. 2020
3.3 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE SELEÇÃO
Processo de seleção:
 
 (
Seleção por título e resumos (30)
)
 (
Excluídos por seleção de títulos e resumos (9)
)
 (
Estudos triados (17)
)
 (
Seleção por texto completo (16
)
)
 (
Amostra para síntese (16
)
)
3.4 CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS
QUADRO 03: quadro de síntese apresenta as informações extraídas dos 16 estudos. 
	Artigo nº
	Ano/Local do estudo
	Autores do estudo
	Objetivo do estudo
	Tipo de estudo
	Principais resultados
	Categorias
	1
INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL VIA SMS/WHATSAPP PARA MELHORA DOS HÁBITOS ALIMENTARES DE PACIENTES COM DM2: UM ESTUDO DESCRITIVO
	2020.
Unidade Básica de Saúde de, Belo Horizonte, Brasil.
	Hovadick,
A.C. A. et al
	 Descrever uma intervenção educativa de abordagem comportamental via SMS/WhatsApp na promoção do hábito alimentar saudável em diabetes.
	Trata-se de um estudo descritivo.
	Nesse estudo identificou-se que as mensagens de texto com conteúdo relativo à alimentação exercem um importante papel na mudança comportamental do indivíduo com grande potencial para gerar a melhora do autocuidado em diabetes.
	 III
	2
PROMOVENDO O AUTOCUIDADO EM DIABETES NA
EDUCAÇÃO INDIVIDUALE EM GRUPO.
	2009.
Serviço
Especial de Endocrinologia e Metabologia do
Hospital das Clínicas, Universidade Federal
De Minas Gerais (HC-UFMG), Brasil.
	Pereira,
F.R.L. et al
	Descrever as estratégias de educação individual e em grupo na promoção do
Autocuidado quanto ao diabetes Mellitus.
	Pesquisa do tipo exploratório-descritiva.
	Podemos observar que as práticas educativas se apresentam como a melhor maneira de conscientizar a pessoa com diabetes sobre a importância do autocuidado. É um momento no qual indivíduo e profissionais de saúde discutem todas as informações acerca da doença e do tratamento.
	 I
	3
GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA DIABÉTICOS: ATUANDO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA GERAÇÃO DO AUTOCUIDADO
	2020.
Município de Santa Cruz do Piauí-PI, 
Brasil.
	CORTEZ, R.M.A. 
DAMASCENO,
M.P.
	Desenvolver uma estratégia afim de que a cada ano pessoas que são atendidas pela ESF possam ser acompanhadas, desenvolvendo o autocuidado e empoderamento quanto à doença e a prevenção de suas complicações.
	Trata-se de um projeto de intervenção educativa.
	A relevância deste projeto de intervenção circunda em torno da possibilidade de implementar atividades que possibilitem o empoderamento desses indivíduos, capacitando-os para o autocuidado e tornando-os fermentadores de conhecimento e de bons estilos de vida na comunidade.
	 I
	4 
AÇÕES DE SAÚDE PARA MELHORAMENTO DO DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES COM DIABÉTICOS TIPO 2 NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DARÍO ANTÚNEZ.
	2017,
Unidade básica de saúde, Dario Antunes. Município Uruará-PA, BRASIL.
	LOPEZ, C.M.G.
	Promover a adesão ao autocuidado e reduzir a ocorrência de complicações no âmbito da atenção primária à saúde em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2, na Unidade Básica de Saúde Dario Antunes.
	 Trata-se de um projeto de intervenção.
	Este projeto veio trazer contribuições a prática de profissionais de saúde que se dedicam ao acompanhamento clinico dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2, a importância da promoção de educação em saúde como meio de promover conhecimento. 
	 I
	5
COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS EM DIABETES MELLITUS: EDUCAÇÃO EM GRUPO E VISITA DOMICILIAR.
	 2018,
Atenção Primária à Saúde de Divinópolis-MG. Brasil.
	 SANTOS, 
J.C.
	Comparar os efeitos da educação em grupo e visita domiciliar na adesão e empoderamento para o autocuidado do usuário com diabetes mellitus tipo 2 na melhora do controle glicêmico.
	Trata-se de um ensaio clínico com cluster randomizado.
	Os dados do presente estudo mostram que as estratégias de educação em grupo e visita domiciliar se apresentaram como um ambiente importante para a melhoria, adesão e ao empoderamento para as práticas de autocuidado em diabetes mellitus tipo 2 após um ano de acompanhamento.
	 I,
 II
	6
PROMOÇÃO à SAÚDE: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PREVENIR O DIABETES MELLITUS TIPO 2.
	2018,
 Unidade de Saúde da Família Cidade Nova,
Iranduba-AM,
Brasil.
	ROQUE, 
E.V.
	Melhorar a qualidade de vida dos pacientes e fazer com que eles participem das mudanças no seu estilo de vida e tenham conhecimentos sobre nutrição saudável.
	Refere-se a um projeto de intervenção. 
	O principal resultado esperado é a redução do número de usuários diabéticos com obesidade.
	
	7
CONHECIMENTO E PRÁTICAS DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS SOBRE A TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA E SUAS COMPLICAÇÕES AGUDAS.
	2020,
Unidade de atenção terciária à saúde, no interior paulista, SP,
Brasil.
	 GOMES,
 L.C.
 TSUDA,
 L.C.
 PACE,
 A.E.
	Identificar o conhecimento e as práticas acerca da terapêutica medicamentosa e suas complicações agudas entre as pessoas com diabetes mellitus.
	Estudo seccional, de abordagem quantitativa.
	Os resultados reforçam a necessidade de monitoramento contínuo durante o curso da doença, no que se refere, em particular, à insulinoterapia, de modo a proporcionar um tratamento seguro e eficaz.
	 I
	8
UMA CARTILHA COMO FERRAMENTA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE COM DIABETES MELLITUS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 
	2018,
Estratégia de Saúde da Família (ESF) Niterói-RJ, Brasil.
	JASMIM, 
J.S.
	Análisar das competências necessárias aos enfermeiros na assistência ao paciente diabético na Estratégia de Saúde da Família.
	Um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, sendo utilizada a Metodologia da Problematização.
	É necessário que o profissional crie estratégias de educação e de aproximação desse paciente em relação à Unidades de Saúde e principalmente, em relação ao seu tratamento. O paciente precisa saber “o que é a doença” que o acomete e de que forma ele deve enfrentá-la e conviver com ela.
	 III
	9
COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM GRUPO E VISITA DOMICILIAR EM DIABETES MELLITUS TIPO 2: ENSAIO CLÍNICO
	2017,
Dez estratégias de saúde da família (ESF) da atenção primária à saúde do município de Divinópolis-MG, Brasil.
	SANTOS,
 J.C. et al.
	Comparar a adesão e o empoderamento do usuário com diabetes mellitus tipo 2 para as práticas de autocuidado e controle glicêmico nas estratégias de educação em grupo e visita domiciliar.
	Trata-se de um ensaio clínico com clusters randomizados.
	As estratégias foram efetivas; porém, a educação em grupo apresentou melhores resultados de controle glicêmico em relação à visita domiciliar
	 I,
 III
	10
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE UM PROGRAMA EDUCATIVO EM DIABETES: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
	2018,
Oito unidades básicas de saúde (UBS) do município de Belo Horizonte -MG, Brasil.
	TORRES, 
H.C. et al.
	Avaliar a efetividade do programa educativo em diabetes mellitus na atenção primária à saúde.
	O estudo foi um ensaio clínico randomizado por conglomerados, realizado em amostra de pessoas com DM
	Faz-se necessário, portanto, a utilização de uma abordagem construtivista de aprendizagem continuada, capaz de contribuir para despertar o potencial reflexivo, crítico e criativo tanto do profissional quanto da pessoa. Essa abordagem pode ser uma opção no contexto do cuidado à pessoa com a doença.
	 I,
 II,
 III
	11
ASSOCIAÇÃO DO TEMPO DE CONTATO NO PROGRAMA EDUCATIVO EM DIABETES MELLITUS NO CONHECIMENTO E HABILIDADES DE AUTOCUIDADO
	2016,
Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Região Leste de Belo Horizonte- MG, Brasil.
	MAIA, 
M.A. 
REIS, 
I.A.
TORRES,
H.C.
	 Verificar a relação entre o tempo de contato dos usuários com o programa educacional e variáveis do autocuidado e conhecimento em diabetes tipo 2.
	Trata-se de um estudo do tipo longitudinal, descritivo e de natureza quantitativa.
	 Houve melhora estatisticamente significativa ao final do programa educativo. Para melhorar a efetividade da promoção das habilidades relacionadas ao conhecimento e ao autocuidado, é necessário considerar o tempo de contato como fator relevante do programa educativo.
	 I,
 II,
 III
	12
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA DE EDUCAÇÃO EM GRUPO E INDIVIDUAL NO PROGRAMA EDUCATIVO EM DIABETES
	2009,
Ambulatório no hospital de referência de Belo Horizonte- MG, Brasil.
	TORRES, 
H.C. et al.
	
Comparar a efetividade de estratégias, em grupo e individual, de programa educativo em diabetes.
	Foi realizado um ensaio clínico randomizado, com indivíduos portadores de DM tipo 2
	Os resultados da educação em grupo e individual foram semelhantes no teste de atitudes. Observou-se redução nos níveis de HbA1c nos dois grupos, entretanto apenas no de educação em grupo a diferença apresentou significância estatística.
	 I
	13
INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O AUTOCUIDADO DE INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS.
	2011,
Ambulatório em hospital de referência de Belo Horizonte- MG, Brasil.
	TORRES, 
H.C. et al.
	Analisar conhecimentos, atitudes e práticas do autocuidado de indivíduos com Diabetes mellitus
	A pesquisa foi desenhada como um estudo de caso com abordagem qualitativa do tipo descritivo exploratório.
	Os resultados do estudo mostraram a importância da educação e da comunicação em saúde pautadas nas relações dialógicas e na valorização do saber popular, ao reorientarem as práticas educativas para o autocuidado,de forma a estabelecer estratégias de prevenção e controle da doença.
	 I
	14
CONHECIMENTO SOBRE O DIABETES E ATITUDE PARA O AUTOCUIDADO DE IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.
	2019,
Região oeste da cidade do Recife, Nordeste do Brasil.
	BORBA, 
A.K.O.T. et al.
	Avaliar o conhecimento sobre o diabetes, a atitude para o autocuidado e os fatores associados.
	Estudo transversal, na linha de base de um ensaio clínico randomizado.
	Observou-se que o conhecimento insuficiente foi o mais prevalente entre os idosos entrevistados. A compreensão sobre a doença é fundamental para o desenvolvimento de competências na gestão do autocuidado em diabetes.
	 I
	15
AMANDABA NO CAETÉ: CÍRCULOS DE CULTURA COMO PRÁTICA EDUCATIVA NO AUTOCUIDADO DE PORTADORES DE DIABETES.
	2019,
Estratégias Saúde da Família (ESF), na zona urbana do município de Bragança- PA, na Amazônia Brasileira, situada à margem do rio Caeté, Brasil.
	CORREA,
S.T.
BRANCO,
S.C.
	Avaliar a estratégia pedagógica dos círculos de cultura de Paulo Freire na adesão ao autocuidado em pacientes com Diabetes Mellitus.
	Ensaio clínico randomizado desenvolvido com usuários portadores de Diabetes Mellitus.
	Os círculos de cultura foram essenciais em mudanças de atitudes dos participantes, que puderam dialogar sobre os temas,possibilitando melhor compreensão sobre o autocuidado no Diabetes Mellitus, refletidos nos resultados obtidos.
	 I
	16
PLANO DE INTERVENÇÃO PARA REDUZIR A INCIDÊNCIA DE DIABETES MELLITUS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CANAÃ III
	2018,
Uberlândia- MG, Brasil.
	JUNIOR,
G.F.M.
	Elaborar um plano de intervenção com vistas a propor ações educativas direcionadas ao tratamento e prevenção do diabetes mellitus na Unidade Básica de Saúde CANAÃ III
	O Método do Planejamento Estratégico Situacional (PES) possibilitou a identificação e a priorização do problema alvo (Diabetes Mellitus) que será objeto da intervenção.
	Espera-se que a implantação do plano de intervenção proposto para a organização do processo de trabalho na assistência voltada para o paciente portador de diabetes seja a mudança que se deseja ver na população e equipe. 
	 I
FONTE: MARQUES; BARBOSA. 2020
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em revisão dos conteúdos referentes aos artigos citados no quadro acima, podemos destacar três categorias temáticas: 1) Educação em grupo; 2). Visita domiciliar; 3) Tecnologias em saúde. 
QUADRO 04: quadro de identificação das categorias.
	N° de identificação
	Categorias
	N° de artigos por categoria
	 I
	Educação em grupo
Estratégias: Roda de conversa, palestras e grupos de apoio
	9
	 II
	Visita domiciliar
	7
	 III
	Tecnologias em saúde
Estratégias: uso de mensagens via aplicativo Whatsap, cartilhas e Ligações telefônicas.
	4
FONTE: MARQUES; BARBOSA. 2020
4.1 EDUCAÇÃO EM GRUPO
Nas estratégias de saúde da família as reuniões e palestras são frequentes na rotina profissional, instrumentos importantíssimos para a disseminação de informação quando se trata de diabetes, pois o contato cara a cara facilita a comunicação e a adesão nos tratamentos de forma adequada, hábitos saudáveis e mantem o paciente sempre vinculado com a sua unidade.
Para Santos (2017), as estratégias educativas tais como a educação em grupo têm apresentado resultados positivos, ao visar à educação para a adesão às práticas de autocuidado em diabetes mellitus tipo 2. Rodas de conversa, é constituída por momentos de apoio e troca de experiências que propiciam o estreitamento do vínculo entre os profissionais da área da saúde e os usuários, bem como entre os próprios participantes do grupo, pela oportunidade de compartilhamento dos sentimentos e queixas dessa condição.
A educação pautada no diálogo favorece o processo de ensino aprendizagem na tarefa do cuidar de si. Neste aspecto, a prática educativa seguindo o processo de responsabilização permite à pessoa tomar consciência sobre o seu cuidado, se tornando responsável por suas ações. O processo leva a pessoa a refletir sobre a sua prática de cuidado, permitindo que ela faça as suas próprias escolhas (TORRES, 2018).
Segundo Maia (2018), relata que o tempo de contato com o profissional de saúde foi identificado como um fator favorável para a melhoria do conhecimento e da prática do autocuidado. Em outras palavras, a análise do estudo mostrou a existência de uma correlação positiva entre o conhecimento dos usuários e o número de contatos realizados durante uma intervenção educativa direcionada para o cuidado em diabetes.
4.2 VISITA DOMICILIAR
Uma das características presentes nas ESF é o rastreamento de riscos, essa estratégia de promoção e prevenção a saúde conta com a participação de toda equipe multiprofissional ali presente e, principalmente dos assistentes comunitários de saúde pois eles irão direcionar os profissionais de forma equitativa, ou seja, de acordo com a necessidade de cada indivíduo, as visitas domiciliares são uma forma de levar promoção e educação em saúde aos pacientes debilitados, e quando falamos em diabetes temos altos indicies de amputações além de outras complicações que levam o paciente a se privar dos cuidados oferecidos nas unidades básicas de saúde. 
Conforme Santos (2018), a visita domiciliar dentro do contexto social revela a percepção do usuário acerca do diabetes mellitus tipo 2, favorecendo a manutenção do vínculo e o acesso ao serviço de saúde, elaboração de orientações individualizadas e colabora com o desenvolvimento do autocuidado por meio de cuidados e suporte contínuos. Podem evitar complicações agudas e reduzir o risco de doenças crônicas mediante estímulo às práticas de autocuidado, como seguimento do plano alimentar saudável e da pratica de exercício físico.
Para Santos (2017), estratégias como visitas domiciliares devem ser pautadas em uma educação acessível e emancipadora, que prime pela problematização, construção de conhecimentos e habilidades, assim como sugere a abordagem do empoderamento para influenciar na mudança de comportamento e incentivar o usuário quanto às práticas de autocuidado.
4.3 TECNOLOGIAS EM SAÚDE
As tecnologias vieram para aproximar as pessoas, na área da saúde facilita o acesso a prontuários eletrônicos para buscar o histórico de cada paciente. E sendo assim uma importante ferramenta para elaborar planos de intervenção sem ter a necessidade do contato cara a cara.
Segundo Jasmim (2018), os usos de materiais educativos como recursos em educação em saúde têm assumido um papel importante, principalmente na intervenção terapêutica das doenças crônicas. Esses materiais melhoram o conhecimento e a satisfação do paciente, desenvolvendo suas atitudes e habilidades. A cartilha permite ao paciente e sua família uma leitura esclarecedora, reforçando as informações abordadas oralmente, servindo como guia de orientação em caso de dúvida e auxiliando nas tomadas de decisões do dia-a-dia, sendo necessário um vocabulário condizente com o público-alvo, de fácil leitura e entendimento.
Para Torres (2018), a Atenção Primária à Saúde é um cenário favorável para a implementação de programas educativos, como educação em grupo, visita domiciliar e intervenção telefônica em conjunto. Tais medidas criam um ambiente propício ao diálogo e a um processo de reflexão voltado para o autocuidado, e, portanto, um possível incremento na efetividade dos programas dessa natureza inseridos no nível básico de atenção à saúde.
Assim, estratégias comportamentais associadas às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) têm sido desenvolvidas a fim de diminuir as dificuldades quanto à adoção do autocuidado. Uma delas é o uso de Short Message Service (SMS), estratégia com alto potencial para a promoção da saúde por se configurar como uma forma alternativa de educação, acessível, de baixo custo e fácil utilização, uma vez que, a DM2 não possui cura, as práticas de autocuidado dos pacientes são essenciais para o controle glicêmico e prevenção de complicações diariamente (HOVADICK, 2020).
Conforme Hovadick (2020), as mensagens se apresentam como grande motivador para as práticas diárias deautocuidado no que tange à alimentação, especialmente as mensagens que possuíam dicas e desafios. As informações oferecidas elucidam dúvidas passadas e estimulam novas reflexões acerca dos hábitos alimentares diários. Além de possibilitar uma nova óptica acerca de uma alimentação equilibrada relativa à diabetes, geralmente enxergada como extremamente restritiva.
Dessa forma os resultados sugerem que os efeitos das estratégias educativas utilizadas, contribuíram para a manutenção do controle glicêmico ao longo do estudo, bem como para a sua redução, quando comparados com os resultados do grupo de controle. Os efeitos da intervenção na redução níveis glicêmicos observados no presente estudo e ao longo do acompanhamento foram satisfatórios, principalmente para os usuários quem possuíam baixo grau de instrução. (TORRES, 2018).
CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou-se de bastante relevância para que possamos comprovar a necessidade de estratégias educativas voltadas para o autocuidado em diabetes, com o desenvolvimento de atividades educacionais os pacientes terão um maior conhecimento sobre sua doença e uma melhor qualidade de vida, favorecendo um estilo mais saudável e por consequência, um melhor controle glicêmico, assim prevenindo possíveis complicações. 
Espera-se que as intervenções propostas resultem em uma melhor qualidade de vida dos pacientes diabéticos, bem como na reorganização do processo de trabalho na unidade. Entretanto, para que o plano de ação seja implementado é necessária a participação de toda a equipe de saúde em conjunto com os gestores e a população que é parte fundamental para obter os resultados esperados e elaboração de planos de ação para o enfrentamento dos problemas identificado quando se trata de promoção a saúde de pacientes portadores de diabetes.
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